Corrente 25

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Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019

Corrente d’Escrita P lantando Cultura * Santa Catarina * Brasil

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185anos anos 185

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Corrente d’Escrita

Editorial Corrente d’escrita está numa fase de amadurecimento e crescimento. Já lá vão mais de dois anos de publicação—25 números -, sem que nenhum mês tenhamos adiado ou atrasado, significativamente, a sua distribuição. Neste número continuamos com os encontros no Senadinho Literário, tendo como convidado um escritor gaúcho, mas residente em Joinville e São Paulo, num misto de saltimbanco e andarilho, fruto das suas variadíssimas atividades no campo editorial e literário. Leia nas páginas 4, 5, 6, 7 e 8. Reclamamos a vossa atenção também para a secção de história, página 12 onde relatamos a saga dos “cobridores” no tempo da escravidão, e ainda para as crônicas dos nossos amigos escritores Donald Malschitzky e Oldemar Olsen Jr, respetivamente nas páginas 11 e 12.. No próximo número receberemos a “visita” do escritor Oldemar Olsen Jr.

Afonso Rocha—diretor Página 2


Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019

Sábado: 8 junho, 10h

O escritor Afonso Rocha, português, radicado em Florianópolis/SC apresenta, a sua mais recente obra intitulada PECADOR, ME CONFESSO. Trata-se de uma obra da maior relevância, pela atualidade e pelos temas abordados que vão desde o assédio e violência sexual, passando pelo estupro; o racismo e a intolerância com as questões de gênero, de homofobia, de bullying, etc. Não faltem a este encontro em Floripa com o escritor e os seus livros. 6 de julho de 2019, entre as 11 e as 13 horas. Página 3


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MILTON MACIEL É o convidado de hoje do Senadinho Literário, um espaço onde os autores nos falam de sua própria vivência, e sobretudo, de suas obras literárias. Um espaço para dignificar os autores e promover as suas obras. P. Entre essas obras, quais, ou qual a que considera pessoa. ser a sua “melhor obra”, ou seja, aquela que consi- O escritor que sou formou-se aos 4 anos de idade, dera ser a sua “marca”? Porquê? quando uma tia maravilhosa, um genio, me ensinou a Tenho especial afeto pela trilogia da Galia romana, no ler em menos de 24 horas. Logicamente, eu explodi sec. V AD ( O Cerco, Aline de Troes e o ainda inedito precocemente como leitor voraz. E, sem ser grande Vérica, sumo-sacerdotisa). leitor, jamais alguem sera escritor. Quando bem joDa mesma forma, tenho especial predileçao pela trilo- vem, ainda estudante de engenharia química, pianista gia “De França e Brasil” , do sec. VI (João Ramalho no e ja casado, fiz a mesma coisa com 3 filhos meus. RenParaíso, João Ramalho fundador e Monsieur Le Prince deu estudantes exemplares, sempre primeiros na esEssomericq, que vai sair so em frances – e que e a his- cola, depois professores, designers, musicos e escritotoria do indiozinho Iça Mirim, levado de Santa catari- res em evoluçao. Por razoes profissionais, publiquei um enorme quantidade de trabalhos científicos, na na por Binot de Goneville para a França, em 1504 – area de instrumentaçao analítica. Depois tornei-me contada pelo proprio índio e por Nicolas Durand de agricultor organico, consultor, conferencista e escriVillegagnon, o vice-almirante frances da malograda tor. O que acabou me levando para o exterior, primeiFrança Antartica. ro via Universidade de Boston e depois em Miami, onMas meu livro mais importante, por sua enorme utilide vivi 7 anos. E foi aí, na Florida e na California, fadade social, e, para mim, Como é caro ser mulher! Os outros que citei me deram prazer, mas este e o unico que me deu orgulho de ter sido capaz de escrever. Nome: MILTON MACIEL Contudo, acho que a “obra da minha vida” nao vai ser Residência: Joinville/SC nenhum livro. Vai ser a Revista ESCREVER e suas seNaturalidade: RIO GRANDE DO SUL quelas, impressas e digitais, pelo inestimavel serviço Profissão: Escritor, editor e consultor. que vao prestar aos escritores, aprendizes e profissioData de nascimento: 11/07/1943 nais, no Brasil, em Portugal e onde quer que se queira Estado civil: Casado escrever no idioma do grande Camoes. Localmente, Redes sociais: http://miltonmaciel.blogspot.com.br complemento esse trabalho com a Escola Brasileira www.revistaescrever.com do Escritor, que mantenho em Sao Paulo, no Ipiranga. Obras publicadas: P. Faça de conta que acabamos de nos conhecer. Consulte a lista na página 8 Como você se apresentaria como cidadão e como escritor? Fale-nos um pouco da sua vida e de sua Página 4


Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019 zendo quase 50 cursos para escritor, editor, roteirista e marqueteiro de livros, que nasceu em mim a vontade de aprofundar minha escrita e de trazer para o Brasil a pujança das revistas profissionais americanas para escritores e dos seus metodos de ensino. Daí que nasceu, ainda em Aventura, FL, com o nome The Publishable Writer (O escritor publicavel), a minha escola que hoje esta em Sao Paulo. E que acabou nascendo, neste 2019, a Revista Escrever – com 132 anos de atraso em relaçao a primeira revista norteamericana para escritores, a The Writer, que e de 1887. P. É sabido que a cultura em geral, e particularmente a literatura, é tida como a “parente” pobre das preocupações dos gestores e dirigentes públicos. Em seu entender como está a ser tratada a literatura em Santa Catarina? Que precisa, eventualmente, de ser feito? E no tocante à vida associativa ou académica dos escritores, como estamos? A resposta para isso tudo e bastante longa e eu a desenvolvi em grande parte numa serie de 9 artigos que publiquei no ano passado, com o nome “O Fechamento de Livrarias”. Fiz um compacto desses artigos e o primeiro de numa serie de 4 ja saiu no primeiro numero da Revista, com esse mesmo nome. Mas, tentando fazer um impossível resumo aqui, eu digo que temos a confluencia de um pessimo sistema de Letramento (Letramento e o nome do grande drama, para mim) com uma achatamento do nível de preparaçao e , de remuneraçao, indigna e inaceitavel, dos professores neste país, com especial enfase para Santa Catarina, onde um professor que forma nossos futuros leitores e futuros cidadaos, tem que tentar sobreviver com um salario medio que e apenas metade do que recebe um professor no Maranhao. Ou seja, rolamos ladeira abaixo por extrema incuria, incompetencia e cegueira administrativa, governo apos governo, ao mesmo tempo em que as crianças convivem com lares cada vez mais instaveis e pais cada vez menos envolvidos; e com uma cultura de celulares e mais 8 diferentes alternativas de entretenimento, que colocam a leitura como apenas a 10ª opçao de lazer do brasileiro. Se voce soma a Página 5

isso uma crise recessiva de alguns anos... P. Entremos agora nas questões da sua escrita. Qual a área em que você se sente melhor: no conto; no romance ficcional; no romance histórico; na poesia; noutras áreas… Eu comecei a ser publicado aos 17 anos, quando garotao, poesia e musica eram a minha praia. Depois, por razoes profissionais, deixei a arte e me abracei com a química full time. Mas esta levou-me para a agricultura e a agricultura, ja Organica, me carregou para o exterior. Foi la que comecei a escrever ficçao para valer e que me reencontrei com a poesia e com os teclados. Hoje posso dizer que me realizo em duas areas preferenciais – o romance historico e a escrita e organizaçao de iniciativas didaticas específicas para escritores. Amo ensinar. Estreei na profissao aos 14 anos, como professor particular de matematica. Nunca mais parei! Segue página seguinte >>>


Ano II — Número 25 - Mensal: disse, comecei a ser publicado aos 17 anos em jornais e depois em antologias, em Porto Alegre. Depois, morando 25 anos em Sao Paulo, so produzi coisas tecnicas. Quando vivi 4 anos no Nordeste, como Secretario de Agricultura, comecei a escrever livros e manuais tecnicos de agricultura organica e escrevia um suplemento agrícola semanal, junto com dois programas de radio. Meu primeiro livro, de economia agrícola, foi publicado antes disso, em 1992.

P. Qual a obra, e o porque, que lhe deu mais “trabalho” escrever?

P. Como “nasceu” em si esse desejo de escrever? Que idade tinha quando publicou a primeira obra? E uma historia estranha e longa demais para contar aqui, mas estreei como escritor... quando aprendi a ler. Isso esta publicado numa das antologias, entao mensais, da Academia Joinvilense de Letras, a Hekademia, com o título “Razoes de Escrever”. Como

Sem duvida alguma foi “A Guerra de Jacques”, que tem 400 paginas e levou um ano para ficar pronto. Nao pelo tamanho, porque O Cerco tem 416 paginas e eu o escrevi em 43 dias, publicando religiosamente um capítulo por dia no meu blog e no Facebook, a epoca. Eu escrevo MUITO depressa. Aline de Troyes, de 200 paginas, levou so 23 dias; e A Sopa Química, de 150, foi escrito em 14 dias. Mas “A Guerra de Jacques” seria o meu 12º trabalho

O nosso entrevistado: Milton Maciel, com os historiadores Jorge Caldeira e Mary Del Priore

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Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019 Mas “A Guerra de Jacques” seria o meu 12º trabalho como ghost writer. E, como escritor fantasma, eu escrevo um capítulo e o discuto via Internet com o cliente. E aí dependo do ritmo dele. No Jacques, a encomenda foi feita pelos dois filhos de um casal de herois da Resistencia Belga que, ao fim da Segunda Guerra, vieram para o Brasil. Eles foram ficando tao emocionados com o rumo do romance que eu criei ao redor da vida real dos pais deles, que acabaram me pedindo para aparecer como coautor do livro. A pesquisa que eu tive que realizar foi gigantesca tambem e demandou bastante tempo e estudo. So de livros escritos por pilotos da 2ª. Guerra, eu li, num mes, pelo menos seis. So faltou eu entrar num Stuka ou num Messerschimitt 109 e abater uma B-29 norte-americana. Mas tudo isso valeu muito a pena, o livro foi um sucesso em Sao Paulo, esgotou a ediçao, e hoje esta publicado em frances e com a traduçao para o ingles em fase de editoraçao.

impresso continuará, apesar dos e-books e de outras plataformas digitais? Respondo isso com profundidade num artigo na ESCREVER de maio “11 anos de Kindle: como vai o ebook?” Sim, o livro de papel continuara ainda por um tempo razoavel, quem vai ameaçar sua vida e so a geraçao Z ou I-generation, os molequinhos que nasceram a partir do ano 2000 e que sao aos primeiros a estarem permanentemente conectados a Internet e que dipoem de Iphones e Samsungs desde 2007, ano em que nasceu tambem o Kindle. Essa e a geraçao da leitura digital. E eles ainda vao levar algumas decadas ate serem os donos do poder de compra. Por enquanto os mais ricos compradores ainda somos nos, os baby boomers do pos guerra e nossos filhos da geraçao X. Gente que sequer teve um mísero computador no dia a dia da escola. Sao leitores de papel!

P. Uma última questão: que mensagem deixaria para os demais escritores, leitores ou amantes da P. Desenvolve algum trabalho relacionado à litera- escrita? tura, não obrigatoriamente a escrever livros? Aprendam esta verdade: um original e uma obra de Creio que ja esta respondida essa pergunta: fui presi- arte ou de tecnica. Mas um LIVRO, de papel ou digital, dente de Academia, sou editor, tenho escola de escrita e um PRODUTO. Capital e necessario para produzi-lo em Sao Paulo e estou agora a frente da iniciativa da na pre-impressao e fabrica-lo na grafica. Mas capital Revista ESCREVER e suas sequelas. maior e necessario para poder VENDE-LO. P. É sabido que “viver” da escrita não é uma oportu- Um outro recado: voce nao nasceu sabendo nada, nanidade acessível à grande maioria dos autores. Pa- da mesmo, exceto respirar. Tudo que voce faz bem ra si essa questão está “resolvida”? Dá para viver feito, voce teve que ralar para aprender a fazer bem da escrita? feito. Escrever bem... e a mesma coisa. E como jogar futeSim. E o segredo esta na quantidade de obras no meu bol ou tocar saxofone...BEM! Anos e anos e anos de pratica catalogo. Alem disso, desde 2008, eu mesmo me colo- e esforço, treinamento diario.. ou nada feito. So talento E quei como editor da maior parte dos meus livros e, a POUCO. Eduque-o. partir de 2010, assumi tambem a comercializaçao e deixei de depender do circuito convencional de distribuidora e livraria. E verticalizei de vez ao montar, em 2014, uma estrutura de grafica pequena para livros, que me permite trabalhar com pequenas quantidades em impressão sob demanda, tanto em brochura como encadernados, de modo que nao tenho problemas com investimentos maiores, nem com manutençao de estoques. Essa estrategia e uma das muitas coisas que ensino nos meus cursos para escritores. P. Gostava de saber a sua opinião sobre a problemática da distribuição e/ou venda do livro. O livro Página 7


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Títulos de obras publicadas, indicando o ano: A Rentabilidade da propriedade rural – 1992 As deusas asteroides – Mitologia - 1995 A Princesinha quer dançar – infantil, poesia - 1996 Como tornar seu sítio lucrativo – 1997 Os novos engenhos de açucar – 1998 Consciencia cosmica (sono e sonhos) - 1998 A horta organica profissional – 2000 Nutriçao de ruminantes na seca – 2001 Substratos e viveiros – 2002 Agricultura urbana – 2003 Adubaçao organomineral de grandes areas – 2004 Como produzir açucares organicos – 2004 Sistemas de coordenadas astronomicas – 2005 USA is not Brazil – Tecnico, ingles - 2007 Lolita de Aracaju – romance – 2008 A Espera e a Noivinha – romance – 2008 A Sopa química – divulgaçao científica – 2008 The Chemical Broth – genetic discordance, ingles 2009 Ataliba, um paulistano feliz - romance – 2009 A Bela morde a fera (Beauty Bites Beast) – 2009, feminismo (coautoria) Sleep, Dreams and Self-control (ingles) - 2011 Hello, Tche – Contos do Norte e do Sul – 2012 Hello, Tche – Poemas do Norte e do Sul – 2012 Do sul al Sur –gauchesco (bilingue portugues e espanhol) – 2012 Minha casa sao seus braços – poesia, 2013 Contos Vaticanos – 2013 O Cerco – romance historico – 2013 Aline de Troyes – romance historico – 2013 O futuro do livro impresso, do jornal e da revista, num mundo cada vez mais digital – ensaio – 2014 Ah, o Amor! – poesia – 2015 Doutora Fumiko – romance – 2015 O Filho da empregada – contos – 2016 Os Reflexos do peixe brilhante – romance policial – 2016 Lua Oculta – romance – 2016 Joao Ramalho no Paraíso – Romance historico – 2016 Como e caro ser mulher! – economia feminista – 2017 O Poeta e o guasca – poesia gauchesca – 2017 A Guerra de Jacques – romance historico – 2017 A Arte e a tecnica do romance – 2018 La Guerre de Jacques – roman historique (frances) – 2018 Joao Ramalho fundador – romance historico – 2019 Negra Leocadia – romance historico – 2019

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Fotos de Fatos Esperança Garcia, infelizmente, e um nome pouco conhecido no Brasil. Mas sua historia fez diferença. Esperança entrou para a historia como a primeira mulher a escrever uma petiçao no Piauí. Esperança escreveu na condiçao de escrava para o governador do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos que sofria. Esperança nasceu em uma fazenda de propriedade dos jesuítas, onde hoje fica o município de Nazare do Piauí. E pelos jesuítas foi alfabetizada, em uma epoca em que era proibida a leitura para escravo e quem fosse flagrado ensinando escravo a ler era preso e/ou processado. Quando os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marques de Pombal, Esperança foi levada como escrava para a fazenda do capitao Antonio Vieira de Couto. Na nova moradia, ela era constantemente espancada e humilhada juntamente com seu filho. Castigos severos eram impostos aos dois sem motivo. Cansada das surras, no dia 6 de setembro de 1770, Esperança escreveu uma carta denunciando os maus-tratos físicos de que ela e um de seus filhos eram vítimas, por parte do feitor da Fazenda Algodoes. Um tipo de texto que, no dicionario da advocacia, poderia ser sinonimo de petiçao. Quando Esperança escreveu a carta, tinha apenas 19 anos. Aos 16 anos, parira o primeiro filho. Na carta, alem de relatar os abusos sofridos, Esperança pede para voltar para a fazenda de origem e ter o direito de batizar a filha. Depois de 247 anos, Esperança recebeu do Conselho Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PI) o título simbolico de primeira mulher advogada do Piauí, a pedido da Comissao da Verdade da Escravidao Negra da OAB-PI. Sua carta foi considerada a primeira petiçao escrita por uma mulher no Piauí.


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PORTUGAL

COROAÇÕES E ACLAMAÇÕES Por Suely Moraes* Sempre que falamos em reis, imaginamos uma bela cerimonia onde o rei e coroado, como soberano absoluto; entretanto nao era isso que acontecia com os reis de Portugal, pelo menos a partir de 1640 ate o fim da monarquia. A mudança da tradiçao ocorre com o rei D. Joao IV, conhecido como o Restaurador, por ter restaurado a independencia de Portugal, derrotando a Casa de Habsburgo (ou Dinastia Filipina) e inaugurando a Dinastia dos Braganças. Com ele os reis portugueses passaram a ser consagrados, essa pratica chamada de aclamaçao, era representada por uma cerimonia onde a coroa, ao inves de ser colocada na cabeça do monarca, era posta ao seu lado, juntamente com o cetro, desta forma nao ocorria a coroaçao propriamente dita. D. Joao IV, se recusou a colocar a coroa em sua cabeça. Naquele momento, colocou a coroa aos pes de uma imagem da Virgem Maria, coroando-a simbolicamente como "Rainha de Portugal". A partir daí, todos os demais reis, que o sucederam, abriram mao da coroaçao, seguindo a tradiçao de nomear a santa a padroeira do reino. (1) Se observarmos, notaremos que nenhum rei e representado com a coroa dali por diante. Em contrapartida, as imagens religiosas da virgem Maria aparecem ricamente coroadas.

Muito de discute se esse ato foi uma demonstraçao de fe, frente a guerra que se iniciava ou um ato político que buscava o reconhecimento do reino frente ao Vaticano. (1) A padroeira de Portugal e NS da Conceiçao e secundariamente (na imagem) NS de Fatima

* Administradora do site História e Historiografia Brasil

DIVULHE O NOSSO ENDEREÇO

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istória Não apaguemos esta luz

Seis coisas surpreendentes sobre Fazendas do Sexo durante a escravidão que talvez desconheça. primeira inspeçao. Meninos que era subdesenvolvidos, eram castrados e enviado ao mercado de escravos ou utilizados na plantaçao. Cada homem negro tinha que engravidar ao menos 12 mulheres negras por ano. Os homens eram utilizados para a reproduçao durante cinco anos. Um homem negro escravizado chamado Burt chegou a ter mais de 200 filhos. 4 - Para combater a alta taxa de mortalidade entre os escravizados, os donos de plantaçoes exigiam que as mulheres negras começassem a ter filhos aos 13 anos. Aos 20, era esperado que as mulheres escravizadas ja tivessem quatro ou cinco filhos. Como um incentivo, proprietarios de plantaçoes prometiam liberdade para a mulher negra que desse a luz no mínimo 15 crianças. 5 - Se a mulher negra fosse considerada "bonita", ela era comprada pelo dono da fazenda e recebia um tratamento especial na casa, mas muitas vezes submetida a crueldade terrível da esposa do mestre, incluindo a decapitaçao de crianças que fossem fruto do estupro. 1 - A fertilidade das mulheres escravizadas era examinada pelos senhores de escravos para se certificarem de que elas eram capazes de procriar e ter tantas crianças quanto possível. Secretamente, proprietarios de escravos estupravam as mulheres escravizadas e quando a criança nascida crescia e alcançava uma determinada idade onde ja pudesse trabalhar nos campos, eles tomavam seus proprios filhos e transformavam em escravos. 2 - Era comum que os negros fossem subordinados sexualmente aos proprietarios de escravos, mesmo os homens negros. Era parte da funçao do homem negro, como uma "ferramenta de animaçao," ser um instrumento de prazer. 3 - Quando os homens negros completavam 15 anos de idade, e ate menos em alguns casos, eles passavam pela Página 10

6 - Muitas vezes, o dono da plantaçao, para entreter seus amigos, forçava os negros escravizados a fazerem orgias com multiplos pares e tinham relaçoes sexuais na frente deles. E os homens brancos muitas vezes participavam. “QUEBRANDO AS COSTAS” Na Jamaica, existiam zonas específicas com a finalidade de estupro, chamada Quebrando as costas. Onde Homens Africanos (feitos de escravos) eram levados para serem violados perante suas mulheres e filhos, pelos seus “mestres”, com a finalidade de lhes diminuírem como homens. Eram estupros motivados pela intençao de despirem o homem negro da sua masculinidade e afirmarem dominancia, poder e superioridade. E nao era so isso, as vezes, estes homens eram violados por grupos de “Donos de Escravos”.


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Memórias

le. Apesar disso, a coroa francesa tinha desejado as terras próximas da Guiana Francesa.

Em 1848, a monarquia foi extinta na França, e os Orleans seguiram para o exílio. Dotada de espírito combatiFrancisca de Bragança vo, D. Francisca negociou com vigor com os republica(Princesa de Joinville) nos a fuga de sua família. Exilou-se em Claremont, Inglaterra, e manteve uma intensa troca de corresponFrancisca de Bragança (Rio de Janeiro, 2 de agosto de dência com seu irmão no Brasil. 1824 — Paris, 27 de março de 1898), foi uma princesa Com dificuldades financeiras, os príncipes de Joinville do Brasil por nascimento e princesa de Joinville por negociaram as terras catarinenses com a Companhia casamento. Era a quarta filha do Imperador D. Pedro I Colonizadora Alemã, do senador Christian Mathias Schdo Brasil e da imperatriz D. Leopoldina, sendo assim, roeder, rico comerciante e dono de alguns navios. Assim irmã de D. Maria II de Portugal, e de D. Pedro II do Bra- nasceu a Colônia Dona Francisca, mais tarde Joinville, sil. atualmente a maior cidade do estado de Santa CatariNascida no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa na. Vista, Rio de Janeiro, D. Francisca cresceu ao lado dos Tratada carinhosamente como "Mana Chica" por D. irmãos D. Pedro de Alcântara (posteriormente impera- Pedro II, D. Francisca defendia medidas enérgicas condor D. Pedro II do Brasil), Paula Mariana e D. Januária. tra o crescimento do republicanismo no Brasil. Seu nome foi escolhido por seu pai como forma de hoGabriel Dorneles menagear o rio São Francisco, importante rio do interior do Brasil. ·

Francisca perdeu sua mãe, D. Maria Leopoldina, com menos de três anos de idade. Aos sete anos, ela viu o pai, D. Pedro I do Brasil (Pedro IV de Portugal), sua madrasta (Amélia de Leuchtenberg) e sua irmã mais velha (a futura Maria II de Portugal) partirem para Lisboa. A princesa cresceu sob educação extremamente rigorosa. Em 1837, Francisco Fernando de Orleans, aportou no Brasil a caminho da ilha de Santa Helena, onde deveria buscar os restos mortais de Napoleão Bonaparte e leválos de volta à França. Durante sua escala, ele foi recebido pelo imperador D. Pedro II e conheceu sua irmã, a jovem princesa D. Francisca. Francisco Fernando, um almirante, era o terceiro filho do rei Luís Filipe I de França e da rainha Maria Amélia de Nápoles e Sicília. Retornou ao Brasil em 1843, casando-se com a princesa no dia 1º de maio daquele mesmo ano e tornando-se o príncipe de Joinville. O casal seguiu então na fragata La Belle Poule para a França. O dote de D. Francisca era de um milhão de francos, ou seja, 750 contos de réis, e incluía terras no atual estado de Santa Catarina, com 25 léguas quadradas (três mil braças), no nordeste da província, à margem esquerda do rio Cachoeira, onde atualmente é a cidade de JoinvilPágina 11


Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019 Esta pratica nao acontecia de vez em quando, tanto que chegou ao ponto serem criadas fazendas de sexo com este proposito. Desde cedo os brancos temem a genetica do negro, por isso sempre procuraram fazer de tudo para lhes retirarem aquilo que simbolizava força física dentro das comunidades negras. A mente eles ja quebraram, sem a parte física e o respeito das mulheres e dos nossos filhos, nao somos nada contra todo sistema que eles construíram. Porque o que torna um Africano forte, e a família. Fontes: National Humanities Center Resource Toolbox on Slaveholders’ Sexual Abuse of Slaves Slave Narratives Slavery in the United States by John Simkin. Tradução: Thiago Ribeiro MDA - Movimento Negro DNA Africano

Donald Malschitzky* Capitu traiu Bentinho? “Voce so escreve cronicas ou literatura tambem?” Achei que nao entendi a pergunta, depois, pensei que ele nao entenderia a resposta, mas arrisquei: “Cronica nao e literatura?” Tentou dar-me uma aula sobre generos literarios, possivelmente para justificar o disparate, mas nao colou. Ja que começara, expliquei que a cronica deve ser o primeiro genero literario, bastando olhar para as pinturas rupestres que contavam a historia do dia a dia de nossos antepassados, daí, de dia a dia – cronologia - vem seu nome. Como ele e musico, eu poderia ter retrucado perguntando se toca so MPB – meu genero musical preferido - ou musica tambem, mas nao seria legal, pois conheço os antecedentes que fazem com que as pessoas raciocinem assim; nao e culpa delas, mas de uma tendencia em emparedar o ensino, seja do que for, o que leva a reflexos arrasadores para o aprendizado. No lugar de conduzirem ao descobrimento da magia, determinam seu engessamento, transformando-a em sagrados e indissoluveis dogmas sem graça. Quem, falando sobre Machado de Assis, nao ouviu a classica pergunta: “Capitu traiu ou nao traiu Bentinho?”, referindo-se ao casal de protagonistas de “Dom Casmurro” e tratando-a como o ponto nevralgico da literatura brasileira? Ouvi de uma professora: “Machado de Assis tinha um pe no Realismo, por isso acho que traiu, sim”, repetiu algumas vezes, deixando claro que desvendara o segredo da literatura universal e o argumento definitivo para uma traiçao! Guardei comigo a opiniao de leitor menos letrado: traiu, sim, porque Bentinho era um chato mimado e insuportavel. A coisa nao para aí: aprendo que um conto tem que ter, no mínimo, cinco personagens, ou ate cinco, como preferem outros. Nao sendo assim, e historia pra boi dormir? Medir a qualidade de um livro por sua espessura e outro engessamento inoportuno e frustrante: “Se nao ficar em pe, nao e livro”. Bibliotecas estao atulhadas de obras que param perfeitamente de pe por sua grossura (sic) e envergonham por seu conteudo. Um livro vale pelo que carrega dentro de si, e isso nao leva em conta seu volume. Um dos livros mais lidos no mundo, “O Profeta”, de Kahlil Gibran, dificilmente para em pe fisicamente, mas sua sabedoria inspira milhoes de coraçoes e mentes, e “Os Irmaos Karamazov” e imenso e deslumbra a cada linha, sem nada a ver com seu volume. Para fechar, ainda persiste a ideia de que so e boa literatura a que segue insuportaveis academicismos que so os “estudiosos” leem. Ainda bem que ha gente que, em respeito a magia da palavra, escreve pelo prazer de compartilhar, e o faz bem. * Escritor, palestrante

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Cronica

DIARIO DA PROVYNCIA EU VAGABUNDO Olsen Jr.*

Algum tempo atras, quando caminhava com a minha soldao pela Avenida das Rendeiras, fui interpelado por alguem que nao via ha meses. Depois do encontro casual veio a pergunta inevitavel: --- O que voce anda fazendo? --- Trabalhando em um novo livro, respondi. Esta claro para todos os que me conhecem, penso que sou um escritor, mas para surpresa geral, o sujeito insistiu: --- Mas trabalhar mesmo voce nao trabalha ne? Observo aquele cidadao, professor universitario (dedicaçao integral) que deveria estar na universidade naquela hora, ali na minha frente, de agasalho esportivo com ar blase, Página 13

cobrando uma atividade (diversa da literaria para a qual nao tinha competencia para exercer) de alguem que nao lhe devia satisfaçao nenhuma, era o que me faltava. --- Tem razao, argumento, assim como voce eu nao trabalho --- voce esta aqui agora porque ninguem te cobra produçao intelectual nenhuma la na universidade, mas no meu caso, se nao escrever nada, estou assinando o meu atestado de obito. --- Nao quis dizer isso, tenta redimir-se… --- Tudo bem, concluo, com a “pobreza de espírito” nao ha sistema economico que resolva mesmo, passe bem... Antes de me afastar jogo a pa de cal: --- Fique tranquilo que nao vou contar para ninguem que te vi aqui nesse horario, ah, ah, ah… Nao gasto mais o tempo discutindo sobre essa conceçao ortodoxa de um “imaginario” coletivo do que deva ser o trabalho, como uma atividade remunerada que te da uma recompensa imediata, apos sua conclusao. Alias, talvez o fracasso no meu casamento se deva a isso, nao ha paixao que resista a falta de dinheiro, salario mensal, ferias, decimo terceiro, essas coisas comezinhas da vida. Nao lamento, construí um projeto de vida antes de me apaixonar por qualquer outra coisa depois da literatura, continuo obcecado. O escritor frances Jules Renard costumava afirmar “Escrever e a unica profissao em que ninguem e considerado ridículo se nao ganhar dinheiro”. Quando me separei, minha filha menor decidiu morar comigo, segundo ela, para eu nao ficar sozinho, enquanto que o filho mais velho permaneceu com a mae. Fizemos boa camaradagem. Um dia, apos abrir a geladeira e constatar a presença apenas do basico para a existencia, enquanto tomavamos chimarrao na varanda ela sugeriu: “o pai nunca pensou em ter um trabalho como todas as pessoas normais?”... Olhei para ela e afirmei “quem e que disse para voce que teu pai e uma pessoa normal?” Ela devolveu o olhar e rimos um bocado. Claro, depois que expus o meu projeto, ela me apoiou integralmente e ate hoje, os meus filhos sao os meus maiores incentivadores. O fato de provir de uma família de idealistas fez com que me voltasse mais para a introspecçao, dita humanista do que para a especulaçao, dita monetaria: “aprender a pensar” me afastou de “ganhar dinheiro”, o que talvez explique um aparente sucesso “no negocio das ideias” e justifique um total fracasso “nas ideias dos negocios”. Ja se passaram quase 20 anos depois disso, outro tanto de obras escritas e nao enxergo a luz no fim do tunel, como sendo a locomotiva em sentido contrario, na blague do humorismo, mas sim, nas palavras de L. F. Celine “A experiencia e uma lampada fraca que so ilumina quem a carrega” e nesse caso, eu e a lampada nos confundimos, longe dos trilhos convencionais, e claro. Somente um “agente literario” pode mudar essa realidade e quando eu o (a) encontrar, talvez entao, ninguem mais me julgue um “vagabundo”, o que nunca fui! * Escritor, membro da ACL


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Dicionário Tripeiro (do Porto) e o resto de Portugal

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Corrente d’Escrita

Fotos com História

Ontem & Hoje—Portugal anos setenta, mulheres em zona rural.

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Corrente d’ escrita

Florianópolis Santa Catarina Brasil +55 48 991 311 560 narealgana@gmail.com www.issuu.com/correntedescrita Fundador e diretor: Afonso Rocha

Corrente d’ escrita é uma iniciativa do escritor português, radicado em Florianópolis, Afonso Rocha, e tem como objetivo falar de livros, dos seus autores, suas organizações e das atividades que estejam relacionadas com a literatura , a história e a cultura em geral. Chamaremos para colaborar com o Corrente d’ escrita escritores e agentes literários, a qualquer nível, cuja colaboração será exclusivamente gratuita e sem qualquer contrapartida, a não ser, o compromisso para divulgar, propagar e distribuir este Magazine Literário. O envio para publicação de qualquer matéria (texto ou foto) implica a autorização de forma gratuita. As matérias assinadas são da responsabilidade exclusiva de seus autores e não reflete, necessariamente, a opinião de Corrente d’ escrita. As imagens não creditadas são do domínio público que circulam na internet sem indicação de autoria. As matérias não assinada são da responsabilidade da redação.

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Corrente d’ escrita

Dicas de português... Refexivo ou reflectivo Tanto reflexivo como reflectivo significam «que reflecte», tendo ambos origem no mesmo radical (reflexivo = reflexo + -ivo; reflectivo = reflectir + -ivo, segundo o Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, de Jose Pedro Machado). Assim, nos contextos em que o sentido que se pretende veicular e esse, ambos os adjectivos podem ser usados para o transmitir. Todavia, e de referir que reflexivo apresenta, nos dicionarios, mais acepçoes do que reflectivo, que nem sequer consta do Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciencias de Lisboa. Por exemplo, reflexivo pode significar, no ambito da filosofia, «que implica uma tomada de consciencia pelo pensamento; que atende as proprias operaçoes do espírito» (segundo o mesmo dicionario). Em certos contextos, portanto — e a frase «este e um texto reflexivo» pode representar um deles —, pode acontecer que reflexivo seja o unico termo adequado.


Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019

Literatura—Divulgação

O Poeta da imigração, do escritor e academico Adauto Beckhauser, apesar de ja ter sido lançado em 2018 continua com a virtualidade que tinha ao nascer: viçosa e encantadora. Trata-se, no dizer de Gabriela, filha do autor, “de um pot-pourri” de poemas, prosas e versos, com uma pitada de biografia do autor. E um livro um tanto ecletico e de leitura facil e agradavel, resultando do cruzamento de livros anteriores com textos ineditos. Trata-se de um livro dedicado a todos imigrantes alemaes, que um dia acreditaram no Brasil como sendo um lugar tranquilo para suas famílias viverem. Amoler editora—2018 adauto@asvbeckhauser.com.br

Coletânea dos Escritores da Academia Joinvilense de Letras

Página 18


Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019

Literatura—Divulgação Pecador, me confesso! e, antes de mais, um grito de revolta contra a impunidade dos criminosos, a todos os níveis, que poluem a nossa civilizaçao. As mulheres, os homens, as crianças e os idosos; a comunidade LGBT; os negros, os índios, os ciganos, os imigrantes e todos os demais desprotegidos e enfraquecidos sao perseguidos, violentados, agredidos, estuprados e mesmo assassinados e, na maioria das vezes, quando descobertos, ficam impunes aos rigores da lei e da justiça. E a sociedade, nem sempre responde da melhor forma. Lembremo-nos que a omissao, tambem e um crime. Nesta obra viva e intimista, Afonso Rocha passeia-se pela sua propria experiencia de vida, mas tambem pela de todos nos, como comunidade, para que se dinamize e reforce a forma de combater estas mazelas, estes crimes barbaros, ja considerados como o holocausto do seculo XXI.

Um livro para ler, refletir e divulgar. Página 19

Também disponível em e-book (pdf)


Ano II — Número 25 - Mensal: julho de 2019

Literatura—Divulgação

O Poeta da imigração, do escritor e academico Adauto Beckhauser, apesar de ja ter sido lançado em 2018 continua com a virtualidade que tinha ao nascer: viçosa e encantadora. Trata-se, no dizer de Gabriela, filha do autor, “de um pot-pourri” de poemas, prosas e versos, com uma pitada de biografia do autor. E um livro um tanto ecletico e de leitura facil e agradavel, resultando do cruzamento de livros anteriores com textos ineditos. Trata-se de um livro dedicado a todos imigrantes alemaes, que um dia acreditaram no Brasil como sendo um lugar tranquilo para suas famílias viverem. Amoler editora—2018 adauto@asvbeckhauser.com.br

Coletânea dos Escritores da Academia Joinvilense de Letras

Página 20


Corrente d’ escrita

Livros à venda na nossa loja virtual www.narealgana.lojaintegrada.com.br

Até mesmo nos terremos mais áridos, observa-se que as letras costumam florescer em abundância, na vida de quem as cultiva. Antologia que reúne textos dos acadêmicos efetivos integrantes da Academia de Letras de Biguaçu e de alunos que frequentam escolas municipais e estaduais, classificados em concurso literário “Biguaçu dos meus amores”. Biguaçu dos meus sonhos 2018, 264 p. Preço na loja: R$ 15,00

Se és escritor, e tens livros para divulgar, envia-nos um resumo, uma breve biografia, foto da capa, e indica onde o livro possa ser adquirido, incluindo o preço.

Página 21


Corrente d’ escrita

Livros à venda na nossa loja virtual narealgana.lojaintegrada.com.br “Com uma narrativa envolvente, o autor nos leva até um passado recente, para mostrar a luta e a insistência pela vida. Um contingente de pessoas, que mesmo diante de forças brutais, seguiu em frente. Ao sabor da história fica-nos, antes de tudo, o registo de uma época”. Olhos d’ Água 2013, 346 p. Preço na loja: R$ 35,00

Edição Digital (e-book) R$ 10,00

Página 22


Corrente d’ escrita

Livros à venda na nossa loja virtual www.narealgana.lojaintegrada.com.br

Esta coletânea de escritores integrantes da Associação das Letras e estudantes de escolas públicas municipais de Joinville, nos proporcionam uma caminhada pelo universo das palavras, onde vivências e referências se mesclam a sonhos , desejos, dores, sentimentos e fantasias. Viagem das Letras 2017, 148 p. Preço na loja: R$ 15,00

A sua revista de Literatura, História e de Língua Portuguesa

Se és escritor, e tens livros para divulgar, envia-nos um resumo, uma breve biografia do autor, foto da capa, e onde o livro possa ser adquirido, incluindo o preço. Página 23


Corrente d’ escrita

Livros à venda na nossa loja virtual narealgana.lojaintegrada.com.br Através de histórias imperdíveis, Afonso Rocha leva-nos até 500 anos atrás quando os portugueses, galgando os mares tenebrosos, chegam ao sul do Brasil, onde germinam história, formam família e dão novas terras ao mundo. Aliciante história dos estados brasileiros do Sul (Santa Catarina e Rio Grande), do seu povoamento e da fundação de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florianópolis, conta-nos a história dos guaranis; dos portugueses, dos africanos e de tantos outros que deram origem ao povo brasileiro. Sangue Lusitano 2016, 190 p. Preço na loja: R$ 30,00

Edição Digital (e-book) R$ 10,00

Se és escritor, e tens livros para divulgar, envia-nos um resumo, uma breve biografia, foto da capa, e local onde o livro possa ser adquirido, incluindo o preço. Página 24


Corrente d’ escrita

Livros à venda na nossa loja virtual narealgana.lojaintegrada.com.br

Antologia publicada pela Associação das Letras, reúne 25 dos seus escritores, com os mais variados estilos. É a união destas diferentes mentes criativas que formam uma rede, cujos fios são tramados, letra por letra, culminando em resultado necessário para o fazer literário e o incentivo à leitura. REDE DAS LETRAS 2015, 256 p. Preço na loja: R$ 15,00

Também podes colaborar com o Corrente d’escrita, quer enviando textos para publicar (até 4 mil carateres), quer fazendo criticas e/ou sugestões. Queremos sempre um Corrente d’escrita melhor, que corresponde às necessidades e desejos dos seus leitores. Página 25


Corrente d’ escrita

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Um académico em Cruz Alta/RS Discurso de tomada de posse na cadeira 21 como acadêmico correspondente; Biografia do acadêmico Afonso Rocha; Biografia do patrono, António Aleixo, poeta popular português; Juramento;

Edição Digital (e-book) R$ 5,00

Queres editar e publicar um livro? Consulta-nos. Podemos ajudar.

Página 26


Corrente d’ escrita

Livros à venda na nossa loja virtual narealgana.lojaintegrada.com.br

Poesia numa roda de amigos. Uma coletânea de poemas e outros pensamentos de Afonso Rocha, enriquecida pelo contributo de mais seis poetas naturais do Brasil, Cabo Verde, Portugal, Moçambique, Angola e Galiza, refletindo a poesia no espaço da lusofonia, até porque “tem loucuras que a gente só faz com muita maturidade”. TROVAS AO VENTO 2014, 140 P. Preço na loja: R$ 25,00

Edição Digital (e-book) R$ 10,00

Também podes colaborar com o Corrente d’escrita, quer enviando textos para publicar (até 4 mil carateres), quer fazendo criticas e/ou sugestões. Queremos sempre um Corrente d’escrita melhor, que corresponda às necessidades e desejos dos seus leitores. Página 27


Corrente d’ escrita

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