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CORREIOS IMPRESSO FECHADO PODE SER ABERTO PELOS ECT
Ano 3 | Edição 13 | MAIO ‐ JUNHO 2012
RIO+20
DEPOIS DO DISCURSO A PRÁTICA
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MEDALHA LUCAS LOPES Presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto é o homenageado pela SME
60 ANOS CEMIG Uma história de eficiência e orgulho nacional
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18
8 Leia Mais
JOSÉ ISRAEL VARGAS Chefe de delegação do Brasil na Eco-92 fala sobre sustentabilidade e da RIO+20
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Congresso Mundial do ICLEI |
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Seja um associado da SME Compromisso com Você! A Sociedade Mineira de Engenheiros, por meio de sua equipe, tem desenvolvido uma série de trabalhos para atender cada vez mais e melhor a cada um dos associados.
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Em seus 80 anos de existência, a SME trabalha para integrar, desenvolver e valorizar a Engenharia, a Arquitetura, a Agronomia e seus profissionais, contribuindo para o aprimoramento tecnológico, científico, sóciocultural e econômico.
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PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo VICE - PRESIDENTES Ronaldo José Lima Gusmão José Luiz Nobre Ribeiro Victório Duque Semionato Alexandre Francisco Maia Bueno Délcio Antônio Duarte DIRETORES Luiz Felipe de Farias Diogo de Souza Coimbra Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Marcílio César de Andrade Alessandro Fernandes Moreira José Flávio Gomes Fabiano Soares Panissi Janaína Maria França dos Anjos Normando Virgílio Borges Alves Clemenceau Chiabi Saliba Júnior SUPERINTENDENTE José Ciro Mota
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CONSELHO DELIBERATIVO Marcos Villela Sant'Anna Teodomiro Diniz Camargos Jorge Pereira Raggi Flávio Marques Lisbôa Campos Rodrigo Octavio Coutinho Filho Paulo Safady Simão José Luiz Gattás Hallak Alberto Enrique Dávila Bravo Cláudia Teresa Pereira Pires Márcio Tadeu Pedrosa Sílvio Antônio Soares Nazaré Felix Ricardo Gonçalves Moutinho Levindo Eduardo Coelho Neto Fernando Henrique Schuffner Neto Ivan Ribeiro de Oliveira CONSELHO FISCAL José Andrade Neiva Nilton Andrade Chaves Carlos Gutemberg Junqueira Alvim Alexandre Rocha Resende Wanderley Alvarenga Bastos Junior
CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Janaína Maria França dos Anjos Fabiano Soares Panissi José Ciro Mota Ronaldo Gusmão Coordenador Editorial Ronaldo Gusmão Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira MG 05203 JP Projeto Gráfico Arte e Diagramação Blog Comunicação Marcelo Fernandes Távora tavora007@hotmail.com (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590 Bento Simão, 518 | São Bento Belo Horizonte | Minas Gerais CEP 30350-750
Depto. Comercial | Vendas Blog Comunicação tavora007@hotmail.com (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590 João Piccoli (31) 8918 4858 Tiragem 10 mil exemplares | Bimestral Distribuição Gratuita Via Correios e Instituições parceiras Publicação | SME Sociedade Mineira de Engenheiros Av. Álvares Cabral, 1600 | 3ºandar Santo Agostinho Belo Horizonte | Minas Gerais CEP:30170-001 Tel. (31) 3292 3962 sme@sme.org.br Fale conosco Contato editorial jornalismo@sme.org.br
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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
A SME APRESENTA PROPOSTA EM DEFESA DA INDÚSTRIA NACIONAL Apesar de o País não correr riscos de uma crise econômica como está acontecendo com diversos países europeus, a nossa economia será afetada por alguns efeitos decorrentes do cenário internacional, especialmente os setores exportadores e aqueles que competem com produtos importados. Para os setores industriais que estão sofrendo desaceleração e, em alguns casos, até risco de desindustrialização, devido principalmente à concorrência predatória com os produtos importados, notadamente da China, o governo adotou medidas de estímulo que deverão trazer algum alívio e melhorar as expectativas, neste ano, de crescimento econômico do Brasil. Embora, o governo brasileiro acene com a adoção de medidas para conter o processo de desindustrialização, muito deve ser feito. A desoneração da folha deve ser acompanhada de uma reforma nos contratos de trabalho, desburocratizando a relação empregador/empregado, além da queda mais significativa da taxa de juros e a adoção do imposto único, o que reduzirá fortemente o custo administrativo, para que a indústria recupere
sua produção com lucratividade e competitividade no mercado internacional. Projeções feitas, já apontam que a redução do custo do INSS de 20% para 0% apenas para a indústria de transformação terá impacto positivo. Isso porque o custo fiscal dessa desoneração seria de R$ 1 bilhão para cada 1% de redução de contribuição. Assim, a redução de 20% custaria R$ 20 bilhões ao ano. Algumas medidas aguardadas pelo empresariado para recuperar a competitividade da indústria nacional, no médio e longo prazos, seriam incentivos e políticas voltadas para a inovação, desenvolvimento tecnológico, formação de recursos humanos, infraestrutura, logística, entre outros. No curto prazo são necessárias mudanças nos preços relativos, atuando principalmente na tributação, para que possa gerar um nível de câmbio também competitivo. A desoneração da folha de pagamento (custo fixo) é fundamental para a indústria de transformação brasileira, com a fixação de uma alíquota adicional de COFINS, e a criação de um mecanismo de crédito tributário para a Indústria de Transformação.
Ailton Ricaldoni Lobo Presidente da SME A criação desse mecanismo de crédito tributário amenizaria as dificuldades enfrentadas pelo setor, causadas pelas importações, principalmente a chinesa. De outro lado, para se ressarcir deste custo, seria criada uma alíquota adicional de COFINS, não cumulativa, de 9% a ser aplicada para todo o setor industrial. Esta alíquota, com base na arrecadação sobre os importadores, geraria recursos de aproximadamente R$ 27,3 bilhões. A proposta de criação do crédito tributário geraria no ambiente da indústria resultados favoráveis a exemplo do aumento na competitividade da indústria de transformação nacional; o estímulo ao emprego, a partir da redução do custo do trabalho interno. Além disso, promoveria a equidade de tratamento entre o trabalho local e o trabalho externo; neutralizaria a COFINS adicional para a indústria de transformação nacional via crédito tributário, impactando positivamente a economia com efeitos multiplicador e acelerador.
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EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
Em uma abordagem mais ampla relacionada aos objetivos do Plano Brasil Maior, poderá ser estimulada a formação de uma cultura empresarial voltada para P&D (investimentos em pesquisa e desenvolvimento tecnológico). O setor aguarda que o governo brasileiro, adote medidas cambiais que tranquilizem o empresariado, principalmente, quanto à possibilidade de se estabelecer patamares mínimos para o câmbio, em um regime de flutuação cambial considerando uma banda de R$1,90 à R$2,10. Para o setor, a desvalorização cambial provocaria um ajuste nos preços. Os empresários acreditam que sob o regime de câmbio flutuante é possível instituir políticas de controle, do ponto de vista fiscal. O governo possui instrumentos de monitoramento e controle, podendo impedir que o ajuste se transforme em inflação inercial não recorrente. Este seria o custo que a sociedade pagaria para resolver o problema do câmbio e de seus impactos nefastos sobre a produção industrial brasileira. A proposta de aplicação do IOF, como imposto regulatório, por excelência, poderá atuar como um inibidor de aplicações de curto prazo e indutor de aplicações de longo prazo, para residentes e não residentes no País. Para evitar a arbitragem, toda conversão de US$ para o
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R$ terá que ser tributada com o IOF, sem exceção. De outra parte, a restituição do IOF, por meio de crédito tributário, ocorreria no caso de receitas advindas da exportação nacional e / ou Investimento Direto efetivo, devendo ser comprovado pela empresa e atestado pela Receita Federal. A Receita seria a fiscalizadora desta política uma vez que o BACEN não possui a infraestrutura necessária para este tipo de ação.
terá um baixo impacto inflacionário na economia. De forma complementar, a COFINS vigente, também poderia integrar a política de desoneração/crédito tributário, caso fosse necessário, entendendo-se que a desvalorização cambial, dado o seu impacto inflacionário, seria a menor possível. Em seu conjunto as medidas adotadas pelo governo, representam um estímulo de R$ 60,4 bilhões para alavancar o desenvolvimento do
Diante da força dessas medidas e da certeza de sua eficácia, é natural que sua implementação gere alguma insegurança inicial. Portanto, tornase aconselhável que paralelamente à revogação das medidas de IOF aplicáveis à conversão do dólar para o real hoje existentes, seja aplicada uma alíquota do IOF relativamente “inofensiva”, por exemplo, de 1%.
setor industrial. Aliadas aos investi-
Esta será uma importante sinalização para o mercado, indicando que o governo está disposto a se valer de um instrumento que não permite rota de fuga e/ou contornos e, portanto, de arbitragem. Em um segundo momento, a alíquota do IOF deverá ser ajustada até o nível desejado de câmbio.
Fronteiras, podemos afirmar que
Para o empresariado mineiro, a medida proposta de desoneração do salário, que produziria um efeito correspondente a quase 15% de desvalorização cambial para a indústria de transformação nacional,
das com o propósito de elevar o
mentos na infraestrutura do País que são crescentes, às concessões e parcerias - nos aeroportos, por exemplo, ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico - PRONATEC, o projeto de implantação de escolas técnicas e as aplicações em ciência, tecnologia, inovação e educação - ProUni e Ciência sem superaremos o momento adverso e voltaremos a ter uma indústria nacional forte e competitiva num futuro próximo. Por fim, aproveitando o capital político que detém a presidenta Dilma, somando-se a isso, a contribuição das entidades civis organizaBrasil à condição de potencia tecnológica, certamente, em curtíssimo prazo, a indústria brasileira terá alcançado um patamar elevado de competitividade.
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READEQUAÇÃO CURRICULAR SME promove debate sobre o tema
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MESTRES DA ENGENHARIA Ederson Bustamante
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TRANSPORTE - VLT Solução para BH
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RIO+20 Depois do discurso a prática
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ENGENHEIRO EM FOCO Fabiano Panissi, 38 anos, engenheiro eletricista é perfil do mês
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EM DEBATE Mudanças prometem fortalecer o CETEC
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ENTREVISTA José da Costa Carvalho Neto, presidente da Eletrobras
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CEMIG 60 ANOS Uma exemplo de gestão em energia
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ICLEI Prefeituras em prol da proteção ambiental
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SME | 12:30 Evento abre discussão sobre atividade industrial
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MILTON GOLOMBECK A inversão de valores e a importância da engenharia
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CARREIRA Oportunidades no mercado profissional devem ser equalizadas
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ENSINO | UFMG
Escola de Engenharia da UFMG está elaborando projeto de readequação curricular A Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) recebeu o consul-
Alessandro Fernandes
tor
Moreira é vice-diretor da
da
empresa
ThreeJoy
Associates e professor aposen-
Escola de Engenharia da
tado da University of Ilinois at
UFMG e diretor da SME
Urbana-Champaign, David Goldberg, para uma palestra direcionada a representantes de diversas escolas de engenharia da cidade. Ele veio a Belo Horizonte para
têm um papel transformador da
“Apesar da necessidade de for-
auxiliar a diretoria da Escola de
sociedade.
mar engenheiros, o país não está
Engenharia da Universidade Fe-
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conseguindo atender a demanda
deral de Minas Gerais (UFMG) a
De acordo com o vice-diretor da
elaborar um plano de readequa-
Escola de Engenharia da UFMG e di-
ção curricular que visa controlar
retor da SME,Alessandro Fernandes
problemas como a evasão ou re-
Moreira, as instituições de ensino de
curso nos cinco ou seis anos ha-
tenção dos alunos. A iniciativa
Engenharia tem discutido temas
bituais por algum motivo. Sem
também pretende dar uma visão
afins, por isso a iniciativa de demo-
contar aqueles que saem da uni-
humanística à profissão, para que
cratizar o debate. Segundo ele, a
versidade e vão trabalhar em ou-
os futuros engenheiros com-
SME é um fórum independente o
tras áreas como a financeira, por
preendam, desde a academia, que
que tornou possível a iniciativa.
exemplo”, explica.
do mercado. Boa parte dos alunos não forma ou não conclui o
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David Goldberg é consultor da empresa ThreeJoy Associates e professor aposentado da University of Ilinois at Urbana-Champaign
No caso da UFMG, uma universi-
Antônia Sônia
dade pública, o problema de reten-
Alves Cardoso Diniz
ção dos alunos está entre 20% e
é engenheira eletricista e
30% do total de aprovados no ves-
Presidente da Comissão de
tibular. Moreira afirma que não há
Educação em Engenharia da SME
como mensurar esse atraso para os cofres públicos. “Há o custo da sala de aula e dos laboratórios e o fator tempo também”, enumera. Para o professor, a mudança no perfil dos alunos que chegam às universidades tem justificado a discussão contínua da melhoria da metodologia de ensino, seja para mantê-los motivados em relação ao curso de Engenharia ou mesmo para atrair novos
nheiros. “Os alunos que temos re-
também aconteça em outras insti-
cebido têm grande potencial de
tuições. “Não queremos competir
aprendizado. Eles têm acesso a
com ninguém. Se trabalhamos em
todo tipo de informação, mas é pre-
conjunto e na mesma direção, toda
ciso transformá-la em conheci-
a comunidade ganha”, lembra.
mento, o que demanda a consulta aos livros e horas de estudo tradicional também”, explica.
candidatos para a profissão.“Precisa-
A presidente da Comissão de Educação em Engenharia da SME, coordenadora do Green Solar e do curso
mos trazer mais alunos para a enge-
Com essa mudança, o que se es-
de pós-graduação em Engenharia
nharia, torná-la mais interessante do
pera é formar um engenheiro dife-
Mecânica da Pontifícia Universidade
ponto de vista pedagógico”, ressalta.
rente, que agregue o conhecimento
Católica de Minas Gerais, engenheira
técnico, sempre indispensável, a ha-
eletricista Antônia Sônia Alves Car-
A mudança curricular só se efetiva, segundo Moreira, a partir de uma nova metodologia de ensino e modelo pedagógico.Tudo isso depende da mudança de cultura do corpo docente. A adoção de novas ferra-
bilidades e competências comportamentais como a capacidade de se relacionar, trabalhar em grupo, fazer a gestão de pessoas e de projetos e, ainda, da empresa/negócios.
doso Diniz, as escolas de engenharia estão em um momento crucial.“Não conseguimos manter os alunos interessados usando os métodos pedagógicos antigos. A discussão é
mentas de aprendizado é parte do
Para o professor, o ideal é que o
sempre interessante porque traz
processo e um desafio para todos
processo de mudança curricular da
novas ferramentas para repassar o
nós que, na formação, somos enge-
Escola de Engenharia da UFMG
conhecimento”, considera.
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ENTREVISTA | JOSÉ DA COSTA CARVALHO NETO
o dia 11 de junho, a partir das 20
Neste ano, o engenheiro eletricista mineiro,
horas, na sede da Companhia Ener-
mestre em Engenharia Elétrica pela Universi-
gética de Minas Gerais (Cemig), a
dade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pre-
Sociedade Mineira de Engenheiros (SME)
sidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho
promove mais uma edição da solenidade de
Neto, será o profissional homenageado.
entrega da Medalha Lucas Lopes, honraria
De forma especial, a cerimônia coincide com
concedida aos profissionais da Engenharia de
datas significativas para três companhias de
destaque no exercício da profissão no setor
referência em energia elétrica brasileira –
de energia.
Cemig (60 anos), Eletrobras Furnas (55 anos) e
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José da Costa Carvalho Neto, presidente da Eletrobras recebe a Medalha Lucas Lopes, honraria da SME
Eletrobras (50 anos) – que têm contribuído para o desenvolvimento nacional e de Minas Gerais e que o engenheiro conhece muito bem. Atualmente, à frente da Eletrobras, maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina, desde março de 2011, José da Costa Carvalho Neto tem o desafio de manter a rentabilidade, a competitividade, a integração e a sustentabilidade da empresa de capital aberto controlada pelo governo bra-
sileiro para dar suporte ao processo de desenvolvimento nacional. Em 2011, a companhia registrou lucro líquido de R$ 3,733 bilhões em 2011, com alta de 66,1% em relação ao apurado no ano anterior, de R$ 2,248 bilhões. Nesta entrevista, o engenheiro fala sobre sua experiência profissional e sobre o desafio do setor energético nacional no presente e futuro.
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ENTREVISTA | JOSÉ DA COSTA CARVALHO NETO
Escolhi a engenharia elétrica ouvindo o conselho do presidente Juscelino Kubitschek. Quando ainda menino, o conheci. Ele me disse que o Brasil, para crescer, necessitaria de engenheiros “para construir usinas e estradas”. Fui admitido em 1966 como estagiário na Companhia Força e Luz de Minas Gerais, e lá fiquei até 1973, quando a Cemig a incorporou. Na Força & Luz, trabalhei nas áreas de geração, sub-transmissão e distribuição. Com a incorporação, passei a atuar na área de planejamento do sistema elétrico. No final de 1973 voltei para a área de distribuição como gerente da Divisão de Planejamento de Distribuição. A Cemig me deu muitas oportunidades de inovar e aprender. Além da prática, fiz mestrado em sistemas de potência e cursos de especialização em engenharia e gestão. Visitei empresas em
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“
Gostaria de destacar que poucas pessoas associam as hidrelétricas à energia limpa, mas o fato é que se trata de uma das melhores energias possíveis a um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade. E o Brasil tem destaque nesse cenário.
“
Por que o Sr. escolheu trabalhar para o setor de energia? Como foi a sua trajetória profissional até chegar a esse setor?
diversos países, aprendendo as mais modernas tecnologias e metodologias. Em 1991, após ter sido gerente da Divisão de Planejamento e Qualidade, do Departamento de Engenharia de Distribuição e superintendente de Desenvolvimento e Coordenação da Distribuição, me tornei diretor de Distribuição, acumulando, por quase um ano, a Diretoria de Produção e
Transmissão e a Diretoria de Projetos e Construção. Em meados de 1998 substituí Carlos Eloy, com quem tive a satisfação de trabalhar, na Presidência da Cemig e de seu Conselho de Administração, até janeiro de 1999. Entre 1999 e fevereiro de 2011, antes de assumir a presidência da Eletrobras, trabalhei na iniciativa privada. Qual o grande desafio do setor hoje? O maior desafio do setor de energia elétrica hoje é suprir o mercado com confiabilidade, qualidade, modicidade tarifária, universidade e sustentabilidade. Desta forma, devemos trabalhar para ampliar ao máximo a participação de fontes limpas, como as hidrelétricas, na matriz energética, além de investirmos cada vez mais em fontes complementares, como eólica e solar. Gostaria de destacar que poucas pessoas associam as hidrelétricas à energia limpa, mas o fato é que se trata de uma das melhores energias possíveis a
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José da Costa Carvalho Neto é presidente da Eletrobras será homegeado com a comenda “ Medalha Lucas Lopes”
um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade . E o Brasil tem destaque nesse cenário. Nossa matriz elétrica é composta prioritariamente por fontes renováveis, com 88% de participação. Os investimentos do país em energia renovável estão acompanhando o ritmo de crescimento econômico/social do Brasil? Sem dúvida. Diversos projetos de hidroeletricidade estão sendo desenvolvidos no país. Além disso, a energia eólica tem recebido cada vez mais investimentos, o que tem tornado competitivo o seu preço de mercado. É também importante a participação de usinas com biomassa. Os projetos de PCH tiveram um ret o r n o d e i m p l a n t a ç ã o b a s tante reduzido. Julgo que alguma medida deva ser tomada para sua revitalização. Ao mesmo tempo deve-se incrementar o estímulo a usinas solares, que terão grande uso no futuro.
Outro aspecto importante é a continuidade da construção de grandes hidrelétricas, especialmente na Amazônia, o que requer um entendimento entre a área energética e a ambiental para a implantação dos projetos de forma sustentável, com o devido esclarecimento à sociedade dos benefícios proporcionados à nação brasileira. Ressalto também como de fundamental importância, a integração energética com os vizinhos da América do Sul, que proporcionará o uso mais eficiente dos potenciais energéticos renováveis da região. A indústria alega que, entre os muitos custos da produção, está a energia elétrica, considerada uma das mais caras do mundo. Isso é realidade? Na realidade existe um pouco de exagero nesta afirmação. Por exemplo, em muitas comparações entre tarifas industriais, se excluem, no Brasil, os consumidores livres, que, se incluídos, reduziriam o preço médio brasileiro.
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ENTREVISTA | JOSÉ DA COSTA CARVALHO NETO
De qualquer forma, a tarifa média brasileira é superior a de muitos países por duas razões: a grande incidência de tributos e encargos nas tarifas e a grande dimensão territorial brasileira, que fazem com que os custos de transmissão e distribuição sejam superiores ao de outros países com menor dimensão.
Qual o maior desafio da Eletrobras nesse cenário? Nosso desafio é gerar, transmitir e distribuir energia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do país, garantindo a rentabilidade para nossos acionistas. E mais, nós queremos ser o maior conglomerado global de energia limpa até 2020.
A boa notícia é que para o futuro poderemos ter redução nesses valores, seja pela redução dos tributos e encargos, seja pelo adensamento do consumo e pela redução dos custos com a renovação das concessões.
Acredito que são aspirações a altura de uma empresa que há 50 anos contribui para o progresso do Brasil. Outro grande desafio é aumentar nosso valor no mercado, mesmo levando em conta o vencimento de algumas de nossas concessões previstas no período 2015-2017.
Como está a competitividade do setor de energia brasileiro?
O que representa para o Sr. receber a Medalha Lucas Lopes?
Julgo que temos um modelo bem competitivo na geração e na comercialização, e convenientemente regulado na transmissão e na distribuição, que tem servido como paradigma p a r a d i v e r s o s o u t ro s p a í s e s d o m u n d o. É certo, que como qualquer modelo, são necessários algumas correções pontuais visando sua otimização.
É uma satisfação e orgulho muito grande receber esse prêmio. Dizem que ninguém é profeta em sua terra, mas, homenagens como essas, desmentem esse ditado. Afinal, eu nasci em Minas Gerais e fiz praticamente toda minha carreira no Estado. Agradeço a Sociedade Mineira de Engenheiros e a Cemig. Sou muito grato a esse reconhecimento de meus colegas.
Tucurui
PARAB P A ARAB B
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LEME LE ME ENGENHARIA ENGEN NHARIA
PARABÉNS P A ARAB BÉNS A JOS JOSÉ SÉ DA COST COSTA TA CARVALHO CARVALHO A O NETO PELA MEDALHA P MEDA ALHA LUCAS S LOPES
“De estagiário, em 196 1966, 66, a presidente prre esidente da Cemig, Cem mig, em 1998”. Neto resumiu seu Assim, José da Costa Carvalho C resumiu e seu currículo em entrevista jornal entr revista e ao jor nal V Valor a alo orr. De fato, a frase exemp exemplifica plifica a carreira carrre eira engenheiro, invejável do engenheir ro o, homenagedo pela SME este ano com a Medalha Lucas Lopes. a companhia Além de gerir g comp p panhia mineira,, foi também também secretário secrretário e Energia adjunto de Minas e Ene ergia de Minas Gerais, diretor-presidente dirretor e r-pr - re esidente Energia Equipamentos e da Arcadis Arrcadis c Logos Energ gia e diretor dirre etor da Orteng E frente Eletrobras, papel Sistemas. Hoje, à fr rente e e da Eletr robras, o tem pap pel determinante no fortalecimento e expansão exp pansão da estatal, uma das d maiores maiorres e do Energia mundo no setor de Ene rgia e a maior da América a Latina. subsidiárias estamos Através das subsidiária as da Eletrobras, Eletrro obras, estam mos trabalhando usinas Belo juntos nas obras das us sinas hidrelétricas hidrre elétricas de Bel o Monte e Jirau e de vários sistemas de d transmissão, projetos prrojetos o s fundamentais para energética para o crescimento crrescimento e e pa ara a diversificação da matriz m brasileira. contribuição É por sua inegável contri ibuição ao setor de Energia a e à engenharia homenagem a José da Costa que prestamos prrestamos e esta justa h Cos sta Carvalho Neto. Flavio Marq Marques ques Lisbôa Campos Presidente Pr esidente da LEME Engenha Engenharia aria e da T Tractebel ractebel Engineering América A Latina
A LEME Engenharia, pa parte arte integrante da T Tractebel ractebel r Engi Engineering neering (GDF SUEZ), é uma empr empresa esa com mais de 45 anos de experiê experiência ência em engenharia consultiva para a pr projetos ojetos nos segmentos de energia ene ergia e infraestrutura.
www.leme.com.br www .leme.com.br
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ENTREVISTA | JOSÉ DA COSTA CARVALHO NETO
A área de energia renovável tem aberto vagas de trabalho para engenheiros? Em quais áreas? Logicamente ao ampliar os investimentos, mais profissionais são contratados, em especial engenheiros. Dentre eles há grande número de vagas para engenheiros eletricistas, como também para civis e mecânicos, pois toda a cadeia produtiva é afetada, inclusive a ampliação de
com a consciência de que o progresso não deve ser obtido a qualquer custo, mas sim com respeito ao meio ambiente, o papel da hidroeletricidade, principal fonte de energia da Eletrobras, ganha ainda mais relevância. Em última instância, o futuro da energia no Brasil e o futuro da Eletrobras caminham de mãos dadas em uma estrada que vai ligar o desenvolvimento a preservação ambiental.
neta. A energia ainda é mais
E a energia nuclear? Onde essa matriz se encaixa no modelo energético brasileiro?
350 GW e o custo de gera-
É bom que se destaque que a energia nuclear é limpa, pois a geração não produz gases de efeito estufa. Considero que o país não pode abrir mão dessa importante fonte, já que possui uma das maiores reservas de urânio do pla-
solar, como já mencionamos
encomendas às fábricas de componentes de usinas. Como o Sr. analisa o setor de energia brasileiro? Quais as perspectivas de futuro para o setor? Analiso com muito otimismo o futuro do setor. Afinal, com a economia brasileira aquecida, o Brasil vai precisar de muita energia. Além disso,
cara que a hidrelétrica, mas também pode ser uma excelente complementação a nossa matriz hidrotérmica. E os projetos para as energias eólica e solar? Elas são importantes fontes complementares a energia hidrelétrica. Temos um elevado potencial de ambas no Brasil. No caso da eólica, o potencial “on shore” atinge cerca de ção já está competitivo com outras fontes. No caso da anteriormente, o custo ainda é elevado, mas para o futuro deverá ser bastante competitivo, principalmente com geração
distribuída, o
que
requererá sistemas de controle tipo “smart grid”.
Itaipu
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Itaipu
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MESTRES DA ENGENHARIA | EDERSON BUSTAMANTE
Ensina melhor quem conhece o dia a dia do mercado Há sete anos, após cinco de “en-
e aprovadas no Colégio Anchieta,
Para Bustamante, a vivência como
saio”, o engenheiro mecânico
no antigo curso de Admissão e,
professor estimula o profissional
eletricista graduado pela Univer-
posteriormente, na monitoria de
a não envelhecer no conheci-
sidade Federal de Minas Gerais
Máquinas Elétricas na Escola de
mento, porque a carreira exige a
(UFMG) e professor de Máquinas
Engenharia da UFMG. Por isso,
Elétricas e de Acionamento Elé-
lembra, ser professor sempre foi
trico do Instituto Politécnico
um trabalho prazeiroso.
da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUCMinas), Ederson Bustamante, 76 anos, decidiu que aquele era o momento de se aposentar da “sala de aula”.
dessa conduta foi logo reconhecido pelos alunos. Ao longo dos
Mas a carreira de engenheiro corria paralelamente. Na volta para Belo Horizonte, logo recebeu o convite para lecionar. “Naquele momento, a expe-
39 anos de atividades, o professor foi homenageado em todas as cerimônias de formatura. Para Bustamante, a quantidade imensa de
Na atividade, foram 39 anos que,
riência que eu já tinha adqui-
placas que ele guarda em casa é a
para ele, deixaram lembranças feli-
rido no mercado me ajudou
prova de que o magistério foi
zes. “Foi, sem dúvida, a experiência
muito na sala de aula”, destaca.
sempre um prazer, um gosto.
E esse foi o caminho que ele se-
“Respeito muito o conheci-
guiu para desenvolver no magisté-
mento da academia e não pode-
rio uma carreira que nunca foi
ria ser de outra forma, aquele
que vivi que me deixou marcas muito grandes e todas elas positivas”, resume. Tudo começou em 1966 quando ele retornou à capital do Estado, depois de trabalhar em projetos em Ipatinga e Ouro Preto, entre 1961 e 1965.
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atualização contínua. O resultado
menos importante que o exercício da Engenharia. “Em Belo Horizonte, trabalhei na Petrobras, chefiando a divisão de manutenção do
conhecimento que adquiri através do professor, livros, estudo e vivência acadêmica é fundamental. Mas tendo oportunidade
Ele recebeu o convite por ser um
setor elétrico e, depois, a Divisão
jovem profissional que, em tão
de Engenharia. Acredito que essa
de associar a esse conheci-
curto tempo de carreira, já con-
comunicação direta com o mer-
mento a vivência profissional
seguia unir experiência prática e
cado é muito importante para o
dentro da área, aí é “sopa no
habilidade para ensinar, já testadas
professor”, explica.
mel”, resume.
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Crédito - Rubens Távora
Ederson Bustamante, 76, engenheiro mecânico eletricista graduado pela UFMG e professor de Máquinas Elétricas e de Acionamento Elétrico do Instituto Politécnico da PUCMinas.
Diferente do que se pensa, a profissional na sua atuação junto ao mercado formal. “O professor é uma pessoa avaliada constantemente pelos alunos. Ele já entra na sala de aula e começa a ser avaliado”, enfatiza. Quando começou a pensar em se aposentar, em 2000, reduziu as horas de aula para começar a se acostumar intimamente com a história que,
“
“Respeito muito o conhecimento da academia e não poderia ser de outra forma, aquele conhecimento que se adquire através do professor, livros e estudo e vivência acadêmica é fundamental. Mas tendo oportunidade de associar a esse conhecimento a vivência profissional dentro da área, aí é “sopa no mel”, resume.
na verdade, inauguraria uma nova fase da sua vida. Hoje, apesar da saudade, ele brinca
“
docência também ajuda o
cargo na Comissão Central de Pessoal Docente, que analisa o desempenho dos professores da instituição. Estar fora da sala de aula não significou muito tempo livre. Hoje, ele que sempre teve cargo no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Minas Gerais (CREA-MG) em diversas câmaras, continua a assessorar a entidade. “O trabalho voluntário foi a forma que encontrei para pagar os meus estudos ao povo. Eu estudei no Colégio Estadual e, posteriormente,
que teve força extra para se aposentar quando escutou
na Universidade Federal de Minas Gerais. Tenho que
dos colegas que “ainda era necessário”. “Aí eu pensei
devolver ao povo esse recurso”, ressalta.
que era melhor sair quando ainda era necessário que depois, quando não fosse mais”, analisa.
Ele ainda tem tempo para trabalhar, também, como voluntário na Fundação de Educação Artística, onde
Nesse meio tempo, ocupou a vice-diretoria do IPUC,
deixa o técnico em segundo plano para fazer uma
coordenou o curso de Engenharia Elétrica, criou o
coisa que sempre deu muito prazer: trabalhar com as
curso de Engenharia de Controle e Automação e ocupou
pessoas. Essa não é a essência da docência?
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ANIVERSÁRIO | CEMIG
Cemig completa 60 anos de bons serviços prestados ao desenvolvimento de Minas Maior empresa integrada do setor de energia elétrica do Brasil e responsável pelo atendimento de aproximadamente 30 milhões de pessoas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está comemorando, neste ano, 60 anos de atividades.
maiores do país. “Sabemos que o desafio é grande, mas acreditamos que podemos ocupar essa posição até o final desta década”, afirma o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais.
A empresa atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia, além dos segmentos de gás natural e telecomunicações. Hoje, é referência na economia global, reconhecida por sua atuação sustentável. Como um dos mais sólidos e importantes grupos do setor de energia elétrica, a meta para 2020 é estar entre as duas
O campo de atuação da Cemig estende-se a 23 estados brasileiros, com mais de 100 empresas e participação em 15 consórcios. A estratégia de expansão adotada permitiu ampliar a participação no controle acionário da Light, distribuidora que atende o Rio de Janeiro e outras cidades fluminenses. Além disso, possuímos participação em
A Cemig é responsável pela operação da maior rede de distribuição de energia elétrica da América do Sul e uma das quatro maiores do Em abril, a Cemig alcançou A CEMIG tem a maior mundo. Ocupa, ainda, a poa posição de maior grupo sição de maior comerciabrasileiro do setor de rede de distribuição de lizadora brasileira, energia elétrica em energia elétrica da sendo responsável pelo valor de mercado. No América do Sul atendimento de 25% Brasil, passou a CPFL 4ª maior do mundo. do mercado de consue a Eletrobras, na 3ª maior geradora, midores livres. Na área América Latina o de geração, a Cemig é a valor já é maior que o de energia com 7% de terceira maior geradora, da Endesa, com o comparticipação. com 7% de participação. promisso de continuar Responde também por 13% do trabalhando para prestar um mercado no segmento de transmisserviço cada vez melhor aos são. Os percentuais devem chegar a 20% clientes e contribuir para o desenvolviem cada um desses segmentos. mento de Minas Gerais.
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empresas transmissoras de energia elétrica (TBE, Taesa e Abengoa), investimentos no segmento de gás natural (Gasmig), telecomunicações (Cemig Telecom) e eficiência energética (Efficientia). Ainda conforme o processo de expansão, o Grupo Cemig anunciou parceria no controle acionário da Renova Energia, que há 11 anos atua no segmento de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e usinas eólicas. Por intermédio da Light, a operação alcançou um total de R$ 360 milhões. O Grupo Cemig concluiu também a compra de participação em ativos no Brasil da transmissora espanhola Abengoa. O negócio no valor de R$ 1,1 bilhão ocorreu através da Taesa. “A expansão nesses segmentos, evidentemente, esta ligada ao crescimento da economia do Brasil. Mesmo com a crise mundial, o Brasil surge como uma opção segura de investimento o que nos possibilita prever que vamos continuar crescendo. Dentro desse contexto, a energia elétrica é estratégica para que o País avance a sua economia”, ressalta.
A Cemig detém a participação no consórcio responsável pela construção e operação da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Rondônia, que será a sexta maior do Brasil em potência instalada e a terceira em energia assegurada. Em parceria com a Light, concluíamos a aquisição estratégica de participação na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, equivalente a 9,77% do capital social da Norte Energia, empresa que detém a concessão. Localizada na bacia do Rio Xingu, no Pará, Belo Monte é a maior usina atualmente em construção em todo o mundo e, quando finalizada, terá uma capacidade instalada de 11.233 MW. Além disso, a Cemig desenvolve pesquisas e projetos para produção e uso de biodiesel, geração de energia a partir de resíduos sólidos urbanos, produção de células combustíveis de alta temperatura e outras tecnologias de geração distribuída. No ano passado, iniciou a comercialização de energia gerada por meio do biogás composto por metano e gás carbônico, produzido pela decomposição de lixo de aterro sanitário.
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“
“
ANIVERSÁRIO | CEMIG
Mesmo com a crise mundial, o Brasil surge como uma opção segura de investimento o que nos possibilita prever que vamos continuar crescendo. Dentro desse contexto, a energia elétrica é estratégica para que o País avance a sua economia.
A Cemig contrata em torno de 700 profissionais de engenharia em Minas Gerais
Neste momento, atua também fora do Brasil com a Linha de Transmissão Charrúa – Nueva Temuco, no Chile. Em operação desde 2010, a LT de 205 km é resultado de parceria em consórcio com a Alusa. Até o final deste ano a empresa deve investir R$ 1,819 bilhão, totalizando R$ 3,333 bilhões através do Programa de Desenvolvimento da Distribuição (PDD), que realiza ações de manutenção, expansão, reforço e reforma da rede em Minas Gerais, além da substituição e modernização do sistema medição de energia. A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) receberá 30% desse investimento. De 2004 a 2011, a Cemig levou energia para 300 mil consumi-
20
dores da zona rural através do Programa Luz para Todos. O investimento foi superior a R$ 2,5 bilhões, dos quais o Governo de Minas, por meio da Cemig, participou com 77%. Para a Copa de 2014, a Cemig e s t á i nve s t i n d o c e rc a d e R$ 500 milhões no reforço da rede na RMBH, que passará a contar com novas linhas de transmissão e seis novas subestações, entre as quais a SE Serra Verde, que já está pronta. A companhia também investirá aproximadamente R$ 28 milhões em obras nos estádios Mineirão e Mineirinho, além do complexo olímpico CEU. As SEs Maracanã e Pampulha receberão novos equipamentos e serão ligadas ao Mineirão por mais de 11 km de rede subter-
rânea. Os outros R$ 20 milhões serão investidos na instalação de painéis fotovoltaicos. A expectativa é de que todo o complexo gere por volta de 1 MW. A previsão é de que as obras estejam finalizadas até dezembro. A Cemig está investindo R$ 65 milhões em redes inteligentes o u s m a r t g r i d , a t r av é s d o Projeto Cidades do Futuro. O programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que desenvolverá essa nova tecnologia vai permitir o aumento da eficiência energética, a redução das perdas comerciais e melhoria na interação com o consumidor. O consumidor poderá verificar o seu consumo de energia em tempo real.
Djalma Bastos de Morais é presidente da Cemig FOTOS ACERVO CEMIG
dial, ão segura ossibilita rescendo. gia elétrica País a.
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Em Minas Gerais, Sete Lagoas foi cidade escolhida para os testes e contemplará aproximadamente dois mil consumidores. No Rio de Janeiro, mil clientes atendidos pela Light participam dos testes. Uma usina solar fotovoltaica de 3 MW interligada à rede elétrica será instalada em Minas Gerais e será a maior instalação fotovoltaica conectada à rede elétrica do Brasil.Hoje, a Cemig tem mais de 115 mil acionistas em 44 países, desde os mais tradicionais como Estados Unidos e Reino Unido até outros mais distantes como Austrália e países nas regiões da Ásia e Oriente Médio. Há 12 anos consecutivos, a CEMIG faz parte do Dow Jones Sustaina-
bility World Index (DJSI World), mantendo-se como a única do setor elétrico da América Latina. Fazer parte d o Í n d i c e D o w Jo n e s d e S u s tentabilidade reflete a responsabilidade da Cemig na condução de suas ações e o c o m p ro m i s s o p a r a c o m a g e ração atual e as gerações futuras. A Empresa busca, continuamente, o aprimoramento de suas práticas de sustentabilidade empresarial, alinhando-as às melhores práticas de gestão corporativa, respeito ao meio ambiente e ao bem-estar da sociedade. Além disso, a Cemig foi selecionada em 2011 pela sétima vez consecutiva para compor a carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE)
da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Esse índice reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas listadas na Bovespa reconhecidamente comprometidas com a sustentabilidade empresarial. Também é a única concessionária do setor elétrico da América Latina a fazer parte do The Global Dow Index. A Cemig ainda foi selecionada pela segunda vez consecutiva para compor o Índice Carbono Eficiente (ICO2). Desenvolvido pela BM&FBovespa e pelo BNDES, o indicador sinaliza para os mercados de capitais nacional e internacional que o País e as companhias listadas estão alinhados com as mais avançadas discussões sobre as mudanças climáticas.
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ARTIGO | TRANSPORTE URBANO
Solução para BH Por Luiz Otávio Silva Portela
população de Belo Horizonte ouviu no-
Uma opção de transporte pouco conhecida e que poderia
vamente que a ampliação do metrô e a
pôr fim aos crescentes problemas do trânsito da cidade
construção de novas linhas sairão do
é o metrô leve, na modalidade monotrilho. O modal
papel. Depois de tantos compromissos
trabalha com veículos leves com rodas de borracha, que
firmados e não cumpridos, fica cada vez
circulam em um único trilho, suspenso em concreto
mais forte nos moradores da capital mineira a sensação
armado, movidos por propulsão elétrica de maneira
de que, novamente, o projeto não vai para frente,
automatizada, ou seja, não há a necessidade de conduto-
considerando que essa novela dura mais de 30 anos.
res, nem de ocupar o mesmo espaço de carros e ônibus
A
e o relevo não representa a menor interferência. Sem pontuar as nuances políticas da questão do metrô, é preciso analisar as dificuldades técnicas e financeiras para
Um estudo do Instituto Federal do Espírito Santo
a sua implantação. Além de ter um preço de construção
aponta que o metrô leve tem custo médio por quilô-
consideravelmente alto, a topografia de Belo Horizonte
metro entre R$ 74 milhões e R$ 129,5 milhões, enquanto
não é favorável a praticamente nenhum tipo de transporte
o metrô varia entre R$ 148 milhões a R$ 222 milhões.
de massa. Então, o que fazer para solucionarmos o
Além de apresentar um menor custo, o modal também
problema do caos no trânsito da capital mineira que a
desapropria menos. Durante a implantação, as inter-
cada dia fica mais evidente?
venções no sistema viário são pequenas, já que os pilares ocupam menos de dois metros de largura nos
22
Em um primeiro momento, temos que parar de sermos
canteiros centrais. As vigas são pré-moldadas e
simplistas e começarmos a pensar em soluções arrojadas,
p o d e riam ser instaladas durante a noite, sem a
que complementem os modais já instalados na cidade.
necessidade de interrupção do tráfego.
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Luiz Otávio Silva Portela, engenheiro e membro da Comissão Técnica de Transportes da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME)
Para implantar o metrô leve em Belo Horizonte há vá-
mundo têm metrô leve implantado e ele funciona de
rias possibilidades de rota e, obviamente, quanto maior
forma brilhante. O maior exemplo de sucesso é
a rede, maior a eficiência. Porém, a melhor opção, no
em Sidney, na Austrália, onde o metrô leve – por ser
momento, é começar uma linha na Lagoinha, passando
tão eficiente, silencioso e não poluente – passa dentro
pelo Mineirão, Aeroporto da Pampulha, Cidade Admi-
até mesmo de um prédio. São Paulo, a cidade com mais
nistrativa e chegando até o Aeroporto Internacional de
problemas de trânsito no Brasil, já percebeu esse re-
Confins.Trafegando por todo esse trajeto, o metrô leve
curso e começou a implantar o modal. Isso porque o
resolveria parte da carência de transporte na cidade,
metrô leve é capaz de atender 25 mil passageiros por
com a vantagem de o trecho até o Mineirão ficar
hora nos horários de pico em cada um dos sentidos.
pronto antes da Copa de 2014. Nem na projeção mais otimista, o metrô teria essa distância com o mesmo
É hora de apresentarmos uma solução eficaz para a
prazo, já que leva em média um ano para construir um
aplicação do dinheiro público. A população deve conhe-
quilômetro de metrô, ao passo que durante esse
cer outras soluções para conseguir se deslocar com
mesmo período, é possível construir cinco quilômetros
dignidade. Antes de usar todo esse valor em uma res-
de metrô leve.
posta pré-estabelecida, o ideal é abrir a discussão por uma opção mais útil. Não dá para os belo-horizontinos
A suspeita é que a utilização desse modal seja ainda tí-
se frustrarem mais uma vez e continuarem a viver
mida no Brasil em função da falta de arrojo no plane-
refém de engarrafamentos e de metrôs ultrapassados
jamento de transporte do país. Várias cidades no
e lotados.
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MEIO AMBIENTE | ICLEI
Congresso Mundial do ICLEI pretende engajar as prefeituras
Pela primeira vez na América Latina, evento esquenta discussão para a Rio+20
U
m dos eventos pa-
de desenvolvimento. “Com este
ralelos à Rio+20 é
evento, que tem o apoio e a
o 8º Congresso
parceria de várias entidades,
Mundial do ICLEI
vamos trocar experiências e
– Governos Locais pela Susten-
nos preparar para a Rio+20,
tabilidade, que terá Belo Hori-
com teses de interesse comuns
zonte como sede entre os dias
às cidades. Também vamos avan-
14 e 18 de junho. O evento que
çar no processo de internacio-
se repete a cada três anos, vai
nalização da de Belo Horizonte,
acontecer pela primeira vez na
do nosso Estado e consolidar
América Latina, reunindo prefei-
os conceitos que estamos cons-
tos de diversas cidades do mundo, bem como empresários, acadêmicos, organizações não
Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte
governamentais (ONGs), órgãos
24
truído dentro do planejamento de longo prazo da cidade, onde a sustentabilidade é questão fundamental”, analisa.
financiadores e pesquisadores
O prefeito de Belo Horizonte,
para apresentar projetos já imple-
Marcio Lacerda, enfatiza que um
O secretário municipal de Meio
mentados pelas administrações
encontro como este representa
Ambiente de Belo Horizonte,
municipais e, ainda, discutir estra-
uma oportunidade para que Belo
Vasco Araujo de Oliveira, tam-
tégias para os próximos anos.
Horizonte adiante o seu ritmo
bém está empolgado com a
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CLEI ituras As previsões de contínua urbanização, nos próximos 40 anos, sobretudo em países em desenvolvimento, devem ser planejadas e desenhadas com foco nas necessidades dos futuros habitantes do planeta. Para a secretária executiva regional interina do ICLEI – Secretariado para América do Sul, Florence Karine Lalöe, este é o momento de passar para uma sociedade de baixo carbono, uso mínimo de recursos e inclusiva. realização do congresso mundial do ICLEI na capital mineira. “Esse é um evento muito importante para a cidade. Primeiramente, pelo fato de a cidade ser a primeira da América Latina a receber o congresso mundial do ICLEI. Em segundo lugar, pela vinda de representantes de todo o mundo, hoje mais de 41 países já tem membros confirmados. Essa será uma grande oportunidade de mostrar ao mundo as ações de desenvolvimento sustentável feitas pela PBH, além
Vasco Araujo, secretário municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte
“A realização deste primeiro Congresso em nossa região re-
governos locais de vários países,
presenta o reconhecimento da re-
assim como os brasileiros, pos-
levância que as ações das cidades
sam identificar oportunidades e
latinoamericanas pela sustentabi-
replicar ações para lidar com seus
lidade tem ganhado globalmente e
desafios das próximas décadas.
o caminho aberto para incorporação de agendas cruciais para nossas cidades na pauta global, em especial as relacionadas a inclusão, coesão social e redução da pobreza. Em preparação à Rio+20, faremos um balanço sobre o que foi feito nesses últimos 20 anos e como devemos avançar”, explica.
De acordo com a secretária executiva do Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência (CMMCE), setor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte (SMMA), Ana Maria Louzada Drummond Nogueira, o congresso já conta com mais de 1 mil participantes con-
de trocar experiências, receber
O congresso mundial do ICLEI
firmados que virão à capital de
novas perspectivas e projetos
também será oportunidade para
Mineira para debater a questão
que nos possibilitem melhorar
o intercâmbio entre as cidades e
ambiental e sua interatividade
ainda mais a questão ambiental
o compartilhamento de conheci-
com os aspectos políticos, econô-
em nossa cidade”, comenta.
mentos, possibilitando assim, que
micos, sociais e culturais.
25
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MEIO AMBIENTE | ICLEI
Maria Louzada Drummond Nogueira é secretária utiva do Comitê Municipal bre Mudanças Climáticas Ecoeficiência (CMMCE) de Belo Horizonte
O Congresso será dividido em oito
O fundador e membro do Conselho
que se considerar, ainda, que a capi-
agendas: economia urbana verde, no
da China para a Cooperação Inter-
tal tem uma porcentagem de área
contexto do desenvolvimento sus-
nacional sobre Meio Ambiente e De-
verde por habitante acima do reco-
tentável e erradicação da pobreza, ci-
senvolvimento e ex-secretário geral
mendado pela Organização Mundial
dade sustentável, cidades eficientes
do Clube de Roma, Winterthur,
da Saúde (OMS).
no uso de recursos, biodiversidade
Martin Lees, também, abordará o
urbana, cidades de baixo carbono e
tema “O Estado do Mundo”.
carbono neutras, cidades e comunidades resilientes, infraestrutura urbana verde e, ainda, comunidades felizes e saudáveis. Haverá também temas adicionais: eventos verdes, com foco na preparação da cidade para receber a Copa do Mundo de 2014 e, em se-
Belo Horizonte, preocupada em esOutro palestrante é o diretor
tabelecer políticas locais de mitigação
executivo da ONG canadense
e adaptação, institucionalizou a
“8-80 cities”, Gil Peñalosa também
Política Municipal de Mitigação dos
é presença confirmada, com a pa-
Efeitos da Mudança Climática, co-
lestra “Cidades para Pessoas”.
locando no seu planejamento estra-
A escolha de Belo Horizonte para sediar o congresso do ICLEI em
tégico, a meta de redução das emissões do município em 20%
Belo Horizonte pode ser explicada
(vinte por cento) até o ano de 2030.
por diversos fatores. O primeiro
Em maio de 2011, foi promulgada
deles é que a cidade é membro da
a Lei nº. 10.175/11 que institui a “Po-
Entre os palestrantes já confirmados
entidade desde 1993. Atualmente, a
lítica Municipal de Mitigação dos
estão o sócio fundador do The Next
cidade é parceira do ICLEI no pro-
Efeitos da Mudança Climática”.
Practice, membro do corpo docente
jeto-piloto “Políticas de Constru-
A Política Municipal de Mitigação dos
do Programa da Universidade de
ção Sustentável” (PoliCS), que
Cambridge para a Liderança de Sus-
integra a Campanha Global Cida-
tentabilidade e líder da campanha
des pela Proteção do Clima (CCP)
The Cities for Climate Protection,
e busca soluções para reduzir as
Jeb Brugmann, que proferirá a pa-
emissões de gases de efeito estufa
lestra magna “A Cidade Produtiva”.
no setor da construção civil.
O coordenador executivo da
O município também é reconhe-
orientado para a redução e mitiga-
Rio+20 , embaixador da França
cido internacionalmente pela sua
ção dos gases de efeito estufa,
para as negociações de mudanças
forma de fazer políticas públicas, so-
oferecendo, de forma propositiva,
climáticas e coordenador execu-
bretudo no que se refere à meto-
um conjunto de iniciativas para a
tivo da Conferência das Nações
dologia democrática que adota. No
adaptação do ambiente às mudan-
Unidas para o Desenvolvimento
âmbito nacional, Belo Horizonte é
ças climáticas promovendo melho-
Sustentável, Brice Lalonde, falará
a sexta maior cidade do País em
rias em sua infraestrutura de modo
sobre “Últimas notícias e legado
população, com 2,4 milhões de
a aprimorar a qualidade de vida
da Rio +20”.
habitantes e o quarto maior PIB. Há
do cidadão belo-horizontino.
guida, os Jogos Olímpicos de 2016 e, ainda, segurança alimentar.
26
Segundo Ana Louzada, a Prefeitura de
A energia eól
Efeitos da Mudança Climática está sendo implementada mediante a elaboração do “Plano Municipal de Redução das Emissões de Gases de Efeito Estufa”, que tem por objeto
Você que tem e quer consum gases causad
o planejamento urbano-ambiental
Entre em cont comercializac
011 3569-6746
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PÓS-G
MEIO AMBIENTE | ICLEI
AQUI VOCÊ A São tratadas várias questões afins
CMMCE. Esse é um órgão cole-
Desde a sua implantação, o Co-
ao transporte, à energia, às cons-
giado e consultivo, tendo sido ins-
mitê tem aberto espaço para os
truções sustentáveis, ao uso do
tituído em 2006, atuando na
mais diferentes atores sociais,
solo, à saúde, à educação para o
articulação das políticas públicas e
registrando suas contribuições e
desenvolvimento sustentável, e
da iniciativa privada para a redução
discutindo-as nos Grupos de Tra-
aos mecanismos econômicos e fi-
de gases poluentes na atmosfera e
balho, cujos temas são: sanea-
nanceiros. “Assim Belo Horizonte
na conscientização ambiental da
mento (águas urbanas e resíduos
se prepara para ajudar a atingir
sociedade.
sólidos), eficiência energética e
metas climáticas nacionais e promover o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono”,
presentantes do Poder Público
energias renováveis e construções sustentáveis.
Municipal e Estadual, da sociedade
A Prefeitura de BH reúne um con-
civil, ONGs e do setor empresa-
junto de iniciativas, ações e pro-
Com o objetivo de apoiar a imple-
rial e acadêmico, o que garante a
gramas que, de alguma forma,
mentação da política municipal da
legitimidade da participação da
contribuem para a mitigação e
Cidade de Belo Horizonte para as
população em várias decisões re-
adaptação aos efeitos das mudan-
mudanças climáticas, a capital mi-
lacionadas à busca da sustentabili-
ças climáticas, propiciando uma
neira conta com a atuação do
dade ambiental no Município, com
melhor qualidade de vida do cida-
Comitê Municipal sobre Mudanças
a coordenação do secretário
dão belorizontino. Entre eles a
Climáticas
Municipal de Meio Ambiente.
coordenadora cita:
afirma.
e
Ecoeficiência
–
Selo “BH Sustentável”, O Programa de Certificação em Sustentabilidade Ambiental;
Projeto LED Projeto de Eficiência Energética da Sinalização Semafórica de BH ;
Operação Oxigênio Estações de Monitoramento da Qualidade do Ar;
Programa Vila Viva Plano Municipal de Saneamento ;
Estação de Aproveitamento de Biogás Programa de Conservação de Energia na Administração Pública Municipal;
28
O Conselho é formado por re-
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil PlanMob-BH Plano de Mobilidade de BH;
Programa BH mais verde Concurso Cidade Jardim Inventário das Árvores dos Logradouros Públicos de Belo Horizonte; Programa “Óleo Nosso de Cada Dia” Programa Drenurbs Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam).
PÓS-GRADUAÇÃO: Gestão de Pr Engenharia Logística | Engenh Engenharia de Vendas | Adminis MBA: Gestão de Projetos | Gestã
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL | RIO+20
Rio+20 Encontro propõe que os países adotem medidas práticas para economia verde Entre o final do século XIII e
vamente para solucionar a crise
Segundo o físico, professor, ex-
meados do século XVII, o mundo
ecológica ou, pelo menos, mini-
ministro da Ciência e Tecnologia
vivenciou a Revolução Renascen-
mizar seus efeitos. Basta vontade
dos governos Itamar Franco e
tista, que deixou os feudos no
política e educação. Mesmo por-
Fernando Henrique Cardoso e
passado, instituiu o sistema eco-
que, nesse caso, todos estão “no
chefe de delegação do Brasil na
nômico capitalista, valorizou a
mesmo barco” e suscetíveis aos
Eco-92, José Israel Vargas, o des-
ciência, transformou as artes, os
prejuízos.
matamento da Amazônia aumenta
costumes e a cultura europeia.
períodos
de
Hoje, com o aparato tecnológico
crescimento do Produto Interno
e de comunicação existentes, um
cientistas e observadores em re-
Bruto (PIB) porque a indústria
movimento do gênero não de-
lação à Conferência das Nações
da construção, a indústria move-
mandaria tanto tempo para se
Unidas sobre Desenvolvimento
leira e as siderúrgicas precisam
consolidar em todo o mundo.
Sustentável, que será realizada
de madeira. “Antigamente, para
exatos 20 anos após a Eco-92,
abrir uma estrada, eles coloca-
Por que falar em revolução neste
entre os dias 13 e 22 de junho,
vam fogo nas árvores. Hoje, des-
início de século XXI? Porque a
no Rio de Janeiro. Para eles, a
matam e vendem porque o
mesma ciência exaltada pelo Renas-
confecção do documento final
produto
cimento tem afirmado diariamente
que resumirá o evento e dará di-
troca”, enfatiza.
que a sobrevivência do planeta Terra
retrizes futuras deve ter direcio-
e das mais de 7 bilhões de pessoas
namento prático.
adquiriu
valor
de
Diversos trabalhos científicos atestam que o mundo ficou mais
que o habitam está em risco. Uso
32
nos
Essa é a grande expectativa de
crescente dos combustíveis de ori-
Mais uma vez o Brasil ocupa
pobre nos últimos 20 anos. Hoje,
gem fóssil, má-gestão das águas,
lugar de destaque na discussão
a metade da população mundial
fome, visão de curto prazo para in-
sobre o cuidado com o meio
vive com até US$ 2 por dia. Em-
vestimentos e, ainda, falta de educa-
ambiente e a sustentabilidade.
bora a produção de alimentos
ção
população
No entanto, o país também tem
tenha aumentado, a distribuição
mundial são alguns dos problemas
dificuldades para fazer o para
ainda continua desigual.
que justificariam tal mudança.
casa e cumprir as metas assumi-
ambiental
da
das para 2020. Basta acompanhar
No caso brasileiro, os recordes
O que falta? Sair do discurso e
o debate em torno do novo Có-
sucessivos da safra anual de
ter a coragem de agir preventi-
digo Florestal.
grãos confirmam esse fenômeno.
José Israel Vargas é físico, professor e ex-ministro da Ciência e Tecnologia dos governos Itamar Franco e Fernando Henrique e chefe de delegação do Brasil na Eco-92
No entanto, o ecossistema do cerrado tem sido desmatado para dar lugar às lavouras e fazendas de criação de gado. “Diferente dos rios da bacia
FOTO - RUBENS TÁVORA
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amazônica, em que boa parte das águas provém da fusão das neves e do gelo dos Andes, os cursos
Outra dicotomia vivenciada pelo
segundo ele. O projeto de uma
d’água do cerrado, entre eles o
Brasil é a sua matriz energética.
usina hidrelétrica como a do Rio
São Francisco, dependem exclu-
Enquanto propagandeia que 47%
Madeira, tem uma linha de dois
sivamente da chuva. Com a ex-
da energia que produz é limpa, o
mil km, que sai de Porto Velho
ploração agrícola do cerrado e a
país investe pesado no Presal.
até Araraquara (SP) justifica des-
impermeabilização do solo gra-
Para o professor, embora o pro-
matamentos para abertura de
ças ao uso de fertilizantes, o vo-
jeto seja uma grande oportuni-
estradas para a manutenção da
lume de águas que saem das
dade de negócios a médio prazo
linha e, com elas, a criação de nú-
veredas e riachos não chegam ao
– com clientes interessados em
cleos de desenvolvimento ou pe-
São Francisco. Nesse ritmo, não
se livrar dos “humores” do
quenas vilas no meio da floresta.
haverá água suficiente para a
Oriente Médio – a perfuração a
transposição”, aponta. E as áreas que não são mais usadas? O reflorestar desses espaços “abandonados” que não servem para agricultura e pecuária é uma medida a ser adotada. Dessa forma, seria possível consertar um pouco do estrago e gerar recursos para o futuro.
5 mil metros de profundidade
Uma das áreas do conhecimento
para ter acesso ao petróleo re-
que tem sido convidado a parti-
presenta um risco muito grande de acidentes, como o que já aconteceu no Golfo do México. Em quanto isso, enfatiza Vargas, o Brasil continua importando gasolina e diesel. Já o álcool, um produto que poderia revolucionar o uso de combustíveis no país,
cipar da revolução ambiental que se anuncia é a Engenharia. Evitar o desperdício de materiais e o retrabalho, por meio da implantação de práticas sustentáveis do uso de energia, são algumas das ações que os profissionais da área podem adotar no seu dia a
ainda não é produzido na escala
dia de trabalho. “Energia cara é
O pior, avalia Vargas, é que a úl-
necessária para abastecer o mer-
trabalho produzido caro”, define
tima medição do volume de água
cado interno, apesar dos veículos
Vargas. Os profissionais devem
dos rios do Estado foi realizada
com motores flex, uma tecnolo-
ter em mente, também, que a es-
há 37 anos. Como não há um
gia nacional.
colha dos materiais que usam em
acompanhamento sistemático,
seus projetos não podem mais
não há como mensurar o que já
A produção da energia elétrica
impactar a natureza como em
foi perdido em recursos hídricos.
também deveria ser repensada,
outros tempos.
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DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL | RIO+20
Milton Nogueira é engenheiro metalurgista formado pela UFOP e especialista em Engenharia Econômica
Por isso, a Rio+20 merece a atenção dos profissionais e também das empresas de Engenharia, independente do segmento em que atuam para implementar mudanças gerais e rápidas para reduzir e/ou minimizar os impactos da atividade ao meio ambiente. “A Engenharia atravessa os três temas centrais da Conferência”, destaca.
Os engenheiros não podem se esquecer, também, que o uso da tecnologia tem efeitos positivos e negativos. Portanto, tudo deve ser conduzido com extremo cuidado para proteger o meio ambiente e, consequentemente, as pessoas.
ECONOMIA VERDE Entre 23 de abril e 4 de maio, em Nova York, aconteceu a quarta e última reunião de negociação dos itens da Minuta Zero, que gerou o Ras-
Sem conhecimento tecnológico e de Engenharia não há como fazer energia fotovoltaica, por exemplo. Da mesma forma, é o engenheiro que atuará, na prática, para melhorar a qualidade de vida das populações mais pobres, ainda carentes de serviços básicos como rede de esgoto, fornecimento de água potável e de energia elétrica. O carro elétrico e outros produtos que usem energia limpa também estão na lista de projetos que dependem da atuação dos profissionais
cunho Um da Rio+20, documento que servirá de base para os trabalhos e debates realizados durante o evento. Em linhas gerais há três pontos: o combate à pobreza, a mudança do modelo econômico marron (baseado no consumo de combustíveis fósseis) para a chamada economia verde e, ainda, uma nova governança global. O engenheiro metalurgista formado pela Escola de Minas (Universidade Federal de Ouro Preto –
“Não há como reduzir a pobreza com o esquema atual de obras. Deve-se criar esquemas de Engenharia simplificada para combater a pobreza”, recomenda. E tudo isso deve acontecer em poucas décadas. Na prática, é preciso rever a escolha dos materiais, os processos e, também, o conceito de conforto e comodidade que os projetos “vendem” para seus clientes para evitar o desperdício e o retrabalho.
UFOP) e especialista em Engenharia Econômica,
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Milton Nogueira, trabalhou durante 20 anos na
O que é bonito em construção? E o que define um
ONU orientando governos sobre desenvolvi-
empreendimento de luxo? Para Nogueira, é preciso
mento industrial. “Mas logo se viu que a indústria
responder essas questões de forma diferente, sem
tem forte relação com a natureza e as pessoas e
contar com o apelo da indústria de materiais para isso.
quem vai fazer as mudanças necessárias e urgen-
“Depois da segunda camada, as outras são desperdício
tes são os engenheiros”, analisa.
mas isso é feito para agradar o cliente”, afirma.
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Enquanto isso, os efeitos do desrespeito à natureza continuam a siCláudia Pires é arquiteta e urbanista e presidente da Comissão de Meio Ambiente da SME
nalizar para problemas causados pelo consumismo, pelo individualismo que coloca o coletivo em xeque todos os dias. Secas em terras férteis em todo o mundo – inclusive no Brasil – é um exemplo de que as ações do homem sobre a natureza em pouco mais de um
A arquiteta e urbanista e presidente da Co-
século têm consequências. Muitas delas desas-
missão de Meio Ambiente da Sociedade Mi-
trosas.
neira de Engenheiros, Cláudia Pires, afirma que, tudo começa na concepção do projeto,
Para o engenheiro, o que se espera da Rio+20 não
a ferramenta de tomada de decisão. É nesse
é um ajuste de sintonia, mas uma revolução que
estágio que se define se a obra será ou não
afete os países, os investidores e as sociedades.
sustentável do ponto de vista ambiental. “Os
“O modelo econômico vigente aumenta a po-
profissionais confundem projeto com dese-
breza. Precisamos de uma governança dos países
nho. No Brasil, valoriza-se a construção mas
com vigilância recíproca para trazer formas de or-
não o projeto porque o pensamento é de que
ganização dos Estados, das empresas e da socie-
ele sempre pode ser mudado”, explica.
dade para socializar os bens produzidos”, aponta. Por outro lado, ainda impera entre os profisEssa mudança deve acontecer mesmo que o pre-
sionais da Arquitetura e Engenharia, cabe ao
sidente dos Estados Unidos da América e outros
outro ser sustentável. Assim, não é preciso
chefes de Estado não venham ao Brasil para a
mudar porque alguém já está fazendo isso.
Rio+20. Segundo Nogueira, as discussões come-
“A visão de mundo das pessoas deve mudar
çaram há dois anos e o que importa é o docu-
porque todas as decisões de consumo têm
mento final do evento e seu foco. Embora seja
consequências para a coletividade”, lembra.
uma reunião política, a Conferência é uma feira de ideias que serão apresentadas por ativistas,
Para a arquiteta, tanto os profissionais
cientistas, empresários e representantes dos paí-
quanto a sociedade devem prestar atenção às
ses. Algumas delas serão transformadas em leis
discussões da Rio+20 para deixar a alienação
que sozinhas não vão dar conta de fazer a revo-
de lado para tomar as decisões condizentes
lução que o mundo precisa vivenciar para man-
com a ética, a vida e o conceito coletivo de
ter-se vivo.
sociedade.
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SME | CTs Comissões Técnicas
Para responder às demandas da sociedade e dos seus associados, a SME constituiu várias Comissões Técnicas (CTs), que em reuniões regulares, aprofundam os debates de questões importantes para a sociedade, para Minas Gerais e o País. Compostas por profissionais atuantes, as Comissões Técnicas, terão, a partir dessa edição, um espaço na revista da SME para informar suas iniciativas.
COMISSÃO TÉCNICA ESPECIAL DE GESTÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS DA RMBH Comissão Técnica Especial de Gestão de Águas Pluviais da RMBH que está desenvolvendo intenso debate e elaboração de propostas que possam contribuir para reduzir os efeitos da chuva na capital mineira e região metropolitana. O presidente da CT, Paulo Maciel Júnior, afirma que as 25 propostas elaboradas durante um workshop serão analisadas com maior profundidade, para que novos encaminhamentos sejam feitos com o objetivo, também, de uma ampla interlocução entre setores da sociedade civil, governo, entidades, as prefeituras da RMBH, entre outros. Estão sendo analisadas as mudanças de legislações e normas que tenham impacto na vida dos municípios, principalmente no período chuvoso, os usos de tecnologias na engenharia.
COMISSÃO TÉCNICA DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA Comissão Técnica de Educação em Engenharia – Neste primeiro semestre, a CT retomou com maior intensidade seus trabalhos com definição de agenda e eixos temáticos. De acordo com o integrante da comissão, professor Alessandro Moreira a comissão vai trabalhar ao longo desse ano, temas como as experiências inovadoras no ensino da engenharia em Minas, debates sobre o Programa Ciência sem Fronteiras, o sistema de cotas para o vestibular e qual o perfil profissional que o mercado busca neste momento. Essas discussões serão realizadas em seminários, debates internos e worshop com a participação de representantes de universidades de engenharia de todo o estado, além da produção de conferências nas quais a SME será o carro-chefe.
COMISSÃO TÉCNICA DE MEIO AMBIENTE URBANO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL A presidente da Comissão Técnica de Meio Ambiente Urbano e Desenvolvimento Sustentável, Cláudia Tereza Pereira Pires, afirma que essa comissão tem um papel muito importante na SME, junto com as demais CTs, ao analisar e contribuir para que as ações e políticas públicas resultem em mais proteção ambiental e consolidação da sustentabilidade. A partir das contribuições dos integrantes da comissão, ficou definido a realização de três estudos, alimentados por amplo debate dentro da entidade, junto à sociedade e aos poderes constituídos. O primeiro, sobre as legislações referentes ao uso do solo urbano e uso minerário; o segundo, que deve gerar uma análise dos impactos de vizinhança, que tem grande repercussão na cidade, e o estudo da Política Nacional de Resíduos Sólidos e suas repercussões em Minas Gerais.
COMISSÃO TÉCNICA DE TRANSPORTES A Comissão Técnica de Transportes, presidida pelo engenheiro civil Geraldo Dirceu Oliveira tem redobrado os esforços, com reuniões constantes, para debater a situação do transporte em Belo Horizonte e RMBH. Algumas propostas consistentes e econômicas têm sido apresentadas, a exemplo do mono-rail, que trariam grande desafogo no tráfego, a exemplo do que correu em grandes cidades de outros países. Há ainda a discussão sobre a continuidade das obras das linhas do metrô, que estão atrasadas há três décadas, com a expectativa de término do ramal: Pampulha/Savassi já projetado e a conclusão das obras das linhas para as BRTs.
COMISSÃO DE CONSTRUÇÃO CIVIL E URBANISMO Comissão de Construção Civil e Urbanismo foi constituída dentro das perspectivas do setor de construção civil e urbanismo, de forma a valorizar o profissional de engenharia e atender as ansiedades da população do Estado de Minas Gerais. Entre os principais objetivos dessa CT estão: valorizar o profissional de engenharia, contribuir para o desenvolvimento da sociedade; desenvolver ações que visem esclarecer a sociedade diante da realidade dos novos conceitos, práticas e tecnologias emergentes, realizar ações que possibilitem a valorização dos profissionais de Engenharia de Construção Civil e Urbanismo e trabalhar para que a SME, estabeleça um diálogo cada vez mais profícuo com a sociedade.
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SME | 12:30
Representantes do governo e da iniciativa privada falam sobre a atividade industrial
Humberto Barbato é Presidente da Associação Brasileira de indústria eletríca e eletrônica ABINEE
esindustrialização, concorrên-
cista e diretor de Exportação da Toshiba,
Embora as questões abordadas pelos pa-
cia externa predatória, hiper-
José Humberto Rodrigues Pereira disse
lestrantes não afete a sua empresa, é
valorização da taxa de câmbio
que foi convidado para o evento onde o
sempre interessante ouvir personalida-
e estagnação da indústria de transfor-
tema obordado foi de grande importân-
des da área econômica brasileira.
mação foram os principais temas abor-
cia para a empresa em que trabalha.
D
dados pelo diretor das áreas Financeira,
Aluno do curso de Engenharia Elétrica
“Temos muitos problemas para expor-
da Universidade Federal de Minas Gerais
tar agora devido ao câmbio, tributação e
(UFMG), Bernardo Afonso Salomão de
gargalos logísticos. O produto brasileiro
Alvarenga Filho, disse que teve uma
está sofrendo a concorrência de corea-
oportunidade impar de ouvir os dois pa-
nos, indianos e chineses”, destaca. Para
lestrantes. “Não vejo esse tipo de tema
dente da Associação Brasileira da Indús-
ele, a abordagem de temas do gênero é
abordado na universidade. Como estu-
tria Elétrica Eletrônica, Humberto
sempre importante para os engenheiros.
dante, acho que os pontos abordados
Barbado, palestrantes da última edição
O engenheiro eletricista e diretor da
do SME 12:30. O evento foi realizado no
Briskom, empresa da área de teleco-
dia 25 de abril na sede social da enti-
municações, Adilson Carvalho Batista,
dade, na região central de Belo Hori-
também marcou presença na última
A solução para o processo crescente de
zonte.
edição do SME 12:30. “Achei ótimo,
desindustrialização do Brasil passa, se-
O auditório cheio é prova de que o
primeiro pelo tema. Eu também tive a
gundo os palestrantes, pela mudança da
evento já faz parte da agenda dos enge-
oportunidade de encontrar muitos co-
tributação e pelo incentivo às empresas
nheiros mineiros. O engenheiro eletri-
legas”, comenta.
que geram empregos no País.
de Administração, de Operações Indiretas e da Secretaria de Gestão da Carteira Agrícola do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maurício Lemos e pelo presi-
38
Maurício Lemos é diretor das áreas Financeira, de Administração, de Operações Indiretas e da Secretaria de Gestão da Carteira Agrícola do BNDES
João Camilo Penna e Humberto Barbato
devem ser considerados já que estou me preparando para entrar no mercado de trabalho”, ressalta.
José Ciro Mota, Mau e Ailton Rica
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Ailton Ricaldoni, Maurício Lemos e João Camilo Penna
João Camilo Penna e Humberto Barbato
José Ciro Mota, Maurício Lemos e Ailton Ricaldoni
José Andrade Neiva, José Ciro Mota, Adilson Batista Carvalho e Samy Kopit
Maurício Lemos, Ailton Ricaldoni e Marcos de Assis Martins
Maurício Lemos e Vereador Tarcísio Caixeta
José Luiz Nobre Ribeiro e Aloisio Vasconcelos
João Camilo Penna e Ronaldo Gusmão
Eduardo Paoliello, Maurício Lemos e Humberto Almeida
Ronaldo Vasconcellos e Maurício Andrade
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PERFIL |
FABIANO PANISSI
Engenheiro reserva espaço na agenda para a experiência associativista
ormado pela Pontifícia Universidade
após a colação de grau, mas ainda na universidade,
Católica de Minas Gerais (PUC Minas)
seja por meio de estágios ou experiências que permi-
há 12 anos, o engenheiro eletricista
tam que o estudante se aproxime da realidade da
Fabiano Panissi, 38 anos, é aquele tipo
atividade. “Engenharia é trabalho em equipe. O meu
de profissional que acompanha o mercado e,
trabalho é um entre muitos que compõem uma en-
sobretudo, suas demandas e processos de mudança.
grenagem. Se faltar esse dente, trava tudo”, ressalta.
Para tanto, especializou-se em três áreas chaves –
Foi a partir daí que ele decidiu abrir espaço na
Engenharia Ambiental, Manutenção e Segurança do
agenda para a experiência associativista, em uma
Trabalho – que têm dado a ele a oportunidade de
entidade que representasse os profissionais do
construir uma carreira completa que tem como
setor de engenharia. A Sociedade Mineira de
base a necessidade de adquirir conhecimento e ex-
Engenheiros (SME) acabou encantando o então
periência. “Todas as especializações que fiz são
estudante que começou a frequentar a “casa” às
áreas afins. Manutenção e engenharia elétrica têm
sextas-feiras, por causa das palestras gratuitas
grande afinidade. A engenharia ambiental é uma
sobre temas atuais que interessam aos engenhei-
tendência do presente/futuro e tudo, na engenharia,
ros, com direito a troca de experiências e debates.
F
envolve a segurança do trabalho”, explica. Desse primeiro contato vieram outros. Ele descobriu
40
Mas o estudo não é tudo na vida do engenheiro que
que na SME estava entre os seus iguais, mesmo sendo
tem uma visão sistêmica da carreira que escolheu.
estudante. “Comecei a interagir com os engenheiros já
Para ele a formação desse profissional não começa
formados e aprendi a discutir e debater engenharia.
FOTO :RUBENS TÁVORA
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Fabiano Panissi, 38 anos, engenheiro eletricista, formado pela PUC Minas, acompanha o mercado e, sobretudo, suas demandas e processos de mudança.
Aqui não tem chefe e nem a figura do estagiário.Todos
ter um “norte” para começar a carreira com o pé direito.
são tratados de forma igual”, analisa. Ao receber o
E isso fica ainda mais fácil quando se pode conversar
convite para se tornar sócio, ele não hesitou.
com colegas que já estão com 20, 30 ou 40 anos de formados, que já acertaram e erraram e que têm co-
Primeiro, participou da Comissão de Energia e depois,
nhecimento suficiente para nos passar”, comenta.
da que aborda temas ligados às Telecomunicações e Informática. Depois de ser Conselheiro Regional Do
Além da rede de contatos e da possibilidade de estu-
CREA-MG pela SME e Coordenador do CREA-MG Jú-
dar temas de relevância para a engenharia, a participa-
nior em 2011, ele integrou a chapa da atual diretoria
ção em entidades de classe também abre um leque de
da SME, onde ocupa o cargo de Diretor de Assuntos
oportunidades para os profissionais, independente do
Institucionais. Para Panissi, a experiência de conhecer
estágio em que estão na carreira.
profissionais de renome no mercado tem sido muito interessante para a sua formação como engenheiro.
Para Panissi, a participação na SME é uma troca
“Antes de chegar à diretoria, tive 10 anos de partici-
de experiências única, já que envolve engenheiros de
pação e empenho”, afirma.
diversas gerações e áreas. Os mais experientes ajudam os mais novos a determinar o próprio rumo. Os mais
Para o engenheiro, é fundamental que os recém-for-
novos, que chegam com mais energia, aplicam os conhe-
mados e jovens engenheiros se aproximem das enti-
cimentos que estão sendo repassados a cada encontro.
dades que os representam. “Via SME eles conseguem
“A SME promove esse “casamento”, conclui.
41
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OPINIÃO | MILTON GOLOMBECK
A inversão de valores e a importância da engenharia Por Milton Golombeck
Vivemos em uma sociedade na
responsável pelo progresso da
tores do marca-passo. Graças a
qual são valorizados predominan-
humanidade em todos os campos
elas, atualmente mais de 4 mi-
temente as aparências e o gla-
do conhecimento humano. O
lhões de pessoas estão vivas. São
mour. Modelos, cantores, atores
futuro não depende das celebri-
instalados mais de 400 mil
e atletas se sobrepõem, com seus
dades, muitas das quais alegram e
marca-passos por ano no mundo.
valores, a outros valores essen-
satisfazem o nosso dia a dia, mas,
Na inauguração das grandes
ciais ao progresso da condição
sim, dos cientistas, pesquisadores
obras de Engenharia costumam
humana e à melhoria da quali-
em todas as áreas, tecnólogos e
aparecer as autoridades even-
dade de vida. Mas o problema
engenheiros que continuam a
tualmente de plantão. Mas os
não é apenas brasileiro; é fenô-
construir as condições para um
nomes dos engenheiros e dos
meno universal, com algumas
futuro melhor.
projetistas que as projetaram e
raras exceções.
42
Na mesma semana em que os
construíram, invariavelmente são negligenciados
e
esquecidos.
Não se pode esquecer que basi-
jornais, revistas e TVs gastaram
camente tudo o que utilizamos
páginas e horas para mostrar e
em nosso dia a dia - meios de
comentar as roupas e joias usa-
transporte, tais como rodovias,
das na entrega do Oscar, foi dado
Nos folhetos de venda dos imó-
ferrovias, aeroportos, edifícios
o prêmio Russ Prize - equiva-
veis e coquetéis de lançamentos
residenciais, espaços para abrigar
lente ao Nobel de Engenharia -
aparecem os paisagistas, decora-
hospitais, escolas, centros cultu-
para os engenheiros Earl Bakken
dores de interiores e imobiliá-
rais etc., tudo isso são projetados
e Wilson Greatbatch. Contudo,
rias. Mas não aparecem os nomes
pela inteligência de arquitetos e
nenhum comentário apareceu na
das empresas de Engenharia en-
engenheiros. A engenharia, em
mídia a respeito disso. E essas
volvidas nos projetos de estrutu-
meu entendimento, é a maior
personalidades, foram os inven-
ras, fundações e instalações.
Quando muito, são divulgados nos nomes das construtoras.
“
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Milton Golombek
“
“ A engenharia é encarada quase
do valor geral de vendas (VGV)
mais estudantes se interessem em
como um mal necessário. Só
enquanto todos os projetos de en-
entrar num dos campos mais desa-
somos lembrados quando ocor-
genharia da obra somados repre-
fiadores e gratificantes das ativida-
rem catástrofes e acidentes em
sentam no máximo 2% do VGV.
des humanas: a engenharia!
obras. Nestas horas, todos que-
Pior: ninguém discute os gastos
rem identificar os engenheiros
com corretagem. Em compensa-
responsáveis. É nossa, a responsa-
ção discutem os custos de projeto
bilidade de mudar este quadro, va-
e das soluções de Engenharia.
lorizando nossa profissão, fazendo
Trata-se de uma total e absoluta
Milton Golombek é presidente da Associação Brasileira de Empresas de Projetos e Consultoria em Engenharia Geotécnica (ABEG) .
com que as conquistas da Enge-
Inversão de Valores! Com o cres-
Consultor de Fundações , com mais de
nharia sejam reconhecidas e dei-
cimento da economia no Brasil,
35 anos de experiência.Sócio-Diretor
xem de ficar em terceiro plano.
cada vez mais a nossa profissão
da Consultrix, emprêsa líder na área
Esta falta de reconhecimento e va-
será necessária. Com mais de 40
de Consultoria de Fundações, com 57
lorização tem consequências dire-
anos de atividade, passando por
tas nas remunerações dos serviços
vários planos econômicos, posso
edificios, pontes, indústrias, shopping
de engenharia. As imobiliárias, que
afirmar que escolhi a profissão ideal.
centers, viadutos, obras especiais.
não tem nenhuma responsabili-
Precisamos de mais engenheiros e
dade pelas edificações, nem pelo
tecnólogos urgentemente. A valo-
Brasileira de Empresas de Consultoria
seu desenvolvimento, recebem 6%
rização da profissão fará com que
Geotécnica (ABEG).
anos de existência, tendo projetado mais de 10.000 obras em todo Brasil:
Presidente pela 3ª vez da Associação
43
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21º Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação Inscrições até 10 de setembro de 2012
A Sociedade Mineira de Engenheiros – SME abre inscrições gratui‑ tas para o Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação para os estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação de instituições de ensino superior em Minas Gerais nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. O regulamento está disponível no site: www.sme.org.br/premio ou pode ser solicitado por e‑mail: premio@sme.org.br
www.sme.org.br/premio
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PONTO E CONTRA PONTO | CETEC
Por Olavo Machado Junior | Presidente da FIEMG
M
inas Gerais viveu
Pinheiro (FJP) e o Centro de
cesso de desindustrialização, que
nos anos 70 um
Apoio à Pequena e Média Em-
fragiliza a indústria nacional, mina
extraordinário e
presa – o CEAG, do qual se ori-
a competitividade das empresas
bem
ginou o SEBRAE-MG.
brasileiras nos mercados interna-
sucedido
processo de Industrialização. Muitas razões explicam esta explosão de desenvolvimento industrial. Uma delas, sem dúvida, foi o aparato institucional de apoio e promoção estruturado pelo governo mineiro à época. Com importância estratégica, o CETEC se destacava neste apar a t o, a o l a d o d o B a n c o d e Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), CEMIG, Instituto de Desenvolvimento Industrial (INDI),
46
cionais e escancara o nosso merNeste momento, a comemoração dos 40 anos de fundação do
cado
interno
a
produtos
importados das mais diversas
CETEC nos oferece a oportuni-
origens, sobretudo os de alta in-
dade de refletir sobre a realidade
tensidade tecnológica e, por-
da indústria mineira e brasileira.
tanto, de maior valor agregado.
Na década de 70, especialmente no Estado, o objetivo era acele-
É neste contexto que deve ser
rar o processo de fortaleci-
considerada a união entre o
mento e diversificação de sua indústria, o que, à exceção de São Paulo, valia também para as demais regiões do país.
CETEC e o SENAI de Minas Gerais. Estou convencido de que esta parceria vai viabilizar a criação, no Estado, de um dos maiores e mais importantes centros
Companhia de Desenvolvimento
Quatro décadas depois, o grande
de inovação e desenvolvimento
Industrial (CDI), Fundação João
desafio é frear e reverter o pro-
tecnológico do País: o Centro de
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É, com certeza, a união de dois gigantes na área da inovação, do desenvolvimento tecnológico, da formação e qualificação de recursos humanos em nível de excelência. É, também, um trabalho que começa imediatamente e se apóia, sobretudo, na valorização do capital humano do CETEC e do SENAI, um patrimônio de valor incalculável constituído por técnicos e cientistas que se destacam entre os mais qualificados do País. O compromisso maior é com a competitividade de Minas Gerais e de sua Indústria. A sinergia entre a indústria mineira, com o SENAI, e o Governo do Estado, com o CETEC, proporcionará o desenvolvimento de soluções inovadoras, promoverá a difusão do conhecimento científico e tecnológico e garantirá a formação de profissionais para suprir as empresas mineiras na demanda por soluções tec-
Olavo Machado Junior é presidente da FIEMG
nológicas essenciais à sua competitividade. O CETEC é um grande e importante patrimônio a serviço da indústria de Minas Gerais e da sociedade mineira e o seu bem mais valioso é exatamente o seu quadro de colaboradores formado por técnicos, especialistas e cientistas de alta qualificação e que vêm somar-se aos profissionais do SENAI de Minas Gerais. A parceria CETEC/SENAI, que já produz efetivos resultados, vai nos permitir intensificar o
Desenvolvimento Tecnológico do Brasil: o CETEC-SENAI. Essa iniciativa conta com o
processo de inovação tecnológica na indústria mineira, influindo e interferindo na realidade que ainda faz do Estado, predominantemente,
apoio incondicional do governador Antônio
um produtor de commodities minerais e agrí-
Anastasia e dos secretários Nárcio Rodrigues,
colas. Estes, evidentemente, são setores funda-
de Ciência e Tecnologia, e Renata Vilhena, do
mentais para Minas e também para o País como
Planejamento. Nessa solidária parceira unem-
fonte generosa de geração de divisas, mas o
se, portanto, o governo do Estado e a indústria
fato é que Minas precisa diversificar e agregar
mineira, representada pela Fiemg.
valor à sua indústria.
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PONTO E CONTRA PONTO | CETEC
A parceria CETEC/SENAI tam-
A união CETEC – SENAI, sem
53 centros de formação profis-
bém vai estimular a consolidação,
dúvida alguma, irá gerar uma si-
sional, reforma, além da amplia-
no Estado, de uma indústria com
nergia ainda maior nessa dire-
ção de 250 escolas e a aquisição
setores intensivos em inovação e
ção, contribuindo para produzir
de 81 unidades móveis. Com o
diferenciação de produtos, cons-
conhecimento e, assim, fortale-
investimento, a oferta de vagas
truindo base segura para saltos
cer setores capazes de diversifi-
oferecidas
na qualificação de nossos recur-
car a pauta produtiva estadual.
Senai irá praticamente duplicar,
sos humanos, no aprimoramento
Até nas cadeias produtivas dos
passando dos atuais 2,5 milhões
da produtividade e na agregação
setores da mineração e metalur-
para mais de quatro milhões de
de valor aos produtos mineiros,
gia, nas quais Minas apresenta
vagas até 2014.
com reflexos diretos sobre os
vantagens competitivas espe-
ganhos de mercado, mais expor-
ciais, há espaço para iniciativas
tações, internacionalização da
objetivas que podem melhorar
economia e melhoria dos salários
os processos produtivos e de
e renda gerada na economia.
agregação de valor aos produtos
Minas Gerais tem potencial em vários setores intensivos em tecnologia e devemos explorar mais esse caminho. Vale destacar o crescimento da participação
48
finais. Enfim, com absoluta cer teza, a indústria de Minas vai ganhar em competitividade – e ganha muito - com a união CETEC/SENAI.
atualmente
pelo
A boa notícia para os mineiros é que o estado será o primeiro a receber o aporte financeiro, em um montante total de R$ 260 milhões de reais. Esse valor será destinado ao Cetec/Senai e à construção de três institutos de inovação, três institutos de tecnologia, sete centros de formação profissional e a aquisição
da indústria mineira de máqui-
Soma-se a esta importante par-
de outras quatro unidades mó-
nas e equipamentos, máquinas e
ceria a criação do Programa de
veis, voltadas ao atendimento de
material elétrico, e equipamen-
Apoio à Competitividade da In-
todas as regiões do estado. Esta
tos eletrônicos, de informática e
dústria Brasileira, anunciado re-
estrutura irá somar à mantida
médico-hospitalares, entre ou-
centemente pela Confederação
atualmente pelo Senai, repre-
tros, no Valor Bruto da Produ-
Nacional da Indústria. A inicia-
sentada por 86 unidades fixas,
ção estadual. São sinais de que,
tiva irá investir R$ 1,9 bilhão de
31 unidades móveis e 30 labora-
aos poucos, uma convergência
reais na ampliação da base de
tórios de prestação de serviços
de fatores vem tornando o
operação do Senai em inovação
para a indústria, 122 mil matrí-
Estado mais competitivo e atra-
tecnológica em todo o país. Esse
cular anuais e mais de 200 mil
t i vo p a r a a p ro d u ç ã o n o s
valor será destinado à constru-
atendimento em serviços técni-
segmentos de mais alta intensi-
ção de 23 institutos de inova-
cos e tecnológico prestados às
dade tecnológica.
ção, 38 institutos de tecnologia,
empresas.
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“
É melhor estar aproximadamente certo do que precisamente errado
“
J. J. Steiner - 1696
Por Paulo Gazzinelli | Ex-diretor do Cetec
tolice argumentar
forços visando somar sinergia
Teve ampla divulgação, na mídia
sobre a importân-
de ambos os setores. Os gover-
americana, a missiva ao Presi-
cia da parceria Go-
nos, municipal, estadual e fede-
dente Clinton, assinada por de-
verno/Empresa no
ral têm missão a cumprir nesta
zesseis executivos de grandes
processo de desenvolvimento
parceria e não lhes é lícito ab-
corporações americanas, aler-
do país. Experiências interna-
dicar dela. Da mesma forma, a
tando-o para uma provável
cionais já dirimiram dúvidas que
empresa depende de um es-
perda de liderança tecnológica
porventura pudessem existir.
forço conjugado para crescer.
do país caso se confirmasse
Falta então, entender com cla-
Não deve e não pode desempe-
anunciada redução de orça-
reza, o sentido da palavra par-
nhar papéis inerentes ao go-
mento para pesquisa. Este papel
ceria.
verno. Não
um
de vigilância acontece naquele
substituição de um parceiro
segmento substituir o outro
país respaldado pelo volume de
pelo outro nem tão pouco du-
sem comprometer interesses
recursos aplicados pela em-
plicação de esforços para alcan-
nacionais, com graves conse-
presa americana em P&D. Só no
çar
desenvolvimento
qüências para o bem estar dos
ano 2000 ela investiu mais de
econômico e social sustentável
cidadãos ou a estagnação do
cento e oitenta milhões de dó-
desejado. Parceria, neste sen-
processo de desenvolvimento
lares em pesquisa. Destes, 98%
tido, almeja conjugação de es-
econômico e social.
nos próprios laboratórios das
É
Certamente
o
não
é
há
como
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PONTO E CONTRA PONTO | CETEC
Paulo Gazzinelli é ex-diretor do Cetec e consultor em planejamento e gestão de C&T
empresas. Aqui, a empresa nacional investe muito pouco em pesquisa e os Governos não têm a manutenção de seus laboratórios como prioridade. Se
50
compararmos com outros esta-
pelo INDI. No seu início de
Entretanto, devido à incapaci-
dos do país Minas Gerais se
operações o CETEC teve con-
dade dos sucessivos governos
situa entre quinto e sexto luga-
tratos com clientes importantes
em perceber a sua importância
res no que se refere a itens
a exemplo da - VALE, ACESITA,
para o nosso desenvolvimento
como custeio em C&T em rela-
CBMM, FIAT, Cia Mineira de Me-
tecnológico fez com que o
ção à receita estadual; ao nú-
tais CEMIG, COPASA. dentre
CETEC se esvaziasse nestes 40
mero de pesquisadores por
outras. Projetos de grande im-
anos de existência. Perdeu, pela
milhão de habitantes e à expor-
portância para o Governo como
prática de política salarial não
tação de produtos intensivos
a concentração do fosfato de
condizente com o mercado, a
em tecnologia; dentre outros.
Araxá, estudos de uso da ma-
massa crítica necessária para a
deira para fins energéticos, ga-
produção e materialização do
Tudo que falamos até aqui tem
seificação de madeira e carvão
conhecimento tecnológico em
a ver com o Convênio assinado
vegetal, projetos de pesquisa na
bens e processos industriais e
em 2011 pela Direção do
área ambiental e no Programa
para a busca de conhecimento
CETEC e a Direção do SENAI
Nacional do Álcool são apenas
das potencialidades do nosso
sob interveniência do Estado.
algumas das inúmeras contribui-
Estado.
Criado em março de 1972, para
ções do CETEC para a socie-
dar apoio ao Parque Industrial
dade Acordos internacionais
Resta então a pergunta: Como o
local, o CETEC preencheu la-
fizeram do CETEC uma referên-
convênio com o SENAI poderá
cuna existente, diagnosticada
cia nacional e internacional.
ajudar o CETEC na sobrevivência
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“
O SENAI presta relevantes serviços à nação na formação de mão de obra técnica para a indústria, mas não tem qualquer tradição em pesquisa tecnológica. Treinar jovens em disciplinas técnicas é muito diferente de inovar para competir.
“
Paulo Gazzinelli como uma entidade produtora de
por entidade privada? Como se
Isso significa que o Governo está
inovações, suporte tecnológico
dará o controle público de re-
abdicando de seu dever constitu-
aos vários segmentos do Parque
cursos do Tesouro Nacional e
cional de promover o desenvol-
Industrial do Estado e desenvol-
Estadual geridos por entidade
vimento tecnológico no Estado?
vimento de estudos de baixa
privada? O SENAI presta rele-
Para quem desconhece este
rentabilidade
mas
vantes serviços à nação na for-
valor informamos: é o orça-
grande potencial para oportuni-
mação de mão de obra técnica
mento da FAPEMIG de apenas
dades futuras?
para a Indústria, mas não tem
um ano e mal dá para cobrir des-
imediata,
qualquer tradição em pesquisa
pesas de pesquisa - sem contar
do
tecnológica. Treinar jovens em
salários - que envolvem congres-
SENAI, é mantida por recursos
disciplinas técnicas é muito dife-
sos, bolsas, material de consumo
de contribuição dos Sindicatos
rente de inovar para competir.
e equipamentos nas universida-
A
FIEMG, mantenedora
Patronais afiliados. Eles se senti-
des públicas e Institutos de Pes-
rão propensos em investir em
O Presidente da FIEMG, em re-
quisa do Estado. Como se vê, as
projetos de cunho social como a
cente artigo, afirma que haverá
perguntas são muitas.
análise de água para hemodiálise
aporte de recursos para o
feita pelo CETEC para a rede
SENAI-MG de R$260 milhões
O que a sociedade gostaria de
hospitalar mineira? E o elevado
que permitirão, com o apoio do
avaliar são planos e dados, quanti-
custeio dos levantamentos de
CETEC, construir - o “Instituto
ficados com a necessária transpa-
potencialidades da nossa biodi-
SENAI de Inovação”, três Institu-
rência para por fim à sensação de
versidade e riquezas minerais?
tos de inovação, três de tecnolo-
que o patrimônio público, cons-
Como ficará a questão do sigilo
gia, sete centros de formação
truído em quarenta anos não está
de desenvolvimentos tecnológi-
profissional e quatro unidades
sendo transferido para as mãos de
cos de interesse governamental
móveis. E a quem caberá a sua
alguns sindicatos patronais sem
passando o CETEC a ser gerido
manutenção ao longo do tempo?
benefícios visíveis para ela.
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ART | A Responsabilidade Civil do Engenheiro
ART-0086 De acordo com a Lei Federal 6496
Parte da taxa recolhida para o regis-
de 07 de dezembro de 1977, todo contrato
tro da ART é destinada à entidade de classe
para prestação de serviços por engenheiro,
escolhida por opção do profissional, para
agrônomo, geógrafo e meteorologista, seja
aplicação em projetos de valorização da pro-
ele profissional autônomo ou com vínculo
fissão e do profissional e de outras ativida-
empregatício, está sujeito à Anotação de
des associadas às suas atividades. O
Responsabilidade Técnica - ART.
formulário para preenchimento dos dados está disponível no site do CREA-MG, mas o
O documento deve ser preenchido
registro pode ser feito pela internet.
e assinado pelo profissional e pelo seu contratante, para registro no Conselho Regional de Engenharia, Agronomia - CREA da região onde os serviços serão executados. Além de ser uma necessidade legal, o profissional, ao registrar os projetos de sua autoria no CREA ao longo da carreira, forma um acervo técnico de propriedade legal, reconhecido pelas empresas na análise de seu currículo.
52
LEMBRE-SE! campo Ao preencher o asse” na ART, “entidade de cl ravés do cóescolha a SME at , você ajuda digo 0086. Assim tar a engea SME a represen er os melhores nharia e oferec convênios e cursos, serviços, cê. produtos para vo
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CARREIRA | MERCADO PROFISSIONAL
Oportunidades no mercado equalizadas com as expectat
Não há carreira que traduza me-
As ofertas de vagas para recém-
lhor o ritmo de crescimento eco-
formados e os anúncios sedutores
nômico que a engenharia. Há cinco
para programas de trainne cha-
anos a profissão voltou ao seu
mam a atenção dos chamados
lugar de origem – o topo – o que
“novos talentos”. Da mesma
tem se configurado como oportu-
forma, o engenheiro que pretende
nidades de trabalho rentáveis, não
melhorar seu desempenho tam-
apenas para quem está ingres-
bém fica interessado por oportu-
sando no mercado, mas para aque-
nidades e desafios. Afinal, em
les que já têm algum nível de
algum momento, a perigosa “zona
experiência adquirida, como técni-
de conforto” cansa.
dar boas pistas para o candidato”,
cos ou gestores.
net, conversas com a rede de amigos e colegas de profissão podem
É hora de enviar currículos atuali-
destaca.
De acordo com o consultor da
zados e participar de processos de
Pricewaterhouse Coopers (PwC),
Depois de anos de carreira na
seleção nos quais a empresa vai
especialista em Recursos Huma-
mesma empresa, o profissional se
analisar a experiência e o perfil do
pergunta se chegou ao topo, como
profissional para determinada vaga.
sonhou quando foi aprovado na-
No entanto, o profissional não
quele teste de seleção dificílimo e
pode se esquecer de que não está
começou a trabalhar e a fazer cur-
se vendendo, mas a sua força de
sos de aperfeiçoamento patrocina-
trabalho.
dos pela companhia.
isso começa com os jovens profis-
Por isso, antes de enviar um currí-
Segundo Miranda, as empresas têm
sionais. “O profissional que pre-
culo, é importante pesquisar a em-
atuado para auxiliar os profissio-
tende ingressar no mercado de
presa para saber se, apesar do
nais a avaliarem as carreiras. Algu-
trabalho deve ter visão clara do
trabalho e do cargo importante, o
mas usam a velha receita de
que ele espera da sua carreira e
profissional terá identidade com a
promover os técnicos especialistas
qual o tipo de trabalho pelo qual
cultura, o nível de pressão e os va-
em gestores de área. Mas esse não
tem interesse. O trabalho tem que
lores que a companhia requer de
é o único caminho, já que a car-
agradar”, afirma.
seus funcionários.“Buscas na inter-
reira em Y, que permite que tanto
nos (RH), Roberto Martins, embora o mercado esteja demandando cada vez mais engenheiros – com direito a salários bem competitivos – cabe ao profissional “tomar a rédea” da gestão de sua carreira. E
54
Roberto Martins é consultor da PricewaterhouseCoopers(PwC) e especialista em Recursos Humanos
s h u t er s t ock
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ades no mercado devem ser com as expectativas dos engenheiros experientes, muitas companhias não se intimidaram em buscar os seniores. “A visão da aposentadoria está mudando. O engenheiro aposentado volta para o mercado para dar suporte e transmitir o conhecimento que acumulou em anos de serviço, principalmente para os iniciantes. Com essa operação, as companhias conseguem equalizar seu quadro de funcionários, unindo profissionais de diferentes gerações e saberes.
os empregados da área técnica quanto aqueles que têm perfil para gestão possam continuar crescendo. “No passado, tinha-se a visão de que a pessoa só crescia na carreira se fosse promovido a gestor. Hoje, as companhias estão mapeando suas próprias necessidades e criando um modelo de carreira que abre possibilidade para os técnicos que podem chegar a consultores”, exemplifica.
No comparativo com os gestores, esse Jaqueline Silveira Mascarenhas é O importante, em todos os estágios da modelo permite que ambos tenham o psicóloga, professora universitária e carreira é o gosto pelo trabalho.. Para a mesmo ritmo de ascensão salarial, inclucoordenadora do Ibmec Carreiras psicóloga, professora universitária e sive. Em termos de hierarquia, decoordenadora do Ibmec Carreiras, Jaqueline Silveira pois de determinado momento, eles atingem Mascarenhas, esse é o profissional que vai sempre destao mesmo nível. car sobre os demais. Depois de anos de trabalho e com um networking respeitável, o engenheiro Para tanto, basta responder a algumas perguntas. O que decide que chegou a hora de ter o eu quero para minha vida profissional? Qual é, para mim, seu CNPJ. “Ser dono da própria a melhor empresa para se trabalhar? Quais as competênempresa requer novas compecias eu preciso aprimorar para atender às expectativas da tências que ele não usa empresa hoje e mais à frente? Do que estou disposto a quando é intraempreendedor abrir mão ou não? já que tem suporte da compa“Responder a essas questões é assumir e fazer gestão da prónhia para entregar as metas propria carreira. É munir-se de conhecimentos técnicos e interpostas”, lembra. Para Miranda, o pessoais, através de cursos e especializações em instituições empreendedorismo particular vai de ensino que tenham programas acadêmicos sólidos e em exigir do engenheiro maior comconsonância com as exigências do mercado, mas sem perder preensão e paciência já que, no iníde vista as suas expectativas e anseios profissionais”, analisa. cio, tudo será centralizado nele. A carreira não acaba com a aposentadoria. Com o aumento crescente da demanda de m e rcado por profissionais
Por isso, o principal é buscar aquela oportunidade que mais agrada e desenvolver, aprimorar as competências necessárias para atingir esse objetivo,lembra Jaqueline Mascarenhas.
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CAUSOS DA ENGENHARIA Por Eduardo Rubens F. Távora Para um pedestre, atravessar
Dr. Rodrigo acabaria não sendo
A estratégia funcionou muito
uma estrada movimentada em qual-
para o Otaviano, conhecido de
bem, como era de se esperar. Em
quer lugar do mundo é uma atitude
todos os “sapos”, pois trabalhava
segundos, Otaviano chegou ao alvo
temerária. Mas pode ser igualmente
há tempos na empresa.
da sua curiosidade.
perigoso fazer o mesmo numa rodovia de pouco movimento como a BR 040, na altura do trevo de Paracatu (MG), onde tudo aconteceu. Foi exatamente nesse ponto que, segundo relato do engenheiro Rodrigo Germani, ocorreu o fato que passo agora aos leitores.
Otaviano era carioca, e como tal, exibia as características clássicas dos nativos do Rio de Janeiro: puxava o “esse”, era falante, muito simpático, adorava ser animador de “fila”, mas no seu caso específico adicionava
grande surpresa e espanto, ao invés de um pedestre, jazia no asfalto um inocente burro, desses puxadores de carroça. Surpreso e desapontado, Otaviano abandonou a cena da tragédia tipicamente “à francesa”, cabisbaixo e silencioso.
uma outra, muito própria: era tão
Os repetidos brados de “Sou pa-
Numa bela tarde do ano de
curioso quanto um arqueólogo.
rente da vítima”, no entanto, não
1988, quando o Dr. Rodrigo, que à
Por essa razão, sentiu-se tentado
foram esquecidos pelos demais cu-
época trabalhava para a Rio Para-
a abrir caminho rapidamente até
riosos, que não o perdoaram. De
catu Mineração, chegava à empresa
a vitima, o que não foi difícil,
Otaviano, passou desse dia em
para o turno de trabalho, o veículo
dadas as “ombradas” aplicadas
diante a ser chamado de “Parente
que o transportava foi parado no
nos demais, que naturalmente
da Vitima”, alcunha que nunca mais
trevo por um bloqueio da Policia Ro-
lhe abriam passagem ao ouvir os
o abandonou...
doviária. Pela multidão de curiosos
brados de “Dá licença! Sou parente
que se aglomerava no local, ficava
da vitima”!
óbvio que ocorrera um acidente, mas curiosamente não havia veículo envolvido. Provavelmente um atropelamento. O bando “sapos” que tentava se inteirar do acontecido era composto, na sua maioria, por funcionários da empresa, à qual se juntou o Dr. Rodrigo
minutos
depois, sem conseguir abrir caminho até a vitima. Mas
“Dá licença! Sou parente da vitima”!
COLABORADORES DO CASO VERÍDICO Rodrigo Augusto Campos Germani, 50 anos, graduado em Engenharia de Minas pela UFMG, atualmente é Gerente de Desenvolvimento de Negócios da SNC – Lavalin, Canadense. Eduardo Rubens F. Távora, Médico, especialista em Nefrologia e Transplantes Renais; ex- Professor Adjunto de Clinica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG.
esse problema para o
56 56
Para sua
Participe e envie seu “causo” para jornalismo@sme.org.br
o Rubens F. Távora
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Com 60 anos de exemplo de comprometimento no setor de energia elétrica, a CEMIG sempre se destacou na ousadia e no pioneirismo. A sua capacidade de gestão de qualidade aliada à sua competência técnica transpôs os limites do estado e hoje a CEMIG torna‑se uma empresa multinacional trazendo orgulho e desenvolvimento para os Mineiros.
Homenagem da Sociedade Mineira de Engenheiros. Por um Brasil melhor.
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Indústria sust
Este é o nosso com O Sistema FIEMG acredita que uma indústria sustentável se constrói através da competitividade, da inovação e da responsabilidade. Ser sustentável é ser competitivo. É produzir mais e melhor. É conquistar o mercado global e se preparar para um mundo cada vez mais exigente. Ser sustentável é ser inovador. É investir em novas tecnologias. É incentivar estudos e pesquisas para o desenvolvimento de novos processos, produtos e serviços. Ser sustentável é ser responsável. É fazer da economia verde e da preservação da natureza uma realidade. É buscar processos de produção cada vez mais limpos. É promover a educação em todos os níveis e lugares. É investir em cultura, esporte, saúde e lazer. A sustentabilidade é assim: está na maneira como pensamos o mundo. No caminho que escolhemos para a nossa indústria.
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a sustentável.
osso compromisso.
entável
o
reparar
ovador.
sas
viços.
da
produção
is
tabilidade
o que
Um investimento da indústria
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