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Ano 4 | Edição 20 | Agosto - Setembro | 2013
TRANSPORTE EM BH Reflexões sobre mobilidade nos centros urbanos
MEDALHA LUCAS LOPES Fernando Henrique Schüffner Neto foi o agraciado
ENTREVISTA Ozires Silva fala sobre os desafios do Brasil
CENÁRIO ECONÔMICO | ARTIGOS | INOVAÇÃO | MOBILIDADE E MUITO MAIS
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fim de 2013.
EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE
Passos à frente O Brasil foi sacudido pela força das que haja um cenário de novas manifestações que reuniram centeoportunidades e um retorno sanas de milhares de pessoas nas ruas, tisfatório. nos meses de junho e julho, a maioÉ vital para a nossa democracia ria de jovens clamando por mudanuma reforma política que garanta ças. As reivindicações são inúmeras, uma representação fidedigna dos desde a redução da tarifa do transanseios da sociedade, por meio porte coletivo, origem das manifesde organizações partidárias e tações mobilizadas por meio das políticos sérios, comprometidos redes sociais na internet, a questões com o bem-estar social e com o Ailton Ricaldoni Lobo tais como: fim da corrupção e por crescimento do país, e não moPresidente da SME moralidade na aplicação do dinheiro vida por interesses pessoais e de público, passando pela garantia do direito à saúde grupos que nada têm a ver com o que os brasileiros educação, entre outras. O Brasil acordou, anunciaprecisam e desejam. vam os cartazes exibidos por muitos manifestantes. De fato, esperamos que esse momento singular da As ruas indicaram caminhos que podem levar o vida brasileira tenha despertado nossos dirigentes Brasil ao desenvolvimento, ao exercício da política e produza bons frutos para a democracia, na vida de forma desinteressada, séria e competente; que política, na economia, enfim, na vida dos brasileiros. podem contribuir na formulação de uma política Para tanto, é necessário que nossos governantes estabeleçam um diálogo franco com a sociedade, em suas diversas frentes, para que o país amadureça e dê um passo à frente. A população deu seu recado de forma contundente. Não há mais condições de contemporizar práticas lesivas aos cofres públicos com propostas de crescimento econômico e social, porque sempre que os recursos públicos são usados indevidamente todos pagam a conta; não é mais possível esperar que um Estado agigantado em sua estrutura continue praticamente inoperante; não é justo chamar os profissionais, os empresários, à população em geral, a dar sua parcela de sacrifício, a exemplo do pagamento excessivo de tributos, sem
economia maiúscula que nos garanta maior produtividade e competitividade no mercado internacional; que podem levar a um cenário propositivo na economia e de mais investimentos em áreas sensíveis, a exemplo da educação, da saúde, da segurança e, também, de infraestrutura. Estamos desejosos, que passada a estupefação diante do clamor das ruas, nossos governantes não procurem culpados ou desculpas, mas mantenhamse atentos, arregacem as mangas e trabalhem de forma conscienciosa, responsável. Isso é essencial para que o Brasil siga em frente, fortalecido, democrático, altaneiro, com cidadãos orgulhosos de serem brasileiros.
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Seja um associado da SME São descontos de até 20% em academias, empresas automotivas, de artigos de decoração, buffets, clubes, consultórios, cursos de idiomas, empresas de turismo, faculdades, floriculturas, gráficas, informática, laboratórios, óticas, planejamento financeiro, seguros, serviços fotográficos, hotéis, beleza e estética, dentre outros.
Compromisso com Você! A Sociedade Mineira de Engenheiros, por meio de sua equipe, tem desenvolvido uma série de trabalhos para atender cada vez mais e melhor a cada um dos associados. Em seus 82 anos de existência, a SME trabalha para integrar, desenvolver e valorizar a Engenharia, a Arquitetura, a Agronomia e seus profissionais, contribuindo para o aprimoramento tecnológico, científico, sociocultural e econômico.
Compromisso com o Futuro Aprimoramento profissional e inovação tecnológica também têm sido uma das grandes bandeiras da SME para oferecer os melhores produtos e serviços para você e sua família.
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Produtos e Serviços Em nosso site há uma série de produtos e serviços como cursos, palestras, seminários, eventos e uma extensa gama de convênios que você poderá desfrutar.
Por meio de nosso site, da revista, dos eventos e da participação nas redes sociais, a SME tem se tornado, cada vez mais, um canal aberto para ouvir suas sugestões e para representar seu interesse.
Mais informações: www. sme.org.br - (31) 3292 3962 ou sme@sme.org.br
PRESIDENTE Ailton Ricaldoni Lobo VICE - PRESIDENTES Ronaldo José Lima Gusmão José Luiz Nobre Ribeiro Victório Duque Semionato Alexandre Francisco Maia Bueno Délcio Antônio Duarte (in Memorian) DIRETORES Luiz Felipe de Farias Diogo de Souza Coimbra Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Marcílio César de Andrade Alessandro Fernandes Moreira José Flávio Gomes Fabiano Soares Panissi Janaína Maria França dos Anjos Normando Virgílio Borges Alves Clemenceau Chiabi Saliba Júnior SUPERINTENDENTE José Ciro Mota
Publicação
CONSELHO DELIBERATIVO Marcos Villela de Sant'Anna Teodomiro Diniz Camargos Jorge Pereira Raggi Flavio Marques Lisbôa Campos Rodrigo Octavio Coutinho Filho Paulo Safady Simão José Luiz Gattás Hallak Alberto Enrique Dávila Bravo Cláudia Teresa Pereira Pires Márcio Tadeu Pedrosa Sílvio Antônio Soares Nazaré Felix Ricardo Gonçalves Moutinho Levindo Eduardo Coelho Neto Fernando Henrique Schüffner Neto Ivan Ribeiro de Oliveira CONSELHO FISCAL José Andrade Neiva Nilton Andrade Chaves Carlos Gutemberg Junqueira Alvim Alexandre Rocha Resende Wanderley Alvarenga Bastos Júnior
CONSELHO EDITORIAL Ailton Ricaldoni Lobo Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz Janaína Maria França dos Anjos Fabiano Soares Panissi José Ciro Mota Ronaldo José Lima Gusmão
Tiragem 10 mil exemplares | Bimestral
Coordenador Editorial José Ciro Mota
Distribuição Gratuita Via Correios e Instituições parceiras
Jornalista Responsável Luciana Maria Sampaio Moreira MG 05203 JP
Publicação | SME Sociedade Mineira de Engenheiros Av. Álvares Cabral, 1600 | 3º andar Santo Agostinho Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30170-001 Tel. (31) 3292 3962 sme@sme.org.br
Projeto Gráfico Blog Comunicação Marcelo Távora revista@@blogconsult.com.br Av. Bento Simão, 518 | São Bento Belo Horizonte | Minas Gerais CEP - 30350-750 (31) 3309 1036 | (31) 9133 8590
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Apoio Compromisso, Inovação e Avanço
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PRÊMIO SME CT&I Prazo final de inscrição
CAPA Programa de incentivo à produção e uso de energia renovável
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ARTIGO | ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS Cláudio Homero Ferreira da Silva e Alexandre Bueno
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ENTREVISTA Ozires Silva fala sobre os desafios do Brasil
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MEDALHA LUCAS LOPES Fernando Henrique Schüffner Neto é agraciado
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MESTRES DA ENGENHARIA Edson Durão Júdice
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CENÁRIO ECONÔMICO Desafio do Brasil e controle da inflação
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LEGADO SME Rodrigo Octávio Coutinho Filho
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MOBILIDADE Metrô leve: alternativa de transporte em BH
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CERTIFICAÇÃO Demanda aumenta por certificação na construção
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NOVOS ENGENHEIROS André Luiz Pereira Corrêa
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ARTIGO | ENERGIA Operação Energética do SIN na Transição
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CT&I | PRÊMIO SME DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
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Estímulo à pesquisa e criatividade
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ermina no dia 9 de setembro o prazo de inscrição para o Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação 2013, criado com o objetivo de estimular a pesquisa e a criatividade, a premiação é destinada a estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação de instituições de ensino superior em Minas Gerais, nas áreas de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Na história do prêmio, já na 22ª edição, mais de 1500 trabalhos avaliados pela Comissão Julgadora. A solenidade de premiação ocorre, anualmente, no mês de novembro.
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O Prêmio SME foi instituído com base em legislação e normas do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – CONFEA, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais – CREA-MG e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU-BR. De acordo com o regulamento do Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação, os participantes têm que apresentar trabalhos técnicos-científicos com no máximo de 50 laudas (páginas), formatado de acordo com as Normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. Os processos de avaliação, classificação e premiação serão conduzidos pela Comissão Organizadora do Prêmio.
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Os inscritos poderão concorrer individualmente ou em grupo com um ou mais traba-
lhos. Para os trabalhos técnico-científicos apresentados em grupo, poderão participar estudantes de outras profissões regularmente matriculados em cursos de graduação em Minas, desde que o líder do grupo seja um estudante das profissões de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Não serão aceitos trabalhos enviados por e-mail, nem postados após a data limite divulgada no cronograma do Prêmio. Os vencedores receberão certificados e premiações pecuniárias. Os autores de trabalhos que tenham se destacado, mas que não ficaram entre os premiados serão prestigiados com menção honrosa. A cada ano, é concedido um prêmio especial para a Instituição de Ensino Superior (IES) que tiver o maior número de trabalhos classificados para a última fase de avaliação. Caso tenha mais de uma instituição de ensino relacionada ao mesmo trabalho, concorrerá somente a instituição do líder do trabalho. O formulário oficial do Prêmio SME de Ciência, Tecnologia e Inovação está disponível no site: www.sme.org.br ou pode ser solicitado pelo email fabiola@sme.org.br. Os candidatos deverão entregar pessoalmente os trabalhos até 09 de setembro de 2013, data limite para inscrição e entrega de documentos, na sede da SME, na Av. Álvares Cabral, 1.600/3º andar – Lourdes, no horário de 9h as 16h. O regulamento está disponível para consulta no endereço: www.sme.org.br. Mais informações pelos telefones (31) 3292-3810 ou (31) 32923678.
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Participe, en
Reunião Mobilidade A SME mantém um calendário amplo de reuniões com dirigentes de várias entidades e do setor empresarial para discutir as questões que envolvem a mobilidade urbana em Belo Horizonte e Região Metropolitana. A proposta é contribuir na solução de problemas que envolvem o transporte público e individual na cidade e o acesso da população aos serviços que a Capital e a RMBH oferecem em tempo hábil e de forma segura e com conforto. Em agosto de 2012, a entidade realizou 1º Seminário de Mobilidade Urbana em parceria com a ACMinas. Participaram do último encontro os engenheiros José Ciro Mota, superintendente da SME, Luiz Otávio Portela,
membro da Comissão Técnica de Transportes; o diretor da Construtora Queiroz Galvão, Berilo Torres e o presidente do Conselho de Política Urbana da ACMinas, José
AGE aprova convênio Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no último dia 08 de julho aprovou, entre outros itens da pauta, o Convênio de N° 111/2012, firmado entre a SME e o CREA Minas, que trata da ocupação e reforma do prédio da entidade, situado à rua Timbiras, 1514, no bairro Lourdes. Foi aprovada ainda a criação de uma comissão fiscalizadora para acompanhar todas as etapas da obra composta pelos engenheiros Alberto Enrique Dávila Bravo, Ronaldo Emílio Simi, Hélio Nonato de Oliveira e Marcus de Resende Kfoury.
Segurança no Trabalho No período de 21 a 23 de agosto/13, será realizado o XVIII Congresso Nacional de Segurança Integral, no Expominas, promovido pela Associação Mineira de Engenharia de Segurança. Entre os principais temas para debate estão: Planos do governo federal para o setor de segurança do trabalho para os próximos dez anos; abordagem de dessa temática nas áreas industrial, ambiental e comportamental; gestão de sinistros, desastres e catástrofes; ensino, formação e qualificação profissional, engenharia de incêndio, entre outros. Na coordenação do evento o presidente da Comissão de Segurança da SME, engenheiro Silvio Piroli. Mais informações no site: www.pacin.com.br.
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Seminário
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Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais ( Abrasip), com apoio da SME, vai realizar no dia 25/09/13, 10ª edição do Seminário de Atualização Tecnológica, comemorando também os 10 anos de fundação da entidade. O Seminário acontecerá de 8h às 18h, no auditório do CREA-MG. Mais informações no site: www.abrasipmg.com.br.
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Participe, envie notícias e novidades para: jornalismo@sme.org.br
Ibracon promove Concurso Concreto Colorido Ecoeficiente Durante a 55ª edição do Congresso Brasileiro do Concreto, que vai ocorrer de 29 de outubro a 1 de novembro, em Gramado, Rio Grande do Sul, o Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon) promoverá o Concurso Concreto Colorido Ecoeficiente - Eco-CC 2013. A 4ª edição da competição, destinada a estudante dos cursos de arquitetura e engenharia civil, tem como objetivo testar a produção de concretos resistentes, coloridos e com reduzido consumo de ligantes. A equipe vencedora será aquela que possuir a maior pontuação do resultado da carga de ruptura do corpo de prova multiplicado por seu coeficiente de cor. O prêmio é de R$ 3 mil. Para participar, é preciso se inscrever por meio do e-mail: eco-cc@ibracon.org.br até 30 de agosto.
ExpoEngenharia
Diretoria da ABEE-MG
A Escola de Engenharia da UFMG vai promover, nos dias 12 e 13 de novembro, a ExpoEngenharia para apresentar iniciativas e oportunidades dentro e fora da universidade para os alunos. O Evento será composto de: equipes de competições (Baja, Fórmula, Aerodesign), empresas juniores, grêmios, diretório acadêmico, entre outras iniciativas estudantis. A ExpoEngenharia acontecerá no prédio da faculdade de Engenharia, de 10h às 14h e de 17h às 21h.
Eleita a nova diretoria da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas-ABEE-MG para o período de 2013/2015. Os integrantes são: presidente - Gilmar Pereira Narciso; vice-presidente: José Flávio Gomes; 1° Secretário - Marcelo Aguiar de Campos; 2° Secretário - Fernando Luís de Almeida; 1° Tesoureiro - Miguel Ângelo dos Santos Sá; 2ª Tesoureira - Marita Arêas de Souza Tavares; diretor de Relações Institucionais - Hélio Nonato de Oliveira; diretora de Eventos Técnicos - Cláudia Deslandes Figueiredo.
Medalha Engenheiro do Ano Está aberto o prazo para a indicação de nomes de candidatos à Medalha Engenheiro do Ano de 2013, homenagem prestada pela SME a um profissional que tenha se destacado e contribuído para o desenvolvimento de Minas e do país, durante solenidade de comemoração do Dia do Engenheiro, realizada anualmente, no mês
de dezembro. A indicação à Medalha deve ser feita, por meio de requerimento, ao Presidente da SME. Esse documento deve ser assinado por um número nunca inferior a 10 (dez) associados em gozo de seus direitos estatutários, em formulário próprio. Mais informações na sede da SME pelo telefone: 3292 3962 ou pelo e-mail: sme@sme.org.br.
Délcio Antônio Duarte O presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo, em nome dos associados, manifesta profundo pesar pelo falecimento do vice-presidente da entidade Délcio Antônio Duarte, no último dia 2 de agosto, deixando uma enorme lacuna na vida da SME. Engenheiro e homem público atuante, Délcio Antônio Duarte tinha ideias inovadoras e espírito tenaz. Ele ocupou cargos públicos de primeiro escalão, em Belo Horizonte, tendo muito contribuído para o desenvolvimento urbano e social da capital mineira.
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Desoneração da folha de pagamento influencia queda do custo da construção de obra teve variação de -14,68%, caindo 12,69 pontos percentuais em relação a junho (1,80%). De janeiro a julho os acumulados são 1,68% (materiais) e -6,80% (mão de obra), enquanto em 12 meses ficaram em 3,09% (materiais) e 4,18% (mão de obra).
A variação acumulada no ano de 2013 está em -2,30%, enquanto no mesmo período de 2012 havia ficado em 3,56%. Já em relação ao resultado dos últimos 12 meses, o valor passou para -0,30%, ficando 6,84 pontos percentuais abaixo dos 6,54% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. O custo nacional da construção por metro quadrado, que em junho havia sido de R$ 890,76, caiu para R$ 835,95 no último mês, sendo R$ 461,43 relativos aos materiais e R$ 374,52 à mão de obra. A parcela dos materiais teve variação de 0,12%, subindo 0,02 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,10%), já a mão
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O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa Econômica Federal, teve queda de 6,15% em julho. A variação ficou 13,95 pontos percentuais abaixo da taxa de junho.
A região Sudeste, com variação de -6,81%, apresentou a maior queda em julho. Os demais resultados foram: -5,98% (Norte), -5,84%(Nordeste), -6,32% (Sul) e -4,23%(Centro-Oeste). Os custos regionais, por metro quadrado, ficaram em R$ 833,78 (Norte); R$ 780,36 (Nordeste), R$ 875,25 (Sudeste); R$ 849,48 (Sul) e R$ 847,13 (CentroOeste). A Região Centro-Oeste tem a maior variação nos últimos doze meses: 1,67%. Devido à pressão exercida pelo reajuste salarial decorrente de acordo coletivo, Goiás registrou a menor queda entre os estados, com taxa mensal de -1,07%. www.piniweb.com.br
INFORME
Expansão A empresa mineira Green Gold Engenharia e Projetos anuncia expansão para o mês de agosto quando será lançada a Green Gold Fácil, uma unidade de negócio voltada ao público mineiro e com atuação em projetos de pequeno e médio porte tais como lojas, restaurantes, galpões, edifício pequenos, entre outros. Com isso
a empresa pretende crescer 20 % até o primeiro trimestre de 2014. A Green Gold é especialista na elaboração e gestão de projetos multidisciplinares de engenharia de sistemas prediais como elétrico, SPDA, hidráulico, sanitário, gás e de prevenção e combate a incêndio, entre outros.
Tendência As construtoras Patrimar e Engefor lançam novo empreendimento imobiliário, na região sul da cidade, no bairro Vila da Serra, o Tribeca Square com apartamentos divididos em Studio (1 quarto) e 2 quartos, seguindo a tendência que une conforto, alto padrão e estilo de vida. Para o final desse semestre, a Patrimar seguindo a mesma tendência lançará o Manhattan Residence, no coração da Savassi, na esquina das ruas Sergipe com Antônio de Albuquerque.
Vetor Norte Mais um grande loteamento é lançado no vetor norte da Capital, o São Damião, localizado na Linha Verde, entre o Centro Administrativo e o Alphaville Minas Gerais. Segundo informações da Smel Imóveis, trata-se de um empreendimento de uso misto multifamiliar, um loteamento para um pólo empresarial e para construção de prédios residenciais. O loteamento é da AP IMÓVEIS.
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ENERGIAS DE MINAS
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Cadeia produtiva do setor e empreendimentos serão beneficiados com tributação especial
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ais uma vez na vanguarda nacional, Minas Gerais acaba de lançar o Programa Mineiro de Energias Renováveis – Energias de Minas, que concede tratamento tributário diferenciado para a cadeia produtiva e empreendimentos que utilizem as fontes solar, eólica, biomassas, biogás e hídrica, além de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PChs) e Centrais Geradoras Hidrelétricas instaladas no Estado.
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A solenidade realizada no Palácio Tiradentes, reuniu políticos, pesquisadores, empresários e investidores que já demonstraram interesse no potencial energético do Estado, seja para a construção de fábricas de componentes, máquinas e insumos ou mesmo para instalação de usinas de produção. Na oportunidade foi assinado o decreto que institui o Programa e que foi publicado na edição de quintafeira do Minas Gerais, órgão de divulgação oficial do Estado.
Na prática, o Programa prevê a desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para vários equipamentos destinados à geração desse tipo de energia elétrica, bem como isenção total do mesmo tributo para o fornecimento de energia gerada em um prazo de 10 anos, contado da data de início da operação da usina geradora, com recomposição anual, gradual e proporcional, nos cinco anos seguintes, de modo que a carga tributária original somente restabeleça a partir do décimo sexto ano. Também estão previstos benefícios fiscais para micro-geradores e mini-geradores de energia elétrica. Os empreendimentos de geração de energia poderão contar, ainda, com linhas de financiamento de longo prazo oferecidas pelo BDMG. O Programa inclui, ainda, apoio a pesquisa e desenvolvimento e planos para capacitação técnica de pessoal para o atendimento à demanda reprimida do mercado do segmento que é chamado de Nova Economia. Para essas plantas serão reutilizadas áreas atualmente ociosas, sem prejuízo ambiental.
Com a iniciativa, o governo pretende consolidar Minas Gerais como centro de referência na produção de energia limpa e, ainda, fomentar o processo contínuo de atração de novos investimentos para o Estado, sobretudo para regiões consideradas estratégicas como o Norte e o Noroeste mineiros. Alberto Pinto Coelho, vice-governador de Minas Gerais O vice-governador do Estado, Alberto Pinto Coelho, foi a principal liderança desse programa.“Estamos apostando em potencialidades novas. Saímos na frente em relação aos outros Estados porque essa é a vocação de Minas. Além de ser a caixa d’água do Brasil, Minas também tem grande potencial solimétrico e eólico. Incentivar a produção de anternativas energéticas é contribuir para o desenvolvimento do Estado”, afirma.
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ENERGIAS DE MINAS
O programa de P&D da Cemig vai iniciar o mapeamento da biomassa nos próximos meses. Esta será mais uma alternativa a ser utilizada como fonte de energia e de negócios. Além da cana de açúcar, está em estudo o uso do eucalipto, visto que Minas Gerais tem a maior área cultivada do país. Arlindo Porto, vice-presidente da Cemig
Desde 2010, por determinação do governo do Estado, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) faz o mapeamento do potencial energético de Minas Gerais. Em 2010, foi lançado o Atlas Eólico, que identificou capacidade de 40 GW no Estado. Os pontos mais propícios para a exploração dessa forma de energia estão localizados nas regiões Norte e também no Triângulo Mineiro. Em maio deste ano, a companhia lançou o Atlas Solarimétrico, que analisou o potencial de cada região do Estado, detectando que as áreas mais promissoras são Triângulo Mineiro, Noroeste e Norte de Minas Gerais. Confeccionado com a participação das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fazenda e, ainda, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha, além do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (INDI), do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e das concessionárias de distribuição de energia, o Programa Mineiro de Energias Renováveis é a resposta do executivo mineiro às informações coletadas e, ainda, à demanda da extensa cadeia produtiva do segmento, que tem pleiteado condições específicas como as que passaram a valer a partir de agosto, para transformar o conceito de geração de energia compartilhada em produtos competitivos e acessíveis. O vice-presidente da Cemig, Arlindo Porto, enfatiza que a intenção dos estudos realizados foi subsidiar
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Arlindo Porto, vice-presidente da Cemig os investidores de informações técnicas seguras, o que aumenta a competitividade de Minas Gerais. “O setor não consegue sem incentivos. A Cemig está pronta para adquirir toda a energia excedente gerada, de micro, pequenos e grandes produtores. A Cemig tem condições para isso”, explica. A empresa já tem plantas eólica e solar. Por outro lado, a descentralização da produção é imprescindível para o projeto de desenvolvimento do Estado. “Assim não ficaremos sujeitos apenas ao regime de chuvas para produzir energia elétrica. Neste ano corremos o risco de blackout energético em outros Estados, por isso as opções complementares têm ganhado maior espaço”, ressalta. O programa de P&D da Cemig vai iniciar o mapeamento da biomassa nos próximos meses. Esta será mais uma alternativa a ser utilizada como fonte de energia e de negócios. Além da cana de açúcar, está em estudo o uso do eucalipto, visto que Minas Gerais tem a maior área cultivada do país.
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Dorothea Werneck, secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
De acordo com a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothea Werneck, tratamento tributário diferenciado e, ainda, regras transparentes são pontos importantes para a decisão dos investidores que se interessam no potencial energético do Estado. “Temos agilidade para os investimentos em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente”, adianta.
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O Programa é fundamental para o desenvolvimento do setor. Quando se fala em setor privado e em investimentos de infraestrutura, são projetos de longo prazo que demandam incentivos do governo e garantias de que as regras são claras e não serão mudadas
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O sucesso do Programa mineiro é mostrar que os investimentos já estão se tornando realidade. Há que se considerar, também, que o governo de Minas observou experiências similares para construir uma proposta melhor.
Para o empresário, o Programa representa visão de futuro promissor para os negócios do setor, o que vai afetar o plano de crescimento da companhia. “Se há uma linha de financiamento, isso é importante para quem vai investir. Da mesma forma, a compra da energia excedente. Vamos analisar o Programa com mais profundidade para tomar as decisões”, destaca.
O anúncio do Programa Mineiro de Energias Renováveis – Energias de Minas representa o atendimento de reivindicações dos empresários e investidores do setor. A resposta será a oferta em escala de produtos competitivos para o mercado estadual e nacional, como adianta o presidente da Tecnometal, Marcelus Araújo. “Estamos analisando a possibilidade de ter mais uma unidade de negócios independente no Estado para fabricação de placas fotovoltaicas”, adianta. Atualmente, essa planta tem sede em Campinas (SP), mas o pacote de incentivos do governo mineiro pode culminar na sua transferência para Minas.
O Norte de Minas é uma área cogitada pela Tecnometal para a nova planta, por se tratar de região da Sudene. A geração de empregos também é um diferencial.
Outro empresário que, desde o primeiro momento, está entusiasmado com o Programa é o presidente da Companhia Energética Integrada (CEI), Romero Ferreira. A companhia mineira já tem investido no potencial do Estado há alguns anos, nas áreas hídrica e solar. Atualmente são nove usinas no Estado. “O Programa é fundamental para o desenvolvimento do setor. Quando se fala em setor privado e em investimentos de infraestrutura, são projetos de longo prazo que demandam incentivos do governo e garantias de que as regras são claras e não serão mudadas”, justifica. 15
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ENERGIAS DE MINAS
O Programa tem forte estímulo econômico porque vai atrair a implantação de indústrias que vão gerar trabalho e renda. Além do opoio à pesquisa e à capacitação técnica que são essenciais para atender as necessidades de um projeto desse porte, em outras palavras, significa desenvolvimento para Minas Gerais Ailton Ricaldoni,presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) A empresa já desenvolveu trabalhos em parceria com o governo do Estado. O próximo projeto é uma usina solar com potencial de 3 MW no Jaíba, Norte de Minas. A escolha do local deve-se a características técnicas, de radiação e, também, das redes de conexão disponíveis. O início da operação deve ser entre o final de 2014 e início do ano seguinte. O aporte estimado é de R$ 30 milhões. O empreendimento deve gerar 80 empregos na região e entre 160 e 200 para profissionais de outros locais, nas áreas de Engenharia, meio ambiente e planejamento. “Envolve muita gente”, avalia o empresário. A usina também será um ponto de P&D que testará tecnologias de outros países que ainda não foram usadas no Brasil. A empresa espanhola Solaria é outra companhia que já demonstrou interesse pelo potencial energético de Minas Gerais. O diretor da unidade brasileira, Alejandro Beas, reafirma o interesse no Estado, para duas áreas de ne-
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gócios diferentes mas que têm interesses em comum. A primeira delas é uma fábrica de células e módulos fotovoltaicos, mediante investimento de US$ 50 milhões e US$ 100 milhões. A outra, uma usina de geração de energia solar, prevê aporte de R$ 200 mil para cada 30 MW. O potencial da região é 1 GW. “Seria uma indústria brasileira com know-how espanhol. Ao criar as fábricas de lógica avançada, usaremos o Brasil como centro para a América Latina”, projeta. Como se trata de um projeto a longo prazo, o incentivo do governo mineiro faz toda a diferença, segundo Baes. Por ter matriz energética 86% limpa, o Brasil ainda não despertou para a necessidade de investir em fontes alternativas. Nesse cenário, Minas Gerais tem demonstrado posicionamento distinto. O presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), Ailton Ricaldoni, que esteve na cerimônia de lançamento do Programa tam-
bém apoia a proposta. “O Programa Mineiro de Energias Renováveis – Energias de Minas confirma o pioneirismo de Minas Gerais na produção de energia limpa no país. Trata-se de uma iniciativa fundamental, o ponta pé inicial, para a implementação de um parque gerador de energia renovável em nosso Estado, que é muito bem servido de fontes de energia solar, eólica, biomassas, biogás e hídrica”, analisa. Além disso, “o Programa tem forte estímulo econômico porque vai atrair a implantação de indústrias que vão gerar, consequentemente, trabalho e renda. Outro aspecto importante dentro do programa anunciado pelo vice-governador Alberto Pinto Coelho, é o apoio à pesquisa e à capacitação técnica que são essenciais para atender as necessidades de um projeto desse porte. Por todos esses elementos, creio que devemos comemorar a iniciativa do governo que, em outras palavras, significa desenvolvimento para Minas Gerais”, confirma.
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Solução inovadora d o Monotrilho-Metrô aprimorar bairros em rapidamente a cond INNOVIA é uma marca comer
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SISTEMA INNOVIA MONOTRILHO 300
INNOVIA Solução inovadora de transporte de alta capacidade, o Monotrilho-Metrô BOMBARDIER INNOVIA vai aprimorar bairros em São Paulo e melhorar rapidamente a condição de vida dos Paulistanos. INNOVIA é uma marca comercial da Bombardier Inc. e de suas filiais.
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ARTIGO | ENERGIA
Alternativas Energéticas Cláudio Homero Ferreira da Silva, Ph.D. | chomero@cemig.com.br Alexandre Francisco Maia Bueno, engenheiro | abueno@cemig.com.br
A sociedade possui grandes desafios para a construção do futuro: o crescimento da população e as questões associadas (suprimento de: alimentos, água e energia; mobilidade; destinação de resíduos; urbanização) a crescente demanda por energia, com emissão de gases de efeito estufa – GEE e o consequente aquecimento global. O modelo econômico mundial é totalmente dependente de combustíveis fósseis e, se ainda somos uma “ilha renovável” em um mundo não renovável, ca-
minhamos no sentido contrário à sustentabilidade. Os recursos disponíveis no planeta não se renovam ou se recuperam, podendo levar a um cenário de esgotamento. É interessante observar que a questão energética perpassa por todos esses desafios, uma vez que nosso modelo de desenvolvimento é fortemente focado no crescimento da exploração dos recursos naturais, notadamente energéticos, indicando não somente a sua importância, como também a sua complexidade.
Bill Gates apresenta em uma visão simples, mas ao mesmo tempo muito interessante e ilustrativa, a relação entre o meio ambiente e a energia.
Como não é razoável esperar uma interrupção no crescimento da população em futuro próximo, e nem a redução do nível de conforto esperado/consumido por indivíduo, resta o binômio Energias Renováveis/Eficiência Energética na base das soluções factíveis para se lidar com as questões da energia, meio ambiente e sociedade.Agrega-se a essa base, ainda, a tecnologia, constituindo-se no paradigma moderno para a humanidade.A Cemig realizou entre os anos de 20092012 um estudo de alternativas energéticas, que resultou na publicação do livro: Alternativas Energéticas:
Postula que a emissão de GEE depende de quatro fatores: a quantidade de indivíduos na Terra (população), a quantidade de serviços consumidos por cada indivíduo (conforto), a quantidade de energia consumida para produzir uma unidade de serviço (eficiência energética) e a quantidade de GEE por unidade de energia produzida (energia renovável).
UMA VISÃO CEMIG
Ver: http://www.thegatesnotes.com/Topics/Energy/Innovating-to-Zero-Emissions Download: http://www.cemig.com.br/pt-br/A_Cemig_e_o_Futuro/inovacao/Alternativas_Energeticas/Paginas/default.aspx
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Este estudo possibilitou a elaboração do Mapeamento de todas as possíveis fontes e usos finais de Energia, bem como nas cadeias de transformação/conversão. Trata-se de um retrato de um momento na história do desenvolvimento tecnológico. As contribuições da ciência, tecnologia e inovação modificam as cadeias de transformação, com repercussão sobre a configuração
desse mapa, exigindo disciplina no seu acompanhamento, não sendo, entretanto, esperadas a inclusão de novas fontes de energia primária ou de novas formas de uso final. Esse mapa se constitui em um ponto de referência, onde é possível, além de vislumbrar oportunidades, realizar reflexões associadas a realidade empresarial, de Estados, do País e do mundo:
• PETRÓLEO: quando a tecnologia de extração permitir a exploração das jazidas do pré-sal em quantidades econômicas, haverá certamente, no Brasil, um grande incentivo para o seu uso;
• HÍDRICA E EÓLICA: estas fontes já se constituem em negócios maduros em energia elétrica;
• GÁS NATURAL: como fonte fóssil de menor impacto e com crescente utilização, se configura como uma opção de negócios em energia e em eletricidade; as modernas tecnologias de exploração de shale gás aumentaram a oferta e reduziram os custos deste energético, o que também é esperado no Brasil; • GEOTÉRMICA: devido às características dos solos e da geologia do Brasil, não se vislumbra possibilidade de utilização, na forma das tecnologias convencionais. Entretanto nos locais onde exista tal potencial, ele se mostra vantajoso ao ser utilizado; • OCEÂNICA: acena para um futuro promissor, estando atualmente em estágio inicial de desenvolvimento. • NUCLEAR: os riscos associados com essa fonte a colocam como uma incógnita, que exigirá muita discussão por parte da sociedade. Entretanto, trata-se o desenvolvimento tecnológico associado aponta para um futuro onde a questão energética pode não ser mais um problema.
Por tratar-se de uma questão complexa, como muitas variáveis, a solução por consequência não pode ser simples. Desta forma, é esperado que lidar com a construção do sistema energético do futuro envolva: formação de recursos humanos, formação de cientistas e desenvolvimento de ciência, desenvolvimento tecnológico, industrial e cultural, além da incorporação da segurança energética e da sustentabilidade em todas as discussões que envolvam a produção, transporte e consumo de energia. Por isto, os sistemas energéticos do futuro serão construídos pela sua viabilidade econômica e ambiental, configurando-se em soluções que exploram as potencialidades locais e atendam aos requisitos de sustentabilidade. Sob esse ponto de vista, todas as possibilidades de fonte, transformação e uso se constituem em opções, ou alternativas energéticas para o futuro da humanidade.
• BIOMASSA/RESÍDUOS: estes energéticos se constituem em oportunidades de negócios no Brasil; • SOLAR: tecnologia razoavelmente madura no exterior, ainda encontra-se em estágio inicial de exploração econômica no Brasil; seu desenvolvimento na Europa, calcado em fortes incentivos e subsídios governamentais, não deve repetir-se no Brasil, visto que não temos, como lá, o grande apelo da sustentabilidade (mais que 90% da energia elétrica produzida no Brasil já é de origem renovável); • EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: a energia mais barata é aquela que foi economizada. Fazer mais como a mesma quantidade de energia parece ser o grande desafio e a grande oportunidade do futuro; estudos diversos apontam para grandes oportunidades no setor; Tecnologia e Inovação são os conceitos que possibilitarão a transformação da relação entre a humanidade e a energia, modificando as relações entre conforto, energia e emissões de GEE.
Mapeamento de Fontes Primárias, Usos Finais e Cadeias de Transformação da Energia:
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Foto : Brizza Cavalcante - Camara dos deputados
ENTREVISTA | OZIRES SILVA
Ozires Silva fala sobre inovação, competitividade e os desafios do Brasil. á certas pessoas que dispensam apresentações. Quem acompanha a história do país, sem dúvida, já deve ter encontrado o nome do coronel da Aeronáutica e engenheiro formado pelo Instituto Tecnológica da Aeronáutica (ITA), Ozires Silva, em muitos momentos importantes do desenvolvimento nacional, com especial foco para a indústria aeronáutica.
H
Foi ele que coordenou a equipe responsável pelo projeto e construção do avião Bandeirante. O engenheiro foi, também, em 1969, o líder do grupo responsável pela criação da Embraer, considerada uma das maiores companhias aeroespaciais do mundo. Ele presidiu a empresa até 1986 quando aceitou o desafio de comandar a Petrobras, até 1989. No ano seguinte, assumiu o Ministério da Infraestrutura do governo de Fernando Collor de Melo mas retornou à presidência da Embraer em 1991, para desempenhar papel decisivo no processo de privati20
zação da companhia, concluído em 1994. Ozires Silva também foi presidente da Varig por três anos, criou a Pelo Nova Biotecnologia, primeiro fruto da Academia Brasileira de Estudos Avançados, empresa focada em saúde humana cuja missão é pesquisa, desenvolvimento e produção de tecnologias inovadoras na área de regeneração e engenharia tecidual. Com tanta experiência acumulada, o engenheiro acabou “conquistado” pela Educação. Presidente do Conselho de Administração da Ânima Educação e Cultura, Silva tomou posse como reitor do Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte) em 2008. Além do trabalho, ele também alimenta o seu blog http://www.blogdoozires.com.br/ozires/ - e mostra conhecimento apurado sobre a realidade nacional. E assim, continua a participar e opiniar sobre os rumos do País. Nesta entrevista à Revista Mineira de Engenharia, Ozires Silva fala sobre inovação, competitividade e sobre os desafios do Brasil.
Como o Sr. analisa a capacidade de inovar do Brasil? Infelizmente, o Brasil está mal. Recentemente um pesquisador criou um indicador para apontar onde o Brasil se situa em termos de inovação em um cenário de 40 países divididos em três níveis de desenvolvimento tecnológico: alto, médio e baixo. O Brasil ficou com a 38ª posição no ranking geral, com excelência tecnológica de baixo nível, o que tem impedido que o país ocupe posição de destaque que tanto almeja. Tem países que têm uma taxa pequena, mas a média geométrica determina a aceleração dessas economias. A Coréia do Sul vai atingir 20% de aceleração. A Turquia, 23% porque lá, embora o nível tecnológico seja baixo, o crescimento tem sido rápido. O Brasil está com menos que 6%. Embora haja exceções, essa média representa um risco para o futuro do país. Os jovens das próximas gerações podem viver em um país mais pobre que agora porque nós não estamos fazendo a nossa parte. Não é preciso muito para constatar que o mundo está vivendo momentos extraordinários de competência e cultura avançados.
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Não podemos nos colocar na competição mundial como um povo que peca pela inércia e por ser um seguidor das tendências internacionais de cultura e de empreendedorismo. O que prevalece no Brasil é a existência de clima legal de restrições normativas e regulamentares, pavimentadas por um grande preconceito das autoridades, em relação às iniciativas privadas.
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Foto : Brizza Cavalcante - Camara dos deputados
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Os produtos que estão chegando para nós são os mais completos e sofisticados, permitindo serviços inimagináveis há algumas décadas. Um exemplo é o telefone celular. O mundo está avançando. Se olharmos os mecanismos de estímulo à ciência e tecnologia, boa parte vem do governo e apenas para instituições públicas, quando 80% dos estudantes de graduação estão matriculados em escolas privadas e alheios à pesquisa.
A condição para o desenvolvimento nacional é hostil. Nas instituições oficiais, as pesquisas em curso nem sempre respondem às necessidades do país. É preciso rever essa situação que tem gerado um problema conceitual, já que inovação no Brasil é o que se importa de outros países. As empresas estão preferindo comprar licenças de inovação que criar seus próprios produtos. A Embraer, por exemplo, tem sido recordista nessa metodologia. Por outro lado, a distância entre o governo e a sociedade tem aumentado. Os governantes decidem fazer tudo como querem e bem entendem, sem ouvir a população. Como é possível mudar esse cenário? Democratizar as decisões é o primeiro passo. Veja como as coisas têm acontecido. Até nos projetos culturais é preciso pedir autorização do governo. No resto do mundo, incentivos para a educação, ciência e tecnologia são livres. O sujeito aplica e comprova por meio contábil e tem dedução no Imposto de Renda (IR). A cultura governamental quer controlar todo mundo, mas a natureza consagrou a diversidade. 21
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ENTREVISTA | OZIRES SILVA
A diversidade tem que ser aceita como realidade da vida. Se não tem duas coisas iguais, porque o governo quer fazer todos iguais e controlar a todos? Sinceramente, temos que mudar porque estamos correndo um risco muito grande. É preciso “descolar” dessa dependência do setor público. As empresas deveriam decidir em investir em inovação por conta própria. No entanto, ninguém quer aplicar recurso de risco para fazer produtos. O risco tem que ser corrido pela empresa e seus funcionários. As empresas precisam compreender que a inovação deve ser parte da sua rotina diária, da necessidade de criar novos produtos e sair na frente para conquistar o mercado e não um assunto a ser discutido com a academia. As universidades são coadjuvantes imporantes mas apenas coadjuvantes. O que é inovação para o Sr? Os americanos preconizam que inovação é a criação que se transforma em produto e resultado para a sociedade. Por isso, é preciso discernir entre inovação e pesquisa de
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inovação. Há muitas pesquisas sendo feitas mas os resultados ainda são muito pequenos. O recurso aplicado nessa área é praticamente igual ao que a Coréia do Sul destina. Lá, o desenvolvimento de tecnologias justifica-se pelo atendimento das necessidades da indústria e da sociedade. Basta lembrar que a Coréia do Sul tem, hoje, marcas de peso no mercado mundial. O carro do ano nos Estados Unidos neste ano foi o Hyunday HB20 repetindo a performance do ano passado com o Hyunday Elantra. O que a sua experiência, como engenheiro e ex-gestor de áreas estratégicas para a economia nacional, aponta como caminho para que o Brasil seja um país mais inovador? O Brasil, pelos seus cidadãos, os brasileiros, não é diferente de muitos países no mundo. Há nos brasileiros um interesse pela novidade e pelo empreendedorismo, isso bem comprovado por recente pesquisa, realizada pelo Banco Mundial (www.doingbusiness.com ), demonstrando o grau de criatividade que funciona entre nós.
Portanto, não podemos nos colocar na competição mundial como um povo que peca pela inércia e por ser um seguidor das tendências internacionais de cultura e de empreendedorismo. O que prevalece no Brasil é a existência de clima legal de restrições normativas e regulamentares, pavimentadas por um grande preconceito das autoridades, em relação às iniciativas privadas. Isso, de um modo afasta os empreendedores que, quando vê o difícil caminho a percorrer nos corredores das repartições públicas, somados às dúvidas e as dificuldades a vencer para colocar um novo produto ou serviço no mercado, produz nos investidores uma reação de desistir, em muitas de suas idéias. A consequência direta, que prevalece entre nós, não é a de pesquisar ou de se arriscar a tentar lançar-se na produção de resultados de pesquisas domésticas.A solução, na maioria dos casos, é buscar tecnologias externas, provadas nos mercados estrangeiros, e comprar os direitos para replicá-las no Brasil. Estas soluções são favorecidas pelo mais comum dos comportamentos dos nossos con-
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É preciso rever essa situação que tem gerado um problema conceitual, já que inovação no Brasil é o que se importa de outros países. As empresas estão preferindo comprar licenças de inovação que criar seus próprios produtos.
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sumidores de favorecer, nos momentos de compra, produtos importados. Podemos ainda incluir a tendência bem brasileira de investir pouco e aspirar rendimentos altos no curto prazo. Mas, isso pode ser uma das consequências de um clima difícil para empreender no Brasil.
com grande destaque entre todos os outros países. Isso motivou muito o setor privado a avançar no caminho do risco dos empreendimentos. Lá, temos o exemplo marcante, na Califórnia que, com expressivo destaque, absorve da ordem da metade de todo o capital de risco disponibilizado no país.
O Sr. falou que é preciso independência para investir em inovação. No entanto, as empresas sempre buscam recursos públicos para esse tipo de projeto. Como mudar isso?
Na Califórnia prevalecem as atividades das chamadas “Venture Capital Companies” que, movidas pela disposição de importantes segmentos da população para investir, muito contribuiram para a criação de um Vale do Silício, da maior indústria cinematográfica do mundo, da expressiva participação nas inciativas nos serviços de comunicação global, etc.
Na realidade, minha colocação foi em relação à liberdade que é necessária para gerar um clima de inovação na sociedade. Por outro lado, também temos de reconhecer que recursos públicos para pesquisas, desenvolvimento e investimentos, são práticas internacionais, provadas como importantes, da mesma maneira como legislações de estímulo para com os interessados do setor privado. Os Estados Unidos aparecem no mundo como a nação mais criativa,
Na Engenharia, inovação é condição básica para tudo. Como os engenheiros podem atuar de forma inovadora? O Sr. considera que os engenheiros que estão hoje no mercado são inovadores? Por que? É real a tendência dos engenheiros de inovar e, é curioso observar na
atualidade, mesmo no Brasil, que muitos dos alunos dos últimos anos dos cursos de Engenharia têm procurado criar seu próprio negócio, no lugar de simplesmente buscar os empregos que lhes são oferecidos pelas empresas. Esta é uma tendência recente, e que está sendo incrementada, que, eu, nos meus tempos de graduação, não observava entre meus colegas de turma. Hoje, pode-se constatar que muitos dos recém-formados, quando não conseguem materializar o sonho do negócio próprio, por falta de recursos financeiros ou por outras razões, acabam contribuindo com sua criatividade e propensão para inovação, nas empresas que os contratam. Cabe aos empresários, ouvi-los, apoiá-los e entusiasmá-los, pois de um momento para o outro, acende-se uma centelha de oportunidade pode ser melhor aproveitada para expressivos resultados das próprias empresas.
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ENTREVISTA | OZIRES SILVA
Muitos empresários informam que suas empresas são mundialmente competitivas até a porta de saída da fábrica, mas perdem essa qualidade quando enfrentam os impostos e a miríade de custos, liderados pelos de logística e os de distribuição.
Como o Brasil pode se tornar mais competitivo? Este é um tema extremamente discutido entre as empresas em operação no Brasil e bastante focado pelas associações de classe. É conhecida a intensidade com que elas, sob a liderança da CNI – Confederação Nacional da Indústria, trabalham na direção do Governo e das entidades do sistema financeiro, para identificar possibilidades de estímulos ou de disponibilidade de capital de risco para dar origem a novos empreendimentos. Muitos empresários informam que suas empresas são mundialmente competitivas até a porta de saída da fábrica, mas perdem essa qualidade quando enfrentam os impostos e a miríade de custos, liderados pelos de logística e os de distribuição. Como aproximar os estudantes de Engenharia da área de Pesquisa? A pesquisa na área acadêmica não é um tema fácil de discutir. Nos dias correntes, a maioria dos graduandos do ensino superior estuda em universidades e faculdades privadas, que pagam impostos e taxas, como se fossem empresas comuns, enquanto os alunos das escolas oficiais nada pagam. Outros custos e a ausência de estimulos governamentais e de demanda do setor empresarial, 24
como acontece para as entidades de ensino superior dos governos, pouco têm de reserva financeira para suprir as necessidades dos projetos de pesquisas e desenvolvimento (P&D), hoje muito mais sofisticados e necessitando de laboratórios e mão-de-obra qualificada. Em qualquer comparação que se faça, em relação em países de maior sucesso, destacando-se modernamente a Coréia do Sul e a China, observase que o tratamento recebido pelas escolas, esses dois itens, isenção de impostos e taxas, além de políticas financeiras destinadas a promover as atividades de P&D, têm produzido resultados bem diferenciados em relação ao Brasil. Como exemplo, graças aos incentivos oficiais, instituídos há quase 100 anos nos Estados Unidos, a Universidade de Stanford, da California, coletou como doações e auxílios diversos do setor privado, cerca de US$ 2 bilhões em 2012. E isso tem se repetido em todos os anos e, como divulgado pelos dirigentes, com tendências a crescer. Quase todos esses recursos são voltados para as atividades de P&D resultando num acervo importante para a melhoria dos currículos escolares e dos processos de ensino, estimulando por consequência os próprios estudantes.
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Fotos: Fábio Ortolan.
SME
MEDALHA LUCAS LOPES
SME outorga Medalha Lucas Lopes a Fernando Henrique Schüffner Neto mpresários e profissionais do setor de Engenharia e autoridades se reuniram no último dia 11 de junho, no auditório da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) para a solenidade de entrega da Medalha Lucas Lopes, honraria instituída pela Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) em 1995 para homenagear os engenheiros que têm atuação de destaque no segmento de Energia. Neste ano, o agraciado foi o engenheiro eletricista e diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cemig, Fernando Henrique Schüffner Neto.
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O presidente da SME, Ailton Ricaldoni Lobo, destacou a importância da Cemig como referência global na área de energia e o empenho e competência do homenageado na direção da empresa. “Na sua trajetória profissional, como engenheiro e dirigente, as qualidades humanas e técnicas e o desempenho, sem reparos, que contribuíram para colocar a Cemig no posto em se encontra hoje: um dos mais sólidos e importantes grupos do segmento de energia do Brasil. Portanto, a outorga da Medalha Lucas Lopes ao engenheiro eletricista, Fernando Henrique Schüffner, cuja trajetória brilhante
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merece o reconhecimento da comunidade mineira, é mais do que justa”. O agraciado recebeu o diploma das mãos do chanceler da Medalha, Flávio Marques Lisbôa Campos, que reafirmou a trajetória invejável desse mineiro do Vale do Mucuri, nascido na zona rural de Teófilo Otoni, cidade que ficou conhecida como a Capital das Pedras Preciosas, ou melhor, dizendo, das pedras e das pessoas preciosas, como dizem orgulhosamente os seus cidadãos. Em seu discurso, ele enfatizou a primorosa preparação acadêmica e profissional do homenageado, hoje um dos executivos de destaque da Cemig. Na mesma linha, o presidente da Cemig, Djalma Morais, disse a dedicação e competência de Fernando Schüffner à frente da empresa que, por mais um ano, foi parceira da SME para a realização da solenidade. “Receber a condecoração da Medalha Lucas Lopes é muito importante para qualquer engenheiro, especialmente, para os profissionais da Cemig, uma vez que ele deu início a essa concessionária. Além disso, a Sociedade Mineira de Engenheiros é uma das maiores entidades de classe e muito importante para a categoria, uma vez que ela
tem papel fundamental na formação profissional, implementação das políticas de desenvolvimento e focada no desenvolvimento integral dos seus membros”. Em seu discurso de agradecimento, o engenheiro eletricista Fernando Henrique Schüffner Neto, emocionado, disse que sua carreira na Cemig se deve à contribuição de diversas pessoas que o ajudaram e fez agradecimento especial ao ex-deputado federal Aécio Cunha, já falecido. Observou ainda que o fato de ser natural do Vale do Mucuri e ter desempenhado quase que integralmente sua carreira na Cemig guarda uma relação especial. “Teófilo Otoni é para mim, como a nascente, de onde brotam as águas ainda cristalinas e puras, e a Cemig, o porto seguro para onde elas se encaminham”. O engenheiro disse, ainda, que “é uma grande felicidade receber a condecoração que tem como patrono o engenheiro Lucas Lopes, que deu início a essa corporação à qual tenho orgulho de pertencer e a honra de dirigir, com a missão de participar diretamente da expansão e ampliação de suas atividades no Brasil e também no exterior”, concluiu.
Fotos: Fábio Ortolan.
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Solenidade no auditório da CEMIG mais de 400 convidados
Flávio Campos, chanceler da Medalha, entrega diploma a Fernando Schüffner
Fernando Schüffner recebe a medalha das mãos do presidente da SME, Ailton Ricaldoni
opes er Neto João Camilo Penna, Ailton Ricaldoni, Olavo Machado e José Ciro
Ana Elisa, Ailton Ricaldoni, Gilman Viana e Flávio Campos
José da Costa, Olavo Machado e Ailton Ricaldoni
Patrocínio
Fernando Schüffner, Fábio Tito, José da Costa e Francisco Soares
Fernando Schüffner e presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho
Edson Pereira, Idalmo Sales, Fernando Schüffner e Ricardo Rocha
Apoio
Deputado Gustavo Correa, Fernando e Luciana Schüffner (esposa) e Ricardo Veloso
Ênio Brandão, João Alberto, Fernando Schüffner e José Melhim Gatas
Realização
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José Ciro, Ailton Ricaldoni, José Luiz Nobre, Fernando Schüffner, João Márcio Siqueira e José Melhim Gatas
Flávio Neiva, José Ciro, Otávio Werneck e Francisco Soares
Fernando Schüffner e Guy Villela
Sylvio (pai), Diva (mãe), Fernando Schüffner e Telma Soraya Rocha
Homenageado e familiares na cerimônia de entrega da Medalha Lucas Lopes
Heloisa Paiva, Ana Elisa Lobo, José da Costa, Sônia Lemos Ferreira, Márcia Tito e Maria Eugênia Araújo.
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Gilman Viana, Olavo Machado, Carlos Eloy, Fernando Schüffner e Levindo Coelho
Henrique, Fernando, Luciana e João Vitor ( família Schüffner )
Angela Alvarenga, Fernando e Luciana Schüffner e Carlos Eloy
Fotos: Fábio Ortolan.
HOMENAGEM | MEDALHA LUCAS LOPES
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REPERCUSSÕES
Gil Leonardi
“É inequívoco afirmar que, para a Cemig possuir o expressivo histórico, foi fundamental a competência do visionário dirigente Lucas Lopes e, no decorrer de mais de seis décadas de existência fez-se necessária a atuação de profissionais de altíssimo nível, como a do engenheiro Fernando Henrique Shüffner Neto. Fernando Shüffner é merecedor dessa honrosa homenagem, pois sua trajetória é marcada por muita luta, compromisso, profissionalismo, competência técnica e, sobretudo, pela valorosa contribuição no desenvolvimento de importantes ações para o fortalecimento dessa empresa que é um orgulho para Minas Gerais.
Danilo de Castro, secretário de Estado de Governo de Minas
Olavo Machado Jr., Presidente do Sistema Fiemg
Em nome do Governo de Minas cumprimento os membros do Conselho da Medalha Lucas Lopes pela feliz escolha do nome de Fernando Shüffner, e à diretoria da Sociedade Mineira de Engenheiros pelo permanente trabalho de valorização do profissional da Engenharia”.
“A entrega da Medalha Lucas Lopes pela Sociedade Mineira de Engenheiros tem muitos significados – todos relevantes para Minas Gerais. Em primeiro lugar, nos propicia revisitar a vida e a notável obra de Lucas Lopes, nos permite comemorar o aniversário da CEMIG e nos dá a oportunidade para homenagear a engenharia e os engenheiros mineiros como fez este ano ao outorgar a Medalha Lucas Lopes ao engenheiro Fernando Henrique Schüffner.
“A Medalha Lucas Lopes homenageia aqueles que buscam a excelência em engenharia.Esse é um dos valores da Mendes Júnior e um dos motivos pelo qual a empresa apoia essa importante iniciativa da SME.
Victório Duque Semionato, vice-presidente de Engenharia da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A.
O engenheiro Fernando Henrique Schüffner Neto, agraciado este ano,tem em sua trajetória profissional a prática desse valor.”
“A Medalha Lucas Lopes reconhece a importância dos engenheiros para o desenvolvimento do Brasil especialmente para a construção da indústria de energia do País, uma das mais limpas e eficazes do mundo. A singular capacidade técnica e científica da Engenharia transcende o campo técnico e tem gerado soluções que revolucionaram a sociedade moderna e transformaram o Brasil em um País melhor.
Diretor-Presidente da Renova Energia, Mathias Becker
É uma honra para a Renova Energia contribuir pelo segundo ano consecutivo com a realização da Medalha Lucas Lopes, que premiou em 2013, por sua brilhante trajetória, o engenheiro Fernando Henrique Schüffner Neto, o qual a empresa tem o privilégio de ter como conselheiro. Somos testemunhas em primeira mão do impacto positivo da visão e a da capacidade excepcionais deste profissional para o progresso da sociedade brasileira.”
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MESTRES DA ENGENHARIA | EDSON DURÃO JÚDICE
Com competência e interesse, ele ascendeu na carreira docente Depois de 65 anos de docência na Universidade Federal de Minas Gerais e na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) o professor Edson Durão Júdice, 88 anos, chamado de mestre por seus pares e ex-alunos, decidiu aposentar-se definitivamente. Há mais de 10 anos ele prolongava a sua permanência na instituição, onde também deu aulas para os cursos de Arquitetura e Economia.
A docência chamou um ano antes da formatura, quando foi convidado para dar aulas de Matemática em um cursinho pré-vestibular. Na época, ele conhecia o programa e, por gostar da matéria, aceitou o desafio. Com o tempo, viu que a “aventura” deu certo porque os alunos estavam aprendendo o conteúdo e, o que é melhor, passaram a gostar da matéria.
“Creio que já tenho o direito de descansar um pouco nesse tempo que ainda me resta. Por isso preferi encerrar meu contrato de trabalho. Só o fato de não ter que me deslocar de casa para a universidade, várias vezes por semana, no atual trânsito infernal das nossas ruas, já é uma ótima vantagem. Além disso, disponho de muito tempo para ler, estudar, escrever, ouvir música, enfim, viver agradavelmente. Estou gostando de tudo isso e até agora não me arrependi”, justifica-se.
Depois, passou para o ensino médio no Colégio Marconi. Lá, ensinou Física e Matemática para os alunos do terceiro ano. Uma vez graduado, não podia dar aulas para o ensino secundário oficial porque não cursava nenhuma licenciatura e também não conseguiu ser contratado como professor assistente na Escola de Engenharia porque não havia recursos disponíveis.
Na verdade, a história do mestre Edson Durão Júdice começou na Escola de Engenharia da Universidade de Minas Gerais (hoje UFMG), ao receber o Prêmio Artur Guimarães (medalha de ouro), como o melhor aluno da turma de Engenharia Civil de 1948. 32
Assim, dedicou-se à Engenharia e foi trabalhar na antiga Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, como engenheiro do Departamento de Mineração e Sinterização na usina de João Monlevade. No final de 1949, aconteceu a federalização da UMG e foram abertas vagas para professores. Ele foi lembrado pelo então diretor da Escola de Engenharia, Mário
Werneck, que o convidou para ser professor assistente junto à cátedra de Geometria Analítica e Projetiva, regida pelo também mestre, Christovam Colombo dos Santos. Essa relação duraria 12 anos. “Além de muita Geometria, aprendi preciosas lições de vida”, lembra. Em 1950 ele alternou-se entre Belo Horizonte João Monlevade, onde preparou o substituto para sua vaga. De volta a capital em caráter definitivo, o engenheiro foi convidado pelo professor Ivon Leite de Magalhães Pinto, para ser professor assistente na Faculdade de Ciências Econômicas, nas cadeiras de Matemática do curso de Economia. Pela competência e interesse, ele ascendeu na carreira e chegou a professor catedrático de Geometria Analítica e Projetiva, em 1962. Ele foi, também, o primeiro chefe do Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas da UFMG (ICEX-UFMG). Júdice entrou na PUC Minas em 1966, onde lecionou diversas disciplinas de Matemática nos cursos de Engenharia, Economia e Arquitetura. Na instituição, ele foi diretor do IPUC e também chefiou os departamentos de Ciências Básicas e de
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É maravilhoso poder ver pessoas que conheci em minhas aulas, ainda jovens, transformadas em notáveis professores, importantes empresários, dignos políticos, ótimos reitores e até ministros de Estado.
Engenharia Civil. Durante alguns anos, o professor prestou serviço para a Fundação Dom Cabral, no curso de Engenharia Econômica. Nesse período, foi, por dois mandatos, membro do Conselho Curador da instituição. Entre 1969 e 1975, ele foi conselheiro do CREA-MG, como representante do IPUC-PUC Minas. Nesse período, presidiu, por dois anos, a Câmara de Engenharia Civil da entidade. Com um currículo extenso, o engenheiro tornou-se um dos mais renomados professores mineiros e formou gerações de profissionais que estão no mercado construindo o futuro do Brasil. “Quando ensino matemática gosto de mostrar aos alunos, com clareza, os raciocínios que conduzem o pensamento desde as hipóteses até as con-
clusões (teses). Procuro chamar a atenção deles para a beleza e se for o caso, a simplicidade dessas construções do espírito. E também muito me agrada, quando acho que o assunto merece mais comentários, trazer para os alunos um pouco da história das teorias matemáticas e de seus criadores”, destaca. A gaveta cheia de medalhas, entre elas a de professor emérito do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, as homenagens recebidas por diversas turmas de formandos como paraninfo ou patrono e o sucesso dos ex-alunos são, lado a lado com a oportunidade de ensinar, as boas lembranças da docência. Ele também guarda com carinho a viagem que fez a Europa com a turma de 1958 e as outras tantas, pelo Brasil, com outras classes. “É maravilhoso poder ver pessoas que conheci em minhas
aulas, ainda jovens, transformadas em notáveis professores, importantes empresários, dignos políticos, ótimos reitores e até ministros de Estado”, relembra. O semblante tranquilo do professor Edson Durão Júdice é a prova de que ele ensinou de acordo com virtude, justiça e bondade que aprendeu com os pais, Herculano Júdice e Castorina Durão Júdice. “O meu sentimentos é de dever cumprido apoiado em outro, ainda mais profundo, de gratidão a Deus e às pessoas que me permitiram cumpri-lo. Eu agradeço aos familiares, mestres e amigos que tive a sorte de ter na vida”, enfatiza. Em casa, ele recebe o apoio e os cuidados da mulher, Maria Helena, e as filhas Maria Laura, Valéria Maria, Cynthia, Maria Alice e Érica. 33
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Desafios do Brasil para a retomada do crescimento
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I
A expectativa para o próximo exercício também não é tão das melhores. Embora 2014 seja o ano da Copa do Mundo, o percentual de crescimento do PIB também foi reduzido de 4% para 3,2%. Para os economistas da instituição, entre causas domésticas e externas, as restrições de oferta – leiase eternos gargalos de infraestrutura e a falta de mão de obra qualificada - têm sido os principais fatores que impedem que o país retome o desempenho positivo da década anterior. Esse tipo de previsão sempre
provoca uma reação de alarme do mercado e, sobretudo muitas perguntas. Para responder apenas a uma delas, o Brasil não é o único país emergente a experimentar um processo de desaceleração econômica, ainda conforme o FMI. Os BRICS terão uma performance menos brilhante no período. Mas o Brasil foi o membro do grupo que teve um corte mais vigoroso em suas previsões de crescimento. Segundo o doutor em Economia e coordenador do curso de graduação no Ibmec-MG, Reginaldo Nogueira, a situação nacional é complicada graças a erros cometidos pelo governo nos dois últimos anos. “O governo permitiu que a inflação subisse muito, aumentou o gasto público e perdeu a credibilidade junto à população”, enumera. A solução seriam as reformas estruturais tão aguardadas pela população e pela classe empresarial. E o Brasil teve tempo e condição para fazêlas, o que não aconteceu. “Ti-
vemos um período do governo Lula que foi muito favorável para o país, principalmente porque o preço das commodities aumentou muito. Foi isso que possibilitou o aumento da renda e a expansão da economia via consumo e controle do desemprego. O país deveria ter feito as reformas estruturais mas não fez. O que sobrou de tudo isso é a ressaca econômica que estamos experimentando agora”, explica. A “bonança” passou – essa é a verdade – mas ao que tudo indica a sociedade só está percebendo os efeitos da maré de estagnação econômica agora, depois de três anos. Entre os sinais do mercado está o retorno da inflação. O governo também não deu conta de controlar os gastos da máquina pública e, com a proximidade do ano eleitoral, em 2014, a possibilidade de modificar o cenário político e econômico está cada vez mais longe de se converter em realidade.
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ndependente do setor de atuação, os empresários são unânimes em afirmar que o segundo semestre é sempre melhor que o primeiro para os negócios. No entanto, as perspectivas para 2013 não são tão positivas para o Brasil. Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo o índice de crescimento do Produto Interno bruto (PIB) de 3% para 2.5%.
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O país deveria ter feito as reformas estruturais mas não fez. O que sobrou de tudo isso é a ressaca econômica que estamos experimentando agora.
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Professor do IBMEC-MG, Reginaldo Nogueira
Além do famoso Custo-Brasil, a carga tributária correspondente a 35% do PIB – considerada um disparate para países com renda per capita de US$ 12 mil - é uma eterna reivindicação dos empresários. Para o professor, essa reforma não entra em debate porque o nível de endividamento do governo é muito alto. Por outro lado, reduzir o número de impostos, a carga total e simplificar o pagamento são medidas que colocarão em xeque o governo federal. “Não dá para simplificar o sistema tributário sem cortar gastos. Por isso o governo tem se especializado em fazer gambiarras, com desonerações pontuais de alguns setores por um tempo determinado”, alerta. A reforma política é outra que, nem com a população na rua,
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deve se tornar realidade nos próximos meses. Tudo porque os atuais representantes do povo não correrão o risco de derrubar um sistema no qual são “vencedores” para implementar outro no qual podem não se reeleger, como enfatiza Nogueira. A reforma administrativa também não deve acontecer tão cedo. Reduzir cargos comissionados na gestão pública e aumentar o número de funcionários concursados esbarra em diversos interesses políticos. Atualmente, o Brasil tem 39 ministérios. O desafio nacional do momento é controlar a inflação, o que requer medidas de controle monetário, ou seja, juros mais altos. A recomendação do FMI repete a dos economistas brasileiros. Só que, nessa altura do campeonato,
o governo não tem recursos e nem condição gerencial para fazer nada, como avalia o professor. A saída para o governo federal tem sido a parceria com a iniciativa privada, para as PPPs, principalmente para as obras de infraestrutura. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que as condições de financiamento definidas para as concessões de rodovias devem aumentar o interesse do setor privado. Editais referentes às BR 050, entre Goiás e Minas Gerais, e BR 262, entre o Espírito Santo e Minas Gerais já foram divulgados e o leilão pode ser realizado já na segunda quinzena de setembro. Os vencedores serão os consórcios ou companhias que oferecerem o menor valor para o pedágio. Os projetos devem ser concluídos em cinco anos. A taxa de retorno dos projetos será de 7,2%.
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É preciso melhorar a eficiência da gestão e o planejamento a longo prazo. No entanto, ainda esbarramos na baixa competitividade do país, um problema que não se resolve tão rápido.
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Luiz Fernando Pires, presidente do Sinduscon-MG
Mas ainda faltam soluções para os outros modais brasileiros. A MP dos Portos, sancionada no início de julho com 13 vetos pela presidente Dilma Roussef, estabelece novo marco regulatório para o setor. Um dos pontos do texto aprovado pelo Congresso e vetado pela presidente foi o que estabelecia prorrogação automática por mais 25 anos dos novos contratos de concessão e arrendamento de terminais em portos públicos. O dispositivo garantia aos concessionários, no total, 50 anos de concessão, desde que eles promovessem investimentos para modernizar e expandir a instalação portuária. Mas ainda faltam soluções para os portos secos e para os aeroportos que, lotados, oferecem um serviço de baixa qualidade aos usuários. Isso um ano antes da Copa do Mundo de 2014.
Atrair investidores tem sido complicado. De acordo com Nogueira, ao travar a margem de lucro, o governo federal inibe a aproximação dos recursos tão necessários. “Quem determina a margem de lucro é o mercado que terá que avaliar o risco que o governo representa”, afirma. Com isso os projetos de infraestrutura estão praticamente parados, embora a demanda por obras de engenharia pesada estejam na ordem do dia. O professor enfatiza que o que tem inviabilizado a parceria entre os setores público e privado pode ser reduzida em duas palavras: incompetência e ideologia. “Não se consegue licitar uma obra com a devida agilidade. A licença ambiental é um exemplo da morosidade do sistema”, exemplifica. A Engenharia é parte integrante do processo de desenvolvimento econômico nacional e a atividade, em todas as suas áreas de atuação,
tem grandes expectativas em relação ao desempenho da economia nacional. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Minas Gerais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires, afirma que o setor está com desempenho positivo, apesar da redução do ritmo de crescimento da economia. “A velocidade das vendas caiu e o mercado está mais acomodado. Isso era algo esperado”, ressalta. A retomada do crescimento econômico nacional, de acordo com o dirigente, depende da atuação do governo federal. “O país não está fazendo o dever de casa para atingir um patamar de crescimento constante. É preciso melhorar a eficiência da gestão e o planejamento a longo prazo. No entanto, ainda esbarramos na baixa competitividade do país, um problema que não se resolve tão rápido”, alerta.
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O segmento imobiliário está com desempenho positivo, acompanhando a inflação do período.
Presidente da CMI/Secovi-MG, Evandro Negrão de Lima Júnior
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Ainda há muitas construções em curso, o que mantém a empregabilidade do setor em alta. Mas o desafio das empresas, nesse cenário, é investir na melhoria de processos para reduzir os custos e incrementar a produtividade.
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Marlon Finelli
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A venda de imóveis deve continuar aquecida, assim como o segmento de locação cujos resultados dependem da taxa de juros praticada. Para o dirigente, enquanto esse percentual cair, os contratos de locação serão bons negócios.
O ramo imobiliário também não enxergou a estagnação de crescimento, segundo o presidente da CMI Secovi-MG, Evandro Negrão de Lima Jr. “O segmento está com desempenho positivo, acompanhando a inflação do período”, destaca. No entanto, o sentimento de euforia foi substituído por cautela para selecionar os investimentos, o que revela o amadurecimento dos empresários.
O setor de distribuição e comércio de combustíveis vai bem, obrigada. O país que ocupa quarta posição mundial entre os mercados de veículos do mundo tem que manter abastecido. Membro do Conselho de Administração da ALE, Nelson Luis Salles de Moraes, afirma que o desempenho da companhia, no primeiro semestre deste ano foi positivo, com crescimento acima da inflação do período.
“Historicamente, o segundo semestre é melhor que o primeiro e será assim neste ano”, garante. O dirigente reconhece que o setor deve continuar trabalhando para promover o equilíbrio entre oferta e demanda, principalmente nos empreendimentos direcionados para as classes populares.
A confiança no mercado foi revertida em R$ 150 milhões em investimentos em novos postos e melhorias da infraestrutura para ganhar a preferência do consumidor. “O varejo está em situação privilegiada. O nosso negócio, assim como os supermercados, vai muito bem porque são gastos obrigatórios”, ressalta.
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O varejo está em situação privilegiada. O nosso negócio, assim como os supermercados, vai muito bem porque são gastos obrigatórios.
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Até maio deste ano, foram comercializados 1,4 milhão de veículos, 8,8% acima do volume do período correspondente no ano anterior. Com essa marca, o país ficou na frente de Alemanha, Índia e Rússia, países que registram, em 2013, queda nos emplacamentos e atrás da China, Estados Unidos e Japão. Os dados são de um levantamento da consultoria Jato Dynamics, com base nas vendas globais de carros. No mercado nacional, o ritmo das vendas de carros novos caiu em julho para o nível mais baixo em quatro meses. O mercado, que vinha girando uma média superior a 15 mil unidades no mês passado, voltou a ficar abaixo de 14 mil automóveis e utilitários leves por dia útil, mostram dados preliminares de julho. O volume também é inferior à média diária registrada entre abril e maio, ao redor de 14,4 mil carros.
Nelson Luis Salles de Moraes, membro do Conselho de Administração da ALE
Wagner Diló
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A carta mensal da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), relativa ao mês de junho deste ano aponta para que o licenciamento dos 318.619 veículos novos, naquele período, foi 9,8% menor que no mesmo mês de 2012. No acumulado entre janeiro e junho, o aumento foi de 4,8%, com 1.799.064 neste exercício, ante os 1.716.916 do mesmo intervalo do ano anterior. A Fiat foi a montadora com maior representatividade nas vendas, com 49.274 veículos. Embora o resultado do acumulado entre janeiro e junho e 2013 seja de 5.1% de crescimento, as vendas caíram 9,3% em relação a maio e 22,4% no comparativo com junho de 2012. Seguem a Volkswagen com 48.408 veículos novos emplacados, 9% a mais que no mês anterior e a General Motors, com 45.908 e 5% a mais de vendas que em maio deste ano. No acumulado entre janeiro e junho, a queda foi de 22,4%.
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LEGADO SME – RODRIGO OCTÁVIO COUTINHO FILHO
Herança de pai para filho e muito trabalho pela SME Engenheiro civil e de segurança do trabalho, formado em 1975 pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas, Rodrigo Octávio Coutinho Filho conheceu a Sociedade Mineira de Engenheiros por meio do seu pai que, também engenheiro civil da turma de 1948, foi sócio ativo da entidade tendo, inclusive, participado de diversas gestões como membro da diretoria. O ingresso na SME foi natural. O engenheiro seguiu os passos do pai e, nas gestões de Otávio Marques de Azevedo e Flávio Marques Lisbôa Campos, ele foi eleito diretor e vice-presidente, respectivamente. A presidência foi o passo seguinte, para o período de 1993 a 1995. “Minha passagem pela presidência da SME foi muito ativa e produtiva, pois tanto a diretoria, como os conselhos e as comissões técnicas colaboraram muito para o desenvolvimento das várias atividades da nossa gestão”, ressalta. Entre os temas que foram debatidos pela entidade em seminários nacionais e internacionais realiza-
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dos naquele triênio estão o Plano 2015 da Eletrobras, a Inforuso 93, Gasoduto Brasil-Bolívia e transposição do Rio São Francisco, corrosão na engenharia sanitária e ambiental, siderurgia – privatização e desenvolvimento na América do Sul. O Prêmio SME de Ciência e Tecnologia e, ainda, a Medalha Lucas Lopes, foram duas atividades criadas também durante a gestão de Rodrigo Coutinho que permanecem até os dias de hoje, com enorme interesse e participação dos engenheiros e estudantes mineiros. A SME sempre foi um espaço para o debate. O Encontro Cauê, projeto realizado por meio de parceria com o Grupo Cauê trouxe a Belo Horizonte personalidades como Hélio Jaguaribe e o tributarista Ives Gandra. Foi nessa gestão, também, que o edifício sede foi reformado, para a introdução das alterações na distribuição das áreas internas para permitir a criação do “Espaço Cultural SME”. Para se aproximar ainda mais dos
engenheiros mineiros, a SME também promoveu diversas visitas técnicas. Entre elas Coutinho destaca a viagem aos Projetos Urucu a Amazônia, ao Cempese e às plataformas de petróleo, no Rio de Janeiro, com a Petrobras. O projeto Carajás, da então Companhia Vale do Rio Doce, hoje Vale, também foi uma das experiências que auxiliaram os engenheiros mineiros a se qualificarem cada vez mais. “Um momento inesquecível da nossa gestão foi quando, pela primeira vez na história da SME, o primeiro presidente da República engenheiro, Itamar Augusto Cautiero Franco, visitou a sede da Rua Timbiras para a inauguração da mostra “Trajetória da Engenharia no Estado de Minas Gerais e a presença da SME”, que coincidiu com a entrega do prédio, após a reforma. Na época, Itamar Franco recebeu a maior comenda do Estado, das mãos do governador Hélio Garcia e, também, o título de Engenheiro do Ano, em festa preparada pela SME.
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Minha passagem pela presidência da SME foi muito ativa e produtiva, pois tanto a diretoria, como os conselhos e as comissões técnicas colaboraram muito para o desenvolvimento dasvárias atividades da nossa gestão.
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Rodrigo Octávio Coutinho Filho
Para Coutinho, a experiência como presidente da entidade possibilitou a ele conhecer uma entidade única em seu formato e atuação e, ainda, ampliar o círculo de amizades e principalmente o conhecimento profissional. “A SME não é uma entidade empresarial, nem laboral, nem empresa pública ou privada. É uma entidade política e apartidária”, define. Para o engenheiro, a colaboração espontânea dos profissionais da Engenharia e Arquitetura de diversos segmentos de atuação é outro diferencial. Há, ainda, pequenos e grandes empresários, funcionários públicos de diversas esferas, profissionais liberais e políticos, o que permite manter um
clima acolhedor para um debate amplo sobre temas de interesse dos profissionais da classe. “Dessa forma todos os assuntos tratados têm grande vantagem de ter a colaboração de diversas opiniões e tendências de todos os segmentos, o que traz credibilidade e independência que marcam a tradição da SME”, enfatiza. Atualmente, o engenheiro compõe o conselho da entidade e acompanha de perto todas as atividades desenvolvidas pela atual diretoria. “O meu interesse hoje, e, acredito eu, o interesse de todos que circulam em volta da SME é colaborar para que nosso país seja cada vez mais próspero
e desenvolvido em todas as áreas pois a Engenharia e, consequentemente os engenheiros, só existem em ambientes em desenvolvimento”, analisa. Coutinho defende a alternância de diretores. “Gente nova, sangue novo e novas ideias são sempre importantes”, afirma. Para ele, o trabalho realizado pela atual diretoria está maravilhoso, principalmente no cenário de dificuldades em que a entidade estava. A sede foi recuperada e deve passar por uma restauração para que os engenheiros mineiros possam voltar às origens e a diversidade de programas desenvolvidos pela atual diretoria.
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Metrô leve: uma alternativa de transporte nos grandes centros A má qualidade do transporte coletivo brasileiro foi um dos estopins para a onda de manifestações que têm levado milhares de pessoas para as ruas desde junho deste ano. Juntamente com saúde e educação de boa qualidade, essa é uma reivindicação tradicional da população das grandes cidades. Com o aumento da frota de veículos automotores nas ruas, o transporte coletivo teve a sua situação agravada, comprometendo não apenas a qualidade de vida dos usuários do serviço, mas da população em geral. Soma-se a isso o preço alto das tarifas, o péssimo estado de conservação dos ônibus usados em algumas regiões e, ainda, a falta de transparência em relação à planilha de custos do serviço.
Basta um diagnóstico técnico da estrutura de tráfego de Belo Horizonte para fortalecer a opção metrô leve. As vias urbanas coletoras e arteriais ficam congestionadas nos horários de pico. Da mesma forma, o transporte por ônibus tem se mostrado insuficiente para atender a todos nesses períodos de maior movimento e o espaço no chão tem se mostrado cada vez mais restrito em comparação com o número crescente de veículos em circulação (leia-se ônibus, carros, motos e caminhões). Outro fator que conta pontos a favor desse modal é que obras viárias de grande porte – como é o caso do metrô subterrâneo - têm seu custo aumentado drasticamente devido aos valores pagos às áreas desapropriadas. Em alguns casos, esses recursos podem até inviabilizar o projeto.
O metrô leve, metrô suspenso ou monotrail volta a ganhar espaço na discussão sobre as alternativas para melhorar a qualidade do transporte coletivo em Belo Horizonte.Tratase de um modal competitivo, inteligente e viável que pode ser implantado nos principais corredores de tráfego da cidade como as avenidas Amazonas e Cristiano Machado. Nesse último caso, o sistema passaria pela Cidade Administrativa até o Aeroporto Internacional Presidente Tancredo Neves (Confins).
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O prazo para execução do projeto também deve ser observado. A implantação de cada quilômetro da linha demanda um ano de trabalho. No caso do metrô subterrâneo, esse prazo sobre sobe para quatro anos.O sistema de transporte elevado sobre um trilho que pode ser metálico ou em concreto armado ou, ainda, incluir o uso de rodas metálicas, com pneus de borracha ou levitação magnética.
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Por usar peças pré-moldadas, apresenta conflitos reduzidos em relação à circulação de veículos, pedestres e atividades do entorno que não são comprometidos. As dimensões dos pilares e vigas e os grandes vãos previstos permitem um tratamento da paisagem do entorno, possibilitando assim o cultivo de áreas verdes arborizadas e espaços adequados aos pedestres.
um sistema do gênero fosse implementado previamente. Acho que o monotrilho, inclusive, poderia fazer a ligação com o Aeroporto de Confins”, sugere.
Com a flexibilidade oferecida, as estações podem ser acomodadas nos canteiros centrais das avenidas existentes ao longo do traçado, exigindo pequenas desapropriações para a execução dos acessos, que contarão com escadas rolantes fixas e elevadores, garantindo assim a acessibilidade aos usuários.
O dirigente lembrou que em grandes cidades da Europa, como Paris, o metrô subterrâneo tem trechos com trilho suspenso. “Apoio a SME nesse movimento de reivindicar que o governo faça as obras de infraestrutura necessárias para melhorar a qualidade de vida da população e a produtividade”, ressalta.
Já o sistema BRT, em processo de implantação na capital mineira, conduz 160 pessoas. Outro ganho é a qualidade de vida da população, já que o sistema, por ser movido à energia elétrica, praticamente extingue as poluições sonora e atmosférica. Em relação ao metrô subterrâneo, um sonho que a capital mineira tenta realizar desde 1981, o metrô leve tem preço mais competitivo. O modal pode ser usado, também, para fazer a ligação com as cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como Contagem e Betim, conforme previa o projeto inicial do sistema. A Via Expressa seria outro corredor que poderia receber a estrutura, com trilhos suspensos com cerca de 15 metros do chão, nas duas vias. Apenas na velocidade, os dois trens têm característica similar, já que ambos atingem a velocidade de 80 km/hora. Entre os apoiadores do metrô leve está o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Minas Gerais (Sinduscon-MG), Luiz Fernando Pires, que afirma que essa é a melhor solução para o transporte coletivo de passageiros no momento. “Impressionante como o governo do Estado iniciou as atividades da Cidade Administrativa sem que
Outro entusiasta do metrô leve é o presidente da ACMinas, Roberto Fagundes. “Acredito que o BRT, atualmente em implantação em Belo Horizonte, é uma solução de caráter apenas paliativo, sendo inadequado para atender tanto à demanda atual quanto a projetada. Além disso, sozinho, é incapaz de oferecer serviços com suficiente qualidade para convencer os motoristas a deixarem seus carros em casa – o que, a rigor, é a única maneira de atenuar o caos do trânsito da capital, já que a execução das obras viárias necessárias para eliminar todos os gargalos existentes parece inviável”, enfatiza.
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O prazo de execução do projeto também deve ser analisado. O metrô leve também tem inúmeras vantagens sobre o sistema de ônibus coletivos. Uma delas é a capacidade de transporte. Enquanto uma composição com quatro vagões leva entre 300 e 550 pessoas por viagem.
Ele acredita, também, que a melhor solução está na combinação do metrô (o nosso, diga-se de passagem, não teve concluída nem a metade das linhas previstas no projeto original e sua execução se arrasta há quase trinta anos) com o monotrilho, modal extremamente interessante, seja por seu custo comparativo, seja pelo fato de, ao trafegar em estruturas suspensas, não interferir no uso das vias terrestres normais, o que evita a necessidade de desapropriações. “Além disso, Belo Horizonte dispõe de muitas avenidas largas, sobre as quais podem ser erguidas as estruturas, e isto favorece a adoção desse sistema está sendo implantado em São Paulo”, avalia.
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TRANSPORTE | MOBILIDADE EM BH
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico apresentou, recentemente, à Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), uma proposta para implementar o metrô leve do centro da capital ao aeroporto Tancredo Neves, em Confins, na RMBH. O subsecretário de investimentos estratégicos, Luiz Athayde, explica que a proposta depende de decisões políticas. "Temos estudos que podem utilizar o monotrilho ou o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Falta uma articulação com os municípios envolvidos", disse. O primeiro passo é as prefeituras de Vespasiano, São José da Lapa, Confins, Lagoa Santa e Santa Luzia manifestarem interesse. Ainda não há custos nem datas. O sistema de transporte elevado sobre um trilho que pode ser metálico ou em concreto armado ou, ainda, incluir o uso de rodas metálicas, com pneus de borracha ou levitação magnética. Por usar peças pré-moldadas, apresenta conflitos reduzidos em relação à circulação de veículos, pedestres e atividades do entorno que não são comprometidos. As dimensões dos pilares e vigas e os grandes vãos previstos permitem um tratamento da paisagem do entorno, possibilitando assim o cultivo de áreas verdes arborizadas e espaços adequados aos pedestres. Com a flexibilidade oferecida, as estações podem ser acomodadas nos canteiros centrais das avenidas existentes ao longo do traçado, exigindo pequenas desapropriações para a execução dos acessos, que contarão com escadas rolantes fixas e elevadores, garantindo assim a acessibilidade aos usuários.
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O vereador de Belo Horizonte, Tarcísio Caixeta (PTMG), disse que fez parte do grupo de vereadores da capital mineira que esteve em São Paulo para conhecer o monotrilho.“Pudemos verificar de perto as qualidades desse sistema. A meu ver, é uma alternativa que deve ser implantada, especialmente se considerarmos o tempo necessário, que é curto, e o fato de seu custo ser inferior ao de outros meios de transporte. Por outro lado, é necessário ter em conta que o monotrilho deve existir de forma integrada a outros modais (ônibus, metrô, BRT etc.), para que o sistema como um todo seja eficiente”, analisa. O metrô leve já existe em megalópoles como Nova Iorque, Cingapura e São Paulo, entre outras.”Acredito que em uma cidade como Belo Horizonte sua implantação é perfeitamente possível, integrando-o a outros modais. Fundamental é que todos participem da elaboração de uma política integrada de mobilidade urbana”, adianta o vereador que defende uma solução de transporte integrada, para atender às necessidades de deslocamento da população. Em julho último, o vice-governador do Estado, Alberto Pinto Coelho e o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB-MG) estiveram em Brasília para apresentar ao governo federal uma lista de obras consideradas prioritárias em mobilidade urbana para a RMBH. As demandas do Estado somam R$ 7,3 bilhões. O metrô leve não está na lista de projetos. Ao que tudo indica, a aposta do poder público estadual ainda é o metrô subterrâneo que receberá R$ 1 bilhão, em outubro, de acordo com a presidente Dilma Roussef, em visita a Varginha, no Sul de Minas, em agosto. O BRT também foi parte do pacote apresentado por Minas Gerais para melhorar a mobilidade.
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Desatando nós no transporte em Belo Horizonte Depois das gigantescas manifestações de rua no País, a mobilidade urbana ganha novo relevo e o carimbo de um dos maiores problemas nos grandes centros. Belo Horizonte não foge à regra. No dia a dia, congestionamentos, tráfego intenso, sistemas viário e de transportes sobrecarregados, à beira de um colapso.
As respostas do poder público, em relação ao transporte nem sempre satisfatórias, são muitas vezes, ambíguas. Não existem recursos para as intervenções ou não têm projetos ou, ainda, nem recursos nem projeto. Muitas vezes a solução dos problemas fica numa espécie de limbo, sem encontrar guarida em nenhuma esfera de governo.
Ao longo de décadas, algumas alternativas foram adotadas. Nenhuma delas capaz de responder aos desafios atuais. De bondes e trólebus aos ônibus urbanos, passando pelo metrô de superfície, retorna-se à indagação original: qual é o problema real, onde está nó górdio do transporte na capital mineira? O crescimento acelerado da cidade e os efeitos disso explicariam, no entendimento de alguns setores, os problemas atuais. Planejada para abrigar uma população de no máximo quinhentos mil pessoas, hoje, a capital mineira tem cerca de 2,4 milhões de habitantes e uma frota de 1,3 milhão de veículos. Uma realidade que não poderia ser imaginada por seus fundadores há pouco mais de 100 anos. Inúmeras análises passam pelo quesito “faltas”: de uma política consistente de transporte, de obras de engenharia de tráfego, de investimentos, de projetos exequíveis e de vontade política que perpassa todas as demais. É provável que todos tenham razão
O presidente do Conselho de Política Urbana da ACMinas, José Aparecido Ribeiro, lamenta que interesses político-partidários impeçam que haja investimentos em determinadas obras, num dado município, por divergências partidárias no comando das administrações. E completa: “não há falta de recurso, mas de visão de recursos para a cidade”. Nas últimas décadas, as soluções para as demandas decorrentes da concentração urbana e das exigências da vida moderna foram associadas à utilização do automóvel como meio de transporte
ideal para uma metrópole.A frota aumenta de maneira vertiginosa devido às facilidades de financiamentos, de isenção de impostos para fabricantes, entre outros pontos. Paralelo a isso, persiste um paradigma que precisa ser quebrado, diz Ribeiro. De que os gargalos e congestionamentos podem ser reduzidos com medidas paliativas, a exemplo da redução das pistas e aumento de passeios para pedestres. “Esse sacrifício não pode ser colocado para a população”, sentencia. A cidade saiu do perímetro da Avenida do Contorno, há décadas, e expande de forma avassaladora na região metropolitana, exigindo obras conjuntas, a exemplo do Rodoanel, um projeto elaborado há uma década pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para desafogar o trânsito na região do Bairro Belvedere, Zona Sul de Belo Horizonte. Recentemente, o governo do Estado e a prefeitura de Belo Horizonte anunciaram uma parceria para concretizar as obras do viaduto do Portal Sul, ligando a BR-356 à estrada para Nova Lima, na RMBH. A expectativa é que se concretize como sinal de mudança decisiva de mentalidade, direcionamento de investimentos e prioridade do interesse público, desatando, dessa forma, os “nós górdios” do transporte na Capital mineira.
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CERTIFICAÇÃO I CONSTRUÇÃO
Demanda por certificação de sustentabilidade aumenta na indústria da construção Reduzir o consumo de insumos básicos para controlar os custos e aumentar a produtividade/competitividade estão entre os principais desafios da indústria da construção brasileira. No entanto, a preocupação com o meio ambiente tem aumentado no mercado imobiliário, seja para empreendimentos residenciais ou comerciais. Reflexo dessa tendência é o aumento de 40% do volume de certificações que atestem o uso de melhores práticas entre janeiro e abril deste ano como é o caso do selo Leedership environmental and Energy Design (LEED), do Green BuildingCouncil Brasil (GBC Brasil), organização não governamental (ONG) que atua em parceria com entidades de classe
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e empresas para fomentar a construção sustentável e promover a certificação no país. Atualmente, o Brasil é o quarto do ranking mundial em empreendimentos que pleiteiam certificações, com mais de 105 projetos já aprovados. Segundo dados compilados, há 732 registros sendo a maioria na região Sudeste, com 428. Minas Gerais tem 16 registros e apenas 2 certificações. A demanda ainda está concentrada nos edifícios comerciais mas o mercado residencial também está assimilando essa tendência de mercado. O diretor técnico e educacional da GBC Brasil, Marcos Casado, afirma que o Brasil tem aberto espaço para as construções susten-
táveis. "Em 2012 havia uma média de 16 registros por mês em busca da certificação, ao passo que nos primeiros cinco meses de 2013 o número cresceu mais de 40%, chegando a 22 solicitações por mês".
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Marcos Casado, diretor técnico e educacional da GBC Brasil Eldorado Business Tower, em Saõ Paulo, é uma edificação certificada
Para conseguir o selo LEED, é necessário atender a critérios como eficiência energética; uso racional de água; qualidade ambiental interna; uso de materiais, tecnologias e recursos ambientalmente corretos, entre outras ações que minimizem os impactos ao meio ambiente. Dos 100 empreendimentos aprovados, três obtiveram o nível Platinum (máximo). Hoje os grandes destaques na busca pela certificação LEED são os estádios-sede da Copa do Mundo. Um total de 65% das 100 edificações são comerciais ou escritórios. Mas é interessante verificar que o custobenefício da adoção de medidas sustentáveis vem atraindo outros tipos de empreendimentos, como os residenciais. "Além dos números expressivos, o setor deve comemorar a busca pela certificação por empreendimentos dos ramos industrial, fabril, esportivo, hoteleiro, varejista e hospitalar, por exemplo. Prova disso é que o centésimo empreendimento LEED no Brasil é um centro de manutenção de uma garagem de ônibus rodoviários, fato inédito", destaca o dirigente.
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CERTIFICAÇÃO I CONSTRUÇÃO
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O investimento de empresas em tecnologias e produtos verdes, conseguimos baixar consideravelmente os custos de investimento em empreendimentos sustentáveis – que hoje é de 1% a 7% do valor da construção.
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Marcos Casado, diretor técnico e educacional da GBC Brasil
Os benefícios da adoção das medidas vão da redução de ao menos 30% no consumo de energia, de 50% no volume de água consumida, de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de 65% na geração de resíduos, além da economia operacional mínima de 8%.
edição este ano e, ainda, atuação junto a organizações governamentais e privadas para promoção de políticas públicas que possam contribuir para o fomento da construção sustentável.
"Desde a nossa fundação, trabalhamos Rochaverá Corporate Tower. em São Paulo, é certificada para promover disDe acordo com Casado, o incremento dos números cussões no setor e quebrar preconceitos. O Referegionais costuma ser proporcional à adesão ao Pro- rencial GBC Brasil Casa® para Casas Sustentáveis, grama Nacional de Educacional do GBC Brasil. Isso por exemplo, é uma das iniciativas atuais de maior reforça que o trabalho do GBC Brasil vai além da cer- apelo no setor, pois estimula a adoção da sustentabitificação de empreendimentos, passando também por lidade por residências. Além disso, com o investioutros três enfoques: educação, por meio dos cursos mento de empresas em tecnologias e produtos que já capacitaram mais de 47 mil profissionais no verdes, conseguimos baixar consideravelmente os Brasil; informação, com a divulgação de melhores prá- custos de investimento em empreendimentos susticas em eventos como a Greenbuilding Brasil - Con- tentáveis – que hoje é de 1% a 7% do valor da consferência Internacional & Expo, que terá sua 4ª e maior trução", exemplifica.
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NOVOS ENGENHEIROS | ANDRÉ LUIZ PEREIRA CORRÊA
Razão e paixão unidas para construir uma carreira de sucesso Quem diz que acertou de primeira e foi feliz desde o primeiro semestre do curso é, sem dúvida, uma exceção à regra. Graduado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade de Brasília em 2010, André Luiz Pereira Corrêa, 25 anos, iniciou os estudos e está profundamente feliz com o curso que escolheu: Engenharia Mecatrônica. Mas ele não se esquece dos momentos difíceis na sala de aula e nem dos desafios que há três anos, como profissional, enfrenta diariamente no seu dia a dia de trabalho. “As vezes parece que a carreira, a própria formação saíram dos trilhos, que a gente vai falar, mas isso é consequência do engenheiro ser umsolucionador de problemas”, explica. O resultado dos dilemas é o orgulho de poder colher frutos que tiveram origem em problemas que devem ser enfrentados e solucionados. Ao invés de robôs, o engenheiro decidiu ingressar em uma das grandes áreas de mecatrônica, a de desenvolvimento de software para sistemas embarcados, trabalhando em uma empresa que está consolidada no mercado, com foco na área de solu-
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ções em segurança da informação. “Essa me parece uma decisão natural pois foi essa a profissão na qual escolhi aprofundar meus conhecimentos, a partir de 2005, quando prestei o vestibular”, destaca. Todo esse processo começou no primeiro período da universidade, quando o então estudante apaixonou-se pela área que escolheu. O resultado é que ele trabalhou, desde então, para ser um dos melhores da sua área. No total são oito anos, dos quais três no mercado que reafirmam que a decisão pela Engenharia Mecatrônica foi e continua a ser acertada. “A decisão por me formar engenheiro foi construída com base em alguns objetivos. O primeiro era a certeza de que meu maior talento estava em trabalhar com Exatas. Eu realmente apresentava uma facilidade e uma boa capacidade de desenvolvimento em Matemática e Física. O segundo objetivo está vinculado ao fato de que sempre gostei de aplicações práticas, e esta característica me levou para a Engenharia, afastando um pouco de cursos mais teóricos, como o bacharelado em Física e Matemática, mas com cer-
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André Luiz Pereira Corrêa, 25 anos, graduado em Engenharia Mecatrônica pela Universidade de Brasília em 2010
teza isso também teve muita influência de professores e familiares que sempre me mostraram a carreira de engenheiro como uma carreira mais promissora em termos de remuneração e crescimento profissional”, ressalta André Corrêa.
Além do reconhecimento pelo seu trabalho, o engenheiro almeja oportunidades para continuar se aprimorando pois considera que, quem “trabalha duro” no que gosta e busca colocação acertada encontra o resultado merecido.
A Engenharia é uma área ampla. Nesse sentido, a Engenharia Mecatrônica foi o segmento que melhor respondeu à curiosidade do então estudante. Foi nesse curso que ele descobriu a oportunidade de trabalhar com a interface entre as duas matérias que mais gostava no ensino médio: mecânica de dispositivos e circuitos elétricos.
“Estou sempre em contato com colegas, colaboradores ou amigos e vejo que as oportunidades existem. Mas se isso representa um mercado aquecido ou em aquecimento, não saberia dizer. Poderia dizer apenas que as oportunidades estão lá e são maiores que o numero de engenheiros dispostos a se manter na área, como tenho observado”, analisa.
Além das expectativas pessoais, ele também escolheu a Engenharia pela ligação da área ao processo contínuo de desenvolvimento nacional, nas áreas de tecnologia, inovação, agregação de valor ao que é produzido no país. Como carreira, ele considera gratificante ver um projeto, produto ou solução em que trabalhou sendo usada, comercializada ou mesmo atendendo ao propósito inicial do projeto. “É uma sensação de que o meu esforço teve propósito”, afirma.
O mercado continua à procura dos melhores. André já recebeu algumas propostas de emprego, e o que mais lhe chamou a atenção dos interessados foram as experiências profissionais que ele adquiriu durante a faculdade. Além de ser um excelente estudante, ele fez dois estágios, um de seis meses e outro de oito. Os projeto de iniciação científica e os trabalhos cono freelancer também o ajudaram a ingressar no mercado com um currículo inicial. 51
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NOVOS ENGENHEIROS | ANDRÉ LUIZ PEREIRA CORRÊA
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As vezes parece que a carreira e a própria formação saíram dostrilhos, mas isso é consequência do engenheiro ser um solucionador de problemas.
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André Luiz Pereira Corrêa
Depois de formatura e de adquirir mais experiência profissional, principalmente na área de gerenciamento de projetos, ele obteve a certificação PMP, que atesta a competência do profissional. Tais diferenciais do currículo geram oportunidades de trabalho mais qualificadas. Os próximos três serão decisivos para a conclusão das etapas da formação profissional de Corrêa. Atualmente ele está no último ano de mestrado em Sistemas Mecatrônicos pela Universidade de Brasília e no penúltimo ano do curso de Bacharel em Administração de Empresas, que será base para que ele inicie um negócio próprio na área de Engenharia. “Os dois programas permitirão a ele voltar o foco a novas experiências profissionais e a traçar novas
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André já tem o concreto reconhecimento com premiações por mérito e esforço pessoal
metas de qualificação profissional, buscando sempre o aprimoramento da minha formação e a minha atualização frente à evolução da engenharia mecatrônica” enfatiza. Solteiro e sem filhos, ele gosta muito de filme, seriados da TV e de sair com amigos, principalmente se for para churrascos. “Mas acho que todo mundo que passa pela Engenharia e áreas afins fica tão envolvido com esta carreira e não se desliga completamente nem nas horas vagas. Comigo não é muito diferente. Quando tenho um tempo, pesquiso e estudo um pouco sobre as principais plataformas móveis hoje (Android e IOS), até implemento algumas coisinhas interessantes, e estou sempre lendo algum livro sobre gestão e desenvolvimento de produtos, que é parte do mestrado”, conclui.
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A Complexa Operação Energética do SIN na Transição 2012/2013
O período de chuvas, chamado período úmido, do Sudeste / Centro Oeste, tradicionalmente, ocorre entre os meses de novembro e abril, e nessa ocasião sempre há ocorrência de vertimentos nos diversos reservatórios deste subsistema, em função do atendimento ao Plano Anual de Prevenção de Cheias do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, que é um instrumento de planejamento da operação hidráulica dos aproveitamentos hidrelétricos integrantes do SIN – Sistema Interligado Nacional. Este Plano foi criado de forma a atender às restrições hidráulicas operativas, seja de vazões máximas ou de níveis máximos, visando à proteção contra inundações de determinados locais. Para tal, são definidos os volumes de espera para os reservatórios 54
Mírian Adelaide Rennó Ribeiro Costa Pinto é engenheira Mecânica formada e pós graduada pela UNIFEI
em todas as semanas operativas do período úmido, razão pela qual, o ONS, juntamente com o agente proprietário do empreendimento, determina, quando necessário, a abertura dos vertedores das usinas para efetuar o controle de níveis dos reservatórios, disponibilizando volumes vazios capazes de absorver parcelas de futuras afluências. Desta forma, na ocorrência de afluências elevadas, é possível evitar danos, com um risco
prefixado, que possam ser causados nos referidos locais sujeitos às inundações. As incertezas associadas à previsão de precipitação e vazões geram dúvidas sobre a necessidade ou não de despacho das usinas termelétricas. Mesmo após a criação das Curvas de Aversão a Risco – CAR a questão persiste, dado que as premissas nas quais essas curvas se baseiam podem
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ARTIGO | ENERGIA
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Fica demonstrado que a decisão pela geração termelétrica total disponível, mesmo fora da ordem de mérito, foi a melhor que poderia ser tomada, uma vez que foi totalmente armazenada, garantindo a maximização possível da segurança energética futura.
ser superadas, deixando dúvidas sobre a real segurança de se aguardar que sejam tocadas, para só após serem acionadas as usinas térmicas. Ocorre que sempre existe o dilema entre antecipar a geração térmica e correr o risco de se verter a correspondente energia, o que se verifica em períodos chuvosos superiores à Média de Longo Termo – MLT, ou o contrário, ou seja, postergar a geração térmica e chegar ao final do período úmido, a níveis críticos de armazenamento, com significativo impacto no risco de déficit.Tal dilema tende a se intensificar, na medida em que o reservatório equivalente do Sistema Interligado Nacional – SIN, vem perdendo sua capacidade de regularização, como consequência de ter sua capacidade estagnada frente a um crescimento firme do mercado de consumo de energia elétrica. Como a perspectiva de construção de novas usinas com reservatórios de porte é de baixíssima probabilidade, visto que a opção adotada pelo país é de se fixar nas hidrelétricas a fio d’água, o “sofrimento” vai se repetir a cada final / princípio de ano. Entretanto, quanto a esse dilema, ter a certeza de se ter tomado ou não a decisão mais favorável, só após o final da estação chuvosa, quando se tem definido, além do nível de armazenamento para suportar o próximo período seco, a situação de se ter estocado total ou parcialmente a energia correspondente à geração
térmica despachada. O ideal, é que o aproveitamento tenha sido total, ou seja, que não tenha sido necessário verter qualquer montante de energia “turbinável”. Sob tal enfoque é importante analisar a operação energética realizada na transição 2012 / 2013, particularmente tendo em consideração os altos valores de despacho térmico, que geraram muitos questionamentos, principalmente em decorrência dos elevados montantes de Encargos de Serviços de Sistema – ESS, que deram causa. Um parâmetro expressivo para essa análise é a operação da Usina de Itaipu, uma vez que é a última da cascata do subsistema Sudeste / Centro Oeste e, portanto, a mais propensa a vertimentos. Como praticamente não ocorreram vertimentos em Itaipu durante o ano de 2013, assim como da mesma forma não ocorreram nas demais usinas do SIN, fica caracterizado o acerto da operação energética conduzida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, que levou aos níveis de armazenamento mais favoráveis possíveis em todos os subsistemas (embora não tão confortáveis) e garantiram o aproveitamento total da energia gerada pelas termelétricas. Em outras palavras, fica demonstrado que a decisão pela geração termelétrica total disponível, mesmo fora da ordem de mérito, foi a me-
lhor que poderia ser tomada, uma vez que foi totalmente armazenada, garantindo a maximização possível da segurança energética futura. Se não tivesse havido tal decisão estaríamos amargando uma situação muito mais crítica, sem possibilidade de reversão do arrependimento. Todos os meandros dessa complexa operação são detalhados a seguir. Detalhando a Operação Energética do SIN 2012 / 2013. O armazenamento do subsistema Sudeste / Centro Oeste registrado no final do ano de 2012 foi o menor do histórico, com 28,9% em relação à capacidade máxima de armazenamento. Ao analisar a operação hidráulica de anos anteriores na UHE Itaipu, pode ser observado que, à exceção do período úmido de 2013, os demais anos sempre apresentaram vertimento neste reservatório. Itaipu, por estar a jusante de toda cascata SE/CO, recebe a afluência de todas as bacias do Sudeste, com destaque para os rios Grande, Paranaíba,Tietê e Paranapanema. O último vertimento significativo registrado da UHE Itaipu ocorreu em julho/2012 e, desde então, o seu nível de montante só foi reduzindo e, no início do mês de setembro esse nível já trafegava em valores inferiores à cota mínima de operação da usina que é 219,00 m. 55
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ARTIGO | ENERGIA
A situação crítica do subsistema Nordeste no decorrer de 2012 exigia que a transferência de energia do SE/CO para o Nordeste permanecesse maximizada até que o subsistema Norte passasse a transferir energia para o Nordeste, quando do enchimento do reservatório da UHE Tucuruí, de tal maneira que a geração hidráulica das usinas no Nordeste ficasse minimizada, apenas atendendo às restrições hidráulicas impostas pela cascata do rio São Francisco, já que havia despacho adicional por garantia energética de todas as térmicas do Nordeste, ou por aplicação do Procedimento Operativo de Curto Prazo – POCP ou por determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE. Com o agravamento das condições energéticas do SIN no decorrer de 2012, provocado por uma hidrologia desfavorável, a operação energética vem se caracterizando pelo despacho maximizado de térmicas desde 18/10/2012, quando o CMSE determinou a entrada de todo o parque térmico, inclusive aquelas a Diesel de maior custo, R$ 1.116,69/MWh, totalizando uma geração térmica de 14.000 MW despachadas continuamente. Em 11/05/2013 houve a retirada das térmicas mais caras, ficando despachadas as térmicas até o custo de R$ 915,17 /MWh. Durante a primeira quinzena de janeiro/2013 e nos meses de fevereiro e março houve melhoria significativa da Energia Natural Afluente - ENA do subsistema Sul, permitindo que esse subsistema exportasse energia para o subsistema SE/CO. E, com o enchimento do reservatório da UHE Tucuruí, o subsistema Norte manteve maximizada a transferência de energia para o subsistema Nordeste e o excedente energético foi transferido para o subsistema SE/CO. Isto permitiu a minimização da geração das usinas Furnas, Emborcação (Theodomiro Carneiro Santiago) e Nova Ponte, com objetivo de se buscar a recuperação do nível de
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armazenamento de seus reservatórios, respeitando-se as restrições operativas e elétricas vigentes. O gráfico a seguir mostra os níveis de armazenamento desses reservatórios, que são os maiores e os de cabeceira das bacias dos rios Grande e Paranaíba, durante o período úmido de 2013, indicando que para o caso de Emborcação e Nova Ponte foi atingido ao final do período úmido, coincidentemente, os mesmos níveis registrados na entrada desse período úmido.
Face à necessidade imposta pelas baixas afluências aos reservatórios das regiões Sudeste / Centro Oeste e Nordeste, e visando não deplecionar ainda mais esses reservatórios, à época em que foi determinado pelo CMSE o despacho máximo das térmicas, também foi flexibilizada a cota mínima operativa da UHE Itaipu (219,00 m), de acordo com o Sumário Executivo PMO da semana 20 a 26 de outubro: “A exploração da geração da UHE Itaipu será dimensionada em função das afluências e do nível de armazenamento de seu reservatório, que poderá atingir a cota 218,00 m”. Posteriormente, essa flexibilização foi permitida até a cota 217,5m na semana 24 a 30 de novembro, até que, em 14/12/2012 foi autorizada a flexibilização para a cota 216 m.
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Isto resultou no deplecionamento contínuo do reservatório de Itaipu conforme indicado no gráfico a seguir, atingindo o seu menor nível do histórico em 31/01/2013, com 216,07m.
Não fosse a estratégia de flexibilização da cota de Itaipu teria havido vertimento ao tempo em que ocorre o despacho de todo o parque térmico fora da ordem de mérito, que implica em pagamento de Encargo de Serviços de Sistema – ESS. A brusca elevação do nível em março, conforme mostrado no gráfico acima, se verificou numa época em que a geração de Itaipu se mantinha maximizada para atendimento à carga do SIN, que registrava recordes de demanda em todos os subsistemas, ocorridos entre 01/02/2013 e 13/03/2013.
Ressalta-se que mesmo à época do racionamento de 2001, o menor nível de Itaipu havia sido 217,60 m em dezembro de 2001, como pode ser observado no gráfico acima. Vale lembrar também que no segundo semestre de 2007 as condições hidrológicas do SIN estavam desfavoráveis, levando a curva de armazenamento do SE/CO à ultrapassagem da Curva de Aversão ao Risco - CAR em 22/01/2008, e o Custo Marginal de Operação - CMO para R$ 637,23/MWh, conduzindo ao despacho de todas as térmicas, cuja potência naquela época era inferior a 7.000 MW.
Cabe deixar claro à sociedade que a ocorrência de vertimento em usina hidrelétrica é decorrente da “sobra de água”, que seria incompatível com a situação atual, quando essa mesma sociedade recebe informação de que o custo do despacho adicional de térmicas, fora da ordem de mérito por segurança energética, equivalente a 32 milhões de reais por dia, a considerar o valor correspondente ao mês de fevereiro/2013, quando o ESS foi de R$ 957,60 milhões. No gráfico a seguir estão os valores mensais relativos ao ESS devido ao despacho adicional das térmicas por segurança energética.
O período chuvoso de 2008 sofreu atraso e em março/2008 as afluências aumentaram fazendo com que o reservatório de Itaipu viesse a verter, conforme indicado na linha verde do gráfico acima, ao atingir a cota máxima de 220,40 m, nos meses de março e abril de 2008. Pois bem, a operação energética através da máxima exploração da geração em Itaipu nos meses de novembro/2012, dezembro e janeiro/2013, com o consequente rebaixamento do nível de seu reservatório foi extremamente conveniente, dado que houve parcial recuperação do nível em fevereiro e a partir de 15/03/2013 uma frente fria na região Sul causou vazão incremental ao reservatório de Itaipu da ordem de 5.000 m3/s. Embora a UHE Itaipu esteja no subsistema SE/CO, a hidrologia da região Sul influencia fortemente o regime hidrológico das vazões incrementais à Itaipu, o que elevou bruscamente, em duas semanas, o nível para a cota máxima operativa do reservatório.
Mírian Adelaide Rennó Ribeiro Costa Pinto é engenheira Mecânica formada pela UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá, pós graduada pela UNIFEI, foi professora da UNESP – Universidade Estadual Paulista na disciplina de Sistemas Térmicos e trabalhou na CESP – Companhia Energética de São Paulo, hoje atua com consultoria em planejamento energético e análise da operação do Sistema Interligado Nacional, e sócia da Hedaidi Engenharia.
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CAUSOS DA ENGENHARIA
ACONTECEU EM 1944 No início de 1944, a turma que se preparava para fazer o vestibular no Instituto Eletrotécnico de Itajubá – IEI, hoje Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI, promoveu reuniões cujo objetivo seria o de formalizar um acordo para dar um basta nas atitudes violentas dos veteranos que impunham o trote que vinha sendo realizado antes do vestibular. Participei de várias destas reuniões, cujo líder deste movimento era o Licínio Marcelo Seabra. Ficou então decidido que se algum estudante fosse submetido a trote antes do vestibular e, se este fosse aplicado com violência, haveria o revide contra os veteranos. E não deu outra! Um grupo de veteranos invadiu uma República onde moravam vários estudantes de fora e lhes aplicaram o trote, raspando-lhes a cabeça a força. A reação não tardou. Certa noite, após um levantamento de onde moravam os veteranos que participaram daquele ato, um grupo de mais ou menos 30 estudantes invadiu as Repúblicas dos veteranos, arrombando janelas e portas, raspando a cabeça de
Consta que na praça central da cidade, um grupo de veteranos agarrou o Hélio Braz, neto do Dr. Wenceslau Braz, para lhe aplicar o trote, quando seu amigo Marcelo Alencar sacou de uma mauser ameaçandoos caso não largassem o rapaz.
alguns deles e gerando uma grande confusão. Segundo narrado pelo Licínio Seabra ao Projeto Memória da CEMIG, no dia seguinte o clima era de guerra, com gente armada andando pra lá e pra cá. Apesar da gravidade da situação, só mesmo por sorte não houve vítimas fatais. Contou ainda, que do grupo de calouros fazia parte alguns cariocas que eram bons de briga e topavam qualquer parada. Um deles era o Marcelo Alencar, ex-Prefeito do Rio, que estudou no IEI até o 2o. ano, depois foi para o Rio onde estudou Direito.
Logo depois, Clodoveu Holzmann chegou na República, ainda branco de susto, narrando-nos o episódio naquele seu jeito típico muito engraçado: - Eu estava sentado em um banco da praça quando, em meio à confusão, o Marcelo sacou sua mauser toda cromada. Vi quando a arma brilhou para a esquerda, depois brilhou para a direita. Quando parou de brilhar pensei: Caramba! está apontada na minha direção! E zupt! me atirei em baixo do banco para me proteger. Luiz Figueiredo Cabral (Turma de 1949), aposentado da Cemig, criador da “Escola de Formação e Aperfeiçoamento Profissional de Sete Lagoas”, da CEMIG, mais conhecida como “Escolinha do Cabral”.
ESPECIALIZAÇÃO
53% dos mais de formaram na áre IETEC, são Engen
EXCELÊNCIA
Corpo docente refe na área de Gestão
PRÁTICA
Os alunos recebem maiores especialis
Sobre os personagens desta história: Licínio Marcelo Seabra (Turma de 1948), falecido no ano de 2000, foi presidente da CEMIG, de FURNAS e da NUCLEBRAS; Clodoveu Holzmann (Turma de 1946), falecido em 2008, foi professor da UFPR, responsável pelo planejamento do sistema de transmissão da COPEL, no Paraná, e pela introdução do sistema MRT nas redes de distribuição brasileira. História enviada pela Engenheira Marita Arêas de Souza Tavares
P a r t i c i p e e e n v i e s e u “ c a u s o ” p a r a j o r n a l i s m o @ s m e . o rg . b r 58
IETEC: Invista no
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FORMAÇÃO ACADÊMICA
ESPECIALIZAÇÃO 53% dos mais de 3.200 profissionais que já se formaram na área de Gestão de Projetos pelo IETEC, são Engenheiros.
Engenharia
Administração
TI
Demais Formações
53%
13%
17%
16%
EXCELÊNCIA Corpo docente referência no mercado, formado por professores especialistas na área de Gestão de Projetos.
PRÁTICA Os alunos recebem o livro Gestão de Projetos Brasil, de autoria dos maiores especialistas da área.
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TOD DA AS AS PO OR RTAS A DA ASSEMBLEIA S ES STÃO Ã ABER RTAS A PA AR VOCÊ. ARA política é direito de todo cidadão. Paarticipar da vida polí Poor isso, a Assembleia facilita o acesso para você ovo. chegar à Casa do Poov Voocê pode acompanhar acompanh o trabalho dos parlamentares, consultar os projetos e as notícias e apresentar sugestões. Acesse a Assembleia pela internet, TV ou telefone. Ou venha aqui pessoalmente. Fique à vontade, a Assembleia é a sua Casa.
Acesse: www.almg.govv..br Assista: TV Assembleia – em BH, canal 35 UHF Fale: al Centro de Atendimento ao Cidadão – (31) 2108 7800 Rua Rodrigues Caldas, nº 30 – Santo Agostinho Venha: e Belo Horizonte. Atendimento das 7h30 às 20h.