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DEVOLUÇÃO FÍSICA
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Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Sul | Gestão 2014 - 2017 | Porto Alegre, Março de 2016
E
m seus mais de 70 anos, o CPERS, independente do partido, sempre se posicionou a favor da democracia e dos direitos dos trabalhadores. E em um momento tão tenso, em que poderemos ser os mais prejudicados, não podemos car calados. Mais que tudo, queremos que você se informe e forme sua
opinião. O resultado de tanta informação, interesses e uma forte campanha da grande mídia pelo impeachment da presidenta Dilma tem deixado a população confusa, em vez de esclarecê-la. Não é para menos que buscamos, nesta Sineta, indicar todas as nossas fontes, para que o leitor possa ir atrás da informação sem qualquer ltro. Vivemos, hoje, um cenário
semelhante ao do passado, em que pessoas que ampliaram direitos dos trabalhadores foram depostas, sempre com o apoio da grande mídia. Foi assim em 54, quando Getúlio, o homem que instituiu o saláriomínimo, as férias e regulamentou o trabalho da mulher, acabou por se suicidar, ou 1964, quando os militares derrubaram João Goulart por tentar promover reformas profundas de
base que beneciariam os mais pobres. A defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores não pode ter lado ou partido. Sempre defendemos e continuaremos apoiando a luta contra a corrupção. Neste momento, toda a mobilização da nossa sociedade é fundamental para preservarmos nossa democracia e os direitos do nosso povo. Não podemos aceitar este golpe!
Mitos e verdades O impeachment é constitucional? Sim. O impeachment, como instrumento, é constitucional e está previsto pela Lei 1079/1950. Porém, insatisfação popular ou discordâncias políticas não podem ser utilizados como base para o impedimento de um governante. Para sua abertura, é preciso provar que o mandatário de cargo público cometeu algum crime simples (como homicídio) ou de responsabilidade. Sem isso, é golpe.
Quem pode determinar o impeachment? Após ser acolhido pelo presidente da Câmara dos Deputados, o processo é encaminhado para uma Comissão e, após a nalização dos trabalhos, para o plenário. Precisa de dois terços dos 513 deputados para continuar. Se aprovado, vai para o Senado, onde também precisa da adesão de dois terços dos 81 integrantes.
A Lava Jato não sustenta o pedido de impeachment contra Dilma? A presidenta Dilma não está sendo investigada pela Lava Jato e nem mesmo é ré desta ou de qualquer outra investigação. Porém, a cobertura da grande mídia, muitas vezes, é confusa, e parece tentar relacionar uma coisa com a outra. Todas as ações de improbidade e réus da operação Lava Jato podem ser vistos em http://goo.gl/miY1LF
No que se baseia? No dia 2 de dezembro de 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acolheu o pedido de abertura de processo de impeachment proposto por partidos de oposição, tendo o ex-deputado federal Hélio Bicudo como principal autor. O principal argumento é que as chamadas “pedaladas scais” congurariam crime de responsabilidade scal.
O que são as pedaladas fiscais? As pedaladas scais são ajustes nanceiros que governos em todas esferas, incluindo a municipal e estadual, realizam com o objetivo de fechar as contas. Nenhum dinheiro foi roubado dos cofres públicos. O que aconteceu é que o governo federal, através do tesouro nacional, repassa para a Caixa o dinheiro utilizado para programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e benefícios como o seguro-desemprego. O governo “atrasou” o pagamento desses encargos, de forma que o banco utilizou recursos próprios para efetuar o pagamento. Cabe lembrar que esse repasse é sempre efetuado, mesmo que com atraso, e é realizado pagamento com juros. As pedalas scais, pelo governo federal, tiveram início em 1999, quando o governo FHC não conseguia repassar o suciente à Caixa para suportar décits causados pelo seguro-desemprego. Desde lá, a pedalada é corriqueira e as contas sempre foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Até o ano passado, quando o órgão decidiu rejeitar as contas por este motivo e fundamentou o pedido de impeachment. No momento, 16 governadores estaduais usam as pedalas scais em suas gestões.
Em caso de impeachment, há novas eleições diretas? Não. Conforme o artigo 80 da Constituição Federal, quem assume é o vice. A única forma de haver novas eleições gerais é se o vice for cassado ainda na primeira metade de seu mandato. No caso de Temer assumir a presidência, ele só poderá sofrer o impedimento por algo que cometeu como presidente. Atos realizados enquanto era vice não poderiam ser avaliados. Cabe lembrar ainda que, em caso de afastamento na segunda metade do mandato do presidente e do vice, o artigo 81 da Constituição Federal determina que o Congresso Nacional escolha o novo presidente.
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