Coleção Fábulas Bíblicas Volume 33
O PLÁGIO DESCARADO do mito do dilúvio
A arca da salvação era o túmulo da morte rápida, pois antes que começasse a flutuar com as chuvas do dilúvio, já estariam todos mortos por asfixia e intoxicação. Só tinha uma janela e ficou lacrada por 40 dias. Projeto genial de barco suicida.
JL jairoluis@ukr.net
Esta barcaça ridícula foi projeto de Deus?
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Sumário Introdução ................................................................................................................................................... 6 1 - Qual a causa do Dilúvio?........................................................................................................... 6 2 - O Dilúvio é um problemão para Jesus Cristo .................................................................... 7 1 - Noé, a arca, a chuva e os animais: “pequenos” problemas. ...................................... 8 2 - Deus, Dinossauros e a Arca. As absurdas teorias Cristãs >>> .............................. 15 Deus e os Dinossauros de plastilina ...................................................................................... 20 1 - Os dinossauros conviveram com o homem ..................................................................... 20 2 - O Tiranossauro se alimentava de cocos e frutas do bosque..................................... 20 3 - A arca de Noé ia carregada de dinossauros .................................................................... 21 4 - Cangurus e ursos polares viviam junto à casa de Noé ............................................... 21 5 - Os Neandertais eram os patriarcas bíblicos .................................................................... 21 6 - Deus criou os anfíbios porque lhe agradavam assim .................................................. 21 7 - A Terra foi criada "instantaneamente" há poucos milhares de anos ..................... 22 8 - O Big Bang é um disparate científico ................................................................................. 22 9 - A Evolução é uma invenção dos judeus ............................................................................ 22 10 - O Universo é um grande truque de magia .................................................................... 22 3 - Implicações morais e éticas do Dilúvio. ............................................................................. 23 4 - As virtudes de Deus e Noé; ou como matar teu avô. ................................................... 26 5 - O plágio judaico-cristão descarado >>> ............................................................................. 29 1 - Análise bíblica e sua moralidade.............................................................................................. 29 1 2 3 4 5 6
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Vivemos numa cúpula de vidro submersa ....................................................................... 33 Criou tudo em 6 dias, não conseguiu acabar em 40 dias .......................................... 34 Deus tinha esquecido a arca e de Noé .............................................................................. 34 Deus avisa Noé tarde demais ............................................................................................... 36 Deus não conhecia o coração do homem ......................................................................... 37 Deus mentindo descaradamente ......................................................................................... 37
2 - Aconteceu algo assim? ................................................................................................................ 38 3 - Todos os animais na arca? ......................................................................................................... 39 1 - O volume da arca era suficiente para levar os tipos necessários? ......................... 40 2 - Quantos tipos de animais Noé precisou levar? .............................................................. 41 3 - Quantos animais a Arca levou? ............................................................................................ 44 4 - Plágio de outras culturas anteriores....................................................................................... 45 1 - O dilúvio bíblico é só mais um... E plagiado! .................................................................. 53 5 - Outros dilúvios “universais” >>> ........................................................................................... 54 1 2 3 4 5
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Dilúvio Dilúvio Dilúvio Dilúvio Dilúvio
Judaico ............................................................................................................................ 55 Sumério .......................................................................................................................... 56 Africano .......................................................................................................................... 57 Hindu ............................................................................................................................... 58 Grego ............................................................................................................................... 59 4
5 - Dilúvio Mapuche ......................................................................................................................... 60 6 - Dilúvio Pascuense ...................................................................................................................... 60 7 - Dilúvio Maia.................................................................................................................................. 61 8 - Dilúvio Asteca.............................................................................................................................. 62 9 - Dilúvio Inca .................................................................................................................................. 62 10 - Dilúvio Uro ................................................................................................................................. 63 6 - Dilúvio babilônico versus dilúvio bíblico >>> .................................................................... 64 1 - Importância das duas histórias ............................................................................................ 66 2 - Quem foi o primeiro: Noé ou Ut-Napishtim? .................................................................. 68 7 - Resumo .............................................................................................................................................. 71 1 - Mapa de migração humana do mtDNA.............................................................................. 71 7 - “Encontrada a Arca de Noé”, diz Igreja da Arca de Noé >>> .................................. 73 8 - Advertências ao crente >>> ...................................................................................................... 77 Mais conteúdo recomendado ........................................................................................................ 82 Livros recomendados....................................................................................................................... 83 Referências e Fontes:...................................................................................................................... 91
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Introdução Qualquer um pode notar certo desespero dos crentes e dos parasitas religiosos cristãos em revestir de alguma historicidade essa bobagem do dilúvio universal. E a razão para isso é muito simples: sem dilúvio: sem pecado original e queda, sem arrependimento de Deus e SEM CRISTIANISMO. O dilúvio faz parte das ações fundamentais de Deus que dão sustentação à teologia judaico-cristã. Se o Dilúvio é simbólico, Jesus Cristo, sua morte, ressurreição e salvação TAMBÉM. Tudo não passa de uma trollagem aplicada nos crentes para enriquecer os parasitas da fé e suas igrejas. Leia mais
1 - Qual a causa do Dilúvio? Segundo a Bíblia, a resposta é simples e direta: a absoluta e comprovada incompetência de Deus. Não há o que discutir sobre isto, a Bíblia é muito clara e coloca as palavras diretamente na boca de Deus.
Gênesis 1:31 E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.
Aqui Deus revela que não sabia o resultado de suas criações antes de tê-las feito, só depois de prontas é que descobria se “era bom”, o que é espantoso para um deus onisciente e onipotente... E pior! Parece que descobria errado! O que pensava que era bom, depois acabava parecendo muito errado, tanto que já estava cansado de se arrepender (Jeremias 15:6).
Gênesis 6:7 E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Mas ele não tinha visto que a criação era boa? Não conseguiu ver (com sua onisciência) os erros de sua própria criação diante de suas barbas? Diante disso, podemos chamar Deus de incompetente? Sim, sem dúvida! Mais incompetente nem com muito esforço! Mas o seu histórico de incompetência não parou nisso, fracassou 6
completamente na tentativa de destruir a criação mal feita: criou o universo em 6 dias e não conseguiu destruir a humanidade em 40 dias de dilúvio e, acredite se quiser, SALVOU TUDO O QUE QUERIA DESTRUIR! E pouco depois já estava tudo na mesma merda (feita por ele mesmo) de antes. O seu rico histórico de incompetências continua até os dias de hoje...
2 - O Dilúvio é um problemão para Jesus Cristo “Os 11 primeiros capítulos do Gênesis são a base conceitual do Criacionismo. Se retirarmos o Jardim do Éden, com Adão e Eva, a tentação e a queda, não há necessidade de uma redenção, de um redentor, de um salvador. Cristo veio fazer o que aqui nesta terra?”
Rui Vieira – Presidente da Sociedade Criacionista Brasileira (veja o vídeo AQUI)
Você entendeu bem isso? Para que o amado Jesus Cristo dos crentes trollados pelos parasitas religiosos tenha algum sentido e utilidade, o Jardim do Éden, com Adão e Eva, a tentação, queda e o Dilúvio depois e mais tarde o Êxodo, NÃO PODEM SER SIMBÓLICOS, ALEGORIAS, METÁFORAS OU LENDAS, PRECISAM SER REAIS E HISTÓRICOS OU JESUS NÃO SERVE PARA NADA. Se o crente cristão tem o descaramento de alegar que qualquer um desses eventos mitológicos é apenas alegoria, aplica isto automaticamente a Jesus Cristo, sua morte, ressurreição, redenção, juízo final, céu e inferno. Tudo história para boi dormir.
SE O DILÚVIO É UMA LENDA PLAGIADA:
Não existiu pecado original. E o arrependimento de Deus é uma farsa. Logo, o Deus bíblico é fábula. Jesus é fábula. Cristianismo é fábula. E a fé nessas bobagens é uma ilusão idiota.
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1 - Noé, a arca, a chuva e os animais: “pequenos” problemas.
DEUS CONFESSANDO SUA INCOMPETÊNCIA: E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Gênesis 6:7.
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Um Homem (bem ancião na realidade) de uns 400 anos ou mais (Jura? É para acreditar ou rir?) escutou uma voz que lhe disse para construir uma Arca (Ouvindo vozes aos 400 anos? Já devia estar bem gagá!) e junto com seus três filhos a fizeram; e não só isso, mas que meteram dentro da tal arca 2 animais de todas as espécies existentes! Choveu por 40 dias e inundou toda a terra até acima dos picos mais altos. Depois de um ano, secou toda a água e este homem de 400 anos e os animais voltaram a povoar toda a terra. Ahh, tudo isso aconteceu há pouco mais de 4.000 anos (de acordo com os estudiosos da Bíblia a inundação ocorreu por volta de 2300 AEC). Existe algum ser humano medianamente sensato que acredite nisto? Incrivelmente sim! Hoje em dia existem pessoas que não só creem nesta sandice, mas que pretendem apoiar-se em “provas e evidências”. Em pleno século 21! Bem, vamos analisar alguns problemas envolvendo a arca, a chuva e os animais. Creio que todos conhecem a história, os capítulos do Gênesis de 6 a 9 relatam como aconteceram os “fatos”.
Gênesis 6:14-16 14 - Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. 15 - E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. 16 - Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro. (Compare abaixo, com o maior navio já feito pelo homem).
A maioria dos estudiosos hebreus acredita que o côvado tinha aproximadamente 45 centímetros. Isto significa que a arca tinha aproximadamente 135 metros de comprimento, 22,5 metros de largura e 13,5 metros de altura. Noé foi encarregado da construção do maior navio de madeira já construído. Parece que os homens nunca, nem com as técnicas mais avançadas, construíram um barco tão grande em madeira. Aparentemente as questões técnicas da construção em madeira eram insuperáveis, mesmo para as técnicas mais avançadas que a humanidade já dispôs. Não se voltou a construir um barco tão grande até meados do século 19 (os chineses tinham barcos de 120 metros no século 15), mas lembrem-se, esse barco foi construído por apenas 4 pessoas (8 se contar as esposas), sem tecnologia alguma e o líder era um ancião com mais de 400 anos. Como um homem que não tinha a mínima ideia do assunto conseguiu construir sem erros, sem testes prévios, uma arca de madeira que funcionou de primeira no maior oceano jamais imaginado na Terra? Só 9
no reino da fábula, porque os problemas de logística, matéria prima, transporte e tempo tornariam a tarefa inviável. Para alguns estudiosos da Bíblia, Deus deu a Noé apenas 7 dias para construir a arca (Gênesis 7:4 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz. >> parece que o deus imutável se arrependeu!!!), portanto, devia cortar quase 600 árvores (25 por hora, uma árvore a cada 2,4 minutos) por dia para chegar a tempo. Isso sem contar o tempo necessário para corte, polimento e montagem da arca e reunir os animais!
Deus ordenou que os animais dos lugares mais distantes do mundo chegassem sozinhos até a arca?
É impensável como teria sido possível que um casal, e somente um casal, de animais desde todos os lugares do planeta teria chegado até a arca. Mais impressionante é que não morressem animais durante o longo trajeto, que atravessassem rios, oceanos e desertos, que não sofressem com as mudanças do clima. Mesmo assim ainda resta um problemão por resolver:
Como as plantas e sementes de plantas chegaram até a arca?
É de se supor que um dilúvio dessa magnitude tivesse destruído a grande maioria das espécies vegetais da terra (um ano debaixo da água é mais que suficiente para matálas), portanto, se assume que Noé meteu sementes e plantas também na arca (¡?). Igualmente, não tem nenhuma credibilidade o fato de que pudesse recolonizar toda a Terra desde o ponto de desembarque no monte Ararat. Noé, sem descanso depois da construção da arca (em 7 dias), teve que 7 casais de animais puros e 1 dos impuros, dentre todos os animais existentes: invertebrados terrestres, vírus, aves, repteis, mamíferos, anfíbios, bactérias, etc... Porque, em 2005, havia identificadas na Terra, segundo o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas. E se acredita que há muito mais que não conhecemos:
1.085.000 espécies de insetos, 400.000 de bactérias, 270.000 de plantas, 72.000 de cogumelos, 19.000 de peixes, 9.700 de aves, 6.300 de repteis, 5.000 de vírus, 4.300 de mamíferos, 4.200 de anfíbios,
Se os animais fossem entrando na arca à medida que era construída, Noé teria que ir acomodando uns 13.095 animais por hora, ou seja, 218 por minuto, ou 3,63 por segundo... 10
Resumindo, Noé cortou 600 árvores por dia, as cortou em taboas, as montou e ao mesmo ia acomodando na arca 3,6 animais por segundo, tudo para cumprir com o prazo de 7 dias que lhe foi dado...
Você acredita nessa bobagem de um velho de 400 anos cortando 600 árvores por dia? É melhor acreditar, pois da existência real deste mito depende a existência de outro mito, Jesus Cristo. Se o dilúvio não aconteceu, o pecado original não aconteceu, Deus não se arrependeu e Jesus Cristo não serve para nada. Simples, já que uma coisa está ligada a outra.
A Bíblia nos atraca a história de que as águas subiram até quinze codos acima dos montes mais altos. (¡?) De onde saiu tanta água? Alguém consegue imaginar uma idiotice dessas?
O monte mais alto da terra é o Everest e já existia há 4.000 anos, portanto, a água devia ultrapassá-lo. Em escalas geológicas isto é um tempo muito pequeno, então 11
podemos considerar que a geografia terrestre era praticamente igual à de hoje. Vamos supor que o Dilúvio conseguiu inundar toda a superfície da Terra e, portanto, superou a altura da montanha mais alta: o Everest, com quase 9 km de altura. Calcular a quantidade de água necessária para tal inundação é um exercício muito simples, conhecendo o volume da Terra, o volume que ocuparia a mesma se sua superfície líquida alcançasse os 8.844 metros seria: O raio médio da Terra é de 6.371 km, enquanto que o raio que teria uma esfera cuja superfície alcançasse acima do Everest, seria de 6.371 + 8,844 km, ou seja, 6379,844 km. Desta forma, o volume da Terra seria 4/3 π r3 = 4/3 · 3,1416 · 63713 = 1,0834 x 1012 km3. Enquanto que o volume do globo inundado seria 4/3 π r3 = 4/3 · 3,1416 · 6379,8443 = 1,0878 x 1012 km3. Restando ambos, o volume de água caída durante os 40 dias do dilúvio seria: 1,0878 x 1012 - 1,0834 x 1012 = 4,4 x 109 km3. Ou seja, 4.400.000.000 km3 de água. Isto seria mais de três vezes a água de todo o planeta, contando oceanos, calotas polares, lagos, aquíferos, rios, etc. (que, entretanto, não pôde ser empregada para a chuva, pois teve que cobrir o globo inteiro).
A primeira pergunta, obviamente, é de onde saíram 4.400 milhões de quilômetros cúbicos de água, levando em conta que toda a água do planeta representa tão só 1.340 milhões?
Recopilemos as condições que deveriam acontecer para que ocorresse o Dilúvio e os efeitos que teria: 1. Deveria haver na atmosfera 3,55 bilhões de km3 de água. 2. Toda esta água, capaz de encher outros dois planetas e meio como o nosso, caiu na Terra e desapareceu sem deixar rastro.
As nuvens onde estava o vapor d´água cobririam a totalidade da Terra e teriam um mínimo de 10 km de espessura. Nesta situação, a Terra estaria completamente às escuras e a temperatura média baixaria uns 20ºC. Após o Dilúvio, a temperatura do planeta deveria subir 20ºC (40ºC se considerarmos que deve recuperar os 20ºC de esfriamento) devido à maior absorção de radiação por pela água. Para onde foi toda essa água?
Após 150 dias de inundação, os 4.400.000.000 km3 de água “se retiraram”. Para onde? Isto é, obviamente, impossível de acreditar. Não há água disponível no planeta para gerar uma inundação dessa magnitude. Da mesma forma, não há lugar para onde possa “retirar-se” tal quantidade de água após o dilúvio. A ideia simplória de que se evapore é impensável, dado que saturaria a atmosfera a 100% de humidade somente uma fração da mesma, tornando impossível a respiração e a evaporação do resto. Hoje sabemos o que é o ciclo da água, sabemos que a quantidade de água que existe desde sempre na Terra tem permanecido mais ou menos constante ao longo dos tempos. Hoje sabemos que a água se evapora no mar e na terra, se translada de um lugar a outro em forma de nuvens, e quando se condensa, chove sobre a terra e regressa ao mar pelos rios. Por isso o nível do mar permanece constante. Se evapora 12
muita água, chove muito; se evapora pouca, chove pouco. Uma chuva da magnitude da qual fala a Bíblia deveria ser precedida de uma evaporação descomunal dos mares, seu nível teria baixado muitíssimo, porém teriam voltado encher-se até o mesmo nível de antes do dilúvio. Outro assunto. Agua doce ou salgada? Se a água era doce, mataria os organismos marinhos por descompensação osmótica. Se fosse salgada, morreriam os de água doce, além disso, onde estão os tremendos depósitos de sal que deveria existir? 1 – Se era água doce, o dilúvio fracassou, pois não aniquilou os seres de água doce. 2 - Se era água salgada, o dilúvio fracassou, pois não aniquilou os seres de água salgada.
Gênesis 7:21-22 21 - E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem. 22 - Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.
As plantas não têm alento de vida? Os peixes não têm espírito de vida? Morreram eles também? Como morreram os peixes, se não respiram pelo nariz ou as plantas que nem sequer possuem nariz?
Gênesis 7:23 Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.
Aqui a Bíblia nos relata que os peixes, plantas e inclusive as bactérias morreram com o dilúvio (¡?). A quantidade de alimento necessário para manter durante um ano a um número tão elevado de animais, superaria várias vezes o espaço disponível e a quantidade de excrementos gerados também. A isto teria que se somarem os cuidados especiais de muitos deles, incluindo uma grande quantidade de animais vivos para a alimentação dos carnívoros predadores. Como Noé conseguiu guardar na arca alimentos para todos os animais durante tanto tempo sem apodrecerem? Obviamente havia animais carnívoros na arca, portanto, como Noé fez para conservar tanta carne sem um sistema de refrigeração adequado? E com os animais que se alimentam de peixes? O peixe se conserva por muito menos tempo que a carne. Hoge em dia a zoologia moderna sabe que existem cadeias alimentícias sumamente complexas e que só podem ser adquiridas pelos animais em seu habitat natural. Sabe-se de insetos com cadeias alimentícias complicadas. Como Noé conseguiu sem conhecimentos de zoologia avançada e sem os recursos para manter essas cadeias alimentícias? Obviamente Deus também não tinha nenhum conhecimento sobre isso ou não teria dado tal ordem tão absurda. Outro enorme problema é conservar só um casal. Evidentemente, não se poderia preservar a fantástica biodiversidade do planeta mediante um único casal de cada espécie. Os problemas de endogamia e tronco evolutivo tornariam isso inviável. 13
Gênesis 8:6 E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito.
Com isto descobrimos que a única abertura esteve fechada todo esse tempo. (!?) Mas, como conseguiram respirar sem renovação do ar tanto Noé e sua família, como o resto dos animais? Todos sabem que Noé enviou uma pomba para verifica se as águas tinham baixado e se havia algum lugar seco. A pomba regressou com um ramo de oliveira no bico. De onde saiu esta oliveira? Depois de tanto tempo debaixo d´água não deveria ter sobrevivido nenhuma árvore ou coisa viva, ISSO SERIA O FRACASSO RETUMBANTE DA INTENÇÃO DE DEUS DE ANIQUILAR TUDO. Como fez esta oliveira para crescer tão rápido, sobreviver e contradizer a palavra de Deus que diz: “Foi destruído todo ser que vivia sobre a face da terra”? Quem é o mentiroso nessa história? Após uma catástrofe de tal magnitude, os ecossistemas precisariam se recuperar (sem produtores primários) a uma velocidade espantosa para que os casais desembarcassem e pudessem sobreviver ou teriam que comer pó.
Como se explica os ursos polares? Como chegaram aos polos? De que se alimentavam os animais herbívoros se tudo tinha sido exterminado? Como fizeram os marsupiais da Austrália para voltarem de novo para lá?
Supõe-se que os filhos de Noé e suas esposas eram da mesma raça e cor, portanto, surge outra dúvida:
Como de quatro casais humanos surgiu tal quantidade de cores e variedades de raças humanas?
Podemos seguir e seguir dando argumentos, cálculos e cifras, mas não vale a pena; por simples sentido comum é impossível crer numa história desta magnitude. E se a isto somarmos a possibilidade certa de ter sido copiada de histórias mitológicas anteriores, não resta muito que dizer. Existem muitas “teorias” de cristãos que incrivelmente se empenham em afirmar que um fato como o dilúvio universal pode ter ocorrido. A grande maioria destas teorias está baseada em cálculos e suposições errôneas, mas principalmente se apoiam em milagres e divindades as quais não podem ser medidas nem quantificadas.
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2 - Deus, Dinossauros e a Arca. As absurdas teorias Cristãs >>>
Maior navio do mundo transforma a arca de Noé em uma canoa ridícula.
Já sabemos que a história da arca e do dilúvio não pode ser tomada como literal (péssima noticia para Jesus). Mesmo sem os argumentos que levantamos aqui, por simples sentido comum isto de Noé e seu barco é só um mito ou no melhor dos casos uma simples metáfora sem uma moral decente. A respeito do tema dos dinossauros, ninguém se atreveria a dizer que não existiram ou que existiram em épocas recentes. Os últimos estudos tem mostrado seu desaparecimento há uns 65,5 milhões de anos, com uma margem de incerteza de 300.000 anos aproximadamente. Ninguém em seu juízo perfeito afirmaria que os dinossauros conviveram junto com os humanos em algum momento da história. Assombrosamente há muitos crentes que não apenas afirmam que os dinossauros existiram, mas que entraram na arca e, portanto, conviveram com os humanos no mais puro estilo da série animada “Os Flintstones”. Mas esses devem ser ignorados devido à sua absoluta ignorância científica e a má fé em outros casos.
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Argumentar contra estas incríveis atrocidades e disparates é desnecessário; no lugar disso transcreveremos partes de algumas páginas web cristãs onde não apenas apoiam essas sandices, mas pretendem dar provas científicas disso. (o que não é muito diferente de uma página de humor):
A maioria das pessoas, ao escutar pela primeira vez que havia dinossauros na arca, acha incompreensível. A projeção visual de dinossauros subindo a rampa e passando pela porta da arca não é um quadro que muitos tenham considerado. Demasiadas pedras de tropeço fazem que seja especialmente difícil dar à pessoa comum qualquer consideração a esta possibilidade, entre elas, o ensinamento evolutivo e o tamanho gigantesco dos dinossauros. O trabalho dos meios principais de comunicação encarregados de convencer à população geral de que os dinossauros viveram há milhões de anos, tem sido tão efetivo que parece ridícula a ideia de dinossauros na arca. Depois de tudo, quiseram que acreditássemos que os humanos estão separados dos dinossauros por sessenta e cinco milhões de anos.
1 - Como a família de Noé e as criaturas domesticadas podiam dividir alojamentos com criaturas ferozes como o Tyrannosuarus rex?
Todas as criaturas terrestres foram cridas no sexto dia (Gênesis 1:24-26). Está claro que Deus criou durante o sexto dia todas as criaturas terrestres, como também o homem. Esta história da criação se reforça de novo em Êxodo 20:11, onde diz: “Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou”. Claramente, tudo, inclusive o homem e os dinossauros, foi criado durante os seis dias da criação.
2 - Noé deveria meter na arca dois de toda criatura imunda terrestre, o que incluiria os dinossauros (Gênesis 6:19-20 – “E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para conservá-los vivos contigo; macho e fêmea serão”.).
Se existiram dinossauros naquele tempo, podemos concluir, razoavelmente, que eles também requereriam de custódia segura.
3 - O livro de Jó descreve o “behemot” (40:15), uma criatura cuja descrição se ajusta ao dinossauro vivo depois do Dilúvio. (Existe mais evidência científica para a existência destas assombrosas criaturas depois do Dilúvio.).
É certo que a maioria dos eruditos considera que o livro de Jó figura entre os primeiros livros escritos, além disso, pela forma de adoração de Jó e seus três “amigos”, podemos saber que o livro cai no tempo pós-diluviano. Além disso, há muita evidência científica segundo a qual os homens viram essas criaturas incríveis depois do Dilúvio.
4. Gênesis 1:29-30 indica que, antes de Dilúvio, tanto homens como animais deviam comer vegetação. Só depois do Dilúvio Deus permitiu que se comesse carne (Gênesis 9:3). Se fosse o caso que tanto homens como animais eram vegetarianos antes do 16
Dilúvio, então, compartilhar as facilidades limitadas de hospedagem na arca não teria apresentado problema algum. 5 - Na Bíblia, não se especifica que Noé tivesse que meter animais adultos na arca. Embora muitos argumentem que os dinossauros teriam sido demasiado grandes para caber na arca, nós devemos ter em conta que alguns mistérios a Palavra de Deus não os revela. Por exemplo, o que impedia que Noé metesse animais jovens? Considere: requerem menos espaço, consomem menos alimento, produzem menos esterco e não teria que se preocupar com problemas relacionados com a reprodução! Também é certo que nem todos os dinossauros eram de tamanho massivo. Então, é possível que os dinossauros pudessem estar na arca com Noé e sua família? Absolutamente! Fonte: http://www.editoriallapaz.org/Think_august_2007_dinosaurios_en_arca.htm
Espinossauro, o maior dinossauro carnívoro. Pesava 10 toneladas e 16 metros de comprimento. Imagine um ancião de 400 anos e seus filhos controlando dois destes dentro da arca. Também seria interessante saber como acomodariam um casal de Sismossauros, com quase 60 metros e 100 toneladas... Considerando-se que a arca tinha só 130 metros.
A Bíblia nos dá uma cosmovisão completamente diferente da história da Terra (e por consequência, dos dinossauros). Como é a palavra de Deus escrita para nós, podemos confiar que diz a verdade sobre o passado. A história que todos temos escutado dos filmes, da televisão, dos jornais, da maioria das revistas e livros de texto é que os dinossauros “governaram a Terra” por 140 milhões de anos, se extinguiram há 65 milhões de anos, e, portanto, não se encontravam por ai quando Noé e companhia embarcaram na Arca há uns 4.300 anos. Pode-se fazer um cálculo cuidadosamente as Escrituras:
matemático
da
idade
do
universo
estudando
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1 - Deus fez tudo em seis dias, e descansou o sétimo. (A propósito, esta é a base para nossa semana de sete dias: Êxodo 20:8-11). Proeminentes eruditos hebreus indicam que, baseados na estrutura gramatical do Gênesis 1, estes “dias” eram de duração normal e não representavam longos períodos de tempo. 2 - Nos diz que Deus criou o primeiro homem e a primeira mulher, Adão e Eva, no Dia Seis, junto com os animais terrestres (o que teria incluído os dinossauros). 3 - A Bíblia registra as genealogias desde Adão até Cristo. Pelas idades dadas nestas listas (e aceitando que Jesus Cristo, o Filho de Deus, veio a terra há uns 2000 anos), podemos concluir que o universo tem só uns poucos milhares de anos (talvez só 6000), e não milhões de anos. Desta maneira, os dinossauros viveram dentro dos últimos milhares de anos. O investigador criacionista John Woodmorappe calculou que Noé tinha a bordo com ele, representantes de uns 8.000 gêneros animais (incluindo alguns animais agora extintos) ou cerca de 16.000 animais individuais. Quando você se dá conta de que os cavalos, as zebras e os asnos são provavelmente descendentes do gênero equino original, Noé não tinha que levar deus pares de cada um desses animais. Igualmente com os cães, os lobos e os coiotes que provavelmente vêm de um par de caninos originais. Segundo Gênesis 6:15, a Arca media 133 x 23 x 14 metros, com um volume de 39.500 metros cúbicos. Investigadores têm mostrado que isto equivale ao volume de 522 vagões ferroviários de carga (como os dos EUA), cada um dos quais pode levar 240 ovelhas. A propósito, só 11% dos animais terrestres são maiores do que uma ovelha. Sem maternos em todas as matemáticas, os 16.000 animais teriam ocupado muito menos da metade do espaço na Arca (permitindo-lhes inclusive ter espaço para mover-se). Porém, que outra opção temos? Bem, há duas opções. Primeiro, se vamos confiar no que outros dizem, asseguremo-nos de que essa seja a informação mais atual e a melhor respaldada pela evidência. Aqui se deve ter cuidado ao buscar as opiniões contrárias e em pesar as suposições filosóficas das fontes de informação. Por exemplo, aceitar inocentemente o que nos mostra o Discovery Channel em programas como “Caminhando com Dinossauros”, não é uma boa opção. Com o objetivo de atrair grandes audiências, Discovery Channel e a BBC têm produzido programas espetaculares em efeitos e imagens, mas pobres em ciência e informação. O programa mencionado recebeu muitas críticas da comunidade científica por sua falta de rigor ao dar como fatos, especulações sem fundamento (como os hábitos maternais do T. rex). Os artigos de ministérios como “Planeta Jovem” e “Respostas em Gênesis”, apontam esses problemas e desmascaram as filosofias materialistas e ateias de muitos dos produtores destas séries. Segundo, e mais importante, podemos ter um fundamento para medir a veracidade do que dizem os popularizadores da ciência e os meios de comunicação (não digo os científicos, porque na realidade muito poucos possuem acesso direto a eles). A Bíblia, por exemplo, como a Palavra de Deus, é o melhor fundamento sobre o qual basear todo nosso pensamento. Se começamos pela Bíblia, podemos ter a confiança de que o 18
Deus onisciente e verdadeiro nos diz a verdade sobre a natureza humana e a história do universo. Se alguém me diz que os dinossauros viveram faz mais de 65 milhões de anos segundo o Discovery Channel, eu respondo que os dinossauros viveram até há poucas centenas de anos segundo Deus. (Sem descartar que existam descendentes vivos dos dinossauros, em lugares recônditos da Terra.). Uma vez que tenhamos o fundamento de avaliar o que cremos segundo quem disse, podemos dar um passo adiante e avaliar o que se diz. Quando entendemos bem a diferença entre as opiniões dos homens e a Palavra de Deus, podemos julgar melhor a evidência e discernir, por exemplo, as interpretações corretas e incorretas da descoberta de um fóssil de dinossauro. Fonte: http://www.conpoder.com/creacion4.html
Nota: A semana de 7 dias. Tanto os hebreus quanto os alexandrinos foram, provavelmente, influenciados pelas civilizações da Mesopotâmia. Muito antes que os profetas e sacerdotes de Judá pusessem por escrito os primeiros livros da Torá ou Antigo Testamento, ou mesmo que os hebreus pudessem ser identificados como um povo, os sumérios de Ur já observavam um ciclo de sete dias, relacionado aos sete planetas, sete céus, sete ramos da árvore da vida e os sete deuses que regiam todas essas coleções de sete elementos: Utu, Nanna, Gugalanna, Enki, Enlil, Inanna e Ninurta. Por volta de 2350 AEC., Sargão I, o rei de Akkad, conquistou Ur e o resto da Suméria, unificou a Mesopotâmia e estendeu a toda a região o uso dessa semana de sete dias. Mais tarde, com a ascensão do poder da Babilônia, os nomes semitas dos deuses desta cidade se impuseram aos sumerianos, aos quais eram considerados equivalentes. O ciclo teológicoastrológico de sete dias - representado também pelos sete escalões de Etemenanki, a grande torre de Babel - passou a se compor de Shamash (Sol), Sin (Lua), Nergal (deus da guerra e da morte, correspondente ao planeta hoje chamado Marte), Nabu (deus dos escribas, planeta Mercúrio), Marduk (deus patrono de Babilônia, tido pela cidade como supremo, planeta Júpiter), Ishtar (deusa do amor, planeta Vênus) e Ninurta (deus da agricultura e da saúde, planeta Saturno). Enquanto no dia de Ishtar era recomendável cultuar a deusa praticando o ato sexual, o último da semana era um dia perigoso, no qual qualquer empreendimento podia acabar mal. Ainda hoje, o planeta Saturno continua associado pelos astrólogos a má sorte, doenças e provações. Não era um dia de descanso, mas se evitava certas atividades. Os hebreus, ao que tudo indicam, adotaram esse ciclo, alterando seu significado. Para seu monoteísmo, os deuses nada significavam, mas o sétimo dia babilônico tornou-se um dia de culto a Javé, adotando o nome do dia que, uma vez por mês, os babilônios dedicavam especialmente ao culto dos deuses, principalmente a Lua. Pois shabbatu, em Babilônia, era o dia de "apaziguar os deuses" (a palavra, de origem suméria, significa "apaziguar-corações"). Quando foi inventado esse sábado? Não se sabe com certeza. Talvez durante o exílio dos judeus em Babilônia, talvez antes, ainda nos tempos dos reis de Judá. Mas há indícios de que os hebreus seguiram originalmente uma semana de dez dias. Sabese que o Egito do tempo dos faraós - que por muito tempo dominaram Canaã e os ancestrais dos hebreus - tinham de fato uma semana de dez dias, cuja sombra ainda se percebe nos "decanatos" da astrologia, que dividem o ano e o Zodíaco em 36 seções de aproximadamente dez dias. E a própria narrativa do Gênesis dá a impressão de ter sido originalmente dividida em dez dias ou fases, para ser mais tarde "comprimida" nos sete dias da semana adotada mais tarde. Antonio Luiz M. C. Costa
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Esses são apenas alguns dos comentários - mais engraçados do que ridículos - que abundam na web sobre o assunto. É incrível que a estas alturas existam pessoas tão ignorantes que de verdade creiam e apoiem opiniões como estas. Um interessante artículo chamado “Deus e os dinossauros de plastilina” circula há algum tempo por aí, mas é de leitura indispensável:
Deus e os Dinossauros de plastilina Em março de 1925, durante o conhecido julgamento contra o professor Scopes por ensinar a teoria da Evolução a seus alunos, William Jennings Bryan sentenciou que o mundo havia sido criado em 23 de Outubro de 4004 AC, as 900h da manhã. “Hora do Leste ou do Oeste”? Perguntou-lhe o advogado Clarence Darrow sem dar atenção ao que estava escutando. Desde então, a esta parte, a luta da ignorância contra a Ciência, tem proporcionado um espetáculo inestimável na história do humor e do friquismo intelectual, uma espécie de pensamento da série Z, onde os tiranossauros "como inofensivas criaturas de plastilina" comem maçãs das árvores ou bailam com os pinguins na selva tropical. Estas são as dez piadas mais celebradas do Criacionismo:
1 - Os dinossauros conviveram com o homem Atendendo às teses criacionistas, a Bíblia está repleta de referências que demonstram a convivência de homens e dinossauros. No capítulo 40 do "Livro de Jó", Deus apresenta a Jó o "Behemot", uma criatura que "come erva como boi", demonstra a "força de seus lombos" e "move sua cauda como um cedro". "Se alguém me diz que os dinossauros viveram há mais de 65 milhões de anos segundo o Discovery Channel, (proclama um dos gurus do Criacionismo na Internet) eu respondo que os dinossauros viveram até há só umas poucas centenas de anos segundo Deus".
2 - O Tiranossauro se alimentava de cocos e frutas do bosque Segundo o Gênesis (1:30), Deus proporcionou erva em abundância às criaturas do Paraíso para que pudessem alimentar-se e conviver em harmonia e felicidade.
Então, para que o T-Rex necessitava de seus dentes afiados? A resposta dos criacionistas é de uma lógica devastadora: para abrir os cocos que caíam das palmeiras.
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3 - A arca de Noé ia carregada de dinossauros O Gênesis diz que Noé introduziu na arca dois exemplares de cada tipo de vertebrado terrestre, o que inclui os dinossauros.
Mas como couberam no seu interior? A resposta dos criacionistas: segundo as Sagradas Escrituras, a Arca media 133 × 23 × 14 metros, volume mais que suficiente para uns 20.000 animais do tamanho de uma ovelha. Além disso, Noé não foi tão burro de levar dinossauros adultos, mas escolheu só exemplares jovens que ocupavam menos espaço.
4 - Cangurus e ursos polares viviam junto à casa de Noé Se Noé levou um casal de cada espécie animal, isto inclui cangurus e ursos polares, espécies que vivem em habitats muito diferentes.
Ele passou pela Austrália para deixar os cangurus? Os criacionistas afirmam que no mundo antediluviano a temperatura era uniforme em todo o planeta, portanto os cangurus e pinguins viviam perfeitamente no Oriente Médio. Desta forma Noé não teve que deslocar-se de um lado para outro do globo, mas que soltou todos os animais no Ararat e eles por conta própria foram separando-se e escolhendo os lugares onde habitar.
5 - Os Neandertais eram os patriarcas bíblicos Acredite se quiser, mas os criacionistas, os Neandertais não eram nem de longe as criaturas inferiores que nos querem fazer ver, mas humanos autênticos descendentes de Adão e Eva. Segundo dizem, existem provas evidentes de que os fósseis têm sido alterados sistematicamente numa tentativa de apoiar a teoria da Evolução. Da mesma maneira, os homens de Cro-magnon seriam os descendentes pós-diluvianos de Noé.
6 - Deus criou os anfíbios porque lhe agradavam assim Para os criacionistas, o fato de que os anfíbios existam só demonstra que Deus os criou. Os peixes nunca saíram da água nem evoluíram para novas formas de vida, como sugerem os evolucionistas. Assim o demonstra o fato de que todos os peixes que parecem fossilizados são 100% peixes, não 80% peixes e 20% anfíbios.
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7 - A Terra foi criada "instantaneamente" há poucos milhares de anos Assim acreditam muitos cientistas de reputação, embora até agora suas conclusões tenham sido silenciadas. De fato, as provas demonstrariam que "a Terra foi criada instantaneamente há uns 6.000 anos". Entretanto, ninguém pode provar porque a Terra só foi criada uma vez e "não havia testemunhos".
8 - O Big Bang é um disparate científico Para os criacionistas, o Big Bang é um disparate que contradiz os mais elementares princípios da Termodinâmica: a energia nem se cria nem se destrói, e tudo tende à desordem. É mais lógico pensar que o Universo foi obra de um sopro divino. Quando muito, alguns criacionistas estão dispostos a admitir que Deus possa ter utilizado o Big Bang para colocar as coisas em ordem.
9 - A Evolução é uma invenção dos judeus Uma informação recentemente elaborada por membros do Partido Republicano apresentava "evidencias irrefutáveis" de que as teorias evolucionistas não são mais que a evolução de um conceito largamente utilizado nos escritos rabínicos como a cabala desde 2000 anos, numa tentativa de manipular o mundo de acordo com seus interesses.
10 - O Universo é um grande truque de magia Por último, o grande argumento criacionista: "A probabilidade de que tenha se formado uma célula ao acaso a partir de seus componentes básicos, é a mesma que um tornado passe por um hangar cheio de peças soltas e forme um Jumbo 737".
Tal argumento nos leva a pensar que, colocado pela primeira vez em sua vida diante de um Jumbo 737, o criacionista atribuiria sua origem a um truque divino, antes de analisar seriamente seu funcionamento.
* Nota ao pé da página: Uma pesquisa realizada pela empresa Gallup e publicada pelo diário “USA Today” a princípios deste mês de junho mostrava que 66% dos norteamericanos diz crer no Criacionismo e na ideia de que Deus criou os humanos em sua forma atual durante um período de tempo dentro dos últimos 10.000 anos. http://www.razoncritica.com/dios-y-los-dinosaurios-de-plastilina_148.html 22
3 - Implicações morais e éticas do Dilúvio. Uma das principais características de Deus é sua infinita bondade e amor. (1 João 4:8) e outra de suas qualidades é a onisciência (Deus sabe tudo); e claro, recordemos também que Deus é Imutável, ou seja, Deus não muda. Uma vez que conhecemos estas qualidades de Deus a as confrontemos a certos fatos que nos mostra a Bíblia, é muito difícil acreditar que Deus seja verdadeiramente tal como descrevem suas qualidades. Obviamente falamos do Dilúvio Universal.
O livro do Gênesis relata-nos capítulos 6 ao 9 como Deus ao ver a maldade da gente que ele próprio criou “Se arrepende de tê-los criado” (Gen 6:5-6) (recordemos que Deus é imutável, que não deveria mudar, portando, dizer que “se arrependeu” de algo é uma contradição descomunal e injustificável.) Deus, para reparar o desastre que há na terra e pelo que parece ele não sabia que ocorreria, sua magistral e inteligente solução é afogar todo mundo, incluindo os animais e as plantas.
Deus escolhe salvar só um dos homens que habitam na terra, é Noé, que encontrou graça diante dos olhos de Deus. A Bíblia não nos diz que os filhos de Noé e suas esposas fossem bons, só diz que o único bom era Noé, portanto, se assume que o resto da tripulação que consegue se salvar, só o faz por ser a família de Noé e não por méritos próprios. É muito interessante analisar a sábia decisão de Deus. Como é possível que a Deus, que em teoria é “Infinitamente sábio”, sua melhor ideia seja matar a todo mundo? Nem a um vulgar pecador qualquer ocorreria tamanha selvageria. Além disso, as implicações morais e éticas desta decisão estão na ordem do dia. Segundo o próprio Deus, o único “bom” era Noé; portanto, para Deus as crianças era seres malvados. Certamente que no momento do Dilúvio existiam milhões de crianças no mundo, todas elas pecadoras, segundo Deus. Onde está a infinita sabedoria de um Deus que considera crianças como pecadores? Bem, mesmo que uma criança fosse um pecador, a solução não seria assassiná-lo. Isso é uma prática sádica, má, aberrante e nada digna de elogios ou admiração.
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As desculpas dos crentes a respeito disso são abundantes e principalmente incrivelmente irracionais.
Alguns dizem que Deus já sabia que essas crianças seriam más no futuro e por isso era melhor prevenir. Que tipo de argumento é este? Onde está o tão trilhado “livre arbítrio” de que tanto apregoam os cristãos? Se não temos opção porque já se sabe se seremos bons ou maus, para que adorar a Deus? Para que rezar, se tudo já está escrito?
Se essas crianças tinham livre arbítrio, deviam ter uma oportunidade para melhorar. Assassiná-los não é nem de longe uma solução racional e muito menos amorosa ou inteligente. E claro, a desculpa mais comum e também a mais idiota diante desta “Sábia” decisão de Deus de assassinar as crianças inocentes, é que: “Deus sabe por que o fez” ou “Não podemos questionar as decisões de Deus”; isso é como dizer que Deus pode fazer o que lhe dá na telha e os crentes devem simplesmente aplaudi-lo... Mesmo quando assassina milhões de crianças inocentes e puras!
Leia mais sobre as desculpas idiotas usadas por crentes >>>>>
Em outras partes do mundo também existiam humanos (América, África, Oriente) que nunca tinham ouvido falar do deus hebreu. Por que estas pessoas tinham que morrer se nem sequer conheciam esse deus sanguinário e assassino? É como se os cristãos enviassem uma bomba aos muçulmanos só porque eles não adoram o deus cristão. (Não é isso o que fazem os ultra fanáticos Islamitas?). O Dilúvio é exatamente isso.
Imaginemos que Deus fez bem em matar toda a população do mundo; Por que eliminar também os animais? Que culpa possuem os animais de que os humanos se tornassem maus? É como dizer: “como adoeceram as galinhas, vou queimar toda a granja”.
Outra coisa:
As plantas também eram más e mereciam morrer? Ou talvez a morte de plantas e animais fosse só um “efeito colateral” das incríveis decisões de Deus? 24
Outra coisa que o crente precisa pensar:
Ao desembarcar, Noé e sua família se dedicaram a voltar a povoar a terra a partir de bases puras; porque essa parecia ser a ideia de Deus: que já não houvesse maldade entre os homens. Mas estranhamente, em relativamente pouco tempo o mundo já estava cheio de maldade outra vez.
Se Deus sabe tudo, porque é onisciente:
Por acaso Deus não sabia que o mundo se tornaria mau de novo? De que serviu toda esta história do Dilúvio, se depois de um tempo as coisas voltaram a ser iguais ou piores do que antes? Para que serve o poder da onisciência de deus, se ele não utiliza?
Ao analisar isto vemos com tristeza que a enorme matança que Deus fez, não serviu para absolutamente nada e que se desperdiçaram milhões de vidas humanas sem propósito algum. As desculpas são tão abundantes quanto idiotas, basta fazer algumas perguntas no “Yahoo Answer” para ver e se divertir com o festival de besteiras sem pé nem cabeça. Será que o crente nunca pensou que:
Se Deus é Todo-poderoso, por que simplesmente não eliminou o mal do mundo? Ou talvez: Por que não eliminou só as pessoas más, deixando vivas as crianças, animais e plantas? Lembre-se, Deus é todo-poderoso, poderia ter feito assim se quisesse. Por que não fez? Qual a sua desculpa agora?
Como é fácil perceber, esta história do Dilúvio não só é uma falsidade completa do ponto de vista histórico ou científico, mas moral e eticamente é um verdadeiro desastre para a reputação do “bom” Deus. Como pode alguém com cérebro adorar e admirar um Deus que assassinou a sangue frio milhões de crianças inocentes?
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4 - As virtudes de Deus e Noé; ou como matar teu avô.
A desculpa para esta passagem é que Cão (amaldiçoado depois por isso) não fez sexo com o papai, mas se aproveitou do porre dele e fez sexo com a mamãe. Tentam assim trocar a pederastia em família (muito comum por aqueles tempos) pelo incesto em família. As famílias preferidas de Deus parecem ter uma marcada tendência para o crime ou à depravação sexual... Ou as duas ao mesmo tempo.
Escolher um ponto discordante em toda a história que a Bíblia relata sobre o Dilúvio é muito difícil, são tantos! Vamos analisar rapidamente alguns detalhes sobre as datas, idades e genealogia dos autores envolvidos e, quem sabe, descobrir o motivo da morte de um personagem lendário (como se algo não fosse pura lenda na Bíblia). Vejamos os versículos que nos interessam:
Gênesis 5:21-32 21 - E viveu Enoque 65 anos, e gerou a Matusalém. 22 - E andou Enoque com Deus, depois que gerou a Matusalém, 300 anos, e gerou filhos e filhas. 23 - E foram todos os dias de Enoque 365 anos. 24 - E andou Enoque com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. 25 - E viveu Matusalém 187 anos, e gerou a Lameque. 26 - E viveu Matusalém, depois que gerou a Lameque, 782 anos, e gerou filhos e filhas. 27 - E foram todos os dias de Matusalém 969 anos, e morreu. 28 - E viveu Lameque 182 anos, e gerou um 26
filho, 29 - A quem chamou Noé, dizendo: Este nos consolará acerca de nossas obras e do trabalho de nossas mãos, por causa da terra que o SENHOR amaldiçoou. 30 - E viveu Lameque, depois que gerou a Noé, 595, e gerou filhos e filhas. 31 - E foram todos os dias de Lameque 777 anos, e morreu. 32 - E era Noé da idade de 500 anos, e gerou Noé a Sem, Cão e Jafé. Gênesis 7:11-12 11 - No ano 600 da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, 12 - E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
Bem, vamos por partes: 1. Matusalém tem Lameque com 187 anos. 2. Lameque tem Noé com 182 anos. 3. Ou seja, Matusalém tem 369 anos quando nasce seu neto Noé. Agora, a Bíblia nos diz que o dilúvio começou quando Noé tinha 600 anos de idade.
Que idade tinha então Matusalém quando começou o Dilúvio? Fácil, basta somar a idade que tinha quando nasceu Noé (369) mais 600 anos, o que nos dá 969 anos. Matusalém tinha 969 anos quando começou o dilúvio. Com que idade morreu Matusalém? Aos 969 anos (Gênesis 5:27). A conclusão é óbvia: Matusalém morreu afogado no Dilúvio!
Ou seria uma infinita casualidade que tenha morrido justamente quando começou o dilúvio. Podemos concluir várias outras coisas:
Por que Noé não avisou seu avô para que fosse salvo com eles no interior da arca? Recordemos o que disse Deus. Gênesis 7:1 (Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.) Isto significa que o único bom e justo para essa data era Noé; mas Matusalém estava vivo. A conclusão torna-se óbvia: Matusalém era uma pessoa má! Se fosse bom e justo teria entrado na arca com Noé.
Só há duas opções: 1. Noé era um mau neto e não avisou seu avô 2. Ou Matusalém era uma pessoa perversa e não merecia entrar na Arca. Uma análise cuidadosa das datas nos revela coisas interessantes: Noé teve seus filhos aos 500 anos e o dilúvio começou quando tinha 600; isso significa que a construção da Arca durou menos de 100 anos. (Para alguns estudiosos da Bíblia, Deus deu a Noé apenas 7 dias para construir a arca. Gênesis 7:4) É verdadeiramente assombroso que só entre quatro pessoas conseguissem fazer esse trabalho nesse tempo. Alguns crentes alegam que pessoas ajudaram Noé a construir a 27
Arca. Esta desculpa é verdadeiramente idiota já que o próprio Deus disse que os únicos “bons” eram Noé e sua prole; é improvável que os perversos que rodeavam Noé (entre eles seu avô Matú) o ajudassem. E o que é pior, que ajudassem e fossem deixados para morrer afogado. Isso teria sido verdadeiramente mal-agradecido por parte de Noé. Falemos um pouco do pai de Noé, o senhor Lameque. Lameque teve Noé com a idade de 182 anos. Isso significa que Lameque deveria ter 782 anos no momento do início do Dilúvio (182+600). Mas Gênesis 5:31 nos diz que tinha ao morrer 777 anos. Ou seja, morreu 5 anos antes do Dilúvio. Assumindo que Deus avisou a Noé sobre o Dilúvio quando seus filhos já estavam casados (Noé teria uns 520 anos), isso significa que seu pai estava vivo no momento que Noé começou a construir a arca, mas a Bíblia não nos diz que Lameque fosse dos escolhidos para entrar, assim concluímos que Lameque, o pai de Noé era outro perverso! Que família essa de Mister Noé!!! Qual é a desculpa desta vez? Não me venham com o velho jargão de “Há que interpretar os versículos” Por favor! Peguem suas calculadoras e façam as contas. Simples, Deus especificou muito bem as datas e idades. Não há nada que interpretar. Isso da “Interpretação” não serve neste caso. Outra desculpa batida é “Não deves te fixar nos detalhes, o que importa é o que quer transmitir”, com isso o crente tenta ignorar que a Bíblia está cheia de erros grosseiros, erros de tradução, contradições, etc. Então, se só interessa a mensagem, simplesmente aceite que a Bíblia é uma fonte interminável de falhas e não discuta sobre o assunto, preocupe-se só com seu maravilhoso ensinamento, que não custa nada dizer, é altamente questionável, talvez até pior que as falhas e erros.
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5 - O plágio judaico-cristão descarado >>>
Já sabemos que a história de Noé é uma das mais comentadas e difundidas; que está cheia de eventos antinaturais que já foram desmascarados um sem número de vezes, o relato da Arca é, no entanto, motivo de disputa por parte de um grupo religioso (criacionistas) que pretende demonstrar que isto aconteceu tal como se narra, apesar de que, entre outras coisas, é uma impossibilidade completa. Analisemos agora com mais calma todas as fontes; o texto bíblico em si e sua moralidade; se algo dessa magnitude realmente aconteceu nessa época (a que propõem todos esses grupos religiosos); se teria sido possível desde um ponto de vista lógico; que evidências há disso e de onde o povo nômade hebreu plagiou a ideia para criar o relato.
1 - Análise bíblica e sua moralidade Depois de relatar todos os descendentes desde Adão e Eva, até chegar a Noé, o autor começa a contar a história de Noé e sua arca:
Gênesis 6:1-3 1 - E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, 2 - Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 - Então disse o SENHOR: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão 120 anos.
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Depois de criar Adão e Eva, com quem Deus esperava a descendência deles se reproduzisse? Antes de criar, Deus não sabia que isso aconteceria? Vai muito mal esse deus judaico-cristão se quiser ser reconhecido como onisciente.
Gênesis 6:4-6 4 - Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama. 5 - E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. 6 - Então arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.
Havia gigantes? Embora os crentes não gostem de ouvir (e muitos irão ignorar), segundo a Bíblia, eles existiam (nos livros Deuterocanônicos do século IV AEC se descreve mais sobre eles e como foram extintos no dilúvio). Pois bem, supomos que não era em sentido literal: O texto realça a virtude de ser valente, como algo positivo. Então, basta ler o versículo 3, para entender o que irritou Deus a ponto de fazê-lo se “arrepender”.
Lei mais sobre os gigantes >>>>
Deus se arrependendo? Um ser como Deus, que segundo o que nos relata a bíblia; é onisciente e conhece o futuro? Arrepende-se de algo que ele mesmo criou? Um ser que nos criou à “sua imagem e semelhança”, e não apenas isso: Depois de nos criar, junto com os animais, “viu que era bom” E se arrependeu de ter feito? Ele não sabia que quando criou o homem dessa forma, isso aconteceria? Um deus que sabe o que vai acontecer antes de criar e cria algo imperfeito e perverso? Como algo tão perfeito como esse deus pode equivocar-se sabendo que sua criação vai ser imperfeita? 30
E não é só isso, também lhe doeu no coração: um deus com sentimentos humanos impróprios para algo ou alguém que, se supõe; é divino, não terreno, onisciente e com sabedoria infinita?
Gênesis 6:7 E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.
Um ser misericordioso e justo: viu que o homem feito à sua “imagem e semelhança” era perverso (ou lhe doeu ver-se no espelho ou é um hipócrita) e não só não o perdoa (afinal de contas ele mesmo criou o homem assim), mas decide matar ele e todos os animais inocentes que habitam a terra. Incluídas as aves do céu (lembram-se disso).
Gênesis 6:8-13 8 - Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR. 9 - Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus. 10 - E gerou Noé três filhos: Sem, Cão e Jafé. 11 - A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. 12 - E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. 13 - Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os destruirei com a terra.
Noé; “justo e perfeito em suas gerações” (supostamente todo humano que viveu depois do dilúvio é descendente dele): Alguns pontos e incoerências: 1. 2. 3. 4.
Deus caminhando com Noé. Toda a violência e maldade vêm de todo ser (inclusive animais). Deus decide destruir a humanidade por que eram violentos entre eles. Nota: supostamente, a violência e a maldade do homem deveria ter terminado com sua destruição. Se não é assim, Deus realizou um ato cruel e o mais importante, TOTALMENTE INUTIL.
Gênesis 6:14-16 14 - Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume. 15 - E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinquenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura. 16 - Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.
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A palavra gofer só aparece uma vez na Bíblia, em Gênesis 6:14. Devido à grande semelhança entre a letra G e K em hebreu, alguns sugeriram que a palavra correta e Kofer: que se traduz como “madeira à prova d´água”. Há quem diga também que é uma técnica de impermeabilizar a madeira, cujo processo é muito longo e complicado. Muitos a comparam com uma madeira resinosa e durável como o cedro. Outros eruditos afirmam que a madeira de gofer não existia na região onde Noé vivia e que teria que viajar uma distância bastante extensa para poder consegui-la. Entretanto, não se sabe exatamente onde viveu Noé antes do dilúvio. Não importa, isto demandou um grande trabalho e muita perseverança.
Gênesis 6:17 Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará.
Lembre-se desta frase.
Gênesis 6:18-20 18 - Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. 19 - E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão. Das aves conforme a sua espécie, e das bestas conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservar em vida.
E lembre-se disto também.
Gênesis 6:21-22 21 - E leva contigo de toda a comida que se come e ajunta-a para ti; e te será para mantimento, a ti e a eles. 22 - Assim fez Noé; conforme a tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez. Gênesis 7:1 Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.
Deus volta a repetir que segundo ele, Noé e toda sua descendência (segundo a bíblia todos somos dela) serão justos.
Gênesis 7:2-4 2 - De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea. 3 Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra. 4 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz. 32
Noé acata as ordens sem questionar, apesar de que Deus vai aniquilar toda a humanidade e todos os animais durante 40 dias. O deus todo-poderoso criou o universo em 6 dias e todas as espécies animais junto com o homem em um só dia, MAS NECESSITOU DE 40 DIAS PARA ACABAR COM O QUE CRIOU E, ALÉM DISSO, DE FORMA POUCO OU NADA EFICIENTE E BASTANTE CRUEL. CRIOU O UNIVERSO EM 6 DIAS, MAS EM 40 DIAS NÃO CONSEGUIU ACABAR COM A VIDA NA TERRA E MUITO MENOS COM A MALDADE DOS HOMENS. EXEMPLO MELHOR DE FRACASSO IMPOSSÍVEL.
Gênesis 7:5-9 5 - E fez Noé conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenara. 6 - E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra. 7 Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio. 8 - Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra, 9 - Entraram de dois em dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
Lembre-se bem...
1 - Vivemos numa cúpula de vidro submersa
Gênesis 7:10-12 10 - E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. 11 - No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, 12 - E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
Segundo uma análise bíblica, esta fecha estaria situada no ano 2304 AEC (data totalmente incompatível com todos os descobrimentos arqueológicos de culturas anteriores e contemporâneas a ela).
Gênesis 7:13-21 13 - Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração. 14 - De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea. 15 - Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra. 16 - Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz. 17 - E fez Noé conforme a tudo o que o SENHOR lhe ordenara. 18 - E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra. 19 - Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua 33
mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio. 20 - Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra, 21 - Entraram de dois em dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé. 22 - E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. 23 - No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram, 24 - E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites. 25 - E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos. 26 - Eles, e todo o animal conforme a sua espécie, e todo o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil que se arrasta sobre a terra conforme a sua espécie, e toda a ave conforme a sua espécie, pássaros de toda qualidade. 27 - E de toda a carne, em que havia espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca. 28 - E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como Deus lhe tinha ordenado; e o SENHOR o fechou dentro. 29 - E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra. 30 - E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas. 31 - E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos. 32 - Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. 33 - E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem. Lembre-se disto também...
2 - Criou tudo em 6 dias, não conseguiu acabar em 40 dias
Gênesis 7:22-24 22 - Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. 23 - Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca. 24 - E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinquenta dias.
Para ser um deus onisciente e onipotente, demorou demais, não? O estava curtindo fazer dessa forma e vendo como tudo se destruía?
3 - Deus tinha esquecido a arca e de Noé
Gênesis 8:1 34
E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os seres viventes, e de todas as bestas que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas.
Um momento! Deus tinha esquecido completamente de Noé e sua arca? Agora já se pode entender por que demorou 150 dias! Claro, Deus tinha se esquecido de Noé e sua arca… O deus onisciente e de sabedoria infinita teve que se lembrar dos únicos sobreviventes da humanidade.
Montes Ararat (direita) e Sis – 5.137 metros.
Gênesis 8:2-14 2 - Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas dos céus, e a chuva dos céus deteve-se. 3 - E as águas iam-se escoando continuamente de sobre a terra, e ao fim de cento e cinquenta dias minguaram. 4 - E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate. 5 - E foram as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes. 6 - E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito. 7 - E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra.
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8 - Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra. 9 - A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca. 10 - E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca. 11 - E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. 12 - Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele. 13 - E aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta. 14 - E no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca. Contradições e incoerências destes versículos:
1 - A arca repousou no monte Ararate no mês sétimo ao 17º dia. Quando ainda não estavam descobertos os cumes dos montes, o que só ocorreu mais de dois meses mais tarde, no mês décimo ao primeiro do mês. 2 - Quarenta dias depois que os montes apareceram e que a arca já estava em terra (monte Ararate), Noé envia um corvo e uma pomba que não conseguem tocar em terra firme por que “as águas estavam sobre a face de toda a terra”. 3 - Noé envia outra pomba 7 dias depois da primeira e esta volta com uma folha de oliveira e “e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.”. Isto soma mais de 40 dias. (Essa oliveira sobreviveu ao dilúvio? Ele fracassou então?). 4 - O versículo 14 relata que a terra secou no mês 2º aos 27 dias deste. Isto também soma mais de 40 dias. 5 - Deus, que anteriormente tinha se comunicado com Noé, esquece (de novo) de avisá-lo quando já poderia sair da arca. Obrigando este a passar dentro dela muito mais tempo que o necessário. Puta sacanagem! 6 - Segundo o relato, as águas que inundaram toda a terra vinham “das fontes do abismo e das cataratas do céu”, não das nuvens.
4 - Deus avisa Noé tarde demais
Gênesis 8:15-17 15 - Então falou Deus a Noé dizendo: 16 - Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos. 17 - Todo o animal que está contigo, de 36
toda a carne, de ave, e de gado, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, traze fora contigo; e povoem abundantemente a terra e frutifiquem, e se multipliquem sobre a terra. Deus se comunica com Noé depois que este já sabia que a terra estava seca, graças a um corvo e três pombas. Deus não sabia que Noé já sabia disso graças às pombas? Não só lhe avisa tarde inutilmente, mas que anteriormente já tinha se esquecido dele com arca e tudo.
Gênesis 8:18-19 18 - Então saiu Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele. 19 - Todo o animal, todo o réptil, e toda a ave, e tudo o que se move sobre a terra, conforme as suas famílias, saiu para fora da arca.
Lembre-se disto também...
5 - Deus não conhecia o coração do homem
Gênesis 8:20-22 20 - E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar. 21 - E o SENHOR sentiu o suave cheiro, e o SENHOR disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz. 22 - Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.
PQP!!! Deu se dá conta de que o coração do homem é mau desde sua juventude depois de ter aniquilado a todo ser vivente durante 150 dias.
6 - Deus mentindo descaradamente E não é só isso… É supostamente a própria palavra de Deus quando ele mesmo promete que “Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem;”
Parece que quando provocou a destruição de Sodoma e Gomorra e as 12 pragas sobre o Egito, já não lembrava mais desta promessa. Também promete que “nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz.” >> Algo contraditório com a ideia do apocalipse. 37
2 - Aconteceu algo assim? Do ponto de vista bíblico, este fenômeno deveria ter ocorrido no ano 2304 AEC (fato que não ocorreu nessa época, descartando assim toda a veracidade histórica da Bíblia), fazendo um estudo sobre o contexto histórico se pode chegar às seguintes conclusões: Embora a maior parte das opiniões referentes ao dilúvio do gênesis bíblicomesopotâmico, se incline a pensar que possui uma origem mítica, o estudo científico não está totalmente de acordo de que absolutamente todos os aspectos não sejam reais. Neste sentido, os registros bíblicos são o único registro que especifica lugares e períodos bem definidos que podem ser utilizados para uma análise científica. Um exemplo disso é que segundo a história descrita na Bíblia, a região onde teria pousado a arca de Noé, teria sido o monte Ararat (mais detalhadamente, na bíblia está escrito no plural: “8:4 - E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate“) , que está na Turquia e apresenta dois picos elevados (foto mais acima). Entretanto, há que levar em consideração a geologia e outras ciências já descartou que tenha ocorrido um dilúvio ou inundação mundial que tenha abarcado todo o planeta. Ainda assim, o mito do dilúvio do gênesis bíblico-mesopotâmico, permite postular cientificamente que tenha acontecido um possível dilúvio ou inundação, mas só em uma zona geográfica específica do planeta. Devido a isso há várias hipóteses que, de fato indicam que em um período remoto da existência do ser humano, quando já existia a linguagem, ocorreu possivelmente algum tipo de catástrofe natural que se poderia associar a uma inundação ou dilúvio que, embora não atingiu todo o planeta, pode ter sido a origem do mito. Deste modo neste tipo de hipótese se poderia incluir:
A proposta pelos geólogos William Ryan e Walter Pitman, da Universidade de Columbia, sobre a inundação do mar Negro, que durante a última era glacial podo ter sido um lago de água doce cujo nível desceu consideravelmente. Ao terminar a era glacial, com o aumento do nível dos oceanos, a estreita faixa de terra que o separava do mar Mediterrâneo teria erodido causando uma inundação catastrófica em toda a bacia do mar Negro, que teria aumentado seu nível e inundado grandes extensões de superfície em talvez umas poucas semanas. Existem provas convincentes de que esta inundação do mar Negro ocorreu, porém que a recordação desta inundação seja o que deu origem às histórias do Dilúvio é muito mais controvertido. As hipóteses que associam este mito às cheias dos rios em que se desenvolveram as primeiras civilizações e as lembranças de cheias de tipo catastrófico deixadas na memória das primeiras comunidades urbanas do Tigre e do Eufrates. Neste sentido existe uma ampla tradição local, embora da mesma forma que na hipótese do mar Negro, associar estas hipóteses com o dilúvio do Gênesis bíblico-mesopotâmico, é um fato também polêmico. Segundo outra corrente de opinião, o dilúvio universal podo responder, em sua origem, só à necessidade de explicar certas observações e evidências geológicas e paleontológicas, em um contexto cultural prévio a atual análise 38
científica; análise que descarta estas observações como prova de um dilúvio universal, ao provar que possuem outra origem científica. Estas observações que equivocadamente podem ter dado origem a este mito seriam, por exemplo, as seguintes: a descoberta de fósseis de animais e plantas em grandes acumulações (extinção massiva); fósseis de origem marinha (peixes, equinodermos, moluscos…) encontrados a muita distância da água ou a grande altitude acima do nível do mar; fósseis de seres extintos; icnitas, ou seja, marcas de pisadas sobre barro fresco; ondulitas (ripple-marks); estratos de rochas sedimentares que denotam ou bem um processo lento incompatível com a crença em uma criação recente, ou bem um processo catastrofista muito rápido e a existência de conglomerados (ver rocha detrítica) com cantos arredondados similares aos de origem fluvial. Esta hipótese postularia que esta origem do mito seria reforçada pela suposta universalidade do mito do dilúvio, comum a muitas civilizações não relacionadas com a judaico-mesopotâmica. Tem-se teorizado que o Dilúvio pode ter sido na realidade um tsunami mediterrâneo produzido pela explosão do Monte Etna, na margem oriental da Sicília. Uma investigação publicada em 2006 sugere que isto ocorreu ao redor do ano 6000 AEC, e causou um enorme tsunami que deixou sua marca em vários lugares do mar Mediterrâneo oriental, por exemplo, no assentamento de Atlit Yam (Israel), hoje em dia abaixo do nível do mar, que foi abandonado repentinamente ao redor dessa época. Por outro lado se sugere que o mito do dilúvio universal estivesse relacionado com a Teoria da catástrofe de Toba, após a qual há 70.000 anos a população humana se reduziu a uns 10.000 indivíduos, após um inverno vulcânico de 6 anos de duração, caracterizado por uma queda das temperaturas de até 15 graus célsius e chuvas generalizadas. A transmissão oral dessa catástrofe através do tempo explicaria porque o mito do dilúvio universal é comum a diversas culturas ao largo do mundo como, por exemplo, nos índios Innu do Canadá.
3 - Todos os animais na arca? Já que a data fornecida pela Bíblia sobre quando ocorreu o dilúvio é falsa, a construção da própria arca e se caberiam todos os animais nela, pouco importa. Porém, analisemos se uma arca dessas características poderia conter TODAS as espécies animais. Os crentes afirmam que sim é possível. Todas as suas afirmações se baseiam no contexto da construção da arca mediante um estudo realizado por John Woodmorappe (Noah’s Ark: a Feasibility Study – El Arca de Noé: Un estudio de Factibilidad). Este estudo realizou uma série de cálculos baseando-se nas medidas oferecidas pela narração bíblica (codos) convertendo-as às medidas atuais (metros). Nesse estudo utilizam os versículos bíblicos que lhes interessam e omitem desavergonhadamente tudo o que não lhes interessa. Vejamos o que dizem (texto azul): 39
1 - O volume da arca era suficiente para levar os tipos necessários? A Arca media 300x50x30 codos (Gênesis 6:15) que são 140x23x13.5 metros, portanto, seu volume era de 43.500 m3 (metros cúbicos). Para por isto em perspectiva, é o volume equivalente a 522 vagões de trem de carga e cada um dos quais pode levar 240 ovelhas. Se os animais eram guardados em jaulas com um tamanho médio de 50x50x30 centímetros, isto é 75.000 cm3 (centímetros cúbicos), os 16.000 animais só ocupariam 1200 m3 ou 14.4 vagões de carga. Inclusive se um milhão de espécies de insetos tivessem que estar a bordo, não seria um problema, pois exigiriam pouco espaço. Se cada casal fosse guardado em jaulas de 10 cm de lado, ou 1.000 cm3, todas as espécies de insetos ocupariam um volume total de só 1.000 m3, ou outros 12 vagões. Isto deixaria espaço para cinco trens de 99 vagões cada um, para comida, a família de Noé e “espaço” para os animais. No entanto, os insetos não estão incluídos no significado de behemah ou Remes em Gênesis 6:19-20, então Noé provavelmente não teria de embarcá-los como passageiros de qualquer maneira.
Aqui vemos como o crente busca lacunas gramaticais para adaptar a história fantasiosa do dilúvio a uma mentalidade crítica científica atual. Estão dizendo que espécies de insetos como formigas, vermes, etc., sobreviveram ao dilúvio que cobriu TODA a terra?
Calcular o volume total é bastante justo, pois mostra que tinha muito espaço na Arca para os animais e com bastante espaço extra para comida, espaço para movimentarse etc. Seria possível amontoar jaulas, com comida acima ou perto delas (para minimizar a quantidade de transporte de comida que os humanos teriam que fazer), 40
para aproveitar mais o espaço da Arca, para permitir assim bastante espaço para a circulação do ar.
E aqui acrescentam um elemento novo não citado nem determinado por Deus a Noé: as jaulas. Certamente para dar um pouco mais de coerência (como se fosse possível).
Estamos discutindo uma situação de emergência, não necessariamente uma acomodação de luxo. Embora haja muito espaço para o exercício, de qualquer maneira os céticos têm enfatizado as necessidades de exercício dos animais. Mesmo que não se permita colocar uma gaiola em cima da outra para economizar espaço, não há problema. Woodmorappe mostra, com base em diretrizes padrão para o espaço exigido pelos animais, que todos eles juntos teriam necessitado menos da metade do espaço disponível nos três andares da arca. Esta organização permite que a quantidade máxima de água e de alimentos possa ser armazenada sobre as gaiolas e perto de animais. A proporção de largura-comprimento de 6-1 é frequentemente usada por construtores navais hoje em dia. Esta é a melhor relação para a máxima estabilidade em tempos de tempestade. Esta é a mesma proproção usada por Deus quando deu as medidas a Noé para construir a arca.
Eles esquecem uma coisa básica em tudo isto da arca: Supondo que as medidas que relata a bíblia sejam as corretas para alojar Noé e toda sua família, e a dois animais de cada espécie… Não é prova da existência de um Deus, só é prova de que o autor que escreveu esse relato entendia de medidas náuticas. Por outro lado, o dilúvio prova a incompetência de Deus ao criar as coisas, pois fez errado, se arrependeu e tentou destruir tudo para tentar acertar na próxima vez.
A arca de Noé foi construída só para flutuar, não para navegar para nenhum lado. Muitos estudiosos da arca creem que a arca não era mais que uma barcaça, em vez de um barco pontiagudo, da forma que se constroem hoje os que vemos nos oceanos. Se isto é assim, aumentaria a capacidade de carga grandemente e evitaria o problema da torsão e encurvamento das naves modernas deste tamanho, que necessitariam mastros gigantes e velas para que o vento as impulsione. Ao contrário, a Arca de Noé não necessitava de nenhum destes instrumentos. Só tinha que flutuar!
Se só necessitava flutuar, quando supostamente a água aumentou e teve que esquivar-se de montanhas e árvores, como fez? Porém todas essas perguntas são desnecessárias se tomamos esta história como o que é; um mito.
2 - Quantos tipos de animais Noé precisou levar? Quantos e que tipo de animais Noé tinha que levar na arca? Muitos incrédulos dizem que a arca estava sobrecarregada, eles dizem que Noé teria que juntar milhões de animais diferentes. Hoje há milhões de espécies de animais, deveria 41
ter milhões de animais na arca! Isto é verdade? A palavra científica espécie e a palavra Bíblica espécie ou gênero frequentemente estão intercambiadas. Isto não é correto porque não são sinônimos. A palavra Bíblica gênero ou espécie é um organismo que reproduz outros organismos iguais, ou seja, segundo o gênero ou espécie. O conceito de espécie científico é mais limitado. Embora muitas espécies científicas possam estar incluídas na palavra Bíblica. A palavra Bíblica provavelmente está mais próxima do termo taxonômico moderno “gênero” e em outros casos ao mais largo grupo taxonômico “família.” A família dos caninos inclui 14 gêneros de tipos de cães. Isto inclui o coiote, cão, lobo, chacal, etc. A arca não necessitava ter centenas de espécies de diferentes caninos que formam este grupo. Na realidade, estes estavam representados por poucos “gêneros Bíblicos.” Estes tipos reproduziam a todos os animais que formam toda a família canina. Por exemplo, todos as centenas de variedades de pombos domésticos estão produzidos de uma só espécie, o pombo silvestre (Columbia livia).
Um momento… Estão dizendo que ADMITEM A TEORIA DA EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES? E não só isso, afirmam que as espécies animais EVOLUÍRAM muito mais rápido do que a ciência tem demonstrado? Segundo a bíblia, a criação se produziu há uns 6000 anos. Para informação dos crentes: A evidência fóssil mais antiga de um cão domesticado foi encontrada em 2008 na caverna Goyet da Bélgica, correspondente a uns 31.700 anos e ao que parece associado à cultura aurignacense. Até então as provas mais antigas tinham sido encontradas na Rússia, de 14.000 anos (Eliseevich).
E três pontos com o tema de Gênero ou Espécie: 1. Atualmente há mais de 2 milhões de espécies “conhecidas” e em apenas 3 séculos se extinguiram mais de 1 milhão. 2. Tanto se chamam gênero ou chamam espécie na bíblia, a quantidade atual não varia de em torno dos 3 milhões de animais. 3. Supondo que se escolha a cifra atual de mais de 2 milhões de espécies (denominação científica atual) e a isto se soma que a maioria dos animais necessita de uma fêmea para procriar. Na arca deveria entrar mais 4 milhões de animais (sem importar gênero ou espécie como denominação). E não só isso, animais de diferentes tamanhos. 4. Se construíssem 10 jaulas por dia gastariam 548 anos só nessa tarefa. Outra pergunta que frequentemente formulam é quantos animais limpos e imundos, Noé tinha que levar a bordo da Arca. Muitos incrédulos dizem que Noé tinha que levar 7 casais de animais limpos e 7 casais de aves (Gn. 7:2-3). Quantas aves limpas e quantas não limpas? A resposta a esta pergunta se encontra em Levítico 11 e Deuteronômio 14. As aves limpas não são descritas como no caso dos animais limpos e os peixes limpos. Examinando estes dois capítulos, asseguramos que as características das aves estão anotadas e por conclusão as características das aves limpas podem ser determinadas. Além disso, examinando outras partes da Bíblia, estas características encaixam com Levítico e Deuteronômio. As aves limpas estão em ordem taxonômica: Galiformes, Anseriformes e pisciformes; isto inclui as galinhas, 42
aves aquáticas, pombos e várias aves que cantam e que comem grão; a maioria das aves são imundas, quer dizer que só um par estavam a bordo da arca.
Desta forma, o resto das espécies que ficaram de fora existe hoje pelo milagre de outro deus que as protegeu da matança do deus judaico-cristão. Certo?
Na realidade quando entendemos apropriadamente, Noé levo 7 indivíduos (não 7 pares) de animais e aves que estavam limpas. Porque os animais limpos e as aves limpas iam ser usados para comida, mas tarde, era importante ter reservas para que se reproduzissem. Na realidade havia três pares de animais e aves limpos e um sétimo par. O sétimo era para uma oferenda quando terminou o Dilúvio (Gn. 8:20). Se um animal era impuro como a maioria, só necessitava levar um par a bordo.
Aqui os crentes voltam a inverter o contexto do que diz a bíblia para tentar fazer as coisas um pouco coerentes. É incrível como o crente adapta o que diz a bíblia a seus próprios critérios para tentar assim justificar tudo o que há nela (seja absurdo ou não).
A arca tinha mais espaço do que necessitava para os animais. Quando a Bíblia é investigada apropriadamente isto é muito óbvio. Somente animais que respiravam e que viviam sobre a face da terra iam a bordo da arca (Gn. 7:22). Os seguintes animais podiam sobreviver fora da arca (Whitcomb 1998, p.68): • • • • • • •
25.000 espécies de peixes. 1700 espécies de tunicates encontrados em diferentes mares. 600 espécies equinodermas como a estrela do mar e ouriços. 107.000 moluscos como mariscos e ostras. 10.000 corais, anêmonas, águas-vivas e hidras. 4.000 espécies de esponjas. 31.000 protozoários, criaturas microscópicas unicelulares.
E aqui voltam a falhar claramente em toda sua “rigorosa” análise bíblico-científica. Tomam os versículos que mais lhes interessa e omitem partes desses versículos e muitos outros inteiros. Anteriormente pedimos para lembrar-se de certos versículos durante a análise bíblica do texto,
Gênesis 6:7 E disse o SENHOR: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito. Gênesis 6:17 Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra morrerá. Genesis 7:21
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E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem.
Supomos que o embananado crente afirme que se referia ao que havia na terra e não a tudo, como se insinua, ainda assim, omitindo estes versículos: 1. A soma de todas essas espécies que acabam de descartar da destruição (PARCIAL E LIMITADA) é de apenas 179.300 espécies. 2. No mundo há mais de 2 milhões de espécies e, portanto, 4 milhões de animais deviam embarcar na arca. De volta para sua calculadora. Noé devia preocupar-se por animais aquáticos mamíferos, delfins, baleias, morsas, focas, marsopa e leão marinho. Há muitos repteis aquáticos que podiam sobreviver fora da arca. Isto inclui muitos tipos de víboras, crocodilos, tartarugas marinhas. Há um milhão de espécies de artrópodes que podia sobreviver ao Dilúvio. Animais como os seguintes: camarões, caranguejos, lagosta e muitos outros crustáceos. Todos os insetos podiam estar fora da arca. Mais que 35.000 espécies de vermes nematoides podiam sobreviver ao Dilúvio. Na realidade só uma pequena porcentagem dos animais necessitava estar dentro da arca. A maioria dos animais que habitam a terra vivem na água ou não respiram.
Estão chamando seu Deus de inútil o mentiroso? Segundo a fonte que usam para fazer essas análises e tentar creditar assim um pouco de veracidade à arca, que é a bíblia, Deus deixou bem claro que todo ser vivo que não entrasse na arca morreria e de fato, segundo a bíblia , isso ocorreu assim. Se afirmam que deus falhou e afinal não conseguiu matá-las, estão declarando que o relato da bíblia (que afirma estar inspirada por Deus) é mentira.
3 - Quantos animais a Arca levou? Muitos escritores na questão da Arca de Noé têm diferentes estimativas para as quantidades dos animais que necessitavam estar a bordo da Arca. Os doutores Morris e Whitcomb em seu livro, The Genesis Flood (El Diluvio de Genesis), estimam que aproximadamente 35.000 animais estivessem a bordo da arca. Em outro livro, Noah’s Ark: A Feasibility Study, [“El arca de Noé: Un estudio factível”] John Woodmorappe disse que somente 2.000 animais necessitavam estar a bordo da Arca. Sendo muito conservador ele continua com seu estudo com a estimativa que 16.000 animais podiam estar facilmente cuidados na Arca. Vamos ser conservadores e vamos usar 40.000 animais em nossa estimativa. Esta estimativa é porque há animais que já estão extintos e outros animais não tinham sido descobertos neste tempo. Este número de 40.000 animais é 5.000 a mais que os números antes mencionados, baseados em nosso entendimento presente, este número de animais deve satisfazer os mais céticos. 44
40.000 animais de um total de 2 milhões de espécies (mais a metade do outro gênero > 4 milhões). Se essa quantidade representa um terço da capacidade da arca, a capacidade total segundo os crentes estaria rondando os 140.000 animais (somando os dois gêneros da maioria deles). Pretendem que acreditemos que 1.9 milhões de espécies (sem contar com o milhão de espécies extintas) apareceram do nada em menos de 5000 anos de história? Isto sem contar com a tremenda estupidez que seria afirmar a não existência dos dinossauros, ou dizer que os dinossauros coabitavam com o homem há tão só 6.000 anos e que o dilúvio os extinguiu. E a pergunta mais óbvia e que faz com que tudo isso caia por terra e careça de sentido científico e lógico: Como Noé encontrou, capturo e meteu na arca esses 40.000 animais (segundo Woodmorappe)?
Seguramente que um crente dirá que foi Deus quem os guiou. Quando algo não tem lógica nem sentido científico, o crente recorre em sua “rigorosa análise” ao sobrenatural.
4 - Plágio de outras culturas anteriores Esta é provavelmente a evidência que os crentes mais negam. Dado que questionaria ainda mais a credibilidade de sua religião como uma religião independente, original e autêntica, o que jamais foi. Para eles é mais fácil afirmar sem argumentação alguma, que os textos sumérios não são válidos e sua versão do mito da arca é falsa; a admitir que provavelmente o povo que escreveu a bíblia, um povo nômade de bandidos (o povo hebreu) foi colhendo vários mitos de outras culturas e religiões e adaptando-os a seu próprio interesse. Para que entendamos qual foi anterior e qual posterior devemos conhecer as diferentes fontes que compõem a bíblia: Yahvista, Elohista, Sacerdotal e deuteronômica, segundo a hipótese documental. Há outras hipóteses como a “Fragmentada” e a “Complementar”, porém todas são unânimes e afirmar que o Pentateuco teve vários autores... NÃO FOI ESCRITO POR MOISÉS E ESTE NEM MESMO DEVE TER EXISTIDO.
A fonte “J” ou yahvista (por usar o nome de YHWH, transliterado como Jeová ou Yahveh para Deus), esta fonte seria originária do Reino do Sul e se localizaria em torno do ano 850 AEC. Teria contribuído nos episódios em que Deus se manifesta em conversações amistosas, em termos humanos e familiares, fala com Caim, Noé, o hóspede de Abraão e seria o redator da Criação do segundo capítulo do Gênesis. A fonte “E” ou elohista (por usar Elohim), do Reino do Norte, anterior a 721 AEC. Aportaria os episódios em que Deus se manifesta em sonhos e visões, como a sarça ou a história de José. Seu estilo é mais sóbrio. J e E escreveram boa parte do Gênesis, Números e Levítico. A fonte “D” ou deuteronômica (com estilo e vocabulário diferentes), localizável em Jerusalém em torno do ano 621 AEC, durante a reforma de 45
Josias. Estilo direto e cordial. Aportaria os livros do Deuteronômio, Josué, Juízes, Samuel e Reis. E a fonte “P” (do inglês priestly ou do alemão priestercodexsacerdotal ou simplesmente “sacerdotal”) proporcionou instruções rituais muito detalhadas (ritos, sacrifícios, leis, proibições, papel do shabat, genealogias). Localizável no cativeiro da Babilônia, século VI AEC, na escola sacerdotal de Ezequiel. Aportaria todo o Levítico, a maioria de Números, a metade do Êxodo e parte de Gênesis, especialmente o episódio da Criação de seu primeiro capítulo.
A fonte em que aparece o mito da Arca de Noé é a Yahvista, que foi escrita entre 950 e 850 AEC. A fonte suméria provém do século XVII AEC (oito séculos antes que a Yahvista) e se relata no Poema de Gilgamesh. Gilgamesh ou Gilgamés, também conhecido como Istubar, é um personagem legendário da mitologia suméria. Segundo o documento chamado lista Real Suméria, foi o quinto rei de Uruk até o ano 2650 AEC. E o protagonista do Poema de Gilgamesh.
A meados do século XIX se iniciaram as escavações em Nínive; dali mais de 25.000 tabuletas de argila foram levadas ao Museu de Londres; mas no caminho se quebraram e misturaram, por isso decifrá-las parecia uma tarefa impossível, tendo em conta que a linguagem assírio-babilônico em que estavam escritas foi decifrada tempo depois. A solução foi encontrada por George Smith, que após árduo trabalho assombrou o mundo com sua obra “O relato caldeu do dilúvio”, publicada em 1872. Foi extraída de Nínive a enorme biblioteca do rei da Babilônia, Assurbanipal, que viveu no século VII AEC e que fez com que seus escribas deixassem para a posteridade as melhores obras da cultura mesopotâmica. Entre o achado estava a Tabuleta XI de 326 linhas, das quais mais de 200 falam do dilúvio. Encontramos assim a epopeia de Gilgamesh. Basicamente o texto mesopotâmico relata o seguinte: Enlil decide destruir a humanidade porque acha os humanos irritantes e barulhentos. Ea (Enki ou Enkil) adverte a Utnapishtim para que construa um barco. E deve encher o barco de animais 46
e sementes. Chega o dia do dilúvio e toda a humanidade perece, exceto Utnapishtim e seus acompanhantes. Utnapishtim se dá conta de que as águas baixam e solta uma ave (não se sabe se uma pomba, um corvo ou uma andorinha). Com uma espantosa sincronicidade (para não dizer plágio) com o relato bíblico, a arca de Gilglamesh” sofre as chuvas que inundarão a Terra até acabar presa em um “Ararath” Iraquiano: “… A uma distância de catorze léguas apareceu uma montanha, e a barca encalhou ali: ficou presa na montanha de Nisir, imóvel…”. Mas os “crentes bíblicos” que ainda vendo provas, continuam crendo nas mentiras dos parasitas religiosos, colocamos aqui o relato em si, assim poderão comparar a semelhança entre um e outro e decidir por si mesmos (como se fosse possível, já que o crente não pensa por si mesmo, mas com as ideias dos religiosos): Versão em língua suméria. O texto mais antigo. Fragmento de uma tabuleta muito danificada que procede de Nippur. (ANET: J. B. Pritchard) …Então Nin [tu chorou] como…, a pura Inanna [compôs] uma lamentação para sua gente, Enki tomou conselho de si mesmo, Anu, Enlil, Enki (e) Ninhursag…, os deuses do céu e da terra [pronunciaram] o nome de Anu (e) Enlil Então Ziusudra, o rei, o pashishu(1)(**) [de]…, construiu uma gigantesca…; obedecendo com humildade e reverência, [ele]…, assistindo diariamente e com constância, [ele]…, sonhando toda classe de sonhos, [ele]…, pronunciando o nome do céu (e) da terra, [ele]… … os deuses um muro …, Ziusudra de pé, a seu lado, escu[tou]. “Ponte perto do muro, à minha ezquerda…, perto do muro te direi uma palavra, [toma minha palavra], [presta] atenção às minhas ordens. Por nosso… um dilúvio [arrasará] os centros de culto, para destruir a semente do gênero humano… É a decisão da palavra da assembleia [dos deuses]. Com a palavra e por orden de Anu (e) Enlil…, sua realeza e seu reino [serão exterminados].” (Quarenta linhas aproximadamente estão destruídas.) Todas as tempestades com violência excessiva atacaram como uma só; em um mesmo instante, o dilúvio cobriu os centros de culto. Depois, durante sete dias (e) sete noites o dilúvio inundou toda a terra, (e) a barca imensa foi açoitada pelas tempestades sobre as grandes águas; apareceu Utu, o que derrama a luz 47
sobre o céu e sobre a terra. Ziusudra abriu uma (das) janelas da barca enorme. Utu, o herói, lançou seus raios dentro da barca gigantesca. Ziusudra, o rei, se prostrou diante de Utu; o rei lhe imola um boi, degola um carneiro. (Trinta e nove linhas aproximadamente estão destruídas.) “Tu proferirás “alento celestial”, “alento terreno” que em verdade se propagará por vosso…” Anu (e) Enlil proferiram “alento celestial”, “alento terreno” que por seu…, se propagou. A vegetação surgiu do seio da terra. Ziusudra, o rei, se prostrou diante de Anu e Enlil. Anu (e) Enlil elogiaram a Ziusudra, vida como (a de) um deus lhe deram, alento eterno como (o de) um deus lhe concederam do alto. Então Ziusudra, o rei, ele que preservou o nome da vegetação (e) a semente do gênero humano, à terra de passagem, ao lugar do Dilmun,(2) ai onde o sol nasce, foi habitar. Tabuleta XI da epopeia de Gilgamesh. Versão assíria em língua acádia do segundo milênio AC. Procede da biblioteca de Assurbanipal eM Nínive. (ANET: J. B. Pritchard.): Utnapishtim disse a Gilgamesh: “Te revelarei, Gilgamesh, uma coisa oculta e um segredo dos deuses te direi Shurippak - cidade que tú conheces (e) que está situada nas margens do Eufratesera uma cidade antiga como os deuses que nela moravam, quando o coração dos grandes deuses desencadeou o dilúvio. Estavam Anu, pai dos deuses; o valente Enlil, seu conselheiro; Ninurta, seu arauto (e) Ennuge, o inspetor de canais. Também estava Ninigiku-Ea com os deuses (e) repetiu suas palavras à cabana de juncos: “Cabana de juncos, cabana de juncos!(3) Muro, muro! Cabana de juncos, escuta! Muro, atende! Homem de Shuruppak, filho de Ubar-Tutu, derruba (esta) cabana, constrói uma barca! Abandona tuas posses, sai em busca da vida! Desdenha os bens (do mundo) e salva tua vida! Sobe à barca e leva a semente de tudo o que vive. 48
A barca que deves construir será proporcionada em suas dimensões. Igual será sua largura e seu comprimento. Como o Apsu(4) a cobrirá com um teto.” Entendi e disse a Ea, meu senhor: “[Veja], meu senhor, o que ordenou será uma honra fazê-lo, mas o que direi à cidade, ao povo e aos anciãos?” Ea abriu a boca e falou, dizendo-me a mim, seu servo: “Assim lhes falarás: ‘Aprendi que Enlil me é hostil e não posso residir em vossa cidade nem por meu p[é] no território de Enlil. Portanto, descerei ao profundo para morar com meu senhor Ea. [Mas sobre] vós, ele fará chover abundância, os pássaros [mais escolhidos], os mais raros peixes. [A terra se encherá] com ricas colheitas. [Aquele que ordena] o salvo [ao por do sol] os enviará uma chuva de trigo’.”(5) Ao raiar o dia o povo se reuniu… (Quatro linhas muito danificadas.) os pequenos levavam breu, enquanto os maiores traziam [todo o resto] que se necessitava. No quinto dia puseram o madeiramento um “iku”(6) (intero) tinha sua superfície. A altura de cada parede era de dez dezenas de codos (7) (e) dez dezenas de codos tinha cada lado da cobertura quadrada.(8) Montei os lados e os juntei. A dotei de seis coberturas, dividindo-a (assim) em sete partes. O plano inferior o dividi em nove partes. Lhe cravei tacos contra as águas. Me ocupei das pértigas e fiz estoque de provisões. Seis “sar” (9) de breu joguei no forno, três “sar” de asfalto verti no interior. Tres “sar” de azeite os porteadores trouxeram, aparte do “sar” que se gastou em calafetar e dos dois “sar” [que] o barqueiro carregou. Matei bois para a [gente] e sacrifiquei cordeiros dia a dia. Mosto, vinho tinto, azeite e vinho branco [dei] aos trabalhadores [a beber], como água de rio para que celebrassem como o dia de ano novo. 49
Ab[ri...] unguento e o apliquei à minha mão. [No sé]timo [dia] ficou terminada a barca. [O lançamento] foi arduo, tiveram que mover as pranchas por cima e por baixo [até] que dois terços da [a estrutura] entraram [na água]. [O que tinha] carreguei nela: tudo o que tinha de prata carreguei nela, tudo o que tinha de ouro carreguei nela, tudo o que tinha carreguei nela, toda semente de vida carreguei, a toda minha família e minha parentela subi a bordo, aos animais dos campos, às bestas selvagens do campo, a todos os artesãos fiz subir. Shamash havia de dado um prazo: “Quando o que ordena o desassosego na noite, desate uma chuva de tição, sobe na barca e fecha a entrada.” O tempo assinalado se cumpriu: ‘O que ordena o desassosego na noite, fez cair uma chuva de tição.‘ Observei o aspecto do tempo. Tive medo ao contemplá-lo. Entrei na nave e fechei a entrada. Para fechar a barca (toda), a Puzur-Amurri, ao piloto da nave, lhe confiei a barca com tudo o que levava. Ao raiar a alva, uma nuvem negra se ergueu no horizonte. Adad trovejava dentro dela, enquanto que Shullat e Hanish iam a frente, apressando-se, como dois arautos, sobre a colina e o vale. Erragal arrancou as estacas; Avançava Ninurta e fazia com as águas se precipitassem. Os anunnaki ergueram suas tochas, abrasando a terra com sus chamas. A confusão semeada por Adad alcançou até os céus, já que tudo o que era luminoso se converte em negro. ¡[A grande] terra se sacudiu como uma panela ! Todo um dia [soprou] a tormenta do sul, aumentando sua força e vento, [afundando as montanhas], arremetendo contra [a gente] como em uma batalha. Ninguém podia ver seu próximo. Desde os céus já não se reconhecia a gente. Oss deuses se atemorizaram diante do dilúvio e fugindo, subiram ao céu de Anu. Os deuses se encolheram como cães e se lançaram fora dos muros. 50
Como a mulher que vai dar a luz, Ishtar gritou. A senhora dos deuses, a da voz doce, gemeu “Os dias do passado se converteram, ai, em cinzas porque convoquei o mal na assembleia dos deuses. Como pude proferir o mal na assembleia dos deuses, ordenar o combate para destruir o meu povo quando eu mesma mesma engendrei a eles! Como a desova dos peixes enchem o mar!” Os deuses anunnaki choravam com ela, os deuses, agora humildes, estavam sentados e choravam. Seus lábios apertavam [...] um e todos. Seis dias e [seis] noites soprou o vento do dilúvio, enquanto a tormenta do sul varria a terra. Quando chegou o sétimo dia, a tormenta do sul, o dilúvio, renunciou à batalha que havia peleado como um exército. O mar se tranquilizou, a tempestade se aquietou, o dilúvio cessou. Observei o tempo: havia voltado à calma e a humanidade tinha sido devolvida à argila. A paisagem era plana como um telhado. Abri uma janela e a luz caiu sobre meu rosto. Inclinando-me me sentei e chorei (e) as lágrimas corríam por minhas faces. Busquei as costas na expansão do mar: em cada uma das catorze (regiões) emergia uma ilha. No monte Nisir a barca encalhou. E o monte Nisir retevo a barca, deixando-a imóvil. Um dia, um dia segundo o monte Nisir reteve a barca, deixando-a imóvil. Um terceiro dia, um quarto dia o monte Nisir reteve a barca, deixando-a imóvil Um quinto e um sexto (dia) o monte Nisir reteve a barca, deixando-a imóvil. Quando chegou o sétimo dia, soltei e enviei uma pomba. A pomba emprendeu o voo, mas voltou, já que não havia onde pousar, regressou. Então soltei e enviei uma andorinha. A andorinha emprendeu voo, mas voltou, já que não havia onde pousar, regressou. Então soltei e enviei um corvo. O corvo emprendeu voo e como as águas haviam diminuido, comeu, abriu suas asas, graznou e não regressou. Então lancei tudo aos quatro ventos e ofereci um sacrifício. 51
Fiz uma libação no cume da montanha. Instalei sete e sete incensários, empilhando em sua parte inferior canas, cedro e mirto. Os deuses aspiraram o aroma, os deuses aspiraram o doce aroma (e) como moscas os deuses se apinharam em torno do sacrificador. Quando afinal chegou a deusa suprema, ergueu as grandes joias que o deus Anu lhe havia fito para agradar seu desejo: “Oh, deuses que estais aqui, como este lapislazuli que está em meu pescoço, que não esquecerei; recordarei estes dias e nunca os esquecerei. Que os deuses venham à oferenda, mas que o deus Enlil não se apresente porque ele, sem razão alguma, mandou o dilúvio e entregou minha gente à destruição.” Quando finalmente se apresentou Enlil e viu a barca, o deus se irritou, se encheude ira contra os deuses igigi: “Escapou uma só alma vivente? Ninguém devia sobreviver à destruição!” Ninurta abriu sua boca e falou, dizendo ao valente Enlil: “Quém mais além de Ea pode fazer planos? Só Ea, a que tudo sabe.” Ea abriu sua boca para falar e disse a Enlil, o valente: “Tu, o mais sábio dos deuses. Tu, o herói, como pudeste perder o juício e mandar o dilúvio? Ao pecador impõe seu pecado, ao transgressor impõe sua falta, (mas) sejabenévolo e que não seja aniquilado, tenha paciência e que não seja substituído! Em lugar de precipitar o dilúvio que se tivesse lançado um leão para dizimar à humanidad! Em lugar de precipitar o dilúvio, que se tivesse lançado um lobo para dizimar à humanidad! Em lugar de precipitar o diluvio que tivesse açoitado a fome para minguar a humanidade! Em lugar de precipitar o dilúvio que se tivesse lançado a peste para açoi[tar] a humanidade! Não fui eu quem revelou o segredo dos grandes deuses. A Atraharsis um sonho lhe mandei e ele conheceu o segredo dos deuses. Agora medita o que farás com ele!” Enlil subiu então à barca. Tomándo-me da mão, me fez subir. Fiz subir (também) a minha mulher e a fiz ajoelhar-se a meu lado. 52
De pé, entre os dois, tocou nossas frontes e nos abençoou: “Antes Utnapishtim era só um ser humano. Desde agora Utnapishtim e sua mulher serão semelhantes a nós os deuses. Utnapishtim habitará longe, na desembocadura dos rios!” Assim, pela mão me levaram e me fizeram residir na desembocadura dos rios. ______________________________________________ Veja no quadro abaixo como a semelhança do dilúvio bíblico com o assírio-babilônico é total, mais plágio só “Xerox”:
1 - O dilúvio bíblico é só mais um... E plagiado! Não existe apenas o relato sumério, outras culturas, algumas delas que não coincidiram com a hebraica durante os 6000 anos que afirmam ter de história na terra e anteriores ao texto bíblico também relatam histórias de um dilúvio. Muitas das civilizações ancestrais tiveram de uma ou de outra maneira relatos onde falam de um dilúvio e da posterior salvação do homem. Estão devidamente compiladas pelo menos umas 500 lendas referentes a um dilúvio universal. A história do dilúvio bíblico, não é mais que outra dessas histórias; não tem nada de especial em comparação com as demais.
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5 - Outros dilúvios “universais” >>> Depois da criação fracassada: um dilúvio! Como já repetimos outras vezes, um acontecimento como o dilúvio deixaria suas marcas no planeta, todavia nada, hoje, foi encontrado que comprove que tal catástrofe literalmente aconteceu. Quanto aos sedimentos e fósseis marinhos em todas as grandes montanhas do mundo, são sedimentos de superfícies marinhas ou terrestres que foram deslocadas pelo choque das placas tectônicas ocorridas no fundo do oceano, projetando para cima o que se encontrava na superfície ou no fundo do mar. A formação das cordilheiras: Andes, Himalaia, Alpes, foi resultado de colisões ou da placa marinha próxima (Andes) ou, no caso dos Alpes e do Himalaia, o choque da península italiana com o continente europeu (Alpes) e da Índia com o continente da Ásia. Os registros históricos mais antigos que se conhece têm cerca de quatro mil e quinhentos (4500) anos.
São dessa época as civilizações mais antigas. Igualmente digno de nota é o fato de, nas mais variadas culturas, em todos os continentes, existirem tradições que aludem à ocorrência de um dilúvio global com paralelismos espantosos entre si, tendo sido documentadas mais de 250 em contextos culturais diferentes. Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 de narrativas de dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início dessas civilizações. Para a civilização ocidental, a história mais conhecida a respeito do dilúvio é a da Arca de Noé, segundo a tradição judaico-cristã. O Dilúvio também é descrito em fontes americanas, asiáticas, sumérias, assírias, armênias, egípcias e persas, entre outras, de forma basicamente semelhante ao episódio bíblico, porém em algumas civilizações se relata sobre inundações em vez de chuvas torrenciais: uma divindade decide 54
limpar a Terra de uma humanidade corrupta, ou imperfeita (criada por algum deus incompetente), e escolhe um homem bom aos seus olhos para construir uma arca para abrigar sua criação enquanto durasse a inundação. Na narrativa judaica, Jeová estava disposto a acabar com toda a humanidade. Após certo período, a água baixa, a arca fica encalhada numa montanha, os animais repovoam o planeta e os descendentes de tal homem geram todos os povos do mundo.
1 - Dilúvio Judaico
Le déluge - Léon Comerre
Na Bíblia, em Gênesis, é mostrado o arrependimento de Jeová em ter criado o homem, devido à maldade que este espalhara na terra. Neste arrependimento, decide fazer um enorme dilúvio, fazendo desaparecer tudo que havia sido criado até então. Porém, decide poupar Noé, por este ter agido bem, e lhe recomenda fazer uma arca de madeira, e abrigar, junto com sua família, um casal de cada espécie existente. Entretanto, arqueólogos não encontraram nenhuma evidência significante que comprove a existência do dilúvio. Na esfera cultural hebraica primitiva, o evento do Dilúvio contribuiu para o estabelecimento de uma identidade étnica entre os diferentes povos semíticos (todos descendentes de Sem, filho de Noé), bem como sua distinção dos outros povos ao seu redor (cananeus, descendentes de Canaã, neto de Noé, núbios ou cuxitas, descendentes de Cuxe, outro neto de Noé, etc.). No Antigo Testamento, Noé amaldiçoa Canaã e abençoa Sem, o que serviria mais tarde como 55
uma das justificativas para a invasão e conquista da terra dos cananeus pelas Tribos de Israel.
2 - Dilúvio Sumério
O mito sumério de Gilgamesh conta os feitos do rei da cidade de Uruk, Gilgamesh, que parte em uma jornada de aventuras em busca da imortalidade, nesta busca encontra as duas únicas pessoas imortais: Utanapistim e sua esposa, estes contam à Gilgamesh como conquistaram tal sorte, esta é a história do dilúvio. O casal recebeu o dom da imortalidade ao sobreviver ao dilúvio que consumiu a raça humana. Na tradição suméria, o homem foi dizimado por incomodar aos deuses. Segundo este mito, o deus Ea, por meio de um sonho, apareceu a Utanapistim e lhe revelou as pretensões dos deuses de exterminar os humanos através de um dilúvio. Ea pede a Utanapistim que renuncie aos bens materiais e conserve o coração puro. Utanapistim, então, reúne sua família e constrói a embarcação que lhe foi ordenada por Ea, estes ficam por sete dias debaixo do dilúvio que consome com os humanos. Aqui um trecho de tal história: "Eu percebi que havia grande silêncio, não havia um só ser humano vivo além de nós, no barco. Ao barro, ao lodo haviam retornado. A água se estendia plana como um telhado, então eu da janela chorei, pois as águas haviam encoberto o mundo todo. Em vão procurei por terra, somente consegui descobrir uma montanha, o Monte Nisir, onde encalhamos e ali ficamos por sete dias, retidos. Resolvi soltar uma pomba, que voou para longe, não encontrando local para pouso retornou (…). Então soltei um corvo, este voou para longe encontrou alimento e não retornou." (TAMEN, Pedro. Gilgamesh, Rei de Uruk. São Paulo: ed. Ars Poetica, 1992.). 56
3 - Dilúvio Africano
Olokun, Proprietário (Olo) dos Oceanos (Okun), e Olorun, Proprietário (Olo) dos Céus (Orun), eram casados e criaram tudo. Mas se separaram numa disputa de poder e viveram em guerra. Olorun encarregou Obatalá de criar a terra sobre as águas primordiais de Olokun. Certa vez, Olokun invadiu a Terra para reassumir seu território perdido e consequentemente destruir a humanidade demonstrando seu poder através de um grande Dilúvio. Olorun salvou parte da humanidade lançando uma corrente para os homens subirem. Com essa mesma corrente, Olorun atou Olokun ao fundo do mar. Olokun mandou uma gigantesca serpente marinha engolir a lua, mas Olorun disse que sacrificaria um humano por dia para acalmar a deusa. Assim, todo dia uma pessoa se afoga no mar.
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4 - Dilúvio Hindu O Avatar de Vishnu,Matsya, é retratado como sendo o que apareceu inicialmente como um Shaphari (uma carpa pequena) para o rei Manu (cujo nome original era Satyavrata ), o rei de Dravidadesa, enquanto ele lavava as mãos num rio. Este rio supostamente descia das montanhas de Malaya para sua terra dos Drávidas. O peixinho pediu para o rei salválo, e por compaixão, ele o colocou em uma jarra de água. Ele continuou a crescer cada vez mais até que o rei Manu teve que coloca-lo em um grande jarro, e depois depositá-lo em um poço. Quando o poço também revelou-se insuficiente para o peixe cada vez maior, o Rei o colocou em um tanque. Como ele cresceu ainda mais o Rei Manu teve que colocar o peixe em um rio, e quando o rio ainda se revelou insuficiente, ele colocou no oceano, depois quase encheu a vasta extensão do grande oceano. Foi então que Ele (o Senhor Matsya) informou o Rei de um Dilúvio que estava muito próximo. O rei construiu um barco enorme que abrigava sua família, 9 tipos de sementes, e animais para repovoar a terra. No momento do dilúvio, Vishnu apareceu como um peixe com chifres e Shesha apareceu como uma corda, com o qual Vaivasvata Manu fixou o barco no chifre do peixe (Matsya).
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5 - Dilúvio Grego
A mitologia grega relata a história de um grande dilúvio produzido por Poseidon, que por ordem de Zeus havia decidido pôr fim à existência humana, uma vez que estes haviam aceitado o fogo roubado por Prometeu do Monte Olimpo. Deucalião e sua esposa Pirra foram os únicos sobreviventes. Prometeu disse a seu filho Deucalião que construísse uma arca e nela introduzisse um casal de cada animal, de forma análoga à Arca de Noé. Assim estes sobreviveram. Ao terminar o dilúvio, a arca de Deucalião pousou sobre o Monte Parnaso, onde estava o Oráculo de Temis. Deucalião e Pirra entraram no templo, para que o oráculo lhes dissesse o que deviam fazer para voltar a povoar a Terra, e a deusa somente lhes disse: “Voltem aos ossos de suas mães" Deucalião e sua mulher adivinharam que o oráculo se referia às rochas. Destas formas, as pedras tocadas por Deucalião se converteram em homens, e as tocadas por Pirra em ninfas ou deusas menores, por que ainda não se havia criado a mulher.
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5 - Dilúvio Mapuche
Estátuas Trentren (acima) e Caicai (abaixo), na Praza de Ancud, Chiloé.
Nas tradições do povo Mapuche igualmente existe uma lenda sobre uma inundação do lugar deste povo (ou do planeta). A lenda se refere à história das serpentes, chamadas Tentem Vilu e Caicai Vilu.
6 - Dilúvio Pascuense
A tradição do povo da Ilha de Páscoa diz que seus ancestrais chegaram à ilha escapando da inundação de um mítico continente, ou ilha, chamado Hiva. 60
7 - Dilúvio Maia
A mitologia do povo maia relata a existência de um dilúvio enviado pelo deus Huracán. Segundo o Popol Vuh, livro que reúne relatos históricos e mitológicos do grupo étnico maia-quiché, os deuses, após terminarem a criação do mundo, da natureza e dos seres vivos, decidiram criar seres capazes de lhes exaltar e servir. São criados então os primeiros seres humanos, moldados em barro. Porém, esses seres de barro não eram resistentes ao clima e à chuva e logo se desfizeram em lama. Então, os deuses criaram o segundo tipo de seres humanos, a partir de madeira. Essa segunda humanidade, ao contrário da primeira, prosperou e rapidamente se multiplicou em muitos povos e cidades (tudo indica que é nessa época da segunda humanidade que se passam as aventuras dos gêmeos heróis Hunahpú e Ixbalanqué contra os senhores de Xibalba). Mas esses seres feitos de madeira não agradaram aos deuses. Eles eram secos, não temiam aos deuses e não tinham sangue. Se tornaram arrogantes e não praticavam sacrifícios aos seus criadores. Então, os deuses decidem exterminar essa segunda humanidade através de um dilúvio. Ao contrário da maioria dos outros relatos conhecidos sobre dilúvios, nenhum indivíduo foi poupado. Após a catástrofe, a matéria prima utilizada para moldar os novos seres humanos foi o milho. Foram criados quatro casais, que são considerados os oito primeiros índios quiché. Eles deram origem às três famílias fundadoras da Guatemala, pois um dos casais não deixou descendência. 61
8 - Dilúvio Asteca
No manuscrito asteca denominado como Codex borgia, há a história do mundo dividido em idades, das quais a última terminou com um grande dilúvio produzido pela deusa Chalchihuitlicue.
9 - Dilúvio Inca Na mitologia dos incas, Viracocha destruiu os gigantes com uma grande inundação, e duas pessoas repovoaram a Terra (Manco Capac e Mama Ocllo mais dois irmãos que sobreviveram. A religião é um forte elo entre as várias culturas andinas, sejam elas pré-incaicas ou incas. A imposição do Deus Sol é um forte elemento da crença e dominação através do mental, ou seja daquilo que permanece impregnado por gerações nas concepções e mentalidades destas culturas, adorando o Deus imposto e entendendo ser ele o mais importante. Pedro Sarmiento de Gamboa, cronista espanhol do século XVI, relata como os Incas narravam sua criação e as lendas que eram passadas através da oralidade de geração em geração, desde o surgimento de Viracocha e seus ensinamentos, procurando definir um homem que o venerasse e fosse pregador de seus conhecimentos. Em algumas tentativas de criar este homem, Viracocha acaba 62
punindo-o com um grande dilúvio pela não obediência como comenta Gamboa (2001): Mas como entre ellos naciesen vicios de soberbia y codicia, traspasaron el precepto del Viracocha Pachayachachi ,que cayendo por esta trasgresión en la indignación suya, los confundió y maldijo. Y luego fueron unos convertidos en piedras y otros en formas, a otros trago la tierra y otros el mar,y sobre todo les envió un diluvio general, al cual llaman uñu pachacuti , que quiere decir “agua que trastornó la tierra”. Y dicen que llovió sesenta días y sesenta noches, y que se anegó todo lo creado, y que solo quedaron algunas señales de los que se convierteron en piedras para memoria del hecho y para ejemplo a los venideros en los edificios de pucara que es sesenta leguas del Cuzco. (p. 40) A narração do dilúvio está presente entre muitos povos e culturas por todo o mundo. O início de tudo, ou seja, a criação é um fator muito importante para estabelecer relações e explicações sobre o que não se conhece e o que não foi vivido. Assim, os mitos e lendas buscam criar uma ancestralidade, um ponto em comum que defina a origem e o começo do cosmos e tudo existente nele, ou seja, o conhecer de si mesmo, do próprio homem inserido na natureza, buscando sua sobrevivência e continuidade de sua existência e a harmonia com os elementos naturais e sobrenaturais.
10 - Dilúvio Uro
O povo uro (ou uru), que habita próximo ao Lago Titicaca, crê numa lenda que diz que depois do dilúvio universal, foi neste lago onde se viram os primeiros raios do Sol.
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6 - Dilúvio babilônico versus dilúvio bíblico >>> Existe uma evidente semelhança entre os relatos babilônicos e os bíblicos sobre o dilúvio. Uma história que narra o suposto fato, real para os mais fundamentalistas, de um dilúvio ocorrido a nível global, enviado por uma ou várias divindades irritadas com a humanidade, cujo propósito é acabar com toda ela. Excetuando-se o herói ”eleito” por uma divindade que, para salvá-lo, lhe ordena construir um barco e meter nele todo tipo de animais e umas poucas pessoas escolhidas por este herói. Sem necessidade de aprofundar se existe evidência científica sobre tal dilúvio, faremos aqui uma comparação de ambas as histórias e os pontos de vista daqueles que creem que, uma delas ou ambas, ocorreram de verdade. Também compararemos as opiniões de cada grupo com o que conhecemos atualmente.
As tabuletas caldeias do dilúvio, da cidade de Ur, onde hoje em dia é o sul do Iraque, contêm uma história que descreve como o deus babilônico Enlil tinha se irritado pelo ruído incessante gerado pelos humanos. Este convence aos demais deuses a exterminar totalmente cada pessoa na Terra, assim como os animais terrestres e as aves com uma grande inundação. Um dos deuses, Ea, se mostra contra a decisão e diz a Ut-Napishtim que construa uma arca para salvar uns poucos humanos e alguns animais. Imagem: Epopeia de Gilgamesh, British Museum.
Extrato da Epopeia de Gilgamesh (Tablilla XI) incluindo os versículos da Bíblia que guardam relação direta: Homem de Shuruppak, filho de Ubar-Tutu, derruba (esta) cabana, constrói uma barca! Gn 6:14 Abandona tuas posses, sai em busca da vida! Desdenha os bens (do mundo) e salva tua vida! Sobe à barca e leva a semente de tudo o que vive. Gn 6:19-20 A barca que deves construir será proporcionada em suas dimensões. Igual será sua largura e seu comprimento. Gn 6:15 Como o Apsu(4) a cobrirá com um teto.” Entendi e disse a Ea, meu senhor: “[Veja], meu senhor, o que ordenou será uma honra fazê-lo,
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A história da inundação da “Epopeia de Gilgamesh” e a história hebraica em Gênesis são muito similares, com uns 20 pontos importantes em comum. Seus textos estão obviamente ligados de alguma maneira. Ou bem:
O mito de Gênesis foi copiado de uma história anterior, a Babilônica, Ou o mito de Gilgamesh foi copiado de uma história hebraica anterior, a de Gênesis, Ou ambos foram copiados de uma fonte comum anterior.
Tanto em Gênesis como na história de Gilgamesh: 1. A
história do Gênesis descreve como a humanidade tinha se tornado desagradável a Deus, mas, além disso, era irremediavelmente pecaminosa e perversa. Na história da Babilônia, que eram muito numerosos e ruidosos. 2. Os deuses (ou Deus) decidem enviar um dilúvio universal. Este teria afogado todos os homens, mulheres, jovens, crianças e bebês, assim como eliminado todos os animais terrestres e aves. 3. Deus (ou um dos deuses) sabia de um homem justo, Ut-Napishtim ou Noé. 4. Os deuses (ou Deus) ordenam ao herói construir um barco de madeira de vários pisos (chamado arca ou caixa em hebreu original). 5. A arca seria selada com breu. 6. A arca teria muitos compartimentos internos. 7. Teria uma só porta. 8. Teria unicamente uma janela. 9. A arca foi construída e carregada com o herói, algumas pessoas e exemplares de todas as espécies de animais da terra. 10. Uma grande chuva cobre a terra com água. 11. As montanhas são cobertas pela água. 12. A arca pousa sobre uma montanha no Oriente Médio. 13. O herói envia aves a intervalos regulares para ver se encontram terra firme nas proximidades. 14. As primeiras aves regressam a arca. A terceira ave aparentemente encontra terra firme já que não volta. 15. O herói e sua família saem da arca e realizam um ritual em que matam um animal e o oferecem como sacrifício. 16. Deus (ou os deuses na Epopeia de Gilgamesh) cheira o doce sabor do sacrifício. 17. O herói é abençoado. 18. Os deuses babilônicos parecem realmente arrependidos pelo genocídio que haviam realizado. O Deus de Noé parece ter se arrependido de suas ações, por este motivo, ele promete não voltar a fazê-lo de novo. Só há uma série de pequenos detalhes em que diferem as duas histórias:
Noé recebeu suas instruções diretamente de Jeová, Ut-Napishtim as recebeu indiretamente durante um sonho. A arca de Noé tem 3 pisos de altura e é de forma retangular. A arca Babilônica foi de 6 pisos de altura e quadrada 65
Ut-Napishtim convidou mais pessoas à bordo: um piloto (o barqueiro) e alguns operários qualificados. Noé leva unicamente sua família (8 pessoas). Estes parecem dominar não só a engenharia naval, mas pelo visto, são suficientes para fabricar um barco de tais dimensões nesse prazo de tempo. A arca de Noé pousa no monte Ararat; Ut-Napishtim pousa no monte Nisir. Ambos os lugares estão no Oriente Médio e se encontram a poucas centenas de quilômetros de distância. Na Bíblia, uma parte da água surgiu dos oceanos. As chuvas se prolongam por 40 dias e 40 noites. No relato babilônico a água chegou só em forma de chuva e durou só 6 dias. Noé lança um corvo e uma pomba duas vezes, Ut-Napishtim lança três aves: pomba, andorinha e um corvo.
1 - Importância das duas histórias Veja no mapa a proximidade dos dois montes, o Nisir do mito babilônico e o Ararat do mito bíblico. Parece que a região era um estacionamento de arcas de dilúvio.
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1 - Para os cristãos conservadores O Gênesis é infalível: é completamente verdadeiro e não contém nenhum erro em sua forma atual, que é idêntica à original. Deus inspirou Moisés para que escrevesse o livro e o preservou da inclusão de qualquer erro. Desta forma, o dilúvio de Noé ocorreu realmente, exatamente tal como se diz no Gênesis. As semelhanças entre os textos babilônios e hebreus foram causadas provavelmente por dois fatores:
Ambos eram relatos de uma mesma inundação em todo o mundo. O relato do Gênesis é absolutamente certo e foi escrito durante o Êxodo do povo judeu do Egito. O relato babilônico foi escrito mais tarde, seu autor pode ter copiado elementos da história hebraica.
Frank Lorey, um autor do Instituto para a Investigação da Criação, (criacionista) escreveu: ”A Epopeia de Gilgamesh, então, contém a narrativa corrupta para preservar e embelezar os povos que não seguem o Deus dos hebreus.”
2 - Para os cristãos liberais / progressistas A história do dilúvio no Gênesis foi escrita principalmente por três autores desconhecidos:
”J“ que utiliza Yahvé como nome de Deus (denominada Yahvista devido a ser esta a divindade que adorava), a escreveu ao redor do ano 848 AEC a 722 AEC. ”P“, um sacerdote que viveu muito depois, em algum momento antes de 587 AEC. “R”, um redator desconhecido, que uniu os escritos de J e P e outros dois escritores juntos (D e E). Acrescentando apenas uma frase de sua própria história à inundação. (possivelmente Esdras e/ou Neemias, século V AEC).
Esta interpolação é mostrada no relato do Êxodo com base no livro de Richard Eliiott Friedman: Quem escreveu a Bíblia? A história é uma lenda com significado espiritual (o que vem a ser uma moral) e não houve dilúvio universal real. A história é um mito, derivado em grande parte da narração babilônica anterior. Foi recolhida pelos antigos israelitas como uma tradição oral e logo depois escrita por J e P.
3 - Para muitos agnósticos, ateus, etc. As histórias de inundações são um mito. Descrevem eventos que nunca aconteceram e podem ter sido escritas pelas fontes antes mencionadas.
A crueldade do deus ou deuses, na narração, os faz responsáveis pela inundação e os mostra com uma total despreocupação pelos homens, mulheres, jovens, crianças e os recém-nascidos que, supostamente, morreram terrivelmente por afogamento. 67
O mito mostra, devido a seu caráter fantasioso e incoerente, como os deuses são criados pela mente humana e não o contrário: o homem criado por uma divindade onisciente. O relato do dilúvio evoluiu gradualmente a partir da versão original da Babilônia à versão hebraica. A versão babilônica pode ter sido a recordação distorcida de uma antiga inundação que se produziu quando o Mar Mediterrâneo inundou parcialmente o Mar Negro por volta de 5600 AEC.
2 - Quem foi o primeiro: Noé ou Ut-Napishtim? As tabuletas babilônicas que contém a história completa da inundação foram datadas em torno do ano 650 AEC. Entretanto, partes da história foram encontradas em tabuletas datadas a partir de aproximadamente 2000 AEC. Um estudo da língua utilizada nas taboas (de argila) indica que a história se originou muitos antes de 2000 AEC. Variações da história original foram encontradas traduzidas em outras línguas antigas.
1 - Os cristãos conservadores Muitos creem que o dilúvio ocorreu ao redor do ano 2349 AEC, e que o relato do Gênesis foi escrito por Moisés em torno do ano 1450 AEC, pouco antes de sua morte. Portanto, o texto babilônico deve ser uma versão corrupta baseada em uma adaptação paganizada da verdadeira história do Gênesis. Alternativamente, poderia ser uma tentativa independente de descrever a inundação mundial. Algo que não só contradiz a datação das tabuletas, mas que, além disso, contradiz o registro geológico e a praticamente todos os estudos científicos que demonstram que jamais ocorreu um dilúvio de tais características.
2 - Os teólogos liberais Observando os diferentes nomes utilizados para referir-se a Deus e os estilos de escrita diferentes em todo o Pentateuco (os primeiros cinco livros da Bíblia hebraica), creem que o Gênesis foi montado em um intervalo de 4 séculos, entre 950 a 540 AEC, por autores de uma série de tradições hebraicas. J e P parecem ter baseado suas histórias em duas histórias originais de fontes mesopotâmicas, talvez sobre a base de uma enorme série de inundações nas zonas circundantes e em Ur, em torno de 2800 AEC, que seriam percebidas pela população local como muito grandes, talvez por todo o mundo. Alternativamente, podem ter se baseado na catastrófica inundação do Mar Negro.
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3 - A visão literalista Cai em várias contradições e é inconsistente com o registro histórico e arqueológico. O povo babilônico e sumério é anterior ao povo hebreu, tribos nômades e seminômades que são descritos como “gente sem lei, trabalhadores e bandidos”, tanto pelos textos mesopotâmicos como pelos egípcios, que lhes davam o nome de habiru ou apiru. Além disso, as tabuletas ou ladrilhos criticados pelos literalistas bíblicos estiveram perdidos e não foi até que em 1835, Henry Rawlinson, encontrou a primeira inscrição com este idioma. Um idioma desconhecido e do qual já se encontraram mais de 25.000 tabuletas, que dão legitimidade aos textos que contêm. Portanto, afirmar que são uma falsificação o um plágio do bíblico é mais do que questionável. A escrita cuneiforme é muito anterior à hebraica (que é do século X AEC). Na realidade, a escrita cuneiforme é considerada a primeira inventada. A isto podemos acrescentar que a primeira escrita que se conhece, a mais antiga, se encontra em uma peça de cerâmica com uma representação pictográfica (que podemos ver na imagem ao lado), procedente da cidade mesopotâmica de Kish (Iraque) e está datada em 3500 AEC. (Departamento de Antiguidades do Museu Ashmolean, Oxford (GrãBretanha): Anteriores à escrita hebraica existem textos não bíblicos, com uma escrita denominada paleo-hebraica datada entre os séculos XVIII e XII AEC. A escrita cuneiforme é anterior até a este tipo de escrita. Toda escrita evolui de outra anterior muito mais simples. Sabemos que a cuneiforme tem raízes no tipo de escrita pictográfica que se pode ver nesta imagem. E que a hebraica procede de outra mais simples, a paleo-hebraica, que tem suas raízes semíticas em um ramo afro-asiática conhecido como camito-semita. Esta escrita, além da fenícia, é um subconjunto de línguas ugaríticas que procede de, entre outras fontes, a cuneiforme. Se o que defendem os literalitas fosse certo, estes teríam que explicar por que seus textos, que segundo eles são mais antigos, nem sequer existiam quando os textos sumérios circulavam há milênios; Por que seus textos possuem raízes léxicas em outros anteriores; Por que nenhum sistema de datação situa o hebraico anterior ao cuneiforme e por que, apesar de que eles afirmam que estes não mudaram, podemos observar variações e uma evolução desde escritas mais antigas ao hebreu. Magia? (no mundo em que eles se movem, o das fantasias, esta seria uma boa explicação, afinal, segundo eles, toda evidência encontrada que contradiga o que seu livro favorito 69
afirme foi colocada por um personagem desse mesmo livro: o diabo, ou por outro personagem também do livro, para “provar sua fé”: seu deus).
4 - Conclusão Um simples plágio.
Fontes:
Susan M. Pojer, “O dilúvio – duas versões diferentes”, HistoryTeacher.net, em: http://www.historyteacher.net/ Este é um arquivo PDF. Números 14:34. Ambas as culturas coincidem na hora de usar uma determinada numerologia. Números como 3, 6, 7, 12, 40, etc. são repetidos com frequÊncia. Alexander Heidel, “La Epopeya de Gilgamesh y el Antiguo Testamento Parallels”. Univ. de Chicago, IL, Chicago (1949) Werner Keller, “La Biblia como Historia”, W. Morrow, New York, NY, (1956) Schofield Biblia de Referencia. Gênesis, capítulos 6 a 9 CM Laymon, ed., “El Intérprete Un Comentario de volumen en la Biblia”, Abingdon Press, Nashville, TN (1991) Frank Lorey, Impact # 285: El diluvio de Noé y el diluvio de Gilgamesh “ , Instituto para la Investigación de la Creación , El Cajon, CA (1997) En línea en: http://www.icr.org/pubs/imp/imp-285 . htm ”Os mitos da inundação: a narrativa do dilúvio da epopeia de Gilgamesh “,( Myths of the flood: The flood narrative from the Gilgamesh epic ) en: http://www-relgstudies.scu.edu/netcours/rs011/restrict/ NK Sandars, tradutor, “A Epopeia de Gilgamesh”, Penguin. Várias edições estão disponíveis na Amazon.com a preços que vão desde $ 6,33 até $ 499 para a edição de 1972!
Nota: A imagen do inicio mostra a Epopeia de Gilgamesh e pode ser vista no British Museum (Londres) junto com muitas outras tabuletas sumérias. Fonte direta: Artígo traduzido e modificado de http://www.religioustolerance.org/noah_com.htm ao qual foram acrescentados mais dados, fontes e opiniões.
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7 - Resumo O povo hebreu, que era um povo nômade que emigraba constantemente, que conhecia a Babilônia, suas tradições e os mitos sumérios, plagiou essas histórias e adaptou às suas novas crenças.
1 - Mapa de migração humana do mtDNA Hoje em dia têm ocorrido chuvas e inundações provocadas por tornados e furacões em muitos países e cidades: Nova Orleans, China, etc, as quais têm provocado inumeráveis mortes e coberto a terra de água. Agora se imagine na pele dos integrantes de uma tribo ou civilização pré-histórica com deuses, crenças e mitos fantásticos. Uma catástrofe como as atuais poderia parecer a eles um verdadeiro dilúvio provocado por algum de seus deuses, como parece ainda hoje aos crentes religiosos ignorantes e fanáticos das camadas mais pobres e sem educação científica básica ou mesmo alfabetização. Ao longo de milênios de migrações humanas, (como se pode ver no mapa abaixo) nossos ancestrais remotos devem ter presenciado todo tipo de cataclismas ambientais como eras do gelo, super-vulcões, impactos de meteoritos, inundações gigantescas, tsunamis, etc. cujo eco distante pode estar por trás de todas as mitologias que conhecemos hoje e das tradições orais de muitos grupos indígenas atuais.
Mapa das primeiras migrações humanas, desde 170.000 anos, de acordo com análises efectuadas ao DNA mitocondrial.
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Não há nenhum registro histórico que siga os padrões migratórios dos primeiros seres humanos. Os cientistas juntam a história da migração humana examinando as ferramentas, a arte e os locais de sepultamento que deixaram para trás e traçando padrões genéticos. Fazem isso analisando o DNA mitocondrial (mtDNA), que é passado da mãe para os filhos sem ser combinado com o código genético do pai. Podemos observar o mtDNA de duas pessoas que viveram a milhares de anos e de quilômetros de distância e, se o código genético do seu mtDNA for o mesmo, sabemos que eles eram ancestral e descendente [fonte: PBS NOVA (em inglês)]. Leia mais AQUI. Fontes do capítulo 5: http://www.sigenlab.com/adnmt.htm http://dieta-evolutiva.blogspot.com/2007/07/evolucion-humana-en-los-cinco.html http://elarcano.blogspot.com/2004/11/hubo-de-verdad-un-diluvio.html http://es.wikipedia.org/wiki/Diluvio_universal http://otrashistorias.iespana.es/histo18.htm http://www.sectormatematica.cl/religion/Las%20Medidas%20del%20Arca.pdf http://dialogue.adventist.org/articles/11_3_merling_s.htm http://www.shalomhaverim.org/estudio_biblico_bereshit_rashi_21.htm http://antiqua.gipuzkoakultura.net/pdf/POEMA%20DE%20GILGAMES Ampliadas http://ciencia.hsw.uol.com.br/migracao-humana3.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Dil%C3%BAvio_%28mitologia%29#Dil.C3.BAvio_Sum.C3.A9rio http://www.ateoyagnostico.com/2012/12/17/comparacin-de-las-historias-del-diluvio-babilnicas-y-bblica/
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7 - “Encontrada a Arca de Noé”, diz Igreja da Arca de Noé >>>
Exploradores da “Noah’s Ark Ministries International”, título que pode ser traduzido livremente como “Igreja Internacional da Arca de Noé” baseada em Hong Kong, dizem 73
ter encontrado estruturas de madeira de 4.800 anos a quase quatro quilômetros de altura no Monte Ararat, Turquia. Diferente de tantas outras alegações relacionadas a relíquias, no entanto, a expedição vem exibindo vídeos, fotografias e diversas amostras do material encontrado.
Contudo, de forma similar a tantas outras alegações relacionadas a relíquias, nenhuma das afirmações foi verificada até agora por instituições independentes. Abaixo, um vídeo com o que seriam registros da expedição, incluindo a descoberta e imagens do interior das estruturas: Como os descobridores declaram à AFP, “não estamos 100% seguros de que seja a Arca de Noé, mas pensamos que há 99,9% de chances de que seja”, comentou Yeung Wing-cheung, cinematógrafo parte da equipe que documentou o achado. Suas alegações sobre a idade do material, de 4.800 anos, que se ajustaria quase perfeitamente ao relato bíblico, teria origem em uma datação por radiocarbono, mas como o arqueologista da Universidade de Cornell, Peter Ian Kuniholm, comentou a Alan Boyle, nem sequer se sabe quem efetuou os testes. Mais do que isso, Kuniholm é especialista na arqueologia da região, e nota que “nós sabemos o que estava acontecendo na Turquia arqueologicamente naquela época, e não há nenhuma grande interrupção na cultura”. Isto é, a arqueologia séria, verificada por múltiplas instituições independentes possui diversos materiais datando de 4.800 anos atrás, e nenhum deles indica nada como um grande dilúvio bíblico. 74
“Não há mesmo água o bastante no mundo para levar uma arca tão alto assim”, Kuniholm ainda lembra. Nem que todas as geleiras derretessem o nível do mar poderia subir 4.000 metros. Crédulos fundamentalistas poderiam pensar na arca surfando em ondas gigantes, ponto em que o estado questionável de tais idéias deveria se tornar mais do que evidente. É possível que a expedição tenha encontrado resquícios de um abrigo humano na montanha, que pode ou não – provavelmente não – datar de quase 5.000 anos atrás. Também seja possível que a história, incluindo as imagens, seja uma enorme fraude. Apenas verificação independente dos achados poderá esclarecer os fatos, refutandoos ou confirmando-os, e neste aspecto a abundância de amostras bem como o anúncio de que o local já se tornou conhecido das autoridades indica que logo saberemos ao certo. Ninguém deveria ter grandes esperanças, no entanto, a menos que a idéia de uma arca impossível surfando em ondas de quilômetros de altura sem afetar as culturas humanas na região pareça muito plausível. [via Alan Boyle, WND] Atualização 02/05/2010: O teólogo Randall Price, ele mesmo um defensor da existência da Arca de Noé, seria um dos arqueólogos participantes da expedição chinesa em 2008, e em mensagem eletrônica revela que: “Tudo relatado é uma fraude. As fotos foram tomadas em outro lugar, no Mar Negro, [apenas] o filme que os chineses agora têm foi realizado no local no Monte Ararat. No final do verão de 2008 dez trabalhadores curdos contratados por Parasut, o guia usados pelos chineses, teria plantados no sítio do Monte Ararat as grandes vigas de madeiras retiradas de uma estrutura antiga na área do Mar Negro (onde as fotos foram originalmente capturadas). No verão de 2008 um alpinista chinês levado pelos homens de Parasut viram a madeira, mas não puderam entrar por causa das condições meteorológicas extremas. Durante o verão de 2009 mais madeira foi plantada no interior da caverna no local. A equipe chinesa foi no final do verão de 2009 (eu estava lá no momento e sabia sobre a fraude) e lhes foi mostra a caverna com a madeira e eles fizeram seu filme. Como disse, tenho as fotos do interior da tal Arca (que mostram teias de aranha nos cantos das vigas – algo simplesmente impossível nessas condições) e nosso sócio curdo em Dogubabyazit (a vila ao pé do Monte Ararat) sabe de todos os fatos sobre o local, os homens que plantaram a madeira e mesmo o caminhão que a transportou”.
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Oficialmente, no entanto, Price diz na seção de notícias da “World of the Bible Ministries” que “não se retrata de nenhuma de suas declarações” feitas em email privado, mas que elas teriam vindo apenas de sua fonte que deseja preservar. Relembrando, Price é ele mesmo um teólogo que defende a existência da Arca, e provavelmente não quer acusar as pessoas envolvidas na fraude que podem deixar de colaborar com suas iniciativas. Ainda assim, resta o relato de um teólogo, vindo de uma fonte local, de que seria tudo uma grande fraude, incluindo o detalhe das teias de aranha impossíveis. Sem surpresas, mais uma fraude cristã para sua enorme lista.
Fonte http://www.ceticismoaberto.com/fortianismo/3507/encontrada-a-arca-de-no-diz-igrejada-arca-de-no http://scienceblogs.com/pharyngula/2010/04/28/latest-ark-finding-is-a-fake/
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8 - AdvertĂŞncias ao crente >>>
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Mentiras Fundamentais da Igreja Católica é uma análise profunda da Bíblia, que permite conhecer o que se deixou escrito, em que circunstâncias, quem o escreveu, quando e, acima de tudo, como tem sido pervertido ao longo dos séculos. Este livro de Pepe Rodriguez serve para que crentes e não crentes encontrem as respostas que sempre buscaram e posaam ter a última palavra. É uma das melhores coleções de dados sobre a formação mitológica do cristianismo no Ocidente. Um a um, magistralmente, o autor revela aspectos mais questionáveis da fé judaico-cristã.
Com grande rigor histórico e acadêmico Fernando Vallejo desmascara uma fé dogmática que durante 1700 anos tem derramado o sangue de homens e animais invocando a enteléquia de Deus ou a estranha mistura de mitos orientais que chamamos de Cristo, cuja existência real ninguém conseguiu demonstrar. Uma obra que desmistifica e quebra os pilares de uma instituição tão arraigada em nosso mundo atual. Entrevista com o autor AQUI.
600 páginas
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“Dois informadíssimos volumes de Karlheinz Deschner sobre a política dos Papas no século XX, uma obra surpreendentemente silenciada peols mesmos meios de comunicação que tanta atenção dedicaram ao livro de João Paulo II sobre como cruzar o umbral da esperança a força de fé e obediência. Eu sei que não está na moda julgar a religião por seus efeitos históricos recentes, exceto no caso do fundamentalismo islâmico, mas alguns exercícios de memória a este respeito são essenciais para a compreensão do surgimento de algumas monstruosidades políticas ocorridas no século XX e outras tão atuais como as que ocorrem na ex-Jugoslávia ou no País Basco”. Fernando Savater. El País, 17 de junho de 1995. “Este segundo volume, como o primeiro, nos oferece uma ampla e sólida informação sobre esse período da história da Igreja na sua transição de uma marcada atitude de condescendência com regimes totalitários conservadores até uma postura de necessária acomodação aos sistemas democráticos dos vencedores ocidentais na Segunda Guerra Mundial”. Gonzalo Puente Ojea. El Mundo, 22 de outubro de 1995. Ler online volume 1 e volume 2 (espanhol). Para comprar (Amazon) clique nas imagens.
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"Su visión de la historia de la Iglesia no sólo no es reverencial, sino que, por usar una expresión familiar, ‘no deja títere con cabeza’. Su sarcasmo y su mordaz ironía serían gratuitos si no fuese porque van de la mano del dato elocuente y del argumento racional. La chispa de su estilo se nutre, por lo demás, de la mejor tradición volteriana."
"En temas candentes como los del control demográfico, el uso de anticonceptivos, la ordenación sacerdotal de las mujeres y el celibato de los sacerdotes, la iglesia sigue anclada en el pasado y bloqueada en su rigidez dogmática. ¿Por qué esa obstinación que atenta contra la dignidad y la libertad de millones de personas? El Anticatecismo ayuda eficazmente a hallar respuesta a esa pregunta. Confluyen en esta obra dos personalidades de vocación ilustradora y del máximo relieve en lo que, desde Voltaire, casi constituye un Género literario propio: la crítica de la iglesia y de todo dogmatismo obsesivamente <salvífico>. Aparte de un desbordante caudal de conocimientos históricos, ambos autores aportan un desenfado jovial que, en último término, tiene que ver con el atenazamiento de las conciencias, con una tremenda batalla de fondo contra ideas nutricias de la democracia. En suma: un balance total de la historia del pasado y del presente de la iglesia que conjuga eficazmente la brevedad, el rigor, la agudeza y la aportación de datos básicos."
De una manera didáctica, el profesor Karl Deschner nos ofrece una visión crítica de la doctrina de la Iglesia católica y de sus trasfondos históricos. Desde la misma existencia de Jesús, hasta la polémica transmisión de los Evangelios, la instauración y significación de los sacramentos o la supuesta infalibilidad del Papa.
“Se bem que o cristianismo esteja hoje à beira da bancarrota espiritual, segue impregnando ainda decisivamente nossa moral sexual, e as limitações formais de nossa vida erótica continuam sendo basicamente as mesmas que nos séculos XV ou V, na época de Lutero ou de Santo Agostinho. E isso nos afeta a todos no mundo ocidental, inclusive aos não cristãos ou aos anticristãos. Pois o que alguns pastores nômadas de cabras pensaram há dois mil e quinhentos anos, continua determinando os códigos oficiais desde a Europa até a América; subsiste uma conexão tangível entre as ideas sobre a sexualidade dos profetas veterotestamentarios ou de Paulo e os processos penais por conduta desonesta em Roma, Paris ou Nova York.”
"Soy partidario de incluir en el plan de estudios una asignatura acerca de símbolos y mitos religiosos comparados. Historia de la religión, bueno, catequesis obligatoria, no. Y, si se empeña usted, acepto que se insista sobre todo en la historia de la Iglesia cristiana y católica. Propongo un libro de texto: Opus Diaboli, del estudioso alemán Karlheinz Deschner, recién traducido al castellano en Editorial Yalde. En él se brinda abundante documentación sobre la trayectoria eclesial en relación con temas como la guerra, el dinero, la sexualidad, la tolerancia, etcétera. Y jugosas reflexiones sobre la actividad política de los papas modernos, desde León XIII hasta el turista de Cracovia que actualmente disfrutamos. Si tal es el texto elegido como manual, no veo más que ventajas en convertir la asignatura de religión en obligatoria. Y aun para adultos."
Todos estos asuntos son estudiados, puestos en duda y expuestas las conclusiones en una obra de rigor que, traducida a numerosos idiomas, ha venido a cuestionar los orígenes, métodos y razones de una de las instituciones más poderosas del mundo: la Iglesia católica.
Karlheinz Deschner.
Fernando Savater. El País, 20 de mayo de 1990
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1 – (365 pg) Los orígenes, desde el paleocristianismo hasta el final de la era constantiniana
2 - (294 pg) La época patrística y la consolidación del primado de Roma
3 - (297 pg) De la querella de Oriente hasta el final del periodo justiniano
4 - (263 pg) La Iglesia antigua: Falsificaciones y engaños
5 - (250 pg) La Iglesia antigua: Lucha contra los paganos y ocupaciones del poder
6 - (263 pg) Alta Edad Media: El siglo de los merovingios
7 - (201 pg) Alta Edad Media: El auge de la dinastía carolingia
8 - (282 pg) Siglo IX: Desde Luis el Piadoso hasta las primeras luchas contra los sarracenos
Em 1970 Karlheinz Deschner começou sua obra mais ambiciosa, a “Historia Criminal do Cristianismo”, projetada em princípio a dez volumes, dos quais se publicaram nove até o presente e não se descarta que se amplie o projeto. Trata-se da mais rigorosa e implacável exposição jamais escrita contra as formas empregadas pelos cristãos, ao largo dos séculos, para a conquista e conservação do poder. Karl Heinrich Leopold Deschner
9 - (282 pg) Siglo X: Desde las invasiones normandas hasta la muerte de Otón III
Em 1971 Deschner foi convocado por uma corte em Nuremberg acusado de difamar a Igreja. Ganhou o processo com uma sólida argumentação, mas aquela instituição reagiu rodeando suas obras com um muro de silêncio que não se rompeu definitivamente até os anos oitenta, quando as obras de Deschner começaram a ser publicadas fora da Alemanha (Polônia, Suíça, Itália e Espanha, principalmente).
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LA BIBLIA DESENTERRADA
EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII
Israel Finkelstein es un arqueólogo y académico israelita, director del instituto de arqueología de la Universidad de Tel Aviv y co-responsable de las excavaciones en Mejido (25 estratos arqueológicos, 7000 años de historia) al norte de Israel. Se le debe igualmente importantes contribuciones a los recientes datos arqueológicos sobre los primeros israelitas en tierra de Palestina (excavaciones de 1990) utilizando un método que utiliza la estadística ( exploración de toda la superficie a gran escala de la cual se extraen todas las signos de vida, luego se data y se cartografía por fecha) que permitió el descubrimiento de la sedentarización de los primeros israelitas sobre las altas tierras de Cisjordania.
¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura.
Finkelstein y Neil Asher Silbermann (director histórico de el centro Ename de Bruxelas por la arqueología y la herencia publica) son los autores de Best Seller "La Biblia Desenterrada: una nueva visión arqueológica del antiguo Israel y de los orígenes de sus textos sagrados" y de "David y Salomón: en busca de los reyes sagrados de la Biblia y de las raíces de la tradición occidental"
En los archivos vaticanos, donde tuvo acceso a documentos desconocidos hasta ahora, encontró exactamente lo contrario de lo que buscaba: pruebas irrefutables de su antisemitismo y de su responsabilidad en el estallido de las dos guerras mundiales. Lejos del sensacionalismo, esta devastadora biografía, excelentemente escrita, examina la carrera eclesiástica de Pacelli con un impecable rigor, lo que hace aún más demoledoras sus conclusiones. El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.
Es este un libro importante y de fácil lectura, así como el siguiente sobre David y Salomón. Los autores con los métodos científicos que utiliza hoy día la arqueología, ponen de manifiesto que lo que se cuenta en la Biblia nada tiene que ver con la realidad histórica. Nunca se encontraron rastros de la existencia de Moisés y el éxodo no es mas que una invención seguramente apoyada en las batallas de tribus nómadas buscando territorio. Ninguna prueba tampoco de la existencia de los reinos de David y Salomón, que debieron ser unos reyezuelos sin gran importancia en el contexto histórico de la época. La Biblia, como los autores explican, fue creada por Josias hacia el -600, para reunir los reinos de Israel y Juda y apoyándose en el nacionalismo declarar una guerra que al fin perdieron. Es un libro que es necesario conocer, las mentiras en que se basa el Antiguo testamento son las mismas que aparecen en el nuevo, también los evangelios son mitos y leyendas, no hay que olvidar que estos sucesos inventados ha servido y sirven ahora para oprimirnos en nombre de un dios inventado y para los judíos constituyen el pretexto del genocidio contra los palestinos, es mejor saber el porque de tanto fanatismo. Buena lectura, también ofrecemos cuatro documentales presentados por los autores.
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513 páginas
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En esta obra se describe a algunos de los hombres que ocuparon el cargo de papa. Entre los papas hubo un gran número de hombres casados, algunos de los cuales renunciaron a sus esposas e hijos a cambio del cargo papal. Muchos eran hijos de sacerdotes, obispos y papas. Algunos eran bastardos, uno era viudo, otro un ex esclavo, varios eran asesinos, otros incrédulos, algunos eran ermitaños, algunos herejes, sadistas y sodomitas; muchos se convirtieron en papas comprando el papado (simonía), y continuaron durante sus días vendiendo objetos sagrados para forrarse con el dinero, al menos uno era adorador de Satanás, algunos fueron padres de hijos ilegítimos, algunos eran fornicarios y adúlteros en gran escala...
Santos e pecadores: história dos papas é um livro que em nenhum momento soa pretensioso. O subtítulo é explicado pelo autor no prefácio, que afirma não ter tido a intenção de soar absoluto. Não é a história dos papas, mas sim, uma de suas histórias. Vale dizer que o livro originou-se de uma série para a televisão, mas em nenhum momento soa incompleto ou deixa lacunas.
Seu título me deu a impressão, quando o li, que se tratava de uma espécie de enciclopédia, contando sobre a vida dos papas individualmente. Não obstante, ao folhear o livro, percebi que estava enganado. No entanto, isso não foi motivo para que eu me decepcionasse. Eamon Duffy, católico assumido, em nenhum momento tenta adular os pontífices, tampouco tenta fazer saltar aos olhos suas falhas de caráter. Para não cair na armadilha de deixar-se levar por lendas e boatos de opositores de alguns papas, o autor deixa de lado muitos escândalos do papado, atendose apenas àqueles aonde de fato foi possível se comprovar o que foi dito.
480 páginas
198 páginas
de Nazaret, su posible descendencia y el papel de sus discípulos están de plena actualidad. Llega así la publicación de El puzzle de Jesús, que aporta un punto de vista diferente y polémico sobre su figura. Earl Doherty, el autor, es un estudioso que se ha dedicado durante décadas a investigar los testimonios acerca de la vida de Jesús, profundizando hasta las últimas consecuencias... que a mucha gente le gustaría no tener que leer. Kevin Quinter es un escritor de ficción histórica al que proponen escribir un bestseller sobre la vida de Jesús de Nazaret. Su trabajo se convierte en una obsesión que arrastra con él a los que están a su alrededor: su amigo David, director de una organización que combate los fundamentalismos religiosos de la sociedad occidental; su novia y colaboradora principal, Shauna; y una misteriosa mujer que irrumpirá con fuerza en su vida.Las estremecedoras conclusiones a las que van llegando les colocan en el punto de mira de un siniestro culto milenarista que les envía amenazas crípticas en forma de citas bíblicas, hasta alcanzar su punto culminante cuando el Libro del Apocalipsis revele al fin su inquietante secreto.El puzzle de Jesús es una novela absorbente y reveladora sobre la época de cambios que vivimos. Nos plantea esa cuestión que ha arraigado profundamente en el pensamiento occidental de las últimas décadas: ¿Qué sabemos acerca del verdadero Jesús? Doherty va mucho más lejos que Dan Brown y sus herederos, demostrando que, a veces, la Historia puede esconder revelaciones que superan los límites de la imaginación
Originally published as a pamphlet in 1853, and expanded to book length in 1858, The Two Babylons seeks to demonstrate a connection between the ancient Babylonian mystery religions and practices of the Roman Catholic Church. Often controversial, yet always engaging, The Two Babylons comes from an era when disciplines such as archeology and anthropology were in their infancy, and represents an early attempt to synthesize many of the findings of these areas and Biblical truth.
Jesús
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576 páginas
380 páginas
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First published in 1976, Paul Johnson's exceptional study of Christianity has been loved and widely hailed for its intensive research, writing, and magnitude. In a highly readable companion to books on faith and history, the scholar and author Johnson has illuminated the Christian world and its fascinating history in a way that no other has.
La Biblia con fuentes reveladas (2003) es un libro del erudito bíblico Richard Elliott Friedman que se ocupa del proceso por el cual los cinco libros de la Torá (Pentateuco) llegaron a ser escritos. Friedman sigue las cuatro fuentes del modelo de la hipótesis documentaria pero se diferencia significativamente del modelo S de Julius Wellhausen en varios aspectos.
An Atheist Classic! This masterpiece, by the brilliant atheist Marshall Gauvin is full of direct 'counter-dictions', historical evidence and testimony that, not only casts doubt, but shatters the myth that there was, indeed, a 'Jesus Christ', as Christians assert. A dynamic and courageous, Free Thinking Atheist dares to rip the Bible story of 'Jesus Christ' to shreds - using history, logic and common sense! Gauvin will take you on a journey through history and mercilessly expose the difference between science, which depends on reason, observation, and experience and religion, which merely believes. If you're looking for an excellent, humorous, and no-nonsense work that will provide you with the ammunition you need to refute the 'friends of the invisible son', then look no more! A must for every truth-seeker's library! Add it to your collection today!
Johnson takes off in the year 49 with his namesake the apostle Paul. Thus beginning an ambitious quest to paint the centuries since the founding of a little-known 'Jesus Sect', A History of Christianity explores to a great degree the evolution of the Western world. With an unbiased and overall optimistic tone, Johnson traces the fantastic scope of the consequent sects of Christianity and the people who followed them. Information drawn from extensive and varied sources from around the world makes this history as credible as it is reliable. Invaluable understanding of the framework of modern Christianity - and its trials and tribulations throughout history - has never before been contained in such a captivating work.
En particular, Friedman está de acuerdo con Wellhausen en la fecha del Deuteronomio (el tribunal de Josías , c. 621 a.s.C. o 622), pero coloca a la fuente sacerdotal en la corte de Ezequías y su secuencia de las fuentes por lo tanto son J (Jahvista), E (Elohista), S (Sacerdotal) y D (deuteronomista) . Friedman, como Wellhausen, ve una redacción final en el tiempo de Esdras , c. 450 a.s.C. El núcleo del libro, teniendo casi 300 de sus casi 380 páginas en la edición de bolsillo, es la traducción del propio Friedman de los cinco libros del Pentateuco, en la que las cuatro fuentes más las contribuciones de los dos redactores (de la fuente de JE combinada y las que más tarde usó el redactor del documento final) se indican tipográficamente. Las secciones restantes incluyen una breve introducción que esboza la tesis de Friedman, una “recolección de pruebas”, y una bibliografía.
Robert Ambelain, aunque defensor de la historicidad de un Jesús de carne y hueso, amplia en estas líneas la descripción que hace en anteriores entregas de esta trilogía ( Jesús o El Secreto Mortal de los Templarios y Los Secretos del Gólgota) de un Jesús para nada acorde con la descripción oficial de la iglesia sino a uno rebelde: un zelote con aspiraciones a monarca que fue mitificado e inventado, tal y como se conoce actualmente, por Paulo, quién, según Ambelain, desconocía las leyes judaicas y dicha religión, y quien además usó todos los arquetipos de las religiones que sí conocía y en las que alguna vez creyó (las griegas, romanas y persas) arropándose en los conocimientos sobre judaísmo de personas como Filón para crear a ese personaje. Este extrajo de cada religión aquello que atraería a las masas para así poder centralizar su nueva religión en sí mismo como cabeza visible de una jerarquía eclesiástica totalmente nueva que no hacía frente directo al imperio pero si a quienes oprimían al pueblo valiéndose de la posición que les había concedido dicho imperio (el consejo judío).
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391 páginas PEDERASTIA EM LA IGLESIA CATÓLICA En este libro, los abusos sexuales a menores, cometidos por el clero o por cualquier otro, son tratados como "delitos", no como "pecados", ya que en todos los ordenamientos jurídicos democráticos del mundo se tipifican como un delito penal las conductas sexuales con menores a las que nos vamos a referir. Y comete también un delito todo aquel que, de forma consciente y activa, encubre u ordena encubrir esos comportamientos deplorables. Usar como objeto sexual a un menor, ya sea mediante la violencia, el engaño, la astucia o la seducción, supone, ante todo y por encima de cualquier otra opinión, un delito. Y si bien es cierto que, además, el hecho puede verse como un "pecado" -según el término católico-, jamás puede ser lícito, ni honesto, ni admisible abordarlo sólo como un "pecado" al tiempo que se ignora conscientemente su naturaleza básica de delito, tal como hace la Iglesia católica, tanto desde el ordenamiento jurídico interno que le es propio, como desde la praxis cotidiana de sus prelados. La existencia de una cifra enorme de abusos sexuales sobre menores dentro de la Iglesia católica es ya un hecho innegable, que no es puntual, ni esporádico, ni aislado, ni está bajo control, antes al contrario. Tampoco es, ni mucho menos, producto de una campaña emprendida contra la Iglesia por oscuros intereses. Los mayores enemigos de la Iglesia, mejor dicho, del mensaje evangélico que dicen representar, no deben buscarse en el exterior, basta y sobra con los muchos que existen entre su clero más granado. La pérdida de creyentes y de credibilidad tan enorme que está afectando a la Iglesia católica, desde hace algo más de un siglo, no obedece tanto a la secularización de la sociedad como a los gravísimos errores de una institución que ha perdido pie en el mundo real.
639 páginas EL PAPA DE HITLER: LA VERDADERA HISTORIA DE PIO XII ¿Fue Pío XII indiferente al sufrimiento del pueblo judío? ¿Tuvo alguna responsabilidad en el ascenso del nazismo? ¿Cómo explicar que firmara un Concordato con Hitler? Preguntas como éstas comenzaron a formularse al finalizar la Segunda Guerra Mundial, tiñendo con la sospecha al Sumo Pontífice. A fin de responder a estos interrogantes, y con el deseo de limpiar la imagen de Eugenio Pacelli, el historiador católico John Cornwell decidió investigar a fondo su figura. En los archivos vaticanos, donde tuvo acceso a documentos desconocidos hasta ahora, encontró exactamente lo contrario de lo que buscaba: pruebas irrefutables de su antisemitismo y de su responsabilidad en el estallido de las dos guerras mundiales. Lejos del sensacionalismo, esta devastadora biografía, excelentemente escrita, examina la carrera eclesiástica de Pacelli con un impecable rigor, lo que hace aún más demoledoras sus conclusiones. El profesor Cornwell plantea unas acusaciones acerca del papel de la Iglesia en los acontecimientos más terribles del siglo, incluso de la historia humana, extremadamente difíciles de refutar.
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A BÍBLIA DESENTERRADA – DOCUMENTÁRIO (espanhol) OS PATRIARCAS – 1
OS REIS – 2
O ÊXODO – 3
O LIVRO - 4
A BÍBLIA DESENTERRADA – DOCUMENTÁRIO (inglês) The Patriarchs – 1
The Exodus – 2
The Kings – 3
The book – 4
A BÍBLIA FOI ENTERRADA PELA ARQUEOLOGIA.
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ReferĂŞncias e Fontes: http://ateismoparacristianos.blogspot.com/ http://www.ateoyagnostico.com/ BĂblia Sagrada http://pt.wikipedia.org www.ceticismo.net
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