Grupo Uirapuru - Orquestra de Barro O Encontro de Shakespeare e a Cultura Popular Grupo de Caroço Arco-íris do Amor Nossa Casa - Construindo Sonhos Elis Marina - Pimenta de Cheiro - AoVivo Flauta Cabocla Oficina Tambor de Criola Cultura no Presídio Cavaleiros do Sertão Quintal Cultural - Encontro da Multiplicidade Artística Periférica Oficina de Máscaras da Comunidade do Lixão Na Roça também se faz cultura e cidadania Hip-hop nas Ruas Re-Criando
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Estação Viva - Acervo
...a cultura nas m達os
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M57
Microprojetos mais cultura: semiárido: a cultura nas mãos/ organização, Vera Rotta, Maria José H. Coelho. – Brasília, DF : Funarte; Ministério da Cultura, 2010. 196 p. ; Il. color.
Edição, elaboração, distribuição e informações: Ministério da Cultura - MinC Esplanada dos Ministérios, Bloco B, sala 401 CEP 70068-900 Brasília - Distrito Federal
1. Cultura – Brasil. 2. Diversidade. 3. Cidadania. I. Rotta, Vera. II. Coelho, Maria José H. III. Brasil. Ministério da Cultura. CDD (21. ed.) 306
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Telefone Geral: (61) 2024-2000 Ministro de Estado da Cultura Juca Ferreira Tiragem: 5.000
ORGANIZAÇÃO Vera Rotta Maria José H. Coelho
Microprojetos Mais Cultura - Semiárido
... a cultura nas mãos 2010 Brasília, DF
“Tem gente que faz do Sol uma simples mancha amarela. Tem gente que faz de uma simples mancha amarela o próprio Sol”. 8
Pablo Picasso
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Microprojetos e macropolíticas: apostando na criatividade e na força do povo brasileiro Juca Ferreira1
Implementados pelo Ministério da Cultura na gestão do presidente Lula, os Microprojetos Mais Cultura são uma das mais expressivas ações voltadas à federalização, democratização e desconcentração das políticas públicas para a área da cultura em nosso país. Com eles chegamos a onze Estados e mais de oitocentos municípios, beneficiando milhares de jovens, de uma população até então completamente excluída de uma política cultural de governo, tanto do ponto de vista regional quanto do ponto de vista social. Muita coisa mudou no Brasil. Muita coisa ainda deve mudar. Precisamos continuar com firmeza no caminho da mudança. Não me canso de repetir que apenas 13% dos brasileiros vão ao cinema, regularmente, 92% dos brasileiros nunca entraram em um museu, 93,4% dos brasileiros jamais visitaram uma exposição de arte. Embora 28,8% dos brasileiros saiam regularmente para dançar, 78% dos brasileiros nunca assistiram a um espetáculo de dança, e mais de 90% dos municípios do nosso país não possuem salas de cinema, teatro, museus ou espaços culturais quaisquer, nem mesmo de múltiplo uso. Temos que assegurar acesso pleno à cultura para todos.
Com o firme propósito de alterar essa realidade de desigualdade e exclusão – assim como em outras áreas desse governo, a preocupação foi a mesma, ou semelhante – o nosso Ministério da Cultura pensou, deu forma e deu vida a um programa pioneiro, que é o Programa Mais Cultura. De dentro dele nasceram os
Microprojetos. E neste momento muito especial de aprendizado e acúmulo de experiência, conta com a valiosa participação do Banco do Nordeste do Brasil – BNB. Todos sabem de nosso esforço para reverter a enorme exclusão cultural que marcou a vida nacional até aqui, até um período ainda muito recente. Estamos tocando uma cruzada.
Parte de um conjunto de ações, programas e projetos e de diversas políticas voltadas a ampliar o acesso pleno à cultura, os Microprojetos são uma daquelas ações desenvolvidas pelo MinC que eficazmente massageiam e ativam partes do corpo social até então costumeiramente desprovidas de políticas públicas, especialmente quando se trata de cultura. Resultado: alta magnitude de valor simbólico com pequenas somas por projeto. Não podia ser diferente. É a parcela mais considerável da população brasileira que se expressa, a sua população mais pobre, aquela a quem cabe boa parte da cultura que por aqui se faz. É Mais Cultura para todos o que mais aqui se quer. Mas queremos e precisamos de muito mais. Vale observar. Os Microprojetos Mais Cultura precisam ganhar volume e maior escala. E precisam ganhar institucionalidade como política de Estado. Só assim poderemos trazer a cultura para o núcleo do esforço de desenvolvimento nacional em curso.
Ministro de Estado da Cultura
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Outro olhar sobre o Brasil Silvana Meireles1
Tércio Araripe – artista plástico, pesquisador e fabricante de instrumentos musicais – um dia decide reunir adolescentes do pequeno povoado de Moita Redonda, no município de Cascavel (CE), e formar uma orquestra com instrumentos de barro, o Grupo Uirapuru. Unindo música à tradição da região de produção de cerâmica, esses jovens tocam instrumentos criados por artesãos de outras gerações sob a regência do maestro Luizinho. Bizan Velô é um militante da cultura e dos direitos humanos, em Lagarto (SE), para onde se mudou há 10 anos, vindo da Bahia. É ele quem leva a magia do cinema a povoados da região. Mas o Cinema na Roça de Bizan Velô vai além da sétima arte. Em parceria com instituições locais, o projeto também exibe filmes e promove palestras sobre educação sexual, além de proporcionar assessoria jurídica gratuita. Cultura e cidadania unidas em torno do cinema.
Secretária de Articulação Institucional e Coordenadora do Programa Mais Cultura
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Maria Sirlane, a Sinha, há 20 anos costura, com suas próprias mãos, bonecas e bonecos de pano, com quem conversa durante o ato da produção, “criando uma energia positiva que traz sorte para as pessoas que as adquirem”, conta. Com o Microprojetos Nossa casa – construindo sonhos, Sinha pretende ensinar às meninas da periferia do Crato (CE) a fazer bonecas, arte tradicional na região, “para que elas também tenham essa opção de ganhar a vida”.
Tércio Araripe, Bizan Velô e Maria Sirlane estão entre os mais de 1000 outros Tércios, Bizans e Sinhas do semiárido brasileiro que tiveram seus projetos selecionados pelo Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura, em 2009. Em comum, eles têm a arte, a tradição local, um sonho e a generosidade. São cidadãos preocupados com o futuro da juventude, que acreditam no poder de transformação da cultura e que investem na cultura como fator fundamental para a recuperação da autoestima e como alternativa econômica. E querem fazer isso nas suas e para suas comunidades. Eles possibilitam, principalmente, aos olhos e mentes urbanas, um novo olhar sobre o Brasil. Afinal, o que a maior parte dos brasileiros sabe sobre o semiárido? Usualmente ideias genéricas, comumente associadas à seca, à pobreza, aos baixos índices de desenvolvimento humano e de outros indicadores sociais e econômicos. O que a maioria desconhece é a riqueza cultural dessa região, guardiã de muitas de nossas tradições. E muitos ignoram a força e a sabedoria de seus habitantes para encarar as adversidades, a fé na chegada de tempos melhores e a criatividade com que lidam com as carências. Enfim, pouco se sabe sobre esses brasileiros, inspiradores de Fabianos, Diadorins, Severinos, personagens de Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto e de tantos outros escritores que conheceram suas realidades e compreenderam seus universos.
Os Microprojetos no semiárido são um modo simples do Estado potencializar as variadas iniciativas desses brasileiros no campo cultural e revelar para os outros Brasis, as falas, as vozes e os fazeres do povo dessa imensa região de mais de 970 mil quilômetros quadrados, onde vivem cerca de 22 milhões de habitantes espalhados em 11 estados. Os Microprojetos são um dos modos encontrados pelo Ministério da Cultura para cumprir sua clara missão de apoiar a rica e a bela diversidade cultural que marca o povo brasileiro.
sucedidas – como a de Pedro Braz, no programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) da Prefeitura de São Paulo – criou alianças com outras instituições do governo federal como o Banco do Nordeste do Brasil – BNB; e estabeleceu importante articulação com o Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura e, por meio deles, com os municípios do semiárido. Essa iniciativa contou com a parceria do Instituto Nordeste Cidadania – INEC, da Fundação Nacional de Artes – Funarte e Banco do Nordeste do Brasil – BNB.
Paradoxalmente, alcançar essa clara missão nem sempre é tarefa simples. O primeiro desafio do Ministério da Cultura foi dar materialidade ao comando do Ministro Gilberto Gil de fazer um “do–in” antropológico no país, levando em conta a diversidade cultural brasileira e lidando com ela sem preconceitos. O Programa Mais Cultura integrou-se a essa missão e organizou suas ações em três dimensões: a da cidadania, a da infraestrutura cultural e a da economia. Os Microprojetos se inscrevem como uma dessas iniciativas de fomento a projetos de baixo custo financeiro que possam se tornar um embrião de uma iniciativa de estímulo à cidadania, ao aumento da autoestima e ao desenvolvimento da economia local.
Discutidas e negociadas as competências e atribuições, métodos e instâncias de participação, enfim, feita a pactuação, no talvez melhor exercício do Sistema Nacional de Cultura, não foi difícil experimentar a execução de uma política pública de cultura federativa num território tão distante do foco dessa política. Lá, tudo já estava quase pronto. Faltavam apenas pequenos gestos do poder público para revelar talentos e criar condições de alimentar os sonhos, reforçar as iniciativas ou promover sua expansão.
Sua execução envolveu muitos colaboradores do Ministério da Cultura, que em suas bagagens traziam experiências bem
Os Microprojetos Mais Cultura colaboraram para tirar da margem talentos brasileiros e gente que acredita na força da cultura. Não mais como turista, mas ainda como aprendiz, tomado do espírito apaixonado pela cultura brasileira de Mario de Andrade, o MinC foi ao semiárido para descortinar mais um Brasil.
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Microprojetos, grandes dimensões Sergio Mamberti1
Microprojetos Mais Cultura representa para a Funarte a conquista de possibilidades de ampliação da sua atuação junto à produção cultural brasileira e sua rica diversidade. Permitindo redesenhar fronteiras entre diferentes linguagens e outros campos de expressão, o Microprojetos Mais Cultura criou condições favoráveis para o aprofundamento das relações estabelecidas com artistas, projetos junto a comunidades tradicionais, projetos de caráter independente, bem como procedimentos criativos e educacionais. Isso contribuiu sobremaneira para que a Funarte tivesse forte participação na disseminação, por todo o território nacional, de processos interativos de participação que resultaram numa energização antropológica de contingentes significativos da nossa sociedade.
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Presidente da Fundação Nacional de Artes
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Em sua primeira edição realizada em 2009, dedicada à população do semiárido, fomos ao encontro da multiplicidade de manifestações que nos caracteriza, promovendo uma visão mais nítida de sua fisionomia. Através da extraordinária força das variadas expressões da nossa cultura popular e outras experimentações existentes, pudemos perceber que é na
resistência que nosso povo constrói a pluralidade das suas identidades. Ao ser solicitada pela Secretaria de Articulação Institucional do MinC, para participar do Mais Cultura, a Funarte, ao integrar em um único projeto todas as suas áreas de atuação, marcou sua presença em novos territórios, que ainda não haviam sido beneficiados pelas políticas públicas do MinC. Ao longo de mais de um ano, a parceria entre a Funarte, o Programa Mais Cultura, o Banco do Nordeste (BNB), o Instituto Nordeste de Cidadania (INEC), as Secretarias de Cultura de 11 estados que constituem o território geográfico do semiárido - Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo - selecionou, por meio de editais, aproximadamente 1.200 projetos, cada um de até 30 salários mínimos, totalizando cerca de treze milhões de reais em premiações. No entanto, o que mais nos mobilizou, não se limitou ao investimento estratégico nestas áreas de grande vulnerabilidade social, mas, sobretudo o esforço conjunto de várias instituições através de iniciativas visando promover o desenvolvimento social e econômico desta extensa região. Microprojetos Mais
Cultura premiou, especialmente, jovens entre 17 e 29 anos de idade, fomentando as relações entre comunidades e artistas de diversas faixas etárias, com participação efetiva nas mais variadas linguagens: artes cênicas, artes visuais, música, literatura, audiovisual e artes integradas. Tivemos a grata surpresa de contar também com um total de 3.883 projetos inscritos, provenientes de pessoas físicas e jurídicas de 881 municípios da região, constatando sua imensa potencialidade que, todavia, não tinha sido contemplada com os investimentos substanciais dos programas culturais do Minc, de alcance nacional. Ao contrário do que se poderia supor, a capacidade de realização destes artistas, professores, artesãos, grupos étnicos e comunidades, tem a mesma riqueza criativa da produção cultural dos grandes centros urbanos. Talvez até mais intensa, pois participam à margem da vida cultural regional, que tende a subestimar a importância de sua contribuição. Necessitam apenas de incentivo e reconhecimento do poder público para realçar sua presença nacional, como força motriz de inspiração e de criatividade, que sempre foi a base de toda produção cultural brasileira e de nossa formação. A possibilidade de aquisição de instrumentos para bandas de
música, montagem de pequenos espetáculos, realização de oficinas, publicações literárias, aquisição de materiais diversos para produção artística, realização de pequenos festivais, produção de CDs de música, realização de documentários até a produção em diversas mídias digitais, revelaram um universo insuspeitado de beleza, sensibilidade e de grande qualidade sob todos os aspectos. Todos os parceiros envolvidos percorreram o país com suas equipes, realizando oficinas, com acompanhamento e registro, para uma melhor avaliação do que foi implementado, estabelecendo contato direto com um semiárido popular e integrado na contemporaneidade, enriquecendo seu conhecimento sobre o país, e preparando-se para realização de programas e projetos de maior amplitude, ainda por vir. A qualificação profissional adquirida na atuação no Programa Microprojetos Mais Cultura Semiárido nos conduziu à execução do Microprojetos Mais Cultura Amazônia Legal, já em fase de finalização, expandindo sua ação nacional e possibilitando maior presença em territórios com características diferentes e potencial diverso, integrando transversalmente a Funarte aos programas e políticas publicas do Ministério da Cultura.
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SUMÁRIO
Democratização do acesso aos recursos públicos - Mônica Monteiro............................................................ 18 A busca de novos modelos de financiamento público da cultura - Lia Calabre............................................... 20 Semiárido: diversidade e pluralidade cultural - Xico Chaves........................................................................... 26 Um novo olhar sobre o cotidiano dos pequenos produtores culturais - Selma Santiago................................. 30 Surpresas de viajante - Vera Rotta.................................................................................................................. 34 Um povo feito de sonhos e certezas - Paulino Menezes................................................................................. 36 Se a experiência pudesse ser medida... - Fernando Rotta Weigert................................................................. 37 Sons da água, da terra, do barro..................................................................................................................... 39 Romeu e Julieta, reisado, maracatu e pau-de-fita........................................................................................... 45 Dança do Caroço: um ritmo unindo gerações.................................................................................................. 53 Bonecas de Pano: feitas para dar sorte........................................................................................................... 59 Elis Marina, com pimenta e ao vivo.................................................................................................................. 63 Tambor de Crioula, resistência, tradição e continuidade.................................................................................. 67 Uma antiga flauta volta a tocar......................................................................................................................... 71 Liberdade feita com arte................................................................................................................................... 75
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No sertão, a persistência dos cavaleiros.......................................................................................................... 79
No quintal, cinema, música, dança e filosofia.................................................................................................. 85 Máscaras para uma nova identidade............................................................................................................... 91 Na roça, cinema rima com cidadania............................................................................................................... 97 Uma batalha pela paz no sertão da Bahia..................................................................................................... 101 No rio Doce, lixo é inspiração......................................................................................................................... 107 Estação da memória, da lembrança, da preservação.....................................................................................111 A cultura está onde o brasileiro está - Leonardo Mourão................................................................................115 Novas soluções para um novo desenvolvimento - Tibico Brasil.................................................................... 122 Análise da ação Microprojetos....................................................................................................................... 125 A pesquisa quantitativa......................................................................................................................... 126 A pesquisa qualitativa........................................................................................................................... 135 Considerações finais............................................................................................................................ 139 Microprojetos Selecionados........................................................................................................................... 140 Agradecimentos............................................................................................................................................. 185 Expediente..................................................................................................................................................... 187 Créditos das imagens..................................................................................................................................... 192
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Democratização do Acesso aos Recursos Públicos Mônica Monteiro1
Lançado em 2007, o Programa Mais Cultura integra a Agenda Social do Governo Federal e é estruturado para responder aos desafios impostos pela nova política social, notadamente o de enfrentamento das desigualdades sociais, tendo como diretriz a incorporação e o fortalecimento do papel central da cultura no desenvolvimento e o seu reconhecimento como direito social. Dentre os muitos desafios a enfrentar, inscrevem-se aqueles associados à incorporação dos jovens ao mundo do trabalho cultural - técnico e artístico. Como público preferencial do Mais Cultura, diversas ações do Programa estão voltadas para jovens de 17 a 29 anos, estimulando realizações artísticas e culturais.
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Coordenadora de Ações do Programa Mais Cultura
Sabe-se que milhões de brasileiros vivem da cultura e que o investimento e fomento à cultura devem ser diversificados em suas fontes, incorporando mecanismos que possam ser adaptados às diferentes necessidades brasileiras contemplando a multiplicidade da produção cultural dos diversos segmentos sociais e, principalmente, daqueles excluídos dos processos formalmente instituídos.
A meta da democratização do acesso aos recursos públicos que foi integrada à agenda do Ministério da Cultura (MinC) produziu nesses oito anos resultados concretos. A estruturação e difusão da modalidade de seleção pública de projetos, através de editais, seja para sociedade civil ou para o campo público, seja para pessoas físicas ou jurídicas, representou um avanço na forma de apresentação de projetos e na cobertura quantitativa de projetos atendidos.
cerca de 800 municípios e indicaram que todos os esforços de capacitação e divulgação ainda não foram suficientes para garantir a cobertura desejada, sugerindo que há terreno a explorar, tanto pelos cenários desenhados a partir do mapeamento que resulta da experiência do Banco do Nordeste no financiamento a projetos culturais na região do semiárido tanto quanto pelos depoimentos e registros captados pela equipe do Microprojetos Mais Cultura, apresentados a seguir.
A ação dos Microprojetos Mais Cultura, em sua primeira edição, foi a experimentação de um mecanismo de simplificação de financiamento público não-reembolsável. Sob a coordenação da Secretaria de Articulação Institucional do MinC, com recursos financeiros do Programa Mais Cultura, o projeto foi desenvolvido e orientado para abranger 1.200 municípios do semiárido brasileiro, prevendo-se, através dos mecanismos de seleção, o atendimento a um projeto por município.
No semiárido a cultura convive com a escassez de recursos públicos e com a riqueza de criação, experimentação, arte de todas as formas, em todos os sentidos, em busca de incentivos, apoios e de qualquer forma de estímulo que possa significar reconhecimento e presença de governos, implantando políticas públicas, enfim, chegando ao cidadão.
A fixação dessa cota buscou garantir uma distribuição de prêmios equilibrada entre os municípios participantes, independentemente do número de inscrições por localidade, numa estratégia para garantir a desconcentração de investimentos nas regiões centrais, representadas pelas capitais - não raramente melhor assistidas pelas políticas públicas - para as áreas periféricas ou regiões afastadas dos centros.
Os projetos culturais selecionados no edital do semiárido contemplam praticamente todas as formas de expressão artística e revelam a autenticidade e a singularidade de ideias postas em prática por e para jovens. O mapa de projetos apoiados pelo Programa Mais Cultura no semiárido nos permite afirmar sobre o acerto da política de democratização do acesso aos recursos públicos e comemorar os resultados que teremos a oportunidade de ver nessa publicação.
Os movimentos e estímulos à participação de todos os 1.200 municípios foram realizados através de uma intensa agenda para capacitação e divulgação do edital que significou a realização de mais de 100 oficinas em 100 municípios, utilização de redes sociais, participação em encontros e divulgação em programas de rádio e TV, resultando numa adesão de 3.883 propostas ao Edital. Na conformação dessa iniciativa à divulgação, capacitação e estímulo à participação no edital é tão importante quanto a alocação dos recursos financeiros. Os resultados da premiação levaram a seleção de projetos a
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a busca de novos modelos de financiamento público da cultura Lia Calabre1
“A arte fala! E nesse sentido, nessa fala abrange todas as classes, todas as raças e isso é uma transformação. A música tem um poder muito forte, como a arte em geral, de passar isso para as pessoas, o reconhecimento de cada um de estar num lugar seu, ter a sua importância, a sua capacidade e isso então é uma transformação muito grande.” Proponente do Projeto A Música fala: origens e tradições do sítio lagoense – Lagoa do Sítio - Piauí
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Pesquisadora e chefe do Setor de Políticas Culturais da Fundação Casa de Rui Barbosa.
A Constituição Brasileira, no artigo 215, estabelece que o “Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”. Os Microprojetos Mais Cultura fazem parte de um conjunto de ações que vem sendo implementado pelo Ministério da Cultura, na busca de fazer cumprir o pleno exercício dos direitos culturais, que está determinado pela Constituição.
Desde meados da década de 1980, a política brasileira de financiamento público federal da cultura esteve, quase que exclusivamente, assentada na utilização das leis de incentivo. Tal processo teve inicio com a promulgação da Lei no 7.505, mais conhecida como Lei Sarney, criada em 1986 e extinta em 1990. A Lei Sarney foi substituída pela Lei no 8.313 de 1991, conhecida como Lei Rouanet, que está em vigor até hoje. O modelo foi implantado com o objetivo de buscar solucionar a falta de recursos federais para o custeio de atividades culturais. O Ministério da Cultura, que havia sido criado em 1985, um ano antes da lei, possuía um orçamento muito pequeno que mal lhe permitia arcar com a manutenção da estrutura que estava sob sua responsabilidade. Os dois mecanismos, em suas versões originais, previam ações de financiamento da cultura com um percentual dos recursos oriundos da renúncia fiscal e uma parte de efetivo investimento privado, ou seja, assentados em uma ideia de parceria, de estímulo ao investimento financeiro na cultura por parte da iniciativa privada com a participação do Estado. A Lei Rouanet sofreu algumas alterações que contribuíram para um processo de alta concentração de aplicação de recursos em algumas linguagens artísticas e em algumas regiões do país. A partir de 2003, com a gestão do ministro Gilberto Gil, o Ministério da Cultura iniciou um intenso trabalho junto ao governo no sentido de elevar o percentual orçamentário do órgão de um patamar de 0,2% do orçamento da União para 1%. Apesar de aparentemente tímido, esse crescimento significava, na prática, mais que duplicar a capacidade de investimento do Minc. Ao longo desses oito anos de governo, o Ministério foi investindo na criação e aperfeiçoamento de mecanismos de financiamento que produzissem condições mais equânimes de distribuição dos recursos. Tal projeto tem se efetivado, principalmente, através de editais públicos e concessão de prêmios. A análise aqui realizada terá como base o edital da região do semiárido, no âmbito do Programa Mais Cultura, e em estudo de uma amostra dos projetos premiados que está em plena fase de desenvolvimento.
“O edital foi muito aberto, democrático, pois apoiava não só as empresas, mas as pessoas físicas também... A Lei Rouanet reconhece o projeto, mas não garante os recursos” Proponente do Projeto Cinema Itinerante – Belágua - Maranhão
“Nesses 25 anos de capoeira, nunca tive acesso a nenhuma verba pública... foi até uma surpresa muito grande ver que, pela primeira vez, a gente conseguiu alguma coisa ligada ao governo porque, para cá, isso é raro, é difícil” Proponente do Projeto Grupo Muzema de Capoeira – Chapadinha - Maranhão
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“A dificuldade de se trabalhar com cultura é só a financeira, porque não existe ainda no país uma verba para se trabalhar com cultura em termos de município” Proponente do projeto Cultura e ação – Caêm – Bahia
“Eu fico sempre muito surpresa com o pessoal aqui da comunidade, esses meninos, eles fazem cada peça, eles mesmos escrevem, eles mesmos encenam, eles mesmos produzem as peças e passam as mensagens...O projeto é fazer chegar o conhecimento até as pessoas” Proponente do Projeto Biblioteca Comunitária Itaitinga - Ceará
“Nós fizemos as oficinas abertas, nunca fechamos, porque a ideia não é só aprender uma arte. Aprender uma arte é massa! É lindo! Mas, além disso, a gente tem uma preocupação com que essas pessoas conheçam sobre o seu lugar, que elas se sintam pertencentes a esse lugar e ativas nesse lugar, não simplesmente passivas.” Proponente do Projeto Colcha de Mosaicos – Fortaleza – Ceará
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2 Tendo em vista que o processo de conveniamento dos premiados se estendeu ao longo do ano, com a chamada de suplentes selecionados, o relatório final ainda não se encontra disponível
“Eu tenho uma grande dificuldade de trabalhar aqui no município, eu não tenho com quem contar, com quem trocar uma ideia, discutir um assunto, porque essa área é muito nova (produção e edição de vídeo digital). ... Tem aí alguns serviços, casamentos, eventos. Para fazer um documentário aqui tem que ser através de um edital, pois quem vai custear um documentário no interior? Só através de um edital desse é que sai esse tipo de coisa.” Proponentes do Projeto O audiovisual construindo identidade – Pindoretama - Ceará
A utilização de estratégias como a do lançamento de editais e da criação de prêmios, foi adotada pelo Minc, na intenção de superar ou diminuir as distorções regionais de investimento público federal na cultura. É importante ressaltar que o lançamento de editais e que as concessões de prêmios eram recursos utilizados pela Funarte, por exemplo, em décadas anteriores, e que sofreu alguns processos de descontinuidade. Muitos dos editais, do próprio Minc, lançados nos primeiros anos de governo, tiveram apoio financeiro das empresas estatais, em especial da Petrobrás (a principal empresa financiadora da área da cultura). Com o gradativo aumento da dotação orçamentária, ao longo desses últimos oito anos, o Ministério pode passar a implementar suas iniciativas com recursos próprios. O Programa de Apoio a Microprojetos Mais Cultura para a região do semiárido, que abrange municípios em todos os estados do nordeste, no estado de Minas Gerais e Espírito Santo, lançado com recursos do Programa Mais Cultura, foi efetivado através de uma parceria da Secretaria de Articulação Institucional e da Funarte com o Banco do Nordeste – BNB, Instituto Nordeste de Cidadania - INEC - e as Secretarias de Cultura dos estados participantes. Buscando resguardar as especificidades de cada região, os editais foram estadualizados, ficando as secretarias de cultural responsáveis pela divulgação entre os municípios e pela formação das comissões julgadoras. O edital foi idealizado visando fornecer financiamento para Microprojetos culturais. O objetivo foi o de incentivar e fomentar artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais, através da distribuição de prêmios para iniciativas desenvolvidas nas áreas de: artes visuais, artes cênicas, música, literatura, audiovisual e artes integradas. Os projetos deveriam ter como protagonistas ou beneficiários diretos, jovens de 17 a 29 anos, residentes em regiões e municípios do semiárido. Os primeiros relatórios gerados pelo projeto revelam que foram comprometidos recursos na ordem de treze milhões e
meio, com um total de 3.883 projetos recebidos e um pouco mais de mil e duzentos selecionados (incluindo os suplentes). 2 Participaram do edital 11 estados – todos os estados do nordeste e mais uma pequena parcela de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo – lembrando que somente poderiam enviar projetos os municípios localizados na região do semiárido. Os estados da Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte e Espírito Santo apresentaram os maiores índices de participação de municípios e os menores percentuais de participação couberam aos estados do Piauí e Maranhão. As inscrições foram recebidas nas secretarias dos próprios municípios, encaminhadas às secretarias dos estados. Todo o processo de conveniamento e acompanhamento dos projetos selecionados, ficou a cargo do Banco do Nordeste, através do Instituto Nordeste de Cidadania – INEC. O Ministério da Cultura buscou tornar o edital o mais acessível possível. O formulário de inscrição foi bastante simples, procurando ser adequado ao público alvo. Logo no primeiro parágrafo do objeto, o Edital informava que tinha como “objetivo fomentar e incentivar artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais”, complementando que com a intenção de promover a diversidade cultural, “os projetos financiados deverão ter, como protagonistas ou beneficiários, jovens de 17 a 29 anos residentes em regiões e municípios do semiárido.” A distribuição dos projetos contemplados, por área artística, pode ser observada no quadro ao lado. Para se inscrever como pessoa física bastava estar em dia com o imposto de renda, apresentar cópia da identidade e do CPF, comprovante de residência de 2007 a 2009. No caso de pessoa jurídica, necessitava-se da apresentação das certidões negativas, dos estatutos e dos documentos do responsável legal pela empresa. O formulário, além dos dados pessoais, solicitava que o proponente descrevesse o que desejava
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fazer – de maneira clara e sintética - apresentando também um orçamento e uma descrição das atividades que seriam realizadas. O modelo era muito simples e continha exemplos claros do que era solicitado. Todo o processo foi construído visando a alcançar um público que, normalmente, não tem acesso aos recursos públicos. “Eu deixei de pedir recursos à Prefeitura, eles nunca podem, eles nunca têm... Com o Projeto Mais Cultura nós compramos nosso material e não precisamos pedir nada a ninguém” Proponente do Projeto oficina de Indumentária Bumba Meu Boi – Nina Rodrigues - Maranhão “A ideia era trazer 60 jovens para a oficina, 2 de cada escola, formar monitores para que eles formem grupos na escolas. Temos 2 que já formaram e a gente está acompanhando isso no dia a dia, para ver se a gente alcançou nosso objetivo” Proponente do Projeto Dança transformando a vida – Pacatuba – Ceará “Eu achei muito bom porque eu não precisei elaborar aquele projeto enorme, com tudo assim... É uma coisa bem simples. Porque eu vejo aqui no meu pai, na Secretaria, tem uns projetos, tem uns que eles recusam porque os projetos foram mal elaborados. A justificativa que eles dão é que foram mal elaborados e esse não, dos microprojetos, era mais fácil, porque era mais acessível para a gente, pelo fato de a gente ser, assim, do interior.” Proponente do Projeto Aconteceu e não vi, mas me contaram assim – Valença do Piauí – Piauí.
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Foram apresentados projetos das mais variadas modalidades dentro de todas as linguagens artísticas que foram objeto do edital. Pode-se dizer que tal quadro permitiu o cumprimento do objetivo número 1 do programa que é o de: “ampliar o acesso aos bens e serviços culturais e meios necessários para a expressão simbólica, promovendo a autoestima, o sentimento de pertencimento, a cidadania, o protagonismo social e a diversidade cultural”, ao longo de 2010, mais de mil projetos vêm sendo colocados em prática na região do semiárido brasileiro. Na música, instrumentos são construídos, cursos e oficinas são oferecidos, tudo isso permitindo a muitos cidadãos o acesso ao processo de experimentação do fazer cultural que se soma à produção de CDS e de espetáculos. As danças mais tradicionais têm espaço junto com a dança contemporânea. As chamadas brincadeiras, como os bois, as folias, os cacuriás, ganham um incentivo extra para estar na rua. As práticas da leitura são enriquecidas e estimuladas por novos cordéis, por novos acervos e por equipamentos multimídia. A geração de emprego e renda também está presente em projetos que prevêem qualificação da produção artesanal e manufatureira. O cinema vai voltando às praças e às ruas dos lugarejos, das cidades do interior, de uma maneira nova,
estimulando também a produção audiovisual local que se encarrega de registrar os fazeres e as riquezas culturais. No teatro, o clássico e o contemporâneo se encontram, em montagem, em oficinas, em leituras dramatizadas que abrem espaço para novas criações que dialogam com as realidades locais. No financiamento a projetos dessa natureza, as dificuldades ainda são muitas. A equipe responsável pelo conveniamento, por exemplo, se empenha por agilizar o contato com os premiados, tarefa muitas vezes nada fácil. Uma sucessão de pequenos problemas terminou por atrasar o repasse dos recursos e que, por conseguinte, faz com que uma média de 40% dos projetos só venha a ser finalizada em 2011. Para o acompanhamento da ação Microprojetos Culturais Mais Cultura, no semiárido, foi planejada uma pesquisa, que está em campo, analisando o perfil dos projetos apresentados, sua distribuição geográfica, a participação das diversas áreas artísticas, a adequação do modelo executado à realidade local. Para tanto estão sendo trabalhados os formulários de inscrição, fichas de informações complementares e relatórios de prestação de contas. A pesquisa tem ainda uma parte de levantamento de informações qualitativas, com a realização de entrevistas com uma pequena amostra dos premiados. Esses depoimentos deram origem aos boxes que complementam esse texto e são o testemunho vivo da importância do desenvolvimento de projetos, por parte dos governos, que atinjam a um público tradicionalmente eliminado do acesso aos recursos públicos e ao sentimento de cidadania cultural plena.
“ O cinema na praça, um lugar que junta todo mundo numa telona de cinema, coisa que hoje não existe mais, é difícil, só nas capitais ou nas grandes cidades, mas no interior... isso foi o que me levou a fazer com que as pessoas voltassem àquela época de ver um filme junto com a família, junto com os vizinhos, a comunidade toda ali reunida numa grande tela capaz de envolver as pessoas” Proponente do Projeto Cinema na Praça – Cícero Dias - Bahia “A Secretaria reuniu a gente e explicou sobre os microprojetos. Depois ela deu uma micro-oficina de elaboração de projetos para quem ainda não tinha experiência em fazer projetos e qualquer dúvida que a gente tinha eles tiravam” Propornente do Projeto Arte e Cultura – Acopiara – Ceará
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Semiárido: diversidade e pluralidade cultural Xico Chaves1
Se vivemos da diversidade, é nela que nos afirmamos, dela sobrevivemos e assim toda a sociedade, com sua expressão cultural plural, em permanente processo de transformação. O que identifica nosso país é sua múltipla identidade, sua capacidade de reunir, em um vasto território, muitas expressões culturais simultâneas que se intercomunicam e constituem um corpo em movimento, um conjunto de origens que não se estagnou, uma paleta de cores que não se cristalizou, permaneceu suscetível a mutações, capaz de absorver influências, e ao mesmo tempo, preservar sua natureza. É como um caleidoscópio orgânico, sensível a tudo que nele se projeta do mundo exterior para transformar seu conteúdo em linguagem própria e universal. Nossa multíplice formação nos permite esta liberdade e uma flexibilidade extrema capaz de compreender e transformar a produção cultural em formas de sobrevivência.
Coordenador da Assessoria Especial da Presidência da Funarte, Coordenação Funarte Microprojetos Mais Cultura. 1
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No entanto, esta sobrevivência subsiste em um Brasil desigual, repleto de diferenças sociais onde a maior parte de sua população permanece à margem dos sistemas de comunicação sujeita à pressão de uma produção industrial padronizadora e movida por valores consumistas. A produção cultural popular circula em núcleos de resistência, assim como as experimentações de linguagem e a preservação de valores simbólicos que estruturam a base de sua múltipla formação. Sob risco permanente de
descaracterização e aniquilamento de seus sistemas de sustentação, formada por extensas camadas sociais, mantêm, ainda, sua autonomia. A complexidade destas questões levou instituições culturais, estimuladas pelo Ministério da Cultura, a lançar um novo olhar sobre o debate referente à valoração simbólica e estratégica desta produção. Foram trazidos para o debate cultural conhecimentos antropológicos e fatores econômicos para serem considerados na mesma esfera, associando a eles uma série de projetos de abrangência nacional. Microprojetos Mais Cultura surge desta iniciativa como um dos instrumentos do estado, capaz de proporcionar sobrevivência, visibilidade e reconhecimento às expressões culturais regionais, realizadas em toda a extensão do território brasileiro, mais especificamente nas regiões e territórios que representam maior risco social e expressam com intensidade maior diversidade, identidade e pluralidade. O Semiárido, que abrange 11 estados do nordeste e sudeste, que pelo nome de algumas de suas cidades (Tracunhaém, Xique-Xique, N. Sra. de Nazaré, Inhapi, Jacaré dos Homens, Tabocas do Brejo Velho, Cafarnaum, Mulungu do Morro, Baturité, Canindé, Jijoca de Jeriquaquara, Milagres, Nova Iorque, Coité, Junco do Seridó, Santana dos Garrotes, Zabelê, São Miguel dos Milagres, Coité do Nóia, Bodocó, Salgueiro, Tacaratu, São José do Egito, Boa Hora, Pau dos Ferros, São
Miguel do Gostoso, Cachoeira do Pajaú, Indaiapira, Vila Pavão, Baixo Guandu, Canhoba, Canindé, Lagarto, Gararu), para citar apenas algumas, exemplificam toda riqueza de suas origens. Na extensão geográfica e poética da nomenclatura destes lugares foram encontradas atividades culturais que a maior parte da população brasileira desconhece. O que, conceitualmente, definimos como diversidade cultural e se referencia em uma formação histórica com diversas origens étnicas, sedimentações e múltiplas influências se materializa nas formas de expressão e manifestação encontradas na extensão de nossa geografia. Nos territórios que compreendem o semiárido, como em outros, a presença de todos os segmentos de expressão artística e cultural se manifestam de forma intensa, compreendendo uma outra diversidade: a multiplicidade de linguagens, tradições populares, ferramentas tecnológicas de comunicação e criação, atividades e conhecimentos interativos que se articulam entre diversos segmentos sociais. Tornou-se necessário um programa que representasse todo este universo e que absorvesse em seu edital desde as expressões populares até as mais contemporâneas e lá estavam todas elas, desde a literatura de cordel até a cultura digital. Provou-se que estes lugares produziam tanta cultura quanto os grandes centros urbanos, em artes cênicas, artes visuais, música, literatura, audiovisual e artes integradas (para a inclusão de
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projetos com mais de uma área artística). Provou-se ainda que estes segmentos apresentam uma grande diversidade em si mesmos e que poderiam diversificar ainda as formas de comunicação entre eles e as mídias regionais e que representavam esta imensurável parcela da produção cultural pouco reconhecida e não identificada.
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Estar à margem dos sistemas de comunicação convencionais não compreende estar inativo. Apenas não é conferida a esta suposta marginalidade a presença na mídia convencional, o reconhecimento da cultura produzida por ela. A cultura de massas, no entanto, sempre se alimentou dos modelos e formas de expressão lá existentes. Quando Microprojetos Mais Cultura disponibilizou recursos dirigidos a estas populações, estabeleceu a conexão entre uma extensa camada social e a instituição pública, passou a identificar e revalorizar as tradições e experiências lá existentes, disponibilizou canais de interrelacionamento, reconheceu seu papel como protagonista na economia da cultura, possibilitou sua reafirmação e alteridade, estimulou seu desempenho como força produtiva e realimentou seu processo criativo. Essas populações estavam à margem dos grandes projetos de financiamento, que envolviam grandes investimentos, que assimilavam apenas produtores profissionalizados, artistas de renome, empresas e grupos com acesso disponível nas instituições e empresas privadas. Não havia, até então, estímulos financeiros para projetos de baixo custo, mas fundamentais para a sobrevivência dessa maior parte de nossa identidade e versatilidade cultural. Foi possível provar que um
documentário pudesse ser realizado, que uma banda de música pudesse adquirir instrumentos, que oficinas de arte-educação pudessem ser implantadas, que era possível editar livros e CDs independentes, resgatar e estimular culturas e manifestações étnicas e tradicionais, resultando em uma infinidade de ações de conteúdo, afirmação e sobrevivência cultural. Ao incluir o semiárido em um programa com esta dimensão confere-se a ele ainda o reconhecimento de ter sido, em toda a nossa história, a região que mais esteve presente em nosso desenvolvimento econômico e social. Sua contribuição para produção cultural brasileira tem sido essencial na construção do país, de suas grandes cidades, de sua produção agrícola e industrial. A mão de obra e a criatividade que migraram de lá para todos os cantos do país se entranharam e foram fundamentais na cultura da argamassa, fertilizante da tradição e da contemporaneidade. As migrações ocorreram por fatores climáticos e de sobrevivência, presentes nesta região mais pobre e discriminada, estigmatizada nas regiões industrializadas ao ser representada pela miséria e a caveira de boi, a caatinga seca e espinhenta, a fisionomia esquálida e mestiça, o sertão rústico, rude e áspero. O que foi traduzido como resistência, tem se revertido em fator de integração, interação, interlocução e potencial transfor mador, presentes na realidade fértil e contraditória de sua natureza multicultural, onde tradição popular e tecnologia virtual coexistem hoje no mesmo território.
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Um novo olhar sobre o cotidiano dos pequenos produtores culturais Selma Santiago1
“Eu deixei de pedir recursos à Prefeitura, eles nunca podem, eles nunca têm... Com o Projeto Mais Cultura nós compramos nosso material e não precisamos pedir nada a ninguém” Proponente do Projeto oficina de Indumentária Bumba Meu Boi – Nina Rodrigues - Maranhão O Brasil é feito de gente que pisa no chão, que come arroz e feijão, que trabalha, que estuda, que sente, que sonha, que se expressa de várias formas e, destes tantos, milhares pensam, desejam ou esperam um dia ter a chance de mostrar seu dia-a-dia e o que sentem através da arte. Desejos contidos nos projetos guardados no fundo das gavetas ou nos sonhos das noites que embalam seus cotidianos. Muitos deles, em sua maioria jovens, alimentam a esperança de mudar o país para melhor por meio de sua arte, mas as dificuldades do dia-a-dia os deixam, com o passar dos tempos, cada vez mais descrentes nesta possibilidade de um dia tornarem-se artistas.
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1 Coordenadora de Territorialização do Programa Mais Cultura/ Ação Microprojetos.
Ao iniciarmos as atividades da ação Microprojetos Mais Cultura, de fato, encontramos durante as oficinas de capacitação, os olhos dos concorrentes perdidos, como que assistindo a distância entre sonho e realidade. Percebemos então que este seria, de imediato, nosso maior desafio a ser vencido: provocar nas pessoas de
1.200 municípios, a confiança de que poderiam ser atendidas sem discriminação. Fazê-las acreditar que os recursos federais chegariam em seu município, por menor e mais longínquo que fosse, entregues nas mãos do próprio artista. Muito trabalho, esclarecimentos, orientações, estímulos e aposta na confiança foi nosso roteiro de viagem, seguido à risca e que vimos ser recompensado à medida que os prêmios foram sendo pagos. No decorrer de um ano de atividades, nossa equipe desbravadora do sertão do semiárido brasileiro pôde conhecer, apostar e ver nascerem as flores daqueles que antes não acreditavam na possibilidade de sobreviver de sua arte. Foi como encontrar um jardim onde antes era deserto, porque para nós, esta ação tem a imagem de uma chuva no sertão ressecado. Basta um pouquinho de água para se ver o verde brotando e as flores se abrindo, colorindo o cinza que antes existia. Sabemos que a terra é fértil, que o solo é bom, que florescem aqui e acolá rosas e margaridas, mas vê-las em conjunto, brotando, foi e é uma experiência que vai para além do financiamento de pequenos projetos culturais, pois muito está por detrás de recursos financeiros. Capitais outros como afetivos, criativos, simbólicos, identitários, estéticos, políticos e outros tantos foram expressos por todos os projetos, merecendo então nossa maior atenção com relação a este movimento que provocamos e que observamos atentos tal qual um mágico que se surpreende com o efeito de sua própria mágica. Buscando melhor conhecer estes grupos e pessoas, promovemos Encontros Estaduais dos Microprojetos nos onze estados contemplados, onde a participação voluntária foi a tônica do momento e onde pudemos nos aproximar dos cotidianos destes fazedores de cultura que muito se distanciam das Leis de Incentivos ou outros prêmios de maior porte que são ofertados por todo o país. Descobrimos que a grande maioria dos agraciados eram pessoas físicas, que apostaram na ideia de uma pequena produção cultural para realizar seus sonhos e dinamizar as vidas de suas comunidades. Percebemos que o brasileiro, com
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sua capacidade empreendedora e criativa, é capaz, sim, de fazer render o pouco que tem e multiplicar o benefício, estendendo aos demais a possibilidade de sentir, na prática, o que teóricos chamam de “economia da cultura”. Nos Encontros tínhamos dois objetivos bem claros: o período da manhã seria para repassar informações administrativas sobre como preencher relatórios, dirimir dúvidas com relação a contratações para concessão dos prêmios, uso de logomarcas e outras questões burocráticas. Enquanto o período da tarde seria provocativo no sentido de promover o verdadeiro encontro entre os próprios participantes, estimulando a formação de uma rede de pequenos produtores culturais em cada estado e assistindo a um momento de escambo entre os mesmos, sem a interferência dos organizadores, onde cada grupo ou artista se dispunha a colaborar com os demais, trocando contatos e serviços. E assim aconteceu, sem que orientássemos para tal, em todos os lugares. Após a realização dos Encontros, cada estado teve articuladores eleitos pelos próprios contemplados e uma série de objetivos a serem alcançados, em sua maioria bem similares, refletindo assim as características que fazem destes produtores culturais semelhantes e revelam-nos um modus vivendi no qual os poderes públicos poderão observar quais instrumentos de fomento serão mais bem utilizados.
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Aliado às observações feitas nos Encontros, e ainda com alguns resultados parciais da pesquisa que segue em curso, observamos também que a grande maioria destes produtores conta com pequenos apoios dos governos locais, enquanto poucos recorrem aos poderes públicos estaduais e federais. Isto é um fator interessante de ser analisado, uma vez que nos estudos econômicos os gastos municipais pouco refletem este investimento, sendo quase sempre
considerados apenas os gastos em eventos de maior porte ou festas cívicas e religiosas. Podemos refletir aqui se os governos municipais têm a percepção do potencial de talentos e de dinâmica cultural e econômica que podem ser estimulados em seus próprios municípios ou ainda a título de que retorno os mesmos apoiam estas pequenas iniciativas. Outro aspecto bem recorrente é o fato de que a maioria dos recursos investidos nos trabalhos vem dos próprios produtores e de voluntários, parentes e amigos. É quando constatamos que a maneira de trabalhar através da colaboração faz destes pequenos produtores cooperativos informais, uma vez que os profissionais de cada município se conhecem e auxiliam-se nas suas produções, investindo seus tempos, recursos financeiros e criatividades com o intuito de terem seus projetos e sonhos realizados. Os Microprojetos pressupõem micro-organizações, microarranjos produtivos, micro-financiamentos, não significando, necessariamente, micro-produtos culturais. Muitos dos resultados já apresentados têm uma capilaridade e dimensões bem maiores do que poderíamos supor nos gabinetes das políticas públicas para a cultura em Brasília. Verificamos que uma boa fórmula de atingir a este público ainda não alcançado seria através de uma ação de formato simples, com acesso aos formulários em linguagem simples, que contasse com o apoio local e dos estados na multiplicação das informações. E foi assim, através desta simplicidade, também lida nas apresentações dos projetos inscritos, que podemos ver os resultados dos sonhos e desejos outrora sentidos tornarem-se cotidiano, para estes quase mil e duzentos pequenos produtores culturais, que com este apoio puderam ser reconhecidos localmente e, enfim, receberem dos aplausos de seus povos, os títulos de “artistas da terra”.
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SURPRESAS DE VIAJANTE Vera Rotta1
“Minha vida é andar por este país Pra ver se um dia descanso feliz Guardando a recordação Das terras onde passei Andando pelos sertões Dos amigos que lá deixei...” Vida de Viajante (Luiz Gonzaga) Nos últimos 15 anos, tive o raro privilégio de viajar por todo o Brasil. O trabalho de jornalista me levou a percorrer grande parte do interior gaúcho, e na sequência, quase todos os Estados do país. Mas todas essas andanças brasileiras não me causaram impressão tão forte quanto as recentes viagens que fiz para colher informações para esta publicação sobre o Microprojetos Mais Cultura para o Semiárido. Não havia me dado conta da enorme e surpreendente riqueza e qualidade da cultura brasileira.
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Jornalista
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Nem me refiro às nossas grandes telas culturais: o barroco, o folclore, artes plásticas, todos os nossos festejos, cerâmicas, música, rios, grandes sertões, montanhas, sambaquis, literatura, histórias...
Aos meus olhos de brasileira urbana revelaram-se, com a súbita clareza de uma epifania, os traços fundamentais da nossa personalidade, o DNA constitutivo da nossa alma. E eles estão nas pequenas cidades deste gigantesco País, nos subúrbios das capitais, nos vilarejos perdidos de beira de estrada. Em localidades com nomes mágicos como Moita Redonda, Maracanaú, Barro Duro, São José do Belmonte, Bezerros, Lagarto, encontrei uma gente preciosa, que muitas vezes enfrentando a falta dos recursos mais básicos, produz, reproduz e preserva, de maneira persistente e principalmente generosa, jóias raras da nossa cultura. Como não se emocionar diante da delicada costureira que conversa com os bonequinhos que cirze, para que eles passem boas vibrações para aqueles que tenham a sorte de adquiri-los? É possível não se animar ao ver alguém abandonar sua vida em uma cidade grande para dedicar-se em tempo integral à formação de uma orquestra de jovens em um povoado com poucas centenas de moradores? E o que dizer ao ver uma senhora de 86 anos que a cada quinzena ensina os passos de uma rara dança de origem africana para “ter quem continue
dançando, depois que os velhos se forem.” Não há como negar que inúmeras manifestações da nossa cultura correm o grave risco de desaparecer por falta de quem se interesse em perpetuá-las. A oferta onipresente de uma cultura massificada e reducionista é uma ameaça real para a saúde das raízes diversificadas que alimentam essa nossa cultura brasileira, rica e única. Mas esse surpreendente mergulho em nosso quintal mostrou, de uma maneira vibrante e autêntica, que há uma multidão de incansáveis e anônimos guardiões culturais em plena ação. Cerca de 1.200 projetos foram contemplados com o Microprojetos Mais Cultura para o Semiárido, promovido pelo Ministério da Cultura! Um pequeno, porém, valioso empurrãozinho para esses guardiões que, mesmo com todos os desafios que enfrentam, não desistem de preservar a sua, a nossa, mais legítima expressão cultural. A escolha dos projetos para esta publicação foi totalmente aleatória. Nas próximas páginas uma pequena degustação desse imenso cardápio aberto por essa ação, com textos meus e do jornalista Fernando Rotta Weigert e fotos de Paulino Menezes que soube como ninguém capturar esses momentos.
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um povo feito de sonhos e certezas Paulino Menezes1
Para um fotógrafo é fundamental pegar a estrada, conhecer novas realidades, se aprofundar na terra. Olhar nos olhos das pessoas, observar atos e gestos. Mesmo com uma câmera na mão, se tornar invisível, tentando captar o essencial. Em cada lugar que passei nesse trabalho sobre os Microprojetos no Semiárido, dos mais distantes às periferias das capitais, tive aulas de cidadania. Percebi nos olhares, expressões e depoimentos apaixonados a alegria de realizar, lutar pela sobrevivência cultural e desenvolver projetos que resistam às armadilhas e injustiças impostas pelo dinheiro e pelo preconceito. Conheci um Brasil onde em cada canto, vila ou cidade, pessoas mantém viva a chama de suas origens, não deixando que esqueçamos nunca de onde viemos e nos ajudando a encarar o presente com a certeza de que temos história e somos feitos de sonhos e certezas.
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Fotógrafo
Saio dessa experiência convicto de que vivo num país de gente forte, que do alto de sua humildade não deixará suas raízes serem tragadas pela ilusão do novo sem conteúdo. Um Brasil de pessoas que ensinam o orgulho e o amor pela vida e transformam o cotidiano em arte e poesia. Parafraseando o mestre Darcy, que soube como poucos entender e amar sua gente: Viva o Povo Brasileiro!
Se a experiência pudesse ser medida... Fernando Rotta Weigert1
Se experiência pudesse ser medida em quilômetros, eu diria que estou 20 mil quilômetros mais experiente. Já se fosse medida pela capacidade de se conhecer lugares na menor quantidade de tempo possível, eu estaria seis cidades, em seis dias, mais sábio. Mas a medida em si é apenas um modo de valorar distâncias ou pesos, mas como dar valor à experiência? Obviamente que para um morador do Espírito Santo, quando se fala em Regência, todos sabem que é uma praia de surfistas. Mas para mim que moro em Porto Alegre, no extremo sul do Brasil, conhecer pequenos vilarejos do interior do país, tem o mesmo gosto que conhecer cidades além de nossas fronteiras. Na descoberta dos Microprojetos, fui a três cidades: Vitória da Conquista - na Bahia, com 140 mil habitantes, um local relativamente grande; Araçuaí - no norte de Minas Gerais, que tem quase 40 mil moradores e conheci também a pequena Regência onde vivem cerca de mil pessoas e nem chega a ser cidade, é distrito de Linhares (ES). Logo de cara percebi que o trabalho iria ser muito proveitoso
para o incremento de minha visão de mundo. Quando o roteiro da viagem chegou em minhas mãos e vi que o primeiro pouso seria em Vitória da Conquista, com meu pensamento simplista, de um jovem gaúcho da cidade, ajuizei: “Bahia igual a Axé”. E que grata e espantosa surpresa. A gurizada de sotaque baiano que estava desenvolvendo o trabalho promovia o hip-hop. Com apenas esse exemplo pude ver que seriam seis dias de intensas revelações sobre o potencial do povo brasileiro. Realmente depois de conhecer o encontro do rio Doce com oceano Atlântico, ver uma batalha de Break em solo baiano, e presenciar a luta dos promotores de cultura do vale do Jequitinhonha para manter sua história viva, tinha a responsabilidade de transmitir o trabalho que está sendo desenvolvido por essas pessoas. Fico com a satisfação de ter conhecido lugares, alguns com realidades duras, principalmente ter conhecido pessoas inquietas e engajadas em melhorar essas realidades. Obrigado a: Gilvandro Oliveira - Vitória da Conquista (BA), Luiz Natal de Souza - Regência (ES) e Dostoiéwiski Americano do Brasil - Araçuaí (MG).
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Jornalista
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Sons da água, da terra, do barro Quando o uirapuru canta, toda a floresta silencia para ouvir seu canto. É um momento mágico e único. Com o mesmo nome do pássaro brasileiro, a orquestra de barro, do povoado de Moita Redonda, produz o mesmo efeito. É um som ancestral, das entranhas da terra, das águas e das árvores da floresta, como o barro que compõe seus instrumentos e o som produzido por ele.
“Instrumentos de barro são milenares”, afirma Tércio Araripe, artista plástico e fabricante de instrumentos musicais. “Mas uma orquestra como essa é a primeira vez que se forma”. Tércio – que há três anos vive em Moita Redonda, em companhia da mulher, a artista plástica Sabyne Cavalcanti, e do filho Tom, de oito anos – foi o responsável por reunir os jovens filhos dos artesãos do povoado na Orquestra Uirapuru.
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O uirapuru é um pássaro de pequeno porte e de cores discretas. Não foi por acaso que esse foi o nome escolhido pela “orquestra de barro” formada por adolescentes desse povoado situado no município de Cascavel, no Ceará. Assim como o pássaro amazônico, esse grupo de jovens de origem humilde encanta com um som inimitável vindo de instrumentos musicais feitos de barro, seguindo uma tradição centenária herdada de seus pais e dos pais de seus pais.
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Há mais de duas décadas dedicado à pesquisa e construção de instrumentos musicais, ele se convenceu de que, ao reunir os adolescentes da cidade estaria ao mesmo tempo promovendo o desenvolvimento musical desses jovens e, tão importante quanto isso, resgatando para eles a importância do trabalho desenvolvido pelos seus familiares. “A influência da mídia e a própria rebeldia inerente a juventude vem gerando um desinteresse pela cultura de trabalhar o barro”, lamenta ele. Maestro O primeiro passo foi conversar com as famílias da comunidade e provocar os jovens a participar. Em seguida, um telefonema bastou para trazer um entusiasmado maestro, Luizinho Duarte, e todo seu conhecimento musical. Depois de tocar com artistas como Maria Bethânia, Tim Maia e Elza Soares, Duarte estava de volta a Fortaleza em busca de um trabalho que envolvesse crianças e adolescentes. “Em uma semana, os garotos já haviam encontrado cada um o seu ritmo”, conta Luizinho. “O resultado foi excelente e me deixou completamente feliz.”
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As reuniões do grupo de 25 jovens acontecem duas vezes por semana no quintal da casa de Tércio, numa casinha de taipa, cercada de mangueiras de sombra generosa. Nesse espaço acolhedor, sob o olhar inquieto de Ieti, um saguizinho que preferiu ficar por ali ao invés de voltar para a mata, essa banda inédita ensaia e estuda.
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A primeira turma, formada em 2009, começou com 30 inscritos e terminou com oito. A turma atual tem 25 alunos, dos 30 inicialmente inscritos. Muitos deles haviam iniciado na primeira turma, desistiram e retornaram agora. Os meninos e meninas, entre 12 e 20 anos não são de falar muito. Alex, de 19 anos, há um ano e seis meses no grupo, é uma espécie de porta-voz. “É muito bom doar aos outros o que aprendemos aqui”, diz ele lembrando as apresentações já feitas pela orquestra. Fôlego O Microprojetos Mais Cultura para o Semiárido trouxe fôlego para o projeto se estruturar e ter continuidade, ampliando o número de participantes da
orquestra, conta Tércio. Contemplado com o Prêmio Interações Estéticas Residências Artísticas em Pontos de Cultura, da Funarte, em 2008, o grupo foi constituído e realizou a primeira apresentação em 2009, no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza. A formação inovadora da Banda incentiva a manutenção da produção de cerâmica na região e promove a cultura e a inclusão social. Inspirado pelos versos do poeta Manoel de Barros, Queria que a minha voz tivesse um formato de canto / Porque eu não sou da informática: eu sou da invencionática, Tércio levou os mestres ceramistas do povoado de 900 habitantes a produzirem udus, marimbas, violas, harpas, bumbos, baixos, tímpanos, tambores, xilofones, chocalhos e apitos. A artesã Rosemeire da Silva, e seu marido, Paulo dos Santos, produzem, hoje, os instrumentos que o filho Mateus, de 12 anos, toca no grupo. “Acho muito bonito”, diz Rosemeire timidamente trabalhando com suas mãos mais um udu para a orquestra. Descendentes dos índios anacés, paiacus, genipapo-canindé e de africanos chegados ao litoral cearense, a invencionática de Araripe está renovando a cultura ceramista da região. Hoje, ainda utilizando técnicas que remontam aos seus ancestrais, - a argila trabalhada com os pés, sem a utilização de torno e com imensos fornos a lenha -, os artesões incluíram os instrumentos musicais à sua variedade de potes, pratos, panelas e peças decorativas.
Esse casamento da música com a cultura do barro ampliou as aspirações desses adolescentes, explica Tércio. Além disso, possibilitou um processo de inclusão e de resgate do patrimônio imaterial e de conscientização ecológica em toda a comunidade. Ele lembra a mudança de conduta dos jovens músicos depois da primeira apresentação para uma plateia de 300 pessoas. “Eles viram
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Tércio e Luizinho agora estão “na batalha” para incentivar os novos músicos a produzirem seus próprios instrumentos. Em seguida, eles também terão aulas teóricas de música. “Achei melhor que eles buscassem o som internamente e se apossassem dele, antes de começar a trabalhar com partituras”, explica o maestro Luizinho. A ideia é que de posse desses conhecimentos eles repassem as técnicas aprendidas, perpetuando assim, o conhecimento musical e a Orquestra Uirapuru.
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a possibilidade de sair de uma vida cheia de incertezas e de perspectivas limitadas para um caminho de possibilidades infinitas”. Um DVD com a apresentação realizada no Dragão do Mar e informações sobre a região está em fase de finalização. Mas quem diz que Tércio está satisfeito? “Quero novos sons, novas músicas, novos instrumentos”, afirma. Assim começa outra fase com experiências envolvendo sopro e cordas e novas perspectivas para esses meninos e meninas. É uma espécie de recomeço também para a comunidade de Moita Redonda. A música fez os jovens terem orgulho de fazer parte da cultura do barro, - retomando o elo das novas gerações com a cultura dos antepassados, agregando a música à tradição ceramista. “As ações desenvolvidas propiciaram o resgate da autoestima dos jovens, trazendo para a comunidade um sentimento de esperança e de valorização da cultura por eles praticada.”
Grupo Uirapuru - Orquestra de Barro Área: Música
Tércio Araripe
Maestro Luizinho Duarte
Proponente: Instituto Beija-flor de arte, cultura, educação ambiental e cidadania Cidade: Cascavel
Objetivo: Realizar a manutenção do Grupo Uirapuru – Orquestra de Barro – ampliando as bem sucedidas ações realizadas em projetos anteriores, com a inclusão de mais 20 jovens do povoado de Moita Redonda no grupo, além de promover sua divulgação em nível nacional fomentando sua continuidade e ampliando a inserção social e cultural dos adolescentes daquela comunidade. Valor: R$ 13.834,00
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Estado: Ceará
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Romeu e Julieta, reisado, maracatu e pau-de-fita “Na medonha terra que tem que se ver, uma Verona medonha das escrita aperriada fez duas famílias se inimigarem, dois magote de gente besta que se mete a brigar por besteira de rixa de fim de feira...” Capuletos e Montecchios se odiando em uma rivalidade mortal e morando lado a lado em uma Verona localizada em pleno nordeste brasileiro? Por que não? É assim, com o texto reproduzido acima, que se inicia a peça Romeu e Julieta encenada em Maracanaú, no Ceará. Começa também a realização de um sonho. O sonho de fazer uma montagem exatamente como eles gostariam. Com figurino, cenário e adaptação do jeitinho que o grupo sempre desejou. E foi o Microprojetos Mais Cultura o responsável pela realização desse desejo.
Esse drama, reescrito com forte sotaque cearense que explica a inimizade dos dois clãs como uma “rixa de fim de feira” e decreta que Verona, o palco de toda ação, é uma cidade “aperriada”, é a materialização do criativo sonho de todos os integrantes do Garajal. A ideia era fazer uma montagem desse clássico do teatro mundial com figurino, cenário e outras adaptações que contassem a história arrebatadora dos dois jovens amantes com o colorido, a linguagem e os valores da cultura nordestina. Os integrantes do Garajal participaram de todos os estágios da montagem, desde a discussão sobre a adaptação do texto até o detalhamento do figurino e do cenário.
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Interpretada pelo Grupo Garajal, criado em 2003, nessa cidade que faz parte da região metropolitana de Fortaleza, a mais famosa peça teatral de William Shakespeare foi adaptada para a linguagem de cordel e recebeu como personagens várias figuras do folclore nordestino.
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Apresentado em montagem de rua, no âmbito do projeto “O encontro de Shakespeare com a cultura popular”, a ação se desenvolve num terreiro de Reisado, misturando Mateus e Catirinas com Romeu e Julieta; Montec e Carpólitos; Jaraguá, Príncipes e Borrinhas. O espetáculo agrega vários outros personagens regionais: do Maracatu, do Pau de Fita, palhaços, brincantes e até o Boi, figura principal de muitas festas Brasil afora. Romeus e Julietas se alternam durante a peça em uma trama complexa. Todas as atrizes, em algum momento, são Julieta, assim como todos os atores encarnam de maneira alternada o papel de Romeu. Os Capuletos usam o vermelho, os Montechios, o azul. No final, Romeu e Julieta vestem roxo para mostrar a fusão dos dois.
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Mas, por que Shakespeare? “Porque é popular”, explica Francisco Mário Ferreira Jorge, o Maninho, coordenador do grupo teatral. “O povo de todos os lugares gosta desse inglês.” O processo para a montagem desse espetáculo começou com um estudo sobre alguns teóricos e escolas teatrais – Constantin Stanislavski, Augusto Boal, construtivismo russo, Bertolt Brecht e a Comédia Dell’arte. A escolha de William Shakespeare foi unânime. A primeira ideia era fazer um coletivo com algumas histórias do autor. Começou então a maratona da leitura e conhecimento da obra shakesperiana, até a decisão de trabalhar com Romeu e Julieta. Como diretores, foram escolhidos nomes de dentro do Grupo - Maninho e Diego Mesquita – e como assistente de direção, Miguel Cairo. A adaptação do texto ficou por conta do escritor cearense Victor Augusto.
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Na garagem Maninho é um defensor do coletivo. “Sozinho, ninguém vai para canto nenhum”, afirma. Esse guerreiro que se auto-intitula um brincalhão, vítima da paralisia infantil, estava destinado a ser padre. Aos 18 anos montou o grupo Juventude e Esperança, enquanto frequentava a Pastoral da Juventude, em Fortaleza, para dramatizar a missa e assim torná-la mais interessante. Depois disso foi gerente de uma locadora de vídeos, mas o teatro estava apenas adormecido em seu sangue.
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Um dia, tomou coragem: “não nasci para isso”. Largou a loja e foi buscar o seu rumo, apoiado pela companheira Rosely, mãe de suas duas filhas. Estudou, fez oficinas de bonecos e descobriu os clowns, os palhaços. Foi quando estava na Associação Teatral de Maracanaú – TEMA – que o Garajal começou a tomar forma. Em 2003, durante uma montagem de “Sonhos de uma Noite de Verão”, de Wiliam Shakespeare, o pessoal que cuidava dos adereços da peça começou a guardar o material no espaço da garagem da casa de Maninho. Aquele amontoado de objetos acabou por inspirar o nome do grupo. Garajal é como se chama um lugar onde se guardam coisas (breguetes, objetos, parafernália). Hoje, a garagem é a sede do Instituto Garajal de Arte e Cultura Popular “No início, não tinha nem teto, não tinha nada... Era só como um grande coração, em que sempre cabe mais um”, recorda-se Maninho. O grupo começou com seis pessoas, mas a cada dia aparecia mais um e assim começaram as atividades. Oficinas de máscaras e bonecos, festas, leituras de textos teatrais... “Um dia, a gente contou, já éramos 18 pessoas.”
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A decolagem não foi fácil. Muitas apresentações em shoppings, pouco tempo para ensaios. Foram surgindo as parcerias com empresas locais, com a prefeitura e o grupo conseguiu se estruturar e passou a ser referência no município. Cada vez mais dedicados, começaram a desenvolver técnicas para o resgate da cultura popular, como o Teatro de Rua, Teatro de Bonecos, percussão, figurinos, confecção de máscaras, eventos populares e Artes Circenses, culminando na figura do palhaço, a principal característica do grupo. Todos os participantes – os que já passaram e os que estão - cada um deles tem um palhaço como seu primeiro personagem.
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Porto seguro A maioria dos jovens atores dá aulas de atuação em escolas ou participa de trabalhos ligados ao teatro, tirando disso o seu sustento. Com cerca de 200 mil habitantes, Maracanaú é um distrito industrial. Os adolescentes já sabem: quando chega a idade de trabalhar para ajudar a família, o destino são as fábricas da região.
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Esse deveria ter sido o caminho de Francisco de Assis, o Chico, não fosse a paixão pelo teatro. A mãe sempre o apoiou, mas o pai foi um obstáculo a esse sonho. Depois de muita briga, Chico pensou até em desistir. Arrumou um emprego, mas mesmo assim a intolerância do pai não arrefeceu. Ele então decidiu lutar pelo que acreditava. Para frequentar as aulas de interpretação caminhava quilômetros, muitas vezes sem ter o que comer. Mas foi em frente. Hoje, sustenta a família com seu trabalho de ator. Mantém a mãe, a irmã e o pai, que, vítima de um AVC, não pode mais trabalhar. O Garajal é o seu porto seguro.
O encontro de Shakespeare e a Cultura Popular Área: Artes Cênicas Proponente: Instituto Garajal de Arte e Cultura Popular Cidade: Maracanaú
Chico, Aldebarã, Rafael, Henrique, Pitchula, Arnaldo, Aline, Lu, Germana, Rayane, Paula, Sudailson, Diego, Carlinhos e tantos outros mostram nos olhos e nos sorrisos o prazer que sentem em fazer teatro e em fazer parte do Garajal. Eles têm entre 18 e 28 anos, muitos têm filhos, e todos, uma certeza: querem continuar trabalhando com a arte de representar e fazer isso na sua comunidade e para a sua comunidade. Hoje, os projetos do grupo alcançam 250 alunos.
Estado: Ceará
E pensar na comunidade parece ser um dos eixos mais importantes do trabalho do Garajal. Maninho conta que o impacto dos recursos dados pelo Microprojetos Mais Cultura para o Semiárido foi além da satisfação da trupe em encenar a peça. “Mudou a nossa vida e a vida da comunidade”. Esse dinheiro circulou pela região. Parte passou para as mãos da dona da mercearia, que vende o lanche consumido nos ensaios, chegou até as costureiras e ao marceneiro que produziram os figurinos e os objetos utilizados na montagem. “Sempre tivemos apoio, mas tudo era muito limitado, com dinheiro curto para nos mantermos e comprar as coisas necessárias para o nosso trabalho”, diz. “Agora realizamos, de fato, um sonho.” Novos talentos vão surgindo pouco a pouco. A cada vez que o espaço do Garajal se ilumina, as crianças da rua vão se aproximando de mansinho para espiar. Assim, vários deles se incorporaram ao grupo. Muitos ainda virão. Maninho, aos 44 anos, 25 dedicados ao teatro popular, tem a frase que resume, com uma profunda simplicidade, a personalidade do Garajal: “a alegria é melhor do que a dor”.
Valor: R$ 10.892,00
CEARÁ
Objetivo: Contar o mais conhecido texto de Shakespeare de uma forma bem popular. Toda história será passada num terreiro de Reisado, misturando Mateus e Catirinas com Romeu e Julieta, Montec, Carpólitos, Jaraguá, Príncipes e Borrinhas. Mistura o texto clássico com a história popular, promovendo assim um grande encontro de Shakespeare e a cultura local incentivando, ainda, o surgimento e adesão de novos talentos para o teatro.
Francisco Mário Ferreira Jorge, o Maninho
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Dança do Caroço: um ritmo unindo gerações
Ao som da toada e do ritmo contagiante das caixas, cuícas e cabaças, a roda vai se formando. Pouco a pouco os brincantes vão sendo tomados pela música e, provocados pelo cantador, respondem com o refrão. Mulheres e homens, moços e velhos, jovens e crianças dançam com movimentos soltos, livres, sem formação rígida ou rituais, obedecendo apenas às emoções e sentimentos desencadeados pelo batuque. A movimentação depende dos cantos. As toadas são feitas em versos e envolvem fatos do cotidiano e fenômenos da natureza: o mar, os rios, a vegetação, os animais, a pesca... Na gleba do Barro Duro, povoado de cinco mil habitantes, o mais antigo do município de Tutóia, situado no delta do Parnaíba, no Piauí, dona Ilda, aos 86 anos dança com suas filhas, netas e bisnetas. Seus passos lentos são precisos como os movimentos de uma mestra: “Assim quando os mais velhos faltarem, tem quem continue dançando”, diz sabiamente.
MARANHÃO
“Nós vem da Areia Branca Nossa canoa é o mar Nós mora lá em Tutóia, Cidade de beira-mar”
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Ilda e sua família fazem parte do projeto Grupo de Caroço Arco-Íris do Amor, que com o incentivo do Microprojetos Mais Cultura, está garantindo a sobrevivência dessa manifestação na região. Com o dinheiro recebido, os brincantes ganharam figurino novo, compraram novos instrumentos, um equipamento de som para apresentações na comunidade, além de uma filmadora para registrar e construir uma memória do grupo. O objetivo do projeto é simples e urgente: que os mais velhos passem o seu conhecimento para os mais jovens, possibilitando, ao mesmo tempo, que eles mantenham a tradição e desenvolvam uma atividade, observa. “Os jovens estavam se afastando da tradição”, diz Raquel Nascimento Rocha, 29 anos, uma das idealizadoras do Grupo de Caroço Arco-Íris do Amor e neta de dona Ilda. “Para eles o Caroço estava fora de moda”, observa. Sem apoios, como esse recebido pelo Ministério da Cultura, ela acredita que a tendência, em médio prazo, seria o desaparecimento completo da dança do Caroço.
MARANHÃO
E a dança, ao que parece, não vai parar. Jovens e crianças estão empolgados. O grupo tem atualmente a adesão de 20 a 30 pessoas, - a maioria entre 15 e 22 anos de idade. “Aos poucos toda a comunidade está se envolvendo”, comemora Raquel. As reuniões são realizadas todos os finais de semana. A cada 15 dias há um grande encontro com os mais idosos, que contam histórias e compartilham versos.
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Dona Nô, de 65 anos, é uma dessas entusiasmadas veteranas. Seu marido, Antônio, falecido há quatro anos, era um dos maiores cantadores e repentistas do Caroço. Ela aprendeu os versos e repentes cantando junto com ele e hoje vê com alegria o projeto deslanchar. “Ninguém cantava como ele e eu gosto de cantar e ensinar para essa moçada, mesmo que às vezes isso me dê muita saudade dele”, emociona-se. Nô foi mãe de 11 filhos e tem 10 netos. “A maioria dos meus filhos e filhas preferiu sair daqui e ir para São Paulo e quem está se interessando pelo Caroço agora são os meus netos”. Francisco Lurdes da Silva Filho, o seu Lulu, um dos coordenadores do grupo conta entusiasmado o quanto esse trabalho tem movimentado a comunidade e integrado outros grupos que também querem manter a tradição. O recurso recebido, conforme seu Lulu, movimentou a economia do povoado
e angariou respeito pela iniciativa. Costureiras, artesãos e comerciantes locais foram envolvidos e beneficiados pelo investimento. Orgulhoso, ele informa que o grupo tem sido convidado para fazer apresentações em outras localidades, além de receber constantemente novos participantes. Idosos interessados em contar histórias, que agora estão sendo transcritas para serem conhecidas pelas novas gerações, e jovens que descobriram o ritmo e a alegria do Caroço. Mas de onde vem o nome caroço? A origem do Caroço é vaga. Surgiu, possivelmente, de uma dança africana trazida pelos escravos que seguiam a tradição de seus antepassados. Há ainda quem atribua a origem da dança aos índios Tremembés. O que se sabe ao certo é que após um dia estafante de trabalho nas plantações de algodão, os escravos se reuniam em torno de uma fogueira para dançar e cantar. Será que o nome se referia ao caroço do algodão, que é descartado para se retirar a pluma do fruto do algodoeiro? Não importa. Até hoje, nos fins de tarde e nos finais de semana, é difícil resistir ao som dos tambores e ao canto das toadas improvisadas:
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“Deixe eu ir cantar agora Que ainda eu não cantei Deixe eu ver a minha voz Sem data como eu deixei”
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Grupo de Caroço Arco-íris do Amor Área: Artes Integradas Proponente: Raquel Nascimento Rocha Cidade: Tutóia
Objetivo: Incentivar os jovens a preservar e valorizar a herança cultural contagiante que é o Caroço. A inclusão, sem nenhuma distinção, dos jovens na cultura do Caroço irá evitar seu envolvimento com as drogas e outros atos que possam ferir sua cidadania, além de reforçar sua autoestima, ao se identificarem como integrantes de uma cultura com características particulares. Barro Duro é uma das mais antigas comunidades do município de Tutóia. Distante 18 Km da sede, criada em meados do século XVIII, é composta em sua grande maioria por uma população descendente de negros escravos, trazidos pelos senhores de engenho instalados na região à época. Valor: R$ 13.000,00
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Estado: Maranhão
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Bonecas de Pano: feitas para dar sorte Do seu próprio ventre, Maria Sirlane da Silva Gomes, a Sinha, deu à luz seis filhos: Roberlânia, Roberlândia, Roberta, Rosane, Robério e Lucas. Mas das suas mãos, Sinha trouxe para este mundo mais de 2.000 filhos. Essa segunda família são meninos e meninas que ela costurou com suas próprias mãos. Bonecas e bonecos vestidos com cores bem alegres. “Porque se tem uma coisa que eu não gosto é de cor feia”, diz ela com um sorriso largo e contagiante de mãe orgulhosa. Sinha tem 43 anos, é casada com Humberto Gomes da Silva, e mora na periferia do Crato, região do Cariri, Ceará. Netos já são cinco. E a vida, com tantas bocas para alimentar, não é muito fácil. O marido leva de carroça para vender na cidade o que produz na roça. Os bonecos de pano, há 20 anos, ajudam a manter a casa e a criar os filhos.
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Generosa, Sinha enxergou no Microprojetos Mais Cultura uma oportunidade para trazer melhores perspectivas para a sua comunidade. “Agora vou poder ensinar essa arte às meninas daqui, para que elas também tenham essa
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opção de ganhar a vida”, explica. Seu projeto – denominado Nossa Casa, Construindo Sonhos – aprovado pelo Ministério da Cultura propõe que sejam dadas quatro aulas por semana, no período de um mês, nas escolas públicas locais, para turmas de 20 pessoas. Além de possibilitar uma significativa forma de melhorar a renda, para as condições locais, Sinha acredita que a autoestima das jovens dos bairros da cidade também será ampliada. O projeto, aposta ela, é uma possibilidade de retirar os jovens da rua, afastando-os da criminalidade e outros riscos. Para as oficinas, Sinha conta com a ajuda de Roberlânia, de 19 anos – única das filhas para quem ela conseguiu ensinar seu ofício e há dois anos está trabalhando com a mãe. “Adoro fazer bonecas”, diz ela. Outra parceira de grande importância é a amiga e incentivadora Maria Araújo Ferrer, quem inscreveu Sirlene no edital do Ministério da Cultura. “A arte de fazer bonecas de pano, tradicional na região, precisa ser passada adiante”, acredita Maria. “E ninguém melhor do que Sinha para fazer isso, ela trata cada uma como filha.”
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Sinha confirma essa relação especial com as suas bonecas: “Eu amo essas meninas”, diz ela. Essa relação é tão intensa, que a costureira conversa com cada uma de suas criações enquanto faz ganhar forma, carinhosamente com agulha, linha e alguns pedacinhos de pano, mais uma menininha, ou menininho, que vai fazer parte de um quadro ou simplesmente dar alegria para alguma criança.
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O vestuário é planejado com minúcias. Cada figurino é pensado para que a combinação de cores seja perfeita. “Eu acho lindas as minhas bonequinhas, parecem bebezinhos”. Esse cuidado respeitoso que ela imprime ao seu trabalho é capaz de fazer surgir nos bonecos qualidades quase mágicas, segundo acredita. “É criada uma energia positiva nelas, e isso traz sorte para as pessoas.” As bonequinhas podem ser usadas para a criação de painéis - contando histórias do semi-árido nordestino e suas dificuldades -, para a confecção de brincos, móbiles, imãs, quadros, chaveiros e colares. O trabalho também
incentiva a reciclagem, já que as bonecas são feitas com retalhos de tecidos e outros materiais que podem ser reutilizados, atuando, dessa forma, na educação ambiental. A comercialização do produto é feita nas feiras e em eventos, na cidade e em localidades próximas. Sinha conta que ficou “morta de feliz” quando recebeu o prêmio. “Fico muito feliz de poder dar o curso para essas meninas, o meu sonho sempre foi ajudar as pessoas carentes da minha comunidade”.
Maria Sirlene da Silva Gomes, a Sinha
Nossa Casa - Construindo Sonhos Área: Artes Visuais Proponente: Maria Sirlane da Silva Gomes Cidade: Crato
Objetivo: O projeto tem como objetivo ensinar o artesanato de bonecas, como uma forma a aumentar a renda e autoestima dos jovens dos bairros da periferia da cidade do Crato. Tem como público alvo jovens entre 17 e 29 anos e as aulas serão realizadas em escolas públicas locais. A proposta também tem como objetivo retirar os jovens da rua, afastando-os da criminalidade e dando oportunidade de emprego e renda. Atuará também valorizando o artesanato local, resgatando a cultura das gerações passadas como a religiosidade e as festas regionais. Valor: R$ 13.000,00
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Estado: Ceará
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Elis Marina, com pimenta e ao vivo ...Nunca subestime a força de uma mulher Senhora de si mesma, livre e pronta para escolher... Seu ego Com 73.000 moradores e distante 300 quilômetros de Teresina, a capital do Estado, a piauiense Picos não parece, à primeira vista, uma cidade que ofereça os ingredientes necessários para permitir que um talento musical eclético e contemporâneo possa aflorar. Mas essa é uma impressão errônea. É ali que cresceu e evolui a jovem cantora e compositora Elis Marina. Aos 20 anos, com um timbre suave, competente domínio vocal, dois CDs demos, outros dois gravados em estúdio e autora de composições poéticas e criativas, Elis Marina se inscreveu no edital do Microprojetos Mais Cultura para realizar seu grande sonho: a gravação do DVD Elis Marina – Pimenta de Cheiro, ao vivo. Nele estarão registrados seus shows em Picos e região, além de imagens da cidade. “Com esse recurso vou poder mostrar o meu trabalho e divulgar minha terra”, observa Elis. “A produção, filmagem e divulgação do DVD foram feitas pelo pessoal aqui de Picos, mostrando assim todo o potencial que a nossa região tem”.
O que surpreende em Elis é o contraste entre sua juventude e a profundidade das letras de suas composições. Ela fala de amores perdidos, de encontros e separações. Sentimentos e emoções que, sem dúvida, ainda não fizeram parte de sua vida, mas que são tratados de forma profunda e delicada em suas músicas.
PIAUÍ
...Ando seguindo teus passos, ao lado de um violão De vez em quando te encontro, no rastro de uma canção... Pimenta de Cheiro
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...Todo o resto tanto faz... Enquanto houver manhãs de abril... Manhã de Abril Elis canta e compõe desde criança. Com doze anos, comprou o primeiro violão. Foi a partir daí, com o apoio da família e de amigos, e mesmo com tão pouca idade, que começou a levar a música mais a sério. Passou, então, a cantar profissionalmente em barzinhos e em eventos em geral. “O talento para a arte é algo intrínseco a algumas pessoas, ou você tem ou não tem”, diz. ...Cordeiros e lobos são faces da mesma moeda E reconhecer a verdade requer paciência... Errante As referências musicais incluem músicos com estilos tão diversos quanto Adriana Calcanhoto e Roberto Carlos, além de nomes clássicos e nem sempre conhecidos por pessoas jovens como ela, como Elis Regina, Milton Nascimento e Cartola. O nome Elis, ao contrário do que possa parecer, não foi inspirado pela cantora gaúcha Elis Regina, mas sim por uma apresentadora de um programa esportivo na TV a época de seu nascimento. Elis Marina acredita que para criar seu próprio estilo, é preciso ter referências, se espelhar em ídolos. Como transita por vários gêneros musicais, ela considera seu estilo uma mistura de tudo o que ouviu e ouve até hoje. “Uma salada de várias influências somada ao meu próprio jeito de fazer música”, define ela.
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...No telhado, a chuva bate forte como o meu coração E a terra molhada faz lembrar o cheiro das nossas manhãs... Borboletas lá fora
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Entre os dois Cds gravados em estúdio pela jovem cantora de Picos - Elis Marina - Pra Ser Sincera, 2008 e Pimenta de Cheiro – ela guarda um carinho especial pelo segundo, com composições só suas. “Pimenta de Cheiro” – que tem um pequeno trecho de cada composição reproduzida na abertura dos parágrafos desta matéria - foi produzido pelo mestre Jorginho. O trabalho
possui onze músicas de diversos estilos, que vão desde o samba ao tango, incluem a MPB e até o pop. “Mas todas com a mesma essência”, diz a cantora. ...O abraço de quem quer tudo É a força que me mantém acreditando no mundo... Sobre nós ‘Ser sempre melhor’ é um dos lemas de Elis. Ela defende também a valorização dos artistas locais. “Precisamos usar os meios de comunicação para mostrar o que há de bom em nossas cidades, em valorizar nossos artistas”, explica. Segundo ela, muita gente costuma desacreditar da cultura piauiense sem antes procurar saber dos seus vários cantores, bandas e movimentos artísticos existentes. ...Finjo não me arrepender de nada Mas estou muito cansada... Porque querer demais Elis tem vários projetos além do DVD. Ela acredita que ainda tem muito que aprender. “Uma de minhas metas pra o próximo ano é estudar música”, diz. “O pouco conhecimento que tenho veio da prática, de leituras ou conversas informais. Canto porque gosto e por me realizar no palco, mas pretendo, assim que encontrar uma possibilidade, fazer um curso de música e canto”. ...Você sabe melhor do que ninguém qual o caminho certo, e não olha para trás... Coração sangrando Além da música, Elis tem uma segunda paixão, o Direito. Estudante do 5º semestre do curso da Universidade Estadual do Piauí ela pretende se especializar em ambas as carreiras, da melhor maneira possível. Atualmente, o curso de Direito tem impossibilitado Elis de fazer uma especialização musical ou levar seu trabalho para outras cidades, “mas estou cuidando do meu futuro, então é válido”, pondera.
...A canção que fiz para te ninar Para afugentar teus pesadelos... Dorme, menina Elis Marina tem na mãe, a funcionária pública Zenaide de Souza Luz, de 47 anos, sua principal aliada. Zenaide conta que a filha, desde pequena, sempre foi muito sensível e precoce. Ela tinha 12 anos quando seus pais se separaram e compôs Horas Perdidas. Para Zenaide, foi uma surpresa e até hoje ela se emociona muito com as letras da filha. “Minha mãe é uma parte muito importante da minha vida, somos uma parceria”. ...Moço, quis uma canção para aflorar meu lamento Soltar minha voz, ecoar este pranto... Tempos de juá
...Anunciando a luz que trago para te dar E a tua cor, à minha, logo vai se misturar... Lua nova São mais de 60 composições produzidas até agora. “Todas vindas de sentimentos e emoções de minha vida.” E apesar da pouca idade, essa jovem cantora é muito realista. “É preciso, acima de tudo, pés no chão, para não querer dar um passo maior que a própria perna, e saber que, realizando um bom trabalho, com humildade e de coração, as conquistas virão naturalmente”, finaliza.
Elis Marina – Pimenta de Cheiro – Ao vivo Área: Música Proponente: Elis Marina Luz Carvalho Cidade: Picos Estado: Piauí Objetivo: Concretizar um desejo não apenas da proponente, mas também de todo o público que admira seu trabalho, com a realização de um registro audiovisual (DVD) de suas composições e do caráter regional, com traços essencialmente nordestinos que ele possui. Valor: R$ 13.000,00
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Com a atenção voltada para a finalização do DVD, Elis diz que tem muito a agradecer, principalmente ao público que a prestigia na região de Picos. “É bom ter o trabalho admirado e reconhecido. Há muito chão para percorrer e muito a conquistar, mas vou mais confiante por saber que posso contar com apoio de todos”. O sonho é ser reconhecida no Brasil inteiro e “levar a minha música ao maior número de pessoas possível”.
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Tambor de Crioula, resistência, tradição e continuidade A Crioula Ao tambor, quando saio da pinha Das cativas, e danço gentil, Sou senhora, sou alta rainha, Não cativa, de escravos a mil! Com requebros a todos assombro Voam lenços, ocultam-me o ombro Entre palmas, aplausos, furor!... Mas, se alguém ousa dar-me uma punga, O feitor de ciúmes resmunga, Pega a taça, desmancha o tambor!
As crianças se agitam. Os meninos cercam Igor, o instrutor, que chega com os tambores para afinar numa pequena fogueira. Dengosas, as meninas fazem pose com as saias de chita recém-entregues pelas costureiras. Vai começar mais uma roda de Tambor de Crioula, em São Miguel do Gostoso, no litoral do Rio Grande do Norte. Como reza a tradição há quase 200 anos, os homens tocam os tambores e as mulheres dançam. Igor está ali, e, de certa forma, todos os demais participantes, graças ao esforço de Regina Tereza Braga da Silva, uma paraense que, depois de morar no Maranhão por 18 anos, trouxe a tradição do Tambor de Crioula para São Miguel do Gostoso. Inscrita e selecionada pelo Microprojetos Mais Cultura, Regina Tereza montou uma oficina permanente de Tambor de Crioula no local, trouxe Igor de Fortaleza (CE), comprou instrumentos, confeccionou cartazes, encomendou às costureiras locais o figurino completo para 48
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Trajano Galvão de Carvalho/As três Liras (1963)
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participantes e ainda forneceu lanches para os envolvidos nas primeiras oficinas.
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A turma inicial tem 20 meninas e 11 meninos que, segundo ela, “vão crescer gostando do Tambor e garantindo a continuidade dessa cultura”. É uma forma também, explica ela, “de manter e preservar nossas tradições culturais, não deixando desaparecer toda a riqueza que nos leva a uma identidade única”. Forma de expressão de matriz afro-brasileira, típica do estado do Maranhão e sem origens históricas exatas, o Tambor de Crioula existe desde a primeira metade do século XIX. Dessa época vêm os primeiros relatos extraídos de entrevistas com os brincantes. A mais antiga referência encontrada data de 1818, feita pelo frei Francisco de Nossa Senhora dos Prazeres: “Para suavizar a sua triste condição fazem, nos dias de guarda e suas vésperas, uma dança denominada batuque, porque nela usam de uma espécie de tambor, que tem esse nome. Esta dança é acompanhada de uma desconcertante cantoria que se ouve ao longe”
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Realizada pelos escravos e seus descendentes, como forma de lazer, devoção e resistência à opressão do regime escravista, essa “desconcertante cantoria” chega aos nossos dias como uma manifestação popular de caráter lúdico. Seus principais elementos são os tambores, os cantos e a dança. Com a assimilação por parte dos negros dos símbolos católicos oficiais – uma maneira de ter a garantia que poderiam realizar seus rituais –, o Tambor tem como padroeiro São Benedito que representa o vodum daomeano Toi Averequete, na religião africana. Para Regina, as oficinas de Tambor, tendo a dança como atrativo, vão suprir a carência de formação e informação dos jovens. Em parceria com os empresários locais, Regina pretende trazer uma assistente social para dar palestras para os adolescentes envolvidos no projeto sobre assuntos como prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e os prejuízos do consumo de drogas. “Assim eles têm uma oportunidade de se diferenciar socialmente”, acredita ela. Afinados a fogo E se depender do entusiasmo da garotada, a cantoria ficará ainda mais
“desconcertante”. Os meninos aprenderam rápido as primeiras batidas nos tambores da parelha. Parelha é como é chamado o conjunto de três tambores de madeira – sempre cortada na lua cheia - afunilados e escavados e cobertos com couro: o tambor grande, ou roncador, solista; o meião, ou socador, que estabelece o ritmo básico e o crivador, ou pererengue, que realiza improvisos. “O tambor é afinado a fogo, tocado a murro e dançado a coice”, explica Igor. São ainda os meninos que cantam a toada com temas relacionados ao trabalho, à devoção religiosa e aos acontecimentos do dia-a-dia. As meninas, por sua vez, respondem os refrões e desenvolvem uma coreografia circular, com movimentos coordenados e harmoniosos. A dança conduzida pelo som incessante dos tambores e o influxo das toadas culmina com um movimento coreográfico chamado de punga ou umbigada, no qual as dançarinas, num gesto entendido como saudação e convite, tocam o ventre umas das outras. Regina
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Oficina de Tambor de Crioula Área: Artes Integradas Proponente: Regina Tereza Braga da Silva Cidade: São Miguel do Gostoso Estado: Rio Grande do Norte Objetivo: Realizar oficina, em caráter permanente, sobre a cultura popular do Tambor de Crioula como forma de preservar essa manifestação popular envolvendo os jovens e crianças. O projeto visa também a criação do grupo Tambor de Crioula União de São Miguel do Gostoso com o objetivo de, no futuro, ser fonte de geração de renda para os moradores da região. Valor: R$ 11.700,00
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Regina aposta que o grupo Tambor de Crioula União de São Miguel do Gostoso vai longe. “Com divulgação e a possibilidade de realizar apresentações, o grupo pode gerar recursos, se auto-sustentar e ser uma alternativa de geração de renda para a população local.”
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Uma antiga flauta volta a tocar
Irmã Therezinha conseguiu o apoio do Microprojetos Mais Cultura para reinserir a flauta cabocla na região, “para manter viva a tradição desse instrumento junto às comunidades em que, no passado, ela foi relevante”, conforme explica. Para isso, apresentou a flauta para jovens da região. Nenhum deles havia ouvido o som original da flauta cabocla, mas sabiam de sua importância histórica e musical na cultura brasileira, ligada, principalmente, à dança indígena do Toré. Para ensinar os jovens flautistas do Amarelão, Irmã Therezinha, com o apoio do Microprojetos convidou o mestre Zé Bitú - índio potiguara, de 80 anos, da aldeia de Acajutybiró da reserva da Baia da Traição, e um dos responsáveis pela tradição musical dos indígenas potiguares. A indicação de Zé Bitú foi feita pelo professor Aucides Sales – da Fundação Zé Augusto. Ele conta que “a flauta era tocada na rua pelos garotos das comunidades indígenas do Rio Grande do Norte, mas, atualmente está restrita a poucos grupos musicais”. A proposta do projeto da irmã Therezinha é recuperar, tanto o som desse
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- Nós vamos começar tocando Titanic. O anúncio na voz doce e com a cadência suave do sotaque nordestino de Beatriz, com todos os “t” e o “n” de “Titanic” na ponta da língua, já parece ser o início da própria música. E quando as primeiras notas de verdade começam, a emoção se esparrama por todo o ambiente. Afinal, são 16 meninos e meninas em uma pequena e pobre comunidade chamada Amarelão, tocando flauta doce com uma honesta desenvoltura. Ouvir num fim de tarde, ao pôr-dosol, uma música tão contemporânea – sucesso mundial, em 1997, pela voz de Celine Dion – em uma pequena comunidade cercada por uma paisagem ressequida e isolada é uma experiência rara e inesquecível.
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instrumento como também a confecção do mesmo. “A música tem servido para estimular a autoestima e mostrar novos caminhos a esses jovens”, explica a religiosa.
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Natural do Rio Grande do Sul, a Irmã Therezinha Tessele Galles trabalha há mais de vinte anos na comunidade. “Eles estavam carentes de assistência em todos os sentidos”. Iniciado ali em 1989, o trabalho da religiosa foi além da assistência espiritual. Com o seu apoio, alguns moradores do lugar começaram a formar uma consciência política e se uniram ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) na tentativa de reaverem suas terras perdidas, conforme explica a Irmã, devido à expansão das propriedades de algodão de João Câmara no período entre 1917 e 1940. “Antes da chegada dos fazendeiros, não havia cercas, nem donos das terras, que estavam totalmente disponíveis à comunidade”, conta ela.
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A persistência e união do grupo junto ao MST deu certo. Hoje, há no Amarelão um assentamento de nome Santa Therezinha, em homenagem à Irmã. A principal atividade econômica da comunidade é o beneficiamento da castanha e sua comercialização. O Projeto Castanha foi criado por volta de 1996, por iniciativa do grupo e organizado por uma associação de moradores da comunidade. É uma economia de subsistência em uma comunidade pobre, que tirou o seu nome de um ritual indígena: os homens da comunidade saíam pela floresta, quando era noite escura, para buscar o sol. Andavam entre as árvores, cruzavam córregos e saltavam abismos durante toda a noite. Quando o dia estava prestes a nascer, voltavam, triunfantes, anunciando para toda a comunidade: Lá vem o Amarelão! Lá vem o Amarelão! Terra seca Situado no município de João Câmara, no Rio Grande do Norte, a 70 quilômetros de Natal, a paisagem do Amarelão é formada por cerca de 5.000 hectares de uma terra seca e infértil. Mas logo se descobre que aquela terra torturada está prenhe de histórias, como a da caça noturna pelo sol. Os moradores fazem parte de uma grande família, de origem indígena ligada aos primeiros que ali chegaram no início do século XIX, migrantes do Brejo da
Paraíba (Bananeiras) e de aldeamentos indígenas do Rio Grande do Norte. E é nesse povoado, onde a terra é vista como um bem coletivo e os projetos, futuro para a comunidade que, em ações coletivas, esse grupo de jovens encontrou na música a possibilidade de novos voos. Tudo isso orientado por seus membros que buscam sempre benficiar a todos. Beatriz, aquela que anuncia os números musicais, rege o grupo a partir das notas de seu violão e sonha um dia ter um negócio próprio. Beatriz acredita que a música liberta: “Ela deixa a gente feliz”.
Para que as aspirações profissionais dos jovens do Amarelão se materializem, eles precisarão encontrar facilidades que vão além do Projeto Flauta Cabocla. Mas, certamente, o esforço de irmã Therezinha em resgatar esse patrimônio imaterial traz uma série de significados e reafirma pertencimentos que fornecem a base emocional necessária para esses jovens terem confiança nas suas possibilidades individuais. O Prêmio Microprojetos tem, também aí, sua participação. “O reconhecimento do Ministério da Cultura foi uma benção”, diz Irmã Therezinha. “Pois apesar do grupo estar bem estruturado, não tínhamos mais recursos para manter professores e avançar na educação musical dos meninos e meninas”. Enquanto o grupo musical, já com o sol quase apagado no horizonte, toca “Asa Branca”, desperta em nossa mente a esperança de que o verde um dia se espalhe por aquela paisagem, ela finaliza: “Agora temos uma nova perspectiva pela frente.”
Flauta Cabocla Área: Música Proponente: Therezinha Tessele Galles Cidade: João Câmara Estado: Rio Grande do Norte Objetivo: Manter viva a tradição da flauta cabocla junto às comunidades de origem. Levar o mestre “Seu” Zé Bitu para o Amarelão para ensinar os jovens flautistas e reimplantar a flauta cabocla, perpetuando, assim, o seu uso pelas novas gerações de potiguares. Valor: R$ 5.800,00
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Uma percepção que é compartilhada pelos outros integrantes do grupo musical. Rosane adora tocar flauta. “Com ela eu me expresso melhor”, explica. “Quero ser professora e a música vai me acompanhar pelo resto da vida.” Damião, de 12 anos, não tem dúvida quanto ao seu futuro. “Vou ser professor de música.” Embalados pelas notas musicais aprendidas, eles projetam a sua vida futura. As profissões de advogado, jogador de futebol e policial estão na lista dos desejos de Francisco Carlos, Jeferson e João Paulo.
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Liberdade feita com arte Ai, ai, ai, saudade, ai, ai, ai, solidão Viver na cela é minha humilhação, viver na cela é viver na escuridão Na cela eu não vejo o mundo, meu viver é um sofrer A cela é uma gaiola que me prende pra valer A cela é sepultura, nela eu sou um morto-vivo Mas ainda sigo o sonho de cantar esta canção: Chega de saudade e solidão No embalo do meu sonho Quero a libertação
“Poemas como esse e outras expressões artísticas são um exercício da liberdade pela criação”, diz Eneida que, além de coordenar o Cultura no Presídio, é diretora do respeitado Festival de Inverno de Campina Grande, criado em 1975. “O projeto fala de vida e de humanização. Fala de arte, de gente, de tristezas e da beleza de viver”, diz. Mas a dinâmica do sistema penitenciário brasileiro impõe seus desafios. Em 2006, o Cultura no Presídio foi interrompido por falta de apoio financeiro, situação que se estendeu até 2010, quando o projeto foi retomado graças ao
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Produzido por um dos presos da Penitenciária do Alto Serrotão, em Campina Grande, Paraíba, este poema é resultado do projeto Cultura no Presídio, criado em 1996 pela mestre em Educação pela Universidade Federal da Paraíba, Eneida Agra Maracajá. O projeto, que valeu à sua criadora vários prêmios e reconhecimento em nível nacional, propõe incentivar os apenados da instituição a desenvolver produções artísticas como uma estratégia para lidar melhor com as grandes tensões às quais estão expostos quando encarcerados.
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Microprojetos Mais Cultura. Eneida pôde, então, reiniciar as oficinas de dança e de música instrumental. “Mesmo assim, não foi fácil”, explica. “Recentemente o presídio passou por uma grave crise institucional que resultou em uma intervenção administrativa”. As novas diretrizes tiveram grande repercussão sobre a iniciativa. Dos 31 apenados inscritos em 2010, apenas sete concluíram as oficinas oferecidas. Muitos foram transferidos, alguns desistiram. Entre as novas normas, os presos só poderiam sair para as aulas algemados. “Algemas são uma vergonha, uma humilhação”, explica Eneida, “Mas os verdadeiros artistas se sujeitaram a essa norma pela arte.” Dedicação e disciplina Este ano o professor Mauro Araújo – coreógrafo da cantora Elba Ramalho, há 10 anos trabalhando com Eneida – ensaiou o Bumba-meu-Boi, Auto de Dança Popular com seus alunos. “O trabalho com eles é fácil, pela dedicação, pelo interesse e pela disciplina”, afirma Mauro. Jean Carlos Tavares Lima, 35 anos, é prova disso. Até então, ele nunca havia dançado, mas gostou tanto da experiência que espera ansioso pela continuação do projeto. “Deu trabalho aprender, mas gostaria muito de ter aulas novamente”.
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Também para quem já havia vivido uma experiência artística, o Cultura no Presídio trouxe novos horizontes. Clebson Alexandre Oliveira Rocha, 31 anos, percussionista que já tocou com Fagner e Zé Ramalho e cumpre uma pena de 22 anos, encontrou nas aulas, o incentivo que precisava para se interessar novamente pela música. “Depois de 10 anos, voltei a ter vontade de me dedicar ao violão”, conta.
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Além da coreografia do Bumba-meu-boi, os presos tiveram aulas de HipHop com o professor Ives Carlos e de flauta com Luiza Bortoluzi. Ives se emociona quando explica que o trabalho de Eneida tem como um dos seus pontos altos a superação de preconceitos arraigados. “Ela nos dá uma aula de cidadania”, diz.
A proposta educacional de Eneida, como ela mesma explica, “é embasada no sistema sócio-histórico da educação unitária, tendo como cerne a filosofia da praxis”. O trabalho se fundamenta na realidade concreta do cotidiano do apenado. “O processo de criação se dá quando existe a tensão e a intensão (aumento de tensão), elementos que exacerbam o cotidiano carcerário, ou seja, o sujeito encarcerado tem os pré-requisitos para trabalhar a libertação dessa tensão pelas várias linguagens artísticas”, complementa. As novas normas do presídio impediram, este ano, que os apenados se deslocassem até o centro da cidade para a abertura do Festival de Inverno de Campina Grande. Foi suspensa, assim, uma façanha inédita que Eneida realizou por oito anos - retirar seus “artistas” do presídio e levá-los para o palco do Teatro Municipal. Em 2010, a pré-abertura do Festival de Inverno foi feita numa sala do presídio do Serrotão. O apoio do juiz da Vara de Execuções Penais de Campina Grande, Fernando Brasilino Leite, que considera o trabalho de Eneida de “suma importância”, foi fundamental. “O trabalho aqui desenvolvido é de grande significação para a população carcerária”, afirma Brasilino, um defensor dos direitos humanos.
Cultura no presídio Área: Artes Integradas Proponente: Solidarium – Instituto de Arte, Cultura e Cidadania Cidade: Campina Grande Estado: Paraíba Objetivo: Retomada do projeto desenvolvido na Penitenciária do Alto Serrotão visando a humanização da vida carcerária a partir da oferta de cursos e oficinas de música e dança. O projeto funcionou por 10 anos, porém foi interrompido por falta de recursos, mas foi retomado com os recursos do microprojetos Mais Cultura. Valor: R$ 11.070,00
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Mas a grandeza do Cultura no Presídio aparece mesmo é na fala dos apenados. Clebson Alexandre Oliveira Rocha, 31 anos, resume a importância desse trabalho: “nesses momentos, você tem a sensação de não estar sendo tratado como lixo, mas sim como um artista”. E Fabiano Silva, 29 anos, que já cumpriu oito dos 16 anos a que foi condenado, lamenta: “Dá uma tristeza quando a gente volta das aulas”. Quando ouvem-se os presos, percebe-se o enorme carinho que têm por Eneida. “O trabalho que ela realiza conosco é uma vitrine aberta através da qual mostrarmos que estamos aqui nos ressocializando”, resume Welson do Ó, de 27 anos.
Eneida Agra Maracajá
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No sertão, a persistência dos cavaleiros “De ordem do Rei dos Cavaleiros, A cavalhada vai começar!” Ascenso Ferreira, no poema A Cavalhada
Entusiasta dessa tradição e membro da Associação Cultural Pedra do Reino, Renato Magalhães, viu no edital do Microprojetos Mais Cultura a oportunidade de divulgar essa cultura regional e criou o 1º Circuito de Jogos de Cavalhada de São José do Belmonte. Estudante de História na Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – município próximo a Belmonte -, aos 21 anos, Renato tem a preocupação de revitalizar a beleza do espetáculo da cavalhada envolvendo os jovens do município, impedindo assim, a extinção dessa expressão cultural. A aprovação do projeto entusiasmou Renato. “Foi fundamental para alavancar a iniciativa”, conta ele. Com todo o seu entusiasmo, Renato fez “milagre” com o recurso recebido. Pagou serviços prestados e sanfoneiros locais. Comprou um computador portátil, material de escritório e duas barracas – uma delas transformada em cinema itinerante. Com a ajuda da comunidade, dobrou o recurso recebido, garantindo assim uma boa premiação aos participantes das corridas. Ao final do circuito, distribuiu prêmios num total de R$ 3.500,00 e
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Desde a Idade Média, a tradição da cavalhada é perpetuada em Portugal e na Espanha. A encenação, movimentada e colorida, relembra as batalhas entre muçulmanos e cristãos, que foram fundamentais para o estabelecimento dessas duas nações, há 750 anos. Introduzida no Brasil pelos portugueses, no início da colonização, as cavalhadas estabeleceram-se em todas as regiões brasileiras e adaptaram-se às peculiaridades regionais. Mas, um traço comum aparece em todas as modalidades: a Corrida das Argolinhas, uma simulação de disputa medieval, na qual o cavaleiro, montado sobre um cavalo, recolhe com uma lança ou com as mãos, uma argola pendurada em um varal.
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18 troféus entre homenageados e classificados. A animação de Renato contagiou a todos. Um comerciante local patrocinou a participação de um sanfoneiro, e outros contribuíram com transporte e alimentação. “No final das contas, isso é que foi importante: a participação da comunidade. Mais de cinco mil pessoas estiveram nos eventos, superando minhas expectativas”, festeja.
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Para quem, como Renato, se alarmava em ver crescer, dia após dia, o desinteresse pelas manifestações culturais na região, o envolvimento maciço da comunidade foi um sinal claro de que é possível mudar esse quadro. O município de São José do Belmonte, no semi-árido pernambucano, tem hoje uma população de aproximadamente 12.500 jovens – 60% na área urbana e 40% na rural. Segundo Renato, essa população está sendo excluída paulatinamente de sua própria cultura. “A mídia globalizante, as bandas estilizadas de forró, que vêm com tudo prontinho, cerceando a geração de trabalho e renda, além da restrição de investimentos públicos e privados na área da cultura, vêm acabando com o interesse e conhecimento das antigas manifestações culturais da região”, garante ele.
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Para resgatar a figura do vaqueiro -, “aquele que é o verdadeiro desbravador do sertão brasileiro” –, Renato convidou para ajudá-lo a coordenar o projeto, Reginaldo Alves Gondim, mais conhecido como Mestre Régis, 39 anos. Entusiasta das cavalhadas, mestre Régis trabalha em uma pequena metalúrgica - produzindo grades e portões - para garantir o seu sustento enquanto espera, ansioso, os finais de semana e as festividades locais para vestir calças, gibão, chapéu, luvas e botinas de couro. Paramentado com essa, que é chamada “armadura do vaqueiro”, Mestre Régis sai em cavalgada, participa de uma pega de boi ou de uma cavalhada. A exemplo do que acontece com os super-heróis, Mestre Régis se transforma quando veste a sua “armadura”. Nessas ocasiões costuma repetir orgulhoso: “A gente é cavaleiro.” E, assim vestido, filosofa: “Vida de vaqueiro é sofrida, mas estamos tentando resgatar a nossa identidade cultural”. Até há pouco tempo, outro cavaleiro solitário também batalhava para evitar
que a tradição da cavalhada desaparecesse de Belmonte. Trata-se do vaqueiro Zeca Miron. Homem do campo e de hábitos simples, Zeca Miron recriou a tradição em 1996, conseguindo que ela fosse incluída no calendário da maior festa da cidade, a Cavalgada à Pedra do Reino. O velho Zeca Miron era mestre, tanto na organização quanto no manejo da lança. Herdou do pai a habilidade de cavaleiro e o amor por cavalhadas, conseguindo transmiti-los para os seus filhos e netos. Com o seu falecimento, aos 89 anos de idade, a Cavalhada de São José do Belmonte passou a denominar-se, a partir de 2003: Cavalhada Zeca Miron, homenageando o seu idealizador.
O sucesso do projeto Cavaleiros do Sertão parecia já estar previsto, mesmo antes da sua realização. Um pouco antes de tomar conhecimento do edital Microprojetos Mais Cultura, a Associação Cultural Pedra do Reino, da qual ele faz parte, foi convidada para participar do 1º Congresso Internacional das Festividades de Mouros e Cristãos na Espanha. Em reunião com os membros da entidade, conta Renato, todos gostaram muito, mas ninguém se comprometeu. Depois de se inscrever no edital, ganhar o prêmio e realizar o projeto, Renato se considerou apto para aceitar o convite. Foi para Espanha e lá apresentou os resultados do 1º Circuito de Jogos de Cavalhada. “Deu tudo certo”, conta ele. “O mais curioso foi a participação, em todas as corridas, dos vaqueiros trajados de gibão, felizes em mostrarem suas indumentárias feitas de couro, no meu ponto de vista, verdadeiros cavaleiros medievais em uma época contemporânea. Como diria Ariano Suassuna, ‘por
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Inspirado por todas essas histórias, e com o apoio do Microprojetos Mais Cultura, Renato e seus parceiros realizaram com sucesso o 1º Circuito de Jogos de Cavalhada. Ele foi o evento de abertura da Cavalgada à Pedra do Reino 2010. O objetivo de promover a descentralização das festividades da Pedra do Reino para as comunidades rurais de São José do Belmonte foi amplamente alcançado. O sucesso foi tão grande que a iniciativa se transformou em um pequeno festival na zona rural de Belmonte. Quatro comunidades rurais, além da sede do município, se envolveram. Os participantes assistiram a uma mostra de cinema itinerante, palestras, forró pé de serra, aboio, feirinha de artesanato com comidas típicas, homenagens a alguns vaqueiros das comunidades (mestres grios) e as corridas de argolinhas.
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último, mas não por derradeira, a preservação da nossa identidade cultural’ ”. E no próximo ano? “O pessoal já está me cobrando a continuidade do projeto.” “Agora não tem mais como parar”, diverte-se Renato. E quem vê o entusiasmo de Renato Magalhães, percebe que parar não está mesmo nos seus planos. Seus projetos são muitos. Concluir a Faculdade de História, terminar de escrever seu primeiro livro, fruto dessa experiência, “Mouros e Cristãos – Uma festa para quatro continentes”, e, claro, dar continuidade ao projeto Cavaleiros do Sertão.
Cavaleiros do Sertão Área: Artes Integradas
Cidade: São José do Belmonte Estado: Pernambuco Objetivo: Promover o resgate de culturas extintas ou semi-extintas por meio da promoção e reinserção da Corrida de Argolinha, no sertão pernambucano, e revitalizar a beleza dos espetáculos ao ar livre da Cavalhada. Incentivar, prioritariamente, a juventude local a participar do resgate cultural das Corridas de Argolinha sob a forma de cinco baterias onde serão inscritos, na bateria principal, jovens de 18 a 29 anos. Valor: R$ 13.750,00
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Proponente: Renato José de Oliveira Magalhães
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No quintal, cinema, música, dança e filosofia
A cidade é Maceió. O bairro é o do Bom Parto – comunidade pobre da periferia. Lá, na rua do Sol Nascente, onde residem cerca de 70 famílias - no pátio da casa de Rogério Dias está o Quintal Cultural. Rogério gosta de se definir como um multi-artista. Mas quando começa a descrever suas atividades, vê-se logo que a palavra “multi-artista” é pequena para defini-lo por inteiro. Rogério é compositor, escreve poemas e livros, e, junto com seu parceiro Fagner Dubrown, toca na banda de reggae Raggamuffin e no grupo Poesia Musicada no Pandeiro. E mais: filósofo, educador popular, autodidata, e palhaço, com nome e sobrenome: Bolinho da Silva Tranquilo e Calmo. “Palhaço foi a minha primeira profissão”, orgulha-se. O Quintal Cultural começou a nascer quando amigos de Rogério passaram a se reunir – como o nome sugere, no quintal – para discutir projetos comuns. Daí a formação de um clube, um Centro Cultural e uma ONG, foi um passo. Mas como o objetivo principal sempre foi a atividade artística, eles resolveram criar o Grupo Teatral Sol Nascente. As peças apresentadas na rua, em frente
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“Cada um tem o seu canto e canta do jeito que quer. Eu também tenho meu canto: eu canto um canto qualquer” Rogério Dias (do livro Telas de Plasma)
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à entrada da vila do Bom Parto, logo migraram para o quintal que, no dia 8 de setembro de 2007, foi fundado oficialmente como Quintal Cultural. Desse dia em diante, todos os sábados, às 20 horas – “mais certo que missa” – acontece alguma atividade naquele espaço. O público é formado, em sua maioria, por moradores locais, principalmente crianças. Com o tempo, o projeto passou a ter fins educativos, estimulando a participação do público infantil em peças teatrais e danças. Aos sábados – durante todo o dia - as crianças ensaiam o coco de roda e o break para se apresentarem à noite. “O objetivo principal é dar uma alternativa que as deixem longe da má influência das ruas”, diz Rogério. “Palavras que a gente fala de forma que o mundo entende Assim como se diz do jeito que compreende Assim que se ensina do jeito como se aprende” (Rogério Dias)
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As apresentações servem para informar e educar não só as crianças, mas todo o público presente. Constantemente a atividade é interrompida para a troca de ideias entre a assistência e os artistas sobre o assunto abordado. Para Rogério, esse é o melhor método para educar, “transformando o entretenimento em algo mais”. Em dias de semana, nas noites de quinta-feira para ser exato, o Cine-clube Quintal Cultural é um sucesso. Uma parede externa da casa de dona Antônia – lugar que já funcionou como ponto de venda de drogas foi transformada em tela. O programa da noite é definido pela comunidade, desde que não apresente uma temática de violência, explica Rogério.
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No começo o grupo era formado por Rogério, Fagner Dubrown, Antônio e pessoas convidadas. Hoje as mulheres são parte integrante e ativa. Andréia - companheira de Rogério - e Aline são as atuais coordenadoras do Quintal. Uma das preocupações de Andréa é trabalhar a consciência política das crianças. “Se em algum momento da vida delas a escolha for o tráfico ou a prostituição, elas precisam estar conscientes da opção que fizeram e saber que existem outras possibilidade, outros caminhos”, observa.
“Que a vida nos ensine o que o livro não foi capaz” (Rogério Dias) Com todas essas atividades, os organizadores do Quintal queriam dar um salto ainda maior. O Microprojetos Mais Cultura surgiu na hora certa. “A premiação foi fundamental para consolidarmos o nosso projeto”, conta Rogério. “Com ele conseguimos, pela primeira vez, organizar o Encontro da Multiplicidade Artística Periférica, transformando o Quintal Cultural em elo unificador do movimento cultural de periferia em Maceió”. O recurso possibilitou a compra de um equipamento de som, além do transporte e alimentação para representantes de mais de 15 comunidades da periferia. Durante todos os finais de semana de dezembro de 2009 e janeiro de 2010 foram realizados debates, apresentações de música, teatro, cinema e poesia e uma rica troca de experiência entre eles. “Tivemos acesso a três
coisas básicas com o encontro: transporte, voz e pão”, sintetiza Rogério. “A comunidade adorou”, diz Aline. “Depois disso a procura pelas oficinas oferecidas para crianças e adolescentes triplicou e aumentou o respeito pelo nosso trabalho dentro da comunidade”. Andréa considera que o encontro ajudou, “em primeiro lugar, a acreditarmos na política de editais do governo, além de nos dar experiência na área de gestão”. “Estamos a quilômetros de distância do ponto de partida” (Rogério Dias)
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O Quintal é um espaço lúdico numa região de muitos problemas. Muitos jovens da comunidade morrem nas mãos do tráfico ou da violência policial. Todo o ano, na época das chuvas, a rua alaga e a falta de saneamento deixa os moradores a mercê de doenças que poderiam ser evitadas com um simples investimento do poder público. Pelo resultado do trabalho realizado até agora, o grupo do Quintal tem uma certeza: “Se conseguirmos mais financiamentos
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para nossos projetos a violência vai diminuir”. “No fundo, no fundo, uma coisa não tem nada a ver com a outra e tudo tem a ver com tudo” (Rogério Dias) Do alto dos seus 15 anos de palco, com o mesmo figurino usado em sua primeira apresentação, o palhaço Bolinho da Silva Tranquilo e Calmo conclui: “Estamos buscando a humanidade, o respeito com os viventes do planeta. Acho que o mundo tem solução”.
Quintal Cultural - Encontro da Multiplicidade Artística Periférica Área: Artes Integradas Proponente: Rogério Dias
Estado: Alagoas Objetivo: Realizar o encontro da Multiplicidade Artística Periférica, com teatro, música, dança, áudio visual, hip hop e cultura tradicional das Alagoas. O objetivo dessa ação é consolidar o movimento Quintal Cultural como elo unificador do movimento cultural da periferia de Maceió, reiterar a necessidade de trabalho em rede por meio de intercâmbios e fortalecer a ideia de atividades comunitárias que criam tradição. Valor: R$ 9.200,00
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Cidade: Maceió
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Máscaras para uma nova identidade
Severina - assim como todos os outros moradores da comunidade - não gosta nem de pensar na possibilidade do lixão acabar, mas não quer ver seus filhos mais novos e nem seus netos trabalhando nele. A história dela e a de seus filhos e netos é quase idêntica a das outras 200 famílias que, diariamente, revolvem aquelas montanhas de lixo à procura da sua modestíssima renda. O lixão está com os dias contados. O Ministério Público já pediu a sua desativação e o processo é irreversível. Só uma questão de tempo. Então tudo isso pode ficar ainda pior? Se depender do estudante de contabilidade, José Marcelo, e dos assistentes sociais Josenildo João e Maria Lucicleide o fim do lixão pode ser uma oportunidade para mudar para melhor a vida dessas 200 famílias. Os três aproveitaram a oportunidade aberta pelo Microprojetos Mais Cultura para criar uma alternativa de trabalho: a Oficina de Máscaras para a Comunidade do Lixão.
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Severina Maria dos Santos, 56 anos, tira o seu sustento e de seus três filhos e seis netos do lixão do município de Bezerros (PE). O trabalho é pesado e insalubre. Insetos, ratos, cacos de vidro e doenças fazem parte do seu cotidiano. Mas Severina vê tudo isso com outros olhos: “Já deu para tirar um troco bom”, conta. Hoje, talvez pelo aumento da concorrência com as empresas especializadas em reciclagem, o trabalho árduo rende de R$ 60,00 a R$ 70,00 por mês. A renda da família é complementada pelo programa Bolsa Família do Governo Federal.
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Papangus Localizada no agreste pernambucano, a 50 minutos de Recife, Bezerros é conhecida como a Terra dos Papangus - como são chamados os mascarados que brincam o Carnaval. A brincadeira começou na década de 30, quando alguns homens quiseram sair para a folia sem serem reconhecidos. Durante o desfile pela cidade, os foliões comem angu de milho - comida típica da região, conhecida em outras partes do País como polenta – vendidos por ambulantes, ou fornecido pelos moradores, daí o nome da festa. Para brincar como mascarado, naturalmente é imprescindível ter uma máscara. Fabricadas por artesãos locais, quase sempre em papel machê, elas são produzidas em diversos tamanhos e com várias finalidades, além do adorno para o carnaval, elas podem ser objetos de paredes, chaveiros, brinquedos. As mais sofisticadas são confeccionadas em gesso. Hoje, a tradição é passada de pai para filho. São mais de trinta oficinas de máscaras espalhadas pela cidade.
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Foi esse costume, arraigado na cultura local, que inspirou José, Josenildo e Maria a criar a oficina. Segundo Josenildo muitos dos atuais participantes – de crianças de 6 anos a senhores e senhoras acima dos 60 -- já haviam participado de treinamentos e de outras oficinas, “mas desistiram por falta de incentivo, condições financeiras, por não terem como produzir, como comprar material, como se manter”.
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Exatamente para contornar esse desafio que os três se inscreveram no edital Microprojetos. O recurso repassado pelo Ministério da Cultura é usado para fornecer um kit com material para confeccionar as máscaras. Nas oficinas, a maioria dos adultos vem pela mão das crianças, conta Lucicleide. “Os mais velhos ficaram um pouco arredios, mas a partir do entusiasmo das crianças, foram se interessando e chegando aos poucos”. Hoje já são duas turmas de 20 alunos cada. Alguns, ainda pouco íntimos das tintas e pincéis, mas todos se divertindo e orgulhosos de seus trabalhos. Cada pessoa cadastrada participa da oficina duas vezes por semana. No primeiro mês recebe um kit de material para desenvolver, em horário alternativo, o conteúdo das aulas. “O Ministério da Cultura nos deu a
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oportunidade de plantar essa semente”, diz Josenildo. Os artesãos locais já se interessaram pelo trabalho desenvolvido pela comunidade. Além das máscaras prontas para comercialização, no período do Carnaval, quando a demanda aumenta muito, os novos artesãos, vindos do lixão, podem fornecer as bases das máscaras para as oficinas mais tradicionais. Josenildo vai mais longe, “no futuro queremos formar uma fundação e tirar o máximo desse trabalho aqui na comunidade”. Assim dona Severina também pode vislumbrar um futuro melhor para seus netos, e uma alternativa para o trabalho duro no lixão. “Eu achei a oficina muito divertida, vamos ver se eu consigo”, diz ela mostrando satisfeita o resultado do seu trabalho. Mais importante do que a estética das máscaras que produzem, as famílias do lixão têm uma oportunidade única de construírem uma nova identidade, mais digna e mais humana.
Oficina de Máscaras da Comunidade do Lixão Área: Artes Integradas
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Proponente: José Marcelo da Silva Cidade: Bezerros Estado: Pernambuco Objetivo: A criação de uma oficina de máscaras em papel machê como forma de resgatar a cidadania, valores e costumes da comunidade do lixão. Oferecer uma alternativa de trabalho e renda para as mais de 200 famílias que vivem na região. Valor: R$ 10.346,00 Josenildo João
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Na roça, cinema rima com cidadania - “Vai ter cine hoje?” Essa é a frase, dita com ansiedade e alegria, que se escuta na pracinha, nas ruelas, de casa em casa quando Bizan Velô e sua equipe chegam aos povoados do interior do município de Lagarto (SE) com a tela e o projetor para mais uma sessão de cinema. Todos os moradores – crianças, jovens, adultos e velhos – se alvoroçam com a perspectiva de logo mais, à noite, assistirem a uma sessão de cinema ao ar livre. Aos poucos, enquanto a equipe monta o material necessário para a projeção, as pessoas vão chegando com cadeiras, bancos, tapetes e esteiras. Chegam pisando no chão devagarinho, um pouco tímidas, desconfiadas, mas logo, todas elas, crianças, velhos, jovens, mães, donas de casa, trabalhadores, depois de um dia cansativo de trabalho, se rendem, fascinados pela mágica do cinema.
Bizan Velô é um militante da cultura e dos direitos humanos na cidade de Lagarto, para onde se mudou há 10 anos, vindo da Bahia. Depois de um ano no município, fundou a ALGA – Associação Lagartense de Gays, Lésbicas, Bisexuais e Transgêneros. A ideia de criar o Cinema na Roça veio durante um encontro LGBT, em Fortaleza. Lá, uma apresentação de cinema na vela de uma jangada, fez acender uma luz em sua cabeça. Bizan Velô vinha pensando em levar cultura e entretenimento aos que vivem na zona rural, agora tudo estava resolvido: o cinema era o canal. Não seria preciso tanto equipamento assim para reunir os moradores em torno de um filme. Mas, mesmo não sendo nada tão caro assim, como comprar
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O filme escolhido nessa noite, no povoado de Luiz Freire, foi “Menino da Porteira”, versão 2008. “Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar”, na voz do cantor Daniel, faz os rostos relaxarem. Os olhos presos na tela acompanham a história.
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as ferramentas necessárias? Foi nessa época que Bizan Velô ouviu falar do Microprojetos Mais Cultura. A classificação no edital garantiu a compra do equipamento e as parcerias inter-setoriais viabilizaram o projeto, que inclui, também, a realização de oficinas temáticas de fotografia e vídeo. O Programa Agro Amigo do BNB, o site Lagartense.com.br, o Departamento de Cultura de Lagarto, a Infomaster Informática, a Ideia Comunicação Visual, o Studio Cícero Gravações e a Escola Municipal Dr. Aníbal Freire são os parceiros responsáveis pela divulgação, o transporte da equipe, um som de qualidade e até a pipoca e o refrigerante distribuídos para a platéia. “Uma ideia na cabeça e um pouco de boa vontade fazem um sonho virar realidade”, filosofa Bizan.
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A primeira apresentação do Cinema na Roça foi emblemática. O local programado era o assentamento Che Guevara. No dia previsto, Bizan conta que, por aquele acaso do destino o carro previsto para deslocar a equipe teve problemas. Mas ele não teve dúvidas, subiu em uma carroça, única condução disponível, e chegou ao assentamento na hora marcada. Um pouco lesionado pelo percurso em estrada de chão e banco de madeira, mas feliz por não desapontar seu público.
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Nas comunidades em que a apresentação é feita, sempre aos sábados, são os líderes comunitários e populares que garantem a janta para a equipe do cinema na roça. Em Luiz Freire, por exemplo, foi “seu” João Manoel da Cruz quem abriu a casa e garantiu a alimentação. Aos 72 anos, seu João vive com a neta numa pequena casa com o teto pontilhado por 46 gaiolas dos mais variados pássaros. O café com pão e ovos mexidos foram saboreados ao som das histórias de vida de João. “Eu sei fazer qualquer coisa, levanto casa, corto e costuro ternos e vestidos, só não sei ler”, declara ele abrindo um grande sorriso. João gosta de cinema e fica feliz por ter o Cine na Roça em sua comunidade. O projeto, inicialmente, estava previsto para alcançar cinco povoados da zona rural, promovendo a inclusão social de jovens e adolescentes em comportamento de risco. Mas a demanda da população, depois das primeiras apresentações, extrapolou todas as expectativas. Dos 116 povoados rurais existentes no município, 28 já receberam a visita de Bizan Velô e sua equipe.
E eles não podem nem pensar em parar. Durante a semana, o telefone toca constantemente. São pedidos e mais pedidos vindos de comunidades que querem receber esse carinho em forma de arte. “A gente não quer só comida...”, lembra Velô, citando a música dos Titãs. Tudo é feito de forma democrática. Dos 10 filmes disponíveis – todos brasileiros, e possíveis de serem assistidos por pessoas entre cinco e 90 anos - a comunidade escolhe entre os três oferecidos para cada sessão. A maioria das comunidades abrangidas são localidades pobres, com deficiência nas áreas de saúde e educação, altos índices de evasão escolar e muitos casos de uso de drogas por adolescentes e jovens. A base da economia é a cultura da mandioca e a manufatura da farinha. A grande maioria da população vive com uma renda per capita inferior a R$ 250,00. A reunião em torno do cinema propiciou também outras atividades fundamentais para esses povoados distantes. A Secretaria de Saúde do município fornece filmes com temática de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e distribui preservativos e material informativo, antes da apresentação principal. São trabalhadas noções de cidadania e estímulo à autoestima, contribuindo para uma mudança de comportamento e instrumentalizando os jovens e adolescentes para o enfrentamento dos problemas cotidianos.
Na Roça, também se faz cultura e cidadania Área: Artes Integradas Proponente: Associação Lagartense de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros Cidade: Lagarto Estado: Sergipe Objetivo: A proposta é levar às comunidades rurais exibições de cinema para promover a inclusão social de jovens e adolescentes da Zona Rural do município de Lagarto envolvidos com comportamento de risco. Trabalhar a participação desses jovens em oficinas temáticas de fotografia e vídeo com o objetivo de fomentar o interesse pelas manifestações artísticas locais, valorizando a diversidade cultural da zona rural. Durante esses eventos serão trabalhadas noções de cidadania, estímulo à autoestima, contribuindo para uma mudança de comportamento na comunidade, instrumentalizando os jovens e adolescentes para o enfrentamento dos problemas cotidianos. Valor: R$ 10.700,00
Parcerias com o Ministério da Saúde e com o Ministério Público fizeram chegar aos povoados exames rápidos de HIV, e assessoria jurídica gratuita. “Eu carrego uma tenda para o cinema e mais duas para disponibilizar às instituições parceiras”, explica outro coordenador do projeto, Anderson Rangel.
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O cinema consegue falar a linguagem das comunidades e é uma alternativa a massificação da mídia televisiva, explica. “Tudo é troca, e por isso está dando certo e, seja onde for, as pessoas adoram cinema.” - “Vai ter cine hoje?” - Vai ter cine, sim. Vai ter cidadania também.
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Uma batalha pela paz no sertão da Bahia Ao som do gatilho começa a batalha. Com a arena tomada de entusiastas, vestidos com as largas camisetas de basquete, tênis típicos de skatistas e touca para o frio, as duplas digladiavam-se duas a duas. Levados pela batida hiphop esmeravam-se do “foot work” - uma espécie de sapateado - ao “freeze” - movimento onde se permanece apoiado no chão com apenas uma das mãos – para tentar cativar os juízes. Entre um duelo e outro o apresentador, conhecido por “Neguinho”, embala a torcida e relembrava as regras: “os adversários não podem se tocar, e tem que ter ginga e suingue.”
Contemplados com pouco mais de R$ 10 mil, a ideia é mostrar para as comunidades carentes da região o movimento hip-hop. “Um dos objetivos da gente é atrair essa juventude, que é gritante na periferia”. Nascido e criado no bairro Bruno Bacelar, um dos mais violentos de Vitória da Conquista, “Cabelo” viu no projeto uma chance de mostrar para os jovens que existem outras alternativas sem ser o crime.
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Esta cena poderia ter acontecido em meados da década de 70, no bairro novaiorquino do Bronx, berço do hip-hop. Ou na estação de metrô São Bento, na década de 80, em São Paulo, onde o movimento teve início no Brasil. Mas “Neguinho” tem sotaque baiano. A primeira batalha da paz – nome do campeonato de “Break” – aconteceu em Vitória da Conquista, 525 km da capital do Estado, Salvador, no dia 17 de outubro de 2010. Assistindo ao animado confronto estava o “Cabelo”, como é conhecido entre os amigos, mas na certidão de nascimento, Gilvandro Oliveira. “Cabelo” e outros nove jovens, de áreas de risco do município nordestino, idealizaram o projeto hip-hop nas ruas.
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Gilvandro, hoje com 29 anos, se recorda da época em que havia acabado de completar 17. Nesse momento ele poderia ter entrado para o mundo do crime. “É um dinheiro fácil, o retorno é imediato. Aquele menino com 10, 11 anos, começa ganhando 30 reais; passam-se alguns meses, o valor pode ser 300 por semana.” Em um bairro pobre, no qual a perspectiva de conseguir um bom emprego está perto de zero, essa alternativa é um grande atrativo para os jovens. Muita música de protesto (Racionais e MvBill) e uma interpretação, espelhada em sua própria realidade, mostraram ao menino de 17 anos que havia outro caminho. “Eu fiz uma leitura daquilo ali: na verdade isso é uma rima de certa situação que aquele sujeito está passando”. Gilvandro conheceu grupos de hip-hop que existiam em Vitória da Conquista e se identificou. Foram boas influências, que deram força para escapar da ilusão do dinheiro fácil. Atualmente, cursa história na Universidade Estadual da Bahia.
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Se hoje, em uma tarde de domingo, se consegue reunir cerca de 120 jovens em uma batalha de “Break” é por que 15 anos antes Divan Nascimento, também escutou os mesmos MvBill e Racionais (entre outros). Mas para o “Black”, como é conhecido entre os seus, não foi para fugir do crime, ele viu na música uma maneira de se auto afirmar perante uma sociedade preconceituosa. “Eu tive acesso ao disco dos Racionais, fui me identificando com o som. Fui vendo que poderia ter uma perspectiva de futuro”. O menino que tinha problema com sua imagem, agora com 31 anos, é a referência quando o assunto é hip-hop.
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Baseada nestes e em tantos outros casos, que o projeto hip-hop nas ruas tem cada vez mais adeptos. Com a aquisição de um aparelho de som especifico para uso do Dj, “Cabelo” e os outros idealizadores do projeto farão apresentações em diversas comunidades de Vitória, mostrando os quatro elementos que compõem hip-hop: o Dj, o Rap, o Break e o grafite – e um elemento será somado a estes: a educação. “Cabelo” deseja, depois de apresentar a história do movimento e seus elementos, formar parcerias com as escolas. “Vamos articular em colégios e depois atender em grupos a parte”.
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Vitória da Conquista tem se mostrado um ambiente propício para o crescimento do projeto. Quando “Black” deu o pontapé inicial, houve resistência, as pessoas tinham preconceito com este tipo de música, afinal a Bahia é conhecida como a terra do Axé. Mas pouco a pouco conseguiu trazer mais gente para o seu lado. Em 2010 são muitos participantes, nessa primeira Batalha da Paz eram 120. Entre as duplas concorrentes havia uma criança de seis anos. Foi um dos dançarinos que deixou a plateia mais entusiasmada. “Hoje são dez participando e mil olhando”, aponta Gilvandro, “mas aos poucos os que estão olhando participam, e assim o movimento vai crescendo”
Hip-hop nas Ruas Área: Artes Integradas Proponente: Gilvandro Gonçalves de Oliveira Cidade: Vitória da Conquista Estado: Bahia
Valor: R$ 13.913,00
Gilvandro Oliveira
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Objetivo: A cultura hip hop surge na década de 70 com a proposta de diminuir os índices de violência e consumo de drogas entre a juventude negra e pobre da periferia das grandes metrópoles norte-americanas. No Brasil a cultura hip hop firmou-se durante a década de 80, com o mesmo intuito. E isso pode ser feito em Vitória da Conquista com o projeto Hip-hop nas Ruas.
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Até desaguar no mar são 853 Km. Durante todo o percurso que cruza o estado de Minas Gerais e Espírito Santo, o rio Doce dá de beber a mais de três milhões de pessoas. Para Luiz Natal de Souza, 57 anos, o rio é sinônimo de inspiração. O Doce encontra o oceano Atlântico em Regência, pequeno vilarejo de 1300 habitantes, distrito de Linhares (ES) – e no cruzar da água salgada com a doce, é que Natal encontra seu material de trabalho. Pau, pedra, tijolo, frigideira, serrote, tudo serve como tela para a premiada pintura Naif de Natal. “No que eu encontro, eu pinto”, comenta sorridente o artista. Baseado no trabalho do ilustre morador que professores da Universidade Federal do Espírito Santo, em conjunto com Natal, desenvolveram o projeto Re-criando. A ideia é promover oficinas para ensinar os habitantes da região – inscritos pela Associação de Moradores da Vila - o que Natal já faz: retirar o lixo da margem do rio e transformá-lo em arte. Com a verba do Microprojetos Mais Cultura foi possível adquirir tinta, pincel e todo o material para seis dias de oficina. O trabalho terá, ainda, um registro audiovisual da situação do meio ambiente e todo o processo criativo, da coleta até a confecção dos objetos. Em mutirão, os participantes irão recolher o que o rio Doce deixou para trás.
ESPÍRITO SANTO
No rio Doce, lixo é inspiração
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Como o próprio Luiz explica, vale tudo: “casca de árvore, semente de cacau, coco”. Depois é necessário um pouco de paciência, pois os objetos encontrados recebem três demãos de tinta branca antes de estarem prontos para a pintura de verdade. Após esse processo, os aspirantes colocam a mão na massa, sobre a tutela de quem já participou de quatro Bienais de Piracicaba. Luiz Natal de Souza começou a pintar em 1974. Na época ainda morava em Linhares, terceira maior cidade capixaba, localizada a 147 km ao norte da capital, Vitória. Foi introduzido nas artes por uma amiga que também pincelava no estilo “naif ”, ou seja, pinturas, esculturas ou colagens espontâneas e autodidatas. Quando se aposentou, depois de ter sofrido aneurisma cerebral, refugiou-se em Regência, onde vive no pequeno vilarejo há 16 anos.
ESPÍRITO SANTO
Mesmo pequena, e ainda a esperar que asfaltem sua estrada de acesso, Regência não está esquecida no mapa. No verão, o local atrai surfistas e a sua população chega a triplicar no carnaval. Nestes momentos agitados, Natal pinta menos. “Gosto de ligar o rádio e ficar escutando MPB, fico a tarde toda trabalhando em uma única tela”, no verão esse ambiente bucólico muda, por consequência, a produção diminui.
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Mas se o aumento da população é uma fraca inspiração, essas épocas quentes foram exatamente o que impulsionou o projeto Re-criando para o mês de dezembro. Os organizadores querem que os moradores e os visitantes se conscientizem em relação ao lixo encontrado na foz do rio Doce. Com esse trabalho inicial, a ideia é que a população local tome como prática recolher o lixo e reciclá-lo, produzindo enfeites, ou objetos úteis para o cotidiano. Não é a primeira vez que o povo de origem cabocla terá a oportunidade de preservar sua natureza. Há 30 anos o distrito tem uma das sedes do projeto Tamar, voltado para a proteção das tartarugas marinhas. Os pescadores locais, hoje, são aliados dos biólogos na preservação dos animais. E é misturando a natureza e as artes que o Re-criando pretende diminuir a poluição do rio e ainda impulsionar a formação de futuros talentos da pintura e escultura.
Re-criando Luis Natal de Souza Área: Artes Visuais Proponente: Luis Natal de Souza
Estado: Espírito Santo Objetivo: Acontecerá uma coleta de lixo nas margens do Rio Doce exatamente onde ele faz encontro com o mar. Serão recolhidos resíduos sintéticos de produtos industrializados (garrafas pets, sacos plásticos, latas, entre outros materiais), com a finalidade de serem utilizados como matéria-prima em uma oficina de arte que terá, como produto final, além da limpeza da praia, uma exposição de trabalhos elaborados na oficina. Os oficineiros criarão, a partir dos materiais coletados, obras de seu interesse, seja estético ou utilitário. Participarão do projeto 20 pessoas, entre 17 e 29 anos, inscritas pela Associação de Moradores da Vila. Valor: R$ 7.502,30
ESPÍRITO SANTO
Cidade: Linhares
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Estação da memória, da lembrança, da preservação Toda segunda, quarta e sexta-feira, às cinco em ponto, lá estava ela. Trazia consigo muito peso nas costas, mas era o peso da prosperidade. Quem quisesse sua carona nas terças, quintas e sábados, tinha que acordar cedo, pois o horário era outro: seis da manhã. Dependendo da estação do ano, vinha acompanhada de milho e levava queijo. Se sorte tivesse, poderia mesmo trazer peixe do mar, e, em troca, levar as bonitas cerâmicas aos vizinhos baianos. Era o ânimo daquele povo que ansiava por um banho em água salgada.
MINAS GERAIS
O sonho vingou de 1942 até 1966. Durante 24 anos, a Maria Fumaça invadia a cidade de Araçuaí, localizada no centro do Vale do Jequitinhonha, a 600 km da capital mineira, Belo Horizonte. Maria Moreira, que trabalhou na venda dos bilhetes do trem de 1955 até o encerramento da linha, define seu sentimento com duas palavras: “Tenho saudade”. A estação não é uma construção bonita, mas seria injusto dizer que é feia. Suas linhas arquitetônicas deixaram de lado a imaginação em favor da utilidade. É um grande retângulo, com uma inscrição no alto: “1942 Arassuai”, assim, com dois “s” mesmo. Sem
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locomotivas para receber, a estação virou outro lugar de leva e trás: o correio. Mas isso durou pouco, só dois anos. Em 2008 a construção foi reaberta para se transformar em um local de pesquisa e lembrança. Hoje, a antiga estação é a sede da Fecaje (Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha). A Federação foi beneficiada com o Microprojetos Mais Cultura, pelo seu projeto de transformar esse ambiente carregado de história na Estação Viva-Acervo, iniciativa que visa higienizar e armazenar todos os documentos referentes ao Festivale, Festival Artístico do Vale do Jequitinhonha, já em sua 28ª eidação. “Como a Fecaje não tinha sede própria, a cada gestão esse material ficava viajando de um lugar pro outro, então muita coisa se perdeu. A ideia é termos um local fixo onde possamos limpar e guardar estes cartazes, livros, jornais...”, explica um dos proponentes da iniciativa, Dostoiewsky Americano do Brasil.
MINAS GERAIS
Todo mês de julho, o Vale do Jequitinhonha comemora, porque vai começar mais um Festivale. O festival tem como carro chefe a competição de música, mas pluralidade é a palavra de ordem. Teatro, artesanato, pintura, oficinas, qualquer manifestação cultural da região encontra seu espaço, com um porém: o participante tem que ser natural do Vale ou estar morando na localidade há algum tempo. Essa história começa em 1979 com o “I Encontro de Compositores do Vale do Jequitinhonha” promovido pelo Jornais Gerais – extinta publicação da região, na cidade de Itaobim, que fica a menos de uma hora de Araçuaí.
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A iniciativa mostrou a pujança cultural do Jequitinhonha, dando origem ao primeiro Festivale no ano seguinte – 1980, na mesma Itaobim. Atualmente, somam-se de 500 a 800 participantes nas oficinas e mais de 2000 pessoas no evento. “Em 2006, quando foi em Araçuaí, não tínhamos controle”, lembra Dostoiewsky, “aqui no Vale são cerca de 60 municípios, toda a cidade tem um grupo de teatro, tem uma associação cultural e todos são convidados”. E, por incrível que pareça, até 2008 todos os documentos representando a memória de cada um dos festivais, mudavam de cidade anualmente por não existir uma sede fixa da instituição que promove o Festivale hoje em dia: a Fecaje.
Agora, com o material reunido e protegido na antiga estação, aproximadamente 30 jovens, entre 17 e 29 anos, aprenderão, por 60 dias, técnicas de conservação e armazenamento, para transformar as pilhas de papéis cheias de pó em história.
Estação Viva - Acervo Área: Artes Integradas
Dostoiewsky Americano do Brasil
Proponente: Dostoiewsky Americano do Brasil Cidade: Araçuai
Objetivo: É uma proposta de curso de higienização e conservação para iniciar o processo de recuperação da memória do importante Festivale, um festival artístico do Vale do Jequitinhonha. O local para armazenamento desses documentos é a antiga estação de trens de Araçuaí, uma das maiores cidades do Vale. Jovens serão treinados nas técnicas de recuperação e conservação de documentos e, na medida em que a memória do evento seja organizada, a Estação de Araçuaí será um pólo de referência cultural do Vale do Jequitinhonha. O projeto também tem por objetivo propiciar uma opção profissional para esses jovens, que poderão tornar-se restauradores.
MINAS GERAIS
Estado: Minas Gerais
Valor: R$ 10.299,00
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A cultura está onde o brasileiro está Leonardo Mourão1
Em Nova Russas, no Ceará, uma tradição de quase dois séculos, o crochê feito pelas mulheres em grupo, nas calçadas, passou a trazer mais recursos e mais autoestima para a cidade, depois que as crocheteiras se organizaram em cooperativas. Em Coremas, na Paraíba, o ritual diário dos moradores que há décadas têm de atravessar um açude para estudar, trabalhar ou comprar mantimentos, está registrado em um curta metragem, feito na própria cidade. Em Messias Targino, cidade de 3.000 habitantes no interior do Rio Grande do Norte, jovens formam um grupo de teatro inspirado no “Teatro do Oprimido”, método teatral criado pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal. Em Iatecá, no agreste pernambucano, adolescentes participam de um projeto de dança, o “Som das Aves”, criado para salvar da extinção um pássaro local, o tangará fastuosa. Em Morpará, uma cidade de 9.000 habitantes localizada nas margens do Rio São Francisco, na Bahia, um trabalhador rural de 70 anos fundou uma associação que visa resgatar manifestações artísticas de origem africana no município.
No Brasil, há milhares de cidades que, como Nova Russas, Coremas, Messias Targino, Iatecá e Morpará, apresentam em seus inventários urbanos uma lista de “Tem” e de “Não tem”. Pequenas, longe dos circuitos dos grupos teatrais, musicais e de dança, elas não têm museus ou espaços que preservem suas manifestações; não têm, também, teatros, oficinas culturais ou cinemas; nelas tampouco se encontram galerias de arte ou conservatórios musicais. Mas, contra todas as expectativas, essas pequenas comunidades têm uma forte tradição cultural. E, melhor ainda, nelas vivem pessoas que não se conformam em ver desaparecer com os moradores mais antigos a memória das suas manifestações artísticas, as suas personalidades e alma cultural. Nessas cinco comunidades e em mais outras 1.200 cidades, o Microprojetos Mais Cultura - Semiárido trouxe uma rara oportunidade de aumentar o número de itens na coluna “Tem”, conforme pode ser lido a seguir.
Texto final de Leonardo Mourão, a partir de matérias produzidas pelos jornalistas Djenane Arraes e Cesar Martin
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Pássaros e folhas
Na pernambucana Iatecá, a 270 quilômetros da capital Recife, o multicolorido tangará faustuosa, também chamado pintor verdadeiro, ainda sobrevive na Reserva Natural Brejo, próxima à cidade. Em risco de extinção, o tangará inspirou o projeto de dança “Som das Aves” no qual 10 jovens da cidade dançam paramentados com as cores amarelo, preto, azul e verde das penas da ave. “A roupa ficou linda”, emociona-se Cleide Iara Andrade, moradora da cidade e autora do projeto. “Além disso, a dança passa uma aula de preservação que foi levada para o Festival de Inverno de Garanhuns, na Praça de Saloá, a cidade vizinha e em escolas.”
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Na mesma cidade, o projeto “Folhas – Maravilhas de Iatecá” também foi aprovado no Prêmio Microprojetos. Trata-se de uma proposta de produzir bijuterias e algumas peças utilitárias utilizando folhas secas das matas da região. Proposto por Steve Bezerra, o projeto mobilizou 14 morados de Iatecá, entre 17 e 60 anos de idade. É preparada uma massa com as folhas e os produtos são comercializados com o objetivo de gerar renda para os participantes. A iniciativa foi um sucesso, em um stand de artesanato montado no Festival de Inverno de Garanhuns, os participantes obtiveram um lucro total de R$ 1.070,00, que é bastante significativo para a região. Já foram feitas vendas inclusive, para o Exterior.
Um açude no caminho
Na cidade de Coremas, a vida gira, literalmente, em torno de um açude, o Estevam Marinho. Localizada no ressequido sertão paraibano, o açude é comparado a um oásis. Dali, além da água, tiram-se peixes e irrigam-se culturas. “Muitas pessoas tiram seu sustento ou estão, de alguma forma, ligadas às águas do reservatório”, conta Kennel Rógis, 21 anos, estudante de administração e, como ele se define com uma risada modesta, “aspirante a cineasta”. Kennel propôs realizar um documentário sobre a dimensão do açude no cotidiano de seus conterrâneos. Para isso escolheu três personagens: a agricultora Teresa; Zé Nilton, pescador, e a estudante Jaqueline. Para eles, aquelas águas são importantes ou fundamentais para o sustento ou, simplesmente, um obstáculo que é preciso enfrentar todos os dias. “Acompanho a trajetória dos três e tento mostrar como aquele ‘mar do sertão’ molda a vida que eles têm.” Com os recursos conseguidos com o Microprojetos, Kennel mobilizou ajudantes qualificados para gravar o filme e poderá alugar os equipamentos necessários para exibir sua obra nas praças da cidade e escolas.
O rio de música, teatro e dança
Nas comunidades localizadas nas margens da porção baiana do Rio São Francisco, há, hoje, um forte movimento de preservação da sua herança cultural. Foram aprovados vários projetos na região. Em Marporá, Seu Emílio Mariani, trabalhador rural de 70 anos de idade, e sua mulher, a professora Donna, fundaram a Associação Afro-Cultural Arte e Dança de Morpará. Na mesma cidade, o projeto Paiol da Arte estimula a produção artesanal. A poucos quilômetros dali, na cidade de João Dourado, adolescentes da cidade montaram o espetáculo “A Vida de São Francisco e Santa Clara de Assis”, apoiados por trabalhos de música e teatro para a juventude que também foram contemplados com a ação dos Microprojetos. “Muitas vezes deixamos de nos apresentar nas comunidades por não termos material suficiente, como caixa de som, mesa, microfones, figurinos, etc.”, disse Mara Tavares, do projeto Juventude e Teatro, de João Dourado (BA). “Hoje, com os recursos do Prêmio, esse pesadelo acabou.”
A história em história em quadrinhos
Nem só pequenos programas socioculturais foram beneficiados pelo edital Microprojetos: o dinheiro também foi empregado para viabilizar produtos como CDs, livros e até histórias em quadrinhos. Em Feira de Santana, na Bahia, o projeto “Lucas na Feira”, tirou do esquecimento a história do escravo rebelde Lucas da Feira. “Alguns dizem que ele foi ladrão, outros contam que não era um verdadeiro criminoso, pois roubava dos ricos para dar aos pobres. Outros só conhecem o seu nome. E há aqueles que nem mesmo possuem informação sobre sua existência”, explica Marcelo Lima que, junto com Marcos Franco, pesquisou e roteirizou a história do personagem para a história em quadrinhos desenhada por Hélcio Rogério. Pela estatura histórica do trabalho, ele espera que a revista seja adotada pelas escolas públicas de Feira de Santana e que os estudantes conheçam a trajetória dessa relevante personagem regional.
Também nas margens do São Francisco, faz-se músicas. Em Abaré, Patrícia Lima produz o cd, “O Espelhar da Nossa Gente”, no qual a população ribeirinha relembra músicas folclóricas locais. Em Mucururé, Mestre Irineu dos Santos e os músicos que formam a Banda de Pífanos do Raso da Catarina também gravaram um cd e puseram o pé na estrada, em shows, para divulgar a sua arte.
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Caboclo irado e mascarado
Cultura x Culture
A base musical do Caboclo é formada por sanfona, zabumba, triângulo e pandeiro. São entre 12 e 16 brincantes dançando sempre em roda, envolvidos em passos característicos. Enquanto dançam, os participantes emitem um som gutural, irado, e sapateiam formando uma base percussiva. As roupas de trapos de panos multicoloridos e máscaras, que são feitas em mutirão, provocam um impacto plástico incomum.
Com o dinheiro da premiação do edital, Cícero e demais integrantes do “Música em Sucata” puderam comprar baquetas, caixa amplificada, microfone, além de dar bolsa de incentivo para três integrantes do projeto. Entre as oficinas de percussão e palestras para discutir os problemas da comunidade, Cícero sonha: “quero tentar fazer com que a cultura nordestina sobreviva frente à cultura norte-americana que é difundida pelas grandes mídias”.
Na pequena cidade de Major Sales, na qual vivem 3.000 pessoas, está o projeto “Turma de Caboclos do Mestre Antonio Grosso”, criado para manter viva a tradição da dança de origem indígena. “Desde os 12 anos de idade que danço Caboclo”, conta o mestre Antônio Grosso. “Eu ensino o passo da dança e da história faz uns 40 anos, quando uns vão ficando mais velhos e não aguentam mais dançar no trupé dos caboclos, outros vão entrando no lugar deles.”
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Quase três vezes maior do que Major Sales, a cidade de Lages, também no Rio Grande do Norte, teve o projeto “Música em Sucata Como Sustentabilidade Para Crianças e Adolescentes”, escolhido pelo Ministério da Cultura. A iniciativa deve-se ao trabalho de Cícero Batista da Silva, que foi aluno do “Projeto Artístico Pedagógico Pau e Lata”, iniciado em Alagoas em 1996. Cícero passou a ser multiplicador da iniciativa e desde então coordena a atividade em Lages, que fica aos pés do Pico do Cabugi.
Teatro engajado
Operação resgate
Método teatral desenvolvido pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal (1931-2009), o Teatro do Oprimido alia artes cênicas à ação social com o objetivo de promover a democratização da cultura e ser mais um meio para a transformação das camadas mais pobres da sociedade. Há algum tempo, alguns jovens de Messias Targino foram assistir a uma peça do Teatro do Oprimido em Campina Grande, Paraíba. “Foi daí que surgiu a ideia de formar um grupo semelhante no nosso município”, explica Pedro César. Os jovens se reúnem duas vezes por semana e já estão se apresentando em várias cidades da região. Por onde passam, recebem elogios.
Com os recursos repassados pelo Mais Cultura, foram comprados kits de maquiagem, materiais para figurino, confeccionadas camisetas e contratada uma profissional das artes cênicas que, semanalmente, vai até a cidade dar oficinas de teatro.
“Sem o Prêmio, nosso grupo de teatro jamais teria saído do papel”, afirma Pedro César de Almeida, idealizador do “Teatro do Oprimido: jovens em ação por uma sociedade melhor”, no município de Messias Targino, também no Rio Grande do Norte. “Só assim foi possível comprar todo material utilizado pelo projeto, como figurino, caixa de som, DVD, câmera digital e pagar professores, transporte e alimentação.”
Tornada cidade em 1994, Jaíba, no norte de Minas Gerais, ainda enfrenta os grandes desafios econômicos e sociais de uma comunidade ainda em formação. “Em Jaíba existem diversos problemas decorrentes da questão social, dentre eles, a criminalidade e a ausência de alternativas de lazer e espaços”, diz a assistente social Suely Nunes, coordenadora do projeto ‘Jaíba em Cena’. Nele, jovens participam de oficinas de artes cênicas e já se apresentam na região. Tão jovens quanto a cidade em que vivem, grande parte dos moradores desconhece a riqueza cultural existente na região. A ideia é resgatar essas manifestações culturais, estimular as habilidades artísticas desses jovens e colocar à sua disposição um espaço de lazer e de formação cultural, que não existe na cidade.
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Folia e cinema
Também situada no norte mineiro, a pequena Nova Porteirinha recusa-se a deixar que a tradição da Folia de Reis desapareça dali. Expressão cultural típica do norte mineiro, inspiradora de músicos de porte, como Milton Nascimento, a Folia de Reis atrai poucos jovens nas regiões, o que a coloca em risco de desaparecer. “A ideia de fazer o projeto ‘Folia do Divino Espírito Santo’ surgiu da nossa determinação de não permitir que a tradição da Folia de Reis em nossa cidade acabe; os foliões já são idosos, temos de passar essa tradição para jovens e adolescentes”, diz mestre Sinvaldo, idealizador do projeto. O prêmio do edital foi destinado ao pagamento de instrutores e na compra de instrumentos e materiais usados nas oficinas. No Vale do Jequitinhonha, na cidade de Araçuaí, o Prêmio Microprojetos beneficiou o ‘Cinema no Sertão’ que propõe produzir e distribuir o audiovisual brasileiro. Os coordenadores desse projeto percorrem as áreas rurais de dez municípios vizinhos exibindo filmes para as populações locais. “Pensamos na possibilidade de levar entretenimento e conhecimento a pessoas que não têm acesso ao cinema ou a qualquer outro equipamento cultural”, explica José Pereira dos Santos. “Na maioria das cidades do País, não há salas de cinema, e aqui no Vale do Jequitinhonha a situação é ainda pior.”
Crochê e autoestima
A 320 quilômetros de Fortaleza, a cidade cearense de Nova Russas herdou e multiplicou uma tradição tipicamente européia: o crochê. Ocupada por descendentes de europeus há 300 anos, a cidade desenvolveu-se a partir de fazendas dedicadas à criação de gado. Durante estes três séculos, o crochê sempre esteve presente. Fazer crochê é, portanto, algo natural na cidade. É tradição as crocheteiras sentarem nas calçadas e formarem grupos para manusear suas agulhas há várias gerações. Hoje, além das crocheteiras de costume, vemos adolescentes e homens fazendo trabalhos em crochê. Esses grupos reforçam o orçamento das famílias. Contudo, grande parte dessa produção artesanal ainda é comercializada por atravessadores, que compram as peças por preços irrisórios e as revendem com grande lucro. O Projeto Saber na Ponta da Agulha foi criado com o objetivo de fortalecer a economia local, não só promovendo cursos de associativismo com vistas a formar cooperativas de produtores de crochê, como também aprofundar a identidade cultural da cidade com cursos de associativismo, gestão, design e estilismo. Proposto pela ARTCRON - Associação do Artesanato, Artista e Crochê Novarussense, fundada em 2005, o Saber na Ponta da Agulha também procura desenvolver o empreendedorismo de um modo geral, implementar a exportação das peças de crochê e, com as produções culturais, ativar o turismo e elevar a autoestima da população local.
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Novas soluções para um novo desenvolvimento Tibico Brasil1
A atuação do Banco do Nordeste na área cultural se baseia em três pilares: a democratização do acesso às manifestações artístico-culturais; o apoio à produção, circulação e formação artística e a concessão de crédito para atividades econômicas da cultura. O Banco do Nordeste compreende que para se obter êxito em uma política de desenvolvimento econômico, social e sustentável para o Nordeste, faz-se necessária uma atuação relacionada à elevação da autoestima de seu povo e à consciência do valor de suas identidades culturais. Essas são condições essenciais para que a sociedade nordestina encontre soluções próprias para os desafios inerentes ao desenvolvimento da região.
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Gerente do Ambiente de Gestão da Cultura do Banco do Nordeste e Diretor Cultural do Instituto Nordeste Cidadania - INEC
O Instituto Nordeste Cidadania (INEC) é uma entidade civil, autônoma e sem fins lucrativos. Fundado em 1993, por iniciativa de empregados do Banco do Nordeste. O INEC surgiu num contexto em que se fazia necessário dar resposta às graves condições socioeconômicas então vivenciadas por significativos contingentes da população situada abaixo da linha de pobreza na região. O INEC sempre atuou visando combater a pobreza e promover o fortalecimento da cidadania, desenvolvendo estratégias de inclusão social e econômica, potencializando a
força coletiva, promovendo a cidadania e o respeito à vida. A Ação Microprojetos Mais Cultura, por meio da qual o Banco do Nordeste e o Instituto Nordeste Cidadania celebraram parceria com o Ministério da Cultura e a Fundação Nacional de Artes – Funarte – tem como objetivo principal descentralizar o fomento da produção sociocultural e artística, possibilitando que pequenos produtores recebam até 30 salários mínimos para a realização de seus projetos culturais. Esta feliz iniciativa tem como principal objetivo aumentar o dinamismo econômico de comunidades e municípios, por meio de artistas, grupos independentes e pequenos produtores culturais. Coube ao Banco do Nordeste e ao INEC a contratação dos projetos, o acompanhamento da execução dos mesmos e a avaliação dos resultados obtidos. A execução dos milhares de projetos culturais selecionados injeta recursos da ordem das dezenas de milhões de reais, distribuídos nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. É certo que este montante de recursos incentivará a cadeia
produtiva cultural de centenas de municípios do semiárido brasileiro. Os primeiros números que surgem constatam que a ação é um sucesso, sob vários aspectos. Em um levantamento parcial dos projetos já finalizados percebemos que a ação foi capaz de garantir a realização de mais de 2.000 eventos, entre espetáculos teatrais, exibições de filmes, shows musicais e uma infinidade de oportunidades de capacitação nos diversos segmentos da cultura, para públicos diversos, em especial jovens, para quem o projeto foi destinado. Os recursos financeiros e as atividades dos projetos ajudam a irrigar a economia da cultura local. Muito além do cálculo da taxa de retorno de uma ação como esta, o que importa é perceber a riqueza que surgirá a partir do lançamento de novos olhares estéticos sobre o nosso patrimônio cultural. Finalizo com uma citação do presidente do Banco do Nordeste, Dr. Roberto Smith, grande incentivador desta ação, para quem “o desenvolvimento não deve ser analisado apenas do ponto de vista do crescimento, mas também pelos valores herdados que nos projetam dentro da história de futuro e na nossa forma de entender a sociedade. Por isso, não existe desenvolvimento sem alma. Pois, a alma do desenvolvimento é a cultura.”
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Análise da ação Microprojetos Cláudia Sousa Leitão1 Luciana Lima Guilherme2 Luiz Antônio Gouveia de Oliveira3
No momento cultural que atravessamos, em que se sente um desejo imperioso, uma aspiração coletiva por uma afirmação categórica de independência política e econômica de nação [...] de uma política consciente, realmente identificada com as aspirações e as singularidades regionais de nosso povo. Política que se pressente para os próximos dias como uma benéfica e irremovível contingência do impulso criador de nossa cultura. (Josué de Castro, Documentário do Nordeste, 1937)
jovens, entre 17 e 29 anos, oriundos de áreas de vulnerabilidade social. Os Microprojetos foram contemplados nas mais diversas linguagens. Para a realização dessa iniciativa, o Ministério contou com a parceria da Fundação Nacional de Artes (Funarte), do Banco do Nordeste (BNB) e das secretarias de Cultura dos onze estados que integram a região do semiárido - Paraíba, Alagoas, Ceará, Piauí, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe, Maranhão, Pernambuco, Minas Gerais e Espírito Santo.
A citação, com a qual abrimos este texto é de Josué de Castro. O médico sanitarista pernambucano nos advertia sobre a necessidade de se repensar os significados do desenvolvimento no Brasil. E, de forma quase profética, anteviu um desenvolvimento para o nosso país baseado na territorialidade regional e no maior insumo de nossa população: a criatividade.
O Programa Mais Cultura tem por objetivo maior a articulação das ações existentes no Ministério da Cultura, dando-lhes uma dimensão mais ampla e significativa, posto que voltadas à totalidade da população brasileira. Por outro lado, o Programa busca conectar e colocar em rede a infinidade de grupos culturais no país, permitindo-lhes o acesso à produção, circulação e o usufruto de bens e serviços culturais. Nesse sentido, o Programa é fruto da cooperação entre os entes federados, no sentido de integrar competências e recursos para maximizar os seus resultados. Os editais são instrumentos estratégicos para o Programa, pois permitem uma pactuação entre estados e união, além da adesão dos municípios, todos ao serviço da efetivação dos direitos culturais da população brasileira.
Mais de setenta anos depois, em maio de 2009, o Ministério da Cultura, por meio do Programa Mais Cultura, veio contribuir de forma efetiva para a materialização das propostas de Castro. De forma pioneira, o MinC investiu R$ 13,5 milhões no semiárido brasileiro através de um edital voltado para o financiamento de 1.189 Microprojetos culturais conduzidos e realizados por
Consultora e sócia da Anima.Cult - Criatividade e Desenvolvimento, professora doutora do Mestrado em Políticas Públicas e Sociedade da Universidade Estadual do Ceará - UECE.
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Consultora e sócia da Anima.Cult - Criatividade e Desenvolvimento, professora titular da Faculdade 7 de Setembro nos cursos de Administração e Publicidade & Propaganda.
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Consultor e sócio da Anima.Cult - Criatividade e Desenvolvimento, atua como coordenador adjunto do curso de Administração da Faculdade Christus
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As ações do Programa Mais Cultura se estruturam em três eixos: Cultura e Cidadania, Cultura e Cidades e Cultura e Economia. O edital dos Microprojetos Mais Cultura é fruto desse último eixo, pois objetiva ampliar o ambiente econômico e os investimentos no setor cultural, reconhecendo a necessidade de disponibilizar o acesso a créditos e aos meios de circulação e veiculação de bens e serviços culturais trazendo de forma progressiva para a formalidade a parcela de trabalhadores da cultura ainda vinculados a uma economia informal. Decorrido um ano do início do processo de implementação destes projetos, fez-se necessária uma pesquisa de acompanhamento e de avaliação da execução dos mesmos, no intuito de se verificar os impactos sócio-econômicos alcançados em cada uma das regiões contempladas. É de fundamental importância uma reflexão acerca da efetividade das políticas públicas e dos programas de fomento para o desenvolvimento cultural empreendidos pelo governo federal. A seguir apresentamos de forma sintética, os resultados desta avaliação da efetividade do edital Microprojetos Semiárido do Programa Mais Cultura. Estes resultados foram obtidos a partir de uma pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa. A pesquisa quantitativa abrangeu 88% dos projetos aprovados, permitindo uma leitura sobre aspectos sociográficos e de identificação das linguagens artísticas fomentadas. A pesquisa qualitativa foi realizada sobre uma amostra de aproximadamente 10% dos Microprojetos, selecionados de acordo com a distribuição dos mesmos por estado e por linguagem artística. Foram priorizados, para esta pesquisa de campo, os municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, no sentido de verificar a repercussão desta iniciativa nas comunidades em situação mais precária. Indo além dos dados quantitativos, a pesquisa qualitativa se propôs a um aprofundamento na compreensão acerca dos impactos sócioeconômicos e culturais nas comunidades beneficiadas.
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A pesquisa quantitativa
A ação Microprojetos Mais Cultura beneficiou 1.189 iniciativas culturais de artistas, grupos artísticos independentes e pequenos produtores culturais residentes em municípios dos 11 estados cujo território – ou parte dele – integra o semi-árido brasileiro. Até o momento de realização da presente pesquisa haviam sido contratados 999 projetos, aos quais aplicou-se um questionário para avaliar-se o perfil das iniciativas culturais contempladas pela ação Microprojetos Mais Cultura. Foram retornados 879 questionários, correspondendo a 88% dos projetos contratados. O primeiro ponto a evidenciar na análise do perfil dos projetos contemplados refere-se a sua dispersão geográfica pelos 11 estados beneficiados pelo Microprojetos Mais Cultura. É de se destacar que três estados concentram pouco mais que a metade – 53% para ser preciso – dos projetos beneficiados, quais sejam Bahia (23,1%), Paraíba (15,5%) e Ceará (14,4%). No grupo intermediário estão os estados de Pernambuco (9,8%), Piauí (8,8%), Alagoas (6,8%), Minas Gerais (6,6%) e R. G. do Norte (6,3%). Os estados com menos projetos contemplados foram Maranhão (4,7%), Sergipe (2,5%) e Espírito Santo (1,5%). [gráfico 1] A análise, a seguir, destaca os principais resultados da pesquisa em cada estado onde a ação Microprojetos Mais Cultura foi executada.
O município com o maior volume de projetos beneficiados (8 no total) foi Maceió (AL), seguido de três municípios do estado do Piauí – Picos, São João do Piauí e São Raimundo Nonato (com 6 projetos cada um) – e Cajazeiras (PB) e Pão de Açúcar (AL), com 5 projetos cada um. Ressalte-se que metade dos municípios teve apenas um projeto beneficiado.
[gráfico 1]
Quanto à identificação do proponente do projeto, a grande maioria é caracterizada como Pessoa Física (75%), ao passo que os proponentes Pessoa Jurídica somam 23,5%. Em 1,5% dos projetos contemplados não foi possível obter informação sobre a identificação do proponente.
[gráfico 2]
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A área de abrangência de cada projeto é bastante diversificada. De modo geral, as ações dos projetos limitam-se aos centros dos municípios ou as suas periferias. Cerca de 17% dos projetos são executados em localidades distantes das sedes dos municípios e apenas 12% são executados em áreas beneficiadas pelo Pronasci e em áreas de quilombolas.
[gráfico 3] A linguagem artística mais comum nos projetos contratados foi a música, em especial a popular e a instrumental. Com efeito, 41% dos projetos têm ações relacionadas ao universo musical. Em seguida à música, destacam-se as artes cênicas, notadamente o teatro e a dança. As artes cênicas são objeto de 37% dos projetos beneficiados. As artes integradas – festivais, mostras, encontros, sites, blogs etc. – formam o terceiro conjunto de ações culturais mais presentes nos projetos contratados, correspondendo a 34,5% do universo pesquisado. As artes visuais – pintura, escultura, fotografia, artesanato, desenho, gravura etc. – vêm em seguida, observadas em 34,5% dos projetos. Por fim, a literatura e o audiovisual são as linguagens artísticas menos comuns, presentes em apenas 19% e 18% dos projetos, respectivamente. 1
É de se destacar um certo equilíbrio entre o número de iniciativas já existentes antes do Microprojetos Mais Cultura e aquelas que passaram a existir após o apoio financeiro do Ministério da Cultura. Com efeito, cerca de 40% dos projetos contratados já existiam antes e 60% somente passaram a existir após serem aprovados no processo seletivo do Microprojetos Mais Cultura.
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1 A pergunta referente à linguagem artística contemplada pelo projeto permitia múltiplas respostas. Portanto, o somatório das respostas ultrapassa 100%;
[gráfico 4]
Com relação ao perfil etário2 das pessoas que trabalham nos projetos, há de se destacar que a grande maioria conta com os serviços prestados por jovens com idade entre 17 e 29 anos. Com efeito, 73% das iniciativas culturais são desenvolvidas por jovens entre 17 e 21 anos e 70% contam por jovens de 22 a 29 anos. Os adultos estão presentes em 53,6% dos projetos, enquanto as crianças estão envolvidas em 23% e os idosos em 14,1% dos projetos.
[gráfico 5]
Com relação à natureza do serviço prestado pelas pessoas envolvidas nos projetos, observou-se que a média de pessoas remuneradas é de 2 por projeto. Por outro lado, a média de voluntários é de 18 pessoas por projeto. No que se refere a apoios institucionais3 eventualmente recebidos pelos projetos contratados, destaque-se aquele prestado pela comunidade local, presente em cerca de 65% das iniciativas já existentes antes do Microprojetos Mais Cultura. Em seguida vem o suporte oriundo da própria família dos envolvidos com o projeto, atingindo aproximadamente 53% dos casos observados. Destacam-se, ainda, os apoios oferecidos pelas Prefeituras (43% dos casos) e por comerciantes locais (33% dos casos). Por outro lado, é pouco percebido o suporte oferecido pelos governos estaduais e federal, limitando-se a 6% e a 8% dos projetos contratados.
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[gráfico 6] 2 3
Idem; Ibid;
ALAGOAS
No estado de Alagoas, a grande maioria (83%) dos projetos foi proposta por pessoas físicas. São iniciativas culturais desenvolvidas, principalmente, nas periferias (61,4% dos projetos) das cidades, nos centros dos municípios (57,9%) e em localidades distantes das sedes dos municípios (24,6%). As linguagens artísticas contempladas pelos projetos estão relativamente bem distribuídas. A música – em especial a música popular e a música instrumental – está presente em pouco mais de um quarto dos projetos (26,7%), assim como as oficinas de arte (26,7%). Destaque, também, para a dança, o artesanato e as mostras, expressões culturais trabalhadas em 20% dos projetos alagoanos. Logo atrás surgem o teatro (18,3%), a poesia (15%), os festivais (15%) e os encontros (15%). Por fim, as linguagens menos contempladas foram a pintura, o circo, o desenho, a gravura e as artes audiovisuais de maneira geral. Dentre os projetos contemplados em Alagoas, pouco mais da metade (52,6%) já existiam antes do Microprojetos Mais Cultura, enquanto 47,4% passaram a existir em função do incentivo do MinC. Em geral, são projetos que já registram uma certa experiência, uma vez que 42% dos mesmos têm entre 2 e 5 anos de existência e 25% têm mais de 5 anos de atividade. Por outro lado, cerca de 1/3 dos projetos têm 2 anos ou menos de existência. O perfil etário característico das pessoas envolvidas diretamente com os projetos alagoanos é de jovens entre 17 e 29 anos (em torno de 70% dos projetos). Em seguida, vêm os projetos que contam com adultos (54,4%) e crianças (31,6%). Apenas 14% dos projetos contemplados envolvem pessoas da chamada terceira idade. Em 60% desses projetos, o trabalho é realizado voluntariamente, enquanto 40% empregam 1 ou mais pessoas remuneradas. Dentre os projetos que se utilizam de trabalho remunerado, cerca de 2/3 têm, no máximo, 3 colaboradores pagos.
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Por fim, quando questionados sobre que tipo de apoio recebem para desenvolver as atividades dos Microprojetos culturais, os gestores de 64,5% dos mesmos responderam que a comunidade local é a maior apoiadora, seguida da própria família (58%) e dos comerciantes do município (38%). Na
esfera pública, a Prefeitura Municipal destaca-se por dar suporte a 35,5% dos projetos. Bem atrás surge o apoio do governo federal a 22,6% dos projetos e o governo estadual está presente em apenas 13% das iniciativas culturais.
BAHIA
O estado da Bahia tem a maior quantidade de projetos contemplados (23,1%). Pouco mais de 3/4 dos mesmos estão sob a responsabilidade de pessoas físicas, enquanto as pessoas jurídicas são responsáveis por apenas 1/4 dos projetos baianos. No que se refere à localização, a maioria absoluta (93%) dos projetos é desenvolvida nos centros e nas periferias dos municípios. Dentre estes, apenas 9,5% estão situados em territórios quilombolas e pouco mais de 22% estão localizados nos chamados Territórios da Cidadania. Quanto às linguagens artísticas dos projetos contemplados, destacam-se a música popular (em torno de 30%), a música instrumental (25%), o teatro (24%), a dança (20%) e as oficinas de arte (27%). Em seguida vêm o canto (17%), a poesia (12%), a pintura (11%), a fotografia (10%), o artesanato (cerca de 16%), o vídeo (14%), os festivais de arte (11%), as mostras (11%), os encontros (13%) e os cursos em geral (12%). As linguagens menos desenvolvidas foram a música erudita (4%), o conto (8%), o romance (5%), a crônica (2%), o cordel (8%), as histórias em quadrinhos (2%), a poesia visual (3%), a poesia virtual (1%), o circo (2%), a escultura (5%), o desenho (6%), a gravura (3%), as artes gráficas (3%), as intervenções urbanas (1%), as linguagens virtuais (2%), o cinema (7%), a animação (2%), os programas de rádio (5%), os sites e blogs (5%) e os seminários em geral (8%). É de se referir que apenas 1/3 dos projetos aprovados na Bahia já existiam antes de serem beneficiados pelo Microprojetos Mais Cultura. Dentre estes, 33% têm 2 anos ou menos de existência; 40% têm entre 2 e 5 anos; e 27% têm mais de 5 anos de atividades desenvolvidas. O perfil do público envolvido com a execução dos projetos baianos é caracterizadamente jovem e adulto. Com efeito, os jovens entre 17 e 21 anos e de 21 a 29 anos estão presentes, respectivamente, em 65% e 75% dos projetos contemplados. Os adultos, por sua vez, desenvolvem atividades em
62% dos projetos. Por outro lado, as crianças e os idosos estão envolvidos, respectivamente, em apenas 20% e 17% dos projetos. Em 62% do projetos contemplados na Bahia o trabalho é executado, exclusivamente, por colaboradores não remunerados. Por outro lado, cerca de 22% dos projetos empregam de 1 a 3 pessoas remuneradas. Os 25% dos projetos restantes contam com o trabalho de 4 a 25 pessoas remuneradas. O apoio recebido pelos projetos baianos vem principalmente da comunidade local e das famílias dos envolvidos. Os terceiros maiores apoioadores são a Prefeitura Municipal e os comerciantes locais. As associações também prestam bastante apoio, vindo logo em seguida. Por outro lado, o suporte oferecido pelos Governos Federal e Estadual é residual.
CEARÁ
O Ceará é o terceiro estado com mais projetos contemplados (14,4%). Deste universo, 70% foram propostos por pessoas físicas e os 30% restantes por pessoas jurídicas. Via de regra, os projetos cearenses estão concentrados nos centros e nas periferias dos municípios. Apenas 18% e 6% dos mesmos estão situados nos Territórios da Cidadania e em áreas Quilombolas, respectivamente. Quanto às linguagens artísticas contempladas, a música popular está presente em 1/3 dos projetos. Merecem destaque também o teatro (28%) e a dança (27%). Em seguida vêm a música instrumental (cerca de 16%), o canto (12%), a poesia (11%), artesanato (16%), o vídeo (12%), os festivais (11%), as mostras (11%), os encontros (12%) e as oficinas (18%). Por fim, as linguagens menos contempladas foram a música erudita (cerca de 5%), o conto (em torno de 8%), o romance (5%), a crônica (4%), o cordel (8%), as histórias em quadrinhos (4%), a poesia visual (3%) e a poesia virtual (2%), o circo (2%), a pintura (9%), a escultura (4%), a fotografia (6%), o desenho (7%), a gravura (2%), as artes gráficas (2%), as linguagens virtuais (2%), o cinema (7%), a animação (8%), os sites e blogs (4%), os cursos (5%) e os seminários em geral (4%).
Observou-se um relativo equilíbrio em relação ao surgimento dos projetos cearenses antes ou depois do incentivo concedido pelo Microprojetos Mais Cultura. Com efeito, 54% das iniciativas culturais já existiam anteriormente, enquanto 46% somente passaram a existir após a concessão do incentivo financeiro. Dentre os projetos já existentes, 35% têm até 2 anos de atuação; 42% têm entre 2 e 5 anos; e 33% têm mais de 5 anos. O público envolvido na execução das atividades dos projetos do Ceará é majoritariamente formado por jovens de 17 a 21 anos (76% dos projetos) e de 21 a 29 anos (69%). Os adultos estão presentes em 49% e as crianças em 26% dos projetos contemplados. Em 54% dos projetos cearenses o trabalho é realizado, exclusivamente, por voluntários. Por outro lado, 21% contam com 1 a 3 pessoas remuneradas e os 25% restantes são desenvolvidos por grupos de 5 a 30 colaboradores remunerados. Em relação aos apoios recebidos pelos Microprojetos culturais do Ceará, observou-se que os maiores apoiadores são a comunidade local, a família dos envolvidos nos projetos e as prefeituras. Em seguida, destacam-se os comerciantes locais e as associação. O suporte oferecido pelos governos Federal e Estadual é apenas residual.
ESPÍRITO SANTO
O Espírito Santo foi o estado que teve menos projetos contemplados. Com efeito, foram selecionados apenas 13 (treze) empreendimentos culturais. Dentre estes, 85% decorreram de propostas de pessoas físicas e apenas 15% originaram-se de iniciativas de pessoas jurídicas. A maior parte dos projetos capixabas limita sua atuação aos centros dos municípios (75%) e as suas periferias (42%). Apenas 17% dos projetos são desenvolvidos nos Territórios da Cidadania e 8% em áreas de Quilombola. As linguagens artísticas mais utilizadas foram o teatro e o artesanato (ambos presentes em 38,5% dos projetos), a fotografia e o vídeo (ambos com 31%), a música popular, a música instrumental, os cursos e as mostras (23%). Em seguida, destacam-se o canto, a dança, os festivais, os encontros, os sites
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e blogs, as oficinas, o desenho e as histórias em quadrinhos (linguagens empregadas em 15% dos projetos). Finalmente, as linguagens menos empregadas foram a música erudita, o conto, a crônica, a poesia, a poesia visual, a poesia virtual, a pintura, a escultura, as artes gráficas, as linguagens virtuais e o cinema (8%). É de se referir que somente 31% das iniciativas culturais capixabas contempladas já existiam antes do apoio financeiro pelo Microprojetos Mais Cultura. Por outro lado, 69% dos projetos do Espírito Santo surgiram após sua aprovação junto ao MinC. Todos os projetos são desenvolvidos por jovens de 17 a 29 anos. Entretanto, em 54% e em 15% estão envolvidos adultos e crianças, respectivamente. Dentre os projetos já existentes, 50% têm 2 ou menos anos de atuação e 50% têm mais de 5 anos.
A maioria dos projetos (71%) somente iniciaram suas atividades após serem contemplados pelo Microprojetos Mais Cultura. Além disso, as ações dos projetos maranhenses são realizadas, principalmente, por jovens de 17 a 21 anos (74% dos projetos) e por jovens entre 21 e 29 anos (61,5%). Os adultos estão presentes em 1/3 das iniciativas culturais e as crianças e idosos em apenas 15% e 13%, respectivamente. No Maranhão, 27% dos projetos têm até 2 anos de existência; 27% têm entre 2 e 5 anos; e 45% têm mais de 5 anos. Dentre os projetos em andamento, 1/3 emprega pessoas remuneradas, enquanto 2/3 são realizados por voluntários.
Ressalte-se que nenhum dos projetos contemplados recebe qualquer apoio dos governos estadual ou federal. Por outro lado, o maior suporte vem da família (100% dos projetos), dos comerciantes locais (50%), das prefeituras municipais e das próprias comunidades (ambos com 25%).
Os Microprojetos maranhenses são suportados, principalmente, pelas famílias dos envolvidos (67%), pela comunidade (46%) e pelos comerciantes locais (42%). Em seguida destacam-se como apoiadores as prefeituras municipais e as associações (ambas presentes em 27% dos projetos). O governo federal está presente em apenas 18% dos projetos e o governo estadual não apoia nenhuma das iniciativas.
MARANHÃO
MINAS GERAIS
A linguagem artística de maior destaque nos projetos maranhenses é, sem dúvida, a dança (presente em 40% dos projetos), seguida do artesanato (25%) e do teatro (20%). Depois vêm a música popular (17,5%), as oficinas (17,5%), a pintura (15%), a música instrumental (12,5%) e o vídeo (12,5%). Por fim, destacam-se o conto (10%), a escultura (10%), os encontros (10%), o cinema (7,5%), os festivais (7,5%), as mostras(7,5%), os cursos diversos
As linguagens artísticas mais recorrentes nos Microprojetos de Minas Gerais foram a música popular (31%), o teatro (24%), as oficinas diversas (24%) e o canto (21%). Em seguida destacaram-se a música instrumental (19%), os festivais (17%), os encontros (17%), o artesanato (17%), o conto (15,5%), a dança (15,5%), o vídeo (12%), as mostras (14%) e os cursos em geral (10%).
No estado do Maranhão 85% dos projetos contemplados foram propostos por pessoas físicas, enquanto 15% foram iniciativas de pessoas jurídicas. A maior parte desses empreendimentos culturais (68%) desenvolve suas ações nos centros dos municípios, embora muitas atividades sejam realizadas também nas periferias (41,5% dos projetos), nos Territórios da Cidadania (41,5%) e em localidades distantes das sedes dos municípios (27%).
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(7,5%), a poesia (5%), o cordel (5%), a fotografia (5%), o desenho (5%) e os programas para rádio (5%).
No estado de Minas Gerais 86% dos projetos apoiados foram propostos por pessoas físicas e apenas 14% por pessoas jurídicas. Em cerca de 51% dos projetos as atividades são realizadas essecialmente nos centros dos municípios, enquanto 1/3 registram ações nas periferias. Os Territórios da Cidadania são beneficados por 25% dos projetos mineiros e as localidades distantes das sedes dos municípios por 32%. As áreas de quilombolas são atingidas por apenas 7% dos projetos.
As linguagens menos contempladas foram a poesia (7%), a pintura (7%), o romance (3,4%), o cordel (5%), a poesia visual (5%), a fotografia (5%), o desenho (5%), o cinema (5%), a animação (5%), os seminários em geral (5%), o circo (3%), a escultura (3%) e as artes gráficas (3%). Pouco mais da metade dos projetos mineiros (52%) não existiam antes do incentivo financeiro concedido pelo MinC. Os jovens entre 17 e 29 anos estão presentes em 3/4 dos projetos mineiros, seguidos dos adultos (62%) e das crianças (26%). Os idosos estão envolvidos em 19% das iniciativas culturais. Dentre os projetos contemplados em Minas, 26% têm até 2 anos de existência; 30% têm entre 2 e 5 anos; e 44% têm mais de 5 anos de atividade. Além disso, em 27% dos projetos mineiros existe 1 ou mais pessoas remuneradas trabalhando. No que se refere ao suporte recebido pelos projetos de Minas, em 65% dos casos a comunidade local é a maior apoiadora, seguida da prefeitura municipal (61,5%) e das famílias dos envolvidos nos projetos (58%). Por outro lado, o governo estadual oferece apoio a apenas 4% dos projetos e o governo federal não apoia nenhuma iniciativa.
PARAÍBA
A Paraíba foi o segundo estado com o maior número de projetos selecionados (15,5%) e as pessoas físicas estão a frente de 80% dos empreendimentos paraibanos. Em 71% dos projetos a área de atuação maior é o centro dos municípios, enquanto em 50% das iniciativas a periferia é o alvo escolhido. Cerca de 32% dos Microprojetos beneficiam os Territórios da Cidadania e 26% desenvolvem ações em localidades distantes das sedes dos municípios. As linguagens mais comuns nos projetos contemplados na Paraíba foram a música popular (27%), o teatro (21%) e a música instrumental (20%). Em seguida destacam-se a dança (18%), o vídeo (15%), as oficinas em geral (13%) e o cinema (12%). Por fim, as linguagens menos contempladas foram o canto (8%), as mostras (8%), o artesanato (7%), a fotografia (6%), o cordel (6%), a
poesia (5%), a pintura (5%), os festivais (5%), o desenho (4%), as artes gráficas (4%), os encontros (4%), o conto (4%), a música erudita (3%), o romance (2%), a crônica (2%), a poesia visual (2%), e os cursos em geral (2%). A maior parte dos empreendimentos culturais contemplados (69%) originaram-se, exclusivamente, a partir do apoio financeiro concedido pelo Microprojetos Mais Cultura, enquanto 31% já existiam anteriormente. É de se destacar que os jovens entre 17 e 29 anos representam o perfil médio das pessoas envolvidas em cerca de 80% dos projetos paraibanos. Em seguida vêm os adultos, presentes em 54% das iniciativas culturais, e as crianças (21%). Dentre os projetos contemplados, 26% têm até 2 anos de existência; 37% têm entre 2 e 5 anos; e 37% têm mais de cinco anos de ações realizadas. Destaquese que metade dos projetos tem, pelo menos, 1 colaborador remunerado. Os maiores apoiadores dos projetos paraibanos são a comunidade local (62,5%), seguida da família dos envolvidos com os projetos (40%). Os comerciantes locais oferecem suporte a 35% dos projetos, assim como as associações (35%) e as prefeituras municipais (37,5%). O governo federal e o governo estadual suportam apenas 15% e 7,5% dos projetos, respectivamente.
PERNAMBUCO
No estado de Pernambuco foram selecionados 86 empreendimentos culturais para participação no Microprojetos Mais Cultura (cerca de 10% do total de projetos). As pessoas físicas são responsáveis pela proposição de 74% dos projetos e as pessoas jurídicas respondem por 26%. Metade dos projetos culturais pernambucanos desenvolvem suas atividades prioritariamente nos centros e nas periferias dos municípios. Em seguida, são beneficiadas as localidades distantes das sedes dos municípios (37% dos projetos) e os Territórios da Cidadania (22%). Apenas 9% e 3,5% dos projetos atendem, respectivamente, a áreas de Quilombola e do Pronasci. As linguagens artísticas mais empregadas foram as oficinas (38% dos projetos), a dança (37%), a música popular (35%), a música instrumental
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(28%), o teatro (28%), o artesanato (26%), as mostras (20%) e os encontros (20%). Destaque-se, também, a pintura (15%), os cursos (15%), o canto (14%), o cordel (13%) e os festivais (13%). As linguagens menos empregadas pelos projetos pernambucanos foram a fotografia (10,5%), a poesia (9%), o vídeo (9%), o conto (7%), os seminários (6%), a escultura (5%), o desenho (5%), a animação (3,5%), os programas de rádio (3,5%), a gravura (3,5%) e o cinema (2%). Dentre os empreendimentos culturais pernambucanos beneficiados pelo Microprojetos Mais Cultura, 46,5% já existiam antes de ser selecionados e 53,5% iniciaram suas atividades após a aprovação na seleção. Ressalte-se que 27,5% dos projetos já existentes têm até 2 anos de atividades; 42,5,% têm entre 2 e 5 anos; e 30% têm mais de 5 anos de atividades. O perfil médio das pessoas envolvidas nos projetos é, majoritariamente, formado por jovens de 17 a 21 anos (79% dos projetos) e de 21 a 29 anos (69%). Em seguida, destacam-se o grupo de adultos (56%), o de crianças (24%) e o de idosos (20%). Em 53% dos projetos há, pelo menos, 1 pessoa remunerada. Entretanto, o trabalho voluntário predomina em 94% dos projetos pernambucanos. Os maiores apoiadores do projetos culturais de Pernambuco são a comunidade local (70%), a prefeitura municipal (50%) e as famílias dos envolvidos (47,5%). Em seguida destacam-se os comerciantes locais (35%) e as associações (25%). Os governos estaduais e o governo federal estão presentes em apenas 10% e 7,5% dos projetos, respectivamente.
PIAUÍ
No estado do Piauí foram selecionados 77 projetos projetos culturais. Desse universo, 62% foram propostos por pessoas físicas, enquanto 38% foram apresentados por pessoas jurídicas.
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As áreas prioritárias de atuação dos projetos piauienses são o centro (56%) e a periferia (40%) dos municípios. Em seguida vêm as localidades distantes (37%) e os Territórios da Cidadania (25%). As áreas de quilombolas (11%)
e as áreas do Pronasci (1%) são as menos beneficiadas pelos projetos piauienses. As linguagens artísticas mais trabalhadas no estado foram a dança (30%), a música popular (26%), o artesanato (22%), o teatro (21%) e as oficinas (21%). Destacaram-se, em seguida, os festivais (17%), a pintura (17%), a música instrumental (16%) e o cordel (13%). Por fim, as linguagens menos empregadas foram o canto (10%), o vídeo (10%), a poesia (9%), as mostras (9%), a fotografia (8%), os encontros (8%), os cursos (6,5%), o desenho (5%), as histórias em quadrinhos (5%), a escultura (5%), a animação (4%), o conto (4%), a crônica (4%), as artes gráficas (3%), o romance (3%) e os seminários (3%). A maioria dos projetos (62%) somente iniciaram suas atividades após serem contemplados pelo Microprojetos Mais Cultura. Dentre estes, 32% têm 2 anos ou menos de existência; 36% têm entre 2 e 5 anos; e 32% têm mais de 5 anos de atividades desenvolvidas. O perfil do público envolvido com a execução dos projetos piauienses é, caracterizadamente, jovem. Com efeito, os jovens entre entre 17 e 21 anos e de 21 a 29 anos estão presentes, respectivamente, em 78% e 63% dos projetos contemplados. Os adultos, por sua vez, desenvolvem atividades em 42% dos projetos. Por outro lado, as crianças e os idosos estão envolvidos, respectivamente, em apenas 22% e 11% dos projetos. Em 30% dos projetos há, pelo menos, 1 pessoa remunerada envolvida. Por outro lado, o trabalho voluntário é majoritário em 96% dos projetos culturais do Piauí. Finalmente, a respeito do apoio recebido para o desenvolvimento das atividades dos Microprojetos culturais, os gestores de 68% dos mesmos responderam que a comunidade local é a maior apoiadora, seguida da própria família (61%) e dos comerciantes do município (25%). Na esfera pública, a Prefeitura Municipal destaca-se por dar suporte a 29% dos projetos. Bem atrás surge o apoio do governo federal a 11% dos projetos, e o governo estadual está presente em apenas 11% das iniciativas culturais.
RIO GRANDE DO NORTE
O estado do Rio Grande do Norte teve 55 projetos selecionados, dos quais 80% foram propostos por pessoas físicas e 20% por pessoas jurídicas.
A pesquisa qualitativa
As áreas de atuação mais recorrentes nos projetos potiguares são os centros dos municípios (67%), as localidades distantes das sedes dos municípios (33%), os Territórios da Cidadania (31%) e as periferias dos municípios (31%). As linguagens artísticas mais utilizadas foram a dança (31%), o teatro (29,1%), e o artesanato (ambos presentes em 38,5% dos projetos), a fotografia e o vídeo (ambos com 31%), a música popular, a música instrumental, os cursos e as mostras (23%). Em seguida, destacam-se o canto, a dança, os festivais, os encontros, os sites e blogs, as oficinas, o desenho e a história em quadrinhos (linguagens empregadas em 15% dos projetos). Finalmente, as linguagens menos empregadas foram a música erudita, o conto, a crônica, a poesia, a poesia visual, a poesia virtual, a pintura, a escultura, as artes gráficas, as linguagens virtuais e o cinema (8%). De maneira a se desenhar um perfil geral das iniciativas contempladas pelo Microprojetos Mais Cultura, pode-se concluir que resultam de ações propostas por pessoas físicas, concentradas, especialmente, nas sedes dos municípios e em suas periferias e voltadas para o universo da música e das artes cênicas. Trata-se, ainda, de projetos liderados por jovens entre 17 e 29 anos que trabalham, em sua grande maioria, como voluntários e são apoiados, via de regra, pela própria comunidade e por seus familiares, além de um relativo suporte oficial fornecido pela Prefeitura Municipal.
Penso que a partir do Governo Lula se começa a ver os artistas que não são os mais conhecidos, se começa a descobrir, através dos pontos de cultura e dos microprojetos, uma nova riqueza cultural fruto das tradições. (Tércio Gomes da Silva, Orquestra de Barro – Cascavel/CE)
1. Receptividade dos informantes A receptividade dos informantes dos Microprojetos pesquisados, sem exceção, foi muito acima das expectativas. A disponibilidade de tempo dos entrevistados foi total. Muitos proponentes e coordenadores, dos projetos investigados, sentiam-se reconhecidos e valorizados pelo simples fato de estarem sendo entrevistados, pelo simples fato de estarem sendo ouvidos, quanto às suas percepções e opiniões acerca do edital e das repercussões do mesmo na sua vida e na vida da comunidade. As entrevistas foram conduzidas pela equipe de campo de modo bastante informal, estimulando o relato franco e espontâneo dos interlocutores. Câmeras fotográficas foram utilizadas no sentido de efetuar registros visuais que enriquecessem e qualificassem o material colhido.
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Apesar das dificuldades de ordem social, econômica e cultural dos municípios visitados (com baixo IDH), a paixão pela cultura, pela arte, e o desejo de realização foram duas constantes identificadas no perfil da maioria das pessoas responsáveis pelos Microprojetos. Muitas destas representam verdadeiros exemplos de superação. De um modo geral, essa experiência de pesquisa nos proporcionou um grande aprendizado, pois tivemos a oportunidade de conhecer pessoas engajadas e apaixonadas pelo que fazem, e que apesar de todos os obstáculos de tempo, espaço, recursos e apoio, vêm desenvolvendo trabalhos magníficos e emocionantes, verdadeiros exemplos de superação. Essas pessoas, cujos sonhos pedimos que sejam ouvidos ao final de cada entrevista, têm feito esse Brasil de crochê, de tecido, de madeira, com simplicidade, cuidado, carinho, dedicação, com dança, folclore, com música, filmes, cordéis, e, sobretudo, com excelência, profissionalismo e com boas ideias. Com todos eles aprendemos que o semiárido brasileiro é riquíssimo em cultura, arte e valor humano, desfazendo a antiga, e hoje caduca, imagem de um Nordeste seco e sem perspectivas para seus habitantes. Foi uma honra e um imenso prazer tê-las conhecido e aprender com elas a ser forte, persistente, a acolher bem a todos sem distinção de etnia, de idade, de sexo, de origem, de recursos. Por tudo isso, só nos resta agradecer por essa experiência rica e emocionante, então fica aqui o nosso muito obrigado! (Evandro de Lima Magalhães e Karla Torquato dos Anjos Barros – equipe de campo da pesquisa) É muito impressionante de se ver. As lideranças, as iniciativas, a força, a luta. Isso está muito vivo aqui, diferentemente da política tradicional. Meu sonho é trabalhar e transformar essa brincadeira em trabalho e renda. A arte é trabalho que produz qualidade de vida, que produz o bem comum. (Liliana Gondim, Bairro Ellery - Monte Castelo)
136
A equipe de campo, no desenvolvimento do seu trabalho, se deparou com vias de acesso aos municípios bastante precárias. Alguns trechos de rodovias federais ou estaduais eram verdadeiras estradas carroçais. Houve casos de cidades que, invisíveis nos mapas oficiais, só foram localizadas
geograficamente através de ferramentas de mapeamento via web que nem sempre se constituíam de informações precisas. As dificuldades de comunicação também se fizeram presentes em algumas regiões, seja em virtude da inexistência de cobertura de algumas operadoras de telefonia celular ou mesmo em decorrência de muitos dos responsáveis pelos projetos contemplados não possuírem telefones próprios. 2. Representação do microprojeto na comunidade Como dito anteriormente, um dos critérios de seleção dos Microprojetos investigados foi o baixo IDH dos municípios. A ausência de políticas, programas e estruturas (físicas e humanas) nestas cidades é inversamente proporcional ao impacto dos Microprojetos nas mesmas. Assim, quanto menores os municípios e em condições mais precárias, maior o impacto, o reconhecimento e o apoio da comunidade. Em alguns casos os apoios se concretizaram por meio de trabalhos voluntários, em outros através da cessão de espaços físicos para o desenvolvimento das atividades dos projetos ou mesmo da doação de materiais de expediente e consumo. Trabalhamos em parceria com as escolas e com todas as igrejas, seja católica ou evangélica. Aqui a gente aceita as bênçãos dos cultos! (Danilo da Silva, Itaitinga-Gereraú, Alto do Bode) No que se refere à parceria com o poder público, foram vários os casos de entrevistados que a reconheciam como mínima ou inexistente. 3. Produtos gerados a partir do edital Microprojetos Semiárido Dentre os principais produtos resultantes dos editais Microprojetos Semiárido, podem ser destacados: • O fomento às inúmeras linguagens artísticas presentes nos quatro cantos da região do Semiárido. Meu sonho agora é aumentar isso aqui. Temos um cine-clube, um anfiteatro.
Com a associação fica mais fácil de concorrer aos editais. Mas preciso ser informada dos editais. O interessante também na biblioteca é ser um espaço de difusão de informação, de prestação de serviços pra comunidade. Aqui tem tudo: quadrilha, festival, culto religioso, jantar, casamento... muita coisa! Vejo que os editais estão chegando em lugares distantes no Brasil como esse aqui. Afinal, aqui é o fim do mundo! E isso é muito bom. (Francimar Ferreira, Itaitinga- Gereraú-Alto do Bode) • A formação de plateia de comunidades que nunca tiveram a oportunidade e o acesso a produtos culturais de qualidade; • O diálogo entre as diversas linguagens artísticas; • A cultura enquanto elemento criador de solidariedades comunitárias. Nós aqui, inclusive, ganhamos o prêmio ‘Gentileza Urbana’ do Instituto dos Arquitetos em 2008, com os painéis de azulejos no bairro. Temos feito oficinas interessantes aqui. Nós chamamos o projeto de ‘Colcha de Mosaicos’ envolvendo cursos de artesanato, mosaicos e outras sutilezas, como nós chamamos essas oficinas. A ideia do mural na praça era a de contar a história da Associação: as lutas, as pessoas, as conquistas. Vimos que alguns meninos faziam desenhos muito interessantes que falam dos traços culturais do bairro. Aqui também tinha uma rádio comunitária chamada ‘Mandacarú’ que embora não exista mais (foi fechada pela polícia federal ainda inspira desenhos geniais. Um menino desenhou um mandacarú com a boca costurada!! Criamos um projeto chamado ‘cacimba’ que quer dizer que quanto mais água se tira delas mais água brota. É o mesmo pros projetos de cultura. Quanto mais se oferecem cursos, se difunde conhecimento mais a população tem condições de crescer. Arte, cultura e educação. Essa é a base. (Liliana Gondim, Bairro Ellery - Monte Castelo)
4. Principais problemas enfrentados A seguir pode-se constatar os principais problemas enfrentados pela grande maioria dos Microprojetos pesquisados:
• Dificuldades de comunicação entre os entes federados que criam obstáculos no acesso aos editais e na gestão dos recursos; • Ineficiência na divulgação do edital, muitos dos entrevistados acabaram sabendo do mesmo, eventualmente, a partir de amigos; • O acesso a recursos federais do Mais Cultura, na maioria dos casos, correspondeu a uma primeira experiência dos proponentes em editais de fomento dessa natureza. Apesar das dificuldades de elaboração dos projetos, as questões de ordem burocrática foram superadas; • Recursos incipientes diante das necessidades emergenciais das associações e dos grupos culturais; • Falta de conhecimento acerca de planilhas orçamentárias e tributos, os cálculos orçamentários, na maioria das vezes, foram baseados em valores brutos gerando dificuldades na realização dos projetos quando se percebia que o valor recebido estava menor que o esperado; • Formação insatisfatória dos proponentes na área de gestão cultural; • Demora na liberação dos recursos relativos aos projetos contemplados, chegando a um ano em alguns casos; • Nem sempre o público-alvo previsto no Microprojeto foi o efetivamente atendido; • A maioria dos proponentes/ coordenadores dos Microprojetos vivem de trabalhos paralelos, apesar de terem como sonho a vontade de viver da arte; • Em alguns casos os Microprojetos contemplados foram propostos por pessoas de confiança da Secretária de Cultura dos municípios para implementação de projetos municipais; • Uma reclamação recorrente é a da impossibilidade de o proponente ser servidor público; • Ausência de espaços físicos para a difusão cultural; • Omissão do poder público municipal; • Pouca institucionalidade da cultura no âmbito municipal. 5. Oportunidades/ sugestões • O acesso a materiais e recursos de natureza pública; • A ocupação de indivíduos ociosos sem expectativa de crescimento; • Estímulo à formação de novas parcerias para a continuidade dos projetos;
137
• Grande aceitação do Microprojetos por parte dos proponentes e protagonistas do Projeto, assim como das comunidades onde os mesmos se realizam; • Criação e consolidação de novas solidariedades e sociabilidades graças ao Microprojetos (especialmente no que se refere à criação de alternativas de ocupação para os jovens); • Ampliação da informação, assim como do acesso aos bens e serviços culturais, às populações historicamente excluídas; • Aumento dos recursos para a área de formação; • Estímulo ao empreendedorismo e à profissionalização no campo cultural. 6. Cumprimento dos objetivos/efetividade dos projetos • A grande parte considera que cumpriu com os objetivos estabelecidos pelos projetos; • Em alguns casos além do previsto, em função da alta demanda. 7. Impacto dos Microprojetos nas vidas dos proponentes • O reconhecimento e a retomada de expressões culturais e das identidades territoriais locais; • Resgate das tradições, através do exercício de práticas culturais como é o caso dos Quilombolas; • Fomento à memória das comunidades; • Estímulo ao consumo cultural de outros projetos existentes na comunidade; • Formalização de novos ofícios e novas fontes de renda; • A Cultura como fator de inclusão social de jovens e adolescentes para sanar problemas relativos à violência, às drogas e à prostituição infantil; Algo que ficou muito claro através dessa pesquisa foi o potencial que a cultura e a arte têm na agregação dos jovens na luta contra as drogas e a prostituição
138
que infelizmente hoje em dia proliferam não só nas grandes como também nas pequenas cidades do interior do Brasil. Nós vimos as pessoas construindo um país mais justo, mais humano, mais divertido, mais gostoso de se viver, trazendo ocupação, lazer e principalmente alegria para a vida daqueles que se envolveram direta ou indiretamente nos projetos premiados pelo Mais Cultura. (Evandro de Lima Magalhães e Karla Torquato dos Anjos Barros – equipe de campo da pesquisa) • No caso dos projetos voltados à área de literatura, há uma relação indireta de estímulo à leitura junto ao ensino formal; • Maior acesso à informação através de novas mídias; • Fomento às lideranças comunitárias.
Considerações finais Ao percorrermos o pensamento social brasileiro, observamos que a imensidão do nosso território é quase sempre considerada um obstáculo para o desenvolvimento. Por outro lado, o semiárido brasileiro representa, especialmente para o imaginário litorâneo, o país ingovernável, espaço privilegiado das nossas mazelas sociais. As narrativas históricas de brasilidade produziram, historicamente, representações negativas sobre os sertões, ora percebidos como desertos, ora como espaços produtores de desagregação, atraso e inviabilidade para o país, desmoralizando as tarefas da República, ao mesmo tempo em que não suscitaram os interesses do mercado. As construções acerca do semiárido brasileiro não são ingênuas, mas representam interpretações interessadas na manutenção de uma nação desigual marcada pelos contrastes avassaladores entre indivíduos, comunidades, cidades e regiões. O Ministério da Cultura, em sua tarefa de ampliação dos significados da cultura para suas dimensões antropológica, cidadã e econômica, vem resgatar as necessárias conexões entre cultura e desenvolvimento. Os resultados auferidos nessa pesquisa demonstram, de forma indiscutível, o papel estratégico da diversidade cultural brasileira para o desenvolvimento humano e a qualidade de vida das suas gentes. O grande desafio do Programa Mais Cultura é torná-lo uma política de Estado. Ao mesmo tempo o edital Microprojetos Semiárido atende amplamente aos desafios propostos pelo Programa Mais Cultural, quais sejam:
1. Qualificar o ambiente social das cidades e do campo; 2. Reincorporar a cultura como vetor de qualificação da educação brasileira; 3. Desenvolver a habilidade e o gosto pelo hábito da leitura no Brasil; 4. Tratar o direito à infância como prioridade de Estado; 5. Criar condições de incorporação dos jovens ao mundo do trabalho cultural; 6. Tirar da informalidade milhões de brasileiros que sobrevivem da cultura; 7. Garantir o acesso dos indivíduos, famílias e comunidades ao lazer e ao consumo de bens culturais; 8. Fortalecer os valores, as práticas e os modos de vida sustentáveis e saudáveis que permitam a boa convivência entre desenvolvimento, cultura e meio ambiente; 9. Disseminar uma cultura de valores democráticos; 10. Promover e criar programas para a capacitação de amplos segmentos da população para uma interação qualificada com a internet; 11. Potencializar como tecnologias sociais a experiência de ações culturais desenvolvidas por centenas de movimentos sociais. Ao analisarmos os depoimentos dos proponentes, protagonistas e demais habitantes dos municípios contemplados com os Microprojetos, observamos que os desafios acima propostos foram amplamente alcançados. E mais. Que importantes transformações sociais podem se dar a partir de pequenos projetos. Nesse sentido, os Microprojetos constituem terreno sólido para a construção de novos projetos e programas de inclusão social a partir das artes e da cultura. Por isso, necessitam garantir a continuidade de suas ações para que mantenham os impactos territoriais ora alcançados.
139
Microprojetos selecionados
A primeira etapa apurou o resultado de 3.883 inscritos para seleção pública nos 11 Estados parceiros da Ação Microprojetos. Dentre os que lograram êxito na seletiva estadual, 1.092 já se encontram agraciados com o prêmio, enquanto que outras 36 mantêm-se em fase de desembolso, totalizando a estimativa de 1.128 premiações. Isso representa o aporte de R$ 12.482.007,32 direcionados a atender, no mínimo, 706 municípios pertencentes ao Semiárido Brasileiro. 61 das ações culturais contempladas apresentam foco na Literatura, 98 no Audiovisual, 154 nas Artes Visuais, 265 nas Artes Cênicas, 270 na Música, havendo outras 280 que enfocam duas ou mais linguagens de modo integrado, sendo ou não pertencentes a quaisquer das anteriores. Do ponto de vista estadual, a Ação Microprojetos tem proporcionado a execução de 237 propostas na Bahia, 177 no Ceará, 163 na Paraíba, 114 em Pernambuco, 94 no Rio Grande do Norte, 87 no Piauí, 67 em Alagoas, 47 no Maranhão, 36 em Sergipe e 27 no Espírito Santo. A relação completa dos contemplados pode ser verificada conforme segue:
140
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
A Companhia Teatral Luzes da Ribalta
Luzes do Teatro
Arapiraca
AL
10.645,65
Alex Sandro dos Santos
Música e Vida
Junqueiro
AL
10.750,00
Aline Soares Matias
Circuito Lítero-Musical
Penedo
AL
8.875,00
Aloisio Neri Guimarães
Oficina Literária
Pão de Açúcar
AL
1.550,00
Amanda Tavares Pires
Cine Jovem
Olho d'Água das Flores
AL
13.320,00
Ana Beatriz de Almeida Brito
Arte & Sapere
Junqueiro
AL
10.300,00
Associação Comunitária de Arte Cultural do Agreste
Teatro Igaci
Igaci
AL
10.895,00
Associação do Povoado Olho d'Água do Meio
Plantando Saberes
Feira Grande
AL
9.785,00
Associação dos Artistas de Massaranduba
Teatro na Escola: Criar e Refletir
Arapiraca
AL
12.455,00
Associação dos Remanescentes de Quilombo da Comunidade Paus Pretos do Municipio de Monteiropolis - AL
Capoeira e Liberdade: um Ofício Quilombola.
Monteirópolis
AL
10.270,00
Associação Teatral e Cultural dos Artistas de Girau do Ponciano
Paixão de Cristo
Girau do Ponciano
AL
11.200,00
Associação Unidos Pela Educação - UPEC
Oficina Prática de Introdução à Pintura
Lagoa da Canoa
AL
10.860,00
Centro de Apoio Comunitário de Tapera em União a Senador - CACTUS
Cultura de Convivência com o Semiárido
Senador Rui Palmeira
AL
10.064,00
Centro de Educação Popular e Cidadania Zumbi dos Palmares / Centro Zumbi dos Palmares
Tambores da Grota
Maceió
AL
12.025,00
Charles Herman Northrup
Fim da Linha
Maceió
AL
11.446,00
Claudemir Silva de Lima
Esculpindo em Madeira
Palmeira dos Índios
AL
8.662,00
Claudeonor Teixeira Higino
Santeiros do Penedo
Penedo
AL
11.500,00
Cláudio André Santos
Minha Imaginação É um Poema
Olho d'Água das Flores
AL
10.700,00
Cristine Maria da Conceição Vieira
Oficinas de Flautas
Minador do Negrão
AL
9.120,00
Elisabele Melo da Silva
Oficina de Percussão Guaxinim: Comunidade Quilombola
Cacimbinhas
AL
9.600,00
Escola de Música Capitão Jonas Duarte
Flauta Doce
Teotônio Vilela
AL
10.895,00
Eugênio Talma Leite dos Santos
Hoje Tem Palha Assada
Arapiraca
AL
11.172,37
Everson Belarmino da Silva
Cidadania Musical
Chã Preta
AL
10.500,00
Fábio Moura Pereira
História e Estória de Lampião em Piranhas: Estrela do Sertão
Piranhas
AL
10.540,00
Francisca da Silva Paes
Contos de Cordel
Maceió
AL
10.762,50
Francisco de Assis Martins Cruz
Resgate da Cultura
Carneiros
AL
10.895,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
141
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
142
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Gilvanda Alves Ramalho
Cinema no Clube
Poço das Trincheiras
AL
9.410,90
Hélio Silva Fialho
Poesia Criança de Rua
Pão de Açúcar
AL
10.885,00
Instituto Eu Mundaú
Poesia Dançada Debaixo de um Pé de Pau
Maceió
AL
10.860,00
Ítalo John Lopes Monteiro
Oficinas de Frevo
Maceió
AL
10.500,00
Izabele Maria Cavalcante
O Fabuloso Circo
Arapiraca
AL
10.575,45
Jeorgens Ferreira da Silva
Banda Lêla e Cia
Canapi
AL
10.795,00
José Achiles Escobar
Raízes: Nossa Gente
Maceió
AL
9.630,25
José Domingos Maraba dos Santos
Luta e Dança a Cultura Popular É a Esperança
Olho d'Água Grande
AL
10.870,00
José Joaquim da Silva Garcia
A Feira Cultural
Pão de Açúcar
AL
9.000,00
José Maria Santos
Ferro e Arte
Santana do Ipanema
AL
10.526,00
José Petrúcio da Silva
Portas que se Abrem
Junqueiro
AL
10.583,80
José Rilton Lima Correia
Nem Senzala nem Realeza, Apenas Singeleza
Água Branca
AL
13.191,70
José Sinésio Ferreira dos Santos
Um Passeio pela Imaginação
Olho d'água das Flores
AL
10.895,00
José Vieira Duarte Neto
Oficina de Percussão
Dois Riachos
AL
9.600,00
José Zaudiron Correia Melo
Fanfarra: Instrumento de Lazer e Cultura
Santana do Ipanema
AL
9.985,00
Jucimeire Silva Ângelo
Pifeiros no Rastro do Cangaço e de Mestre Terto Bóia
Ouro Branco
AL
13.289,75
Juliete dos Anjos Silva
Rio Largo Encantado
Rio Largo
AL
13.221,79
Karla Romualdo Gomes da Silva
Oficina de Folguedos Popular: Reisado
Major Isidoro
AL
7.439,00
Kátia Rúbia Almeida Silva
Oficina de Montagem de Espetáculos Enquanto Criação Coletiva
Arapiraca
AL
10.600,00
Luana Barbosa dos Santos
Oficina de Folguedos Popular: Coco de Roda
Jaramataia
AL
7.418,00
Lúcia Prata Pereira Alves
Café Literário do Penedo Itinerante: A Poética das Comunidades Penedenses
Penedo
AL
10.775,00
Manoel Belarmino dos Santos Neto
Lixo Vira Luxo
Santana do Ipanema
AL
10.895,88
Maria Aparecida Santos de Oliveira
Oficina de Teatro: Descobrindo Talentos
Traipu
AL
9.073,00
Maria Inez da Silva Lima
Cantando e Celebrando a Vida
Santana do Ipanema
AL
10.500,00
Maria José Cardoso dos Santos
Pedaladas do Conhecimento: Biblioteca Itinerante
Coruripe
AL
10.895,00
Melina Vasconcelos Correia de Souza
A Santo que Não se Conhece, Não se Reza nem se Oferece
Palmeira dos Índios
AL
13.901,00
Milton Lopes de Oliveira Júnior
Inclusão Social da Juventude Através da Música
Pão de Açúcar
AL
13.130,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Nelza Costa Saleme
Arte do Papel Reciclado
Coruripe
AL
10.895,00
Organização Não Governamental Arte Cultura e Meio Ambiente
Sinfonia
Santana do Ipanema
AL
10.100,00
Pedro Pereira da Silva
Poetas Repentistas Palmeirenses
Palmeira dos Índios
AL
9.060,00
Porcelanart
Pintura em Porcelana
Pão de Açúcar
AL
11.332,00
Renata Marques de Meira
Toda Arte ao Ar Livre
Maceió
AL
8.500,00
Roberto Victor Limeira de Carvalho
Mestre e Maestro Juntando o Encanto do Canto da Rabeca
Ouro Branco
AL
13.329,15
Robson de Oliveira
Formando Cidadãos
Olivença
AL
10.895,00
Rogério Dias
Encontro da Multiplicidade Artística Periférica
Maceió
AL
9.200,00
Ronaldo Luiz dos Santos
Biblioteca Rural
Penedo
AL
12.000,00
Rosevaldo Jordão
Folguedos do Penedo
Penedo
AL
12.000,00
Solange Evania da Silva Melo Nunes
Descobrindo Jovens Talentos
Delmiro Gouveia
AL
8.450,00
Tairone Feitosa Pereira
Semear
Delmiro Gouveia
AL
13.775,00
Tayra de Macedo Mendes
Frente e Verso Volume 1
Maceió
AL
9.523,00
Vandécio Gomes da Silva
Dança Cultura e Ação
Santana do Ipanema
AL
10.378,00
Adailton Augusto dos Santos
Capoeira, Arte e Cultura em Inhambupe
Inhambupe
BA
12.603,06
Adelino Lopes de Araujo
Ciclo de Oficinas Arte no Árido
Itiúba
BA
13.900,00
Adenilton dos Reis Ribeiro
Criar
Chorrochó
BA
13.940,00
Adriano Ribeiro de Novais
Teatro Montagem
Mirante
BA
12.319,00
Ailma Trindade Leite
Evento Cultural Abracadabra Brumado
Brumado
BA
13.927,20
Alan Diego Pinto Ormonde
Praça em Canto, Prosa e Verso
Oliveira dos Brejinhos
BA
13.472,02
Albino dos Santos Quadro Neto
III Fórum de Estudos Teatrais - A Arte de Encenar como Ato político e Educativo
Itaberaba
BA
12.695,00
Alessandro de Oliveira Ramos
Coral 100 Belas Vozes
Guanambi
BA
13.950,00
Alex Ramon Felix de Moura
Oficina de Música de Macururé
Macururé
BA
13.950,00
Alexandrina Maria Carvalho da Silva
I Colóquio Sobre a História do Teatro no Piemonte Norte do
Senhor do Bonfim
BA
12.944,44
Itapicuru - O Centenário de José Carvalho (1910 a 2010) Alexandro Carvalho de Oliveira
Arte e Memória Cultural do Município de Antônio Cardoso
Antônio Cardoso
BA
13.568,57
Aliomar Joaquim Pereira
Teatro na Sala de Aula
Ibotirama
BA
13.701,97
_______________________________________________________________________________________________________________________________
143
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
144
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
AMAC - Agência Mandacaru de Comunicação e Cultura
Vamos Roubar um Boi - Manifestações Culturais no Território de Sisal
Retirolândia
BA
13.400,00
Ana Cláudia dos Santos Oliveira
Semiárido: A Rádio Musical do Território do Sisal
Conceição do Coité
BA
13.870,00
Ana Regina Nunes dos Santos
Corpos em Movimentos
Malhada
BA
13.950,00
Anderson Souza de Oliveira
Cinema na Praça
Cícero Dantas
BA
13.419,48
Andson Reis Lima
Teatro: Arte em Qualquer Parte
Macajuba
BA
12.837,34
Antônio Carlos Ribeiro da Silva Antônio Ferreira dos Santos
TV na Praça: Resgate do Patrimônio Cultural de Condeúba Navio Negreiro
Condeúba São Gonçalo dos Campos
BA BA
13.500,00
Antônio Zacarias Reis de Jesus
Cinema no Campo
Pintadas
BA
12.480,00
Aparecido Pereira da Silva
Dia do Saber - O Resgate do Folclore Brasileiro
Sítio do Mato
BA
12.085,00
Associação Afro-Brasileira Quilombo Erê-Atabaque
Axé Jacobina
Jacobina
BA
13.938,00
Associação Afro-Cultural Arte e Dança de Morpará - AADM
Saranhó: Samba de Roda, Trabalho e História de Morpará
Morpará
BA
12.220,00
Associação Beneficente, Cultural e Comunitária do Município de Nova
Costurando Sonhos e Bordando Realidades
Nova Soure
BA
13.950,00
Associação Boa Semente
Semear
Tremedal
BA
13.936,00
Associação Comunitária Agro-pastoril e Quilombola do Povoado de Lages dos Negros
Kantoquilombo
Campo Formoso
BA
10.900,00
Associação Comunitária Cultural e Musical E M Lira 6 de Agosto
Sons da Vida: A Música com(o) Instrumento de Transformação
Pé de Serra
BA
12.198,00
Associação Comunitária de Comunicação e Cultura Valente
Sala de Cultura de Valente
Valente
BA
13.500,00
Associação Comunitária de Recife do Lino
Palavra Nossa, Sarau na Roça
Ibititá
BA
13.950,00
Associação Comunitária de Rua do Fogo
Filarmônica Primavera Independente
Ibitiara
BA
13.496,00
Associação Comunitária de Sítio Novo - Jussara - BA
Ajagunã
Jussara
BA
13.540,00
Associação Comunitária dos Pequenos Agricultores de Rodagem - ACOPAR
Fazendo Arte
Lapão
BA
7.600,00
Associação Comunitária dos Pequenos Produtores do Grama e Adjacências - ACOPGA
Sementes de Liberdade
Rio do Antônio
BA
13.950,00
Associação Comunitária Ideias e Ações dos Nativos de Rio de Contas
Giso: Construções Sonoras, Cênicas e Plásticas
Rio de Contas
BA
13.900,00
Associação Comunitária Rural de Tomba Adjacências
I Encontro de Cultura da Comunidade do Tomba
Santa Bárbara
BA
13.925,00
Associação Cultural Bendegó
O Resgate da Cultura de Canudos
Canudos
BA
13.908,00
Associação Cultural de Samba de Veio do Rodeadouro - ACSVER
Samba de Veio do Rodeadouro
Juazeiro
BA
2.555,36
Associação da Criança e do Adolescente da Comarca de Euclides da Cunha
Construindo a Cidadania Através da Música
Euclides da Cunha
BA
13.950,00
Associação da Terceira Idade de Aracatu, Grupo Sempre Unidos
Vozes Veladas
Aracatu
BA
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Associação de Capoeira César de Macaúbas
Capoeira, Contribuindo para a Formação de Cidadãos
Macaúbas
BA
11.959,00
Associação de Capoeira Energia da Terra
Resgate Cultural
Poções
BA
13.950,00
Associação de Capoeira Esporte e Cultura Origem da Bahia
Capoeira nas Escolas
Cafarnaum
BA
11.390,00
Associação de Desenvolvimento Econômico Cultural e Social de Caldeirão
Aquisição de Instrumentos e Figurinos para Grupo de Dança e
Caldeirão Grande
BA
13.800,00
Grande
Teatro de Caldeirão Grande
Associação de Desenv. Rural de Andaraí e Nova Redenção - ADRA-NR
Aquisição e Manutenção de Instrumentos Musicais
Andaraí
BA
13.744,99
Associação de Desenvolvimento Rural do Povoado Quixabeira
Costurando Sonhos e Bordando Realidades
Adustina
BA
13.950,00
Associação de Difusão Cultural de Atibaia
Caatiba Faz Arte
Caatiba
BA
13.950,00
Associação de Jovens e Ação Social de Santana - AJASS
Impressão do Livro Porto Calendário
Santana
BA
11.360,00
Associação de Moradores de Pedra Miúdao
Riquezas do Paraguaçu
Rafael Jambeiro
BA
13.500,00
Associação de Mulheres da Barra
Mulher Valorizando a Arte e Cultura
Barra
BA
12.930,00
Associação de Pais e Professores e Amigos da Escola Com. Brilho do Cristal
Mania de Brilhar por Aí
Palmeiras
BA
13.740,00
Associação de Pequenos Produtores de Jaboticaba
Teatro na Escola, Levando Cultura
Quixabeira
BA
13.280,00
Associação dos Condutores de Visitantes de Ibicoara - ACVIB
Nativos de Arte em Cena
Ibicoara
BA
13.440,00
Associação dos Descendentes de Quilombolas Coloudos Ramos
Cultura é Fundamental: Música para as Crianças e Adolescentes das Comunidades Rurais
Presidente Dutra
BA
13.990,00
Associação dos Moradores da Rua do Prédio e Lafaiete Coutinho
I Encontro de Artistas Cravoledenses
Cravolândia
BA
13.020,00
Associação dos Moradores de Guajeru
Biblioteca Comunitária: Incentivo à Leitura
Guajeru
BA
13.950,00
Associação dos Pequenos Produtores da Comunidade de Santo Antônio
Batidas que Mudam Vidas
Cordeiros
BA
13.950,00
Associação dos Pequenos Produtores do Assentamento Vale do Rio
Festival Regional de Música
Nova Redenção
BA
13.540,00
Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Coqueiro
Axé Mirangaba
Mirangaba
BA
13.606,00
Associação Educativo-Cultural Tarcília Evangelista de Andrade
1ª Feira Cultural de Capim Grosso
Capim Grosso
BA
13.290,00
Associação Grupo Bicho do Mato
Mala Fantoche
Ibicoara
BA
10.325,00
Associação Grupo Concriz - Poetas, Recitadores e Afins
Concriz nas Praças
Maracás
BA
13.130,00
Associação Humana Povo Para Povo Brasil
Cidadania Através das Notas de um Violão
Cansanção
BA
3.500,00
Associação Mulungu do Sol de Mulungu do Morro
Semana de Arte e Cultura de Mulungu do Morro - SEMARC
Mulungu do Morro
BA
12.940,00
Associação Remanescente de Quilombo
As Guerras do Meu Sertão
Ibititá
BA
9.800,00
Associação Waru do Vale do Cercado
Palmartes
Palmeiras
BA
13.950,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
145
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
146
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Aumorgan Ferraz Chiacchio
Fanfarra - O Som que Atravessa Gerações
Maetinga
BA
13.232,22
Bruno Martins Ribeiro
Ampliar-te
Bonito
BA
10.000,00
Bruno Queiroz de Moraes dos Santos
Ações Culturais
Itatim
BA
10.984,00
Camila Costa Santos
Macutumzezé e os Cão de Loi - O Resgate de Uma Cultura
Mucugê
BA
13.500,99
Candice Oliveira Silva
X Festival de Poesia de Casa Nova
Casa Nova
BA
8.192,78
Cariline David Macário Belém
Batikum - A Música como Forma de Resistência Negra
Itagi
BA
13.918,14
Carine Araújo Ribeiro
Desfile Poético sob a Chuva
Muritiba
BA
12.500,00
Cássia Cardoso de Rosa Mota
Arte e Juventude
Elísio Medrado
BA
13.943,99
Cassiano Bento Santiago
Capoeira Quilombola
Cipó
BA
10.620,00
Celso Ricardo Sousa dos Santos
I Compositores de Boa Nova
Boa Nova
BA
13.898,00
Cenilda Santos de Jesus
Sou África
Cícero Dantas
BA
13.410,00
Cleilton Eduão Ferreira
Poético-Musical Balaio de Gente
Irecê
BA
13.541,24
Clenilson Rios Ramos
Capacita Tom: Afinando o Desenvolvimento Cultural
Capela do Alto Alegre
BA
13.950,00
Coletivo Ação Juvenil de Tucano - COAJ
Cinema Rural: o Mundo da Libertação
Tucano
BA
12.069,00
Companhia Teatral Farinha Seca de Euclides da Cunha
VI Festival de Teatro de Euclides da Cunha (Proj.Casa de Farinha)
Euclides da Cunha
BA
12.971,75
Consórcio Agropecuário de Rodelas
Exposição Visual dos Tuxá
Rodelas
BA
12.900,00
Cristiane Santana de Azevedo
Leitura para Todos
Biritinga
BA
13.020,00
Cristiano José Gondim Nogueira
Cumbuca das Artes
Gentio do Ouro
BA
13.000,00
Dalmo Cardoso Barreto
I Festival de Música de Campo Formoso
Campo Formoso
BA
13.527,19
Daniel de Jesus Reis
A Viagem dos Brinquedos
Ribeira do Pombal
BA
12.021,00
Daniela dos Santos Barbosa
Cultura em Ação
Caém
BA
13.950,00
Danilo Ferreira dos Santos
Da Natureza para o Artesão
Saúde
BA
11.353,00
Danilo Mascarenhas Pinto
Nova Fátima dos primeiros habitantes aos dias de hoje
Nova Fátima
BA
12.200,00
Delma Alcântara de Souza Santos
Diamantes do Povo
Lençóis
BA
13.940,99
Deodato Alcântara Filho
Arte da Vida em Pedra e Cristais de Rocha
Brotas de Macaúbas
BA
13.900,00
Diego de Santana Freitas Cerqueira
Cinema de Valor
Cipó
BA
11.900,00
Dinária das Mercês Souza
Cinema: Boa Vista de Lá e de Cá
Boa Vista do Tupim
BA
12.837,34
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Edemir Batista de Oliveira
Arte em Couro
Itanhém
BA
10.994,00
Edilson de Souza Santos
Eu, Um Cantador de Reis
Vitória da Conquista
BA
13.638,22
Edinalva Menezes Rios
I Encontro Dez
Mairi
BA
13.361,68
Edivanete Silva Santos
Leitura em Duas Rodas
Anagé
BA
13.900,00
Edneide Ribeiro da Silva
Música - Uma Arte Viva
Jaguarari
BA
13.209,95
Eliandra Martins de Queiróz
Arte no Sertão
Gentio do Ouro
BA
13.950,00
Elias Alves Marques
Banda Marcial Renascer
Nova Canaã
BA
13.900,00
Eliene Lourdes de Jesus
Festival de Pífanos 2010
Araci
BA
13.950,00
Eliete do Espírito Santo
Juventude e Teatro: Aprendendo e Partilhando
João Dourado
BA
12.057,22
Elisângela Santos Reis
Itiruçu Acontece
Itiruçu
BA
13.320,00
Elisangela Silva Pires Queiroz
Horizonte Encantado
Tapiramutá
BA
Enicleide Ferreira da Cunha
Sala de Projeção de Cinema
Gavião
BA
13.842,22 13.000,00
Esperidião Alves de Abreu Netto
Viva Música Viva
Ibiquera
BA
13.587,22
Euvaldo Dias da Silva
Composição de Fanfarra
Malhada de Pedras
BA
13.628,00
Everaldo Carneiro de Sousa
Everaldo Carneiro de Sousa
Ouriçangas
BA
11.500,00
Evilázio Félix da Silva
No Giro do Pião
Antônio Gonçalves
BA
13.665,13
Fábio Lima de Souza
Paz Interior
Juazeiro
BA
11.734,09
Fábio Oliveira das Virgens
A Música Ressoando no Semiárido
Cocos
BA
13.340,00
Fábio Rodrigues de Oliveira
I Festival de Cultura de Botuporã
Botuporã
BA
12.200,00
Fernanda de Souza Fiúza
I Alunos que Encantam de Jitaúna
Jitaúna
BA
13.388,00
Francine Silva de Sousa
I Festival de Cultura Popular de Tanhaçu
Tanhaçu
BA
13.411,90
Francisco Barbosa dos Santos Filho
Jovens Artistas da Terra
Brotas de Macaúbas
BA
13.692,71
Francisneide Santos
Oficina de Ritmos e Batidas Tradicionais de Aiquara
Aiquara
BA
10.780,00
Fundação Joaquim Dias Guimarães
Resgate e Preservação da Dança Folclórica Marujada
Guanambi
BA
13.298,00
Gabriela Luz Souza
Um Resgate da História e da Vida de Caturama
Caturama
BA
12.780,00
Genelicio Joaquim dos Santos
Banda de Pífanos da Lagoa da Boa Vista
Seabra
BA
11.371,00
Geraldo Oliveira dos Anjos
Vamos Descobrir para Construir
Serra Dourada
BA
13.109,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
147
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Gersone Domingos Rodrigues
Fênix: Revitalização da Fanfarra de Ponto Novo
Ponto Novo
BA
13.665,13
Gessyka Kelly Andrade Ribeiro Oliveira
Oficina de Bonecas
Milagres
BA
13.935,30
Gilberto Novais de Oliveira
Dançando na Rua
Itororó
BA
12.980,00
Gildeane dos Santos Mota
Juventude e Arte
São José do Jacuípe
BA
13.522,00
Gildeon Almeida dos Santos
Gaita de Sopro
Coribe
BA
13.398,70
Gilmar Cardoso da Silva
Flautas Doces
Caetité
BA
11.985,00
Gilmário Gois de Souza
Olindina (En) Cena: O Ontem, O Hoje e O Amanhã
Olindina
BA
12.222,44
Gilvandro Gonçalves de Oliveira
Hip Hop nas Ruas
Vitória da Conquista
BA
13.913,40
Góes dos Santos Véras
I Espetáculo de Dança Étnica de Coronel João Sá
Coronel João Sá
BA
13.910,00
Grupo Cultural Filomena Forrozera
Cordel dos Sonhos: Lampião, Era o Cavalo do Tempo atrás da
Buritirama
BA
12.720,00
Besta da Vida
148
Gilson dos Santos Miranda
Corpo em Cena
Feira da Mata
BA
Grupo Cultural Forró Meró do Município de Buritirama
Quadrilha Junina
Buritirama
BA
13.070,00
13.900,00
Ialy Moreira Pereira
Cine Cidadão: um Projeto de Cinema Bem Perto de Você
Ibiassucê
BA
6.037,70
Irineu Alves dos Santos
Sons do Raso - Banda de Pífanos do Raso da Catarina
Macururé
BA
13.940,99
Irisnete Teixeira Carneiro
Caravana Leiturarte
São Domingos
BA
13.216,65
Ivan Oliveira Nascimento
Hip-Hop - O Poder da Tranformação
Itapetinga
BA
13.778,47
Ivan Santana Cardoso
Paixão e Morte no Sertão de Canudos
Monte Santo
BA
13.845,00
Ivanildo Freitas Pires
I Festival de Cultura Popular de Barra da Estiva
Barra da Estiva
BA
13.842,22
Ivoneide Souza da Silva
I Festival de Cultura Popular do Município de Várzea Nova
Várzea Nova
BA
11.309,50
Jacirlene Rodrigues Correia
Tecendo as Margens das Margens
Xique-Xique
BA
12.000,00
Jailton dos Santos Conceição
Rosinha e Sebastião - A Comédia Popular
Governador Mangabeira
BA
13.899,62
Jamerson Lopes de Souza
I Festival de Cultura Popular de Lajedo do Tabocal e Região
Lajedo do Tabocal
BA
13.872,02
Jehú Enies de Moura Filho
Arte Viva, Identidade de um Povo
Santa Inês
BA
13.178,80
Jerre Adriano Ferreira Santos
Livro Aberto
Cândido Sales
BA
10.399,72
Joabe Ferraz Batista
Resgatando Nossa Identidade Étnico-Racial - Semana da Pertença Afro-Encruzilhadense
Encruzilhada
BA
11.037,00
João Batista Saraiva Ferreira
As Belezas Naturais e os Talentos de Nossa Terra
Barro Alto
BA
13.515,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
João Carlos Pereira
Roda Cine
Várzea do Poço
BA
13.869,36
João Fidelcino Duarte
Terno de Reis da Comunidade Lagoinha
Lagoa Real
BA
6.640,00
João Purcino Pereira
Terra dos Arcanjos
São Gabriel
BA
10.000,00
João Santos de Jesus
Varzedo Sob as Lentes - Imagens Paradoxais
Varzedo
BA
13.950,00
Joaquim Fernandes Porto Filho
MemOralidade
Xique-Xique
BA
11.985,00
Jocilene Pereira do Nascimento
Festival Filhos do Sol, Herdeiros da Cultura Popular Nordestina
Heliópolis
BA
13.950,00
José Adilson de Andrade Ribeiro
Rio do Meio Ambiente
Itororó
BA
12.870,00
José Antônio de Sousa
Exposição Fotográfica Passado e Presente: Conhecendo o Acervo e a Memória Arquitetônica Macaubense
Macaúbas
BA
9.950,00
José Ivo Pereira da Silva Filho
Oficina de Teatro e Dança
Igaporã
BA
13.755,97
José Pereira dos Santos
Ginga Juventude
Ponto Novo
BA
13.800,30
José Raimundo Peixoto Souza
Em Busca do Talento de Nossa Terra
Ubaíra
BA
12.244,44
Josefa Jivaneide Souza Pimentel
Folguedo de São Gonçalo do Cajueiro
Paripiranga
BA
4.100,00
Josefa Nilma Carvalho Pereira
Aprendendo com a Poesia
Pedro Alexandre
BA
11.160,00
Josenaide Pereira Ribeiro
Berimbau, Retrato de Nossa Gente: Ambudos, Bacongos, Lundas e Quiotas
Central
BA
10.459,50
Josevaldo de Almeida Silva
1º De Maio Canta Coité
Conceição do Coité
BA
13.950,00
Josivan Marques da Silva
Ecos Ribeirinhos: Revitalização das Manifestações Populares de Sobradinho
Sobradinho
BA
12.758,36
Jozinalva Pereira do Nascimento Lima
Criatividade e Arte é o Nosso Propósito
Glória
BA
12.905,03
Juarez Soares de Cerqueira
Erê - Barbáros do Morro
Iaçu
BA
10.420,00
Jucélia Guedes dos Santos
Comunidades Integradas: Mudando Vidas Através do Artesanato
Muquém de São Francisco
BA
11.895,75
Juliana Nascimento dos Santos
CulturArte
Lafaiete Coutinho
BA
13.783,75
Karine Soares Santos da Silva
Lutar para Vencer
Ichu
BA
11.200,00
Lailiane Carvalho Gundim
Estímulo à Cultura de Curaçá
Curaçá
BA
13.940,99
Lar da Criança Vicentina
Álbum de Família
Paulo Afonso
BA
13.950,00
Leandro Costa de Oliveira
Cor Viva - Desenhando Seu Futuro
Bom Jesus da Lapa
BA
13.876,61
Lidiane de Souza Almeida Santana
Programa Atitude Cultural
Muritiba
BA
13.949,27
_______________________________________________________________________________________________________________________________
149
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Liobinio José da Silva
Mãos Habilidosas
Coribe
BA
13.945,90
Lúcio Roberto Rocha Oliveira Dourado
A Música Como Instrumento de Promoção Social: Eternizando as Filarmônicas
Morro do Chapéu
BA
12.837,54
Luis da Paixão Silva de Jesus
A Bravura dos Amantes
Pedrão
BA
13.251,33
Luiz Barbosa de Souza
Paiol da Arte - Trançados de Palha de Carnaúba, Cipó de Areia e
Morpará
BA
8.695,54
Escultura de Madeira
150
Magali Cristina Rocha
Adarun
Governador Mangabeira
BA
13.705,00
Magno Pereira Guimarães
I Festival de Música de Matina
Matina
BA
12.495,00
Manoel Antônio de Almeida Neto
Documentário Coleirinhos da Bahia
Santanópolis
BA
13.940,99
Manoel Messias da Silva
A Zabumbada
Souto Soares
BA
9.046,00
Manoelício Silva Brito
Fazendo de Minha Vida... Bela Poesia
Belo Campo
BA
13.937,00
Manoelina dos Reis Brandão
Tecendo Arte
Paratinga
BA
13.940,99
Marcelo Alves de Santana
Oficina de Fotografia Digital e Artes Gráficas
Itapetinga
BA
13.864,35
Marcelo de Carvalho Abreu Gois
Jarê - Do Mistério ao Encantamento
Lençóis
BA
13.527,00
Marcelo Oliveira Lima
Lucas da Feira em Quadrinhos
Feira de Santana
BA
13.879,00
Maria Aparecida de Araújo
Chamo-me Santa Brígida
Santa Brígida
BA
12.600,00
Maria Cecília de Santana
Livro Para Todos
Sátiro Dias
BA
13.020,00
Maria de Fátima Bispo Pereira
Revivendo Nossa Cultura Popular
Irará
BA
7.468,75
Maria José da Silva Oliveira
A Juventude é a Continuação da Tradição dos Cangaceiros de Paulo Afonso
Paulo Afonso
BA
13.789,12
Maria Rejane Macedo de Melo
Oficiteatro - O Espetáculo Teatral; A Chegada de Lampião no Céu
Ruy Barbosa
BA
12.140,11
e no inferno
Ruy Barbosa
Marice Almeida Pereira
Canto Coral
Barra do Mendes
BA
12.699,49
Marinalva Morais da Silva Melo
Mostra Itinerante Arte na Escola - Eurico Alves Boaventura
Feira de Santana
BA
13.927,20
Matteus Guimarães Martins
Sonhart: O Teatro da Vida
Riachão do Jacuípe
BA
13.059,62
Mércia Pereira dos Santos
Seis Cordas
Dário Meira
BA
10.892,00
Michelle de Macedo Santos
Circuito de Oficinas Culturais Ano I - Serrinha
Serrinha
BA
12.998,62
Moisés João de Oliveira Neto
Centro de Música e Cultura
São Domingos
BA
12.371,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Murilo Donato Macedo
Cultura Itinerante, O Palco da Vida
Barra do Choça
BA
10.935,22
Naiara Cristina Silva Santos
O Ensino de História e a Literatura de Cordel
Serra do Ramalho
BA
10.285,82
Naide Soares de Souza
Jovens em Cena
Tanquinho
BA
13.430,64
Nailson Souza da Cruz
Cultura Para Todos
Nova Itarana
BA
13.332,22
Neivea de Souza Borges
Arte Musical na Juventude
João Dourado
BA
10.610,88
Néviton José dos Santos Ocimar
Capoeira Arte Ginga - CAGIN
Ibirapitanga
BA
13.880,30
Odoneide Carolina Silva
De Olho na Arte
Ipirá
BA
13.870,00
Organização Atuante na Saúde e Integração Social - OASIS
A Levantada do Mastro
Rio de Contas
BA
10.500,00
Patrícia Varsenberg de Lima
O Espelhar da Nossa Gente
Abaré
BA
13.809,95
Poliana Ribeiro Alves
Percepção Visual: um Novo Olhar para o Mundo
Barra da Estiva
BA
12.672,72
Rafael Santos Borges
Batuque Afro
Água Fria
BA
13.900,00
Rafaela Mendes Barbosa
Capoart: Gingando com a Dança
Serrolândia
BA
11.139,61
Railda Moreira Gonçalves da Silva
Fazendo da Palha Uma Arte
Jaguarari
BA
13.065,13
Raimundo Marques Alves Amorim
Trabalho e Fé Marcos Canudos
Uauá
BA
13.000,00
Rainey Almeida Bomfim
Semana Cultural Frutificando Vidas, Resgatando as Raízes
Jaguaquara
BA
11.950,00
Ramona Pereira dos Santos
Grupo de Samba de Roda: Arte de Fazer Martelo, Chula e Batuque em Lamarão
Lamarão
BA
9.930,50
Raquel Ramos Medeiro
Ellos
Planaltino
BA
13.733,85
Renata Carvalho de Jesus
Cinema na Praça e, Coronel João Sá
Coronel João Sá
BA
13.950,00
Ricardo Sena Santos
Histórias em Vídeo
Serra Preta
BA
10.166,05
Robenildo dos Santos Brito
I Festival de Cultura de Raiz de Barrocas
Barrocas
BA
13.680,00
Roberivan Santos da Silva
Batuque Pombal
Ribeira do Pombal
BA
12.500,00
Rosana Silva de Almeida
Música em Ação
Varzedo
BA
10.140,96
Sarah Oliveira Souza
Uma Feira Livre
Senhor do Bonfim
BA
10.347,88
Saul Ramos Dantas
Resgate Histórico em Comunidade Afro-Descendente
Riacho de Santana
BA
13.856,70
Saulo Santos Oliveira
Maria Vai Com As Outras
Jequié
BA
10.700,00
Simone de Santana Lima
Ginga Andorinha
Andorinha
BA
12.837,34
Sirlene dos Santos
Tecendo o Sertão
Remanso
BA
8.100,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
151
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
152
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Sociedade de Ações Educativas, Sociais e Tecnológicas
Oficina de Música Cantando o Sertão
Pilão Arcado
BA
13.950,00
Sociedade Filarmônica 19 de Setembro de Ibipeba
Sociedade Filarmônica 19 de Setembro
Ibipeba
BA
13.940,50
Sociedade Filarmônica Euterpe Lapense
Filarmônica Jovem
Bom Jesus da Lapa
BA
12.320,00
Sociedade Musical e Beneficente de Irecê
Brasil 3D
Irecê
BA
13.269,80
Solange da Silva Souza
Folias de Reisado: Revitalizando a Cultura na Cidade de Teofilândia
Teofilândia
BA
13.540,00
Soraya Tosto Pereira
Ituaçu, Conversa Digital
Ituaçu
BA
13.801,17
Suzélia Maria Gomes Guimarães
Nós do Teatro
São Gabriel
BA
13.710,00
Talita Nobre Pessoa
Oficina de Teatro: O Ator Criador no Universo da Cultura Popular
Wagner
BA
12.503,44
Tatiane Santana Costa
I Alunos que Encantam de Manoel Vitorino
Manoel Vitorino
BA
13.872,00
Thomás Pinto Alves
Cinema na Minha Comunidade
Livramento de Nossa Senhora
BA
5.550,00
Tiago Carneiro de Jesus
Tambores que Cantam
Utinga
BA
13.950,00
Vagner Ramos de Souza
Poeticamente Falando
Itapicuru
BA
2.220,00
Valdemir Lima Pereira
Canta Cidade
Irajuba
BA
12.601,65
Valmir da Silva Caldas
Na Trilha do Forró
Amargosa
BA
13.523,47
Viver Cultura e Meio Ambiente
VII Festival de Música e Cultura do Colégio Estadual Edgar Silva
Andaraí
BA
13.390,00
Zildevaldo Rocha Caetite Junior
Natal com Arte
Planalto
BA
12.465,75
Adailton Costa Souza
I Festival de Jovens Talentos de Salitre
Salitre
CE
11.686,00
ADC - Associação Dança Cariri
Abrindo Caminhos Para a Dança em Juazeiro do Norte
Juazeiro do Norte
CE
11.400,00
Adelino Rodrigues Pahé
Álcool, o Grande Inimigo da Vida
Monsenhor Tabosa
CE
10.600,00
Adriano Alves de Araújo
Grupo de Capoeira Gaviões do Morro
Independência
CE
5.640,00
Adriano Rodrigues Sirico
Reisado: Resgate e Tradição
Cariré
CE
10.250,00
Aécio Nepomuceno de Sousa
Arraiá da Cumade Elza
Forquilha
CE
10.895,88
Ana Cláudia Barbosa Isidorio
Narrativas Orais no Barro Vermelho
Crato
CE
13.950,00
Ana Elenice Morais Silva
Circuito Cênico
Quixelô
CE
10.796,00
André Félix Prudêncio
Jovens, Educação e Arte
Pedra Branca
CE
10.895,00
Antônia Adriana Vidal
Vozes de Caio Prado
Itapiúna
CE
10.500,00
Antônia Zildeny David de Oliveira
Antônia Zildeny David de Oliveira
Altaneira
CE
10.000,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Antônio Almir de Melo
Empreendendo com Artes no Semiárido
Ipaporanga
CE
13.904,30
Antônio Amaro da Silva
Difusão do Reisado Santo Rei do Oriente
Boa Viagem
CE
4.820,00
Antônio Araújo de Oliveira
I Encontro de Literatura Juvenil de Aquiraz
Aquiraz
CE
10.895,00
Antônio Cinésio Alves de Lima
Grupo de Artes Cênicas de Piquet Carneiro
Piquet Carneiro
CE
9.856,12
Antônio Ciro de Araújo Silva
Oficinas de Desenvolvimento Musical
Forquilha
CE
10.798,00
Antônio Denis Teixeira Sousa
Teatro: A Arte de Representar
Novo Oriente
CE
10.800,00
Antônio Elmo Patrício de Sousa Campos
Oca Rerius
Reriutaba
CE
12.862,36
Antônio Everson Silva Cândido
Pássaros
Meruoca
CE
10.798,00
Antônio Melkzeone Alves de Oliveira
Casa das Artes
Acopiara
CE
13.500,00
Antônio Regis da Silva Castro
Escola em Cena
Itatira
CE
10.550,00
Antônio Samuel Gonçalves Lima
Curta Sertão
Tauá
CE
10.744,98
Arlan Elton Gonçalves de Castro
Encontro da Cultura Paraipabense
Paraipaba
CE
10.260,00
Associação Beneficente Tancredo Neves
Educamúsica: Educando a Través da Música
Caucaia
CE
13.000,00
Associação Carnaubeira de Arte-Educação
Curso Básico de Audiovisual
Russas
CE
9.737,00
Associação Comunitária Beneficente de Encruzilhada e Umburanas
Música no Semiárido
Beberibe
CE
13.500,00
Associação Comunitária de Rolador
Rolador Cultural
Pacoti
CE
10.800,00
Associação Comunitária do Valparaíso
Associação Comunitária de Valparaíso
Tianguá
CE
10.895,88
Associação Comunitária dos Assentados Unidos de Santa Bárbara - ACAUSB
A Arte do Assentamento
Caucaia
CE
10.830,00
Associação Comunitária dos Bairros Ellery e Monte Castelo
Colcha de Mosaicos
Fortaleza
CE
10.508,00
Associação Comunitária dos Moradores do Distrito de Betânia e
Grupo Asa Branca
Hidrolândia
CE
10.700,00
Associação Comunitária dos Músicos de Cedro
Percussão, Música e Arte
Cedro
CE
10.502,00
Associação Comunitário Menino Jesus de Alegre II
Praça Cultural
Itatira
CE
10.895,00
Associação Cultural do Sítio Logradouro - Grupo Maria Bonita
Associação Cultural do Sítio Logradouro: Grupo Maria Bonita
Umari
CE
10.000,00
Associação Cultural Estrela Branca
Quadrilha Junina Estrela Branca 2010
Hidrolândia
CE
13.700,00
Associação Cultural Filhos da Terra
Música e Percussão em Nossa Vida
Iracema
CE
10.895,88
Associação Cultural Raízes do Sertão - ACRS
São João e Minha Vida, Nordeste e Minha História
Santa Quitéria
CE
13.074,00
Associação de Pesquisa e Atividades Teatrais - Cia do Batente
Formação e Mergulho Teatral
Sobral
CE
13.950,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
153
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
154
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Associação do Artesanato Artista e Crochê Novarussense - ARTCRON
Saber na Ponta da Agulha
Nova Russas
CE
10.895,88
Associação do Assentamento Logradouro Ubiraçu
Grupo Filhos do Sertão do Assentamento Logradouro Ubiraçu
Canindé
CE
12.140,00
Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga
Atos Percussivos
Guaramiranga
CE
10.323,00
Associação dos Amigos da Banda de Música de Mulungu
Tocar É Bom
Mulungu
CE
13.950,00
Associação dos Artesãos de Sacramento e Adjacências Vizinhas
Empreendedorismo Social
Ipaporanga
CE
10.895,88
Associação dos Brincantes de Reisado Metamorfose do Sertão – ABRMS
Reisado Metamorfose de Sertão
São Gonçalo do Amarante
CE
7.450,00
Associação dos Jovens de Aracoiaba - AJA
Viva a Arte em Aracoiaba
Aracoiaba
CE
10.854,00
Associação dos Músicos de Umirim
Música, Minha Vida, Minha Cultura
Umirim
CE
10.800,00
Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Nossa Conquista Tira
Arraiá Festa na Roça do Assentamento Tira Teima
Monsenhor Tabosa
CE
8.975,00
Associação dos Voluntários Para o Bem Comum - AVBEM
Orquestra Armorial do Cariri
Juazeiro do Norte
CE
10.000,00
Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos e Ciências AC
Rizoma
Fortaleza
CE
10.888,80
Associação Meninos da Arte - AMA
Comunidarte
Morada Nova
CE
10.895,88
Associação Pestalozzi de Missão Velha
Cultura Acessível
Missão Velha
CE
10.246,00
Associação Porteirense de Assistência à Família
Na Onda do Batuque do Morro
Porteiras
CE
10.895,88
Associação Remanescente de Quilombos Inhamus Tauá – ARQIT
Arte Jovem
Tauá
CE
9.740,00
Associação Terra, Água e Liberdade
Cinema, Música e Liberdade nas Terras do Aracati
Aracati
CE
9.200,00
Aulizier Vencelau Sousa Lima
Mãos a Arte
Quixeré
CE
9.895,00
Carlos Alberto Oliveira Gomes de Andrade
Grupo de Teatro Bom de Riso
Paraipaba
CE
10.837,00
Cassiano José de Abreu Diniz
Palmácia em Cena
Palmácia
CE
12.100,00
Celiomar Rodrigues da Silva
O Exercício da Cultura no Resgate as Danças Tradicionais
Cedro
CE
10.450,00
Centro Comunitário de Atendimento ao Cidadão do Municipio de Brejo Santo - CECOM
Culturart na Comunidade
Brejo Santo
CE
10.600,00
Círculo Operário de Barbalha
A Magia dos Sons Kariris
Barbalha
CE
11.446,50
Clauber Moreira Teixeira
CD Deus Vai Levantar Você
Uruburetama
CE
10.895,88
Conselho Comunitário da Execução Penal da Comarca de Ibiapina –
Agente Social: Prevenção Pela Arte
Ibiapina
CE
12.200,00
Crislene Marciel Rodrigues
A Vida Levada na Arte É Mais Bonita Sendo Vivida
Novo Oriente
CE
10.600,00
Damião Cristiano Pereira Cavalcante
Registro Audiovisual do Reisado de Caretas de Potengi
Potengi
CE
10.895,00
Davi de Lima Xavier
CD da Banda Matriz
Pentecoste
CE
10.895,88
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Douglas de Paula Aragão
Via de Acesso à Cultura e Arte
Fortaleza
CE
11.850,00
Edcarlos Holanda Silva
O Audiovisual Construindo Identidade
Pindoretama
CE
10.895,00
Elias de Lima Silva
Sermão da Caatinga
Juazeiro do Norte
CE
10.895,88
Elineide Romoaldo de Sousa
Renascer com Arte
Trairi
CE
10.000,00
Elizon Sampaio Coelho
Curso de Fotografia
Itapagé
CE
10.330,00
Elvis Herbert Ferreira Carneiro
Construindo Tambores, Sons e Cidadania
Acaraú
CE
10.879,80
Fagner de Andrade Fernandes
Jaguaretama Falado e Jaguaretama Dançado
Jaguaretama
CE
9.877,00
Felipe Costa Pires
Ciranda das Artes
Piquet Carneiro
CE
10.750,00
Flávio Diogo da Silva
Dançart: Inclusão de Jovens e Adolescentes na Dança de Salão
Fortaleza
CE
4.733,26
Francimar Ferreira da Costa
Bibliotecas Comunitárias
Itaitinga
CE
9.972,69
Francisca Leidiane Nascimento dos Santos
Rerius – A Origem da Nossa Taba
Reriutaba
CE
12.630,00
Francisca Shirlânia Matos de Oliveira
Fiapos de Estórias
Pentecoste
CE
10.895,88
Francisco Aldenésio Mendes
Luzes, Câmeras, Jovens em Ação
Forquilha
CE
10.852,00
Francisco Anilton Freire da Silva
O Vaqueiro e o Pássaro de Fogo
Redenção
CE
9.500,00
Francisco Antônio da Silva
Contagiando A Futura Geração: O Rezado Está aí!
Jaguaretama
CE
6.585,00
Francisco Carlos Nogueira Augusto Dias
Brinquedos Populares
Assaré
CE
10.000,00
Francisco Deyvisom de Araújo Camelo
Cinecrat
Crateús
CE
9.996,00
Francisco Diego Braz Lopes
Festival Cultural Dança Canindé
Canindé
CE
10.737,21
Francisco Édson de Lima
Quadrilha Junina Pisa na Fulô 2010: Muita Alegria e Emoção Para Manter Viva a Paixão Pelo São João
Sobral
CE
10.894,00
Francisco Eduardo Lourenço Rodrigues
Caçoar Literário
Palmácia
CE
12.000,00
Francisco Germano Virgílio Alves
Contadores de Histórias
Massapê
CE
10.400,00
Francisco Laylson Martins Paiva
Coordenada Zero: Construindo Uma Nova Visão Musical
Hidrolândia
CE
9.350,00
Francisco Leonardo Ferreira Alves
Recital Itinerante
Ipu
CE
10.605,00
Francisco Luciano da Silva
O Macaco Sabido
Jati
CE
10.895,88
Francisco Paulo Ferreira da Silva
Cia. Engenheiros da Arte: Caminhos da Sustentabilidade
Senador Pompeu
CE
10.895,00
Francisco Pereira Nunes
Um Novo Olhar Sobre o Bioma Caatinga
General Sampaio
CE
10.000,00
Francisco Railson Feitoza Cesar
Domingo na Praça
Crateús
CE
10.860,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
155
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
156
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Francisco Raimundo Evangelista
Amigos e Músicas
Jardim
CE
10.854,00
Francisco Santana de Carvalho
A Arte Pirográfica no Couro
Nova Olinda
CE
10.886,00
Frank Castro Fernandes Siqueira
Arte em Madeira
Ubajara
CE
10.895,00
Fundação Cultural Francisco Fonseca Lopes
Os Dramas de Caridade
Caridade
CE
12.000,00
Fundação Memorial Patativa do Assaré
Estudos Musicais Para as Comunidades Rurais
Assaré
CE
13.050,00
Fundação Paulo Roberto Pinheiro
Imagens Coletivas. Construindo a Identidade Através da Fotografia
Jaguaribara
CE
10.895,00
George Alves Belisário
Cinema um Minutinho: Criação de Pocket Movies
Caririaçu
CE
9.820,00
Geraldo Sinézio Sobrinho
FEMUB: Festival de Música de Barbalha
Barbalha
CE
10.840,00
Gesimar da Silva Lima
Tibalhano
Palhano
CE
13.010,00
Gilmara Rejane de Farias
Varjotararas
Varjota
CE
9.550,00
Gilvânio Raimundo dos Santos
Capoeira e Responsabilidade Social
Barro
CE
10.600,00
Grupo Formosura de Teatro
Nas Pegadas do Cassimiro
Fortaleza
CE
11.000,00
Helano Rodrigues de Oliveira
Esquina Musical
Eusébio
CE
10.895,88
Herbeson Sales Cassiano
Circulação de Espetáculo Teatral
Cascavel
CE
10.895,88
Hermano de Souza e Silva
VI Festival de Quadrilhas Juninas: Xitão de São Francisco
Quixeramobim
CE
12.500,00
Hermes Pereira Bezerra
I Mostra de Arte e Cultura de Ipaumirim
Ipaumirim
CE
13.250,00
Instituto Beija Flor de Cultura Arte Educação Ambiental e Cidadania
Grupo Uirapuru – Orquestra de Barro
Cascavel
CE
13.834,00
Instituto Cactos
A Arte de Reciclar
Irauçuba
CE
10.895,88
Instituto do Patrimônio Histórico, Cultural e Natural de Quixeramobim
Bebeficiamento de Rochas e Gemas
Quixeramobim
CE
10.660,50
Instituto Garajal de Arte e Cultura Popular
O Encontro de Shakespeare com a Cultura Popular
Maracanaú
CE
10.892,00
Instituto Pro Memória
História Preservada, Juventude Preparada
Santa Quitéria
CE
10.895,00
Isabel Sousa Lino
Olhares, um Farias Brito Cultural: Registro das Manifestações Culturais
Farias Brito
CE
10.800,00
Joab Castro Cordeiro
I Festival de Música de Varjota
Varjota
CE
13.200,00
João Correia Deodato Neto
Derramamento de Sangue: A Paixão de Cristo
Redenção
CE
8.200,00
João Erisnaldo da Costa
Festival de Reisado em Itarema
Itarema
CE
10.755,00
João Lucas Evangelista
Literatura de Cordel: Versos e Cantoria
Crateús
CE
5.924,00
João Paulo Freitas Gomes
Aprendendo Com Arte
Baturité
CE
10.880,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
João Víctor de Castro Souza
Pré São João
Redenção
CE
10.895,88
Jocicleide de Sousa Freitas
Nordestinando Cordas
Maranguape
CE
13.950,00
José Carlos Chaves Monteiro
Cine Amigo da Cultura
São João do Jaguaribe
CE
13.574,55
José Carlos Paula Miguel
Pintando A Caatinga
Crateús
CE
13.200,00
José David de Sousa Dias
Música por Jovens e Para Todos
Madalena
CE
10.850,00
José Everton Alves Pereira
Abre Alas
Granjeiro
CE
8.250,00
José Flávio Gonçalves da Fonseca
Fábrica de Risos
Russas
CE
9.973,00
José Gilsimar de Oliveira Gonçalves
Teatro Juventude Itinerante
Barbalha
CE
10.895,88
José Messias de Sousa Silva
Arcanjo
Itapajé
CE
10.720,00
José Nilton dos Santos Ferreira
I Festival de Repentista da Cidade de Baixio
Baixio
CE
10.885,00
José Viana Lavor Júnior
Espetáculo Cênico Auto da Paixão de Deus
Itapipoca
CE
10.895,00
Josué Martins dos Santos
Escola de Audiovisual do Vale dos Bastiões
Tarrafas
CE
12.850,00
Jucivando de Sousa Moreira
Peça Teatral as Lavadeiras do Rio Mundaú
Uruburetama
CE
10.895,88
Karla Samara Magalhães Souza
Meu Sertão Minha Cultura
Senador Pompeu
CE
10.895,00
Kátia Alcilene do Nascimento
Cuidar Para Melhor Viver
Santana do Acaraú
CE
3.260,00
Laécio Vieira da Silva
Nossas Raízes... Queridas Memórias
Chorozinho
CE
13.000,00
Luiz Clóvis Lopes da Silva
Jovens Atores
Pacajus
CE
13.152,00
Luiz Dias de Araújo
Gravação do CD Pop Rock: Banda Diretrize 28
Antonina do Norte
CE
10.350,00
Mailson Furtado Viana
CURFA - Cursos de Formação Artística
Varjota
CE
13.815,00
Manoel Jânio da Silva
Festival de Música Arte na Esquina
Cruz
CE
10.695,00
Maria Adalgisa da Silva Soares
Artes de Mãos Dadas
Independência
CE
8.854,00
Maria da Conceição Fernandes Sá
Retrato Popular
Tianguá
CE
10.895,88
Maria do Carmo Ribeiro Costa
Oficina Montagem de Teatro de Rua “A Fábula do Jaraguá no Imaginário Popular”
Sobral
CE
10.895,00
Maria Elijania Alves Bezerra
Oficina de Formação de Produtores Culturais
Juazeiro do Norte
CE
10.895,00
Maria Gildellyana Maia de Moura
Oarte'C: Oficinas de Artes Cênicas
Alto Santo
CE
10.880,00
Maria Miriene Araújo
Cinearte de Inclusão Audiovisual
Morrinhos
CE
12.137,90
Maria Rejane Soares Silva
Criando Valores Através da Música
Independência
CE
11.272,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
157
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social Maria Sirlane da Silva Gomes
158
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Nossa Casa: Construindo Sonhos
Crato
CE
13.000,00
Maria Vannedir Santos Andrade
Memorial do Vaqueiro do Mato
Tabuleiro do Norte
CE
10.895,00
Marília Pinto de Carvalho Mendes
Meninus da Percussão
Tianguá
CE
10.892,50
Marisa Helena Gonçalves de França
Paixão de Cristo – Lagoinha
Paraipaba
CE
10.885,00
Naira Nogueira da Silva Ferreira
A Juventude da Periferia Sendo Proganista da sua Própria História
Baturité
CE
10.460,00
Natália Gildayane Diógenes Oliveira
I Mostra de Teatro de Rua de Jaguaribe
Jaguaribe
CE
13.500,00
Núbia Lucas da Silveira Lima
Alcriartes
Alcântaras
CE
5.916,00
Patrícia Ferreira Alexandre de Lima
Patativa do Brasil
Iguatu
CE
8.950,00
Philipe Ribeiro de Araújo
Web TV Acaraú
Acaraú
CE
10.820,00
Projeto de Apoio à Criança Carente de Palmatória
Dançarte
Itapiúna
CE
10.200,00
Projeto Paz e União
O-Dores
Limoeiro do Norte
CE
6.984,00
Raimundo Sobreira Feitosa
Jovens Aprendizes: Sementes de Notas Musicais
Santana do Cariri
CE
13.950,00
Raquel Nogueira Rocha
VIDART: Vida, Dança e Arte
Penaforte
CE
10.930,00
Regina Lucia Rodrigues de Mendonça
Ateliê Arte: Jovem
Mauriti
CE
11.730,00
Ricardo Bezerra da Silva
Arte e Cultura
Acopiara
CE
13.358,00
Romário da Silva Delfino
Na Onda da Música
Novo Oriente
CE
10.635,00
Ronaldo Ivan de Araújo
Graça Memória
Graça
CE
10.895,88
Sabrina Ximenes Albuquerque
Mandinga na Ribeira
Groaíras
CE
10.890,00
Samuel Eldermarks da Silva Vieira
Jinga Capoeira
Uruoca
CE
10.750,00
Sebastião Gilvan de Sousa Rodrigues
Além do Muro da Escola
Acopiara
CE
10.236,00
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santana do Acaraú
Festival da Juventude Rural Para o Mun. de Santana do Acaraú
Santana do Acaraú
CE
10.895,00
Sociedade Beneficente e Comunitária São José - SOBEJE
Aquisição e Manutenção de Instrumentos Musicais
Pereiro
CE
10.800,00
Sociedade Cariri das Artes
Circo do Sopé
Crato
CE
10.895,88
Soraya Bezerra dos Santos
Grupo Teatral Amador Os Tapuias
Milagres
CE
10.606,80
Talita Natália Sousa
Cantos e Encantos de Minha Cidade
Pentecoste
CE
10.895,88
Tallis Deyvide Maia Rubens
Tallis Deyvide Maia Rubens
Ibicuitinga
CE
10.500,00
Thiago Henrique Lopes da Costa
Biblioteca Itinerante
Tabuleiro do Norte
CE
10.895,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
Ubenir Viana Moura
YHA – Somos Todos Seus
Icó
CE
12.747,40
União dos Estudantes de Pacatuba
Dança, Transformando Vidas
Pacatuba
CE
10.800,00
Vernildo Alves da Silva
Agenda Cultural
Quixadá
CE
10.078,14
Vicente de Paulo Tomaz Silva
Asa Branca nos Seus 10 Anos Contando e Encantando na Fábrica de Sonhos
Sobral
CE
10.894,00
Adriana Serafim do Nascimento
Cine Alto Rio Novo
Alto Rio Novo
ES
8.800,00
Ana Késia Silva Santos
Oficina de Dança
Pedro Canário
ES
10.800,00
Associação Lira Guanduense
Aquisição de Instumentos Musicais
Baixo Guandu
ES
10.888,00
Associação Pestalozzi de Pancas
Oficina de Artes
Pancas
ES
10.498,00
Biane Jerônimo Santana
Fortalecimento do Grupo de Teatro Raíz Negra
Conceição da Barra
ES
10.700,00
Centro de Estudos da Cultura Negra do Norte do Espírito Santo - CECUNES
Jongo com Jongo
ES
12.000,00
Daniela Bernardes Garrido
I Workshop de Dança de São Gabriel da Palha
São Gabriel da Palha
ES
10.803,67
Dorvina Maria de Jesus
Arejar
Nova Venécia
ES
9.980,00
Ednelson Alves Borges
Circulação de Espetáculo na Zona Rural do Município
Montanha
ES
9.603,00
Elena Dalvi Bonomo
Tapeçaria do Campo
Jaguaré
ES
7.640,00
Fuviane Galdino Moreira
Estampar Movimento em Cor
Linhares
ES
12.573,10
Henrique Breciane Moreira
Na Tora
Colatina
ES
10.800,00
Jailson Rodrigues da Rocha
Oficina de Artesanato com Natureza Seca
Pinheiros
ES
10.800,00
Jocimar da Silva
Liberdade Visual: Oficina, Produção e Mostra de Vídeos
São Mateus
ES
10.200,00
Joelma Fávero Gusson Fioroti
Assim Eu Vejo Minha Cidade
Colatina
ES
11.000,00
Jorcy Foerste Jacob
Publicação do Livro: A Pomerânia Brasileira, uma Eterna Emigração
Vila Pavão
ES
10.895,88
José Ferreira Landin
Festival de Viola
Nova Venécia
ES
10.400,00
Jussara Santos
Africanidade
Nova Venécia
ES
10.000,00
Lilian Cáttia de Sales
Oficinas em Canaã
São Roque do Canaã
ES
10.825,00
Luciano Mares do Amaral
Mini Marcenaria
Ponto Belo
ES
10.895,88
Luiz Natal de Souza
Re-Criando
Linhares
ES
7.502,30
Osdilelmo Menão
Comunicasom
Rio Bananal
ES
10.300,00
Rafaella Vilela Vagmaker
Teatro na Escola
São Mateus
ES
10.895,50
São Mateus
UF
Valor(R$)
_______________________________________________________________________________________________________________________________
159
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
Regiane Gomes Guimarães
TV Moqueca
Conceição da Barra
ES
10.400,00
Renata de Mello Vial
Fazendo Cinema: Luz, Câmera e Ação
Barra de São Francisco
ES
9.828,00
Victor Matos de Oliveira
I Encontro e Oficina de Violão do Norte Capixaba
São Mateus
ES
13.650,00
Wemerson da Silva Nogueira
Moda Afro
Nova Venécia
ES
10.000,00
Adriana Araújo Silva
A Dança do Caroço, Cultura de Tutóia
Tutóia
MA
2.667,00
Afrovermelho
Afroarte
Codó
MA
9.800,00
Ana Célia Morais da Silva
Resgatando o Artesanato Através do Bordado
Lagoa do Mato
MA
10.696,00
Curso de Artesanato em Fibras e Sementes Naturais de Plantas do Semi-Árido
Duque Bacelar
MA
4.542,00
Antônio Fábio Ferreira
Jovens Vivendo com Arte e Cultura
Codó
MA
10.540,00
Antônio Vieira dos Santos
Dança da Mangaba
Humberto de Campos
MA
2.476,00
Associação da Cultura Religiosa Afro-Brasileira do Município de Caxias
Catarina Mina
Caxias
MA
10.895,00
Associação das Quebradeiras de Coco Babaçu do Povoado de Cajazeiras Município de Urbano Santos - MA
Novos Músicos de Urbano Santos
Urbano Santos
MA
12.930,50
Associação do Grupo de Jovens Luz da Juventude do Município de Vargem Grande - MA - GLJ
Mulundus: A Luz da Juventude
Vargem Grande
MA
10.843,00
Associação dos Artistas e Técnicos em Artes Cênicas do Médio Sertão Maranhense
I FETEB - Primeiro Festival de Teatro de Barão de Grajaú
Barão de Grajaú
MA
10.778,00
Daniela Candeira Pontes
Milagres no Maranhão
Milagres do Maranhão
MA
6.350,00
Danielle Gomes de Sousa
Ginga Negra - Muzenza
Chapadinha
MA
13.900,00
Doriane de Lima Costa
Banda Jovem de São Benedito do Rio Preto
São Benedito do Rio Preto
MA
13.804,90
Edina Batista Lima Silva
Mulheres do Artesanato
São Bernardo
MA
6.188,71
Francisca das Chagas Machado Santos
Boi Brilho de Coelho Neto
Coelho Neto
MA
10.843,00
Francisco de Paula Machado Dias
O Resgate de uma Identidade Perdida
Humberto de Campos
MA
8.070,00
Francisco José Alves dos Santos
Teatro Para Todos
Brejo
MA
4.254,50
Francisnalva Leal da Costa
Fazendo Arte com Argila
Lagoa do Mato
MA
10.900,00
Geisa Carvalho Costa
Tambor de Criola Bom Sucesso
Mata Roma
MA
8.039,10
Gema Galiotto
Encena, Canta, Dança e Alerta o Semiárido
Paraibano
MA
10.412,00
Gilzania Ribeiro Azevedo Rezende
Dançartes
Sucupira do Riachão
MA
13.875,00
Antônio Carlos Lima da Silva
160
UF
Valor(R$)
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Grupo Bumba Meu Boi Riso da Mocidade
Escolinha de Bumba Meu Boi de Timon
Timon
MA
10.850,00
Instituto de Apoio Comunitário
Boi Timbirano
Timbiras
MA
10.800,00
Iraci da Conceição Silva
Quadrilha Flor do Sertão Realizando um Sonho
Humberto de Campos
MA
3.000,00
Ivanilson de Assis Rocha
Aprendendo e Criando Arte
São João do Soter
MA
10.000,00
Janete Evaristo de Oliveira
Gingando com a Paz
Passagem Franca
MA
2.034,42
Jerônimo Pereira de Macedo
A Cidade Substituída
Timon
MA
10.200,00
José Maria de Morais Junior
Proposta de Maculelê
Timon
MA
8.143,37
José Ribamar Sá Menezes Pinto
Mimo de São João
Humberto de Campos
MA
1.731,00
Joselito Lopes de Oliveira
Joselito Lopes de Oliveira
Chapadinha
MA
9.500,00
Juvenir José Ribeiro da Silva
Tem Cinema no Semiárido
Barão de Grajaú
MA
10.637,30
Karlos Daniel de Sousa Cunha
Batalha Power Break
Codó
MA
10.500,00
Leônidas de Souza Santos Portela
Cirandanças
Chapadinha
MA
10.000,00
Manoel Juarez de Alencar Souza Júnior
Os Trilhos de Caxias
Caxias
MA
9.689,80
Maria Célia Garcês da Silva
Carroça de Bonecos
Morros
MA
10.750,00
Nayza Regina do Carmo Santos
Formação de Empreendedores Culturais
Santo Amaro do Maranhão
MA
13.500,00
Niciane Silva Frazão
Quem Conta um Conto, Aumenta um Ponto:Histórias do Semiárido Maranhense
São Benedito do Rio Preto
MA
8.383,12
Raquel Nascimento Rocha
Grupo de Caroço Arco-Íris do Amor
Tutóia
MA
13.000,00
Richardison de Jesus Cantanhede Melo
Oficinas de Indumentária de Bumba Meu Boi de Orquestra
Nina Rodrigues
MA
10.675,00
Rosa Maria Lima Bitencourt
Resgate da Cultura em Cerâmica
Araioses
MA
5.900,00
Roseane de Sousa Silva Lima
Ampliação do Grupo de Dança Estrela de Ritmos
Buriti
MA
13.950,00
Simone Maria Alves Valério
Diversificação dos Bordados Artesanais
Araioses
MA
2.300,00
Thania Klycia Siqueira Damasceno
Teatro Ancestral
Caxias
MA
10.645,00
Valter Coelho Costa
Tutóia: um Paraíso Perdido
Tutóia
MA
13.800,00
Vanessa Sousa Monteles
Implementação e Resgate do Bumba Meu Boi Brilho da Estrela
Anapurus
MA
13.950,00
Walterlins Rodrigues de Azevedo
Capoeira Arte
São João dos Patos
MA
13.850,00
Warlon Damasceno Constantino
Cinema Itinerante
Belágua
MA
7.800,00
Adilson Alves de Araújo
Orquestra de Violões dos Jovens de Cristália
Cristália
MG
13.950,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
161
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
162
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Adriana Mikaelly Soares Silva
A Arte que Vem da Terra
Janaúba
MG
13.629,00
Agostinho Botelho dos Santos
Aquisição de Instrumentos Musicais
José Gonçalves de Minas
MG
12.228,50
Alessandro Pereira de Souza
Iniciação à Prática Teatral
Caraí
MG
8.010,00
Aline Nascimento Sá
Fanfarra Educação Cultura e Lazer
Itacarambi
MG
10.352,00
Amauri Junisson Souza
Peça Teatral Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo
Lontra
MG
8.225,00
Ana Maria Silva Lopes
Quitanda dos Jovens
Manga
MG
3.730,00
Anderson Geraldo Soares
Escola de Música
Itacambira
MG
13.867,00
Associação Beneficente de Itaporé - ABITA
Coral Nós de Minas
Coronel Murta
MG
10.900,00
Associação Cultural Renascer
Contratação de Professor e Manutenção de Instrumentos Musicais
Grão Mogol
MG
13.020,00
Associação da Criança e do Adolescente de Itaobim
Coral Ouro de Minas
Itaobim
MG
10.800,00
Associação das Crianças e Adolescentes e Aprendizes da Arte de Almenara
Música na Praça
Almenara
MG
13.000,00
Associação das Mulheres Artesãs da Praia
Mulheres em Ação Resgatando Cultura
Matias Cardoso
MG
9.244,00
Associação de Promoção Infantil Social e Comunitária - APRISCO
Dança Afro: Resgantando Minha História
Virgem da Lapa
MG
10.890,00
Associação dos Artesãos de Santana do Araçuaí
Feira de Artesanato de Santana do Araçuaí
Ponto dos Volantes
MG
10.850,00
Associação dos Produtores e Agentes Culturais Através da Arte - APACA
Oficinas de Capacitação para Grupos de Teatro Popular
Padre Paraíso
MG
10.335,00
Beatriz Santos Sousa
FESPOED - Festival de Poesia de Divisópolis
Divisópolis
MG
4.450,00
Bianchi Pereira Bonfim
Oficina de Produção de Cinema e Vídeo e Produção de Vídeo Documentário Sobre a História do Município de Grão Mogol - MG
Grão Mogol
MG
13.500,00
Carlos Mendes da Silva
Formação e Aquisição de Equipamentos para Núcleo de Audiovisual em Padre Paraíso
Padre Paraíso
MG
10.745,00
Companhia de Teatro Ícaro do Vale
Caminho da Roça
Araçuaí
MG
13.600,00
Conselho de Desenvolvimento Comunitário de Panelinha II e IIII - CODECOP II e III
Instrumental Jamacaii
Miravânia
MG
12.296,80
Cristina Alves de Souza
Tecendo o Futuro com Educação e Arte
Jequitinhonha
MG
10.885,00
Diakson da Silva Pereira
Capoeira: Identidade Cultural e Resgate Social
Verdelândia
MG
10.165,00
Dilca Maria da Costa
Teatro Na Comunidade
Medina
MG
10.854,00
Diomar Xavier dos Santos
Grupo Teatral Ipê Amarelo
Santa Cruz de Salinas
MG
13.950,00
Dostoiewsky Americano do Brasil
Estação Viva-Acervo
Araçuaí
MG
10.229,50
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Dostoiewsky Americano do Brasil
Estação Viva-Acervo
Araçuaí
MG
10.229,50
Edgar Lopes de Souza
Oficina de Fotografia em Berizal
Berizal
MG
10.800,00
Elizamar Gomes da Silva
Jovens Preservando a Cultura no Morro Vermelho
São João das Missões
MG
10.857,00
Elza Pereira de Andrade
Grupo Folclórico de Jequitinhonha Boi Janeiro de Dona Elza Có
Jequitinhonha
MG
10.000,00
Ernandes Costa e Silva
Capoeira, Sociedade e Cultura
Novo cruzeiro
MG
9.010,00
Flaviana Costa Sena Nascimento
Memorial da Juventude
Taiobeiras
MG
10.900,00
Florisval Alves de Oliveira
Talhando Madeira e Esculpindo Vidas - Curso de Escultura em Madeira
Januária
MG
10.000,00
Genilda Rodrigues de Oliveira
Grupo Benditos do Sertão
Santo Antônio do Retiro
MG
10.717,00
Geraldo Lopes dos Santos
Estórias Brejeiras
Francisco Sá
MG
13.224,90
Geraldo Magela Lima de Albuquerque
A Arte Mageliana
Jequitinhonha
MG
10.306,00
Grupo Teatral de Divisopolis - Gruted
Oficinas de Teatro: Arte e Educação, Unidas no Semiárido
Divisópolis
MG
4.200,00
Grupo Teatral Próximo do Real de Rio Pardo de Minas
O Canto do Galo
Rio Pardo de Minas
MG
13.500,00
Igor Almeida de Souza
Ô de casa
Araçuaí
MG
13.550,00
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário Jaceane Mendes Andrade
Festa Nossa Senhora do Rosário Cine Rural - Diversão e Arte
Virgem da Lapa Lontra
MG MG
13.000,00 9.300,00
Jaques Oliveira Brandão
Cordão de Cablocos dos Guaranis
Salto da Divisa
MG
13.829,50
João Damascena de Almeida
Centro de Educação e Cultura Berto Preto
Januária
MG
11.900,00
João Marques Chiles
Um Outro Olhar Sobre o Gerais
Montezuma
MG
10.712,00
José Aparecido Pinheiro Rodrigues
Criação de Uma Banda de Música
Montalvânia
MG
10.895,00
José Pereira dos Santos
Cinema no Sertão
Araçuai
MG
10.332,00
Laísa Barros da Silva
Resgatando a Identidade Cultural no Campo
Montalvânia
MG
10.720,00
Leandro Ramos Santana
Teatro Volante
Ponto dos Volantes
MG
10.840,00
Lédison Souza Gonçalves
Banda Ouro de Minas
Itaobim
MG
10.800,00
Leidiane Carvalho Santos
Fruto de Arte
Januária
MG
10.789,00
Lourena Alves Pereira
Cantarte
Taiobeiras
MG
13.169,00
Lucimar Ferreira Souza
1ª Mostra Cultural de Jordânia
Jordânia
MG
13.850,00
Luiz Carlos Cruz Alves
Resgate Comunidade
Pedra Azul
MG
7.950,00
Marcelo Miranda Costa
Grupo de Folia de Reis Comunidade do Bananal
Rubelita
MG
12.729,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
163
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social Maria das Graças Mendes Machado
164
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Ballet Popular do Vale do Jequitinhonha
Itaobim
MG
10.830,00
Maria do Carmo da Silva
Reis do Boi de Samartinha
Itacarambi
MG
10.720,00
Maria Helena Cardoso
Roteiros Turísticos Culturais
Araçuaí
MG
10.850,00
Marielle Almeida Cavalcanti
Tocando Música e Descobrindo a Vida
Janaúba
MG
13.950,00
Marquesberg Afonso Martins
Almenara Comunica e Ação
Almenara
MG
13.775,00
Maurício Rodrigues da Silva
FEST ART - Festival de Artes e Cultura de Pedra Azul
Pedra Azul
MG
10.540,00
Miguel Mota
Coral Medéia
Rubim
MG
13.900,00
Miquéias Marcos Santos
Blam Bum Juventude!
Itaobim
MG
10.280,60
ONG Servir a Vida - SERVE
Servir Cantando, Desenvolver Servindo
Santa Maria do Salto
MG
12.995,00
Pedro Ramos Filho
Biblioteca Comunitária
Manga
MG
10.410,00
Raquel Fernandes Gonçalves
Exposição Fotográfica Arte e Religiosidade Popular
Medina
MG
7.994,00
Raul Nascimento Junior
Cultura e Imagem
Manga
MG
13.900,00
Rodrigo Ribeiro dos Prazeres
Tamborearte
Jaíba
MG
5.316,38
Rosana Pereira Silva
Curso de Artesanato: Cerâmica
Caraí
MG
13.500,00
Roseli Souza Santos
Melodias às Margens do São Francisco
Matias Cardoso
MG
11.813,50
Sara Almeida Botelho
Criação, Montagem e Circulação de Espetáculo O Operário em Construção
Joaíma
MG
10.895,88
Sarlete Gonçalves Branco
Teatro Na Rua, Palco do Povo
Itinga
MG
10.895,00
Sinésio Lopes Machado
Reestruturação do Grupo de Folia de Reis de Rubim: Boi Janeiro Os Coquis
Rubim
MG
13.950,00
Sinvaldo Mendes Soares
Folia do Divino Espírito Santo
Nova Porteirinha
MG
13.390,00
Suely Gomes Nunes
Jaíba em Cena
Jaíba
MG
13.500,00
Valdenilson Ferreira Dias
Som do Vale, Vida do Sertão
Rubelita
MG
11.238,00
Valdinéia Soares Moreira
Resgatando e Dançando Cultura: Raízes Perdidas
Chapada do Norte
MG
10.870,00
Valmir Santos de Sousa
100% Cultura 100% Capoeira
Santa Maria do Salto
MG
7.365,00
Vicente Rocha Silva
Preservação dos Choros e Serestas de Novo Cruzeiro
Novo Cruzeiro
MG
10.857,40
Welliton Farias de Souza
Oficina de Artesanato
Itacarambi
MG
7.735,10
Zenilce Rodrigues Soares
Som e Arte
Varzelândia
MG
9.820,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Acauã Produções Culturais
II FAMUP - Festival Acauã de Música Popular: versão junina
Aparecida
PB
10.860,00
Adenilda Maria Angelo de Barros
Banda Marcial
Jericó
PB
10.895,50
Adilson Fábio dos Santos Venâncio
Mistura de Culturas
Cuité
PB
13.795,50
Adriano Ramalho Linhares
Aquisição de Instrumentos Musicais
Condado
PB
10.870,00
Aldecy Alves Duarte
Paraíba, do Sertão ao Litoral
Poço de José de Moura
PB
13.900,00
Alexandre Batista Reis
Remígio Nossa História em Debate
Remígio
PB
10.628,40
Alírio Monteiro Júnior
Em Dias de João Bento: Memórias, Estórias e outras Mentiras de Adé Pereira
Mãe d'Água
PB
9.650,00
Aly Pietro Passos de Farias
Nação Maracagrande
Campina Grande
PB
12.837,54
Andrea do Nascimento Sousa
Som do Cariri: Banda Filarmônica Maestro Sebastião de Oliveira Brito Monteiro
PB
10.000,00
Antônio Cirílo de Lima Neto
Música na Comunidade
Mato Grosso
PB
13.950,00
Antônio Junio da Silva
Quadrilha Junina
Remígio
PB
11.000,00
Arnaldo Farias de Freitas
Meu Presente Precioso
Congo
PB
9.500,00
Arnilson Cavalcante Montenegro Júnior
Atelier de Rua: Realização de Oficinas de Xilogravura em Escolas, Praças e Logradouros Públicos do Município de Taperoá no Estado da Paraíba
Taperoá
PB
12.731,15
Associação Beneficente de Educação e Cultura - ABEC
Curtasemiárido
Picuí
PB
12.110,00
Associação Cajazeirense de Dança - ACAD
Juventude, Cultura e Movimento Hip Hop
Cajazeiras
PB
12.750,00
Associação Casa de Cultura e Lazer Júlia Rocha
De Nazareth a Nazarezinho: Uma Viagem no Tempo
Nazarezinho
PB
10.876,00
Associação Comunitária Engenheiro Arcoverde
Banda Marcial
Condado
PB
10.100,00
Associação Cultural de Zabelê
A História do Município de Zabelê/PB, Contada pelos seus Antigos Moradores
Zabelê
PB
10.750,00
Associação de Artesanato Belas Artes
Aprendendo a Fuxicar
Queimadas
PB
11.645,00
Associação de Cultura de Jovens de Nova Palmeira/PB
Arte e Existência
Nova Palmeira
PB
10.500,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário Antônio Mariz
Fala Comunidade
Queimadas
PB
13.836,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Nova Palmeira
I Teinha Cultural de Nova Palmeira
Nova Palmeira
PB
10.700,00
Associação de Jovens da Arte e Cultura - AJAC
Teatro na Comunidade
Bananeiras
PB
10.466,00
Associação Desportista e Cultural de Nova Palmeira
Estúdio Gravação Cultural no Ar
Nova Palmeira
PB
10.800,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
165
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
166
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Associação Fibras da Terra
Arte do Campo
Sousa
PB
9.800,00
Associação Sócio-Cultural, Educacional e Ambiental - ASCA
Formação de Jovens e Cultura Popular
Aparecida
PB
11.146,00
Aurélio Alves da Silva
Festival de Caboclos de Vieirópolis
Vieirópolis
PB
13.514,53
Bruno Canario Vital
Vivarte: O Futuro Jovem
Livramento
PB
10.895,88
Carlos Alexandre Silva Monteiro
Dança de Raíz
Santa Teresinha
PB
13.740,00
Centro Assistencial de Alcantil - CAA
Filarmônica na Comunidade
Alcantil
PB
9.480,00
Centro Cidadania Ação e Educação Socioambiental
Caça aos Tesouros Artísticos do Semiárido
Maturéia
PB
9.948,00
Centro de Realizações Sociais e Ecológicas Vida Nordeste
Toque do Semiárido
Prata
PB
13.906,80
Centro de Reintegração e Capacitação Fabiana Maria Lobo da Silva - CEIFA
Projeto de Educação Musical Tocando Raízes
Pombal
PB
12.850,00
Cícera Francisca da Silva
Grupo Teatral Lenços e Ventos
Nova Floresta
PB
12.446,00
Clévia Paz de Souza
Rede Cidadã
Itabaiana
PB
10.760,00
Companhia Dell' Arte
Festival Rock'n Serra
Marizópolis
PB
10.855,00
Crislaine Flaviane Marques Paulo
I Encontro de Grupos e Espetáculos de Teatro de Cuité
Cuité
PB
13.770,00
Damiana Bozano Maia
Grupo Calon de Músicas Ciganas
Sousa
PB
10.860,00
Damião Levi Brasil Bezerra
IV Festival de Repentistas de Monte Horebe
Monte Horebe
PB
10.885,00
Damião Pereira Ribeiro
Oficina de Banda
Pombal
PB
12.690,00
Danielle da Costa Santos
Dança de Raiz
Cabaceiras
PB
13.740,00
Danyelle Rocha de Oliveira Souza
As Folhas
Patos
PB
10.550,00
Déborah Denise dos Santos Silva
Produção de Fanzine Educativo para Circulação na Cidade de Esperança
Esperança
PB
3.350,00
Deborah Henrique de Souza
IV Unirock - Unidos Pela Erradicação da Fome
Umbuzeiro
PB
12.140,00
Deivid Everton Severo de Sousa
I Exposição da Sétima Arte em Tavares
Tavares
PB
12.000,00
Deleon Souto Freitas da Silva
Cinema no Sertão
Patos
PB
10.300,00
Diorgenes Claudino de Oliveira
Luiz Gonzaga Passou Aqui
Poço de José de Moura
PB
11.840,00
Dulcinea de Andrade Teixeira Paixão
Bananeiras Fest Culturas do Brejo
Bananeiras
PB
10.126,00
Edileuza da Silva Santos
Oficinas de Formação
Santa Cruz
PB
13.912,22
Edivaldo Bezerra da Silva
Escolinha de Violão, Pau e Corda
São Francisco
PB
10.850,00
Eduardo Gomes Dos Santos
Metafísica
Dona Inês
PB
10.625,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Elidiana Oliveira das Neves
Cordel no Sítio
Bananeiras
PB
10.970,00
Espedito Lopes Neto
Acorde
Sousa
PB
9.900,50
Eudes Carlos Campos de Sousa
Música e Talento: A Batida Perfeita
Livramento
PB
10.895,88
Fábio Mozar Marinho da Costa
A Voz de Itabaiana e outras Vozes
Itabaiana
PB
10.450,00
Felipe Kamargo Candido Ramos
Felipe Kamargo Candido Ramos
Cabaceiras
PB
10.119,00
Francisco de Assis Gonzaga
I Mostra do Repente de Uiraúna
Uiraúna
PB
10.850,00
Francisco de Assis Pires dos Santos
A Caixa d'Água do Sertão
Coremas
PB
10.800,00
Francisco Galvão de Souza
Cantoria no Recreio
Bom Jesus
PB
10.800,00
Francisco Ioneiton da Silva
Gravação do CD da Banda d'León
Remígio
PB
8.900,00
Francisco Ricardo Maravilha Pereira
Pra Não Dizer que Não Falei de Nós
Nazarezinho
PB
10.320,00
Francisco Sergio dos Santos
Som Tribal
Pombal
PB
13.480,00
Francisco Xavier Cipriano de Oliveira
De Repente Cantoria na Feira
São José de Piranhas
PB
10.870,00
Fundação Comunitária do Sítio Cipó
Os Pífanos dos Monteiros
Cachoeira dos Índios
PB
10.885,00
Fundação Educacional Lica Claudino
Banda de Flautas Pingos de Ouro
Uiraúna
PB
13.930,50
Fundação José Francisco de Sousa
Obra Literária de Poetas Populares Regionais
Itaporanga
PB
10.000,00
Gayrreiros do Vale do Paraíba - GVP
II Mostra da Diversidade Cultural do Vale do Paraíba
Itabaiana
PB
10.895,00
Grupo de Cultura Os Cariris
Cariris do Oiapoque ao Chuí
Taperoá
PB
10.895,00
Grupo Teatro Oficina
Fazendo Arte
Sousa
PB
12.260,00
Helena Ferreira da Silva Guedes
Retratando Nossas Paisagens
Algodão de Jandaíra
PB
10.875,75
Helena Maria Pereira
Festa no Interior: De Volta às Origens
Nazarezinho
PB
10.590,00
Hiannay Tupyara Jovem de Freitas
Compreendendo a História do Município de Prata através de mídia magnética: Exposição de Vídeo e Difusão da Produção em Praça Pública
Prata
PB
11.200,00
Ighor Rafael Lins do Egito
No Meu Pé de Parede
Serra Branca
PB
9.655,00
Ivandro Batista de Queiroz
III Semana de Cultura e Arte em Sumé (SEDAS)
Sumé
PB
11.800,00
Jean Pierry dos Santos Silva
Música no Bairro
Condado
PB
13.000,00
Jéfferson Radan Batista Rocha
Olho d'Água da Bica Lenda Viva
Cuité
PB
9.900,00
João Abel Pereira
Quinta da Viola
Cachoeira dos Índios
PB
10.875,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
167
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
168
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
João Cipriano Filho
Nascimento do Menino Jesus
Boqueirão
PB
3.740,00
João Fernandes de Oliveira
São José em Verso e Prosa
São José do Brejo do Cruz
PB
8.500,00
João Paulo de Araújo Cavalcante Oliveira
Musiclarte
Nova Floresta
PB
10.850,00
João Vanderley Mouzinho
Reestruturação da Fanfarra José Francisco Fernandes
Taperoá
PB
10.895,00
Joel Freire de Santana
9º FENERD - Festival Nordeste de Dança de Rua
Cajazeiras
PB
8.840,00
Joelmir de Oliveira
Arte Local: Espaços da Arte em Campina Grande
Campina Grande
PB
8.954,00
Johnny Edson dos Santos Pereira
Reviva o Folclore
Cuité
PB
13.843,95
Jonas Andrade de Sousa Neto
I Festival de Repentista da Cidade de Conceição
Conceição
PB
10.885,00
José Alves de Sousa
I Festival da viola e do Repente de Aparecida
Aparecida
PB
10.800,00
José Ataanison Nunes de Sá
Amar a Vida
Catolé do Rocha
PB
10.149,00
José Augusto Gomes Neto
Coral Vozes Hilariantes do Cariri
Monteiro
PB
7.900,00
José Claudenildo de Souza Venceslau
Cultura Popular, Circula entre o Povo
Cajazeiras
PB
11.530,00
José Dias Neto
I Festa do Repente da Cidade de Bom Jesus
Bom Jesus
PB
10.885,00
José Dimas Pereira Januário
Muganga
São Domingos de Pombal
PB
12.010,00
José do Monte Neto
Escolas do Repente
Cajazeiras
PB
10.885,00
José Emílio de Morais
Cantorias de Pé de Parede
São João do Rio do Peixe
PB
10.885,00
José Flávio de Araújo Alves
Olhares Sobre a Feira Livre de Salgado de São Félix
Salgado de São Félix
PB
5.744,78
José Jerônimo Vieira Júnior
DVD Vídeo-Aula: a Arte da Pintura a Dedos
Patos
PB
10.000,00
José Marconi de Souza Maciel
Cantoria na Feira II
Cajazeiras
PB
10.800,00
José Morais da Silva
I Festival de Repentistas de Poço de Dantas
Poço Dantas
PB
10.885,00
José Rodolfo de Morais Vieira
Teatro Para Todos
São João do Rio do Peixe
PB
13.500,00
José Werveson Daniel de Souza
Mais Pintura
São José do Bonfim
PB
8.829,00
Josevan Claudino da Silva
Xaxado-Arrasta-Pé da Paraíba: Companhia de Danças da FECL
Uiraúna
PB
13.948,50
Josivane Caiano da Silva
Cultura Popular do Cariri
Monteiro
PB
8.600,00
Juliana Alves de Sá
Violinos: Orquestra de Cordas da FELC
Uiraúna
PB
13.944,00
Karla Rodrigues de Almeida
Pintando Nossa Terra: Descobrindo Nosso Talento
Fagundes
PB
11.160,00
Kennel Rógis Paulino Batista Nunes
Travessia
Coremas
PB
10.500,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Laercio Ferreira de Oliveira Filho
Vídeo Curta- Metragem Antoninha
Aparecida
PB
10.800,00
Lailton João da Silva
São Bento em Quadrinhos
São Bento
PB
10.800,00
Larisa Mayara da Silva Bandeira
2º Ato - Oficina Montagem de Espetáculo Teatral
Cajazeiras
PB
10.520,00
Leandro Fernandes de Andrade
Grupo Mr. Fran
Mato Grosso
PB
9.845,30
Leonardo Alves de Oliveira
Curso de Cinema e Vídeo: A Invenção do Cinema, dos Primitivos ao Digital
Sousa
PB
10.895,00
Lindomar Dantas da Silva
Capoeirança: Ajudando a Educar
Aparecida
PB
10.880,00
Loja Maçônica Dr. Dionízio da Costa N 2233
Acordes Populares
Patos
PB
10.474,20
Luana Ranielle Ferreira da Costa
Por Uma História Social e Cultural de Bananeiras
Bananeiras
PB
12.500,00
Lucas Alves Pereira
Cine Olho
Carrapateira
PB
8.630,00
Luciano Alberto Ferreira dos Santos
I FERFABAM - Festival de Fanfarras, Bandas de Música e Marciais
Cajazeiras
PB
10.335,00
Luciano de Azevedo Silva
Festival do Minuto do Cariri Paraibano
Monteiro
PB
9.100,00
Luciano Sales Costa
Paísagens da Paraíba
Pocinhos
PB
10.650,00
Luis Carlos Soares da Silva
Cineclube Curt(A)indo as Juventudes
Solânea
PB
9.700,00
Luis Cavalcanti Neto
Cultura de Olho na Saúde Bucal
Nova Palmeira
PB
10.100,00
Luiz Ismael dos Santos
I Festival da Viola e do Repente de Santa Cruz
Santa Cruz
PB
10.895,00
Manoel Messias Soares de Souza
Centro de Formação Artística para Jovens
Patos
PB
10.000,00
Marcos de Albuquerque
Cinema na Rua
Remígio
PB
8.416,80
Maria Cristiane Oliveira de Sousa
A Arte Transformando Vidas
Livramento
PB
10.895,88
Maria da Conceição das Neves Lins
Teatro para Jovens
Barra de São Miguel
PB
10.850,00
Maria da Conceição Nóbrega
Artes Visuais: Dando Formas e Vidas à Cultura do Cariri
Livramento
PB
10.895,88
Maria de Fátima de Oliveira
Desenhando o Futuro
São José do Brejo do Cruz
PB
8.060,00
Maria de Lourdes Gomes de Lima
Criação e Publicação de Peças Teatrais
Nova Palmeira
PB
10.640,00
Maria do Socorro de Sousa Formiga
Coral Vozes da FELC
Uiraúna
PB
13.275,50
Maria Helena Costa Cavalcanti
Oficina de Fotografia: Luz, Câmera, Ação
Bananeiras
PB
10.427,00
Maria Marília Vieira Lucas
Jovens redescobrindo sua origem negra
Tavares
PB
10.376,50
Maria Sobreira da Silva
Reaproximando o Jovem Sertanejo com a Cultura Popular da Boneca de Pano
Nazarezinho
PB
13.092,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
169
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
170
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Massixte de Souza Batista
Capoeirarte
Sumé
PB
7.520,00
Moinho de Cinema da Paraíba
O Moído Cinematográfico
Campina Grande
PB
12.540,00
Mônica Maria Araújo Brito
Crochê: Mãos Tecendo a Cultura
Livramento
PB
10.895,88
Nadilson Vieira Valentim
A Paixão de Cristo
Boqueirão
PB
7.260,00
Natan Pereira de Sousa Filho
Um Olhar sob os Calões
Sousa
PB
7.920,00
Niéllyson Alves da Silva
Banda de Forró: Forrozão Bombando Tudo
Barra de São Miguel
PB
10.880,00
Pacelly Vinicius Vasconcelos Fontes
Pedra Lavrada: Tradição e luta por meio do teatro e da dança se faz viva a sua cultura
Pedra Lavrada
PB
10.700,00
Paulo Roberto de Souza Júnior
Olhar Particular
Nazarezinho
PB
10.861,00
Pedro Henrique Silva Lima
5Zero2
Cuité
PB
13.387,50
Petronila Maria Araújo Albuquerque
Música Eletrônica: Criando um Livre Set Prof.em Campina Grande
Campina Grande
PB
11.447,00
Railson Diniz Vieira
Baby Mel: Nossa Cultura é Assim...
São Bento
PB
10.800,00
Raíza Madje Tavares da Silva
Eu Quero Dançar o Nordeste
Queimadas
PB
12.400,00
Rayssa Naftaly Muniz Pinto
Ressurgiu o Pastoril
Cuité
PB
9.900,00
Rosane Lima Jovino
Mostra de Teatro e Dança do Cariri Paraíbano
Monteiro
PB
9.950,00
Sandro Régio da Silva
Pau de Arara: Oficinas e Montagem
Vieirópolis
PB
13.438,72
Sandro Regis Apolinário Chaves
Banda de Música Padre Galvão
Pocinhos
PB
8.000,00
Sérgio Matheus Tomé da Costa da Silva
Multivisualnet Paraíba
Solânea
PB
13.250,00
Silas Dias Martins
A Música na Construção da Cidadania
São José do Brejo do Cruz
PB
10.750,00
Simone de Lima
Caravana da Leitura
Monteiro
PB
9.785,00
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Maturéia
É Quando vou às Alturas
Maturéia
PB
7.830,00
Sociedade Musical Mestre Zé Souto de Lima
Música Transformando e Unificando Vidas
Umbuzeiro
PB
13.387,00
Solidarium - Instituto de Arte, Cultura e Cidadania
Cultura no Presídio
Campina Grande
PB
11.070,00
Thyago Braz Dantas da Silva
Leitura na Escola: O Conto Contado por Estudade
Bananeiras
PB
9.380,00
União das Associações Comunitárias de Patos e Região
Oficina de Eco Design com Reaproveitamento de Mat. Recicláveis
Patos
PB
10.965,00
Valdeci Alves de Brito
O Reisado Como Herança
Imaculada
PB
9.880,00
Valdecira da Silva Oliveira
Implantar o Artesanato em Com. do Munic.de S.José do Bonfim
São José do Bonfim
PB
10.752,0
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Valdene Lemos da Silva
Município
UF
Valor(R$)
Dar Conhecimento em Artes Gráficas para Jovens filhos de Produtores Rurais no Município de São José do Bonfim
São José do Bonfim
PB
10.400,00
Vamberto Garcia de Holanda
A Literatura Resgatando a Cultura Local
Livramento
PB
10.895,88
Vicente Joaquim Canuto Neto
Sinfonia Música na Praça
Santarém
PB
11.123,00
Virgínia Silva Passos
Guerreiros de Luanda
Aroeiras
PB
12.837,54
Walderban Alves Alencar
Berimbal na Feira
Igaracy
PB
8.100,00
Wandemberg Gonçalves Pegado
Música Sem Fronteiras
Bom Jesus
PB
10.650,00
Wanessa Meira de Almeida
Raízes do Sertão
Patos
PB
10.250,00
Adones Valença Ferreira
I Semana Virtuosa da Casa 270
Belo Jardim
PE
9.660,00
Adriana Barros Silveira
1º Musical o Cristo da Paixão
Bom Jardim
PE
6.950,00
Adriana Santos e Silva
Baque Virado Nação Salgueirense
Salgueiro
PE
12.860,00
Alba Renata Ferreira Lopes
Resgatando a Identidade Musical: Banda de Pífano
Floresta
PE
12.750,00
Amauri dos Santos Silva
I Festival de Esquetes Estudantil de Paranatama
Paranatama
PE
9.572,00
Ana Paula de Oliveira Ribeiro
Oficinas de Criatividade Teatral nas Escolas
Orobó
PE
6.125,00
Ane Kely Lira Feitosa Santos
Rádio Coletividade
Sertânia
PE
10.658,80
Associação Base Vila Jericó
Grupo Renascer do Sertão
Triunfo
PE
8.520,00
Associação Cultural Recreativa dos Artistas de Lajedo
Brincantes na Idade Média
Lajedo
PE
9.170,00
Associação Cultural Samba de Coco Raízes de Arcoverde
Oficina de Música e Cultura Trupé
Arcoverde
PE
6.980,00
Associação da Comunidade dos Remanescentes de Quilombolas de Cachoeira da Onça
Associação da Comunidade dos Remanescentes de Quilombola de Cachoeira da Onça
Custódia
PE
10.892,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Angelim
Nos Versos... Minha História
Angelim
PE
13.750,00
Associação de Homossexuais, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de Tabira/PE - TABIRAH
Diversidades na Praça
Tabira
PE
10.846,00
Associação de Micro e Pequenos Agricultores Familiar
Novos Talentos
São Bento do Una
PE
13.900,00
Associação dos Artesãos e Agropecuaristas de Petrolândia - Café com Arte
Artecido: Pintando o Saber em Petrolândia
Petrolândia
PE
10.818,00
Associação dos Artesões Inez de Paula
Jovens Talentos
Lajedo
PE
13.375,11
Associação dos Moradores Agropecuaristas e Fruticultores do Distrito Horizonte Alegre
Renascer Capoeira
Pedra
PE
9.885,00
Associação dos Moradores das Ruas Unidas - AMORU
Reartcultura
Cedro
PE
12.788,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
171
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
Arte Caatingueira
Santa Cruz
PE
9.500,00
Associação dos Remanescentes dos Quilombos do Sítio Estivas
Valorizando o Samba de Coco nos Quilombos
Garanhuns
PE
12.425,24
Associação Indígena dos Produtores Agrícolas do Poço da Pedra - AIPAPP
Oficinas Temáticas de Arte e Cultura para Jovens Atikum
Salgueiro
PE
10.640,00
Associação Nação Coripós
Pifeiros de São Francisco
Santa Maria da Boa Vista
PE
10.000,00
Associação Rural dos Produtores e Produtoras Quilombolas de Buenos Aires e Região
Associação Rural dos Produtores e Produtoras Quilombolas de Buenos Aires e Região
Custódia
PE
10.895,00
Carlos Huelinton da Silva
Música Arte de se Comunicar
Manari
PE
4.100,00
Cibele Moura e Silva
Raízes da Cultura Negra
Belém de São Francisco
PE
11.600,00
Cícero Luiz dos Santos
Baque Virado Nação Salgueirense
Salgueiro
PE
10.430,80
Cinthia Maria Queiroz da Silva
Juventude Cultura e Arte
Surubim
PE
10.895,00
Ciro dos Santos Pereira
Gingando que se Aprende
Belém de São Francisco
PE
10.800,00
Clayton Tomaz de Sousa
Movimento Kalango: Inventário Cultural de Arcoverde
Arcoverde
PE
13.770,00
Clécio Ferreira de Lima
1º Festival de Juventude e Meio Ambiente do Sertão do Pajeú
Tabira
PE
10.703,00
Cleide Iara Andrade da Silva
Grupo de Dança Som das Aves
Saloá
PE
9.790,00
Damião Carvalho
5º Festival de Violeiros Repentistas de Serra Talhada
Serra Talhada
PE
12.850,00
Ediane Inácio da Cruz
Resgate Histórico Cultural de Granito
Granito
PE
12.592,00
Edmilson Dias da Silva
Edmilson Dias da Silva
São Bento do Una
PE
13.950,00
Eloni Freitas da Silva
Tocando Tradições
Serrita
PE
13.129,70
Erenildo Vieira Lopes
Culturarte
Trindade
PE
10.878,32
Eudes Johnnei da Silva Caitano
Aquisição de Instrumentos Musicais
São João
PE
13.324,50
Fabiano Alcântara da Silva
Raízes Nordestinas: Forró Taquara
Taquaritinga do Norte
PE
10.800,00
Fátima Regina da Silva
Rede de Mulheres Jovens Sócio-Produtivas da Cadeia do Artesanato no Semiárido Pernambucano
Santa Maria da Boa Vista
PE
10.890,80
Fernando Vieira da Silva
Capoeira nos Povoados
Ouricuri
PE
10.450,00
Fundação Cultural Cabras de Lampião
Festival Cores e Ritmos da Juventude do Pajeú
Serra Talhada
PE
10.600,00
Fundação de Cultura e Amparo ao Menor de Olho no Futuro
1º MMP - Música Popular de Pesqueira
Pesqueira
PE
10.859,50
Gabriel Pereira Filho
A Arte de Aprender
Petrolina
PE
12.600,82
Associação dos Pequenos Produtores Rurais Assentamento da Vila Rica
UF
Valor(R$)
Frei Damião da Fazenda Rodrigues - Santa Cruz PE
172
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
George Araújo da Silva
Vem Tu Também!
Caruaru
PE
9.100,00
George de Vasconcelos
Pankararu Nação Cultural
Tacaratu
PE
10.850,00
Gessé Rodrigues Pereira
Ibimirim É Pura Cultura
Ibimirim
PE
10.700,00
Gilberto Aparecido Ferreira
Vivendo a História : Resgatando a Cultura
Correntes
PE
10.868,02
Gilmara Dias de Souza
Gilmara Dias de Souza Sena
Petrolândia
PE
10.895,88
Givanildo Francisco do Nascimento
Povo Kambiwá: Revivendo e Reafirmando a Nossa Identidade
Ibimirim
PE
4.215,00
Glauco Henrique de Oliveira Barros
Ateliê Casa
Altinho
PE
13.479,65
Grupo de Apoio aos Meninos de Rua
Estúdio Social: Possibilitando Acessos
Gravatá
PE
10.000,00
Gustavo Papini Barbosa da Silva
Digiaudio Pro
Surubim
PE
12.785,00
Hélio Hortêncio Ferreira
Meu Canto, Minha Dança Pankararu
Petrolândia
PE
7.790,00
Hemerson de Moura Silva
Fazendo Cena
Arcoverde
PE
12.605,00
Instituto Vital Barros de Oliveira
Concerto para um Amigo
Salgueiro
PE
10.410,00
Israel Carlos dos Santos Oliveira
Música no Quilombo
Mirandiba
PE
9.205,00
Jailton Pereira da Silva
Jailton Pereira da Silva
Tacaimbó
PE
10.422,00
Janduir João dos Santos
Bacamarteiros como Forma de Inclusão Social e Valorização da Cultura Local
Riacho das Almas
PE
13.950,00
Jasiel Leite Ferreira
Incubadora Musical Romildo Pereira de Melo
Garanhuns
PE
13.255,24
João Antônio de Araújo Filho
Em Cores, Som, Formas e Movimentos: As correntes Artísticas Culturais da Gente Correntina
Correntes
PE
8.450,00
José Andson Rodrigues de Almeida
Resgatando a Identidade de Jovens Remanescentes do M.Itacuruba
Itacuruba
PE
13.500,00
José Marcelo da Silva
Oficina de Máscaras
Bezerros
PE
10.346,00
José Noel Bezerra dos Santos
O Segredo das Sete Chaves das Artes
Petrolina
PE
12.283,00
José Reinaldo da Silva Pinheiro Filho
Oficinas de Pintura em Tela
Ouricuri
PE
13.900,00
Josefa Aldenires Ferreira Melo
Maracatando a Juventude do Sertão
Sertânia
PE
10.658,80
Josefa Wedja do Nascimento
Josefa Wedja do Nascimento
Bezerros
PE
10.600,00
Júlio da Silva Nogueira
Tuparetama Tem Capoeira
Tuparetama
PE
10.394,00
Karlla Christine Araújo Souza
De Volta pro Ventre
Itapetim
PE
13.197,50
Lucivaldo Oliveira Ferreira
Gravação do 1º CD da Banda Templários Acústicos
Triunfo
PE
6.295,54
_______________________________________________________________________________________________________________________________
173
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
174
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Luís Eugênio Alves de França
Resgate da Quadrilha Adrenalina
Orobó
PE
12.800,00
Luiz Eduardo Palmeira Franco Junior
Revista Interior: Chã Grande Informando Jovens Através da Cultura para o Desenvolvimento
Chã Grande
PE
10.850,00
Luiz Pinheiro Filho
Cordelteca Itinerante: Democratizando a Cultura
Sertânia
PE
12.130,00
Manoel Beserra da Silva
As Mãos do Povo Kambiwá
Inajá
PE
9.900,00
Manoel de Matos Lino
Manoel de Matos Lino
Águas Belas
PE
12.900,00
Marcel Carlos Terto
Orquestra Popular
Correntes
PE
10.850,00
Marcos Aurélio Soares de Souza
Frever
Petrolina
PE
13.434,22
Maria Aparecida Gomes do Livramento
Surubim de Todos os Ritmos
Surubim
PE
10.895,00
Maria Aparecida Silva Florêncio
Integração Cultural entre os Jovens da Zona Urbana e Rural
Sertânia
PE
9.832,00
Maria Auxiliadora de Souza
Revitar
Cabrobó
PE
13.950,00
Maria da Conceição Souza de Oliveira
Artes x Drogas
Orobó
PE
12.750,00
Maria de Fátima da Silva
Dez Contos de Réis
Verdejante
PE
13.949,00
Maria Ivânia Torres da Silva
Paixão de Cristo Amigos de São Francisco
Pesqueira
PE
8.514,00
Maria Vera dos Santos
Grupo Jovens em Missão
Salgueiro
PE
12.920,00
Marilene Loula de Araújo
Marilene Loula de Araújo
Granito
PE
10.552,00
Marlom Meirelles Silva Nascimento
Cultura Digital: a Arte em Movimento
Bezerros
PE
13.500,00
Movimento Teatral Ziriguidum Art Circus - ZIRARTC
Ritmo Vem Lá da Rua
Pesqueira
PE
13.358,90
Nelson Pereira de Sá Junior
Do Xaxado ao Novo Mundo
Ouricuri
PE
9.500,00
Núcleo de Educadores Populares do Sertão de Pernambuco - NEPS
Terreiro Cultural: As Janelas e as Manifestações Culturais do Semiárido
Dormentes
PE
10.857,00
Obras Educacionais e Sociais da Paróquia de Floresta - OES
Floresta Cultural: Sementes da História
Floresta
PE
11.276,00
Paula Esterfânia Nunes Lopes
Intervenções Poéticas: Oficinas, Poesia e Rua
Tacaimbó
PE
6.500,00
Paulo Henrique Pontes Ferreira
Meninos de São Pedro
Garanhuns
PE
13.950,00
Raphaela Karoliny de Paula Magalhães
Fabulosas Histórias do Rio São Francisco
Petrolina
PE
9.775,55
Raul Bento de Oliveira Neto
Biblioteca Itinerante de Cordel do Agreste de Pernambuco - BICAP
Calçado
PE
10.750,00
Renato José de Oliveira Magalhães
Cavaleiros do Sertão
São José do Belmonte
PE
13.750,00
Roberto José dos Santos Oliveira
Capibaribe In Rock 2009 - 12ª Edição
Santa Cruz do Capibaribe
PE
11.900,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Rodolfo Rodrigo Barbosa Buarque
Orquestra Musical São João
São João
PE
13.950,00
Romualdo Rodrigues de Freitas
Mamulengo: Oficina de Construção e Manipulação
Arcoverde
PE
9.376,00
Rosilda Maria dos Santos Soares
Minha Arte, Minha Palha
Petrolândia
PE
8.535,50
Sérgio Antony da Silva Sousa
Um Passo a Frente Através da Dança
Araripina
PE
6.981,60
Severino Lúcio Barbosa
Severino Lúcio Barbosa
Orobó
PE
13.927,90
Sidrailda Rutiale de Oliveira Gomes
Nordeste Abstrato e Decorativo
Altinho
PE
12.402,50
Silvania Monteiro dos Anjos
Os Papacaceiros da Arte
Bom Conselho
PE
10.350,00
Sociedade de Incentivo à Família e Assistência à Criança - SIFAC
Xaxado nos Pés, História nas Mãos
Cedro
PE
11.492,00
Sociedade Musical Dom Bosco
Sociedade Musical Dom Bosco
João Alfredo
PE
10.850,00
Sonale Ferreira da Silva Lima
Nossa Bandinha de Lata: Alegria e Criatividade no Sertão Central
Parnamirim
PE
13.900,00
Steve Weston Bezerra
Artesanatos Ecológicos
Saloá
PE
9.550,00
Teatro Experimental de Arte - TEA
Os Mansos da Terra
Caruaru
PE
10.340,00
Terezinha Maria Alves de Souza
Educação Musical Na Escola
Riacho das Almas
PE
10.000,00
União dos Estudantes de Santa Cruz do Capibaribe - UESCC
III Encontro da Cultura Alternativa
Santa Cruz do Capibaribe
PE
11.150,00
Válbia da Silva Barros
Válbia da Silva Barros
Bezerros
PE
10.600,00
Valéria Pereira Fagundes
Manari um Olhar de Dentro
Manari
PE
8.960,00
Vanilma Cavalcante dos Santos
Coco de Roda Preservando a Cultura Negra
Triunfo
PE
10.770,00
Verônica Rozalvo da Silva
Rodízio Cultural
Parnamirim
PE
13.950,00
Wilke Torres de Melo
Exposição Fotoetnográfica Memórias Fulni-ô
Águas Belas
PE
10.371,00
Adaurício Miguel de Sousa Santos
Núcleo de Arte
Barra d'Alcântara
PI
10.820,00
Adriana Josefa da Silva
Artesanato de Barro
Massapê do Piauí
PI
9.580,00
Alfredo César de Resende Paz
Resgate da Cultura do Reisado
Boa Hora
PI
10.895,00
Antônio Deilson Silva Ferraz
Dançando com Nossa Cultura
Lagoa do Sítio
PI
8.700,00
Associação Abadá Capoeira de Simplício Mendes - PI
Comunidade Capoeira da Associação Abadá
Simplício Mendes
PI
10.500,00
Associação Comunitária de Rádio de São João do Piauí
Grupo de Dança do Juazeirinho
São João do Piauí
PI
10.855,00
Associação Comunitária de Radiodifusão Tropical FM De Jurema Piauí
União dos Nossos Valores
Jurema
PI
13.250,00
Associação Cultural e Social 5 de Julho
Vida, Morte e Ressureição de Cristo: Paixão no Piauí
São João do Piauí
PI
10.000,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
175
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Associação de Adolescentes e Jovens em Ação
Aja: Em Cena
Vila Nova do Piauí
PI
10.800,00
Associação de Apicultores da Comunidade Santa Maria
Pincel na Mão Tem Cor e Vida
Nova Santa Rita
PI
10.540,00
Associação de Comunicação e Cultura de Vera Mendes - ASCOVEM
Show de Talentos
Vera Mendes
PI
11.810,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário da Comunidade Mirindiba
Vida Vinda do Barro
Barra d'Alcântara
PI
11.780,00
Assoc. de Desenvolv.Comunitário da Várzea Município Tamboril do Piauí
Cidadão de Pincel da Mão
Tamboril do Piauí
PI
10.850,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Radiodifusão de Cajazeiras
Mudança: Mudar a Dança
Cajazeiras do Piauí
PI
12.200,00
Assoc. de Desenv. Comunitário dos Pequenos Produtores de Formosa
A Beleza de Pontos Livres
São João do Piauí
PI
11.200,00
Associação de Desenvolvimento Rural das Comunidades Taciba e Aracati
Entre Pontos da Cidadania
Pedro Laurentino
PI
11.300,00
Associação de Moradores da Localidade Oiticica
O Resgate da Cultura Nazarena
Nossa Senhora de Nazaré
PI
10.580,00
Associação de Moradores do Bairro Barrinha
Mão na Massa
Beneditinos
PI
11.380,00
Associação de Pequenos Produtores Rurais da Localidade Olho D'Água Falso
Construindo Ponto a Ponto
Floresta do Piauí
PI
11.200,00
Associação de Produtores Rurais da Lagoa do Fidalgo
A Arte da Massa
São Miguel do Fidalgo
PI
11.380,00
Associação dos Artistas de Teatro de Fronteiras
I Encontro Para Estudo e Exposição de Cultura Nordestina em Fronteiras - I ENCULTNE
Fronteiras
PI
10.000,00
Associação dos Músicos Amadores e Profissionais de Picos e Macro-Região
Se Juntos Trabalhamos, Junto Aprendemos e Ensinamos
Picos
PI
10.692,20
Associação Lar da Criança Dom Abel Alonso Nuñez
Coral Dom Abel Alonso Nuñez
Campo Maior
PI
8.080,00
Carla Patrícia dos Santos Gonçalves
Quizomba de Criolo
São Raimundo Nonato
PI
11.915,00
Carlos Eduardo de Sousa Silva
Luau da Cultura
São Raimundo Nonato
PI
10.750,00
Carlos Lamek Valentim
O Pequeno Príncipe do Sertão
Oeiras
PI
7.800,00
Cleane Pereira da Silva
Roda Aberta
Campinas do Piauí
PI
11.860,00
Clerice Santana da Silva
Aió de Oportunidades
João Costa
PI
10.677,00
Diego Lopes Sério
Diego Art's
Simões
PI
12.536,00
Douglas Brandão de Melo
Revelando Griôs e Mestres da Contação de Estórias em Pedro II
Pedro II
PI
11.481,60
Eduardo Pereira Lopes
Todos contra o Racismo: Turma do Binho
Picos
PI
8.000,00
Edvaldo Pereira Marques
Camaleão
São Raimundo Nonato
PI
9.160,00
Elis Marina Luz Carvalho
Elis Marina Pimenta de Cheiro Ao Vivo
Picos
PI
13.000,00
do Piauí
- AMAPPM
176
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Elizeu Saraiva dos Reis
Forró Camaleão
Pedro II
PI
10.000,00
Eponina Maria de Alencar Livino
Arraiá de Nois Tudim
Francisco Macedo
PI
10.890,00
Erico Valdir Coêlho
A Arte da Capoeira no Semiárido
Bela Vista do Piauí
PI
10.500,00
Ernestino Pereira Damasceno
Juca
Campinas do Piauí
PI
9.940,00
Francisca Maria Gomes Carvalho
Artes da Terra
Jaicós
PI
10.880,00
Francisco Alves de Morais Filho
Batuque do Samba
São Raimundo Nonato
PI
4.765,00
Francisco Braz de Oliveira Neto
Jovens Na Música
Jaicós
PI
11.920,00
Francisco das Chagas Pereira Gomes
Oficina de Teatro e de Danças Populares
Batalha
PI
13.760,00
Francisco Edilberto de Carvalho Júnior
A Cultura Artística de uma Sociedade
Simões
PI
11.000,00
Fundação Beneficente, Educacional e Cultural Belém do Piauí
Nossa Gente Fazendo Arte
Belém do Piauí
PI
13.650,00
Fundação Cultural Professora Ludetana Araújo
Teatrando em Campo Maior
Campo Maior
PI
10.000,00
Fund. de Cultura Assistência Social e Sustentabilidade Ambiental/FUNCASA
Música Nossa de Cada Dia
Alto Longá
PI
10.860,00
Fundação Maria do Socorro Marreiros
Uma Ideia na Cabeça e uma Máquina na Mão
Pimenteiras
PI
10.600,00
Fundação Santa Ângela
Fundação Santa Ângela
Pedro II
PI
13.602,00
Fundação Vale do São Romão
Minha Primeira Oportunidade
Capitão Gervásio Oliveira
PI
10.800,00
Fundação Ylla Costa Lopes
Dança Moviento da Mente
Simplício Mendes
PI
12.300,00
Grupo Arte Vida
Diversas Caras da Sociedade
Simões
PI
11.600,00
Grupo Culturart
Arrastapé no Salão
São Raimundo Nonato
PI
10.895,00
Hozangela de Sousa Venezes
Mãos que Criam Nossa Arte
Cabeceiras do Piauí
PI
9.860,00
Ivaneide da Costa Inocêncio
Biscuit
Simões
PI
3.150,00
Jardel de Castro Lopes
Rock na Praça
Pedro II
PI
7.200,00
João Batista da Veiga
Batucando na Capivara
São Raimundo Nonato
PI
10.467,00
Joaquina Maria de Sousa
Fotografando o Semiárido
Valença do Piauí
PI
10.555,00
José Domingos Ferreira dos Santos
Música Fértil em Terra Árida
Paes Landim
PI
11.900,00
Josiniel Meneses de Macêdo
Tocar para Inclusão
São João da Fronteira
PI
12.986,37
Karla Silvana Cardoso da Silva
Oficinas Artesanais
Inhuma
PI
12.500,00
Luciana Nogueira de Sousa
Festival de Dança
Inhuma
PI
12.500,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
177
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
178
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Luís Carlos Machado do Vale
Danças Populares
São José do Divino
PI
10.400,00
Luiz Pereira da Silva Filho
Brincando Reis de Bois como Nossos Pais
São João do Piauí
PI
10.600,00
Marcelo Rodrigues de Sousa
Kangaço
São João do Piauí
PI
9.600,00
Marcos Roberto do Monte Soares
Batizado e Troca de Cordas do Projeto Quilombo dos Carnaubais
Campo Maior
PI
5.705,00
Maria Anatalia dos Santos Nascimento
Por Entre Fios
Oeiras
PI
10.600,00
Maria da Conceição da Costa Silva
Jovens, Construindo o Possível, de Repente o Impossível para Promover Integração e Paz
Cabeceiras do Piauí
PI
7.713,70
Maria Francimar de Lima Coutinho
Um Dedo de Prosa
Jaicós
PI
12.000,00
Maria Lúcia de Carvalho
Música é Cultura em Ação
Massapê do Piauí
PI
4.740,00
Marly Moura da Silva
Quadrilha Junina Corta Fogo
Nossa Senhora de Nazaré
PI
8.758,00
Maurício Borges de Lima
Festival de Reisado
Ipiranga do Piauí
PI
10.755,00
Nilvan Masciel Neiva
Gravação de CD e DVD Banda Metraton
Picos
PI
10.650,00
Organização Cor Negra
Oficinas de Artes Cênicas: Projeto Resgatando
Picos
PI
9.500,00
Otávio José Veloso Neto
Cores no Semiárido
Jaicós
PI
11.750,00
Patrício Oliveira Lima
Teatro de Fantoches
Piracuruca
PI
13.780,00
Pedro Maria Borges Neto
Literatura em Cena
Paes Landim
PI
12.000,00
Reinaldo Rufino Bezerra
Gravação de CD Rap
Picos
PI
9.000,00
Rômulo José de Sousa
A Música Fala: Origens e Tradições Sitiolagoenses
Lagoa do Sítio
PI
9.800,00
Ronildo Coelho Rodrigues
O Fole da Sanfona
Massapê do Piauí
PI
10.220,00
Rosalina Rodrigues da Silva
Musicalidade de Eliseu Martins no Vale do Gurgueia
Eliseu Martins
PI
10.375,00
Sandri Gonzaga de Paula
Teatro para a Juventude em Tamboril do Piauí
Tamboril do Piauí
PI
8.930,00
Sandro de Morais
Hip Hop Itinerante
Picos
PI
9.085,00
Sociedade Amigos da Biblioteca Pública Municipal Patativa do Assaré
Balaio da Literatura Piauiense
Vila Nova do Piauí
PI
10.800,00
Sônia Maria Dantas Bonfim Queiroga
Artesanato para Todos
Valença do Piauí
PI
12.500,00
Suênia Marla de Gênesis Soares Silva
Aconteceu e Não Vi, mas me Contaram Assim...
Valença do Piauí
PI
10.127,00
Valdir de Sousa
Quizomba
São João do Piauí
PI
7.910,00
Vinício Borges da Trindade
Sete Cidades
Piracuruca
PI
12.722,00
Wilson de Freitas Júnior
EXCALE - Expressões da Cultura Alegretense
Alegrete do Piauí
PI
10.895,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Adeilda Conceição Gomes da Silva
Impressões: Stencil e Intervenção Urbana
Macaíba
RN
8.612,50
Alda Maggi
Cine Teatro Ideal
Caiçara do Norte
RN
10.724,00
Aldeias Infantis SOS Brasil - Aldéia SOS do Rio Grande do Norte
Fortalecendo a Filarmônica Hermann Gmainner da Aldeia Infantil SOS de Caicó
Caicó
RN
10.500,00
Aldises da Conceição Bessa
Dança de São Gonçalo
Portalegre
RN
10.470,00
Alex Leonardo Fernandes
Folgança de Rua
Monte das Gameleiras
RN
10.139,00
Alzimar Trajano da Silva
Música na Zona Rural
Cruzeta
RN
10.750,00
Amariles Borges de Albuquerque
Cajarana Companhia de Teatro
Santana do Matos
RN
10.247,00
Ana Cleide Costa Bernardo
Pau Furado Juvenil
Macaíba
RN
10.890,00
Antônio Otacílio da Silva
Turma de Caboclos do Mestre Antônio Grosso
Major Sales
RN
10.820,00
Argival Marcelo de Morais
Desenhar para Contar
Pau dos Ferros
RN
5.538,10
Associação Amigos do Olheiro
1º Festival de Quadrilhas Juninas Beneficente de Pureza
Pureza
RN
9.700,00
Associação Beneficente e Cultural Comunitária Manoel Veríssimo Gomes
Criação do Grupo de Dança Raízes Potiguar
Baraúna
RN
10.710,00
Associação Comunitária Caridade e Luz
Quadrilha Junina: Aquisição de Figurinos e Equipamentos de Som
Severiano Melo
RN
10.720,00
Associação Comunitária Cultural Amigos da Casa da Cultura Palácio Florêncio Luciano
A Cultura em Movimento
Parelhas
RN
12.000,00
Associação Comunitária Logradouro
Arte Viva
São Francisco do Oeste
RN
13.196,00
Associação da Serra de Gameleira de Baixo
Quilombolas Revitalizando a Cultura do Boi de Reis
São Tomé
RN
10.101,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Boa Vista
Reinado do Rosário
Parelhas
RN
9.450,00
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Triunfo Potiguar
Alvorada: Filarmônica V. Leandro F. de Carvalho
Triunfo Potiguar
RN
10.782,00
Associação de Desenvolvimento e Integração Social Frutuosense
II Festival de Cultura de Frutuoso Gomes
Frutuoso Gomes
RN
11.773,00
Associação de Jovens Ação e Cidadania - AJAC
Sons da Vida: Música o Caminho da Transformação Humana
São Tomé
RN
10.557,75
Associação do Bem Estar Socio Econômico e Cultural Santanense
Ampliação da Banda de Música 24 de Junho
Riacho de Santana
RN
9.820,00
Associação dos Moradores dos Bairros de Frutilândia I, II e Fulo do Mato
Auto de São José
Açu
RN
12.080,00
Associação dos Produtores Agrícolas de Bebida Velha
Pintura: Tecido, Capacho de Coqueiro
Pureza
RN
13.650,00
Associação e Escola de Música Francisco Soares Filho
Aquisição de Instrumentos Musicais
Augusto Severo
RN
10.000,00
Augusto Araújo Neto
Cine-Forró
Tangará
RN
10.816,29
Aurilene Nogueira da Silva
Jovem Acordeon
Areia Branca
RN
13.000,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
179
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
180
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Berenice de Freitas Ramos
Venha-Ver a Arte Nascer
Venha-Ver
RN
12.155,00
Bethânia Barbosa Brandão
Redescobrindo a BR 101
Touros
RN
10.895,00
Bruno Campelo de Oliveira
Nas Pegadas dos Fiéis: O Registro Audiovisual das Manifestações Religiosas do Santuário do Lima
Patu
RN
13.077,00
Camila da Silva Pereira
Dançando: Arte, Expressividade e Vida
Pau dos Ferros
RN
9.677,00
Carlos André Porfírio
A Dança como um Valor Artístico Cultural
Várzea
RN
7.845,00
Centro de Assessoria às Comunidades Rurais e Urbanas - CEACRU
Em Nome da Fé
Governador Dix-Sept Rosado
RN
10.800,00
Centro de Promoção Social de Campo Redondo
Música no Sertão
Campo Redondo
RN
10.649,00
Cícero Batista Eleuterio da Silva
Música em Sucata como Sustentabilidade para Crianças e Adolescentes
Lajes
RN
6.420,00
Dione de Medeiros Lima
Apicultura em Ipueira: uma Relação de Parceria com a Natureza
Ipueira
RN
5.000,00
Edson de Souza Soares Neto
Currais Novos em Versos & Rimas
Currais Novos
RN
9.971,50
Educar
Festival de Pucunã
Carnaúba dos Dantas
RN
10.895,00
Elaine de Araújo Gomes
Construindo Circo, Tecendo Sonhos
Pilões
RN
8.374,00
Elivan Alves de Moura
Vernacolhares: um Olhar sobre Campestre
São José do Campestre
RN
10.395,00
Erinilson Silva da Cunha
Cordel Contando Sua História
Monte das Gameleiras
RN
10.800,00
Francinaldo da Silva Moura
João Redondo nas Terras do Seridó
Currais Novos
RN
12.535,00
Francisco das Chagas Gaudêncio
IV Evento Cultural Novartes: Educar com a Cultura Popular
Lucrécia
RN
10.600,00
Francisco de Assis da Silva
Mamulenga Minha Mão na Sua Mão
Açu
RN
10.874,00
Francisco Edísio Lorena
Nas Cordas da Viola
Marcelino Vieira
RN
10.110,00
Francisco Erinaldo de Souza
Amigos da Arte
Marcelino Vieira
RN
8.746,00
Francisco Flávio Felipe de Souza
Socializando Saberes e Interagindo Gerações
Porto do Mangue
RN
13.941,00
Fundação Félix Rodrigues
Arte que Mostra Arte
Pendências
RN
13.950,00
Geila Radimila Linhares de Andrade
Auto da Lapinha
Touros
RN
10.895,00
Gilberto Francisco Sobrinho da Silva
Grupo de Capoeira Berimbau de Ouro
Major Sales
RN
9.677,00
Grupo de Teatro O Pessoal do Tarará
Ventania Shakespeariana
Mossoró
RN
12.000,00
Higor Daivilly da Silva Ribeiro
Art Abrindo Caminhos
Galinhos
RN
10.845,30
Izabel Cristina de Medeiros
O Jogo e a Observação na Construção da Cena Teatral em Acari
Acari
RN
9.600,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Jerusa Maria Bezerra de Lima
Tecendo as Varandas de Cachoeirinha
Antônio Martins
RN
10.470,00
Jimmy Karter Matias da Silva
Dança Afro-Brasileira
Itajá
RN
8.500,00
José Alves Júnior
Banda dos Anos Dourados
São Pedro
RN
12.040,00
José Daniel Vieira de Arruda
EnCANTO: MPB na Praça
Janduís
RN
12.925,00
José Fernando da Silva
Salto da Onça: A Lenda
Santo Antônio
RN
10.850,00
José Gevildo Viana
Cinema no Sítio: Abrindo as Porteiras para a Arte
Rafael Fernandes
RN
7.360,00
José Vieira dos Santos
Pintura na Praça
Areia Branca
RN
11.400,00
Juliet Viegas Gomes de Lima
Não Deixe Meu Boi Morrer
Vera Cruz
RN
10.800,00
Julio Cesar Fernandes da Costa
Sons do Agreste
Nova Cruz
RN
10.895,88
Júnior Galdino de Azevedo
A Saga de Zé Leão na Terra das Flores
Florânia
RN
10.500,00
Laudimeiry Humberta Silva de Azevedo
Espetáculo Santuário dos Negros
Jardim do Seridó
RN
10.000,00
Luciana Maia e Silva
Resgate da História Cultural de Santa Cruz
Santa Cruz
RN
10.000,00
Márcio di Angelis Oliveira Guimarães
Capoeira Cultura Viva
Governador Dix-Sept Rosado
RN
10.800,00
Maria Aparecida Rodrigues da Silva
Fazendo Mais Cultura: Minha História Virou Cordel
Florânia
RN
8.000,00
Maria Bernadete dos Santos
Soprando a Música
Martins
RN
7.170,00
Maria da Apresentação de Oliveira Marques
Viajando pela Cultura Nordestina Através da Leitura
Doutor Severiano
RN
10.350,00
Maria das Vitórias Araújo Cruz
Cultura na Cidade
São Vicente
RN
5.000,00
Maria de Fátima Gomes
Maneiro Pau
Portalegre
RN
10.260,00
Maria de Fátima Gonçalo de Lima
Arte em Movimento
Januário Cicco
RN
10.614,00
Maria Rosineide do Nascimento
Carapuça: a Vida é o Palco
Água Nova
RN
8.910,00
Mário Silvério de Oliveira Júnior
Musicalização como Forma de Inclusão Social
Santana do Seridó
RN
10.500,00
Milton Francisco da Silva
Banda Marcial de Lagoa das Pedras
Lagoa de Pedras
RN
10.895,00
Mônica Ciríaco Fernandes
Oficina de Iniciação ao Teatro e Estética do Oprimido
São Rafael
RN
10.419,93
Nilber Kalebe dos Santos Alcântara
Coral Vozes da Juventude
Ipanguaçu
RN
12.176,25
Nubia Maria Abrantes
Espalhando Cultura com o Teatro de Rua
Doutor Severiano
RN
10.100,00
Patriciana Henrique de Lima
Estrelas do Amanhã: Construíndo o Saber Teatral
Lagoa de Pedras
RN
10.895,00
Pedro César Pereira de Almeida
Teatro do Oprimido: Jovens em Ação por uma Sociedade Melhor
Messias Targino
RN
7.250,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
181
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social
182
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Regina Tereza Braga da Silva
Oficina de Tambor de Crioula
São Miguel do Gostoso
RN
11.700,00
Rodrigo da Costa Rego
Leitura Também é Cultura
Luís Gomes
RN
10.807,00
Rodrigo Félix da Silva
Criando uma Nova História
Santo Antônio
RN
13.000,00
Rômulo Granjeiro de Souza
II Festival Encanto de Música Popular
Encanto
RN
10.200,00
Sandra Medeiros da Silva
Arte na Terra
Umarizal
RN
5.950,00
Santo Tito Cláudio Paiva Moreira
Sons do Potengi
São Paulo do Potengi
RN
10.748,50
Tárcio Luiz da Silva
Violão Educativo
Barcelona
RN
9.350,00
Thábatha Hanna de Medeiros
Fazendo Arte: Teatro Itinerante
Caicó
RN
9.830,00
Thalles Anderson Belarmino de Andrade
Boi de Reis
Ruy Barbosa
RN
8.250,00
Therezinha Tessele Galles
Flauta Cabocla
João Câmara
RN
5.800,00
Walison Bruno de Araújo
Encantando a Comunidade: uma Forma de Trabalhar Conceitos Sociais a partir da Musicalidade
São Paulo do Potengi
RN
10.807,53
Wellington de Souza Marques
Oficinas de Capoeira
Lajes
RN
9.970,00
Wescley José da Gama
Curso Gratuito de Violão e Manutenção da Orquestra de Violões do Seridó
Currais Novos
RN
9.971,50
Wigna Medeiros da Nóbrega
Arte Cidadania: uma Construção Social
Ipueira
RN
12.000,00
Williams Vicente da Silva
Mossoró Audiovisual
Mossoró
RN
13.442,10
Adejania dos Santos Nunes
Oficina de Bordados
Nossa Senhora Aparecida
SE
12.800,00
Ademilson Marcos dos Santos
Esculpindo Talentos
Nossa Senhora das Dores
SE
10.908,50
Anderson Dionísio Santos
Capoeira Molas de Itabaiana
Itabaiana
SE
10.500,65
Associação Cultural Raízes Nordestinas - ACRANE
Virxe! Deu Shakespeare na Caatinga - Formação e Qualificação para o Teatro
Poço Redondo
SE
11.910,00
Associação de Moradores e Amigos do Povoado Mangueira
Quadrilha Junina Levanta a Saia do Povoado Mangueira
Itabaiana
SE
10.680,00
Associação de Proteção Comunitária Sítio Alto
O Sítio É Alto, Mas a Dança É de Roda
Simão Dias
SE
12.002,00
Associação Lagartense de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros -
Na Roça Também se Faz Cultura e Cidadania
Lagarto
SE
10.700,00
Associação Musical e Social de Riachão do Dantas
Recuperação da Filarmônica N.S. do Amparo, Escola de Música
Riachão do Dantas
SE
13.800,00
Associação Musical Filarmônica Maestro João Alves de Oliveira
Associação Musical Filarmônica Maestro João Alves de Oliveira
Carira
SE
Ass.para Promoção e Desenvolvimento para Com. De Cedro de S.João
Formação da 1ª Banda de Percussão do Munic. de Cedro de S.João
Cedro de São João
SE
10.862,00 13.090,00
_______________________________________________________________________________________________________________________________
Ação Microprojetos Mais Cultura no Semiárido Brasileiro
PROJETOS SELECIONADOS Nome / Razão Social Bruno Santana Pereira
Título / Projeto
Município
UF
Valor(R$)
Pesquisa Folclore Serrano
Itabaiana
SE
10.005,00
Instituto Simãodiense de Juventude - ISAJE
Jovens Atores
Simão Dias
SE
11.486,25
Ivelizze Martins de Vasconcelos
Ciranda, Cirandinha...
Lagarto
SE
13.553,25
João Batista de Jesus
Espaço da música - Solte sua Voz
Feira Nova
SE
12.500,00
João Paulo de Jesus Gois
A Revoada da Asa Branca
Simão Dias
SE
12.784,00
José de Lira Raimundo
Encourados do Sertão
Nossa Senhora da Glória
SE
13.800,00
José Ricardo Nascimento da Silva
Dança, Cultura e Arte
Frei Paulo
SE
10.499,00
Juliete dos Santos
História em Migalhas: a TVE do Colégio Estadual Cicero Bezerra Resgatando a História da Sociedade Gloriense
Nossa Senhora da Glória
SE
12.113,80
Karla Marcelina de Jesus Brasida
O Resgate de uma Tradição
Telha
SE
1.844,15
Lucas Fontes Lima
Gravando Ideias
Areia Branca
SE
10.119,10
Maria Aparecida de Souza Santos
Revivendo a Nossa História em Quadrinhos
Nossa Senhora da Glória
SE
11.051,71
Maria da Conceição Souza de Oliveira
Criando e Recriando Com Arte
Gararu
SE
11.500,00
Meiriane Albuquerque Melo
Arte Viva
Gararu
SE
4.230,00
Paula Vieira Santos
Valorizando e Transformando o Conhecimento
Telha
SE
882,00
Paulo Roberto Mesquita Andrade Júnior
Paulo Roberto Mesquita Andrade Junior
Canindé de São Francisco
SE
10.930,00
Raimundo Vieira Farias Sobrinho
Raimundo Vieira Farias Sobrinho
Amparo de São Francisco
SE
9.990,00
Renato Carvalho Alexandre
Talentos Daqui
Pedra Mole
SE
12.730,00
Roberto Dantas de Almeida
Toques Juvenis
Tobias Barreto
SE
10.092,00
Robson Santana dos Santos
Pintando o Folclore de Moita Bonita
Moita Bonita
SE
9.613,00
Romário da Silva Andrade
Romário da Silva Andrade
Nossa Senhora da Glória
SE
6.002,60
Sergio de Oliveira Dantas
Cultura da Mandioca: Cultivando Vidas
Nossa Senhora das Dores
SE
9.460,00
Sergio Santos Teles
Bonecas de Pano
Nossa Senhora das Dores
SE
10.360,00
Sociedade Filarmônica Pe. Manoel Araújo
Músicos do Futuro
Ribeirópolis
SE
12.900,00
Vinicius Fontes Silva
Fotocidadania - Despertando um Novo Olhar!
Canindé de São Francisco
SE
13.280,00
Weverton Santos de Matos
A Paixão de Cristo
Canhoba
SE
3.250,00
Zenaide Santos
O Auto da Feira
São Miguel do Aleixo
SE
10.580,00
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AGRADECIMENTOS
- Secretaria Executiva de Cultura do Estado de Alagoas - Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia - Secretaria da Cultura do Estado do Ceará - Secretaria Estadual da Cultura do Espírito Santo - Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão - Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais - Secretaria de Educação e Cultura da Paraíba - Secretaria de Educação e Cultura de Pernambuco/ Fundarpe - Secretaria da Educação e Cultura do Piauí - Secretaria de Estado da Educação e da Cultura do Rio Grande do Norte - Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe - Fundação Casa de Rui Barbosa – Lia Calabre - Anima.Cult - Criatividade e Desenvolvimento - Ponto de Cultura Boca no Trombone - Cleide Soares da Arca das Letras do Ministério do Desenvolvimento Agrário - Pacto pelas crianças e adolescentes do Semiárido - UNICEF - Às Prefeituras Municipais do Semiárido brasileiro - As rádios comunitárias que contribuíram para a divulgação da ação - A todos os artistas, produtores culturais e Organizações não Governamentais que participaram direta ou indiretamente desta ação
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EXPEDIENTE
Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Cultura Juca Ferreira Secretário Executivo Alfredo Manevy Secretária de Articulação Institucional Silvana Meireles Presidente da Fundação Nacional de Artes Sérgio Mamberti Secretário do Audiovisual Newton Cannito Secretário de Cidadania Cultural TT Catalão Secretário de Fomento e Incentivo à Cultura Henilton Menezes Secretário da Identidade e da Diversidade Cultural Américo Córdula Secretário de Políticas Culturais José Luiz Herencia Presidente da Agência Nacional do Cinema Manoel Rangel Presidente da Fundação Biblioteca Nacional Muniz Sodré Presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa José Almino de Alencar Presidente da Fundação Cultural Palmares Zulu Araújo
Esta publicação refere-se a ação Microprojetos Mais Cultura para o Semiárido, realizada por meio do Termo de Parceria nº 00007/2009, publicado no DOU em 14/05/09, na página 12, seção 3.
Presidente do Instituto Brasileiro de Museus José do Nascimento Júnior Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Luiz Fernando de Almeida
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SECRETARIA DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL
Funarte
Secretária e Coordenadora Executiva Silvana Meireles
Presidente Sérgio Mamberti
Diretor de Programas Integrados Vinícius Palmeira Coordenadora Geral de Ações Mônica Monteiro Coordenadora de Territorialização / Ação Microprojetos Selma Santiago
Direção Executiva Myriam Lewin Coordenação Geral de Planejamento e Administração/Funarte Anagilsa Franco Coordenação da Assessoria Especial da Presidência e Projeto Mais Cultura/Funarte Xico Chaves (Francisco de Assis Chaves Bastos) Sub-coordenação de projeto /AESP/Funarte José Maurício Moreira
Assistente Técnica Simone Colen
Representante Regional da Funarte/Nordeste Jorge Clésio
Secretária Vanessa Teixeira
Representante Regional da Funarte/MG e apoio técnico Mirian Lott
Assessoria de Comunicação Tatiana Sottili Rafael Ely Djenane Arraes Cassiano Sampaio Leonardo Menezes Marcos Monteiro
Representante Regional da Funarte/DF e apoio técnico Maria Celeste Mascarenhas Queiroz Auditor Interno/Funarte Reynaldo Veríssimo Procurador Jurídico/Funarte Miguel Lobato Coordenação Financeira da Funarte Abimael Corrêa Coordenação da Divisão de Planejamento da Funarte Maria Eva da Silva Assistente técnico/Funarte Ivan Pascarelli Assistente ténica/Funarte Maura Torres de Carvalho Assistente técnica/Funarte Marcia Barcelos Bello Assistente de comunicação Funarte/INEC/Microprojetos Laura Proto Assistente técnica/Funarte/INEC/Microprojetos Luciana Flores Gomes Assistente técnica/Funarte/INEC/Microprojetos Maria Cecília Matos Assistente técnica/Funarte/INEC/Microprojetos Juliana Santos Assistente técnica/Funarte/INEC/Microprojetos Fabíola Matos Igino
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INSTITUTO NORDESTE CIDADANIA – INEC
Anima
Diretora Presidente Cássia Regina Xavier de Andrade Diretor Cultural Tibico Brasil
Consultores Claudia Leitão Luiz Antonio Gouveia Luciana Guilherme
Diretora Administrativa-Financeira Helda Kelly dos Santos Pereira
Coordenação Executiva Glicia Gadelha
Gerente Administrativa-Financeira Luciana Félix da Silva Coordenador Geral Lênin Carlos Rodrigues Equipe Técnica Lília Mara Barbosa Bessa Fabiana Bernarda de Souza Costa Adriana Rodrigues de Freitas Rogério Paulo da Silva Auxiliares de Eventos Culturais José Magno Pinto Cavalcante Ariane Busato Simon César Antonio Martin Diego Soares Rebouças Ana Carolina Lima Sales Ana Karolina Pamplona Cavalcante Cassandra Fortes Ferreira Marília Halina Girão Farias Adriana Costa Moura da Rocha Viviane Saraiva dos Santos BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A. Presidente Roberto Smith Diretores João Emilio Gazzana José Sydrião de Alencar Júnior Luiz Carlos Everton de Farias Oswaldo Serrano de Oliveira Paulo Sergio Rebolcas Ferraro Stélio Gama Lyra Júnior Chefe do Gabinete da Presidência Robério Gress Assessor Especial para a Área de Comunicação e Cultura Paulo Mota Gerente do Ambiente de Comunicação Social Mauricio Lima Gerente do Ambiente de Gestão da Cultura Tibico Brasil
Supervisão Técnica Cristina do Vale Produtora Lilia Alves Secretária Lucivanda Vieira Pesquisadores Ivy Ariane Teixeira Rafael Cicera Barbosa Kally Damasceno Evandro Magalhães Karla Torquato
Primeiro Plano Edição Vera Rotta Maria José Hesseine Coelho Leonardo Mourão (edição de textos) Textos Vera Rotta Fernando Rotta Weigert Edição de Fotografia Paulino Menezes Projeto Gráfico e Diagramação Maria José Hesseine Coelho Cristiane Cardoso Secretária Lilian Franz Younes Fotos Paulino Menezes Revisão Cláudia Regina Pinheiro Pires
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Créditos das imagens
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Pag 9 – detalhe artefatos de teatro do Grupo Garajal, Maracanaú (CE) – Paulino Menezes Pag 18 – grupo de Caroço – gleba do Barro Duro, Tutóia (MA) – Vera Rotta Pag 19 – arquivo Renato Magalhães Pag 20 - detalhe artefatos de teatro do Grupo Garajal – Maracanaú (CE) – Paulino Menezes Pag 21 – São José do Belmonte (PE) – Paulino Menezes Pag 23 – detalhe confecção das bonecas de pano, Crato (CE) – Paulino Menezes Pag 25 – Cine na Roça, Lagarto (SE) – Paulino Menezes Pag 26 - Gleba do Barro Duro, Tutóia (MA) – Paulino Menezes Pag 29 – Detalhe de altar no interior de Lagarto (SE) - Paulino Menezes Pag 30 – Grupo de Caroço, gleba do Barro Duro, Tutóia (MA) – Paulino Menezes Pag 31 – Cavalgada, São José do Belmonte (PE) – Arquivo Renato Magalhães Pag 33 – Grupo de Caroço, gleba do Barro Duro, Tutóia (MA) – Paulino Menezes Pag 34 – Sede do grupo Uirapuru, Cascavel (CE) – Paulino Menezes Pag 35 – de cima para baixo, da esquerda para a direita - Detalhe da feira de Picos (PI) – Vera Rotta - Detalhe de casa em Olinda (PE) – Vera Rotta - Mercado de Picos (PI) – Vera Rotta - Sertão de Pernambuco – Vera Rotta - Detalhe feira de Caruaru (PE) – Vera Rotta - Rendeira de labirinto – Touros (RN) – Vera Rotta - Quintal Cultural, Maceió (AL) – Arquivo Quintal Cultural - Detalhe casa em Olinda (PE) – Vera Rotta - Detalhe, Olinda (PE) – Vera Rotta - São José do Belmonte (PE) – Paulino Menezes Pag 36 – de cima para baixo - Quintal Cultural, Maceió (AL) – Arquivo Quintal Cultural - Gleba do Barro Duro, Tutóia (MA) – Vera Rotta - Comunidade do Amarelão, João Câmara (RN) – Vera Rotta
Pag 37 – Vitória da Conquista (BA) – Paulino Menezes Pags 38 a 43 – Orquestra de Barro Uirapuru, Cascavel (CE) – Paulino Menezes Pags 44 a 51 – Grupo Garajal, Maracanaú (CE) - Pags 44, 45, 47, 50 e 51 – Paulino Menezes - Pag 46, 48 e 49 – arquivo Grupo Garajal Pags 52 a 57 – Grupo de Caroço Arco Iris do Amor, Tutóia (MA) – Paulino Menezes Pags 58 a 61 – Bonecas de Pano, Crato (CE) – Paulino Menezes Pags 62 a 65 – Elis Marina, Pimenta de Cheiro, Picos (PI) – Paulino Menezes Pags 66 a 69 – Tambor de Criola, São Miguel do Gostoso (RN) – Paulino Menezes Pags 70 a 73 – Flauta Cabocla, João Câmara (RN) – Paulino Menezes Pags 74 a 77 – Cultura no Presídio, Campina Grande (PB) – Paulino Menezes Pags 78 a 83- Cavaleiros do Sertão, São José do Belmonte (PE) - pags 78, 79 e 81– Arquivo Renato Magalhães - pags 80, 82 e 83 – Paulino Menezes Pags 84 a 89 – Quintal Cultural, Maceió (AL) – Paulino Menezes Pags 90 a 95 – Oficina de Máscaras da Comunidade do Lixão, Bezerros (PE) – Paulino Menezes Pags 96 a 99 – Cine na Roça, Lagartos (SE) – Paulino Menezes Pags 100 a 105 – Hip Hop nas Ruas, Vitória da Conquista (BA) - Paulino Menezes Pags 106 a 109 – Re-criando, Regência, Linhares (ES) - Paulino Menezes Pags 110 a 113 – Estação da Memória, Araçuaí (MG) - Paulino Menezes Pag 114 – Feira de Caruaru, Caruaru (PE) – Vera Rotta Pag 116 – Interior de Lagartos (SE) – Paulino Menezes Pag 117 – São José do Belmonte – Paulino Menezes Pag 118 – Interior município de Touros (RN) - Paulino Menezes Pag 119 – Rua do Sol Nascente, Maceió (AL) – Paulino Menezes Pag 120 – Barro Duro, Cascavel (CE) – Paulino Menezes Pag 122 – Arquivo Renato Magalhães Pag 123 – São Miguel do Gostoso (RN) – Paulino Menezes Pag 140 – Tutóia (MA) – Paulino Menezes
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Esta publicação utiliza as famílias tipográficas Casablanca Antique e Garamond. Foi impressa nos papéis Couché matte 230g [capa] e couché matte 115g [miolo].