Especial CIPE na missão humanitária no Haiti (pág. 9) Destaques Notícias do XXX Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica (pág. 15) CIPE Informa CIPE divulga calendário eleitoral (pág. 18)
Janeiro/Junho 2010 – Ano XIX – nº 34/35 – Edição Especial
IV Mutirão nacional de Cirurgia da Criança A CIPE está empenhada para que os resultados deste mutirão superem os de 2009
Imagens do Mutirão Nacional 2009.
Arquivo/CIPE
s preparativos para o IV Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, que será realizado no dia 21 de agosto de 2010, estão bem adiantados. A CIPE entrou em contato com suas estaduais e a Regional Norte, solicitando empenho na preparação da atividade. Também enviou correspondência a todos os serviços que se engajaram nos mutirões anteriores, ocorridos em 2007, 2008 e 2009, e para novos hospitais e profissionais. O presidente da CIPE, Prof. José Roberto Baratella, assinala “a importância de iniciativas dessa natureza, ao permitir que, por meio do trabalho voluntário dos profissionais da saúde, centenas de crianças tenham seus problemas cirúrgicos resolvidos, deixando as filas de espera dos hospitais públicos”. Ele lembra, ainda, os reflexos positivos de uma iniciativa como essa na comunidade do entorno e na imagem de cada instituição participante perante a opinião pública, já que a CIPE procura garantir a devida divulgação pela imprensa nacional de todos os serviços integrados aos mutirões. Embora seja cedo para afirmar que o mutirão de 2010 será mais abrangente que o que o antecedeu, pelo que se observa no meio, a associação tem motivos para acreditar no aumento do número de serviços envolvidos e, consequentemente, de cirurgias efetuadas. Em 2009 durante o terceiro mutirão foram atendidas 603 crianças em 24 serviços distribuídos entre 12 estados e no Distrito Federal. No fechamento desta edição, pouco mais de dois meses antes da realização do evento, a CIPE já havia registrado a adesão de 18 serviços, instalados em 10 estados – Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins – e no Distrito Federal. Pelo site da CIPE – www.cipe.org.br – é possível acompanhar o desenvolvimento do Mutirão Nacional 2010, com a adesão de novos serviços e sua localização. Até o dia 21 de agosto, a entidade espera o envolvimento de novos serviços.
Arquivo/CIPE
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EDITORIAL Jornal da CIPE Ano XIX – Nº 34/35 – Janeiro-junho 2010 – Edição Especial O Jornal da CIPE é o veículo informativo oficial da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE). Redação Rua Cardeal Arcoverde, 1745 bl. A – 12º and. – cj. 123 Pinheiros – São Paulo (SP), CEP 05407-002 Tel.: (11) 3814-6947 – cipe@uol.com.br Diretores Responsáveis José Roberto de Souza Baratella (jrbaratella@terra.com.br) e Sylvio Gilberto Andrade Ávilla (avilla.sylvio@gmail.com) Jornalista Responsável Cristiane Collich Sampaio – Mtb. 14 225 (collichc@uol.com.br) Publicidade Zeppelini Editorial Produção Gráfica, Editoração Eletrônica e Impressão Zeppelini Editorial www.zeppelini.com.br Tiragem: 1,2 mil exemplares Distribuição: Nacional
Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica – CIPE Rua Cardeal Arcoverde, 1745 bl. A – 12º and. – cj 123 Pinheiros – São Paulo (SP), CEP 05407-002 Tel.: (11) 3814-6947 – cipe@uol.com.br www.cipe.org.br Diretoria Presidente: José Roberto de Souza Baratella (SP); 1º Vice-Presidente: Max Carsalad Schlobach (MG); 2º Vice-Presidente: Elinês Oliva Maciel (RS); Secretário Geral: José Carnevale (SP); 1ª Secretária: Maria do Socorro Mendonça de Campos (BA); 2º Secretário: Maurício José Lopes Pereima (SC); 1º Tesoureiro: Marcelo Iasi (SP); 2º Tesoureiro: Paulo Carvalho Vilela (PE); Diretor de Patrimônio: Pedro Muñoz Fernandez (SP); Diretor de Publicações: Sylvio Gilberto Andrade Ávilla (PR); Diretor de Relações Internacionais: Kleber Moreira Anderson (RJ). Conselho Fiscal Membros Titulares: Wilberto Trigueiro (PB), Peter Goldberg (SC) e Paulo Roberto Pepe Serra (BA); Membros Suplentes: Roberto Antonio Mastroti (SP), Edward Esteves Pereira (GO) e Mércia Maria Braga Rocha (DF). Departamento de Cirurgia Pediátrica da Associação Médica Brasileira (AMB)
Os artigos assinados não traduzem necessariamente a opinião deste jornal, cabendo aos autores a responsabilidade pelos respectivos conteúdos.
Prezados amigos, Chega a vocês um novo número do Jornal da CIPE. Um nutrido volume que engloba um semestre de atividades da comunidade cipeana. Como você bem poderá aquilatar, este foi um período de intensa atividade para todos nós, o que mais uma vez mostra a pujança de nossa associação e de seus membros. Chamamos a atenção, como sempre, para as próximas realizações da CIPE. Inicialmente, em agosto, teremos o IV Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança. Esta atividade, que começamos na CIPESP em 2005, surgiu como iniciativa social no sentido de diminuir as filas então existentes em vários serviços públicos. Hoje, além disso, adquiriu também caráter de excepcional exposição da especialidade que, dessa maneira, adquire mais visibilidade na mídia e é mostrada (muitas vezes, poder-se-ia dizer, apresentada) ao grande público. A propósito, lembramos que, no ano passado, o III Mutirão e a especialidade estiveram presentes na telenovela mais vista no país e em inúmeros noticiários na imprensa escrita, em sites da Internet e na televisão, aqui incluído o principal canal da TV brasileira. Para este ano, prevê-se maior número de serviços e hospitais que, voluntariamente, vão aderir ao evento, mostrando, cada vez mais, o espírito de solidariedade inerente ao cirurgião pediátrico. Vamos prosseguir com as reuniões de Memória da CIPE. O sucesso alcançado na primeira sessão levou-nos a programar mais duas no segundo semestre, em julho e outubro. A idéia é que estas reuniões gerem um acervo de som e imagem que ajude a resgatar os primórdios da CIPE e as trajetórias de seus pioneiros. Compareça a essas sessões, realizadas em um sábado pela manhã, na sede da AMB, para colaborar (se tiver idade suficiente) ou para aprender (se você tiver menos de 50 anos) Aproximam-se os congressos. Este ano, além do Congresso de Cirurgia Pediátrica, do de Urologia Pediátrica e do de Vídeo, teremos a II Jornada de Transplante de Órgãos na Criança, uma saudável aproximação entre a CIPE e a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, idealizada para estimular o cirurgião pediátrico a adentrar e se firmar no campo dos transplantes. Programamos, ainda, importante segmento de atualização oncológica, como há muito não se via em nossos eventos. Enfim, esta ampla gama de temas em discussão reforça a abrangência de nossa especialidade, acentua a percepção da necessidade de nos mantermos unidos dentro dela e consolida nossos congressos bienais como o grande momento de confraternização, troca de idéias e aprendizado de nossa vida profissional. A estrutura dos congressos foi desenhada no sentido de que todas as intervenções e apresentações de temas sejam seguidas de debates, buscando-se, desta forma, desejável interação entre palestrantes e platéia. Nessas condições, programaram-se também temas expressivos até para as últimas sessões dos eventos. Temos certeza de que, paralelamente à programação científica, a riqueza turística de Minas, seja ela advinda do passado colonial (como Ouro Preto, Tiradentes etc.) ou da época contemporânea (Inhotim), associada à excelência da gastronomia regional, garantirão, aos que lá comparecerem, uma semana extremamente agradável. Programe-se, com sua família, para chegar no sábado (13) e retornar no final de semana próximo. Acreditamos que você não se arrependerá. Inauguramos neste Jornal a apresentação de nossos serviços e, como não poderia deixar de ser, iniciamos pelo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, berço principal de nossa especialidade. Inaugurada pelo pioneirismo dos Professores Primo Curti e Virgílio Alves de Carvalho Pinto, a disciplina de Cirurgia Pediátrica foi chefiada subseqüentemente pelos Profs. Drs. João Gilberto Maksoud e Uenis Tannuri e, conforme se pode observar pelas entrevistas realizadas, ostenta várias marcas importantes dentro da história da especialidade. No próximo número estaremos enfocando o Serviço do Hospital Pequeno Príncipe, que é hoje, provavelmente, o mais abrangente Serviço de Cirurgia Pediátrica de nosso país. Por fim, umas palavras no campo profissional. A questão da alta complexidade em cirurgia pediátrica não está esquecida, embora não se esteja nela avançando. As últimas tentativas, em princípio, e por iniciativa do Prof. Nelson Andreollo (UNICAMP), presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, em conjunto com a Federação Brasileira de Gastroenterologia, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, o CBC e a CIPE, foram de se agendar reunião com o Governo para tratar da alta complexidade em procedimentos sobre o trato digestivo. Tais esforços, iniciados em dezembro passado, até agora resultaram infrutíferos. Em particular, nosso último contacto com a Profa. Dra. Lidia Marques Silveira, da Coordenação Geral da Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, pessoa gentil e educada, foi em 8 de junho passado, no qual ela nos relatou os obstáculos existentes para a ampliação do rol de procedimentos em um ano complexo como o atual. De todo modo, conquistas pontuais continuam acontecendo. Em todas as lutas vitoriosas, entretanto, a marca uniforme é a da união dos colegas. Já se disse que o povo unido jamais será vencido. A coesão dos cirurgiões pediátricos, quando existente, confirma a tese. Abraços, José Roberto S. Baratella Presidente
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HaVana/CuBa
IV Congresso Iberoamericano de Cirurgia Pediátrica Uma oportunidade única para a troca de experiências, especialmente entre cirurgiões latinoamericanos
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nambuco, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo. A ocasião favoreceu a troca de experiências entre cirurgiões latinoamericanos, especialmente, dado o fato de o país-sede integrar o Caribe. Os principais temas abordados na oportunidade foram: Vi-
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e 22 a 26 de março, em Havana (Cuba), foi realizado o IV Congresso Iberoamericano de Cirurgia Pediátrica, com a participação de representantes da CIPE e de 12 cirurgiões pediátricos brasileiros, originários da Bahia, do Distrito Federal, de Minas Gerais, Per-
deocirurgia: novas técnicas; Cirurgia Neonatal: resultados atuais e perspectivas; Cirurgia pediátrica na comunidade; Cirurgia oncológica na criança; Cirurgia urológica: hipospadia; e Urgências cirúrgicas. No dia 25, ocorreu reunião administrativa da Associação
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Na ocasião foram estabelecidos os locais dos próximos congressos iberoamericanos.
Iberoamericana de Cirurgia Pediátrica, promotora do evento, com membros das entidades nacionais da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Espanha, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, República Dominicana e Venezuela. Por unanimidade, os presentes decidiram indicar o nome do atual presidente da CIPE, Prof. Dr. José Roberto Baratella, como representante da América Latina e do Caribe na World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS). A definição do nome desse representante, todavia, só se dará por ocasião do próximo congresso da WOFAPS, em Nova Delhi (Índia), em outubro de 2010. Também foi estabelecido que os próximos congressos iberoamericanos deverão ser realizados na Colômbia, em Cartagena de Índias, e no Peru, respectivamente, em 2012 e 2014.
CuIaBÁ/Mt
Curso para pediatras tem contribuição da especialidade Divulgação
Cerca de 80 inscritos, entre pediatras e acadêmicos, participaram do curso realizado em março
O Dr. Augusto Aurélio de Carvalho, durante apresentação de palestra.
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ntre os dias 4 a 6 de março, no Auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado do Mato Grosso (CRM-MT), em Cuiabá (MT), foi realizado o Curso Itinerante de Reciclagem e Atualização em Pediatria (CIRAP). O evento foi promovido pela Sociedade Matogrossense de Pediatria (SOMAPE), com a colaboração do Dr. Augusto Aurélio de Carvalho, responsável pela organização do módulo sobre Cirurgia Pediátrica. Aproximadamente 80 inscritos, entre pediatras e acadêmicos de medicina, participaram do curso, que teve como tema central Gastroenterologia pediátrica. Do módulo cirúrgico, intitulado Patologias cirúrgicas no ambula-
tório pediátrico, fizeram parte as palestras Patologias da região inguinal e umbilical mais comuns no ambulatório pediátrico, proferida pelo Dr. Augusto Aurélio; Patologias da região cervical e em outras localizações, pelo Dr. Osvaldo César Mendes; Trauma abdominal fechado, pelo Dr. Carlos Augusto Carvalho; e Urgência em recémnascidos e lactentes, apresentada pela Dra. Stefania Mota. O curso ainda contou com a participação do Dr. Eloar Vicenzi, também cirurgião pediátrico, que atuou como mediador e coordenador de mesas redondas. Este CIRAP contou com o apoio do CRM-MT e de empresas como a Nestlé- Nutrição Infantil e a Tecnovida.
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4 Ribeirão Preto/SP
I Simpósio Internacional de Pesquisa em Cirurgia Pediátrica Ao final do simpósio, participantes e convidados, unânimes, solicitaram a repetição do evento a cada dois anos
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“Sempre houve um desejo grande de alguns poucos professores de realizar um encontro, no qual fosse possível abordar temas experimentais e clínicos relevantes, pautados por metodologias científicas que pudessem ser discutidos mais profundamente, e no qual aqueles que buscam fomento para pesquisa em Cirurgia Pediátrica tivessem a oportunidade de apresentar suas linhas de pesquisa e compartilhar conhecimento, ao mesmo tempo em que alunos de iniciação científica e pósDivulgação
os dias 7 e 8 de maio, em Ribeirão Preto (SP), foi realizado o I Simpósio de Pesquisa em Cirurgia Pediátrica na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa dos Profs. Lourenço Sbragia Neto e Yvone Avalonni Vicente, que se desenvolveu no anfiteatro do Bloco Didático da faculdade, concretizou um antigo sonho.
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Profs. Yvone Vicente, Roberto dos Santos, Lourenço Sbragia e o presidente da CIPE, José Roberto Baratella.
Os convidados estrangeiros, Profs. José Luis Peiró (à dir.) e Jorge Correia Pinto (à esq.), com o Prof. Sbragia.
graduandos tivessem espaço para mostrar sua produção intelectual”, comenta o Prof. Sbragia, revelando os objetivos do simpósio. Temas e aproveitamento Neste evento, os principais temas envolvidos foram modelos experimentais de defeitos congênitos, com destaque para gastrosquise e hérnia diafragmática e modelo de regeneração hepática. Também foram abordados assuntos clínicos, como aspectos psicológicos da criança operada e implante de segmentos esplênicos em pacientes esplenectomizados. O professor admite que embora o campo seja muito específico, pois há poucos pesquisadores na área, houve boa participação, com público total superior a 70 inscritos. Deste total 33 eram alunos de graduação em medicina, dos quais oito com bolsas de iniciação científica pela CNPq/ PIBIC ou FAPESP, 28 eram cirurgiões pediátricos, oito eram alunos de pós-graduação, além de quatro outros profissionais.” Ele informa que 26 trabalhos foram apresentados oralmente, dos quais 10 de teor clínico e 16 experimentais. Para o professor, as palestras abordaram temas extremamen-
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“Sempre houve um desejo grande de se realizar um encontro, no qual fosse possível abordar temas experimentais e clínicos relevantes.”
te relevantes na pesquisa clínica e experimental, com aplicações e repercussões na prática da Cirurgia Pediátrica. Os Profs. Jorge Correia Pinto, da Universidade do Minho (Portugal), e José Luis Peiró, professor de Cirurgia Pediátrica e chefe do Centro de Tratamento Fetal do Hospital Infantil Vall d’Hebron, de Barcelona (Espanha), foram os convidados internacionais que, juntamente com outros sete especialistas brasileiros, apresentaram conferências. Durante o evento o Prof. Roberto Cardoso dos Santos foi homenageado pela sua aposentadoria com mais de 30 anos de trabalho e por ser membro fundador da disciplina de Cirurgia Pediátrica da FMRP-USP. O Prof. Lourenço Sbragia relata, animado, que ao final do simpósio, de forma unânime, palestrantes e convidados solicitaram que o evento seja repetido a cada dois anos. Recursos escassos e futuro O simpósio contou com o apoio da disciplina de Cirurgia Pediátrica, do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRP-USP e da direção da faculdade, que cedeu o anfiteatro do Bloco Didático, e da Fundação da FMRP-USP (FAEPA) e do CNPq, que colaboraram financeiramente. O evento teve, ainda, o apoio da CIPE e da CIPESP, cujos presidentes compuseram a mesa de abertura e acompanharam todo o simpósio. “O que foi possível fazer com estes escassos recursos nos dá ânimo para solicitar um novo simpósio em 2012. No entanto, a experiência nos permite concluir que o sucesso de futuros simpósios depende, acima de tudo, de que as lideranças de universidades de renome nacional se animem e aumentem suas produções, para que possam contribuir com trabalhos de fomento em pesquisa na área de Cirurgia Pediátrica, em prol do crescimento desta modesta, mas tão importante área do conhecimento”, avalia o Prof. Lourenço.
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Rio de Janeiro/RJ
I Simpósio Internacional de Enurese O evento, que teve como um de seus objetivos chamar a atenção para a complexidade das disfunções do trato urinário inferior na infância e adolescência, superou todas as expectativas
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campo da enurese e da incontinência urinária na infância”. O evento – que recebeu o apoio da CIPE e das entidades brasileiras de Pediatria e Nefrologia, e também das sociedades de Urologia e Pediatria do estado – teve como objetivo chamar a atenção para as disfunções do trato urinário inferior e a incontinência urinária na infância e adolescência e promover a atualização dos médicos que trabalham com esses pacientes. O simpósio teve a participação de oito renomados especialistas internacionais, a saber: Drs.
Prof. Eliane Garcez Fonseca: “o simpósio se constituiu num marco no campo da enurese e da incontinência urinária na infância.”
A Prof. Eliane Garcez Fonseca, ao lado do Prof. José Carnevale e de outros participantes do evento.
disfunção do trato urinário inferior, infecção urinária e RVU, constipação e síndrome de disfunção das eliminações e bexiga neurogênica.
O Prof. Carnevale, secretário geral da CIPE, foi um dos diversos cirurgiões pediátricos a colaborar para o sucesso do evento. Divulgação
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Stuart Bauer (EUA), presidente da ICCS e um dos principais pesquisadores em bexiga neurogênica no mundo; Tryggve Neveus (Suécia); Piet Hoebeke (Bélgica); Jonathan Evans (Reino Unido); Janet Chase (Austrália); Søren Rittig (Dinamarca); Mario De Gennaro (Itália); e Yves Homsy (EUA). Além destes, outros 21 especialistas brasileiros, como os cirurgiões pediátricos Antonio Amarante, José Carnevale e Kleber Moreira Anderson, deram sua contribuição ao simpósio. Nos três dias do evento, os principais temas abordados foram: enurese, incontinência urinária,
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ste primeiro evento oficial da International Children’s Continence Society (ICCS) na América Latina superou todas as expectativas”, revela a Prof. Eliane Garcez Fonseca que, ao lado dos Profs. Tryggve Neveus e Mario De Genaro, coordenou o I Simpósio Internacional de Enurese, realizado no Rio de Janeiro (RJ) entre 18 e 20 de março deste ano. Segundo ela, “a magnitude alcançada pelo evento e a avaliação extremamente positiva pelos participantes deixaram a certeza de que o simpósio se constituiu num marco no
Literatura Especializada
Tratado de Pediatria tem expressiva participação de cirurgiões pediátricos Cinquenta cirurgiões pediátricos desenvolveram capítulos para a segunda edição da obra
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stá disponível no mercado a segunda edição, revisada e ampliada, do Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. A obra, com um total de 3 mil páginas reunidas em dois volumes, foi lançada no ano passado pela Editora Manole e teve como editores os Drs. Fabio Ancona Lopez e Dioclécio Campos Júnior. A comissão editorial convidou o Prof. José Roberto Baratella para participar dessa nova edição do tratado. Os capítulos referentes à Cirurgia Pediátrica
tiveram como coordenadores este e a Profa. Mércia Maria Braga Rocha e foram elaborados pelos seguintes cirurgiões pediátricos: Adriana Cartafina Perez-Bóscollo, Alcides Augusto Salzedas Netto, Ana Cristina Aoun Tannuri, Antônio Aldo Melo Filho, Antonio Carlos Moreira Amarante, Antonio Ernesto da Silveira, Antonio Marcos Rodrigues, Antonio Paulo Durante, Bonifácio Katsunori Takegawa, Carlos Teixeira Brandt, César Cavali Sabbaga, Edevard Araújo, Elaine Maria
de Oliveira Alves, Érika Veruska Paiva Ortoloni, Evelyne Gabriela Schmaltz Chaves, Fernando Costa, Humberto Salgado Filho, Izabelle Schimitt Pereira Mignoni, Jaques Pinus, João Carlos Ketzer de Souza, José Carlos Fraga, José Carnevale, José Luis Martins, João Vicente Bassols, José Pinus, José Raimundo Bahia Sapucaia, Jovelino Quintino de Souza Leão, Karin Shultz, Kleber Moreira Anderson, Lisieux Eyer de Jesus, Livia Muller Benz, Lourenço Sbragia, Luis Gustavo Sabino
Borges, Manoel Carlos Prieto Velhote, Manoel Firmato de Almeida, Marcelo Iasi, Marcio Lopes Miranda, Maria do Socorro Mendonça de Campos, Mauricio José Lopes Pereima, Max Carsalad Schlobach, Moacir Astolfo Tibúrcio, Paulo Carvalho Vilela, Paulo Roberto Mafra Boechat, Paulo Juvencio Gomes Tubino, Pedro Muñoz Fernandez, Roberto Antonio Mastroti, Robson Azevedo Dutra, Sylvio Gilberto Andrade Avilla, Uenis Tannuri e Wallace Acioli Freire de Gois.
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6 Juiz de Fora/MG
Curso Avançado de Videocirurgia Pediátrica Divulgação
Foram quase quarenta inscritos na edição 2010 e o curso previsto para 2011, que já tem data marcada, promete repetir o sucesso alcançado este ano
Panorâmica do módulo prático.
ntre os dias 21 e 24 de abril, em Juiz de Fora (MG), foi realizada a quarta edição do Curso Avançado de Videocirurgia Pediátrica, coordenado pelo Prof. Edward Esteves, de Goiânia (GO). O curso, que teve o apoio da CIPE, foi dividido em dois módulos: prático e cirúrgico. O prático teve dois dias de treinamento em simuladores, com instrumental de videocirurgia e aplicação de técnicas de sutura, com uso de tecido animal. Os outros dois dias foram dedicados a cirurgias ao vivo. Na oportunidade, no Centro Cirúrgico do Hospital Regional Dr. João Penido, foram operadas 11 crianças, nas quais foram realizados os seguintes procedimentos: correção de persistência de cloaca, abaixamento de cólon para megacólon, cirurgia de Nuss, plicatura diafragmática para eventração, reimplante ureteral, heminefrectomia, esplenectomia, colecistectomia, fundoplicatura gastroesofágica com gastrostomia, herniorrafia inguinal e retirada de barra torácica (em paciente submetido a cirur-
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Nesta edição foi incluído módulo voltado aos cuidados com equipamentos e instrumentos de videocirurgia pediátrica, que teve ótima aceitação. Divulgação
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A comissão organizadora, composta pelos Drs. Kelly Castro, Marcelo Calcagno, Célio Chagas, Roneyara Valamiel e pelo Prof. Edward Esteves (no centro).
gia de Nuss na primeira edição do curso, em 2007). De acordo com informações prestadas pelo Dr. Célio Chagas – que juntamente com o Prof. Edward e os Drs. Kelly Castro, Marcelo Calcagno e Roneyara Valamiel integraram a comissão organizadora –, “os pacientes apresentaram evolução pós-operatória satisfatória, obtendo alta hospitalar e bons resultados no acompanhamento ambulatorial posterior”. Segundo ele, a novidade apresentada nesta edição – e que teve ótima aceitação pelos alunos –, foi a inclusão de módulo voltado aos cuidados com o instrumental e equipamentos de instrumentação em videocirurgia pediátrica. O evento teve a participação de 38 inscritos, provenientes de 11 estados brasileiros, e foi prestigiado pelo presidente da CIPE, Prof. José Roberto Baratella, que esteve presente à cerimônia de abertura. O Dr. Célio adiantou que o próximo curso, em 2011, está previsto para ocorrer entre 6 e 9 de abril e que os preparativos já foram iniciados.
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Porto Alegre/RS
Prof. Fraga obtém a livre-docência na FMUSP O título obtido poderá abrir portas para o financiamento de novas pesquisas e para o desenvolvimento da especialidade Divulgação
Cirurgia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. “Neste momento conheci o Dr. João Luiz Pippi Salle, cirurgião pediátrico recém chegado de treinamento de cinco anos nos Estados Unidos e na África do Sul. Fiquei entusiasmado com a imensidão de áreas e possibilidades da Cirurgia Pediátrica, tendo ao final do estágio decidido fazer esta especialidade.” Para ele, a formação cirúrgica e o entusiasmo do Dr. Pippi Salle – “meu grande exemplo como médico” – foram determinantes na escolha.
Prof. José Carlos Soares de Fraga
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m janeiro deste ano, o Prof. José Carlos Soares de Fraga galgou mais um degrau da carreira acadêmica. Após ter tido sua tese Tumores neurogênicos de tórax na criança: estudo interinstitucional aprovada pela banca examinadora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), ele se tornou livre-docente pela disciplina de Cirurgia Pediátrica. Segundo ele, a escolha da especialidade ocorreu quando cursava o 5º ano da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FM-UFRGS), após fazer estágio no Serviço de
Trajetória O Prof. Fraga foi o primeiro residente formado pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre e aprendeu com o Dr. Pippi Salle, “os preceitos básicos da especialidade, sobretudo as técnicas cirúrgicas, nas quais ele sempre foi detalhista e cuidadoso ao extremo, procurando sempre a obtenção do melhor resultado”. Três anos apôs a conclusão de sua formação em Cirurgia Pediátrica, seguiu a carreira acadêmica, obtendo o título de mestre na FM-UFRGS e ingressando no curso de doutorado. “Neste momen-
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to, e por meio de bolsa da CAPES, realizei doutorado-sanduíche no The Hospital for Sick Children, em Toronto (Canadá), tendo sido o último fellow do Prof. Robert Filler. Elaborei minha tese sobre o uso experimental de órtese intratraqueal.” Há dois anos realizou pós-doutorado na Universidade de Londres (Grã-Bretanha), no Great Ormond Street Hospital for Children, tendo atividades nos Serviços de Cirurgias Geral, Torácica e Traqueal. “Como a minha faculdade não oferece a titulação em livre-docência, decidi fazer o exame na Disciplina de Cirurgia Pediátrica do Departamento de Pediatria da FMUSP, devido a sua reputação de alta qualidade e excelência, que foi comprovada durante o concurso”, revela. Atualmente atua como professor associado de Cirurgia Pediátrica da FM-UFRGS e como cirurgião pediátrico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde responde pela chefia do serviço. Pesquisa O Prof. Fraga observa que a pesquisa cirúrgica tem crescido muito dentro da UFRGS. “Temos
“A livre docência abrirá portas para a realização de novas pesquisas (...), ocasionando o desenvolvimento da especialidade.”
o curso de pós-graduação em Ciências Cirúrgicas da FM, na qual sou orientador, atuando nas linhas de pesquisa de empiema pleural e obstrução laringotraqueobrônquica. Estamos trabalhando em estudos clínicos e experimentais em empiema e também com órtese traqueal absorvível.” Para o acadêmico, “a livre docência abrirá portas para a realização de novas pesquisas, bem como para a obtenção de fomentos e financiamentos, tudo isso dentro da Cirurgia Pediátrica, ocasionando o desenvolvimento da especialidade”.
Campinas/SP
Prof. Bustorff na chefia do departamento de Cirurgia da FMC-UNICAMP
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Do ponto de vista acadêmico e, também da Cirurgia Pediátrica, é importante ter um represente da especialidade à frente do departamento
Prof. Joaquim Murray Bustorff Silva
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o dia 18 de abril, o Prof. Joaquim Murray Bustorff Silva foi eleito chefe do departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM-UNICAMP), tendo disputado o cargo com outros candidatos de nível científico equivalente. Segundo o Prof. Bustorff, praticamente toda sua trajetória acadêmica e profissional se desenvolveu ligada àquela instituição. Ele
se graduou em Medicina em 1981 e obteve o doutorado em 1992. Posteriormente complementou seu pós-doutorado junto ao departamento de Cirurgia Pediátrica da Universidade da Califórnia (EUA) entre 1997 e 1998. Atualmente é professor titular da FCMUNICAMP, assessor de reconhecidas instituições brasileiras de fomento à pesquisa, como a FAPESP e o CNPq, e autor de vários estudos científicos. Seu trabalho
se concentra no campo da fisiologia digestiva, com ênfase na motilidade intestinal e no refluxo gastresofágico. A CIPE tem o prazer de parabenizar o Prof. Joaquim Bustorff por mais esse êxito, de, como cirurgião pediátrico, passar a ocupar cargo de significativo destaque, o que é importante tanto do ponto de vista acadêmico quanto do reconhecimento da especialidade.
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8 Florianópolis/SC
Dr. Quaresma assume a presidência da Unicred do Brasil Mas o ex-presidente da CIPE mantém sua dedicação à Cirurgia Pediátrica, como chefe do serviço no Hospital Infantil Joana de Gusmão tantes da área médica e dos principais líderes do cooperativismo do país, entre os quais, o fundador do Sistema Unicred, Antonio Moacyr de Azevedo. Atualmente, o novo presidente da Unicred do Brasil é chefe do serviço de Cirurgia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, tendo sido,
ainda, presidente da Associação Catarinense de Medicina e da Unimed Florianópolis. Também foi fundador do Sistema Unicred em Santa Catarina, ex-presidente da Unicred Central no estado e expresidente da Unicred Florianópolis, além de fundador da Quanta – Previdência Unicred. A Unicred do Brasil, funda-
da em 1994, reúne atualmente mais de 200 cooperados – entre médicos, enfermeiros, psicólogos, veterinários e outros profissionais da área de saúde e correlatas, além de clínicas, hospitais, laboratórios e cooperativas de trabalho médico (Unimeds) –, tendo fechado o ano de 2009 com mais de R$ 5 bilhões de ativos totais.
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o dia 28 de maio, em cerimônia realizada no Costão do Santinho Resort, em Florianópolis (SC), o cirurgião pediátrico catarinense e ex-presidente da CIPE, Dr. Euclides Reis Quaresma, tomou posse como presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Centrais Unicred (Unicred do Brasil), com a presença de represen-
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Os presidentes Remaclo Fischer Jr., da Unicred Florianópolis; Dr. Euclides Quaresma, da Unicred do Brasil; e Jorge Abi-Saab Neto, da Central Unicred de Santa Catarina.
A posse ocorreu em maio.
NOTAS Divulgação CVB
Congresso da CIPE recebe Prêmio Caio
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o dia 2 de fevereiro, na Sala São Paulo, em São Paulo (SP), foi realizada a cerimônia de entrega dos prêmios da 10ª edição do Prêmio Caio, voltado a empresas brasileiras promotoras de eventos. Na ocasião, a SP Convention & Visitors Bureau recebeu o prêmio pela captação do XII Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, o VII Congresso Paulista de Cirurgia Pediátrica e a Jornada Brasileira de Transplante de Órgãos em Pediatria, realizados em setembro de 2009, em São Paulo (SP). A empresa foi premiada em função do alto grau de organização do evento da CIPE, uma vez que sua diretoria e a comissão organizadora dos congressos participaram ativamente de sua preparação. O Prêmio Caio foi criado em 1999 para valorizar as empresas e os profissionais da indústria brasileira de eventos. É uma homenagem a Caio de Alcântara Machado, pioneiro da área de eventos no Brasil.
CIPE colabora com a ABRAMURGEM
Atuação junto à CIPESUR
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Associação Brasileira de Medicina de Urgência e Emergência (ABRAMURGEM) solicitou a colaboração da CIPE na indicação de dois temas – e respectivos autores – para integrar o conteúdo do livro Urgência e Emergência nas Especialidades, a ser editado por aquela instituição. A diretoria da CIPE, reunida em maio, decidiu convidar a Dra. Marianne Arnold Weber, de Pernambuco, para desenvolver o capítulo sobre Abdome agudo no lactente e na criança maior, e o Dr. João Vicente Bassols, do Rio Grande do Sul, para abordar o tema Peculiaridades do Trauma na Criança. Ambos aceitaram a indicação.
este primeiro semestre de 2010, a atuação internacional da CIPE se estendeu ao Uruguai. No dia 15 de abril, na capital, Montevidéu, a entidade brasileira participou de reunião da Associação de Cirurgia Pediátrica dos Países do Cone Sul da América (CIPESUR). Durante o encontro, a CIPE apresentou e teve aprovadas duas sugestões: a da organização de uma homenagem aos fundadores da CIPESUR, a ser realizada no próximo congresso da entidade, e o nome do Prof. Agostino Pierro, do Great Ormond Street Hospital, de Londres (Grã Bretanha), como convidado internacional do evento.
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CIPE na missão humanitária no Haiti A entidade se integrou à ação de solidariedade, protagonizada pela Associação Médica Brasileira (AMB), procurando prestar assistência às vítimas do terremoto que assolou o país no início de 2010 o Haiti, um país paupérrimo, no qual não existe sistema público de saúde, as consequências de um terremoto, como o ocorrido no dia 12 de janeiro deste ano, assumem proporções mais que catastróficas. Por esse motivo, o auxílio internacional se mostrou essencial para garantir um mínimo de assistência às vítimas, nos mais variados campos. E a CIPE deu sua contribuição. No Brasil, a iniciativa na área da saúde, denominada Projeto SOS Haiti, partiu da Associação Médica Brasileira (AMB), em parceria com a ONG Expedicionários da Saúde, que presta atendimento médico e cirúrgico a populações indígenas isoladas da Amazônia, e recebeu apoio dos ministérios da Saúde e da Defesa. O presidente da AMB, Dr. José Luiz Gomes do Amaral, revela que o envolvimento da instituição iniciou-se em 14 de janeiro, por meio do alistamento de médicos voluntários, cadastramento de instituições de saúde (incluindo bancos de sangue e universidades), indústria farmacêutica e de equipamentos médico-hospitalares. “Em 15 de janeiro o cadastro foi disponibilizado aos Ministérios da Defesa e da Saúde”, relata, ao detalhar os passos dados em busca de apoio oficial para que materiais e voluntários chegassem ao Haiti. Enquanto isso, já no dia 16 de janeiro, o Dr. Ricardo Affonso Ferreira, um dos responsáveis pela ONG, deslocava-se para o Haiti, via Santo Domingo, com o intuito de buscar opções para utilização dos recursos (humanos e materiais) oferecidos à associação. Diante da demora dos órgãos oficiais para aplicação dos recursos disponibilizados e tendo encontrado alternativa para assistência médico-cirúrgica no Instituto Brenda Strafford, hospital canadense, na cidade de Les Cayes, foi instalado nessa instituição um serviço de ortopedia e anes-
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A equipe chega ao Haiti.
tesiologia. O primeiro grupo de voluntários coordenados diretamente pela AMB teve o transporte e a manutenção financiados pela instituição com ajuda da Associação Paulista de Medicina (APM), da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan) e da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), declara o Dr. José Luiz. O grupo que partiu em 26 de fevereiro, segundo sob coordenação direta da entidade, fez o deslocamento entre o Rio de Janeiro e Porto Príncipe em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). “Esse auxílio”, conforme sublinha, “só foi possível devido à intervenção direta do reitor da Unifesp, Prof Walter Manna Albertoni, e do ministro da Educação, Prof. Fernando Haddad”. Até junho de 2010 foram enviadas seis equipes. Somente dois desses grupos tiveram coordenação direta da AMB; a primeira, a quarta, a quinta e a sexta equipes foram coordenadas pela ONG Expedicionários da Saúde. O contra-almirante José Luiz de Medeiros Amarante Jr., diretor do Departamento de Saúde e Assistência Social do Ministério da Defesa (DESAS/MD), que teve importante papel de ligação entre essas instituições,
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“Todas as pessoas envolvidas no planejamento não mediram esforços para que a melhor qualidade da assistência pudesse ser estendida às vítimas do terremoto.”
credita a demora no posicionamento do Gabinete de Crise do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) à oferta de apoio da AMB, principalmente às dificuldades iniciais: situação do cenário imediato pós-terremoto, inoperância do aeroporto e do porto de Porto Príncipe, falta de coordenação entre as equipes de socorro dos diversos países, dentre outros. “A FAB veio a apoiar o transporte de pessoal, de substitutos e substituídos, e de suplemento de material depois que a AMB já se encontrava presente no Haiti”, conta, revelando que a FAB só possuía dois vôos diários para lá, em decorrência dos horários de pouso disponibilizados no aeroporto de Porto Príncipe, e que estes “tinham que transportar tanto material e equipamento militar ao contingente brasileiro, quanto material para o hospital de campanha da FAB
e ajuda humanitária”. Segundo o contra-almirante Amarante, “não houve custos à AMB e seus associados com relação ao apoio prestado pela FAB”. SOS Haiti Conforme declarações do presidente da AMB, esta foi a primeira vez que a instituição participou de uma ação humanitária dessa natureza em outro país, coordenando diretamente o envio ao Haiti de 20 médicos. Ele informou que os grupos de voluntários sabiam que as condições de trabalho seriam precárias e que o calor e a malária também fariam parte das preocupações cotidianas. “Todas as pessoas envolvidas no planejamento dessa ação não mediram esforços para que a melhor qualidade da assistência dentro dos melhores padrões brasileiros pudesse ser estendida
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10 às vítimas do terremoto”, afirma. O primeiro grupo coordenado pela AMB, que partiu em 11 e 12 de fevereiro, tinha seis ortopedistas, pois, pelos relatos do Dr. Ricardo Ferreira, esse especialista ainda era muito necessário, mesmo quase um mês depois do terremoto. “As primeiras notícias enviadas eram sobre a quantidade de gente que estava recebendo o primeiro atendimento naquele momento. Ou seja, mais de 30 dias depois da tragédia”, recorda o Dr. José
Luiz. Ele também se refere à preocupação com a segurança no transporte terrestre entre Santo Domingo e Les Cayes, pois o caminho passaria pela cidade de Porto Príncipe e, apesar de o Exército garantir a segurança por meio de escoltas, havia muita tensão devido ao caos gerado pelo terremoto. As doenças mais freqüentes, decorrentes do sismo, foram lesões traumáticas por esmagamento; traumas graves e ferimentos por alta energia; as-
sociação de fraturas ósseas complexas com destruição de partes moles; feridas de pele associadas a fraturas, na maioria das vezes, com infecção associada, e desnutrição. Não foram feitas muitas amputações pela equipe, porém os médicos acompanharam muitos casos de amputações infectadas. Além do aprendizado pessoal, o presidente da AMB diz que a experiência ajudou a expandir internacionalmente as atividades da associação. “Nesse
to, as pessoas são dignas e altivas. Andam eretas e determinadas, são gentis (em sua esmagadora maioria) e demonstram um cuidado pessoal que muitas vezes não vemos aqui. Cuidam-se, vestem-se e orgulham-se de ser um povo que se libertou da escravidão pelas próprias mãos. É também uma sociedade violenta; vê-se muitos haitianos, inclusive crianças, portando facões, seja para o trabalho ou a defesa, pois não contam com a proteção do Estado. Pelo contrário, muitas vezes este voltou-se contra a população, como nos tempos de Papa Doc e de seu filho Baby Doc. Outra coisa que muito me impressionou foi a presença dos órgãos internacionais. Literalmente o mundo todo está no Haiti. Afora as tropas multinacionais da Mission des Nations Unies pour La Stabilization en Haiti (MINUSTAH), a pre-
sença de inúmeras organizações não-governamentais, universidades com seus hospitais de campanha, congregações religiosas e até mesmo indivíduos, que simplesmente decidiram ir até lá e oferecer ajuda, é muito grande. Como vai ser equacionado futuramente este empenho, sua sustentação de modo que contemple e respeite os anseios do povo haitiano, é um desafio internacional. Gostaria muito de destacar o trabalho da ONG Expedicionários da Saúde, pois é feito por pessoas que realmente têm espírito expedicionário. Gostaria, também, que esta minha atitude inspirasse outros, pois apesar da nossa carreira enfrentar muitas dificuldades, depois desta missão, sinto que tudo valeu a pena, só para chegar lá e realmente me sentir MÉDICA.”
Um olhar sobre o Haiti Profa. Dra. Márcia Riromi Henna
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que me impactou mais foi ver como uma sociedade se estrutura (ou tenta se estruturar) na ausência de instituições reguladoras. A maior parte dos indivíduos está entregue à própria sorte. Somente 15% da população está empregada em alguma atividade remunerada. Não há saúde pública, educação pública e nem mesmo iluminação pública. É regra ver as mulheres cozinhando em uma fogueira em frente das casas, pois não têm dinheiro para comprar gás; as florestas foram quase que totalmente cortadas para virar lenha. Os mortos são tradicionalmente enterrados na propriedade; só vi cemitério na capital. Mas apesar da desnutrição, da baixa expectativa de vida, da baixa escolaridade, da ausência de transporte público e de saneamen-
A Prof. Márcia (de costas), durante uma das muitas cirurgias realizadas.
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“Sinto que tudo valeu a pena, só para chegar lá e realmente me sentir MÉDICA.”
momento, a AMB está desenvolvendo um projeto sobre respostas a desastres para apresentar à Associação Médica Mundial (WMA), com o objetivo de promover a integração dos 96 países que compõem essa organização para melhor aproveitar os recursos humanos e materiais disponíveis no momento de uma catástrofe”, anuncia. Além disso, o projeto AMB-SOS Haiti também possibilitou a aproximação com as Forças Armadas. Em recente reunião do Conselho Científico da AMB, foi aprovada a criação de uma comissão com objetivo de integrar medicinas civil e militar. Um relato Atendendo a um chamado da CIPE, que estava cadastrando voluntários para integrar a missão da AMB no Haiti, a Profa. Dra. Márcia Riromi Henna partiu para o país. “Decorridos 45 dias do evento, chegamos a Porto Príncipe, capital do país, no aeroporto destruído, sendo recepcionados por militares americanos que nos escoltaram até a base militar do Brasil; já não se podia andar por lá sem escolta. Chovia torrencialmente e além da destruição fomos surpreendidos por uma inundação que quase nos impediu de chegar ao nosso destino, Les Cayes, cidade a 200 km da capital”, conta. A cidade, de cerca de 80 mil habitantes e que teve sua população dobrada por conta dos refugiados do sismo, não dispunha de sistema público de saúde, porque, segundo a Prof. Márcia, “não existe tal coisa no Haiti”. “Todo o atendimento ou é privado ou é de ajuda humanitária, e, acreditem, a cidade não dispunha de um ortopedista sequer; ou seja, ou o paciente era transferido para a capital, ou evoluía à própria sorte... Nesta total carência de assistência, nos deparávamos cada vez mais com os casos cotidianos de qualquer lugar: acidentes de trânsito, de trabalho, quedas, ocorrências que, sem o nosso trabalho, sem dúvida acarretariam problemas futuros maiores “, relata, acrescentando que, em mais de uma
ESPECIAL De acordo com suas declarações, a jornada de trabalho era ininterrupta, pois mesmo à noite, a equipe médica era chamada para atender urgências. Esse grupo permaneceu no
Haiti por 15 dias, alojado dentro do hospital, embora a recomendação fosse de ficar em barracas para evitar futuros acidentes, em casos de novos sismos. O motivo para isso foi que ao chegarem
ao hospital as barracas estavam inutilizadas devido a inundação; como estavam montadas em terreno aberto, com o esgoto correndo em valas, a enchente contaminou tudo.
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ocasião, colegas ortopedistas refizeram gessos em crianças que haviam sido tratadas, pois as fraturas estavam desalinhadas e certamente ficariam prejudicadas e com sequelas. A cirurgiã pediátrica conta que o hospital em que esteve locada havia sido pouco abalado pelo terremoto, mas as condições de trabalho eram bem precárias: “a impressão é que a medicina de lá está uns 50 anos atrasada, em relação à nossa.” “Fizemos de tudo, desde limpeza até cirurgias, na maioria osteossínteses, em todo tipo de paciente. Eu sempre auxiliava no tratamento de adultos e operava as crianças. Muitas vezes ainda circulava pelas salas e ajudava os anestesistas.”
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As instalações, assim como as condições de trabalho, eram precárias.
Ação integrada ogo após o terremoto que assolou o Haiti em 12 de janeiro, houve um número muito grande de profissionais de saúde, das mais diversas áreas e especialidades, se voluntariando para prestar serviço em apoio às vítimas daquele país. O Gabinete de Crise, que foi imediatamente instalado sob a coordenação do GSI, havia decidido que o Ministério da Saúde (MS) seria o responsável pelo gerenciamento do banco de dados de oferta de serviços de saúde e de doações de medicamentos. No dia 14, o DESAS/MD recebeu um e-mail do presidente da AMB, Dr. José Luiz Gomes do Amaral, encaminhando os recursos que estavam sendo disponibilizados pela associação”, informa o contra-almirante José Luiz de Medeiros Amarante Jr., diretor do DESAS/MD, traçando a cronologia de ações que viabilizaram a ação integrada da AMB com os órgãos oficiais. Segundo ele, a participação do DESAS/MD foi a de, junto com o MS, apoiar os pleitos da AMB nas reuniões do Gabinete de Crise do GSI. “A participação da AMB no apoio às vítimas do terremoto foi, sem dúvida alguma, de extrema importância para o Haiti, para a visibilidade do Brasil no cenário internacional e para a classe médica brasileira, destacando-se o
pioneirismo da sua atuação e da sua iniciativa independente de realizála. É uma grande lição aprendida para outras missões semelhantes, para se buscar maior agregação da AMB ao Gabinete de Crise que vier a ser instalado, para obter melhor coordenação de esforços e otimização de recursos que venham a tornar a resposta médica a desastres mais ampla, eficiente e com um fluxo de ressuprimento de material mais dinâmico”, ressalta. Na opinião do oficial, todo o pessoal da AMB, que atuou no Haiti, ou era experiente em missões semelhantes, como foi o caso dos
Expedicionários da Saúde, ou era profissional de reconhecida competência que não teria dificuldades em se agregar aos demais e atuar em condições de trabalho diferentes daquelas encontradas em nossos grandes hospitais ou clínicas. Segundo ele, o preparo dessas equipes foi realizada pela própria AMB. A Marinha do Brasil atuou no navio italiano Cavour com uma equipe mista de profissionais de saúde, composta por militares e por 10 civis do Grupo Hospitalar Conceição do Rio Grande do Sul. Amarante lembra que desde 2004 o Brasil vem coordenando a MINUS-
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O contra-almirante Amarante (no extremo da mesa) durante videoconferência técnica, realizada no MD, com o Hospital de Campanha da FAB no Haiti, o Ministério da Saúde e o Comando de Operações Aéreas, quando eram discutidos assuntos operacionais de saúde em apoio às vítimas.
TAH com o apoio de um Batalhão de Infantaria da Força de Paz, de uma Companhia de Engenharia de Força de Paz e de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais. “Em consequência da enorme destruição causada pelo terremoto, o qual comprometeu a infraestrutura governamental e a estrutura da ONU naquele país, o comandante da MINUSTAH, Gen. Bda. Floriano Peixoto Vieira Neto, assumiu temporariamente a coordenação das ações militares e humanitárias de apoio às vítimas. Além disso, o efetivo local foi aumentado em mais 900 militares, após autorização do Congresso Nacional, e também foi acrescido do Hospital de Campanha da Aeronáutica. “Em razão disso, as Forças Armadas brasileiras exerceram papel primordial de apoio logístico e operacional ao disponibilizar meios (navios, aviões de transporte e hospital de campanha), recursos humanos e financeiros para a missão de ajuda humanitária ao Haiti. Ao todo, foram contabilizados 150 vôos da FAB, 4.644 pessoas e 3.991 toneladas de material (alimentos, água, medicamentos, equipamentos diversos, veículos, barracas e outros itens) transportados em aviões da FAB ou em navios da Marinha.
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Com a enchente, essas barracas, que serviriam de alojamento, foram inutilizadas.
As equipes receberam medicamentos e equipamentos doados pelo Brasil e por outros países, “coisas que nem aqui tinha visto, tudo da melhor qualidade, e descartável”, ressalta ela. “Em nosso grupo havia um técnico de radiologia, que embora trabalhasse em condições ruins, fez um excelente trabalho. Para exames de laboratório contávamos apenas com um aparelho para análises rápidas, que faz medições com gota de sangue; todo o resto do diagnóstico tinha de ser feito pelo exame clinico mesmo” enfatiza.
No tocante ao campo cirúrgico pediátrico, a voluntária informa que o atendimento contemplava especialmente os casos em que houve complicações, fossem estas decorrentes das precárias condições iniciais de socorro ou dos que sobreviveram a graves lesões. Atualmente a Prof. Márcia Henna trabalha no Conjunto Hospitalar de Sorocaba, da Faculdade de Medicina da PUC, na prefeitura de São Paulo e em hospitais particulares e de convênio de Sorocaba, além de dar atendimento em consultório.
Espaço da AMB
SOS Haiti * 1 - Merci! Thank you! Obrigado! 2 – A lição de solidariedade que o Haiti nos ensinou 3- Pense no Haiti “E não importa se olhos do mundo inteiro possam estar por um momento voltados para o largo onde os escravos eram castigados (..) Se você for ver a festa do Pelô/ E se você não for/ Pense no Haiti/ Reze pelo Haiti/ O Haiti é aqui/ O Haiti não é aqui”. Os versos de Haiti, canção de Gilberto Gil e Caetano Veloso (1993), ganharam ainda mais força com a devastação provocada pelo terremoto de 7 graus na escala Ritcher que atingiu o país em 12 de janeiro. Logo nas primeiras horas, médicos brasileiros, sensibilizados com a tragédia, procuraram a AMB para oferecer ajuda voluntária. Da solidariedade médica nasceu o projeto AMB-SOS Haiti, que organizou os esforços de saúde para auxiliar vítimas do terremoto. O balanço geral é muito positivo: somando as diferentes manifestações, SOS Haiti começamos a fazer um quadro expressivo do que foi realizado e, sobretudo, o que resta a fazer. Foram enviados - por enquanto – três grupos (mais de 50 pessoas entre profissionais de saúde e logística). Isso não seria possível sem a contribuição da ONG Expedicionários da Saúde, dos médicos brasileiros e das associações que se envolveram na iniciativa.
Além dos médicos, os competentes enfermeiros foram fantásticos e fundamentais, bem como os técnicos de radiologia. Para que nós lá estivéssemos e pudéssemos ter trabalhado, muitos outros, no Brasil, colaboraram. Se Ricardo Affonso Ferreira não tivesse ousado, ido por sua conta e risco para o Haiti e encontrado o hospital Brenda Strafford, não teríamos tido onde e como trabalhar. Foi ele que nos estimulou a desencadear uma ofensiva entre os colegas médicos brasileiros. A AMB não teria ido adiante sem o apoio da Associação Paulista de Medicina (APM) e das Sociedades Brasileiras de Anestesiologia (SBA), Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), Neurocirurgia (SBNC), Nefrologia (SBN), Clínica Médica (SBCM), Pediatria (SBP), Cirurgia Pediátrica (CIPE) e Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC). No início da segunda semana após o terremoto, dispúnhamos de mais de 700 médicos alistados; ao final da quarta semana, quase 1000. Numerosos outros profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos de radiologia e outros, inscreveramse também. Instituições como a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), COLSAN e outras empre-
sas envolveram-se na organização e na doação de materiais e equipamentos essenciais. Faço menção especial ao envolvimento de Ruy Baumer (FIESP) e Sérgio Timerman. O transporte e manutenção da segunda equipe foi financiado diretamente pela AMB/APM/COLSAN/ SPDM. Já a terceira turma só foi possível graças ao apoio da Força Aérea Brasileira, da UNIFESP (reitor Prof. Walter Albertoni), do Ministério da Educação (Ministro Prof. Fernando Haddad) e da AMB. A logística contou com a atuação direta de Márcia Abdala, Luiz Macedo e Kennethy Ferrari (Expedicionários); Helena Fernandes, Lígia Lima e Nelci Mascarenhas (AMB), Capitão de Mar e Guerra Sérgio Zorovich, Nacime Masur (SPDM). Além do apoio da médica Maria Cecília Damasceno na seleção das equipes. O embaixador do Brasil no Haiti, Igor Kipman, ofereceu-nos valioso incentivo. Os Almirantes Baltar (DSM – Marinha Brasileira) e José Luiz Amarante (Ministério da Defesa) também ofereceram relevante orientação. Miriam Medeiros, gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, auxiliou-nos sobremaneira no transporte da terceira equipe do Rio de Janeiro ao Haiti. Inúmeras manifestações de apoio, entre elas de Alexandre Carvalho (Universidade de Nova York), Dirceu Raposo (ANVISA), Ângela
Dr. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da Associação Médica Brasileira.
Santana (CAPES) no Itamarati e no Ministério do Planejamento, ajudaram-nos a manter o projeto e o entusiasmo. Barry Strafford, diretor da Fundação Brenda Strafford, e Richard Duchesne, administrador desta instituição, foram fundamentais para que a missão continuasse. Santiago Hazin, ex-residente da UNIFESP que mora em Santo Domingo, nos apoiou e ajudou a encontrar maneiras de superar as dificuldades de praticar Medicina em um país arrasado. Nosso reconhecimento a todos que contribuíram de alguma forma com este projeto.
* Este texto foi originariamente publicado como Editorial na edição de março/abril de 2010 do Jornal da AMB (JAMB) e reproduzido aqui com a autorização do autor.
SERVIÇO EM FOCO
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Frutos do pioneirismo de alguns e do esforço de muitos
Arquivo/CIPE
primeiro serviço de cirurgia infantil de que se tem notícia em São Paulo (SP), foi estruturado em 1902, na Santa Casa de Misericórdia da capital, sob o título de Serviço de Ortopedia e Cirurgia Infantil. Aliás, na prática, ela começou a ser exercida junto dessa especialidade, passando depois para o campo da Pediatria e da Cirurgia Geral, antes de constituir identidade própria. “Os primeiros cirurgiões eram autodidatas; se dedicavam à Cirurgia Infantil, nome que foi conservado até a criação da CIPE, em 1964”, comenta o Prof. Primo Curti, decano da CIPE, que foi o primeiro chefe do serviço no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). Ele relata que este foi criado em 1951, “contando, então, com apenas dois leitos e nenhum assistente”. Em 1954, mudanças na estrutura curricular das faculdades de medicina do país, eliminaram as cátedras na USP, transformando os departamentos em disciplinas. Com a constituição da disciplina, o serviço passou a contar com três assistentes. Vale destacar que o professor realizou o primeiro curso de Cirurgia Infantil do estado de São Paulo, em 1952, na USP, e também foi autor do primeiro livro sobre a especialidade editado no Brasil, Cirurgia Pediátrica, lançado em 1972. O Prof. Primo Curti permaneceu na chefia do serviço de Cirurgia Pediátrica até meados de 1954, quando assumiu funções administrativas junto a superintendência do HC, tendo de se afastar da área clínica. Foi sucedido na função pelo
Prof. Primo Curti
Prof. Virgílio Alves de Carvalho Pinto. O Prof. Curti se manteve na superintendência do HC até 1979, tendo se aposentado em 1981. Reconhecimento e saudade No Brasil, o Prof. Virgílio Alves de Carvalho Pinto foi um dos pioneiros na prática da especialidade, sendo um dos primeiros a, em meados de 1950, buscar estágio no exterior, em hospitais pediátricos norteamericanos, a procura de aperfeiçoamento. São muitos os cirurgiões pediátricos a enfatizar sua influência sobre profissionais e sobre a evolução da Cirurgia Pediátrica no Brasil. Além de atuar no HC, sua presença foi marcante no Hospital Matarazzo e também no Hospital Infantil Darcy Vargas, todos em São Paulo. Isso sem contar que foi um dos idealizadores e presidente da CIPE de 1964 a 1968, nas primeiras duas gestões. Priscilla Oliveira/ICr
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Prof. Virgílio Alves de Carvalho Pinto
“Foi com muito orgulho que substituí o Prof. Virgílio, um ícone da Cirurgia Pediátrica brasileira; homem bom, afável e empreendedor, que durante toda a sua vida se dedicou a engrandecer e promover a Cirurgia Pediátrica e torná-la uma especialidade cirúrgica reconhecida e admirada. Exalto seu grande esforço neste sentido, pois teve que superar disputas depreciativas e até jocosas de famosos cirurgiões da época, que negavam, por óbvia conveniência, a nova especialidade. Foi uma luta bonita e desafiadora, a qual reconhecemos e exaltamos, pois caso contrário estaríamos, ainda hoje, engatinhando e tentando moldar a Cirurgia Pediátrica como especialidade cirúrgica.” Com essas palavras, de sincera admiração,
Divulgação/ICr
O desenvolvimento da Cirurgia Pediátrica no Brasil está intimamente ligado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), ao seu Instituto da Criança (ICr) e aos que coordenaram a disciplina desde seus primórdios
Fachada atual do Instituto da Criança (ICr).
o Prof. João Gilberto Maksoud procura recuperar a imagem de seu antecessor, já falecido, com quem conviveu por muitos anos. Ele afirma ter assumido a chefia do serviço de Cirurgia Pediátrica do Instituto da Criança (ICr) do HC-FMUSP em meados de 1981, cerca de três anos antes de ser empossado como professor titular do Departamento de Cirurgia da FMUSP, ao qual a disciplina pertencia à época. “Exerci a função de professor titular de 1984 a 2007, quando fui aposentado ao completar 70 anos, em cumprimento ao estatuto da USP, embora tivesse ainda grande vontade e disposição para o trabalho, para operar casos complexos e criar novos desafios. Senti que ainda faltava muito a cumprir, crescer e melhor preparar o futuro”, comenta, com uma ponta de amargura. Carências O ICr foi criado em julho de 1970, com o objetivo de prestar assistência de alta complexidade e de excelência ao recém-nascido, à criança e ao adolescente, por meio de atendimento interdisciplinar, integrado ao ensino e à pesquisa. Mas embora inaugurado oficialmente em 1976, as obras só foram concluídas anos depois. O Prof. Maksoud conta que, ao assumir o cargo de professor titular, “as instalações da enfermaria de Cirurgia Pediátrica do HC eram muito precárias, com poucos leitos, estrutura deficiente e localiza-
da anexa à enfermaria de Coloproctologia (!), criando ambiente de alta contaminação”. Mas, segundo ele, logo depois foi construído o Instituto da Criança Prof. Pedro da Alcântara – nome dado em homenagem ao grande pediatra, inovador da Pediatria moderna –, “onde passamos a ter excelente ambiente de trabalho e centro cirúrgico primoroso”. Para o especialista, o mérito deste novo serviço foi o de iniciar suas atividades em ambiente propício, com uma especialidade já consolidada, graças ao esforço e dedicação dos antecessores. Quanto à equipe cirúrgica, ele relata que, no início, havia poucos profissionais em atividade. “Ressalto o trabalho dos Drs. Fauze Calil Adde, grande figura humana e excelente profissional, Primo Curti, Mario Arra, Geraldo Modesto e Vilhena de Moraes, que logo foi chefiar o recém-inaugurado Hospital dos Servidores de São Paulo”, menciona. Com relação ao corpo de enfermagem, o professor lembra que no início as enfermeiras faziam rodízio por todas as especialidades cirúrgicas, mas que, com o tempo, se especializaram em Cirurgia Pediátrica “e passaram a ser, como são sempre, o braço direito do cirurgião”. Ele também relata que o serviço não tinha anestesistas, endoscopistas e radiologistas invasivos próprios, comentando: “hoje somos privilegiados em poder contar com colegas especializados, de extrema competência.”
Arquivo/CIPE
Prof. João Gilberto Maksoud
“Evolução vertiginosa” Durante sua gestão, o número de cirurgias, inclusive de média e grande complexidade, teve evolução vertiginosa, não só em quantidade, mas também em qualidade. “Aprimorou-se o tratamento, obtendo-se, assim, resultados positivos nas cirurgias do recémnascido”, menciona o Prof. Maksoud como exemplo, acrescentando que, com isso, “a sobrevida de pacientes com atresia de esôfago – sem complicações mórbidas graves, cardiopatias congênitas graves ou outras malformações graves associadas – alcança 100%”. Nesse período, também se eleva, de forma significativa, o volume de cirurgias de alta complexidade realizadas, em virtude da implantação do programa de transplante hepático. “Nosso primeiro transplante hepático foi realizado em 9 de setembro de 1989 e, até o final da minha gestão, em junho de 2007, foram realizados 389 transplantes em crianças, com índice de sobrevida semelhante aos alcançados pelos grandes centros internacionais”, declara, enfatizando que o programa foi gratificante para o serviço. O professor explica que esse total incluiu transplantes de doador cadáver e intervivos, revelando que a sobrevida dos transplantados foi excepcional e o índice de mortalidade dos doadores vivos foi 0%. “Nunca tivemos de lamentar óbito em doador vivo, o que seria desastroso em programa desta natureza.” Nesta ocasião, de acordo com suas informações, o número total de cirurgias realizadas no serviço oscilava entre mil e 1,2 mil por ano. O Prof. Maksoud descreveu os avanços científicos obtidos no período em que esteve à frente do serviço, atendo-se a quatro, que julga essenciais. O primeiro referese ao “nascimento de um espírito de exercer a especialidade com ex-
celência, procurando reconhecer onde e porque ocorreram os erros, sem cobrança, e o aprimoramento constante, visando a próxima cirurgia. Ele também cita a criação do Laboratório de Investigação em Cirurgia Pediátrica , “um dos inúmeros LIMs instalados pela inspiração do Prof. Carlos da Silva Lacaz, diretor saudoso da FMUSP”. Os LIMs propiciaram a formação de núcleos em várias especialidades, fato inédito até então, que abriram espaço para trabalhos experimentais e estimularam a investigação. Para o professor, o maior avanço foi, de fato, a implantação e o sucesso do programa de transplante hepático infantil no ICr, “talvez o único no Brasil a ser dirigido, conduzido e realizado exclusivamente por cirurgiões pediátricos, inclusive nas cirurgias dos doadores adultos”. E destaca a contribuição dos Drs. Paulo Chapchap, Marujo e Eduardo Carone na sua implantação. “Outro avanço que julgo de importância para a Cirurgia Pediátrica foi a implantação da residência médica da especialidade”, pois, segundo ele, a partir de então é que foi possível formar especialistas, que passaram a chefiar serviços em vários estados do país. O Prof. Maksoud também declara que, em seguida, foi definido que, no serviço, para ingressar na residência de Cirurgia Pediátrica o aluno tinha de cumprir previamente dois anos de Cirurgia Geral, prática largamente adotada no exterior. “Hoje esse conceito está definitivamente estabelecido pela CIPE, embora, no início, sua implantação no Brasil tenha criado muitas resistências e críticas”, arremata. Atualmente o Prof. João Gilberto Maksoud ministra palestras e cursos, quando convidado, e continua com sua clínica própria, realizando cirurgias “com o mesmo prazer e satisfação de sempre, pois, para o cirurgião, é o mais gratificante estímulo para a vida feliz”. Atualidade A partir de julho de 2007, com a aposentadoria do Prof. Maksoud, o Prof. Uenis Tannuri assume a chefia do serviço de Cirurgia Pediátrica do ICr e também do Laboratório de Cirurgia Pediátrica (LIM-30). Ele considera como os maiores méritos do serviço dar atendimen-
to global às crianças com afecções cirúrgicas e, principalmente, casos complexos, de difícil solução, vindos de todo Brasil e América do Sul. Este serviço de Cirurgia Pediátrica é um dos poucos do Brasil e do mundo em que se realizam rotineiramente transplantes hepáticos, com doador cadáver e doador vivo. “Se levarmos em conta que o ICr do HC-FMUSP é um hospital público, pode-se dizer que as deficiências são mínimas, pois dispomos de inúmeros recursos técnicos, modernos e sofisticados, além de um selecionado corpo de médicos e especialistas”, avalia, complementando: “conseguimos realizar cirurgias da mais alta complexidade, com eficiência comparada aos grandes centros do mundo.” De acordo com suas declarações, o serviço realiza, em média, 250 cirurgias por mês, das quais cerca de 80% são de grande porte, especialmente transplantes de fígado, correções de graves malformações congênitas do aparelho digestivo e geniturinário e de outros órgãos, ressecções de grandes tumores, entre outras. Os 20% restantes são intervenções menores, da rotina em Cirurgia Pediátrica. Ele conta que desde que assumiu a chefia conseguiu elevar a eficiência do centro cirúrgico da instituição, com expressivo aumento do número de cirurgias mensais, que antes era de 120 a 130 procedimentos. Também houve aumento do número de residentes: “hoje temos três residentes de Cirurgia Pediátrica e um residente do sexto ano, exclusivamente em transplante hepático.” Em paralelo, segundo o professor, ocorreu o incremento das atividades de ensino de graduação, de pós-graduação e de pesquisa, com expressivo crescimento no número de publicações científicas em revistas com alto impacto. No momento o serviço conta com 11 cirurgiões, 15 anestesistas, três endoscopistas e um grande corpo de enfermagem. Indagado sobre os projetos de curto e médio prazo que pretende instituir no serviço, o Prof. Uenis Tannuri – que é professor titular da disciplina de Cirurgia Pediátrica da FMUSP e responde atualmente pela vice-presidência do conselho diretor do ICr – anuncia “a elevação da eficiência do serviço, para
Arquivo/CIPE
SERVIÇO EM FOCO
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Prof. Uenis Tannuri
aumento do número de transplantes hepáticos, além de iniciar o programa de transplante de intestino delgado, inédito em nosso meio”. Reconhecimento merecido Dado o alto padrão dos serviços prestados, ao longo de sua história o serviço vem sendo reconhecido no Brasil e internacionalmente. Isso sem contar prêmios e distinções recebidas pela equipe docente e cirúrgica que o integra. Conforme informações do Prof. Uenis, em setembro de 2007, em Buenos Aires (Argentina), a instituição recebeu o prêmio Young Investigators’ Award, concedido durante o II World Congress of the World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS) e o VII Congress of the Federation of Pediatric Surgical Association of the South Cone of America (CIPESUR). O trabalho premiado – Experimental models of liver regeneration in growing animals. Histological and molecular studies, and evaluation of the effects of immunosupressants – teve como autores, além do próprio Prof. Uenis, Ana Cristina Aoun Tannuri e Maria Cecilia Mendonça Coelho. O trabalho foi selecionado entre os 950 temas apresentados no evento. Em setembro de 2009, os Drs. Ana Cristina Aoun Tannuri, Uenis Tannuri, Nelson Elias Mendes Gibelli, Ali A Ayoub, Antonio Leal e Fabio de Barros, autores do trabalho Tratamento cirúrgico dos tumores hepáticos em crianças: lições aprendidas com o transplante de fígado, receberam o prêmio Prof. Virgilio Carvalho Pinto. Esse prêmio foi conferido pela CIPESP ao melhor trabalho científico apresentado durante o XII Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, o VII Congresso Paulista de Cirurgia Pediátrica e a Jornada Brasileira de Transplante de Órgãos em Pediatria, realizados em São Paulo (SP), naquela data.
DESTAQUES
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XXX Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica CIPE divulga programação preliminar com os temas dos congressos e cursos de atualização
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e 14 a 18 de novembro de 2010 será realizado no Ouro Minas Palace Hotel, em Belo Horizonte (MG), o XXX Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, o XIII Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, o II Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica Vídeo-Assistida e a II Jornada Brasileira de Transplante de Órgãos em Pediatria. Além disso, antecedendo os congressos, serão oferecidos cursos de atualização em Cirurgia Pediátrica Oncológica, Urológica e de Trauma, bem como em temas gerais de Cirurgia Pediátrica. A programação dos temas já foi concluída e começa a ser divulgada no site dos eventos e por meio do encarte que acompanha este jornal. Quanto aos palestran-
tes, a diretoria da CIPE, que participa ativamente da organização dos congressos, informa que já estão confirmadas as presenças dos Profs. Paul Kwong-Hang Tam (Hong Kong), Bhaskar Rao (EUA), Rafael Gosalbez (EUA), Steve Rothenberg (EUA), Martin Eichelberger (da Safe Kids Internacional), Paul F. Austin (EUA) e Peter C. W. Kim (Canadá). “Mas ainda aguardamos a confirmação da presença de outros convidados internacionais e também nacionais”, revela o presidente da CIPE, Prof. José Roberto Baratella. Além desses, os eventos deverão contar com a participação de diversos representantes da América do Sul, como os Drs. Eduardo Ruiz, Patricio Varela, Hector Alber-
to Pacheco Cesar e Juan Jose Escauriza. Para isso irá contribuir a realização, no dia 14 de novembro, nas dependências dos congressos, de reunião administrativa da Associação de Cirurgia Pediátrica dos Países do Cone Sul da América (CIPESUR), com a presença de presidentes e delegados das entidades da Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Brasil. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas por meio do site dos congressos, acessível pelo respectivo banner existente no site da CIPE. Em breve, estará sendo divulgada a programação definitiva dos eventos e outras informações valiosas. Acompanhe a evolução dos preparativos no portal dos eventos e participe.
Título de Especialista 2010: provas ocorrem após os congressos
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ntre os dias 19 e 21 de novembro de 2010, na capital mineira, logo após o término dos congressos, será realizado exame para Título de Especialista (TE) em Cirurgia Pediátrica. As provas – oral e escrita – serão preparadas e ministradas pela Comissão de Ensino e Título de Especialista da entidade (CETE-CIPE). Mais informações estarão disponíveis no site da CIPE.
AGENDA 2011 XIV Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica O XIV Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica já tem local e mês definidos. A previsão é que seja realizado em junho de 2011, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Os preparativos já foram iniciados.
III Jornada Brasileira de Residentes de Cirurgia Pediátrica Em outubro de 2011, em São Paulo (SP), será promovida pela CIPE a III Jornada Brasileira de Residentes de Cirurgia Pediátrica. Em conjunto será organizado o Simpósio das Ligas Acadêmicas de Cirurgia Pediátrica.
DESTAQUES
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Arquivo/CIPE
Memória da CIPe A CIPE busca recuperar sua história, por meio de reuniões periódicas, com a presença de especialistas que contribuíram ativamente para sua trajetória
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a manhã do dia 30 de janeiro, foi realizada, de um modo especial, a comemoração do 46º aniversário da CIPE. No auditório da Associação Médica Brasileira (AMB), em São Paulo (SP), estiveram reunidos cerca de 20 cirurgiões pediátricos, entre os quais alguns sócios-fundadores da entidade, que procuraram resgatar um pouco da história da Cirurgia Pediátrica e de sua associação. O Prof. Dr. Primo Curti, de 92 anos, decano da CIPE, relatou os primórdios da especialidade em São Paulo (SP) e o trabalho dos pioneiros em hospitais, como Matarazzo e Servidor Público do Estado e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Ele comentou que inicialmente a Cirurgia Pediátrica era exercida por cirurgiões gerais, sem formação específica, já que a disciplina não era oferecida nas escolas de medicina, e também foi mencionado que esta geralmente aparecia ligada à ortopedia pediátrica. O Prof. Curti contou que, buscando aprimoramento, em meados de 1950, ele e o Prof. Virgílio Alves de Carvalho Pinto realizaram estágios em hospitais pediátricos dos Estados Unidos e, ao retornar, procuraram disseminar seus conhecimentos no Brasil. Durante a reunião foi lembrado o trabalho dos precursores da Cirurgia Pediátrica no Brasil, além dos já mencionados, como o dos Profs. José Pinus, Roberto de Vilhena Moraes, Plínio Campos Nogueira e Fábio Dória do Amaral, entre outros. Ao lado dos Profs. Curti e José Roberto Baratella, presidente da CIPE, o Dr. Plínio Nogueira também integrou a mesa do evento. Entusiasta da especialidade, ele se declarou “satisfeito de fazer parte da formação da CIPE”, considerando que “a criança tem ca-
(Da esq. para a dir.) Dr. Plínio Nogueira e os Profs. Primo Curti e José Roberto Baratella. Arquivo/CIPE
“
Dr. Plínio Nogueira: “sinto-me satisfeito de fazer parte da formação da CIPE.”
racterísticas próprias e, como tal, tem de receber os cuidados adequados a sua formação”. Ele revelou que o primeiro estatuto da CIPE previa a realização de reuniões científicas, o estabelecimento de normas para a formação dos profissionais, a promoção de cursos de formação e de exames para a concessão do título de especialista. Ao longo da manhã, diversos cirurgiões pediátricos presentes, como os Profs. Carlos Teixeira Brandt (de Pernambuco), Roberto Gomes Dias (Minas Gerais), José Carnevale, José Osório de Oliveira Lira, José Luís Martins e Albany Braz da Silva (São Paulo), entre outros, trouxeram suas experiências e abordaram o desenvolvimento da especialidade em diversos hospitais e regiões do país, a evolução das técnicas cirúrgicas e dos resultados, assim como cirurgiões que tiveram trajetória marcante, tanto na divulgação da Cirurgia Pediátrica como disciplina – e no seu exercício – quanto no fortalecimento da entidade. Entre estes, o Prof.
O presidente da CIPE entrega a placa de homenagem ao Prof. Primo Curti.
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Prof. Primo Curti: “é gratificante receber essa homenagem.”
José Pinus foi citado por sua trajetória profissional e também por ter sido o responsável pela aquisição da sede própria da CIPE, quando foi seu presidente, considerada como grande conquista para a entidade e seus associados. O Dr. Manuel Reis Gonçalves Salvador também foi mencionado, por sua profícua trajetória e por seus esforços visando a informação e a formação profissional dos jovens cirurgiões pediátricos. Quando se encerraram as manifestações, o Prof. Baratella, em nome da diretoria da CIPE, entregou ao Prof. Primo Curti uma placa de homenagem, destacando sua importância na história da Cirurgia Pediátrica e de sua associação
nacional. Considerando “gratificante receber essa homenagem”, ele agradeceu a Deus pelas suas “duas mães”: sua primeira mãe, que lhe garantiu a formação profissional, e sua esposa, com quem está casado há 51 anos e lhe deu “condições de se dedicar à profissão”. No encerramento do evento, os presentes foram unânimes em elogiar a iniciativa, a qual, segundo o presidente da associação, “deverá ser repetida dentro de alguns meses”. O conteúdo desta e de futuras reuniões, como a que foi marcada para 3 de julho, deverá ser utilizado na elaboração da história da CIPE e da Cirurgia Pediátrica no Brasil, um projeto de longo prazo.
CIPE Informa
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Manual de Fiscalização do CFM em discussão Divulgação
Deverão ser criados novos padrões, que garantam a existência de condições mínimas para a prática de cada especialidade
CFM pede a colaboração das sociedades de especialidades na reformulação do manual.
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o dia 26 de maio, em Brasília (DF), a Dra. Roselle Bugarin Steenhouwer, secretária da CIPEBRAS, participou de reunião da comissão de Fiscalização do Conselho Federal de Medicina (CFM) com representantes das sociedades de especialidades. Na ocasião, foi discutida a necessidade de reformulação do Manual de Fiscalização do CFM e solicitado a cada sociedade a apresentação de sugestões. De acordo com informações da Dra. Roselle, essa reunião se reveste de particular importância pois, “por vez primeira o CFM toma as rédeas da regulamentação dos procedimentos médicos; o manual reformulado servirá de
“
“Por vez primeira o CFM toma as rédeas da regulamentação dos procedimentos médicos.”
base para a fiscalização que será feita pelo próprio conselho”. Conforme seu relato, o coordenador da comissão, Dr. Emmanuel Fortes, afirmou na oportunidade que essa ação seria um marco na medicina. Ele comentou que por muitos anos a função dos conselhos foi confundida com atividades sindi-
cais, mas que, nos últimos 10 anos, estes têm modificado seu perfil de ação, na defesa dos médicos, e principalmente na criação de regras e métodos que permitam aos profissionais verificar os caminhos seguros para o exercício da medicina. Durante a reunião, ele explicou aos presentes a dinâmica para cons-
Aprovados no exame de TE 2010 – Categoria Especial
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CIPE tem o prazer de divulgar a relação de aprovados no exame para o Título de Especialista (TE) 2010 – Categoria Especial, realizado entre os dias 16 e 18 de abril, em Curitiba (PR). Os novos especialistas são: Dr. Jarbas Valente dos Santos (PR),
Dra. Josiane Euzébia Bernartt Zanellato (PR), Dr. Marcelo Calcagno da Silva (MG) e Dr. Miguel Ângelo Stremel Andrade (PR). Este exame foi especialmente destinado a profissionais formados há 15 ou mais anos e que exerciam a especialidade há
pelo menos 10 anos. Na avaliação, os membros da Comissão de Ensino e Título de Especialista da CIPE (CETE-CIPE), responsável pelo exame, levaram em conta a vivência e a prática dos candidatos, assim como seus currículos.
trução dos modelos de consultórios e ambulatórios, que deverão apresentar o mínimo necessário para a execução do trabalho médico, de acordo com as necessidades de cada especialidade, ressaltando que o padrão e as regras de fiscalização seriam aplicadas para todos, igualmente, em todo o Brasil. “No primeiro estágio, a análise do conselho estará concentrada sobre as práticas de consultório das diferentes especialidades. O órgão quer que sejam definidos os níveis de complexidade de intervenções em consultório e os equipamentos mínimos necessários para garantir a segurança do binômio médico/paciente”, revelou.
CIPE INFORMA
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eleições da CIPe
Associados devem enviar os votos à entidade até 5 de novembro
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CIPE definiu o cronograma eleitoral da entidade, para a escolha da nova diretoria e do conselho fiscal, em consonância com o que reza seu estatuto. O período para a inscrição de chapas será de 10 de agosto a 10 de setembro próximo. Até o dia 10 de outubro a CIPE enviará as cédulas de votação a todos os associados quites com a entidade, assim como para os remidos.
Relação de associados no site
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om frequência a CIPE recebe solicitações de indicação de cirurgiões pediátricos, por parte de pais e responsáveis por crianças. Por uma questão ética, a entidade sempre se furtou de atender a esse tipo de demanda. Porém, para auxiliar essas pessoas na busca por especialistas titulados e, ao mesmo tempo, divulgar seus associados, a partir de junho a entidade incluiu no seu site, na página de Associados, acessível pela barra lateral, a relação de seus sócios titulares – médicos que exerçam a Cirurgia Pe-
diátrica e possuam o título de especialista concedido pela CIPE e AMB – em dia com suas obrigações perante a CIPE, referentes aos anos de 2009 e 2010. Em breve, a associação também divulgará a lista dos associados participantes – profissionais que exerçam a Cirurgia Pediátrica e não possuam o título de especialista acima mencionado –, em dia com suas obrigações perante a CIPE, referentes aos anos de 2009 e 2010.
Para que os votos sejam computados, estes deverão estar na sede da associação até o dia 5 de novembro. A apuração será efetuada pela Comissão Eleitoral (a ser oportunamente composta) no dia 10 de novembro, a partir das 14h, na sede da CIPE. (Veja mais detalhes no edital publicado nesta seção e também disponível no portal da CIPE e da AMB.)
deliberações da diretoria
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Quem possuir o título de especialista pela CIPE e seu nome não constar da relação divulgada, deve entrar em contato com a entidade, para regularizar sua situação.
companhe a vida da CIPE pelo site da entidade. Além das notícias, das agendas de congressos e jornadas, de cursos e das reuniões da diretoria, em Deliberações da Diretoria, o interessado pode encontrar os temas discutidos nesses encontros mensais, assim como as decisões tomadas. Mantenha-se informado e participe da associação.
Cresce o número de Ligas acadêmicas
novos associados
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CIPE foi informada sobre a criação de três novas Ligas Acadêmicas de Cirurgia Pediátrica. A primeira Liga Acadêmica de Cirurgia Pediátrica (LACIPE) de que se teve notícia, havia sido criada na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, em novembro passado. Este ano, foram instituídas ligas em Pernambuco, na Universidade Federal de Pernambuco (Liga Acadêmica de Cirurgia Pediátrica de Pernambuco), em Minas Gerais, na Universi-
dade do Vale do Sapucaí (Liga Acadêmica de Cirurgia Pediátrica LACIPE-UNIVAS), assim como no Piauí. A CIPE procura estimular a constituição desse tipo de organização acadêmica, que tem por objetivo difundir a especialidade e despertar o interesse nos estudantes de medicina. Assim, já estão disponíveis no site da associação os estatutos das ligas de Pernambuco e de Minas Gerais, assim como o link para o site da LACIPE-BA.
CIPE tem o prazer de divulgar a relação de novos associados, que passaram a integrar o quadro associativo da entidade neste primeiro semestre de 2010. São eles: Drs. Agner Alexandre Moreira (MG), Cláudia Giselle Santos Areas (PA), Eduardo Capela Galeazzi (SP), Juliana Nosenzo de Barros (SP), Maria de Fátima Galli Sorita Tazima (SP), Roneyara Rosa Valamiel (MG) e Yvone Avalloni de Morais Villela A. Vicente (SP).
CIPE Informa
19 EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA A ELEIÇÃO DOS COMPONENTES DOS CARGOS DA DIRETORIA E DO CONSELHO FISCAL DA CIPE BIÊNIO 2010/2012
CNA pontua eventos internacionais
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m resposta à solicitação da CIPE, de pontuação para os especialistas participantes de eventos científicos ocorrido no exterior, a Comissão Nacional de Acreditação (CNA) informou que, para que esses pontos possam ser creditados aos interessados, as cópias comprobatórias da participação devem ser encaminhadas à sede da Associação Médica Brasileira (AMB), aos cuidados da CNA, com folha de rosto contendo nome, CPF e e-mail. O endereço da AMB é: Rua São Carlos do Pinhal, 324 – Bela Vista – 01333-903 – São Paulo – SP.
O Secretário Geral da CIPE, Prof. Dr. José Carnevale, no uso de uso de suas atribuições legais e de acordo com o Capítulo 14 dos Estatutos, declara aberto a partir de 10 de agosto de 2010 o período para inscrição de chapas concorrentes à eleição da Diretoria e do Conselho Fiscal da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica, para o biênio 2010/2012. As chapas concorrentes para os cargos da diretoria deverão ser constituídas por: Presidente, Primeiro VicePresidente, Segundo Vice-Presidente, Secretário Geral, Primeiro Secretário, Segundo Secretário, Primeiro Tesoureiro, Segundo Tesoureiro, Diretor de Patrimônio, Diretor de Publicações e Diretor de Relações Internacionais. Estatutariamente, deverão residir na cidade sede da CIPE um dos Vice-Presidentes (caso o candidato a Presidente não resida em São Paulo), além do Secretário Geral, de um dos Tesoureiros e do Diretor de Patrimônio. As chapas concorrentes ao Conselho Fiscal deverão ser constituídas por seis membros, sendo três Titulares e três Suplentes. Só serão aceitos para inscrição, em qualquer das chapas, os Associados Titulares em dia com as suas obrigações com a Tesouraria e os Remidos. A inscrição de chapas deverá ser feita por meio de carta ou fax endereçado ao Secretario Geral da CIPE, encerrando-se este prazo às 19h00 de 10 de setembro de 2010. A Eleição será realizada por meio de voto por correspondência. As cédulas serão encaminhadas aos sócios de todas as categorias que se encontrarem aptos para votar (quites com a Tesouraria), até 10/10/2010 e deverão ser enviadas de volta à sede da CIPE até as 18h00 de 05 de novembro de 2010. A apuração dos votos dar-se-á em 10 de novembro de 2010, a partir das 10h00, também na sede da CIPE, em ato público e será presidida por Comissão Eleitoral designada pela Diretoria. Este Edital será publicado no Jornal da CIPE, no site da CIPE (www.cipe.org.br) e da AMB (www.amb.org.br), além de ser enviado a todos os presidentes das Estaduais/Regionais, para ampla divulgação. São Paulo, 20 de julho de 2010. Prof. Dr. José Carnevale Secretário Geral
AGENDA 2010
Veja aqui os eventos nacionais e internacionais relacionados à Cirurgia Pediátrica e programados para ocorrer entre julho e novembro de 2010.
JULHO
Congress of The British Association of Paedriatic Surgeons (BAPS) 2010 De 22 a 24 de julho. Aberdeen – Escócia www.baps.org.uk
XI Congresso Brasileiro de Oncologia Pediátrica De 29 de setembro a 2 de outubro Curitiba – PR www.sobope2010.org.br OUTUBRO
AGOSTO
III Congresso Internacional de Especialidades Pediátricas – Criança 2010 De 28 a 31 de agosto Curitiba – PR www.crianca2010.org.br SETEMBRO
N.R.: Consulte regularmente a Agenda disponível no site da CIPE, para se manter atualizado sobre a programação de atividades.
Congresso Paulista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões/XVII Assembléia Cirúrgica do CBC São Paulo De 23 a 25 de setembro São Paulo – SP www.cbcsp.org.br/hotsite
III Congress of The World Federation of Associations of Pediatric Surgeons (WOFAPS) De 21 a 23 de outubro Bombaim – Índia www.pedsurgery.in www.wofaps.org
NOVEMBRO
XXX Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, XIII Congresso Brasileiro de Urologia Pediátrica, II Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica VídeoAssistida e II Jornada de Transplantes de Órgãos em Pediatria De 14 a 18 de novembro Belo Horizonte – MG www.congressoscipe.com.br Reuniões de diretoria As reuniões da diretoria da CIPE ocorrem mensalmente, sempre aos sábados, a partir das 9h30, na sede da entidade, em São Paulo (SP), e são abertas aos associados. Verifique no site as datas das reuniões programadas para os próximos meses e participe.
NOTÍCIAS DAS ESTADUAIS
20 BAHIA
RIO DE JANEIRO
Distorções na saúde suplementar
Boas perspectivas para residência e sobreaviso
Movimento pede aplicação dos valores referenciais da CBHPM
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s médicos na Bahia estão exigindo das operadoras de planos de saúde o fim das disparidades nos valores dos honorários, as quais prejudicam pacientes e prestadores de serviços. Em maio, durante assembleia promovida conjuntamente pela Associação Bahiana de Medicina (ABM), Sindicato dos Médicos da Bahia (SINDIMED) e Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB), foram divulgados números alarmantes, referentes à última década.
Os dados revelam que nesse período as operadoras praticaram reajuste total de 131% sobre o valor das mensalidades pagas pelos usuários dos planos, enquanto o valor do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumulado nesses dez anos ficou em 90,73%. Já o aumento dos honorários pagos aos médicos nesse mesmo período foi de apenas 60%, o que representa menos da metade do reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e repassado aos usuários.
SINDIMED-BA elege nova diretoria A atual presidente da CIPE-BA ocupa a primeira suplência
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os dias 7, 8 e 9 de junho foram realizadas eleições para a renovação da diretoria do Sindicato dos Médicos da Bahia (SINDIMED-BA), as quais contaram com ampla participação da categoria. A Dra. Maria do Socorro Mendonça de Campos, presidente da As-
sociação Bahiana de Cirurgia Pediátrica (CIPE-BA), integra a nova diretoria, respondendo pela primeira suplência. Os novos dirigentes, liderados pelo presidente Dr. José Caires Meira, deverão conduzir a entidade no quadriênio 2010-2014.
CIPERJ pede aos associados o envio de informações
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o dia 7 de junho, ocorreu no Rio de Janeiro (RJ) a reunião entre os chefes de serviço de Cirurgia Pediátrica e as diretorias da Associação de Cirurgia Pediátrica do Estado do Rio de Janeiro (CIPERJ) e do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ). Na ocasião foi decidido que as duas instituições atuarão juntas e, para isso, serão elaborados dois documentos: um destinado à rede pública, no qual serão apresentados relatos sobre as condições de trabalho nos hospitais municipais, estaduais e federais, citando casos e, ainda, o descumprimento da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que obriga a se ter um cirurgião pediátrico de plantão em caso de haver UTI Neo-
natal, e a de número 1.834/2008 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que estabelece o sobreaviso médico remunerado; o outro, para a rede privada, servirá para a CIPERJ negociar o sobreaviso médico remunerado junto a clínicas e hospitais. Estes documentos serão redigidos pela CIPERJ, em conjunto com os chefes de serviço e suas equipes, e oportunamente entregues ao CREMERJ. Diante do que foi estabelecido na reunião, a diretoria da associação convida todos os cirurgiões pediátricos que tenham relatos, dados ou documentos, que comprovem o descumprimento das normas citadas, a enviá-los para a entidade pelo email contato@ciperj.org ou pelo fax (21) 2286-0524.
Reuniões científicas da CIPERJ
DISTRITO FEDERAL
Drs. Edward e Max apresentam palestras
Vitórias no embate com convênios
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m agosto do ano passado, os cerca de 25 cirurgiões pediátricos que fazem clinica particular no Distrito Federal deram início a movimento visando a remuneração dos plantões a distância e a revisão dos valores pagos pelos procedimentos pelos convênios. Até o primeiro semestre de 2010 foram fechados acordo com dez hospitais, sendo que em um deles o acordo foi sacramentado pelo Ministério Público. De acordo com declarações do Dr. Lucas Cardoso Veras Neto, presidente da Associação dos Cirurgiões Pediátricos do Distrito Federal (CIPEBRAS), que coordenou o movimento, este atingiu seus objetivos. “Desejávamos ser remunerados pelos plantões alcançáveis, pois atendíamos, recebendo o valor ínfimo de um parecer, a qualquer hora do dia ou
da noite. Com a mobilização, conseguimos que todos os hospitais que têm UTI e PS pagassem pelos plantões alcançáveis”, explicou. Ele declarou que, além disso, o movimento conseguiu que os honorários, por procedimento no hospital, fossem estipulados em valor equivalente a três vezes a tabela da Associação Médica Brasileira (AMB), enquanto que, com referência ao coeficiente de honorários (CH), “cada grupo fechou com um preço, constituindo-se num mercado livre”. O Dr. Lucas Veras esclareceu, ainda, que os médicos deixaram de atender aos convênios nos consultórios: “cada um pede a operação pelo convênio e cobra o seu preço para aquela operação, entregando ao paciente/conveniado a nota fiscal do serviço, por meio da qual este pode solicitar o ressarcimento pelo convênio.”
te convidado, apresentou palestra sobre Refluxo gastroesofágico. Para a reunião científica de agosto, já está confirmada a presença do Dr. Max Carsalad Schlobach, primeiro vice-presidente da CIPE, que em sua conferência abordará o tema Novos dispositivos para ostomias percutâneas. A reunião será realizada no dia 4 de agosto, a partir das 19h30, na sede do CREMERJ, em Botafogo, na Zona Sul da capital.
Divulgação/CIPERJ
Após longa batalha, cirurgiões voltam a ser profissionais liberais
o dia 30 de março, mais de 20 cirurgiões pediátricos participaram da reunião científica da CIPERJ, realizada no Centro de Estudos Prof. Dr. José Dias Rego, situado no Prontobaby - Hospital da Criança, na Tijuca, na Zona Norte da capital fluminense. Após a exposição de caso clínico cirúrgico de recém-nascido pela Dra. Dra. Nídia Moreno, o Dr. Edward Esteves, palestran-
O presidente da CIPER, Dr. Kleber Anderson (de camisa azulada), e o Prof. Edward (em traje escuro) entre outros participantes.