EVIDÊNCIA
O primeiro trabalho, intitulado de “evidência”, foi feito com objetos trazidos pelos integrantes da turma e disponibilizados para uso comum, no caso, foi-se utilizado um disco rígido antigo e notas falsas de vinte e cem reais, o saco plástico foi provida pelo próprio aluno, e a “etiqueta de perícia”, fabricada pelo mesmo. A obra é uma crítica mais direta, atacando a posse do atual presidente, Michel Temer, que chegou na posição atual de forma objetivamente ilegítima, e pode ou não ter interferido em investigações para provar tal ilegitimidade, como representado pelo disco rígido quebrado que, segundo a descrição da “evidência”, pode conter provas para provar que Temer chegou onde está de forma aparentemente criminosa.
CENSURA O segundo trabalho, intitulado de “Censura”, foi feito com a “ caixa de arteiro”, onde um dos integrantes do grupo proviu uma caixa com alguns itens, no caso, alguns livros , um pincel , uma caneta e um lápis. No trabalho final, foi usado apenas a caneta, o pincel e um sketchbook vazio. A obra visa criticar a falsa liberdade de expressão que a constituição brasileira visa como “direito”, exibindo tal trecho da constituição sendo escrito com uma caneta e censurado com o pincel. A execução do trabalho se mostrou consideravelmente trabalhosa, com o protótipo inicial envolvendo cola quente como meio de suporte, mas mais tarde evoluindo pra um sistema de apoio com clipes de papel e uma base de durepoxi atravessando as páginas.
JOGO DE CARTAS O terceiro trabalho, intitulado de “Jogo de cartas”, foi parte do projeto “cinco conto”, onde foi permitido aos alunos usarem apenas cinco reais para a realização de projetos. A obra é uma crítica ao universo político atual do Brasil, onde indepedente de posição política, pode-se dizer que o povo está preso entre escolher sempre um dos dois lados da mesma carta, visto que vários políticos de vários partidos diferentes parecem ter filiações “extraoficiais”, mesmo que inicialmente pareçam estar em oposição entre sí. O trabalho foi realizado com duas cartas, representando rei e rainha como os dois últimos presidentes do país coladas de “costas” uma para outra, a fim de criar a ilusão de uma carta de dois lados jogavéis, as cartas também foram modificadas com canetas posca, a fim de deixar a crítica ainda mais evidente (apesar de sacrificar um pouco da sutileza), foi ainda adicionada uma base de durepoxi para que o trabalho final pudesse ser apresentado de uma forma mais esteticamente agradável. Nota: 8,0
DDDs
Os DDDs, ou Dispositivos Disparadores de Diálogos, são pequenos objetos que, como o nume sugere, incentivam a criação de um diálogo, o trabalho consiste em ir para um local público e entregar um desses objetos para uma pessoa aleatória e repetir, normalmente criando diálogos que variam pra qualquer coisa entre um “obrigado”, uma conversa duradoura ou um simples “tem que pagar?” Os DDDs oferecidos pelo aluno em questão foram CDs, nesses CDs, havia a escrita “evidências” na frente, e seu conteúdo constituia-se apenas de covers da música “evidências” de chitãozinho e xororó, o trabalho tenta brincar com as expectativas do receptor, onde esse poderia pensar que os CDs continham alguma evidência relacionada a algum crime, e ao toca-lo, apenas músicas.
INTERVENÇÃO NA PRAIA
A intervenção na praia da Barra foi uma ação realizada pela turma em meados de Janeiro desse ano, fazendo uma forte crítica a construção de prédios na região da orla, especificamente as sombras que estes causam nas praias da Barra. O trabalho consistiu na construção de pequenos “prédios” de areia na praia da barra, inundando a praia assim como os edifícios inundam o espaço urbano da Barra.
SINTO O Sinto foi o último trabalho realizado pela turma, consistindo em uma ação ou performace , no caso da minha equipe, consistiu numa crítica aos bueiros que assolam as praias da Barra, basicamente chamando atenção para a existência deles através de um “x” vermelho, ao mesmo tempo, sinalizando o quão errados eles são.