ARTE E VISUALIDADE Disciplina de 1º período do Instituto de Artes Universidade do Estado do Rio de Janeiro Cristina Pape
Todo o material fotográfico que ora ilustram este site foi recolhido na internet. A parte textual que não contém referências é de minha autoria e responsabilidade.
O objetivo deste curso/site é educacional sem fins lucrativos e serve de apoio às aulas que ministro na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Neste texto, muitas vezes repito a mesma afirmação. Por quê? Para que possamos relacionar os assuntos. Uma afirmação por si só, para mim, não tem valor. Ela deve ter contexto.
Esclarecimento importante Existe cor-luz e cor-pigmento. A primeira é a cor que vemos na luz, é a cor de um arco-íris ou como uma iluminação de palco. A visão dos humanos é baseada na tricromia. Vemos três cores: vermelho, azul e verde de todo o espectro eletromagnético visível e a elas chamamos de cor luz primária. Ser um iluminador de teatro, por exemplo, exige um bom conhecimento de como funciona a luz, suas combinações e possibilidades além de equipamentos de boa qualidade. Se eu quero obter a cor branca em cena, tenho que usar três filtros ( por exemplo: vermelho, verde e azul)com a frequência e comprimento de onda corretos. Chamamos de síntese aditiva. Porque aditiva? Se projetarmos sobre uma superfície branca uma luz vermelha na faixa de 625 nm + verde na faixa 500nm vamos obter uma cor luz secundária amarela. Aditiva porque a cor que vemos é a soma de outras duas. Existe também a cor-pigmento. Estas cores são formadas por elementos que captam a cor-luz e devolve para o mundo e nossos olhos capturam. A cor de nossa pele, a cor da casca da maçã ou da cebola, enfim, todo o mundo em que vivemos. Uma casca de maçã bem vermelha tem pigmentos que vão absorver o azul e o verde mas reflete o vermelho. Então, o pigmento subtrai duas cores e deixa passar uma só. Chamamos de síntese subtrativa. Neste site vamos procurar esclarecer o que é cor-luz, como funciona e fornecer exemplos. Não trataremos de cor-pigmento que será abordado em outro site. Pigmentos são citados, mas não é assunto agora aprofundado.
COR LUZ O ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO A radiação eletromagnética é constituída por ondas que se propagam pelo espaço. O que isto quer dizer? Que ondas elétricas ( campo elétrico) e magnéticas ( campo magnético) oscilam perpendicularmente um em relação ao outro e estão vagando pelo espaço. Parte deste enorme conjunto pode ser visível para nós e a este pedaço do espectro chamamos de radiação visível. Este é o nosso objeto de estudo: a luz. A fonte mais familiar de luz visível é o Sol e emite radiação incandescente.
http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2006-09-17_2006-09-23.html
A dissociação da luz visível nas diversas radiações coloridas constituintes pode ser obtida experimentalmente fazendo passar um raio luminoso através de um prisma de vidro. Este processo ocorre naturalmente através das gotículas de água em suspensão na atmosfera, dando origem ao arcoíris. Podemos “fabricar“ nosso arco-íris. Para isso bastar aspergir água com uma mangueira comum de jardim e nos posicionarmos contra a luz.
“O espectro eletromagnético se refere às emissões de fótons em todos os níveis, relacionando a luz visível e os outros espectros que não interferem na visão humana, por exemplo. Mesmo abaixo ou acima dos níveis conhecidos, as emissões sempre trazem fótons, sejam estes mais fracos (relacionados ao infravermelho) ou mais fortes (ultravioletas). A isto se deve o desenvolvimento da vida nas formas que aconteceram neste planeta, já que a atmosfera propicia uma barreira que deixa passar somente os espectros visíveis desta luz.” (Isaac Asimov. http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=esc&cod=_oqueee spectroeletromagne)
Raio Ultravioleta: Comprimento de onda curta e alta frequência Raio infravermelho: Comprimento de onda grande e baixa frequência.
O espectro eletromagnético representa o conjunto de todas as ondas eletromagnéticas de diferentes frequências. Algumas são visíveis ( a luz), podendo ser captadas pelo olho humano, no entanto, a maior parte é invisível aos nossos olhos.
1 – Radiação infravermelha é uma radiação não ionizante na porção invisível do espectro eletromagnético que está adjacente aos comprimentos de onda longos, ou no final vermelho do espectro da luz visível. Ainda que em vertebrados não seja percebida na forma de luz, a radiação IV pode ser percebida como calor, por terminações nervosas especializadas da pele, conhecidas como termo receptores ( répteis como as cobras, por exemplo). A radiação infravermelha foi descoberta em 1800 por William Herschel, um astrônomo inglês de origem alemã. Ele colocou um termômetro de
mercúrio no espectro obtido por um prisma de cristal com a finalidade de medir o calor emitido por cada cor. Descobriu que o calor era mais forte ao lado do vermelho do espectro e que ali não havia luz. Esta foi a primeira experiência demonstrativa deque o calor pode ser captado em forma de imagem, como acontece com a luz visível. Esta radiação é muito utilizada nas trocas de informações entre computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos.
2 - Espectro visível (ou espectro óptico) é a porção do espectro eletromagnético cuja radiação composta por fótons, pode ser captada pelo olho humano. Geralmente esta radiação identifica-se como sendo a luz visível, ou simplesmente luz. Esta faixa do espectro situa-se entre a radiação infravermelha e a ultravioleta. Para cada frequência da luz visível é associada uma cor para nós humanos. Nosso aparato ótico permite que capturemos o vermelho, verde e azul. É a teoria tricromática das cores. O espectro visível pode ser subdividido de acordo com a cor, com a aproximação ao vermelho nos comprimentos de onda longos e menor frequência, e aproximação ao violeta para os comprimentos de onda mais curtos e maior frequência, conforme as cores de um arco-íris. Os comprimentos de onda desta radiação estão compreendidos entre os 740 nanômetros ( para o IV) e os 440 nm ( para o UV). Um nanômetro vale 1,0×10−9 metros( equivale a 1 milionésimo de milímetro)
Tabela do espectro de ondas eletromagnéticas em ordem crescente de comprimento de onda As cores utilizadas nesta tabela são somente um recurso didático e não correspondem às faixas discriminadas em nm.
Raios Gama Raios X Ultravioleta
Comprimento de onda Entre 0.0001 nm e 0.1 nm Entre 0.01 nm e 100 nm Entre 6 nm e 380 nm
Luz visível – violeta
Entre 380 nm e 430 nm
Luz visível - Azul Luz visível - Azul esverdeado
Entre 430 nm e 470 nm
Luz visível -verde
Entre 500 nm e 560 nm
Luz visível – Amarelo
Entre 560 nm e 600 nm
Luz visível – Laranja
Entre 600 nm e 640 nm
Entre 470 nm e 500 nm
Luz visível - Vermelho Entre 640 nm e 710 nm Claro Luz visível - Vermelho Entre 710 nm e 780 nm escuro Infravermelho
Entre 780 nm e 1 mm ( milímetro)
Microondas Ondas de rádio, TV, radar,etc.
Entre 1 mm e 30 cm Entre 1 mm e 60 Km
OBSERVAÇÃO : Somente as radiações que passam por duas estreitas "janelas" na atmosfera chegam até a superfície da terra. Uma delas é a janela ótica que vai de 300 nm ( ultravioleta ) até 1000 nm ( infravermelho ), outra é a janela de rádio, que vai de 1 mm até 50 m. O raios X e o ultravioleta menor que 300 nm são absorvidos pelas camadas mais altas da atmosfera.
3- A radiação eletromagnética ultravioleta (UV) ou raios ultravioleta possui comprimento de onda menor que a da luz visível e maior que a dos Raios - X, de 380 nm a 1 nm. O nome significa mais alta que violeta (do latim ultra), pelo fato de que o violeta é a cor visível com comprimento de onda mais curto e maior frequência. A radiação UV pode ser subdividida em UV próximo (comprimento de onda de 380 até 200 nm - mais próximo da luz visível), UV distante (de 200 até 10 nm) e UV extremo (de 1 a 31 nm). No que se refere aos efeitos à saúde humana e ao meio ambiente, classifica-se como UVA (400 – 320 nm, também chamada de "luz negra" ou onda longa), UVB (320–280 nm, também chamada de onda média) e UVC (280 - 100 nm, também chamada de UV curta ou "germicida"). A maior parte da radiação UV emitida pelo sol é absorvida pela atmosfera terrestre. A quase totalidade (99%) dos raios ultravioleta que efetivamente chegam a superfície da Terra é do tipo UV-A. A radiação UV-B é parcialmente absorvida pelo ozônio da atmosfera e sua parcela que chega à Terra é responsável por danos à pele. A radiação UV-C é totalmente absorvida pelo oxigênio e pelo ozônio da atmosfera. Mas, sabemos que os buracos na camada de ozônio da nossa atmosfera são muitos e assustadores em sua proporção e crescimento, provocados pela ação humana. “Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida. Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioletas poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.” (http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/camad a_ozonio/)
AS CORES NA NATUREZA O olho humano possui dois tipos de células que nos fazem enxergar: os cones e os bastonetes. Os primeiros são capazes de captar o vermelho, o azul e o verde (as cores luz primárias) do espectro visível e os bastonetes, os tons de cinza. É por isso que a noite ou em locais escuro é muito difícil se distinguir cor. Bastonetes são células que necessitam de pouca luz para serem sensibilizadas mas não conseguem formar imagens coloridas ou nítidas. Bilhões de fótons, capturados e organizados na retina como uma fotografia são enviadas para o cérebro que ao responder, faz-nos perceber as cores e as imagens. Existem três tipos de cones, os azuis, os vermelhos e os verdes. Eles são chamados assim, pois o cone azul é ativado por ondas de comprimento muito aproximado às que formam a cor azul, também chamadas de ondas curtas, os cones verdes se sensibilizam por ondas de comprimento próximo ao verde, também, chamadas de ondas médias. Os cones vermelhos com ondas de comprimento próximo ao vermelho, também chamadas de ondas longas. Nossa estrutura ótica capta estas três cores e a ela chamamos captação tricromática. Todo o resto é uma mistura resultante delas. É a síntese aditiva de cor. Por que síntese aditiva? Ao juntarmos as três cores - luz primárias, a soma delas dará uma cor branca. Passemos então ao sistema RGB ( red, green, blue)= vermelho, verde, azul. COR LUZ COMPLEMENTAR Cada uma das primárias –luz possui uma cor complementar, que será a mistura das outras duas, a saber: Primária luz
Complementar luz
Vermelho............................. azul ciano( verde + azul) Azul..................................... amarelo ( vermelho + verde) Verde................................... vermelho magenta ( vermelho + azul)
COR LUZ SECUNDÁRIA Vejamos no diagrama RGB, as cores luz secundárias são: Vermelho + azul = magenta Vermelho + verde = amarelo Azul + verde = azul ciano OBSERVAÇÃO: Elas são as três cores pigmento primárias ( CYM)= ciano, amarelo, magenta.
A esta combinação chamamos SÍNTESE ADITIVA. Quando misturamos todas as cores como luz, obtemos o branco, que é a luz nossa de cada dia. Não há como se obter o negro com a cor luz primária. Como efeito ótico, o negro só existe quando não há fonte de luz. Negro é a ausência de luz.
Vejamos o próximo diagrama de cor-pigmento (sistema CYM). Suas três cores primárias são ciano (azul), magenta (vermelho) e amarelo, mas as sua três secundárias são vermelho ( alaranjado), verde e azul( ultramar) e que são o sistema RGB= cor luz. É a síntese subtrativa porque o objeto colorido absorve o espectro visível e nos devolve a cor que podemos ver, como o vermelho da casca da maçã. Quando um objeto tem uma cor, é porque a sua estrutura química absorve e devolve diferentes faixas do espectro solar. Isso é diferente da cor luz.
Aqui temos a SÍNTESE SUBTRATIVA. Quando misturamos todas as cores, obtemos o preto. Não há como se obter branco neste sistema. Só com pigmentos ( óxido de zinco, titânio e outros) que devolvem para nós todo o espectro, então veremos o branco. Por quê? Porque o pigmento é branco. É um pó branco que tem uma estrutura química tal que vai refletir todo o espectro visível da luz e então veremos a cor branca. Não é a mistura das luzes projetadas sobre uma superfície branca.
COR PIGMENTO COMPLEMENTAR Cor pigmento primária
complementar
Amarelo ..................................................................azul Vermelho magenta ................................................verde Azul ciano .............................................................vermelho Voltemos à cor luz. Existe o que chamamos de luminescência, que pode ser a emissão de luz por uma substancia quando sofre um estímulo de luz, uma reação química ou radiação ionizante. Algumas praias da Austrália possuem algas que emitem luz azul visível de noite, porque elas carregam em si alguns microrganismos luminescentes. É um espetáculo. Vejam a imagem.
No Rio de Janeiro, antigamente, podíamos riscar a areia, perto da água, na Praia Grande em Arraial do Cabo ou Cabo Frio, e víamos um brilho emanado por algas luminescentes. A cor era amarela esverdeada. MAÇÃ DA TOSCANA E OUTRAS BELAS CORES.
Imagem obtida em: emagrecendo-com-felicidade.blogspot.com Dispersão da Luz “Quando caminhas pela floresta e tens a oportunidade de ver
um raio de luz que consegue passar pela folhagem das árvores, rapidamente te apercebes que esse raio de luz é esbranquiçado:
De fato, é habitual dizer-se que a luz proveniente do Sol é luz branca. Contudo, no século XVII, Isaac Newton observou que esta luz branca resulta da combinação de diferentes cores. Ele verificou que quando um raio de luz branca atravessava um cristal ou um prisma óptico, era dividido em diferentes cores, ao que se dá o nome de Dispersão ou Decomposição da Luz.
Dispersão de um raio de luz branca por um prisma óptico
Newton conseguiu explicar um fenômeno natural que há muito deixava as pessoas intrigadas: o arco-íris. O arco-íris se forma quando um raio de luz branca atravessa uma gota de água- esta gota funciona como um prismadeixando ver todas as cores que o constituem. As cores presentes num raio de luz branca são as indicadas em seguida.” (http://www.aulas-fisica-quimica.com/8f_13.html).
Observem esta foto: foi feita numa cachoeira e o sol estava atravessando as gotículas de água. O arco-íris em cada gota. A observação de Isaac newton estava correta. Luz e Cor Três cores primárias que combinadas permitem obter todas as outras são: Vermelho, o Verde e Azul. Vejamos como acontece este fenômeno: a luz vem até a superfície da terra com todo seu espectro visível, e quando ela é selecionada por um filtro verde, um outro feixe por um filtro vermelho e ambos são projetados sobre uma superfície branca, no ponto de interseção a cor será amarela. Assim sucessivamente com cada cor primária. Vejam o esquema.
Tal como é possível ver no esquema acima, onde se mostram três lanternas com a mesma intensidade, mas com cores diferentes: Vermelho + Verde = Amarelo; Vermelho + Azul = Violeta; Azul + Verde = Azul Claro; Vermelho + Verde + Azul = Branco. Dan Flavin foi um artista do Minimalismo e criou /executou obras com luz néon. Para que seus propósitos de cores sejam alcançados, é preciso que se trabalhe com a radiação luminosa no comprimento e frequência de ondas precisas. O trabalho deste artista é com a luz. Ele não usa mistura de tintas. Ele mistura luzes.
Aqui podemos ver a cor-luz vermelha + verde criando a secundรกria amarela. Vermelho + azul cria a cor magenta
A Cor dos Objetos 1 - A cor de um objeto resulta da cor da luz que este consegue refletir. 2 - A luz que o objeto é capaz de refletir depende do material de que é feito o objeto 3 – Depende da cor da luz que ilumina o objeto. Por exemplo, uma rosa vermelha consegue absorver todas as cores do espectro visível, exceto o vermelho, que é refletido. Por isso ela é vermelha aos nossos olhos. É uma luz que não se decompõe em outras. O amarelo pode ser dividido em verde e vermelho. O amarelo é fruto da síntese aditiva, e esta síntese aditiva é sempre usada ao tratarmos de corluz.
Cor –luz primária ( vermelho, azul e verde) A cor luz primária é chamada de cor fundamental. Esta flor reflete a faixa vermelha e esta cor não se decompõe. Mas, é preciso que saibamos que esta cor vermelha é refletida por causa da estrutura do(s) pigmento(s) da rosa. Veja só: a luz branca incide sobre a flor, seus pigmentos seguram quase todo o espectro, mas devolvem o vermelho e nós vamos ver então esta rosa vermelha.
Assim vai acontecer com as outras cores. O verde e o azul que são primárias, vão funcionar do mesmo modo.
Esta flor reflete a cor-luz primária verde. O verde não se decompõe.
Reflete uma cor-luz primária azul e esta não se decompõe.
Até aqui tudo mais ou menos confuso, mas como vamos ver uma rosa amarela? A flor amarela, que pode ser também uma margarida ou uma laranja pera, possuem pigmentos nas suas estruturas da pétala ou da casca e eles vão absorver quase todo o espectro solar , mas vão devolver duas cores luz primarias: o verde e o vermelho. O que vai acontecer? No ar, enquanto a luz é devolvida aos nossos olhos, temos os dois pontos do espectro sendo “ atirados” aos nossos olhos: a cor verde e a cor vermelha. Ora, elas se juntam e quando chegam até nós estão formando a secundária amarela. Está mais claro agora? Se fossem duas lâmpadas precisas, uma verde e uma vermelha , a mistura das duas cores seria o amarelo.
Cor-luz secundária ( amarelo, vermelho magenta e azul ciano) Como vemos uma flor amarela?
A rosa de cor amarela reflete os raios vermelhos e os raios verdes. São duas cores-luz primárias que misturadas em nossos olhos, fornece a nós a cor –luz amarela ( secundária).
Amarelo luz ( secundária) = vermelho + verde ( primárias Como vemos uma flor magenta?
A rosa de cor magenta reflete os raios vermelhos e os azuis
São duas cores-luz primárias que misturadas no nosso olho, fornece a cor –luz magenta ( secundária).
Magenta luz ( secundária) = vermelho + azul ( primárias)
Como vemos uma flor azul ciano?
A rosa de cor ciano reflete os raios verdes e azuis. São duas cores-luz primárias que misturadas no nosso olho fornece a corluz ciano( secundária).
Ciano luz( secundária) = verde + azul ( primárias)
Esta flor devolve para o meio ambiente vรกrias faixas do espectro luminoso. Porque?
Objetos Brancos e Objetos Pretos Os objetos brancos refletem todas as cores - o branco resulta de uma mistura de todas as cores-luz. Podemos então dizer que a cor-luz branca é a mistura das 3 cores luz primárias ( azul, vermelho e verde) e suas intermediárias. Os objetos brancos devolvem todas as cores da luz branca. Mas porque isso acontece? Porque a estrutura química do objeto ( quero dizer o pigmento) faz com que isso aconteça. O pigmento óxido de zinco reflete todas as faixas do espectro colorido e por isso o vemos branco. Nunca se obtém a cor branca misturando pigmentos. Veja a diferença: o objeto tem uma estrutura que reflete todo o espectro da luz, então vemos a folha branca porque foi pintada com óxido de zinco.
Objetos Pretos
Os objetos pretos não reenviam nenhuma das cores da luz branca. Todo o espectro é absorvido pelo objeto. Estou dizendo que a estrutura do pigmento deste objeto absorve todo o espectro e este não é devolvido. Então, assim como o branco, o objeto preto se baseia na estrutura química que absorve todas as cores da luz branca e não devolve nenhuma para os nossos olhos. Não é que não haja luz. Há, mas o objeto absorve todo o espectro da luz visível e não devolve nada para nossos olhos.
O QUE ACONTECE NO MUNDO QUE NOS RODEIA?
http://4.bp.blogspot.com/-Z-Yvm98eZM/TeAvdrMHA8I/AAAAAAAAAAo/MHWiRHXU1gc/s1600/fotossintese.jpg
Acredito que este esquema seja bastante conhecido de todos, mas vamos aprofundar um pouco para entender as variedades de cores existentes. Comecemos pela clorofila presente nas folhas. A clorofila ( que é um pigmento) usa a energia da radiação vermelha e azul ( duas cor-luz primárias) do espectro eletromagnético para excitar os seus elétrons e transformar a energia solar em química por meio do processo de fotossíntese (6H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6. A equação não simplificada do processo é: 12H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6 + 6H2O). A radiação verde é refletida, dando às plantas uma aparência verde. Assim, vemos a folha verde. Observação: o que é a clorofila? Ela é um pigmento que se encontra nas células das plantas e lhe confere a cor verde como falamos. Existem quatro tipos de clorofila ( a, b, c, d ). As duas primeiras estão nas plantas verdes e vão absorver preferencialmente a região do espectro perto do azul e do vermelho. As outras duas encontramos nas cianobactérias ( ciano quer dizer azul) e algas. Mas de que é formado o pigmento chamado clorofila? De uma porfirina que contém magnésio. Mas , agora, o que é uma porfirina? É uma molécula orgânica, que possui cor púrpura. Formadas por anel de porfirina, todos seus derivados absorvem luz no comprimento de onda de 410 nm, por sua cor característica. O que isso quer dizer? Que esta molécula terá uma cor própria a partir do que ela absorve e reflete. Se houver um íon metálico adicional nesta molécula a propriedade de absorção típica pura da radiação visível será alterada. O que é o magnésio, por exemplo? É um metal. Chegamos ao ponto onde vamos parar agora. Daqui para frente é biologia, química e física... Mas, podemos falar das modificações das folhas assim como dos frutos. O processo é semelhante no que diz respeito às cores da casca, por exemplo. A clorofila vai-se degradando, até que a cor verde desaparece e outros pigmentos responsáveis pelas cores amarelas, alaranjadas e vermelhas, ficam visíveis ou são sintetizados. A textura torna-se mais suave e macia, os frutos ficam mais sumarentos e aromáticos e os compostos responsáveis pela sua defesa (alcalóides e taninos) desaparecem. A fruta liberta ainda uma cera protetora para reduzir perdas de água quando se separa da árvore.
Todos estes processos são catalisados por um conjunto complexo de enzimas. Mas o que, em geral, desperta o trabalho destas enzimas é uma pequena molécula, chamada etileno, que funciona como um hormônio do amadurecimento na planta.
Quando as folhas ou a pele de uma maçã são novas vemos o verde claro, depois escurecem e tornam-se marrons. No Brasil as amendoeiras passam por grandes alterações cromáticas nas folhas e nos dão um “ outono europeu”. As folhas das árvores quando acostumadas a uma luz intensa produzem bastante clorofila, mas se a radiação solar diminui, como ocorre no outono europeu, a fotossíntese fica comprometida e as folhas não guardam mais a clorofila ( esse pigmento que é verde aos nossos olhos). Assim, as outras cores começam a aparecer, outros pigmentos presentes nas folhas como os carotenóides ou antocianinas começam a aparecer. São os tons amarelos, laranjas, vermelhos, marrons em infinitas variedades. Por que o céu é azul? Sem atmosfera o nosso céu seria negro, mesmo durante o dia, pois é a atmosfera que espalha a luz no céu. No caso da Terra, o céu é azul por causa da presença do oxigênio da nossa atmosfera que promove essa cor. Na Lua, o céu é escuro. Veja as fotos dos astronautas na Lua ( é um argumento, mas desde que descobri que as imagens coletadas pelo telescópio Hubble são em preto e branco e coloridas em computador, já
começo a crer que vivo na ficção mesmo. É só uma opinião muito pessoal). Podem acessar o site oficial: http:www.hubble.org).
Em Júpiter ocorre um processo semelhante ao da Terra e lá se observa um céu azul também. Talvez algo como esta foto. Diz a NASA. Mas o céu por um longo tempo deixou de ser azul no Kuwait. Antes de sair de lá, o Iraque derramou e depois incendiou o óleo dos poços de petróleo, e as imagens falam por si. Aqui no Rio de Janeiro, durante meses seguidos pudemos ver o por do sol tendendo para a cor violeta.
Estas são paisagens no Kuwait em 1991. Nem sempre o céu é azul.
Já em Marte o céu é rosado porque a atmosfera é “poluída” pela presença de óxidos de ferro oriundos do solo, talvez como esta foto, que foi criada cromaticamente a partir de informações da NASA. Há que se diferenciar a “ poluição” da atmosfera de Marte e da Terra.
AS NUVENS SÃO BRANCAS As nuvens são compostas por gotas de água de diferentes tamanhos, e não de vapor d’água como algumas pessoas pensam. O vapor sim, se condensa na forma de gotas em torno de partículas de poeira, fumaça e sal, suficientemente leves para permanecerem suspensas no ar. A grande maioria das gotas tem dimensões microscópicas (na ordem de um milésimo de milímetro) e como há uma grande diversidade de tamanhos, cada gota espalha a luz proveniente do Sol de uma maneira diferente. A luz solar é composta por todas as frequências do chamado espectro visível (que vai do vermelho ao violeta). Dependendo do seu tamanho, a gota de água espalha a luz numa determinada frequência. As gotas maiores espalham as baixas frequências (vermelho, amarelo) enquanto as gotas menores espalham as de altas frequências (azul e violeta). A combinação do espalhamento de todas as cores tem como resultado a cor branca. Pode-se verificar isso, quando misturamos as cores do arco-íris, ou as três cores-luz primárias.
A nuvem fica escura quando as gotas de água se tornam maiores. Neste caso ocorre a absorção da luz incidente e o espalhamento é menor. Quanto mais escura for a nuvem, maiores são as gotas e, portanto, maior a chance de chover.
A “espuma” que aparece na crista das ondas no mar também é branca devido ao efeito do espalhamento da luz por partículas de água com diferentes tamanhos.
PORQUE A NEVE É BRANCA?
A neve é basicamente água congelada, então deveria ser transparente, mas não é. Por quê? A luz visível é composta de várias freqüências vibratórias. Todos os objetos que vemos absorvem e/ou refletem algumas faixas deste espectro visível e a cor que é devolvida é a que vemos no objeto: maçã vermelha absorve os raios azul e verde e devolve o vermelho. Partindo desta afirmação, ainda perguntamos: porque a neve não é transparente? Aqui, temos que observar então a natureza do gelo. O cubo de gelo que usamos para gelar nossa água é translúcido, mas não transparente porque a luz não atravessa o gelo numa linha reta, mas ela é dobrada porque as distâncias entre os átomos do gelo não são obrigatoriamente os mesmos. O caminho da luz ( esse caminho dos fótons) é alterado fazendo com que ela saia do gelo diferente do que entrou. Aqui a nossa regra aparentemente tão clara fica meio confusa. Não é como a folha da rosa vermelha. A neve é como um monte de cubos de gelos muito pequenos todos juntos em ângulos diferentes, formado por cristais de gelo. Quando a luz entra pela primeira vez na neve, ele caminha através do cristal de gelo que encontrar primeiro, muda de direção um pouco, e passa para o cristal de gelo seguinte. A luz é devolvida de cristal em cristal até que finalmente emerge da neve, e esta, absorve todas as cores do espectro visível simultaneamente e então, quando ele sai da neve, ele está completo em sua estrutura, logo, o que vemos é a cor branca.
Porque já pensou se pudéssemos pegar um punhado de neve, deixar derreter e obtivéssemos um pigmento branco? Não é isso que acontece. Então, sabemos porque a neve é branca: ela reflete a luz branca em sua totalidade.
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www.altamontanha.com.br foto: Maximo Kausch
A LUZ NO TEATRO : ROBERT WILSON
Estas são as três cores-luz primárias e seus refletores. Estamos falando de RGB = Red , Green , Blue.
Estas s達o montagens de Robert Wilson em diferentes teatros
Macbeth
Observem os detalhes de iluminação, exatamente onde o artista – Bob Wilson – quis iluminar. As marcações são precisas.
Vários artistas usaram e usam luz em suas obras, mas provavelmente um dos mais exigentes será o profissional de iluminação de palcos, seja de teatro ou de shows. Por enquanto, ficamos aqui. Aos poucos devo acrescentar dados. Este é um texto em movimento, como tudo.