Informativo nº 120

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Jan-Fev-Mar de 2011 | Ano XV | N° 120

PESQUISA Gestão de resíduos químicos em instituições de ensino

mercado Vinhos de qualidade no sudeste gaúcho

CARREIRA Mercado de trabalho busca profissionais versáteis

2011 O ANO DA QUÍMICA


índice

EDITORIAL

3 mERCADO

Nesta edição, continuamos acompanhando as ações realizadas no Ano Internacional da Química, que marca o centenário do prêmio Nobel de Química concedido à Marie Curie, precursora e responsável por grandes avanços nas mais variadas áreas da Ciência, principalmente na física, química e medicina.

Os ótimos vinhos produzidos fora do tradicional Vale dos Vinhedos

4 pesquisa 6

Gestão de resíduos químicos em instituições de ensino

DIA DA ÁGUA

Novo cálculo para medir consumo por pessoa

química 8 2011 é o Ano Internacional da Química

carreira 10 Abra sua mente para o mercado de trabalho

O CRQ-V marcará esse ano com o seu projeto de levar a instituição para o interior do Estado através de palestras e oficinas. Além de apoiar os eventos que ocorrerão em âmbito nacional, também estamos realizando, com o

apoio de grandes empresas do setor, um concurso de vídeos para alunos do Ensino Médio (Qui Imagem)com a finalidade de aproximar a química ao cotidiano dos jovens. Outro assunto que merece destaque é a produção de vinhos de qualidade fora do Vale dos Vinhedos, onde a Serra do Sudeste gaúcho comprova com números a alta produtividade, como você pode ler na próxima página. Continue colaborando com sugestões de pauta, envio de artigos e comentários. Boa leitura

Dica de livro Siga o CRQ-V no

www.twitter.com/crqv_rs

números do conselho DOCS

DEZ JAN

FEV

TOTAL

AFT’S emitidas

833 561

505

1899

Registros Definitivos

0

38

0

38

Registros Provisórios

0

222

0

222

Certidões

10

10

12

32

Processos Analisados

0

389

0

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A vida Imortal de Henrietta Lacks, de Rebecca Skloot, é a biografia de Henrietta Lacks, uma descendente de escravos norteamericana, que foi diagnosticada com câncer cervical aos 30 anos e teve, sem seu consentimento, uma amostra de seu tumor retirada para análise. As células cancerígenas de Henrietta, morta em 1951 em decorrência da doença, acabaram por originar a linhagem celular HeLa- a mais utilizada em pesquisas biomédicas em todo o mundo até os dias de hoje. Os avanços científicos tornados

possíveis pela imortalidade da HeLa renderam milhões à indústria farmacêutica e de biotecnologia. Os novos métodos de tratamentos do câncer, as vacinas contra a poliomielite e o HPV, são alguns exemplos. Tanto os desenvolvimentos tecnológicos baseados na linhagem dessa célula cancerígena, quanto a comovente história da família de Henrietta, que vive na pobreza até hoje, fazem parte dessa obra, que também debate os limites éticos da pesquisa genética. (www.ciadasletras. com.br)

Livro: A Vida Imortal de Henrietta Lacks 440 Páginas Autora: Rebecca Skloot Preço: R$ 42,00 Editora: Companhia das Letras

Expediente INFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br Presidente: Paulo Roberto Bello Fallavena Vice-Presidente: Estevão Segalla Secretário: Renato Evangelista Tesoureiro: Ricardo Noll

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Assessoria de Comunicação do CRQ-V assecom@crqv.org.br Jorn. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018 Marcos Bertoncello - Mtb 14780

Edição de Arte: Felipe S. Decker Foto Capa: sxc.hu Tiragem: 8.000 Impressão: Gráfica Trindade


MERCADO

Vinhos de qualidade fora do Vale dos Vinhedos sxc.hu

Serra do Sudeste comprova nos números ser um local avantajado para a vitivinicultura gaúcha

Divulgação

Faz mais de dez anos que tradicionais famílias e empresas dedicadas à elaboração de vinhos deixaram a Região da Serra Gaúcha atrás de espaço e clima favorável para a produção de uvas viníferas. O objetivo na época - que atualmente se confirma - foi resgatar o potencial importante de um local na metade sul do Estado e transformá-lo em um dos pólos mais promissores da vitivinicultura no país: a chamada Serra do Sudeste. No relevo de leves ondulações do município de Encruzilhada do Sul, cerca de 170 quilômetros de Porto Alegre, cantinas de grife do famoso Vale dos Vinhedos, como Casa Valduga, Lidio Carraro e Chandon, começaram no início dos anos 2000 a implantação de vinhedos que hoje dão origem a vinhos internacionalmente premiados. “A região tem boa ventilação e insolação, o que contribui para a maturação das uvas e é importante para a qualidade do vinho”, avalia o diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Paviani. Beneficiadas pela combinação de solo arenoso e um microclima de inverno rigoroso, verão de dias quentes, noites frescas e poucas chuvas, a Serra do Sudeste trouxe surpresas agradáveis desde a primeira vindima, em 2004, quando os vitivinicultores pioneiros chegaram a obter vinhos com teor de álcool superior a 15%, o que,

na época, levou até a comparações com as vinificações da famosa região do Vale do Napa, na Califórnia. As experiências são exitosas tanto em variedades tradicionais, como carbernet sauvignon e chardonnay, quanto em castas novas no Estado, como a francesa arinarnoa e a portuguesa touriga nacional. A partir dos resultados das primeiras safras, até mesmo vinícolas gaúchas que não têm vinhedos na Serra do Sudeste correram para adquirir uvas de uma região agora redescoberta. Com o impulso que a atividade ganhou na região, no final do mês de janeiro, nove produtores de uvas finas – sendo três vinícolas – de Pinheiro

Machado, Piratini e Pedras Altas se uniram para formar a Associação dos Vitivinicultores do Extremo Sul (Vitisul), totalmente chancelada pela Ibravin. “O objetivo é buscar um produto com indicação geográfica”, adianta o presidente da Vitisul, Rossano Lazzarotto, tecnólogo em viticultura e enologia . Investimento de sucesso Exemplo de bons resultados na Serra do Sudeste é da Casa Valduga. Em 1998, João Valduga, um dos três irmãos proprietários da vinícola, decidiu investir na cidade de Encruzilhada do Sul com a produção de vinhos. A ideia partiu de uma decisão de Valduga ao dar-se conta de que não havia mais espaço para crescer na Serra Gaúcha, onde ele e seus irmãos mantêm 36 hectares. Dois anos depois, iniciou o plantio. Atualmente, em três propriedades, são mais de 150 hectares de parreirais, uma área gigantesca para os padrões da cultura. Além de atender o mercado interno, a Casa Valduga exporta vinhos para vários países. A produção anual de uvas é próxima das 1.600 toneladas e emprega no município de Encruzilhada 85 funcionários. ”O que impressiona é o alto grau de açúcar, as uvas daqui são mais doces que as da Serra”, explica João Valduga, técnico em enologia por formação.

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PESQUISA

Gestão de resíduos químicos em instituições de ensino – desafios enfrentados Por Karine Arend * Nos últimos anos, várias universidades do país implantaram políticas de gestão de resíduos, entre eles os químicos (De Conto, 2010). Mudanças no cenário acadêmico estão ocorrendo em decorrência das políticas de conservação do meio ambiente, promovendo desafios para os profissionais da Química, considerando os fundamentos da Química Verde (Corrêa & Zuín, 2009). Alunos, professores e dirigentes devem estar engajados nessa questão, pois esse trabalho não envolve somente a responsabilidade de não provocar danos ao meio ambiente em que a instituição de ensino está inserida, mas envolve processos de mudança necessários de serem adotados com o objetivo final de zerar a produção de resíduos e efluentes tóxicos. Porém, é preciso mudanças complexas nas atividades desenvolvidas e, também, considerar a responsabilidade objetiva, ou seja, quem gerou o resíduo é responsável por ele (Jardim, 1998). Na área de ensino, as alterações envolvem as atividades desenvolvidas em disciplinas como: as da Química Analítica que resultam em resíduos contendo metais como cromo, prata e mercúrio e as da Química Orgânica com variedade de solventes como os clorados e o benzeno, que estão sendo banidos do mercado. Pequenas ações como: a minimização do volume de reagentes; o uso de resíduos produzidos em outras atividades na identificação de íons metálicos durantes os ensaios da marcha analítica e o uso de um composto sintetizado em aula aproveitado em outra disciplina estão se tornando rotinas. O diálogo entre professores de diferentes áreas é necessário para que haja o aproveitamento dos compostos produzidos. Desenvolver atividades práticas sem prejuízo ao conteúdo que deve ser

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desenvolvido com os alunos é um desafio para os profissionais que não tiveram contato com esse desafio durante sua formação acadêmica. O repensar deve ser a preocupação dos professores que estão atuando e formando novos profissionais, mesmo que para isso seja preciso buscar novos conhecimentos. Na área da pesquisa o destaque é a diversidade de resíduos. Em muitos casos, há participação efetiva do grupo que faz a segregação e encaminhamento junto ao órgão responsável pelos resíduos na instituição, que deve ser uma equipe multidisciplinar. Porém, haverá muitas questões que devem ser debatidas, como por exemplo, o que fazer com os novos compostos que constantemente são sintetizados e os resíduos dessas sínteses, como os resíduos da nanotecnologia? Considerando que essa é uma área que está em expansão no país. Em laboratórios de análises o desafio é o desenvolvimento de novas metodologias que sejam adotadas, e dessa forma evitar a produção de resíduos químicos. No caso de análises de solos e águas os resíduos contém prata, mercúrio, cromo, bário e estrôncio. Mesmo que o tratamento através da precipitação seletiva seguida de filtração, possa provocar a diminuição do volume dos resíduos produzidos nesses laboratórios, sempre haverá resíduos que não poderão ser reaproveitados. Questiona-se o fato de que, por exemplo, ainda hoje a determinação de cloretos geralmente seja feita através da titulação de precipitação usando nitrato de prata. Considerando que essa política deve ser adaptada às realidades e necessidades da cada instituição, evitando que esses resíduos tenham um destino inadequado. A conscientização dos acadêmicos em rela-

ção à responsabilidade frente aos resíduos produzidos deve ser constante. O aluno deve ser instigado a propor e tratar esses resíduos. Essa prática tem despertado o interesse, promovendo maior conscientização ambiental. O tratamento de resíduos pode ser feito utilizando reações de neutralização, oxidação e precipitação (Afonso, 2003). Quando o resíduo não pode ser tratado in loco deve ser encaminhado para a incineração ou enviados para disposição final num aterro químico industrial. Porém, há um estoque muito grande de produtos químicos que estão vencidos nessas instituições, assim como as embalagens, compostos químicos sintetizados e muitos outros resíduos. O fato da instituição não possuir resíduos passivos (sem identificação) pode indicar que o gerenciamento foi adequado a ponto de eliminar esse problema, assim como pode indicar que o tratamento inadequado é realizado. O questionamento que devemos fazer é em relação a produção de monografias, dissertações e teses totalmente limpas, sem produção de resíduos ou com tratamento eficiente dos resíduos produzidos durante o desenvolvimento dos projetos propostos. Esse sem dúvida é um grande desafio que já ocorre em algumas instituições e tendência de se tornar pré-requisito para aprovação de projetos. Para isso, é preciso que os acadêmicos tenham consciência e sejam responsáveis, juntamente com seus orientadores, pelos resíduos produzidos em seus estudos. Profissionais formados com essa realidade estarão mais preparados que muitos de nós, que infelizmente não tiveram a oportunidade de discutir essa questão durante a formação acadêmica. Porém, sabe-se que apesar de não haver uma legislação específica para


ARTIGO

os resíduos produzidos pelas instituições de ensino, poderemos equacionar essa questão caso haja interesse. 9. Engenharia Mecânica - RS- Gerador de Força Hidrocinética 10. Engenharia E Materiais - Paraguai - Años Atrás No Era Lo Mismo 11. Gerenciamento do Meio Ambiente - Equador - Obtención de Carbón Activado 12. Ciências Ambientais - Argentina - Cuando El Arroyo Suena 13. Medicina e Saúde - RS - Análise da Impregnação de Nanopartículas de Dióxido de Zircônio e de Prata com Quitosana em um Tecido para Tratamentos de Saúde Ii Mais informações sobre a premiação em www.mostratec.com.br

* Karine Arend é Bacharel e Licenciada em Química e Doutora em Ciência do Solo. Também é Conselheira do CRQ-V

Bibliografia AFONSO, J.C., Gerenciamento de Resíduos Laboratoriais: Recuperação de Elementos e Preparo para Descarte Final, Química Nova, v. 26, n. 4, p. 602611, 2003. HIRATA, M.H.; MANCINI FILHO, J. Manual de Biossegurança. São Paulo: Editora Manole, 2002. JARDIM, W. de F., Gerenciamento de Resíduos em Laboratórios de Ensino e Pesquisa, Química Nova, v. 21, n. 05, p. 671-673, 1998. DE CONTO, S. M. Gestão de Resíduos em Universidades. Caxias do Sul: EDUCS, 2010. ZORRÊA, A.G. e ZUÍN, V.G. Química Verde: fundamentos e aplicações. São Carlos: EDUFSCAR, 2009.

Justiça obriga CREA-RS cumprir decisão em favor do CRQ-V Dr. Dario da Silva Oliveira Junior Diretor Jurídico do CRQ-V

Há muito tempo que se discute onde o engenheiro químico e as empresas que tenham como sua atividade básica a química devem se registrar, ou no CRQ ou no CREA. Evidente que, na falta de uma legislação específica e pontual sobre o assunto, a questão acabou nas barras dos tribunais. Então, pronunciou-se a mesma Corte Judicial no sentido de, nos casos dos engenheiros químicos, estes deverão registrar-se perante os Conselhos de Química quando as atividades desenvolvidas por eles serem na área química, não tendo o CREA a exclusividade do registro destes profissionais. Quanto às empresas, decidiu o STJ que aquelas que possuírem atividade básica na área da química deverão estar registradas no Conselho de Química e não no CREA. Bem, sabemos todos que decisão judicial não se discute, se cumpre. Assim tem procedido o CRQ-V, cumprindo rigorosamente todas as decisões judiciais, inclusive esta do STJ. Entretanto, lamentavelmente, o CREA-RS não vem cumprindo os dita-

mes do STJ em relação à matéria aqui exposta. Já faz algum tempo que, semanalmente, o Departamento Jurídico do CRQ-V vem recebendo reclamações de empresas que aqui estão registradas e que possuem atividade básica na área da química, mas estão sofrendo, indevidamente, autuação pelo CREA-RS. Assim, não restou outra alternativa ao CRQ-V do que buscar seu mais lídimo direito na justiça, não para inventar nada, mas sim, apenas para fazer cumprir o que já estava decidido pelo STJ. Como não poderia ser diferente, já obtemos a tutela antecipada (processo n° 5020965-53.2010.4.04.7100 – 2° Vara Federal Tributária – Juíza: Dra. Marciane Bonzanini) no sentido do CREA-RS se abster de autuar, multar ou exigir qualquer modalidade de registro das empresas que possuem registro junto ao CRQ-V até o final da ação. Esperamos, pois, que o CREA-RS finalmente, e de uma vez por todas, venha a respeitar e cumprir as diretrizes de nossos tribunais, pelo menos, em relação à matéria aqui exposta.

IMPEQUI 9º Simpósio Brasileiro de Educação Química Natal, 17 a 19 de julho de 2011 Palestrantes confirmados:

Temas abordados: Educação para a Cidadania; Cenários Futuros do Ensino Médio; Ciência, Tecnologia e Sociedade na Educação Química; Formação do Educador Químico; Segurança Química em Laboratórios; Aspectos gerais da vida acadêmica: do cotidiano profissional a publicação.

Prof. Dr. João Carlos T. de Souza Clímaco, Prof. Dr. Wildson Luiz Pereira dos Santos, Profa. Dra. Rita de Cássia de Almeida Costa, Prof. Dr. Alvaro Chrispino, Prof. Dr. Carlos Neco da SIlva Júnior, Prof. Dr. José Carlos de Freitas Paula, Prof. Dr. Airton Marques da Silva, Prof. Dr. Albino Oliveira Nunes dentre outros.

Inscrições e Informações: www.abq.org.br/simpequi

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DIA DA ÁGUA

Depois da pegada de carbono, a pegada hídrica O conceito de “pegada hídrica” é uma ferramenta de gestão de recursos hídricos que indica o consumo de água doce com base em seus usos direto e indireto. Criado pelo professor de Gestão de recursos Hídricos da Universidade de Twente, na Holanda e diretor científico da Water Footprint Network (WFN), Arjen Hoekstra, o método permite que as iniciativas públicas e privadas, assim como a população em geral, entendam o quanto de água é necessário para a fabricação de produtos ao longo de toda a cadeia

produtiva, de bens de consumo à poluição. Esse índice também, ajudaria as iniciativas públicas e privadas e a população a entender o quanto de água é necessário para a produção dos alimentos que consomem, da roupa que vestem e dos bens que adquirem. A atuação dos governos na regulação do conceito e das empresas no aprimoramento do processo produtivo poderiam gerar uma nova economia e um novo mercado de trabalho. Fonte: WWF Brasil

Mais da metade dos municípios pode enfrentar falta de água, diz agência Um atlas a ser lançado nesta terça-feira (22) pelo governo federal aponta que mais da metade dos municípios brasileiros pode ter problemas de abastecimento de água até 2015. De acordo com a obra, produzida pela Agência Nacional de Águas, subordinada ao Ministério do Meio Ambiente, 55% dos 5.565 municípios do país podem sofrer desabastecimento nos próximos quatro anos. O número equivale a 73% da demanda de água no país. Ainda de acordo com a publicação, “a maior parte dos problemas de abastecimento urbano no país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção” - 84% das sedes urbanas necessitam investimentos para adequação de seus sistemas produtores de água e 16% apresentam déficits decorrentes dos mananciais utilizados. O atlas usa uma projeção de que o país terá um incremento demográfico de aproximadamente 45 milhões de habitantes entre 2005 e 2025. Isso implica num considerável aumento da

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demanda de abastecimento urbano, exigindo aportes adicionais de 137 mil litros por segundo de água nesses 20 anos, conclui a ANA. Para contornar essa dificuldade, seriam necessários investimentos de R$ 22,2 bilhões até 2025 na ampliação e adequação de sistemas produtores ou no aproveitamento de novos mananciais, calcula a agência. “A maioria dos municípios brasileiros apresenta algum grau de comprometimento da qualidade das águas dos mananciais, exigindo aportes de investimentos na proteção das captações. Desse modo, foram recomendados no atlas R$ 47,8 bilhões de investimentos em coleta e tratamento de esgotos nos municípios localizados à montante (rio acima) das captações com indicativosde poluição hídrica”, diz o livro. O total de investimentos propostos em ampliação e melhoria dos sistemas de água e esgotos é de R$ 70,0 bilhões. Fonte: G1.com.br

Saiba mais: Manual Técnico de Pegada Hídrica, que contém normas globais, disponível para download em www. waterfootprint.org. Programa Água para a vida, da ONG WWF http://www.wwf.org. br/

Dicas para economizar Banheiro Cinco minutos no chuveiro são suficientes para um bom banho. Escove os dentes e/ou faça a barba com torneira fechada. Abra-a apenas para enxaguar. Não use a bacia sanitária como lixeira ou cinzeiro.

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Lavanderia Junte bastante roupa suja antes de ligar a máquina ou usar o tanque. Ao lavar a roupa, aproveite a água do tanque ou máquina de lavar e lave o quintal ou a calçada, pois a água já tem sabão. Cozinha Ao lavar a louça, primeiro limpe os restos de comida dos pratos e panelas com esponja e sabão e só então abra a torneira para molhá-los. Ensaboe tudo o que tem que ser lavado e então abra a torneira novamente para novo enxague. Só ligue a máquina de lavar louças quando estiver cheia. Jardim Use um regador para molhar as plantas em vez de utilizar a mangueira. Faça isso sempre no final da tarde ou á noite, para evitar evaporação. Fonte: H2c Consultoria www.h2c.com.br


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Declaração Universal dos Direitos da Água Com o objetivo de chamar a atenção para a questão da escassez da água e, consequentemente, buscar soluções para o problema, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1992 o Dia Mundial da Água: 22 de março. Por conta disso, a ONU também elaborou um documento intitulado “Declaração Universal dos Direitos da Água”. Confira os artigos: Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este

equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. (Fonte: www.ibge.gov.br)

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Centenário do Nobel de Marie Curie movimenta a ciência no mundo A celebração do AIQ marca o centenário do prêmio Nobel de Química concedido à Marie Curie, que com suas descobertas (uma delas o elemento químico rádio) possibilitou que a Química fosse usada na área médica, para salvar vidas. Maria Sklodowska nasceu na atual capital da Polônia, Varsóvia, em 07 de novembro de 1867. Marie educou-se em pequenas escolas da região de Varsóvia, e com a ajuda de seu pai, obteve uma formação científica básica. Envolveu-se com uma organização estudantil que almejava transformar a ciência e, por isso, foi levada a fugir de Varsóvia - que então era dominada pela Rússia - para a Cracóvia, na época parte do Império da Áustria. Em 1881, com a ajuda da irmã, mudou-se para Paris, onde concluiu os seus estudos. Estudando na Sorbonne, obteve Licenciatura em Física e em Matemática. Seus planos eram voltar à Polônia depois de formada, mas isso mudou quando foi apresentada a Pierre Curie, em 1894, na época, professor na faculdade de física. Um ano depois eles se casaram, e assim ela adotou o nome Marie Curie. Após vários anos de trabalho constante isolaram dois novos elementos químicos. O primeiro foi nomeado polônio, em referência a seu país nativo. O outro foi nomeado rádio, devido

O casal Marie e Pierre Curie

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à sua intensa radiação. Os termos radioativo e radioatividade foram inventados pelo casal para caracterizar a energia liberada espontaneamente por este novo elemento químico. Com Pierre Curie e Antoine Henri Becquerel, Marie recebeu o Nobel de Física de 1903, “em reconhecimento aos extraordinários resultados obtidos por suas investigações conjuntas sobre os fenômenos da radia- Mme Curie em seu laboratório no início do séc. XIX ção, descoberta por Henri Becquerel”. Foi a primeira mulher a natureza dos compostos deste elereceber o prêmio. mento”. Com uma atitude generosa, Marie Curie doutorou-se em Ciên- não patenteou o processo de isolacias em 1903, e após a morte de Pierre mento do rádio, permitindo a invesCurie em 1906, ela ocupou o seu lugar tigação das propriedades deste elecomo professora de Física Geral na Fa- mento por toda a comunidade cienculdade de Ciências. Marie se tornou tífica. Foi a primeira pessoa a receber pioneira em várias áreas: foi nomeada duas vezes o Prêmio Nobel e a única Diretora do Laboratório Curie do Ins- a receber duas vezes em áreas cientítituto do Radium, da Universidade de ficas. Paris, fundado em 1914. Além disso, Os estudos de Marie Curie tiveram participou da 1ª à 7ª Conferência de largo uso medicinal. Durante a PrimeiSolvay. Criado por Ernest Solvay, fun- ra Guerra Mundial, Curie propôs o uso dador da multinacional de química da radiografia móvel para o tratamenSolvay, o objetivo do conselho, que to de soldados feridos. Nos seus últiexiste até hoje, é reunir os mais impor- mos anos foi assediada por muitos fítantes químicos e físicos para discutir sicos e produtores de cosméticos, que suas especialidades. faziam uso de material radioativo sem Em 1911, Marie Curie recebeu o precauções. Madame Curie faleceu na Prêmio Nobel de Química, “em reco- cidade francesa de Savoy em 04 de nhecimento pelos seus serviços para julho de 1934, de anemia aplástica, o avanço da química, com o descobri- provavelmente causada pela radiação. mento dos elementos rádio e polônio, Suas cinzas foram depositadas em “Há a necessidade de capacitação”, o isolamento do rádio e o estudo da 1995 no Panteão de Paris. afirma a tecnóloga Cláudia Trinca


CRQ-V promoverá Mulheres na concurso de vídeos para Ciência alunos do Ensino Médio

O Conselho Regional de Química com o patrocínio da Braskem, Banrisul e Gerdau está lançando um concurso que vai escolher o melhor vídeo de até quatro minutos produzido pelos alunos das escolas de ensino médio do Estado. O projeto é uma das ações programadas para o Ano Internacional da Química ao longo do ano de 2011. A partir de dados do Ministério da Educação que mostram a falta de professores na área da Química, a queda na procura pelos cursos de licenciatura, e a carência de docentes no ensino médio, o projeto tem como objetivo promover o conhecimento e a educação para a química em todos os níveis e uma reflexão sobre o papel da ciência na criação de um mundo sustentável. Elsa Nhuch, coordenadora do projeto explica: “O melhor vídeo selecionado em cada escola será publicado no Youtube, cabendo ao seu professor comunicar oficialmente o site do trabalho vencedor à comissão organizadora. A partir desta etapa, nova seleção será realizada pela comissão julgadora, que selecionará os dez melhores. O primeiro colocado e o seu professor receberão um notebook; e a escola receberá um kit para equipar o seu laboratório. Os alunos classificados em segundo e terceiro lugares, serão agraciados com câmeras fotográficas”.

Os prêmios serão entregues em cerimônia oficial a ser realizada na sede do Conselho Regional de Química, no dia 7 de novembro de 2011, data comemorativa ao nascimento de Marie Curie*. O lançamento oficial do concurso será em abril. Aguarde!

Conselho prepara palestras e oficinas no interior do RS

Estão abertas as inscrições para o Programa L’Oréal/Unesco para Mulheres na Ciência, realizado pela indústria de cosméticos L’Oréal em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e também, no Brasil, com a Academia Brasileira de Ciências (ABC). A premiação tem o objetivo de incentivar a presença da mulher na linha de frente do conhecimento e garantir visibilidade ao trabalho das pesquisadoras, além de oferecer condições favoráveis para a continuidade de projetos por meio de auxílio financeiro. Para a edição de 2011, podem se inscrever no programa cientistas das áreas de ciências biomédicas, biológicas e da saúde, ciências físicas, ciências matemáticas e ciências químicas. Cada vencedora receberá bolsa-auxílio grant no valor equivalente a US$ 20 mil. Desde 2006, o programa já beneficiou 40 jovens cientistas no Brasil.O prazo para inscrições será encerrado em 13 de maio. Mais informações e inscrições: loreal.abc.org.br

Para estabelecer e manter um relacionamento contínuo e dinâmico com as entidades de ensino médio e superior no interior do Estado, o CRQ-V está planejando uma série de ações para aproximar as instituições e os futuros profissionais e viabilizar atividades que promovam a qualificação acadêmica. As palestras e minicursos terão temas variados e serão realizadas em cidades do interior do RS no decorrer de 2011, aproveitando as comemorações do Ano Internacional da Química. Em breve mais informações no site www.crqv.org.br

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CARREIRA

Mercado de trabalho quer profissionais de mente aberta Felipe S. Decker

No dicionário, provocar é definido como o ato de incitar, estimular. Pode ser também um desafio a alguém, ou então uma promoção, exercer tentação. Mas para Marco Antonio Boa Nova Valério, é fazer pensar. A partir disso criou um personagem – “o Provocador” e uma disciplina a ser ensinada. Publicitário por trinta e três anos, Valério já foi repórter, redator, dono de agência, planejou e criou campanhas publicitárias para algumas das maiores empresas do país, dirigiu um espetáculo musical, idealizou o Movimento Cultura Internet, ciclo de eventos destinado à disseminação de conhecimento sobre a internet corporativa, entre outras atividades. Atualmente é sócio-diretor-provocador da Alfamídia Prow, empresa especializada em educação profissional. O que Valério busca é capacitar intelectualmente os alunos. O módulo que criou e leciona, o “Prow: 20 horas fora da caixa”, é basicamente um bate-papo sobre atualidades, mas de um modo que “abra a mente” do provocado. “O mercado de trabalho não procura mais um funcionário robô”, afirma Valério. A “caixa” a que ele se refere no curso é o senso comum. uma espécie de prisão do pensamento, onde não há espaço para o pensamento crítico. “A caixa engessa o pensamento”, afir-

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ma. Para Valério, existem dois tipos de habilidades profissionais. As hard skills, ou habilidades brutas, são os conhecimentos técnicos, a educação formal, o treinamento básico. Até pouco tempo atrás, quem tinha boas hard skills, levava vantagem ao concorrer a um emprego. Segundo Valério, “as pessoas eram educadas para não pensar, como um disco rígido”, “Nestes novos tempos, o conhecimento técnico democratizou”. Por isso, o diferen- Marco Valério é O Provocador cial são as chamadas soft skills, as habilidades flexíveis. Elas fissional não deve somente fazer, mas dizem respeito à capacidade de se entender porque e como se faz.” E um relacionar com os colegas, a ter pen- começo é se preparar para o que vem samento crítico e procurar solucionar pela frente. O hábito de leitura é funproblemas. É saber lidar com o co- damental para saber se expressar. “As nhecimento técnico no ambiente de empresas buscam pessoas dinâmicas, trabalho. “Este diferencial transmite que saibam se expressar. E a hora de positividade”, declara Valério. mostrar isso é na entrevista”. Em resumo, o que as empresas A entrevista de emprego é a fase buscam num profissional é alguém que mais assusta um jovem que está que tenha uma visão aberta do mun- entrando no mercado de trabalho. do, e que saiba explorá-lo. Que seja Com a ajuda de Marco Valério, elaboapto a realizar multitarefas de modo ramos um quadro com as principais eficaz. O provocador diz que “o pro- dicas para quem está começando.

Ler bastante

A leitura desenvolve a capacidade de se expressar, além do enriquecimento cultural.

Foco

Não troque de emprego a toda hora. Procure uma empresa que você realmente gostaria de trabalhar e invista nela

Inglês

Ser fluente na língua inglesa é imprescindível.

Informação

Obtenha o máximo de informações sobre a empresa onde deseja trabalhar. Isto o deixará mais seguro na entrevista.

Autoconhecimento

Saber do que você é capaz ajuda a conhecer o mercado profissional.

Surpreenda

Chame a atenção do entrevistador. Ensaie o que dirá na entrevista, preparo é fundamental.


Conselheira do CRQ-V é a nova diretora do IPB-LACEN do RS A conselheira Raquel Fiori tomou posse, em meados de janeiro, como nova Diretora do Instituto de Pesquisas Biológicas – Laboratório Central de Saúde Pública do Estado – (IPB-LACEN/FEPPS/RS). Natural de Porto Alegre, a atual diretora do LACEN /RS é formada em Química pela PUC/RS e é Mestre em Ciências e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutoranda em Química Analítica pela Universidade Federal de Santa Maria, exerce atividade no setor público desde 1991, quando entrou para o Estado. Nos anos subsequentes foram acumuladas novas experiências como Membro Suplente do Conselho Deliberativo da FEPPS representando o IPB-LACEN/RS, Representante do Sin-

dicato dos Químicos do RS na Mesa Permanente de Negociação do Grupo Hospitalar Conceição, Representante da FEPPS/SES/RS na Comissão Técnica Estadual do Cadastro de Agrotóxicos e Afins no Estado, Consultora para Ensaios de Proficiência em Análises de Resíduos de Agrotóxicos em Água Potável, Coordenadora da Seção de Contaminantes da Divisão de Análises de Produtos do LACEN/RS na área de toxicologia de alimentos (agrotóxicos e micotoxinas), adicionadas ao Cargo de Diretora de Assuntos Sindicais do SINQUIRS e Conselheira do CRQ-V. Raquel Fiori destaca três prioridades básicas para uma gestão positiva: agilidade, transparência, e, fundamentalmente, a busca pela qualificação do serviço público prestado pelo IPB-LACEN/FEPPS/RS.

Evento discutirá soluções energéticas renováveis para o nosso continente O Fórum e Exposição Energias Renováveis e Alternativas no Cone Sul ERACS 2011 ocorrerá nos dias 11, 12 e 13 de maio de 2011 no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, RS. Este evento possui reconhecido destaque na temática de energias renováveis e alternativas, a exemplo do parque eólico situado em Osório. As universidades, centros de pesquisa e parques tecnológicos do Rio Grande do Sul disponibilizam profissionais de elevada capacidade científica. Estes fatores capacitam o Estado, tanto como atrativo de investimentos nacionais e internacionais, como de um contexto favorável para a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico focado em energias renováveis. A realização de um evento no qual se aborda um tema que é pauta de grandes discussões mundiais acerca da busca de alternativas para as fontes esgotáveis de energia, permite que os mais diversos setores envolvidos discutam e encontrem meios de apresentar o seu potencial. O desafio

do ERACS 2011 é desenvolver e atrair investimentos nacionais e internacionais, consolidando-se como o maior evento de negócios de energias renováveis do Brasil. Os profissionais e empresas registrados no CRQ-V terão um desconto especial na inscrição do ERACS 2011

Agenda 2011 Abril 2 • Curso Elaboração de manual de Boas Práticas (MBP), Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs) e Planilhas de Controle Promovido pela ABQ-RS 29 e 30 • Curso Óleos Essenciais Aplicações Terapêuticas e Perfumaria Promovido pela ABQ-RS MAIO 06 e 07 • Curso Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle APPCC Promovido pela ABQ-RS 11, 12 e 13 • Fórum e Exposição Energias Renováveis e Alternativas no Cone Sul - ERACS 2011 27 e 28 • Curso de Formação de Auditores BPF e APPCC Promovido pela ABQ-RS JUNHO 13 a 15 • 3º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos. 18 • Curso de ISO 22000 Promovido pela ABQ-RS ABQ-RS Rua Doutor Flores, 307 – Sala 803 Porto Alegre – RS abqrs@abqrs.com.br www.abqrs.com.br (51)3225-9461 ERACS 2011 Centro de Eventos da PUCRS Av. Ipiranga, 6681 Porto Alegre - RS www.eracs.org.br eventos@eracs.org.br (51)3211-1274 3º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos Centro de Eventos da FIERGS Porto Alegre - RS www.institutoventurini.com.br/ forum2011 (51) 3024-4008

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