CRVIS3R Skateboarding #04

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entrevista:

fernando Yuppie Ladeira na veia!

Longboard para os Índios * austráLia tour com sérgio Yuppie e cLiff coLeman * matuzas: zéquinha rapaneLi e fLoriano “fLoris” saLes * dia das mães: não basta ser mãe, tem que andar!








| Ă­ndice

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Capa: Pode-se dizer que “filho de peixinho, peixinho é”, mas Fernando Yuppie carrega o estigma de ser filho do “king of downhill” Sérgio Yuppie de uma maneira que o nome não pesa no seu ombro. Ele faz questão de reverenciar a herança da habilidade sobre o skate, mas com muita personalidade e querendo inovar e evoluir cada vez mais pelas próprias rodas, digo, pernas. Prova disso, é esse tail slide one footed, na Barra da Lagoa em Florianópolis. Foto: João Vitor Brinhosa

38. Australia Tour

Por uma causa nobre e beneficente, o “king of downhill” Sérgio Yuppie e o mito do slide, Cliff Coleman, seguiram para a terra dos cangurus e durante vários dias se aventuram por inúmeras e perfeitas ladeiras australianas.

42. Ahousaht - Índio quer longboard

Mais uma matéria inusitada enviada pelo Michael Brooke da Concrete Wave, relatando a inciativa de introduzir pela primeira vez o longboard para os índios nativos, numa comunidade próxima a Vancouver no Canadá. Indio não quer mais apito... quer skate!

46. Matuzas

A longevidade no skate está se tornando uma realidade, já que skatistas estão andando de skate por muito mais tempo. Entre vários que iremos enfocar em edições futuras, trouxemos nessa dois skatistas que competem, andam constantemente, se preocupam com a cena e vivem seu dia-a-dia como todo pai de família: Zéquinha Rapaneli e Floriano “Flóris” Sales.

50. Entrevista - Fernando Yuppie

A familia Yuppie cresceu e se aprimorou. Fernando, o filho mais velho dos Yuppies, já está com sua carreira independente, correndo atrás de seus sonhos como skatista profissional, de maneira autônoma e conduzindo à sua maneira o downhill slide. Com identidade, busca a evolução na ladeira, coisa que parecia ser dificíl de conseguir vendo a bem sucedida carreira de seu pai, Sérgio. Com a palavra, Fernando Yuppie.

Seções: 10. Editorial O início de tudo: a ladeira! 12. Start Botando pra baixo logo cedo! Young guns! 16. Lado A Colunas, novidades, lançamentos, campeonatos. curiosidades... 60. Business Plan Os melhores produtos do mercado 64. Cuide-se! Veja como se fortalecer para evitar lesões 66. Onde Encontrar Novas lojas a cada edição. Valorize sua skate/ boarshop e adquira sua CRVIS3R.

Após um dia perfeito de muita praia, sol e surfe, o fotografo Caio Matsui e o skatista Davison Paixão resolveram fazer a session na estrada da praia de Guaecá, localizada em São Sebastião, litoral Norte de São Paulo... Cabeça feita com muito skate no fim da tarde, que ainda contou com um perfeito pôr do sol! Foto: Caio Matsui.

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| editorial

A ladeira

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skate é um esporte relativamento novo, com aproximadamente 50 anos de existencia. Em um relacionamento direto com comportamento e estilo de vida que influencia muito os demais esportes de pranchas e “radicais” (seja lá o que queiram relacionar com esse nome), sempre está em evolução constante. Com tanta evolução nessas últimas décadas, com o aprimoramento das manobras e, consequentemente, do terreno para se praticar, um terreno “natural” voltou a ser palco de toda essa evolução novamente – e, diga-se de passagem, ainda bem: A ladeira! O contato com o asfalto foi a primeira sensação que os pioneiros tiveram quando deslizaram sobre as rodas. O que nos faz imaginar hoje, qual foi essa sensação naquele momento mágico, tanto no atrito quanto no barulho, onde rodas de metal usadas na época “gritavam” e “brigavam” com o piso negro e áspero do asfalto. Foi onde praticamente tudo começou e agora, depois da virada do século, a ladeira entra novamente no contexto de ajudar a evolução do skate, agregada a uma diversão sem limites. Não rola campeonato de speed sem uma boa ladeira, assim como um campeonato de downhill slide é impossível sem uma bela camada de asfalto liso e íngrime. E com isso, além de estar puxando o nível da pratica em geral, está colocando os equipamentos e acessórios do skate em um outro nível nunca antes visto, onde novas fórmulas de rodas, formatos dos trucks, desenhos e acabamentos de shapes/decks e todo o tipo de material de proteção vêm se aprimorando a cada dia... Tudo isso devemos muito ao skate na ladeira, pois quem nunca olhou pra baixo e pensou em dropar com seu skate a mais inclinada e impossível ladeira da vida, pra sentir o vento na cara? Um salve a ladeira! Bota pra baixo e boas sessions! (FB) Obs: Essa edição, está sendo destinada a todos os amantes da ladeira e do downhill slide, com a entrevista de Fernando Yuppie e a tour na Australia de Sérgio Yuppie e Cliff Coleman, inventor do Coleman Slide... E lógico, muito mais ladeiras por esse mundo afora, com diversos outros personagens que fazem parte da cena e ajudam a manter a chama acesa! Keep Skateboarding Strong!

Os riders João Pedro Franca (esquerda/baixo) e Gabriel Pucheu (direita/cima), são integrantes do grupo “Kids From Rio”. Esse grupo carioca é formado por riders com idade em média de 16 anos que andam desde cedo. Aqui, João e Gabriel mandando fulls de front e de back, respectivamente, na ladeira da Estrada da Lagoinha/ Estrado do Sumaré, localizada no Rio de Janeiro. Foto: Gabriel Klein

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“Nova geração começando cedo a sentir a sensação da velocidade na veia.. sem medo! Aqui, o pequeno João Gutemberg, 7 anos, da equipe Hill Boys em Pernambuco, no melhor estilo!” Foto: Renato Spencer (MOKSHA)

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Por AlexAndre MAiA*

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Carolina Dottori

partir desta coluna, vamos abordar alguns pontos dos regulamentos que causam dúvidas em muitos riders. Antes, ao se fazer a inscrição nos eventos, o atleta recebia uma cópia do regulamento e assinava um termo confirmando o recebimento do mesmo. Com o regulamento na mão no dia do evento, o competidor tinha a possibilidade de ler e tirar dúvidas no local da disputa. A tecnologia, que deveria ajudar na divulgação e na leitura dos regulamentos, parece que só está atrapalhando, pois nenhum organizador fornece os regulamentos no dia do evento e nem todos se interessam em ler os que estão disponíveis em muitos sites, inclusive nos da IGSA e da CBSK. Nesta coluna, vamos abordar um ponto que traz muitas controvérsias: o ponto de referência utilizado para desempates. Atualmente, o ponto de referencia utilizado é a parte do skate ou do corpo que estiver à frente; com isso, vemos em praticamente todas as baterias os atletas esticando seus braços a fim de ganhar a bateria ou passar para a próxima fase, mas nem sempre foi assim. Antes de esse regulamento entrar em vigor, o que valia para decidir empates era o equipamento, ou seja, a ponta do skate ou do luge. Há três anos que eu venho votando a favor da mudança deste regulamento e que o equipamento volte a ser usado como ponto de referencia. o meu argumento é simples: se eu tenho um push ruim, eu posso treinar em uma academia e ganhar força a fim de melhorar; se eu

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estou pesado ou leve demais, também posso fazer um regime e mudar esta situação; e se o meu equipamento estiver ruim, eu posso comprar um novo equipamento. Agora, e se o meu braço for curto, o que eu posso fazer? Nascer de novo? Nos últimos três anos em que estive trabalhando na chegada de simplesmente todos os eventos sul americanos da IGSA, eu vi muitas vezes (muitas mesmo) o atleta que estava na frente e ganhando a prova por mérito perder a bateria devido ao atleta que estava vindo atrás esticar o braço ou ter o braço mais comprido. Totalmente injusto! Acredito que o atleta deva provar que foi rápido e que soube pilotar seu skate durante todo o circuito, e não somente ter a “sacada” ou o “oportunismo” de esticar seu braço no momento certo e ganhar uma bateria que ele, de uma forma mais “limpa”, teria perdido. Muitos no Brasil, na América do Sul e até mesmo na Austrália concordam com o meu ponto de vista, tanto que nas provas nacionais da Austrália no ano passado que não fizeram parte do circuito da IGSA, eles utilizaram a frente do equipamento como referência e todos ficaram satisfeitos. Espero que, com as mudanças que teremos na IGSA, essa regra seja de uma vez por todas mudada e que possamos novamente ver competidores completamente alinhados, disputando a vitória centímetro por centímetro, sem precisarem esticar os braços, se jogarem para frente e muitas vezes até caírem por causa disso. Tempos de mudança!

* Alexandre Maia, 40 anos, 26 de skate - Diretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Downhill Machine, Academia Power Club. Apoio: Evoke, CS Team

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Apoio cultural:



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Click “Minhas fotografias são um vetor entre o que acontece no mundo e as pessoas que não têm como presenciar o que acontece.” Sebastião Salgado Imagine se não houvesse nenhuma fotografia nesta revista; nada que ilustrasse o skate, e os skatistas; imagine que não existissem os fotógrafos. Bem, a revista ficaria sem graça! Além do papel de ilustrar, as fotos são muito mais do que o momento congelado em uma página. Este fragmento de tempo nos faz imaginar o antes e o depois do segundo registrado, para mim é como ver a foto se movendo e eu presenciando a continuação da manobra na minha frente. Sebastião Salgado nos inspirou a procurar saber um pouco mais sobre estes profissionais que dão cor e drama aos fatos, inclusive ao skate, que possui uma enorme intimidade com a fotografia e, mais que isso, influenciou e ajudou a criar uma cultura que mudou moda, cinema, e outras formas expressão artística. Todo mundo, ou quase, já assistiu o documentário “Dogtown & Z-Boys”, mas poucos notaram que a maioria das fotos de ação mostradas no filme são de autoria de Craig Stecyk. Ele trouxe uma nova estética de fotografia, amadorística, e que foi o embrião da fotografia do skate (“do it yourself”). Ele era um dos garotos da turma, e que tinha a curiosidade de registrar o que ele e os amigos estavam fazendo. Fez história com seu olhar peculiar sobre uma nova geração, estando no lugar certo, na hora certa. Toda turma tem um Craig! Outro percussor foi Warren Bolster, um filho de diplomatas que teve a chance de conhecer boa parte do mundo, e na Austrália aprendeu a surfar e andar de skate. De volta aos Estados Unidos, seu interesse por fotografia aumentou, resultando no renascimento da Skateboarder Magazine, uma das revistas fundamentais do esporte. outros surgiram, dando destaque para Grant Brittain (que na nossa opinião, era mágico nos anos 80 com as fotos de Hosoi, Hawk, Bones Brigade e cia), Andrew Mapstone, Glen E. Friedman (que também pegou os garotos de Dogtown na época das piscinas, e era muito próximo de várias bandas de rap e hardcore), Shijeo, Ed Templeton, e vários outros. Talvez um dos mais conhecidos seja o Spike Jonze, que fez a transição para o cinema com muito sucesso e também fez vídeos históricos com os Beastie Boys (“Sabotage” é um clássico). No longboard, é importante citar o choque que foi conhecer os vídeos e as fotos do Adam Colton, e seu parceiro Adam Stokowski. Não conhecíamos a estética nem as possibilidades, eles apresenta-

ram uma nova luz. Talvez sejam os principais responsáveis pelo renascimento da modalidade dancing e por nos mostrar o melhor lado do skate, a diversão. Na América do Sul, não podemos deixar e citar rafael Fazano, Manuela Perez, Coloraa Dottori e Gabriel Klein. Vamos ser óbvios: equalizar ambiente, personagem e ação em um click não é tarefa das mais fáceis. Tudo importa, e geralmente o micro segundo do momento certo faz a diferença entre a capa da revista e a lixeira do estúdio. Em conversa com o Gabriel Klein (amigo, colaborador e fotógrafo), ele nos explicou um pouco do ponto de vista de um fotografo de longboards. Segundo ele, as dinâmicas envolvidas no esporte (velocidade, ângulo, distância) o desafiam a melhorar mais e mais, pois cada foto é diferente, assim como o atleta. Klein aponta a diversidade e as novas idéias que surgem desta ausência de padrões como algo positivo e interessante que ajuda a arte a evoluir. o básico é a iluminação e o enquadramento, que fazem toda a diferença quando bem feitos e bem pensados. outra sugestão importante, é estudar as fotos que se gosta, tentar imaginar como foi feita e aprender as técnicas. Backlight, fish eye, motor velocity, black&white... Tudo isso tem que ficar marcado na cabeça, pois são ferramentas importantes para a produção das fotos. Mas o principal de tudo, é pegar uma máquina, estudar o que lhe for possível e registrar os seus momentos. A tecnologia está ao nosso lado, e dividir os momentos ficou mais fácil com Facebook, Instagram, Flickr, ou mesmo os blogs. ou seja, qualquer tecnologia que ajude a registrar e dividir melhor o que gostamos e assim levar a foto até quem não pôde estar lá. Na próxima session, lembre-se de que a máquina fotográfica é parte importante de toda aventura. Leve-a consigo e click! Essa coluna foi escrita ao som de: Chrome, Social Distortion, Haim, e Bombshell Rocks.

Apoio: euamolongboard.com é feito por Alexandre Guerra, Klaus Duus, Vinícius Binotte e André Nunes, que são longboarders e atualizam o site todos os dias para melhor servir a comunidade longboard.

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Caio ikuno

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Rogério “Rogerião”. Por Christie Aleixo*

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o início de 2000, o mundo do Longboard/Downhill se surpreendeu com o número de pessoas se relacionando com o carrinho. Uma década depois, em pleno 2013, como descrever o que estamos vivendo? Nestes últimos 10 anos, passamos por alguns muito inconstantes de mercado e raros investimentos voltados aos nossos segmentos. Porém, foi uma fase determinante no desenvolvimento das modalidades do downhill e das categorias praticadas com o longboard nos terrenos fora da ladeira, como em skateparks e banks. Foram anos de muito skate técnico, definições de eventos, formação de circuitos, organização dentro da principal entidade do skate brasileiro, a CBSK - que passou a responder por algumas burocracias da ladeira -, entre outros projetos fundamentais de estruturação. A grande exposição fora do país e o reconhecimento do estilo e dos resultados alcançados dos brasileiros na gringa, foram de extrema importância no fortalecimento das modalidades. Infelizmente, um período que ficou marcado pela falta de espaço dos registros em mídias especializadas. Mesmo assim, as revistas abriam espaço ao DHSlide, principalmente, quando o material apresentado era de relevância e conteúdo de fato legítimo ao skateboarding, condição que poucos nomes conseguiam fazer acontecer.

Ver a cena hoje é ter certeza que o Skate, por ser inquieto e possuir um espírito de inovação contagiante, funciona como um combustível poderoso, o qual de tempos em tempos reage com a necessidade de se renovar, buscando sempre novas experiências. Por um lado sempre existirá o caminho das manobras, dos obstáculos difíceis, das ladeiras mais rápidas e da busca por títulos em campeonatos. Por outro lado, como essa fase atual nos comprova, a maior quebra de barreiras é a de simplesmente se remar livre rumo a um infinito sobre o giro das quatro rodas - afinal, sem sombra de dúvidas, o skate não possui limites, muito menos regras. o skate é infinitamente cercado de possibilidades que nós somos incapazes de perceber e vivenciar em sua totalidade, mesmo lidando diariamente com ele. Se existe uma palavra que acredito resumir essa fase histórica do carrinho, é: ILIMITADo. Mantenha-se livre nos movimentos e pensamentos, não enferruje seus sonhos; skate tem que agir como ferramenta de expressão para a sua vida. E lembre-se, mesmo atingindo os seus objetivos com ele ou através dele, nunca feche este canal motivador que inspira e nos mantém vivos. Seja ilimitado...e tenha sempre um BoMDroP!

*Christie Aleixo, skatista profisisonal, 36 anos, 16 de skate Patrocínios: Legends Skates, BOMDROP!, Tacna macacões, 4Fun Skateboards e New Skate Apoio: DEUS Acesse: www.bomdrop.blogspot.com

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RicaRdo azevedo

Luciana GRanGheLLi

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Luciana GRanGheLLi

Leonardo Brescia da River, o jogador profissional de poker Caio Pessagno e Rafael Azevedo da Colina.

Pedro Seelig, Rafael Azevedo, Alex Assis e Samuel Lana.

Tempo de diversão... 4FUN! Aline Fraga Seelig.

Colina Boards atuando forte

A origem de Digo Menezes no downhill slide! Campeão mundial de vertical na Alemanha em 1995 e um dos melhores skatistas do Brasil, Digo Menezes sempre teve uma carreira vitoriosa no skate. Isso aconteceu desde quando começou a andar de skate e foi praticar downhill slide nas ladeiras de São Paulo. Promissor, competia quando era uma criança nos famosos campeonatos de downhill slide da Ladeira da Morte no final dos anos 80 (1988/89). Se tornou profissional, com carreira e patrocínios internacionais e model de shape nos EUA. Pra não esquecer suas origens, enviou para nós essa foto, andando recentemente na ladeira! Junto, a foto de quando ainda era criança, competindo nos eventos da Ladeira da Morte!

caRLos Gomez

Repodução

aRquivo pessoaL

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A Colina Boards firmou mais uma parceria, dessa vez com a River Poker Lifestyle. A marca, que possui diversos produtos inspirados no pôquer, lançou um skate cruiser com uma de suas estampas durante o Master Minds, um dos principais eventos da atividade do país, em São Paulo. Os skates são parte de uma edição limitada e estarão disponíveis no site www.riverstyle.com.br. E a marca não para por aí. A galeria de arte digital Urban Arts inaugurou em março uma loja em Campinas (SP), e lançou uma linha de skates em parceria com a Colina Boards, estampados por artistas que expôem na galeria. A primeira artista a ter sua arte nos skates é Aline Fraga Seelig.

Desenvolvida pela Legends, a 4FUN SKATEBOARD é totalmente criada e concebida no Brasil. Seus produtos são fornecidos pelas melhores fábricas de skateboards do mundo e coloca no mercado novos modelos de cruisers de 22 e 27 polegadas, com uma apresentação diferenciada que inclui um kit de adesivo, chaveiro, ioiô com led e o diferencial das rodas também com leds, que se acendem quando andam. Também conta com uma embalagem exclusiva para transportar esse skate. Tudo com suporte dos skatistas experientes, como Ari Bason, Christie Aleixo e Masterson Magrão.

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Diversão fora do asfalto Agora pode-se ter o longboard para praticar com os dedos! Mania nos anos 90 que se estende até hoje, os fingerboards só eram disponíveis em modelos de street e vert, mas agora estão rolando também modelos de longboard. Ainda levando para o lado de “quase” brinquedo, a Lego lançou o modelo do rider Martin Siegrist, da Suiça, em uma réplica que deixa em posição total de speed. Bom para se divertir nos tediosos dias de chuva!

Filme “Dalua Downhill” na Rússia O ótimo filme “Dalua Downhill”, o primeiro longa-metragem sobre o downhill speed brasileiro protagonizado pelo campeão mundial de 2012, Douglas Dalua, participou no International Festival of Sport Movies “Krasnogorski” na Russia. Esse é considerado o maior festival de filmes de esportes do Leste Europeu, que abrangeu mais de 57 modalidades esportivas e reuniu, nos ultimos anos, em torno de 1.000 produções de mais de 60 paises. O festival aconteceu do dia 1 a 4 de abril. Parabéns a mais essa conquista!


fotos ana paula leeuwenberG/south five

fotos rui franklin

São Paulo. fotos lonGboarD Culture

Ana Paula.

Carol M. Borges.

Juiz de Fora.

dia da Mulher comemorado com muito skate

DivulGação/ mari patriota

Na última edição da revista CrVis3r skateboarding focamos o Dia da Mulher, mas essa data também foi comemorada em diversas ladeiras do Brasil, levando diversas riders para se confraternizarem nesse dia sobre o skate. Com e enorme popularidade das mulheres andando de skate, não é dificíl imaginar que as ladeiras estavam bem perfumadas - e diga-se de passagem, bem representada. Entre vários pontos do país, destacamos dois para ilustrar o encontro nesse dia: o Parque do Ibirapuera em São Paulo e a Ladeira do Carrefour, em Juiz de Fora... Parabéns às mulheres do skate do Brasil e do mundo!

‘Projeto Provador - sk8 também é coisa de menina’ O Projeto Provador é um serviço de ensaios fotográficos voltado para mulheres comuns, realizado pela publicitária e fotógrafa Mari Patriota. Com esse foco, o projeto, em parceria com a Aurora Boards, realizou no dia 14 de abril o evento ‘Projeto Provador - sk8 também é coisa de menina’ em recife, no parque Dona Lindu em Boa Viagem. Com o intuito de incentivar a prática do skate entre as mulheres, o encontro rolou com diversas atividades, como aulas de yoga, exposição de fotos e, lógico, aulas de skate. o Projeto Provador foi criado em 2009 e já percorreu diversas cidades brasileiras além de países como Holanda, Itália, Indonésia, Argentina, etc. Para saber mais, acesse www.facebook.com/projetoprovador e conheça também o trabalho de Mari Patriota: www.facebook.com/Mari.Patriota.

larissa on Fire! Nossa colunista larissa sampaio, da coluna “Cuide-se”, não para. Pra quem não sabe, há alguns anos ela construiu um banks na sua casa o qual, recentemente, passou por algumas reformas. Sua inquietação chegou ao ponto de querer fazer um programa de skate, se jogando com a cara e a coragem. Postado na internet, o pragrama se chama las lomas, e ela vai falar sobre como se jogou em mais essa: “Ano passado competi no Chile, Panamá e corri todas as etapas do circuito brasileiro, o que resultou no 1º lugar do ranking brasileiro de 20012. resolvi colocar em prática meus sonhos de realizar um programa de TV e convidei meu amigos queridos Paulo lins, Fabiano Zicão e claro, minha parceira luiza sampaio pra se jogar. Nasceu “LAS LoMAS”! o nome veio de quando estive no Panamá em 2011, e os skatistas locais sempre me falavam: “vamos para as lomas, Larissa!” A ideia do programa é levar os internautas pra conhecerem as melhores ladeiras do Brasil e do mundo, se divertir e passar um pouco dessa experiência e energia positiva pra todos !” Acesse: http://www.youtube.com/channel/UC_0lQLVhYd2XIoC0xeH8ymQ?feature=watch

arquivo pessoal

sector 9 visita o Brasil

Nick a esqueda e a equipe Sector 9 Brasil: Juliano, Reine, Cesar, Washington e Caco.

Para acompanhar de perto o estrondoso crescimento do longboard, speed e todos os segmentos do skate em ladeira no Brasil, nick sacks (da marca sector 9), esteve no Brasil no mês de abril. o nosso país é um dos maiores pólos do skate mundial e aproveitando sua passagem por aqui, aproveitamos para saber sua impressão sobre o long no Brasil e no mundo: “o crescimento do longboard no Brasil tem sido enorme e, com certeza, é um dos países do mundo com a maior população de skate tradicional e agora longboards. Assim como em todos os países em todo o mundo, a cena do longboard tem crescido muito na última década.” crvis3r skAteboArding

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fotos Coletivo Carvera Downhill

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Friburgo Freeride Festival Por GUto JiMeneZ

Nem mesmo a ameaça de chuva iminente no domingão de 14 de abril conseguiu intimidar os speedeiros da região Serrana do rio e de Minas Gerais: o Friburgo Freeride Festival rolou redondo e suave como uma boa cerveja premium. As curvas do Drop Suíço foram palco de um show de técnica e velocidade, e o “go for it” dos competidores empolgou o público presente. Foram três as disputas: entre os juniores, vitória do incrível Yuri Cavalieri, o “Verminho” – olho nesse moleque de Juiz de Fora, é um talento nato com apenas 13 anos. No open, o pivete abusado venceu o veterano local Helinho nas semis e ficou em 2º, somente perdendo pro vitorioso Vitor “Max Steel” Boelter. Fechando o dia, a disputa de slide mais longo premiou o veloz Luis Gustavo Domingos, que gastou rodas por mais de longos 15 metros! Parabéns à galera da Hoopa Boards, e agradecimentos especiais ao incansável Carlão Ferezin pela disposição e hospitalidade de sempre.

2º Best trick slidera rolou no dia 7 de abril o 2º Best Trick Slidera, nas modalidades DHS, feminino e freeride e, conforme o boletim da Guarda Municipal, mais de 1.200 pessoas circularam pelo evento. resultados: Downhill Slide - 1º Alex Kung Lao / 2º Leonardo Scauri / 3º Carlos Piu. Freeride - 1º Gustavo Chusti / 2º Junior Martins / 3º Vitor Coline. Longboard - 1º rafael Massa / 2º Will ronzio / 3º Thiago Barata. Feminino - 1º Ana Beatriz (Thiz) / 2º Cris Punk / 3º Jéssica Amorim


Allan Latteri.

Venice Beach surf’n skate Festival FoToS Antonio do PAssos Jr. thronn

fotos euamolonGboarD

Se os EUA são a capital mundial do skate e do surfe, o que dizer então de Venice Beach?! A história e a cultura dos esportes de prancha não seria a mesma se não fosse por essa praia/bairro/república livre dentro do Condado de Los Angeles. o pico vem atraindo todo tipo de gente nos últimos 50 anos, dos beatniks aos punks, de Jim Morrison a halterofilistas, das louraças estilo Barbie a skatistas largadões. Dessa forma, o evento Venice Beach surf and skate Festival estava localizado no pico certo; imagine passear em uma exposição de pranchas e skates montados e fabricados quando nossos pais eram crianças, ou então nem eram nascidos... Aquilo que seria apenas um sonho pra muitos foi acompanhado de perto pelo nosso parceiro na área, Antonio dos Passos “thronn”; sim, o mítico, campeão brasileiro de street e revolucionário skatista dos anos 80 mandou essa história pra gente. Acompanhe essa viagem - e bons sonhos! - Visite o site: www.vbssf.com

Circuito Partiu downhill skate speed - 1ª etapa Por eUAMolonGBoArd

Campeonato de longboard é sentar na grama para assistir às baterias, e depois comer um churrasco bebendo uma cerveja gelada. Claro que também é sangue, suor e lágrimas. Neste caso, pouco sangue, muito calor e lágrimas de emoção. Vamos começar por um feito único e extraordinário, pois Derek é cego desde a infância devido a um glaucoma, mas optou por nunca evitar aventuras. Isso o levou ao Havaí, onde conheceu seus ídolos que deixaram a praia de Pipeline só para Derek surfar suas ondas. A novidade é que Derek agora desce ladeiras. Utilizando-se do exemplo de atletas paralímpicos, Derek conta com a ajuda de um atleta-guia para realizar o percurso. Insano, e não houve quem não pulasse e gritasse com sua descida. Nessa etapa tivemos representantes de Minas Gerais, rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e outros. Além da categoria open, devemos destacar que as categorias juniors, feminina e masters foram muito competitivas e interessantes de se ver. Todas com a base encaixada, e se jogando com força nas curvas. Nossos parabéns aos organizadores e aos competidores! resultados: Open: 1º) Caio Cezar; 2º) Kelter Belarmino Tomate; 3º) romulo Conde; 4º) renan Lage. Junior: 1º) romulo Conde; 2º) Felipe Camilo; 3º) renan Barbosa; 4º) Philipe Diniz. Master: 1º) Juba Sam; 2º) Fabio Lock; 3º) Fernando Brant Vitoriano; 4º) Lauro Loureiro. Feminina: 1º) Jeovana Vazzoler; 2º) Jessica Souza; 3º) Isadora Guimarães Carneiro; 4º) Adrienny Muniz crvis3r skAteboArding

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fotos rui zilnet

vibe lonGboarDs

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escola de skate Guanabara Boards A escola de skate Guanabara Boards parte do princípio de que todo mundo pode andar de skate, que é ao mesmo tempo esporte ao ar livre, meio de transporte não poluente e, acima de tudo, diversão. A escola foi criada pensando em desfazer os mitos e os medos que envolvem a prática do skate e do longboard, feita especialmente pra quem sente que já passou da hora de se permitir. o esquema é o de aulas individuais com duração de uma hora, agendadas de acordo com as possibilidades do(a) aluno(a). A escola disponibiliza skates e equipamentos completo de segurança. As aulas rolam de segunda a sábado das 7 às 19 horas, e aos domingos de 7 às 11 horas, com estacionamento de segunda a sábado até as 18:30. Além disso, o instrutor presta consultoria gratuita na hora dos(as) alunos(as) comprarem seus próprios skates e equipamentos de proteção, para que possam ter o skate ideal por um preço justo. o instrutor é Alex Batista e tem 38 anos de idade, sendo 23 deles dedicados ao skate. o método didático foi desenvolvido com base na percepção detalhada dos movimentos, despertando a consciência corporal e garantindo, ao mesmo tempo, segurança e domínio da relação corpo-skate-ambiente. O aluno ganha autoconfiança e explora livremente as suas possibilidades sobre rodas, minimizando o risco de quedas desnecessárias. Entre em contato por telefone (21) 6974-6302 ou via email: escola@guanabaraboards.com e guanabaralongboard@ gmail.com ou ainda acesse o site: www.guanabaraboards.com. Você pode ainda visitar a página no Facebook e obter mais informações: http://www.facebook.com/gslongboard

sunday Pics: Conexão Brasília/Goiânia Por reGinAldo oliVeirA Esse foi mais um evento realizado pelo skatin’Go em parceria com a Vibe longboards e a Ambiente skate shopping, com o objetivo de fazer a conexão com a galera de Brasilia, Anápolis e região que curte dar um rolé de skate e longboard. reunimos vários fotógrafos para fazerem sessões da galera soltando slides e brincando na pista de street que sempre montamos. Tivemos a presença de vários skatistas da região, inclusive de profissionais como o Juliano Amaral, a galera do Trick e a ilustre presença de Alex Vilela, o “Bananinha”, uma lenda do skate nascido e criado nas pistas de São Bernando, em SP, que agora mora em Goiânia. o sunday Pics foi um evento sensacional e iremos realizar mais edições ainda este ano. Aguardem!



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dia das Mães: não basta ser mãe... tem que andar!

arquivo leGenDs

rafael bassilDo/new

Skatistas, mulheres, amigas, companheiras... mães. Se nós todos temos nossas vidas, devemos a elas em primeiro lugar - e que sorte dos que ainda podem dar um rolé com a “coroa”! A CrVIS3r Skateboarding presta uma pequena homenagem nesse mes de maio, às skatistas-mães como Christie Aleixo, reine oliveira, laura Alli, larissa sampaio, Flavia dian e tantas outras espalhadas pelo mundo. onde tem skate com amor, só pode haver mesmo tudo de bom! Parabéns para todas as mães do skate brasileiro e do mundo!

ana ana paula leeuwenberG/south five

vibelonGboarDs

Christie Aleixo e o filho Iago Aleixo.

marCos DuranGo

luCas Dantas

Larrisa Sampaio e a filha Luiza Sampaio.

Cris Punk e a filha Bianca Andrigo.


fotos Caio matsui arquivo pessoal

sebastian ninõ

Flavia Dian e o filho Kaike Dian Alves.

Caio matsui

r. Donask

Reine Oliveira e o filho Luca Cassemiro.

Laura Alli e o filho Breno.

erratas

• Na edição anterior, faltou o crédito da foto da Luiza Sampaio, na matéria “Garotas do slide”. A foto é de Ana Paula leeuwenberg/south Five • Na matéria “da espanha Para o Mundo”, o staff das garotas do Longboard Girls Crew, é: Jacky Madenfrost: Founder & Team Manager; Monica Madenfrost: Co-Founder & Marketing Manager; Jesus Asensio: Co-Founder, Design & Strategistic; Valéria Kechichian: Co-Founder, Press & Pr e Carlota Martin: Co-Founder & Social Media.




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Austrália Tour:

Sérgio Yuppie e Cliff Coleman POR SéRGIO YUPPIE

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steve DaDDow

Igor PachI

tour pela Austrália foi idealizada com foco em slides, com demos e clínicas da matéria com os mestres Cliff Coleman e Sergio Yuppie. Foi um total de 13 demos nas cidades de Brisbaine, Sunshine Cost, Gold Cost, Camberra, Melborne, Adelaide e Sydney. O intuito dessa tour foi beneficiente: a verba arrecadada nas demos era para cobrir despesas entre passagens aéreas, comida e transporte. O restante era juntado para fazer doações para duas instituições de caridade, uma para pessoas com deficiência visual e outra para crianças com câncer. “Com certeza conseguimos fazer nossa parte, pois além de andar de skate, pudemos ajudar a pessoas que necessitam e mostramos que skatista tambem tem coração bom. Eu e o Cliff abrimos mão de nosso cachê e revertemos tudo para caridade. Enquanto o Cliff ensinava a molecada a fazer os slides, eu ficava na parte de fazer as descidas de skatinho e longboards para mostrar nossas habilidades e técnicas. Numa dessas demos, fomos numa escola particular católica fazer palestras e uma demo no pátio da escola; tinham em torno de 300 crianças e a molecada pirou, foi uma vibe muito boa. Teve uma marca local de lá, Cre8tive Skateboards, que doou $ 2.000 pra poder comprar meu ticket e poder estar na Austrália para realizar isto. carlos Zuluaga

Tour pela Austrália com os mestres Cliff Coleman e Sergio Yuppie. O intuito dessa tour foi beneficiente, fazer doações para instituições de caridade de pessoas com deficiência visual e crianças com câncer.

Acima: Dos asfaltos e ladeiras australianas para a transição indoor, Yuppie não resistiu em mandar esse Wall to Fakie na Skate House em Sidney. Na direita acima: Yuppie e os nativos. Na direita abaixo: Mr. Cliff Coleman. Na página ao lado: Poucos tem o previlégio de inventar manobras e Cliff Coleman está nesse grupo seleto. Mostrando sua vasta experiencias para o povo da ilha e sua cria: Coleman Slide.

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sérgIo YuPPIe

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Na Austrália, hoje em dia tem muita molecada nova que está arrepiando nos slides, com seus longboards com rodas macias. Quando eu entrava na ladeira, tanto com meu long ou com meu skate de slide, a galera ia ao delírio! É muita satisfação poder estar em outra parte do mundo e mostrar minhas técnicas, e ver que todos ficaram muito agradecidos e felizes com minha presença e do Cliff. Apesar da tour ter sido show, foi meio desgastante pois dirigimos mais de 3 mil kms atravessando o pais, e nessa o organizador Phill Thorne tomou uma multa de u$ 2 100 doletas por estar a mais de 165 kms, e eu tomei uma multa de u$ 298 por estar sem cinto de segurança traseiro... Só rindo muito, faz parte, comemos carne de canguru e de cabra (risos), cultura de OZ. A única coisa que eu ficava bravo é que todas as demos se iniciavam pela manhã, ou seja, acordar às 7 da manhã pra pegar estrada e começar a andar de skate. Eu já falei que no próximo ano, só vou se as demos forem na parte da tarde (risos), é serio! É muito style de ver o pai do slide, Cliff Coleman, com seus 63 anos de idade, destruindo rodas e descendo a mil as ladeiras com suas técnicas de stand up slides e Coleman slides, é de tirar o chapéu. Cliff e eu já temos planos de fazer esta mesma campanha na Espanha, e em novembro o Cliff vem para o Brasil para armarmos muito skate e nossos planos para a Curva de Hill International. Eu tive uma boa impressão da Austrália, um país organizado, limpo e com a galera mais amigável. Com certeza volto ano que vem!” Agradecimentos: Curva de Hill skateboards, Cliff Coleman, Phill Thorne, Cre8tive skate, Qix skateboards, Abec 11.

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PhIl thorn

PhIl thorn

PhIl thorn

Maga

austrália tour

Na esquerda acima: Yuppie mostrando toda sua base nesse g-turn/manual para os alunos da escola australiana, duranta a demo na cidade de Adelaide. Na esquerda ao meio: A dupla em ação. Na esquerda abaixo: Volta as origens e a demos contou com uma rampa. Method air na jump ramp na cidade de Cambrera. Foto: Acima: A Austrália é uma ilha e o visual sempre alucinante, fazem parte da composição para uma session como essa em Sydney. FS nose slide. Abaixo: Cliff Coleman em Double Point Island.



ahousaht

Ahousaht:

índio quer longboard A comunidade indígena Ahousaht First Nation foi fundada numa ilha de floresta abudante banhada pelo Oceano Pacífico. A vila isolada na Ilha de Flores tem uma população de 900 pessoas e é somente acessível a hidroplanos ou barcos, e fica a cerca de quarenta minutos de navegação a partir de Tofino, na Costa Oeste da ilha de Vancouver. Geralmente essas comunidades First Nation vivem em isolamento das populações não aborígenas do Canadá, uma distância histórica que é baseada em diferentes conceitos. TExTo E foToS Grant ShillinG* | TrADUção Guto Jimenez

Acima: Andar de long literalmente na praia é pra poucos, como em Ahousaht...

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T

alvez alguns longboards e um pouco de amor às pessoas do vilarejo possam ser uma tentativa pequena de começar um laço de amizade e construir uma ponte entre os dois mundos. Nossa equipe é composta pelos riders da Landyachtz, Liam Mckenzie e Kyle Martin, Beth Luchies, uma trabalhadora local, meu filho Levon de 11 anos e eu mesmo. Nosso guia na travessia de barco foi o Eddie, um residente na ilha que nos mostra tudo aquilo que está ao redor de nossa embarcação: baleias cinzas em sua migração natural, rios repletos de salmões (e também ursos e lobos), todos os cedros que uma pessoa puder enxergar... Tudo isso nos dá a absoluta certeza de que, ali, os visitantes somos nós. Ahousaht pode ser traduzida como “pessoas que vivem de costas para a terra e as montanhas numa praia em mar aberto”. Quando avistamos um grupo de casas do barco, Eddie aponta e diz: “Essa era a vila toda até eles fecharem o internato, daí nosso povo voltou e a vila cresceu”. Muito desse crescimento se dá lugar numa ladeira que se une à via nos únicos dois quilômetros de rua asfaltada de toda a ilha... Nossa chegada é saudada por uma SUV de carroceria aberta, algumas pessoas e vários cachorros, e lá vamos nós em direção à escola Maaqutisis, uma instalação nova na ilha repleta de arte indígena de todas as formas e construída com um design moderno, refletindo a perspectiva de se olhar adiante. Somos recebidos pelo diretor Scott Maschek e por Margaret Dick, uma funcionária da escola


Ao lado: Margareth ajuda uma nativa a se equilibrar. No meio: Os longs sendo retirados do barco. Abaixo: curiosos e voluntários planejam o dia no cascalho comum à pavimenteção das ruas da ilha.

que será a nossa guia por Ahousaht. Eles nos explicam que as ausências às aulas e as atitudes erradas são os grandes problemas escolares na comunidade, especialmente quando seguem as atitudes erradas de alguns dos alunos. o primeiro grupo que iremos trabalhar é o de 15 alunos que faziam a aula de educação física. Começamos a mostrar alguns dos skates que a Landyachtz cedeu; embora tímidos no início, alguns começam a se soltar e a pegar os capacetes da Sector 9. Perguntamos quantos já tinham andado de long, e somente uma mão se levanta. Dividimos em grupos de dois e cada um tentava andar de forma alternada e cheios de curiosidade. Sorrisos e corridas atrás dos agora skatistas foram a tônica de nosso dia inteiro. Margaret nos aponta um grupo de garotos que ”não se falariam de jeito nenhum” se não fossem os longs. o aspecto cruel e doloroso da hierarquia de sala de aula é quebrado enquanto as rodas andam de um lado pra outro na escola. De repente, os alunos da aula de inglês aparecem no pátio, e agora todas as crianças querem participar. – Não tenho certeza do que tudo isso tem a ver com o ensino de inglês, diz o professor. – fala sério! Que tal uma redação de cinco parágrafos sobre a experiência de hoje?, responde um garoto esperto. Durante o intervalo, conversamos com um grupo de alunos mais velhos no refeitório. Em meio a sucos e panquecas, eles abrem o jogo; fica claro desde o início de que o futuro de Ahousaht será desenhado pelo respeito à cultura e a necessidade de se seguir adiante. Para eles, o projeto envolvendo os longboards são um passo nesse sentido. Do lado de fora, Margaret tem que contornar um incidente: ao verem uma pickup lotada de longboards, os alunos do ensino primário insistem em andar de skate naquele momento, e só cedem depois que prometemos andar com eles após o término da aula daquele dia. foi por pouco... o dia se passa andando pelo asfalto ao sul, no sentido do bairro mais novo, e ao norte, de encontro à vila mais velha. o rolé funciona como uma ida entre o passado e o fu-

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turo em apenas alguns metros, o que não deixa de ser diferente. o lado mais novo da comunidade abriga a população mais nova e cria novas oportunidades de trabalho aos locais. Enquanto andávamos de longs pelas ruas, muitos trabalhadores se admiram com a nossa presença e os poucos carros que passam diminuem a velocidade – afinal, são algumas de suas crianças que estão aqui. Uma delas é uma garota de roupa rosa, que passa pelo seu pai enquanto ele trabalha numa casa: – o que você está fazendo?, pergunta o pai. – Andando de longboard, é o máximo! o pai sorri. outro garoto, vestido igual a um urso, sobe noutro long. Ele sofre de desordem de espectro alcoólico, uma doença causada pelo consumo em excesso de álcool durante a gestação e resulta numa série de deficiências cognitivas e de comportamento. Liam guia o garoto instável no seu long até que ele finalmente consegue se soltar e andar de skate por conta própria, e tanto a professora quanto os outros alunos são só sorrisos. Uma outra menina, que sofre de síndrome de Usher (uma desordem genética incurável caracterizada por surdez e cegueira) é ajudada por Hailey, seu professor de ginástica sobre o long. os dois simplesmente deslizam com a fluidez do impulso e saboreiam a pequena vitória de andar de skate. Já Braden, por outro lado, pegou rapidamente as bases de como dar impulso e ganhar velocidade, e já aprende a dar seus primeiros slides num long com Kyle Martin. o dia ensolarado é refrescado pelo cheiro de cedros e maresia, e tem a trilha sonora dos pássaros marinhos agora acompanhados pelo sino da escola marcando o fim de mais um turno escolar. obviamente, os alunos do ensino primário foram em disparada em nossa direção e um esquadrão de crianças nos cerca. Afinal, era hora da tão prometida e aguardada sessão de longboard depois da aula. Agradecimentos a Margaret e a toda Ahousaht first Nation por sua calorosa acolhida. obrigado ao pessoal da Landyachtz, Sector 9 e Honey Skateboards. obrigado ao Eddie pelos passeios de barco, e ao Michael Brooke por sua ajuda.

* Grant Shilling é um escritor, artista e pesquisador urbano. É o autor de “Cedar Surf: An Informal History of Surfing In British Columbia” (www.cedarsurf.com) e “Surfing With the Devil: In Search of Waves and Peace in the Middle East” (www.surfingwiththedevil.com). <44>

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Sentido horário: A beleza natural do trajeto e da ilha inspiram já na viagem. / Dois quilômetros de asfalto - tudo nosso! / Os sorrisos nos rostos já dizem tudo: longs são MUITO divertidos!/ A caçamba da pick up é o sonho dos indígenas transformados em realidade.



Will Seben

mxk

MATUZAS XAPAS-KENTS # 1 Todos nós já ouvimos aquela máxima que diz que “para entender o presente, é preciso conhecer o passado”. A revista CRVIS3R Skateboarding acredita nisso, e a partir dessa edição irá trazer perfis de skatistas das antigas que ainda estão dando seus rolés pesados em longs por aí, onde quer que seja. Prepare-se pra conhecer algumas figuras históricas do cenário do skate nacional... e deseje chegar às idades mais maduras com a disposição deles! POr GUto JImENEZ

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Floriano Sales “Flóris”.

:: ZEQUINHA RAPANELLI Nascido em 1962, Zequinha teve o primeiro contato com o skate quando tinha 11 anos, no balneário de São Vicente. É óbvio que ele teve de montar seu primeiro skate com patins cortados, mas foi por pouco tempo já que logo descolou um California 240, com trucks e rodas Universal de caixa de bilhas trazidas por um amigo mórmon que trouxe dos EUA (!). Difícil era andar no tal skate, já que boa parte das ruas da Zona Norte paulistana de então ainda eram de pedras ou paralelepípedos. O jeito era pular o muro da escola pra andar na quadra! Logo ele, que anos mais tarde se transformaria no professor e pedagogo que é hoje em dia... Com o asfalto, veio o surf-style naqulas ladeiras de sonho: muitas curvas e carvings, muitas batidas inspiradas por Larry Bertleman – e muitas adaptações também. Pense em alguém que já pegou pedaços de tubos de antenas de alumínio pra aumentar a largura dos eixos, de forma a aumentar a estabilidade nas descidas. Muito diferente da era atual, não é verdade? Zequinha anda em picos históricos de SP há muito tempo, sendo local da “Barriga da Velha” (ou Palmas do Tremembé...) desde 1978, mesma época em que ele dava roles na extinta pista da Wave Park. O Morrão da Guapira é outro local explorado por ele há quase 30 anos, bem como descidas na Serra da Cantareira e no litoral norte de SP. Ele não esconde a preferência pelo terreno inclinado das ladeiras: “O skate de ladeira sempre me fascinou pela liberdade e adrenalina, pois descer junto com carros continua sendo uma grande aventura. Nas ladeiras, podemos nos expressar livremente sem perder a possibilidade de evoluir e superar os próprios limites, e de se divertir muito também”. Ele exalta dois guerreiros da luta pelo skate, Willians Indião e Marquinhos Ubaldo, companheiros de sessions, quase irmãos, camaradas marcante que ele respeitava muito. Pra ele, os amigos são a maior conquista de todas: “Minhas conquistas no skate são definidas pela amizade, pelo autoconhecimento e autossuperação, conquistas essas que saíram da esfera individual e se consolidaram no senso coletivo, partilhando das experiências de várias sessions do dia-a-dia ao longo de quase toda uma vida”.


Uma das maiores vitórias do Zequinha tem a ver com o skate: “Sinto-me realizado por fazer parte da caminhada do skate, tendo-o na minha própria história de vida, acompanhando e lutando pelo seu crescimento, desenvolvimento e fortalecimento, tanto como skatista quanto como professor, árbitro, formador e competidor”. Nós é que agradecemos, Mestre! José Eduardo Rapanelli / 51 anos, 39 de skate / Apoios: Atlântico Sul, Surfável, Flow Skateshop, Aqua-Z Decks, Six.

os speedeiros começaram formar sua própria rede social ao estarem presentes em todos os tipos de competições locais que rolavam pelo Brasil afora. Junto com o amigo Fabio Lóki, formaram os LongBrothers, cujo objetivo sempre foi o de andar onde pudessem e confraternizar com as galeras que encontravam pelo caminho. Pra ele, o campeonato Speed Monsters em Alphaville – seletiva do primeiro campeonato internacional do país, realizado no ano seguinte no rio – foi um marco da modalidade de DH speed no país. Ali, as crews começaram a dar suas caras e mostrar suas características específicas, fossem em competições, nos rolés, em vídeos ou até mesmo no estilo de vida de cada uma delas. Ele também destaca a falta de material especializado em nosso país, de tal forma que o Predador fazia seus próprios shapes de madeira maciça... ... mas, nostalgias à parte, nada como os tempos atuais. A quantidade e diversidade de todos os materiais fizeram com que a modalidade atraísse cada vez mais adeptos, que por sua vez estão elevando o nível a patamares inimagináveis há 2 ou 3 anos, por exemplo. “Hoje, se eu for falar o que você pode fazer com os equipamentos, é uma verdadeira loucura; para se ter uma ideia, você consegue montar mais de 100 setups diferentes sem repetir uma peça sequer!” Então que venha o progresso: os “tiozinhos” estão prontos!

igor lage

:: FLoRIANo SALES “FLÓRIS” Se existe alguém que seja a prova viva de que não existe idade certa pra se começar a andar de skate, esse alguém é o Flóris. Acredite: o cara só botou os pés sobre um skate pela primeira vez aos 27 anos – e foi logo pro speed! Isso faz com que ele seja mais um “puro sangue” da modalidade, no caso skatistas que dropam picos a milhão e se satisfazem com isso. Quem sou eu pra dizer que estão errados?! O cenário quando ele começou a andar era bem distinto: “quem andava de long era visto com certa admiração na ladeira, pois quase não existiam estes equipamentos rodando por aí.” Ele e o seu grupo de amigos skatistas-surfistas da faculdade ora caçavam ondas pelo litoral, ora estavam em missão por novas ladeiras onde elas estivessem. Um desses picos mora no coração: Taipas – e há uma história curiosa por trás desse encontro com a ladeira. “Eu fui levar o documento de um carro em uma empresa de sinistros e fiquei maluco com o local, era um monte de ruas largas e com descidas, curvas, asfalto zero e o melhor, DESErTO!” Ele tornou-se local de lá e, quando a galera da faculdade não estava na disposição de dar uns dropes, ele ia assim mesmo e encontrava com algumas figuras locais, como o legendário Waldemar Predador. Como cada drope era como uma bateria de campeonatos, com a galera evoluindo nitidamente a cada sessão, Flóris então decidiu fazer uns eventos pra estimular a competitividade entre a galera e fazer girar o cenário. São roque foi a cidade que sediou o primeiro grande evento da modalidade, e tatiane fagundeS

paola vaz

Ao lado e abaixo: Zequinha Rapanelli. Abaixo à esquerda: Floriano Sales.

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entrevista

Fernando Yuppie Entrevista:

“Filho de peixe, peixinho é”. “Todo príncipe é filho de um rei”. “Quem sai aos seus, jamais os degenera”. Qualquer frase feita em relação ao legado passado de pais pra filhos poderia ser usada sem o menor problema ao se falar de Fernando Yuppie, filho de ninguém menos do que Sérgio “Rei do Downhill Slide” Yuppie. Ao mesmo tempo, os ditados não fazem justiça ao impacto que o rolé do cara causa a quem o vê andando, seja ao vivo em alguma ladeira ou nos vídeos que são postados direto noYouTube. Não foi só a inacreditável habilidade que a genética legou a ele, mas também a alegria de viver e a sinceridade acima de tudo. Nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R, Fernando revela detalhes de sua rotina de vida, critica a organização do skate no Brasil e explica a curiosa história de uma hiena criada por uma coruja velha (!). POR guto Jimenez | FOtOS JOãO VitOR bRinHOSA

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ou começar logo por aquela pergunta inevitável: como é ser filho do Rei do Downhill Slide? Um grande orgulho pra mim é o meu pai e, pra mim, não é porque ele é meu pai, mas é o melhor skatista de ladeira que já teve, igual ao Pelé. Valeu, pai, por deixar o skate correndo nas minhas veias!É nóis! (risos)Tem muitos“zés povinhos” que falam que, no downhill slide, só os Yuppies se dão bem, só porque os Yuppies correm atrás todosos dias. Meu pai já mostrou que é o King, e ponto final. Fernando, eu te via acompanhando o seu pai direto nas sessões e eventos. Além da óbvia influência dele sobre você, quais foram outros skatistas que te marcaram? Eu tenho muitas influências no meu skate. Em primeiro lugar, a minha família é a grande influencia e motivação para andar de skate, e além deles, as minhas influências são Cliff Coleman, toda a Curva de Hill, um time que todos que estão são foda! The Special Big Riderdo Asfalto, Indião Eterno! São muitos nomes pra falar aqui... (risos) Não posso nunca deixar de fora um cara que influenciou toda a família: Fernandinho Batman, O Mestre. Quem te botou o apelido de “Hiena”? (risos) Quem colocou meu apelido de Hiena fui o Coruja Velha

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(risos), sabe quem é, né? Meu pai, Sérgio Yuppie é o Coruja Velha, só chamo ele assim e ele só me chama de Hiena. Você tem alguma lembrança inesquecível desses tempos onde o seu pai te rebocava pra todos os lugares? Muitas lembranças, meu pai é foda, sempre nos manteve no skate e nunca nos forçou a andar de skate. Sempre com a gente nos levando pra todos os lugares, mas sem dúvida as melhores eram nos campeonatos do circuito mundial de street, que chamavam meu pai pra volta dele e ele nos colocava pra andar no lugar dele e ficava estornando as bombas e tomando cerveja (risos), ele e o Indião Big Rider!!! Curva de Hill sempre!!! Passamos muitas outras noites na casa do Marcos ET, um Mestre. Aprendi muita coisa ali no quarto do ET, muitos vídeos de skate rolando e os melhores skatistas de SP colando lá na casa dele. Pra mim, que era um moleque, era um sonho. Onde você curtia andar enquanto estava aprendendo as bases, e quais são os seus picos favoritos hoje em dia? Eu sou de SP, de Guarulhos. Andava todos os dias na minha quebrada, Parque Continental 2. Obrigado à minha avó, tive sorte de morar em frente a uma ladeira e meu pai ser skatista (risos). Eu andava por toda a Zona Norte


Morro da Lagoa da Conceição, Florianópolis. crVis3r skateboarding

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entrevista

Bs Noseblunt Slide, Barra da Lagoa, Florianópolis.

de SP, e também na Zona Leste, na Saúde... tenho muito amor por SP por causa do skate. Hoje em dia, moro em Floripa, é bem tranqüilo e na paz. Aqui tem várias ladeiras (risos), tudo “mocada” (=N. da R.: escondida), na real só tem ladeiras animais. Mas pra mim, não tem lugar melhor pra andar de skate como a California, em Laguna Beach e San Francisco. Com quem você costuma andar hoje em dia, tanto aqui quanto na gringa? Com minha família, é claro, Coruja Velha e Júnior Yuppie, meu cunhado Guilherme tranquilli e mais uns outros daqui de Floripa. Na California, eu ando com a família LBDR – Laguna Beach Danger Riders, nesse grupo tem os melhores skatistas do momento, te garanto! Os meus favoritos são Evren Ozan, Liam Morgan, Byron Essert, Nathan Bry, Jesse, Kevin Reimer, Oscar Mad... Conta pra gente como foi que você se inseriu no competitivo mercado norte-americano. Eu sempre tive o sonho de ir pra California, aí comecei a aprender inglês com o Cliff Coleman e Kevin Reimer, esses dois me ajudaram muito a aprender a língua. Daí eu conheci o Bricin Lyons, um canadense que abriu as portas pra mim e conseguiu um patrô pra mim. O cara depois mandou uma passagem pro Canadá, daí foi isso que me fez entrar no mercado, porque eu fui pro Canadá e daí foi só alegria, fui fazendo vídeo atrás de vídeo, fotos direto, treinando todos os dias... Até que um dia chegou a passagem pra eu ir pra California de primeira classe (risos), aí acabei ficando em segundo lugar no Gravity Slide Fest, só perdendo pro meu pai, The King... É uma longa história essa minha jornada (risos). Depois, os caras da Abec 11 me descobriram com um vídeo que eu fiz, e daí eu to com os caras até hoje (risos). Skate sempre acima de tudo, foda-se campeonato, dinheiro, patrô. Skate tem que ser do

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sangue, nada por interesse ou troca, tem que ter na veia. Skate or die! Como você se sente andando e representando uma marca de uma autoridade da ladeira como o Chirs Chaput, e como é ele enquanto patrão? Eu me sinto muito feliz, porque a Abec 11 me passou pra pro lá fora, fez o meu shape e model de roda, me paga pra ser um free skater, só fazer vídeos e fotos... Campeonatos, só por minha vontade, se eu quiser mesmo. Fico muito feliz com isso, Chaput é muito louco mas é um cara que gosta de mim e acredita no skate. Valeu, Chaput! Ainda sobre o mercado: você é um dos pouquíssimos skatistas de downhill slide no mundo que tem um pro model, e


TrenT STake

Skate tem que ser do sangue, nada por interesse ou troca, tem que estar na veia!

olha que você está apenas no início de sua carreira como pro. isso faz alguma diferença pra você? Então, essa questão... Eu sou muito feliz por ter o meu pro model de shape, lá na gringa você só é pro depois que sai o seu model de shape. Aqui no Brasil, os caras (CBSK) não me passaram pra pro até agora, já há 2 anos eu tenho pro model de shape e roda, sou um dos poucos atletas de downhill slide que vivem do skate. Skate é o meu trabalho, não faço mais nada na minha vida, só ando de skate. Não sou só eu que os caras têm de passar pra pro, eu e muitos skatistas amadores da Zona Leste e Zona Norte que já estamos há muito tempo no amador, tinha que mudar as regras pra um atleta passar pra pro aqui no Brasil. O seu pai é um figuraça, divertido e espontâneo o tempo todo. Ele é assim também dentro de casa ou assume um lado mais durão no relacionamento com você e seus irmãos? O meu pai é o Coruja Velha (risos), é tranqüilo e fica na paz sempre. Só às vezes que ele viaja mas é normal (risos), é nós, Coruja! Meus irmãos são todos da hora, firmeza. É nós, família! Ao lado: Fakie 180 Slide One Foot , Berkeley, São Franciso. Abaixo: Stalefish Slide, Praia Mole, Florianópolis.

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Falando no Junior e no Christian, eu acho que a mãe de vocês deve ficar louca com os três adrenados soltos dentro de casa... (risos) Como é o seu relacionamento com eles, em casa e nas ladeiras? Rolam umas tretas de vez em quando ou é tudo na paz? É tudo na paz, a minha mãe já está acostumada. A minha casa respira e vive skate, é skate pra sempre. Não tem essa na Família Yuppie, nós estamos unidos pra sermos pra sempre a família com skate na veia sempre. Curva de Hill! Mais uma pergunta familiar: você andou meio estressado com seu pai naquela época em que vocês competiram em alguns eventos juntos na mesma categoria. O que rolou, você achou que tinha ganho dele ou o quê? Rolaram uns estresses, normais e mais suaves. Hoje em dia, tenho outra cabeça e outro pensamento sobre meu pai. Eu nunca quero ganhar dele e nunca vou ganhar porque ele é O King e ponto final. Você pratica alguma outra modalidade de skate fora da ladeira? Eu nasci nas ruas. Meu pai sempre foi overall, quando eu morava em SP eu andava direto de street, mas mudei pra Floripa e as pistas daqui são muito zoadas. Aí eu me afastei um pouco das pistas, tem a pista do Pedro aqui e a pousada, mas só um role bem de leve. Hoje em dia, eu estou colocando muitas manobras de street no downhill slide, vários combos, é só conferir no Youtube (risos). O mais importante é bater o tail sem merrecagem! Quais outras atividades que você curte fora o skate? Ah, eu fico na paz o dia inteiro, com a minha namorada, fico na net vendo vídeos de skate e no Instagram, e fazer os meus spliffs (risos)... Que tipo de música você costuma ouvir? Rap o dia inteiro, nacional e internacional. Dois nomes são pra sempre, Sabotage e Tupac. Motivação sempre! E as princesinhas, está conseguindo dar conta de todas? (risos) (risos) Só tenho uma princesa, a minha tayna tranquilli, essa minha namorada é muito foda (risos). Ultimamente a gente tem visto um bocado de video clipes seus no Youtube e nos canais de seus patrocinadores. Como são essas filmagens, do tipo mais organizadas ou espontâneas? E as edições, você participa ou deixa por conta de quem filma? Eu nunca estou parado, sempre estou tentando uma manobra nova todos os dias, ou tentando achar um pico novo. Sempre na missão, sempre filmo eu e minha família, nós revezamos nas filmagens. Mas quando eu quero um vídeo foda mesmo, chamo o meu parceiro monstro Otávio Ark, esse moleque é monstro na filmagem e na edição. Aliás, você vive numa ponte aérea Floripa-California. Diz aí o que você mais gosta nos dois lugares, e o que você mudaria se tivesse a oportunidade. (risos) Essa vida é muito boa, Floripa-California... Eu tive um problema com o meu visto, e estou sem poder ir pra California no momento. A Abec 11 está tentando fazer um visto de atleta pra eu poder ir pra lá e viver lá, receber tudo certo dentro da lei, até porque eu estava usando visto de turista (risos). Agora estou só em Floripa, skate e paz todos os dias, e logo mais eu estarei de volta à California se Deus quiser. Em quais países você já esteve andando de skate ou não? Qual deles você mais curtiu, e por quê? Já estive no Canadá, na Inglaterra e Estados Unidos, tudo com o meu skate. Muito obrigado, skateboarding! O que eu mais gostei e gosto até hoje é a California, Laguna Beach e SF-Norcal. Qual foi o pico mais sinistro onde você andou? Laguna Beach, lá é o paraíso e as pessoas de lá me adoram. LBDR for life!

Tail Slide One Foot segurando o pé em São Francisco, Califórnia.

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TrenT STake.

A minha casa vive e respira skate.


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OTaviO auguSTO.

entrevista

Ao lado: Full BS Slide no Morro da Cruz em Florianópolis. Abaixo: BS Layback no Morro da Lagoa, Florianópolis.

Se eu morrer andando de skate, vou morrer feliz.

O teu pai assombrou quando dropou o vão do viaduto lá na gringa, e ele já confessou que achava que iria se ferrar naquele dia. Você já passou por alguma experiência desse tipo? O meu pai é foda, aquela ponte foi foda! Recentemente, eu fiz uma coisa que me deu medo, era muito arriscado, se eu caísse ou eu morria ou nunca mais andava de skate. Vai no Youtube e vê o último vídeo da Abec 11, lá estou eu descendo descalço uma das ladeiras mais fodas da Ilha, batendo 95 km/h (risos). Descalço, essa foi foda olha lá no Youtube e veja o que vocês acham... Como você lida com o medo? Muita fé em Deus. Não tento pensar nele quando estou andando de skate. Se eu morrer andando de skate, vou morrer feliz. Vamos dizer que o mundo fosse acabar daqui a um mês; onde você gostaria de andar que ainda não tenha andado? E o que mais você faria além de andar de skate? Eu queria muito andar no Japão, tem umas ladeiras muito fodas por lá. Eu iria ficar na California, em Laguna Beach, andando de skate o dia todo e ficando na praia com a minha gata. bem, como diziam os seus ídolos teletubbies, é hora de dar tchau (risos). Manda aquele recado esperto pras pessoas que irão ler essa entrevista, sem falar nos agradecimentos e aquela coisa toda... (risos) Teletubbies nunca foram os meus ídolos (risos), os meus ídolos eram todos os Curva de Hill sujos. Se não fossem pelo meu pai e os amigos dele, eu não seria o skatista de raiz e sujo que sou (risos). Skate sempre na veia! Agradecimentos a toda a minha família, pai, mãe, irmãos, tia, avô, avó (risos), minha namorada, meus patrocinadores, à toda família Curva de Hill e a todos que correm ao meu lado, valeu família! Skate sempre na veia, nunca desista do seu sonho, só abaixa a cabeça e vai andar de skate, é isso o que eu faço!

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Um salve a toda a família downhill slide da Zona Norte e Zona Leste, Família Saúde, lá só tem monstro do downhill slide. Quero agradecer aos fotógrafos que fizeram as imagens da entrevista: trent Stake, João Vitor Brinhosa, tayna tranquilli, valeu! Marcas do skate brasileiro: acordem, tem muitos moleques bons no downhill slide sem patrocínio. Skate é por amor, não por dinheiro. Valeu, muito obrigado à revista CRVIS3R pela entrevista e por mostrar o verdadeiro skate na veia. Valeu Bolota, valeu Gutão, skate sempre! Curva de Hill!

> FERnAnDO GOnçAlVES DE MElO 20 anos. tempo de skate: “ando de skate mesmo desde os 4 anos de idade, então são 16 anos e vou andar até morrer.” Patrocínios: Abec 11 wheels, Jet skateboards, Curva de Hill (pra sempre), SoCal Skate Shop e Donuts Smoke shop POA.



ano 1 | edição 4

abril/maio 2013

Editores: Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez Arte: Edilson Kato Redação: Guto Jimenez Colaboradores: Texto: Alexandre Maia, Christie Aleixo, EuAmoLongboard.com.br, Grant Shilling, Larissa Sampaio, Sérgio Yuppie, SK, The Hut

Que tal ganhar esse eixo gullwing modelo Charge ii?

nda Respo e ganhe!

Fotografia: Ana Paula Leewenberg, Antonio do Passos Thronn, Caio Matsui, Caio Ikuno, Carlos “Charly” Gomez, Carlos Zulunga, Gabriel Klein, Grant Shilling, Guto Jimenez, Igor Lage, Igor Pachi, João Vitor Brinhosa, Lucas Dantas, Luciana Grangheli, Maga, Marcos Durango, Otavio Augusto, Paola Vaz, Phill Thorn, R. Donask, Rafael Bassildo, Ricardo Azevedo, Rui Franklin, Rui Zilnet, Sebastian Ninõ, Sérgio Yuppie, Steve Daddow, Tatiane Fagundes,Trent Stake, Will Seben Comercial: Fabio Bolota fabiobolota1@gmail.com (11) 96357-3492

VEjA COmO é FÁCIL! Basta enviar uma frase, dizendo qual a importancia do eixo no meu skate?

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Editora Circuito das Águas Ltda Rua Paraná, 525 – Jd. Bela Vista Jaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795 Diretor - Presidente: Ricardo Azevedo Coordenação: Sérgio Marini Administrativo/Financeiro: Amanda Brisola Circulação/Comercial: Priscila Sardinha Distruição gratuita em lojas e boardshops (Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br) Deus é grande!

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A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores. Dúvidas ou sugestões: duvidascrvis3r@gmail.com Acesse: Site: www.crvis3rskateboarding.com.br Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding

Vencedor da Promoção KOSTON da edição 3 • jhonatanscruz@XXX.com O que mais me motiva andar de longboard? R: Foi onde eu encontrei a saída de uma Síndrome do pânico e da Depressão. O Skate Longboard me ajudou a voltar a viver.

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| cuide-se

por Larissa sampaio*

Q

ueridos leitores, o assunto de hoje é : fortalecer a musculatura para evitar lesões. Logo quando comecei a andar de skate, além de diversos ralados, o que mais me incomodou durante 2 anos foi uma grave lesão que eu tive no joelho. resolvi procurar um ortopedista e lá foi constatado um desgaste ósseo, mas graças a Deus não precisei operar. O médico me recomendou fisioterapia e alongamento. Depois desse acontecimento aprendi a dar mais importância nos exercícios de fortalecimento (musculação) e alongamento. E afirmo que estes realmente dão certo. Quando começamos a andar de skate, não entendemos bem os movimentos, acabamos por fazer uma força bruta ao executar as manobras. As quedas causam muito impacto, fora as ‘’corridinhas’’ que damos para não levar um tombo (essas são fatais). resolvi começar a fazer treinos no skate para ganhar mais equilíbrio e força. Com isso meu rolé evoluiu bastante e, claro, quando seu condicionamento físico melhora o risco de se machucar diminui. Fiz um treino para vocês de exercícios de fortalecimento e condicionamento físico que você pode fazer de 2 a 3 vezes por semana. o skate a ser utilizado no treino, pode ser de qualquer tamanho, e eu escolhi o modelo novo da LEGENDS, 4FUN. Ele é pequeno e fácil de transportar (cabe até dentro da mochila). Um bom treino para todos e nunca se esqueça que o corpo precisa estar preparado,pois andar de skate não é nada fácil, exige muito.

remada/ impuLso

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Beijos e skate na veia!

Começo do treino Aquecimento (10 a 30 min). Eu chamo de “rEMADA/iMpULSo”, tentado sempre trabalhar as 2 pernas e durante a “remada/impulso”, fazer exercícios de segurar seu corpo em uma das pernas por alguns segundos. isso ajudará a fortalecer seu joelho e é muito bom para equilíbrio e força! Vamos começar! Obs: fazer 4 séries de 10 a 15 repetições em todos exercícios. 1. tríCeps Abdômen contraído, ponta dos dedos para frente, cotovelos fechados flexionar e estender os braços. 2. Quadríceps (anterior) e glúteos Coloque as mãos no chão, a coluna reta um joelho flexionado na frente do corpo, a outra perna estendida com o pé em cima do skate a perna do skate puxa e volta. 3. abdômen (parte inferior) Coloque as mãos no chão, corpo bem alinhado, abdômen sempre contraído os 2 pés em cima do skate, puxar e empurrar. 4. peitoraL Com as mãos em cima do skate,os cotovelos para fora, executar a flexão dos braços. 5. Quadríceps (parte posterior) Deitar de barriga para cima, braços abertos e o quadril deve ficar encaixado e elevado o abdômen contraído, uma perna flexionada e a outra com o pé em cima do skate, puxar e empurrar. 6. Quadríceps (parte posterior) Deitar de barriga para cima, braços abertos e o quadril deve ficar encaixado e elevado, o abdômen contraído, os 2 pés em cima do skate,empurrar e puxar. 7. Quadríceps e glúteos Agachamento: sentar no skate, estender as pernas a frente,fazer um impulso para frente tentar levantar e sentar, recomeçar e, fazer esse movimento. 8. Quadríceps (anterior) e glúteos Em pé, com a a coluna reta um joelho flexionado na frente do corpo, a outra perna estendida com o pé em cima do skate a perna do skate puxa e volta.

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* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. É a atual campeã do Circuíto Brasileiro de Downhill Slide 2012 - Longboard Feminino. Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br / Apoio: Six Trucks Gear

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fotos AnA PAulA leeuwenberg/south five studio

Força aí!


foto: Leandro aLmeida


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