CRVIS3R Skateboarding #09

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enTreviSTa excluSiva:

JameS Kelly

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| Ă­ndice

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O guerreiro Victor Gardellim, de Salvador, mostra que longboard é muito mais que andar apenas em ladeiras, parque e orlas... F/S Rock Roll abençoado pelo belo sol nordestino na transição da skatepark de Imbuí, na capital baiana. Foto: Nathalia Savassa

Capa: O fotógrafo carioca Gabriel Klein foi captar essa imagem na capital do estado de Minas Gerais, conhecido por suas eternas ladeiras. O resultado foi esse, onde a placa de velocidade foi ignorada pelo rider de Brasília, Paulo Lins, nesse B/S Full Slide na cidade de Belo Horizonte. Foto: Gabriel Klein.

46. Rolezão Six Trucks:

A equipe Six Trucks tem tradição de pegar a sua van, colocar a sua equipe dentro dela e pegar a estrada para andar em diversas localidades. Dessa vez, o destino da equipe de longboard,foi andar na região do Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo, mais precisamente na cidade de São José dos Campos. Embarque nessa!

48. Mad Rats Downhill Challenge:

A última etapa do circuito da IGSA em São João do Deserto, no sul do Brasil, já se tornou tradicional, definindo o circuito e fechando com chave de ouro para alegria dos amantes da velocidade sobre o skate!

54. New York City - Central Park:

Mesmo no inverno rigoroso do Hemisfério Norte, o skate não para na cidade de Nova York. E para deixar claro que nem chuva, sol ou neve impedem de andarem pela Big Apple, apresentamos um dos pontos turísticos mais conhecidos do mundo e um dos preferidos pelos long rider da cidade, o Central Park.

60. Entrevista exclusiva - James Kelly:

Respeitado como um dos riders mais rápidos do mundo, James Kelly aprendeu a domar sua adrenalina pra descer as ladeiras mais casca-grossas do planeta. Agradecido pelo skate ter proporcionado essas aventuras tanto do free ride como no downhill speed, considera o Brasil um dos melhores lugares pra andar, quando tem oportunidade de estar aqui. Leia e entenda por que gostar de velocidade é um vício... no bom sentido!

70. Entrevista - Buddy Carr:

O americano Buddy Carr tem um longa bagagem no skate americano e, também, uma vasta contribuição em marcas que criou e trabalhou. Criador e dono da marca Metro, ele revela com exclusividade mundial para a CRVIS3R os detalhes do seu mais novo lançamento, realizado na feira Agenda de Long Beach: um tênis com a mesma marca, direcionado para ladeiras e longboard!.

Seções: 10. Editorial 2014 apenas começando! 12. Start Ao melhor estilo megalópole do terceiro mundo! 16. Lado A Colunas, novidades, lançamentos, curiosidades, campeonatos... 68. Business plan Os melhores produtos do mercado 76. Cuide-se! Mantenha-se em forma sobre as rodas. 78. Onde Encontrar Novas lojas a cada edição. Valorize sua skate/ boardshop e adquira sua revista CRVIS3R Skateboarding nesses pontos de distribuição. É de graça! 82. Foto do Leitor Clicou, enviou!

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| editorial

Vamos que vamos!

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em vindo(a) à primeira edição do ano, e tudo leva a crer que será um ano de ótimos resultados, mesmo começando em um ritmo de retomada. Não é novidade nenhuma que o Brasil começa após o Carnaval e, pra completar o quadro de um ano agitado, acontece a Copa do Mundo de futebol e as esperadas eleições estaduais e presidenciais... Alguém tem dúvida que vai ser um ano inesquecível? O nosso desafio nesse ano atípico será o de continuar trazendo o melhor que estiver acontecendo no skate de ladeira no Brasil e no mundo. Não vamos parar por causa da Copa – que, diga-se de passagem, talvez seja uma das mais tumultuadas da história do torneio -, e também não vamos parar por causa das eleições estaduais e presidenciais. Queremos aproveitar essas datas e “festas populares” pra dedicar ao que mais gostamos: skate! Enquanto o Brasil se prepara para o que der e vier, nessa edição trazemos como sempre as melhores coberturas e matérias para o seu conhecimento, como a entrevista exclusiva do devastador de ladeiras, James Kelly, e também, do veterano homem da indústria norteamericana, Buddy Carr. Cobrimos também o Mad Rats Downhill Challenge, última etapa do circuito da IGSA realizada em São João do Deserto. Vamos até o famoso espaço de lazer em Nova York, o Central Park, pra apresentar um dos melhores picos pra se andar de longboard na Big Apple; da mesma forma, acompanhamos o “Rolezão” da marca Six Trucks no interior de São Paulo... Tudo isso e muito mais nessa primeira edição do ano, na revista CRVIS3R Skateboarding #9. Veja e aproveite sem moderação... e, na boa, aproveite que o ano está começando, pegue o seu skate e vai andar! Vamos que vamos! (FB)

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Momento irado congelado pela lente de Fruke Alves, que conseguiu capturar o exato momento em que a ponta dos pés, a palma da mão, o skate alinhado e o corpo da rider Melissa Brogni demonstram todo o equilíbrio e a versatilidade pra dominar o skate em alta velocidade nesse b/s full slide grab no Morro dos Papagaios, em Novo Hamburgo (RS)! Foto: Fernando Fruke Alves.



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Não é todos os dias que se tem uma via vazia e disponível pro rolé na maior cidade do país. Davison Paixão não podia deixar passar essa oportunidade! Frontside drift na ponte estaiada Governador Orestes Quércia. Davison Paixão. Foto: Igor Lage

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Henrique “rique “BarBo

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Pedro Medula.

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Carolina Dottori

erminei o ano passado fazendo uma reflexão sobre as divisões de categorias e os critérios utilizados para a passagem do Amador para o Profissional. Esse assunto é tão importante que vou iniciar o ano com este tema novamente, e espero deixar tudo ainda mais claro através de uma entrevista com o profissional e conselheiro do Conselho Nacional de Skate de Velocidade da CBSK, Pedro Medula. [Alexandre Maia] Medula, há quanto tempo você é profissional de skate e vem desenvolvendo o trabalho junto ao CNSV? [Pedro Medula] Participo de competições de nível internacional, como Teutônia, desde 2004, mas apenas em 2010 me tornei oficialmente profissional, já que este foi o ano em que a CBSk reconheceu o skate de velocidade como modalidade oficial e foram profissionalizados os primeiros skatistas desta modalidade, por meio de votação do Conselho Nacional de Skate de Velocidade – CNSV. Desde a criação do CNSV, em 2010, sou conselheiro do mesmo. A primeira gestão trabalhou de 2010 a 2012, e a partir daí os mandatos tem duração de 2 anos. O cargo de Conselheiro é exclusivo de atletas profissionais e os conselheiros são eleitos por votos dos atletas profissionais da modalidade. O cargo de Conselheiro Nacional não é remunerado, e sofre uma pressão muito grande por parte de todos os atletas e organiza-

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Alexandre Maia, 41 anos, 27 de skate Diretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Orangatang, Downhill Machine, Academira Power Club Apoios: Tacna, Evoke, CS Team

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dores de eventos. Ano passado, tivemos quatro conselheiros que entregaram seus cargos por motivos diversos, mas todos relacionados às pressões que este cargo sofre. Atualmente o CNSV conta com três conselheiros, Arthur Bafile (Slick-MG), Fábio Guimarães (Gorducho-RJ) e eu, Pedro Medula (PR). Nossa gestão irá até o final de 2014, quando será feita nova eleição, onde pode haver ou não a reeleição já que não há limite para reeleições. [Maia] Quando começou a divisão de categorias no skate de velocidade e qual a importância desta divisão? [Medula] A ideia de divisão de categorias no skate de velocidade é bastante antiga. Várias foram as iniciativas neste sentido. Algumas com passos interessantes, como a reunião em Bananal (2005), que contou com representantes de vários estados e visava criar uma Associação Nacional. Devido à grande dificuldade de implementação, a divisão de categorias acabou acontecendo oficialmente apenas em 2010, quando foi criado o CNSV, que é responsável por determinar as regras e diretrizes da modalidade no país. Nunca vou me esquecer daquela noite em Santana de Parnaíba-SP, em 2010, quando reunimos os atletas mais antigos para uma reunião extraordinária na noite de sábado e definimos que, a partir daquele momento, já seria implementada a divisão de categorias. Aquele foi um marco na história do esporte do qual me orgulho muito de ter participado. Desde aquele momento, o skate de velocidade evoluiu muito em todos os seus aspectos: a divisão de categorias é fundamental para o desenvolvimento da modalidade. Duran-

Apoio cultural:



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Carolina Dottori

te anos competimos vários campeonatos grandes e de relevância, nos quais qualquer um que comprasse um skate poderia alinhar com atletas de muita experiência e que já estavam realizando trabalhos profissionais pelo skate. Além disso, não havia um circuito nacional definido, tampouco um objetivo a ser alcançado. Sem categorias, o atleta poderia parar de competir durante anos, quando voltasse estaria competindo da mesma forma que outro atleta que tivesse optado por trabalhar pelo esporte. Como toda e qualquer mudança, a divisão de categorias feita em 2010 gerou muitas críticas e resistência, principalmente, por óbvio, por parte dos que não foram aprovados como profissionais. Essa divisão foi um marco na história do esporte. [Maia] Quais os critérios utilizados para a profissionalização? [Medula] Este é um ponto muito interessante, polêmico e delicado. Atualmente são analisados critérios objetivos e subjetivos. Os critérios objetivos estão elencados em um documento disponível na página do CNSV no Facebook, e observam apenas os resultados do atleta em competições; são requisitos mínimos para que sejam analisados os critérios subjetivos. O cumprimento dos critérios objetivos não é garantia de aprovação como profissional, pois posteriormente serão analisados os critérios subjetivos. Esses levam em consideração as demais ações do atleta em relação ao esporte, tais como: desenvolver um trabalho profissional pelo esporte, representar o próprio esporte e as marcas que o patrocinam, desenvolver produtos, realizar entrevistas, divulgações, ações em prol do esporte e de sua imagem de forma positiva, além de posturas éticas dentro e fora das pistas. Caso o CNSV verifique que o atleta cumpriu os critérios objetivos e, após análise, entenda que o atleta também cumpriu os critérios subjetivos, este pedido será considerado aprovado e o atleta irá se tornar skatista profissional. Em resumo, é muito importante dizer: não basta o atleta andar rápido e ir bem em campeonatos, ele precisa ter uma história, postura de profissional, ser digno de representar e levar a imagem do skate, sendo oficialmente reconhecido pela CBSK. [Maia] Você acha que estes critérios podem ser melhor definidos? [Medula] Sim, o trabalho do CNSV é em prol da evolução do esporte. Anualmente temos alterado a forma de avaliação dos pedidos, sempre buscando mais clareza nos critérios e tornando o processo mais objetivo. Os critérios estão sendo adaptados sempre à realidade do esporte, que muda constantemente. Os critérios subjetivos terão grande parte de seu rol elencado objetivamente, para que o atleta tenha um norte mais claro do que fazer para ser reconhecido como skatista profissional pela CBSK. A cada ano, as exigências tornam-se maiores para a profissionalização, já que o atleta vem tendo cada vez mais condições de elevar seu currículo e condutas, pois tem mais estrutura, circuitos mais bem definidos, uma cena mais consolidada e referências mais claras a serem seguidas. [Maia] Atualmente os atletas em atividade tem consciência do que realmente é preciso para se profissionalizar? Como podemos educar melhor os atuais amadores quanto a isso? [Medula] A própria divisão em categorias profissional e amador, em 2010, já deu uma boa noção aos amadores do que é ser um profissional: os que foram aprovados depois disso se espelharam nos que já eram profissionais e seguiram seus passos. Mesmo assim, vejo muitos almejando ser “Profissional” por achar que é legal ou que já são merecedores, mas ainda não possuem um objetivo claro à respeito, alguns parecem querer se profissionalizar apenas para mudar um status no Facebook. Participam de campeonatos há dois ou três anos e acham que o CNSV tem a obrigação de aprová-los como profissionais, por terem conseguido alguns bons resultados, e se esquecem da história dos profissionais que lutaram por anos para o esporte ser o que é hoje. É preciso olhar para o lado e ver

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Alexandre Maia, 41 anos, 27 de skate Diretor Sul Americano da IGSA Patrocínios: Orangatang, Downhill Machine, Academira Power Club Apoios: Tacna, Evoke, CS Team

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a dificuldade que é ser aprovado profissional no street ou no vertical, por exemplo. Assim que forem aprovados, estarão no mesmo patamar dos maiores nomes do esporte. Essa aprovação não é brincadeira, o CNSV tem a responsabilidade de analisar com cautela cada aprovação, pois não há volta: uma vez aprovado, o atleta será eternamente skatista profissional. Aprovar nomes medianos seria uma irresponsabilidade por parte do CNSV. Para ser profissional, é preciso trabalhar com e pelo esporte, é preciso ter uma história, tempo de skate, postura. Ações como essa matéria ajudam a esclarecer o processo. As novas divisões de categorias, como Amador 1, Amador 2 e Iniciante, também facilitarão o entendimento do processo de se tornar um profissional de uma forma muito natural, pois o atleta será obrigado a passar por todas as categorias até ter a possibilidade de enviar um pedido ao CNSV, que poderá ser negado, inclusive, uma ou várias vezes, a depender do julgamento. A constante atualização da página do CNSV sobre as exigências também é um meio buscado para o esclarecimento dos atletas. [Maia] Agora uma pergunta que com certeza gera polêmicas devido ao seu drop de cueca em Teutônia, me desculpe por te colocar na fogueira, mas é inevitável (risos). Você acha que devem ser criadas punições para os profissionais que tiverem atitudes antidesportivas durante os eventos? [Medula] (risos) Sem problemas, Maia, a descida de Teutônia de cueca é tópico inevitável em qualquer entrevista. Teutônia era Mundial da IGSA e recebi como punição a desclassificação do campeonato, mesmo estando com um tempo bom que me classificaria para as baterias finais. Achei a punição adequada, afinal transgredi as regras do evento. Portanto, sim, acho que deve haver punições para todo e qualquer atleta que tiver atitudes antidesportivas durante os eventos, não apenas profissionais. Em eventos nacionais ainda não vi punições serem aplicadas, mas as rédeas estão encurtando. Este foi o primeiro ano em que vi atletas serem impedidos de participar de campeonatos por não terem feito inscrição antecipada, por exemplo. Acho que ter regras claras e aplicá-las é muito importante, apenas assim as coisas serão levadas a sério. Se não houver consequências, as regras não serão respeitadas. [Maia] Obrigado pelo seu tempo Medula e espero que o CNSV consiga fortalecer a modalidade junto a CBSK, a mídia e aos competidores. Fique à vontade para suas últimas considerações. [Medula] Agradeço a oportunidade de elucidar o tema e explicar um pouco sobre a função do CNSV. Para 2014, serão implementadas as novas divisões de categorias em Amador 1 e Amador 2. Tenho certeza que hoje isso será muito melhor aceito do que a divisão inicial entre Profissional e Amador foi em 2010, mas críticas sempre existirão. É muito satisfatório perceber que as decisões que tomamos e que diretrizes nas quais acreditamos fizeram o skate de velocidade evoluir de forma substancial; hoje, o Brasil tem a estrutura mais organizada do mundo neste aspecto. Somos o único país a dividir o skate de velocidade em Profissional e Amador. Como membros do CNSV não recebemos nenhum pagamento, o que recebemos são críticas e bastante trabalho, mas a satisfação em saber que fazemos parte da história do skate de velocidade é o que me mantém exercendo esta função. A sensação de olhar pra trás e se orgulhar da própria história é indescritível! Para aqueles que querem se tornar profissionais, trabalhem muito, escrevam sua história e nunca se esqueçam: um grande nome não se constrói da noite para o dia. * Pedro Medula, 29 anos, 15 de Skate - Skatista Profissional e Conselheiro Nacional de Skate de Velocidade / Patrocínios: Root, B-Trix, Akihito Racing Team, Pref. Curitiba / Facebook - FAN PAGE: Pedro Medula / pedromedula@gmail.com

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stava lendo e relendo as outras colunas que escrevi aqui, para quem sabe assim ter uma ideia que me leve ao começo, meio e fim desta que é a primeira coluna de 2014. Percebi o quanto é difícil sair do lugar comum e não ser repetitivo! Tarefa nada fácil conseguir unir palavras e pensamentos com a tão desejada criatividade, porque o meu desejo é sempre escrever algo que seja relevante pelo menos até o ponto de prendê-lo até a última linha. Isso me fez lembrar de alguns nomes que tiveram relevância na história do longboard. Vou citar três deles: - O primeiro deles é Tom Sims, campeão mundial de skate, creditado por ser o primeiro a construir e colocar no mercado o skate Longboard em 1975, tendo falecido aos 62 anos em 2012. - O mestre do slide Cliff Coleman, que tem seu nome batizando a manobra “Coleman Slide” - além de ser campeão mundial de ioiô até hoje, com mais de 60 anos -, segue influenciando gerações de longboarders com seu estilo, generosidade e carisma. - Adam Colton, que durante a faculdade se apaixonou pelo skate longboard e resgatou do surf o estilo antigo de andar sobre as bordas, juntando a isto um leque de manobras criativas e técnicas. Ele ainda filma, edita, desenvolve models e pratica outros esportes de ação. Adam difundiu o longboad dancing/freestyle/freeride pelos quatro cantos do mundo com seus vídeos e viagens, e hoje trabalha em uma das melhores marcas de longboard do mercado. Esta talvez seja a diferença. Muitos de nós apenas conseguem enxergar o skate do presente, poucos o do passado e presente juntos e raríssimos skaters conseguem juntar passado, presente e ainda o futuro. Apenas algumas raras pessoas que, aparentemente, vivem à frente do seu tempo conseguem mudar o presente com sua incomum capacidade de criar. A criatividade destes longboarders faz o que nunca pensamos passar do plano impossível para o possível e, com o passar do tempo, o impossível se tornou uma manobra comum e repetida por vários de nós.

Esta coluna foi escrita por Alexandre Guerra Visite também: facebook/euamolongboard, Instagram: @euamolongboard, youtube/euamolongboard, twitter.com/euamolongboard

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A criação é a porta que se abre para existência de tudo que é novo, e também é grande causadora de emoções contraditórias, provoca uma mudança de sentimento estético, comportamento e necessidades, e por fim se torna uma técnica social para novos sentimentos. O criador tem muito em comum com o artista e o poeta. O pensamento lógico e a capacidade analítica são atributos de um ser humano comum. Assim, acredito que o melhor caminho para qualquer skater chegar a plenitude é colocar sua alegria e amor, os seus sentimentos mais verdadeiros à frente dos aplausos e das conquistas. Estou muito longe de ser um exímio skater, mas confesso, até tenho meus momentos e eles acabam acontecendo quando estou andando sozinho sem perceber nada e ninguém à minha volta, sem me importar com olhares ou julgamentos. Eu, meu longboard, minha música e a sensação que tirei de mim o melhor - e, no fim da sessão, sai o meu sorriso mais largo. Terminando estas linhas fica meu desejo para um ano mais desafiador, e que assim nossa criatividade aflore sobre todos os nossos objetivos dentro e fora do skate. Viva 2014!



Jeff BuDro

arquivo Pessoal

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faBio Bolota

Igor Lage flipando no asfalto antigo. Abaixo, o novo asfalto.

Angie’s Curve.

Circuito IDF 2014

O circuito de speed da IDF (International Downhill Federation) para 2014 já foi divulgado e promete fortes emoções, pois ano após ano a modalidade de velocidade sobre skate vem ganhando cada vez mais espaço e adeptos. Afinal, os desafios de recordes de velocidade sempre foram o combustível para quaisquer amantes da adrenalina na veia. O melhor de tudo é que, mais uma vez, a etapa final do circuito vai ser realizada no Brasil! Confira as datas e locais: • Lago Cerrillo Formula 1 - 1 de Fevereiro – Ponce/Porto Rico • Push Culture Family Picnic WQS - 24 a 26 de maio - Burke Mountain, Vermont/EUA • MLF WQS - 28 de maio a 01 de junho - Mesa De Las Tablas – Coah/México • Maryhill “Festival of Speed” - 25 a 29 de junho - Maryhill Loops Road/EUA • Whistler Longboard Festival - 03 a 06 de julho - Whistler Olympic Sliding Center - British Columbia/Canadá • Lozio Skateorum MMXIV WQS - 04 a 06 de julho - Lozio/Itália • TMI Lillyhammer WQS - 04 a 06 de julho – Lillehammer/Noruega • TMI Grefsenkollen WQS - 11 a 13 de julho – Oslo/Noruega • Kozakov Challenge - 23 a 26 de julho – Kozakov/República Tcheca • Fusion WQS - 30 de julho a 02 de agosto – Roztoky, Beroun/ República Tcheca • Peyragudes Never Dies - 07 a 10 de agosto - Peyragudes Ski Resort/França • Douro Downhill WQS - 14 a 17 de agosto - Gaia, Distrito do Porto/Portugal • ACME Extreme Downhill WQS - 29 a 31 de agosto - Point Peter (Elks-Bronx Park) - Nova York/EUA • Pikes Peak Downhill - 6 a 7 de setembro - Pikes Peak – Colorado/ EUA • Angie’s Curves - 12 a 14 de setembro - Pala, California/EUA • Festival de la Bajada - 11 a 13 de outubro - Parque Nacional/ Colombia • Lima Peru WQS - 17 e 18 de outubro – Lima/Peru • Valle del Downhill Tarma - 24 a 26 de outubro – Tarma/Peru • Mega Grand Prix - 30 de outubro a 02 de novembro - Mega Space - Belo Horizonte/Brasil <22>

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Minhocão Reasfaltado O mais famoso viaduto que corta a cidade de São Paulo como uma artéria de asfalto, com aproximadamente 3 e 1/2 quilômetros, está com asfalto novinho em folha em toda sua extensão. Aos domingos, o “Minhocão” sempre foi fechado para os automóveis e se tornou uma ótima opção de lazer para os moradores locais, porém o asfalto era muito ruim pra se andar de skate. No ano passado, o local também foi um dos trechos utilizado para o Skate Run, a maratona de skate que aconteceu na Virada Esportiva de São Paulo. Agora, com esse novo “tapete”, o pico vai ser muito mais bem aproveitado para as sessions nos finais de semana, e vai proporcionar uma disputa muito mais prazerosa no Skate Run desse ano.

Riscando o chão! A Sector 9 está lançando duas novas linhas de rodas dedicadas ao slide. As Skiddles vêm com 70mm e dureza 78A, e o diferencial é que elas deixam rastros coloridos no asfalto; assim, o skatista pode checar as suas linhas e ver o seu próprio desempenho nos rolés. Elas podem ser compradas tanto em jogos de várias cores ou numa cor só pras 4 rodas. O outro lançamento é o das Slick Shoes, que vêm na cor branca e foram desenvolvidas pela equipe da Sector 9. De acordo com os caras, elas deslizam melhor e duram mais do que qualquer outra roda lançada pela marca... É usar e detonar nas ladeiras!


New Olders é top 10!

Mega-Rolé Rio

Que os capacetes da New Olders são um salto de qualidade em relação aos similares do mercado, isso não é nenhuma novidade; você já viu uma entrevista do Daniel Serrano (dono da marca) aqui mesmo na CRVIS3R # 3, explicando o complicado processo de projeto e fabricação dos produtos. A novidade é que a galera da Silverfish Longboarding elegeu o produto um dos “Top 10 Longboarding Products of 2013” – isso mesmo, um dos 10 melhores produtos lançados no ano passado! Segundo o site, “este é um dos capacetes de nova geração que são feitos pros longboarders por fabricantes com a habilidade de exceder os padrões industriais”. Lembre-se: sessão boa é sessão segura! Uma outra dica: valorize os bons produtos nacionais. Parabéns aos caras!

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Divulgação

No dia 22 de dezembro rolou o Mega-Rolé no Rio, uma skateata da Central do Brasil até o Leblon! Cerca de 100 pessoas tiveram a disposição de andar de skate por quase 40 km pelas ruas à beira das praias. Foram sorteadas revistas CRVIS3R Skateboarding e camisetas SugarFree, e esse ano tem mais… Aguardem!

Ben Stiller de longboard?!

Sergio Yuppie - King of Downhill Slide (VideoDocumentário) Capa da última revista CRVIS3R Skateboarding, Sérgio Yuppie não tem tatuado no seu braço a frase “King of Downhill” por acaso... Esse ótimo documentário lançando nesse ano pela SK8Trip (distribuidora das marcas ABEC 11, Jets Skateboards, Liquid Trucks e Biltin) é sobre a sua história e trajetória no skate, com cenas alucinantes de downhill slides filmadas nas ladeiras paradisíacas de Los Angeles e outras regiões da California, mandando manobras como ninguém. Com legendas em inglês, Yuppie narra a sua história em português e manda pedradas como essa: “Manobras são pra se aplaudir, mas estilo é para ter respeito!” Assista e respeite as ladeiras! LINK: http://www.youtube.com/watch?v=qu3I6qJp1Mg

O filme “A Vida Secreta de Walter Mitty” traz Ben Stiller no papeltítulo, um cara tímido e inexpressivo que é responsável pelo departamento de arquivo e revelação de fotografias da mítica revista Life. Ao receber um pacote vindo de um consagrado fotógrafo, percebe que falta a foto que deveria ser a capa da última edição da revista – e, pra conseguir a imagem, Walter é obrigado a embarcar em inúmeras aventuras em países distantes... Mas o que isso tem a ver com o longboard?! Bem, em sua busca pelo fotógrafo, o protagonista é levado a vários lugares ao redor do mundo e, entre inúmeras outras façanhas, realiza um tremendo drop numa estrada na Islândia! Na verdade, as cenas de skate foram feitas por Brian Holden, um skatista que também já fez trabalhos nos bastidores pra marcas como Abec 11 e Never Summer. As filmagens de downhill foram feitas no gélido país, e um detalhe curioso marcou a produção: as cenas de skate foram incluídas na produção a pedido do próprio Stiller, que também dirigiu o filme. O astro já havia sido skatista no início dos anos 80, e também homenageou o freestyle numa outra cena gravada no Central Park de NY onde ele manda um solo de freestyle tendo ninguém menos que o legendário Rodney Mullen como dublê. Além disso, Stiller aproveitou pra desenferrujar as antigas bases de dropar ladeiras com a ajuda do próprio Brian, e num dos takes chegou a andar a 50 km/h – uma verdadeira façanha pra um grande ator de cinema. Dia após dia, os longs vão chegando cada vez mais longe e atingindo um alcance cada vez maior, e o filme certamente irá ajudar na divulgação do esporte. Mandou muito, Ben! crvis3r skaTeboarding

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Diego Borges

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Jonathan Borge, longboard amador.

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Baldur Neto, fs one footed, longboard iniciante.

Fabio “Dery” Sprovieri, slalom legends.

Ranking CBSK 2013

Demorou um pouco, mas foi divulgado no final de janeiro desse ano o ranking dos circuitos de downhill slide, longboard, speed e slalom, nas categorias profissionais, amador e feminino. No slide, infelizmente foram contabilizados apenas dois campeonatos do ano passado para esse ranking, o Overmeeting e a Copa Centro Oeste, ambos realizados em Brasília. Com o surgimento da Liga Slide Brasil, que vem “abraçando” eventos tradicionais que não eram oficializados pela CBSK - como o “Animais do Downhill” e o “Carvera”, entre outros -, o ano promete ter colocações mais abrangentes e ser muito mais competitivo. Assim esperamos! Resultados das categorias: Longboard Feminino: 1ª) Suellen “Sula” Paiva; 2ª) Fernanda Michellini; 3ª) Larissa Sampaio; 4ª) Maria Clara Viana Licursi; 5ª) Marcella do Nascimento; 6ª) Ana Beatriz Bertonni; 7ª) Luiza Sampaio; 8ª) Cris “Punk” Andrigo; 9ª) Alejandra Segovia; 10ª) Lilian Balejo Ruiz. Longboard Flat Classic: 1º) Lucas Inke; 2º) Paulo Cesar Santos; 3º) Eduardo Felgar Aprá; 4º) Paulo Roberto; 5º) Rolf Bravim; 6º) Marco Antonio Alves; 7º) Thiago Lamego; 8º) Daniel Sá Cruz; 9º) Thais Yeleni; 10º) Marcos Rafael Gervatausakas. Longboard Amador: 1º) Jonathan Borges; 2º) Daniel R. Criz; 3º) Igor Lage; 4º) Walter Junior; 5º) Rafael Massa Massuci; 6º) Arthur dos Santos Chierri; 7º) Davison Paixão; 8º) Lucas Inke; 9º) Ramon Fernandes; 10º) Carlos F. Neto. <24>

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Raiza Sartori, DH Speed Feminino.

Longboard Iniciante: 1º) Baldur da Costa Neto; 2º) Marco Antonio Vianna Licursi; 3º) Rainer Rodrigues; 4º) Rafael Franca Seixas; 5º) Leandro de Lima Souza; 6º) Mateus Fortes Leal; 7º) João Renato Pessoa; 8º) Adryan Yank; 9º) Romulo Queiroz Melo Silva; 10º) Diogo Keng. Longboard Master: 1º) Leonardo Discaciati; 2º) Alex Busnelo; 3º) Alexandre Fonseca Azevedo; 4º) Renildo Lopes ; 5º) Adolfo Kaveira; 6º) José Ohana; 7º) Alexandre Barbosa; 8º) Reginaldo Oliveira; 9º) Carlos Coutinho; 10º) Antônio Lira. Downhill Slide Amador: 1º) Alex Araujo dos Santos; 2º) Paulo Rogério Moreira; 3º) Arthur dos Santos Chierri; 4º) Carlos Rodrigues; 5º) Natan dos Santos Picolo; 6º) Jefferson Ricardo dos Santos; 7º) Fernando de Mello; 8º) Andreim Barbosa; 9º) Alexandre Marcus; 10º) Sergio Brum. Downhill Slide Iniciante: 1º) Pedro Andrade; 2º) Leonardo Barros; 3º) Henrique Gomes; 4º) Wilder da Silva Oliveira; 5º) Vinicius Cabral; 6º) Alisson Pereira; 7º) Alessandro da silva; 8º) Guilherme Sampaio; 9º) Rurik Cavelheiro; 10º) Rainer Rodrigues; Downhill Slide Master: 1º) André Bozzato; 2º) José Carlos Caldeira Filho; 3º) Alexandre Maia; 4º) Fabricio Rodrigues; 5º) Carlos Coutinho; 6º) Celso Camargo; 7º) Alexandre Marco; 8º) Gustavo Venceslau; 9º) Flávio Vidiri Junior. Downhill Speed Profissional: 1º) Carlos Paixão; 2º) Lucas Bontonin; 3º) Pedro Medula; 4º) Alysson Garcia; 5º) Silon Garcia; 6º) Alexandre Marcante; 7º) Juliano Casse-

miro; 8º) Fael Sabela; 9º) Caco Ratos; 10º) Henrique Stein. Downhill Speed Master: 1º) Silon Garcia; 2º) Juliano Cassemiro; 3º) Alexandre Maia; 4º) Marinho Marcante; 5º) Jorge Galasso; 6º) Sandro Vargas; 7º) João Bier; 8º) Ricardo Mikima; 9º) André Preto; 10) Perci Selbach. Downhill Speed Feminino: 1ª) Bianca Fior; 2ª) Reine Oliveira; 3ª) Melissa Brogni; 4ª) Débora Almeida; 5ª) Amanda Souza; 6ª) Morgana Santos; 7ª) Duane Espíndola; 8ª) Annely Desireé; 9ª) Raiza Sartori; 10ª) Ivana Zolet Downhill Speed Grand Master: 1º) Floriano Sales; 2º) Juliano Cassemiro; 3º) Sandro Vargas; 4º) Will Airton; 5º) Vanil Rocha; 6º) Fabio Lamps; 7º) Evandro Schenato. Downhill Speed Iniciante: 1º) Lucas Batista; 2º) Lucas Rocha; 3º) Alexandre Trindade; 4º) Arthur Fonseca; 5º) Lucas Caribé. Slalom Profissional: 1º) Tiago “Gardenal” Bacchi; 2º) Fabio “Derry” Sprovieri; 3º) Rogério “Sammy” Nogueira; 4º) José Birinha; 5º) Ricardo Mikima; 6º) Rogério Antigo; 7º) Cristiano Indinhol 8º) Marcio Benevides. Slalom Legends: 1º) Fabio “Dery” Sprovieri; 2º) Rogério “Sammy” Nogueira; 3º) Rogério Antigo; 4º) Valmir Alemão; 5º) Eduardo Fujihama. Slalom Amador: 1º) Cesar Lutfi; 2º) Fernando Soares de Camargo Fº; 3º) Dacio Toco; 4º) Carlos Alberto Sales; 5º) Marcelo Vergara; 6º) Walmir Alemão; 7º) André Fuchs; 8º) Tiago Tebé; 9º) Henrique Costa “Tocha”; 10º) Alex Ferro. Slalom Feminino: 1ª) Heloisa Akemi.



Henrique “rique” Bardo

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Dalua é bicampeão mundial pelo circuito da IGSA

FaBio Bolota

Pelo segundo ano consecutivo, Douglas Dalua se consagrou campeão mundial de downhill speed pelo circuito da IGSA (In­ ternational Gravity Sports Association)! O inédito título con­ quistado por um brasileiro em 2012 na modalidade foi nova­ mente perseguido e conhquistado em 2013 no melhor “es­ tilo Dalua”, preparando-se para as etapas tanto fisica quanto mentalmente, e o resultado foi certeiro. O cara escolheu bem as etapas, direcionou os patrocinadores e fez jus ao título de 2012, além de finalizar o ano novamente por trás da organi­ zação da última etapa da IGSA, o Mad Rats Downhill Challenge, evento que tem cobertura completa nessa edição. Parabéns Dalua, e que os desafios continuem em 2014!

Old Is Cool Top 100: Colina Boards A marca brasileira Colina Boards foi surpreendida com a menção em um dos anuários mais importantes de e-mail marketing do mundo. Sempre com iden­ tidade visual apurada e muito bom gosto, sem falar na qualidade de primeira no seus skates, a marca teve uma página pra destacar esse trabalho no “The Top 100 E-Mail Marketing Campaigns of 2013”. A publicação é uma maneira de celebrar as marcas, agências e profissionais do marketing que criaram e le­ varam os desafios em frente com qualidade, inspiração e diferencial. Parabêns à Colina Boards por esse reconhecimento e por sempre zelar pela qualidade! Visite: www.colinaboards.com

Localizada em um dos pontos mais nobres da cida­ de de São Paulo, a loja Old Is Cool fica na famosa ga­ leria Ouro Fino, na rua Augusta, no bairro dos Jardins. Com mais de 10 anos no local, atende seus clientes com as melhores marcas do mercado, seja em long­ boards como em cruisers, downhill slide, etc. Além de manter as portas abertas há tanto tempo, patrocinam e apoiam vários riders, como: Rafa, Caue, Marcelo, Paiva, Thiago, Birso, Edu, Bahia, Santão, Igor, Gustavo, Hon­ da, Luc Dog, Bruno e Carlini. Com isso, a loja mantém o bom e velho lema: lojistas também devem apoiar a cena! Old Is Cool: Rua Augusta, 2.690 - Loja 205.

Teutônia no Red Bulletin A revista editada exclusivamente pela marca de energéticos Red Bull, a Red Bulletin, publicou a matéria do último evento de Teutônia em 2013 e, também, foi o tema da foto de capa do evento. Escrita em 4 lín­ guas, a publicação destacou a ladeira mais rápida do mundo do circuito mundial. É bem legal ver uma publicação de “fora” do meio dando desta­ que a uma modalidade expressiva do skate. Parabéns aos organizado­ res do evento, e que venha o de 2014! <26>

crvis3r skateboarding



aDriano aziz

arquivo Pessoal

Davison Paixão.

Adriano Aziz.

Igor Lage.

Caio Matsuí

leanDro taBaJara

Diego Polito

Fernando Yuppie. arquivo Pessoal

Diego Polito.

João vitor BrinHosa

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Michel Frederico.

Renilson Carranca.

Novos Profissionais 2014 Depois de um ano de 2013 com muitas tours, demos, sessions, alguns campeonatos e muita diversão, as modalidades do downhill slide e longboard contam com alguns reforços no rol de profissionais para 2014. O interessante dessa passagem da categoria amadora para o profissonal é que, além de terem mais competidores no topo da categoria, o ano promete eventos de alto nível em qualquer uma dessas modalidades. Outro <28>

crvis3r skaTeboarding

fator interessante para essa movimentação é que mais empresas e novas marcas estão acreditando e apostando no profissionalismo do skate de ladeiras e afins. Esperamos que isso seja ótimo para todos! Vamos à lista do novos profissionais: Marcelo Costa, Renilson Monteiro (Carranca), Fernando Yuppie, Jefferson Santos (Dú), Michel Frederico, Davison Paixão, Igor Lage, Diego Polito (Dilon) e Adriano Aziz. Boa sorte aos profissionais!



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Deslize TExTO E FOTOS GuTO JIMENEz

No mundo inteiro, exposições de objetos de arte feitos por skatistas e surfistas em galerias não é nenhuma novidade... mas num museu estadual?! Só mesmo no Rio! “Deslize” é uma exposição que está sendo exibida no MAR – Museu de Arte do Rio, a mais nova locação da cidade dedicada às artes. Em seu primeiro ano de vida, o <30>

crvis3r skaTeboarding

MAR já se tornou conhecido por seu comprometimento com “exposições que reflitam sobre os modos de sociabilidade e a experiência estética dea cidade”, de acordo com o curador Raphael Fonseca. A ideia veio após ele ter contato com a impressionante coleção de skate art que pertencia ao Ricardo Fainzi-



| lado a > Dezlize liber (1981 – 2009), um skatista dedicado que desenvolveu um olhar todo especial às expressões artísticas do esporte. 37 decks de sua coleção particular estão na mostra, bem como alguns skates da impressionante coleção do veterano Eduardo “Yndyo” Tassara. Esse local de Guará tem mais de 200 skates datados de todas as épocas, do final dos anos 50 até os dias de hoje, e é o maior colecionador de memorabilida do skate no país. Além dos skates, estão espostas pinturas de artistas como Sésper e Wilbor, fotografias de Fabiano Rodrigues (entre outros) e inúmeras obras como esculturas e instalações, sem falar em vídeos do coletivo I xV e num display com as históricas primeiras edições de revistas como Overall, Yeah! e Tribo, entre outras. O MAR fica na Praça Mauá, bem perto do Cais do Porto, e a exposição pode ser conferida até 27/04 das 10 às 19 horas. Esse é mais um motivo pra se visitar a Cidade Maravilhosa, além das ladeiras na Mata Atlântica, bowls de cimento, praias, cerveja gelada, hospitalidade dos locais e aquela coisa toda... Tá esperando o quê?!



fotos eliana CastanHo

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Harry na loja da Beats By Dre em Nova York.

Prestigiando a revista CRVIS3R Skateboarding.

A fotógrafa Eliana Castanho, Harry Jumonji e a diretora Erica Hill.

Harry Jumonji Documentary O brasileiro Ari Jumonji, conhecido em Nova York como Harry Jumonji, foi um dos responsáveis pela evolução do skate no Brasil no início dos anos 80. Dono de um dos melhores estilos sobre o skate, tanto no vertical quanto no street, foi morar nos EUA em 1983/84, se transformou em Harry e nunca mais voltou. Entre altos e baixos para sobreviver na selva de pedra norte-americana, tornou-se um verdadeiro OG e, por seu nível de skate e sua personalidade forte, é um dos mais considerados skatistas da Costa Leste dos Estados Unidos. Um documentário produzido pela diretora Erika Hill sobre a sua história está me andamento, e ela esteve no Brasil pra coletar depoimentos de amigos e familiares. Aqui, Harry revendo o skate do Brasil através das revistas CRVIS3R Skateboarding e Tribo Skate que, em breve, vai trazer mais matérias e fotos sobre o documentário. Harry também esteve prestigiando a revista CRVIS3R Skateboarding na inauguração da loja dos fones Beats By Dre, no bairro do Soho em Nova York.



fotos Divulgação

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Alex Quintans.

Jampa Longboard Day & Alex Quintans POR ALEX GuERRA / EuAMOLONGBOARD

O evento Jampa Longboard Day, que ocorreu nos dias 11 e 12 de janeiro em João Passoa, mudou o clima da cidade juntando esportes radicais e música. O evento contou com o apoio da Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer). Alex Quintans foi uma das principais atrações do Jampa: sua missão era estabelecer o recorde nacional de maior distância percorrida sobre um skate long em 24h, e após um dia inteiro de dedicação e esforço físico intenso, o paraibano de 27 anos conseguiu concluir o seu objetivo. Em 24h, Alex percorreu nada menos que 253,74 km com o seu skate! Após quebrar o recorde, Alex estava exausto, porém muito feliz. “Foram 24 horas vivendo o que significa fé, família, amizade e um sonho. Se consegui estabelecer esse recorde brasileiro foi porque tive as pessoas certas ao meu lado e o direcionamento de Deus. Hoje sei o que é plenitude! Obrigado a todos!” A ideia de fazer 24h sobre o skate surgiu sem querer. Quando Alex terminou sua primeira travessia intermunicipal de skate (mais de 100km e 8h sem parar), em dezembro de 2012, seus amigos perguntaram: “qual vai ser o próximo desafio?” Ele imediatamente respondeu: “passar 24 horas andando de skate.” Atualmente, ele é o recordista brasileiro de maior distância em 24h sobre o skate e líder do ranking nacional de push race. Praticando uma modalidade com pouca visibilidade, mas que exige do corpo e da mente como nenhuma outra. Alex coloca todos os dias seu amor pelo longboard acima de qualquer obstáculo, e assim segue conquistando seus objetivos com uma certeza em mente: “Skate Fast and Fun!!!” Confira uma parte da entrevista que fizemos com este iron man do longboard brasileiro, onde ele fala da sua preparação física, treinos, competições, setup, planos para o futuro e etc. (Para ler a entrevista completa, acesse: http://euamolongboard.blogspot.com. br/2014/01/entrevista-alex-garcia-ximenes-quintans.html) O início “Comecei a fazer o esporte em 2012 no Push Race recife e não <36>

crvis3r skaTeboarding

fui nada bem; faziam 2 meses que estava com o skate, fui participar do evento e fiquei em penúltimo. Depois disso, resolvi treinar forte e aprender o DH além do push. Resultado: depois de 1 ano treinando, tinha perdido quase 18kg e estava sempre entre os primeiros colocados nas competições. Por quê Push Race? “Acho que por curiosidade e por gostar de fazer treinos longos. Fico com aquelas dúvidas: será que é possível, ou até quantos quilômetros aguento? Competições no exterior “Em 2012, participei do Adrenalin Skateboard Marathon em San Diego (CA). Descobri uma comunidade que ama longas distâncias por lá, aprendi muito e até hoje tenho contato com o pessoal. Tanto que atualmente sou membro da IDSA (http://theidsa.org/), que é a associação que organiza as principais provas de longas distâncias de skate e fomenta a modalidade pelo mundo afora. Objetivos “Nesse ano, pretendo participar do máximo possível de provas de push e DH, principalmente do circuito brasileiro que sou o líder atualmente. Além disso, tem algumas provas internacionais que pretendo entrar e fazer outras travessias de longboard.” Patrocínios e apoios “Infelizmente, não tenho nenhum patrocínio firmado, quem vem fornecendo apoio é o Açaíto e a Aurora Boards. Quem quiser entrar em contato é o e-mail: alexgeo1403@gmail.com ou https://www. facebook.com/pages/Alex-Garcia-ximenes-Quintans Setups ideais “Meu setup atualmente é: shape Rayne Amazon (drop through) ou Aurora boards (top mount), rodas Seismic Speedvent 73mm / 80A, rolamentos Tekton 7-ball, truck Boss, amortecedores Venom barril 90A/87A. Meu setup para longtrips é outro: shape drop through, rodas Adobe 76mm / 78A (por serem mais tolerantes com as im-



> Jampa Longboard Day & Alex Quintans perfeições do terreno), truck Paris V2 180mm, amortecedores: Venom barril 90A e cone 87A. Para competições, uso rodas maiores e com dureza de 80A, são benvindas e eficientes, com trucks de precisão e tenho gostado mais de shape top mount. Comecei a utilizar recentemente os trucks de precisão, e tenho notado melhoras no meu tempo e diminuição da fadiga na perna base; por deixar mais estável o shape, consigo passar mais força na hora da remada, além de deixar o setup um pouco mais leve. Para essa modalidade, não vejo a necessidade de utilizar rolamentos de cerâmica, pois são velocidades baixas comparadas às do DH. Por exemplo, nas provas em terreno plano de 42km, faço uma velocidade média de 25 km/h.” O caminho para o Push Race “Assim como nas corridas de rua, a distância de 5km é uma boa para iniciar. Primeiramente sem ficar preocupado com o tempo, mas procurando manter uma cadência que seja confortável; por exemplo, mandando 5 ou 10 remadas longas, ou o máximo de remadas que você consiga fazer consecutives, mas mantendo essa quantidade até o fim, relaxando alguns segundos ou trocando de base. Outro treino é fazer, por exemplo, 1 km confortável mais 1km com ritmo forte, alterando essa proporção e aumentando a distância fazendo força até 1 km confortável mais 4km com ritmo forte. E, de tempos em tempos, fazer uma distância um pouco maior daquela que você esteja habituado; neste exemplo, seria uma de 7km. Lembrese sempre de ficar hidratado e faça uma alimentação leve antes. A evolução é rápida! Dessa forma, você já estará treinado para participar de provas de push race!”

fotos Divulgação

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Agenda Trade Show 2014

> Long Beach

A mais importante feira de esportes de ação (leiase skate e surfe) aconteceu novamente no começo do ano nos Estados Unidos. Dessa vez, fomos visitar as duas feiras que acontecem seguidas uma da outra: Long Beach, na Califórnia, e em Nova York. Nossos colaboradores, que estão nas duas costas dos EUA, trouxeram pra vocês as melhores fotos pra ver o que rolou por lá. Como sempre acontece, a Agenda de Long Beach é a mais importante, acontecendo no estado americano que localiza praticamente 90% das melhores marcas de skate do mundo. Já do lado do leste, em Nova York, a feira apresenta as marcas que tem mais identidade com a cidade metropolitana da Big Apple, com sua cultura urbana e as marcas de skate locais. Divirta-se!

fotos antonio Dos Passos “tHronn”

James Muir (Dog Town), Turco Loco e Mike Muir (Suicidal Tendencies).

Antonio dos Passos “Thronn”.

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Dame Dash e o Rapper Jim Jones.

fotos eliana CastanHo

Kid Chocolate, boxeador americano Peter Quillin.

Chopper Dave, Harry Og Jumonji e Frank Mare.

Mark Encinias.

> Nova York crvis3r skaTeboarding

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Weyder Nascimento.

Kelter Belarmino. Bruno Damont.

Partiu Downhill 4º Etapa

Sanderson Pereira.

POR ALEX GuERRA | FOTOS ARON MOuSSATCHE RIBAS

Como se faz um circuito de Skate Speed em um estado pequeno, de pouca tradição e com pouquíssimo incentivo ao skate? Parando de reclamar e colocando a mão na massa! Foi com esse espírito que os organizadores do Partiu Downhill conseguiram realizar 4 etapas deste primeiro Circuito Capixaba - lembrando que não há no país outros circuitos estaduais realizados em várias etapas, somente este! Então meus amigos, batemos palmas de pé para esses bravos homens e mulheres que fazem o skate acontecer no estado do Es-

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crvis3r skaTeboarding

pírito Santo. Como nas outras edições, a 4º Etapa do Partiu Downhill também contou com a presença de vários riders de todo Brasil; destaques para Caio Cesar e Carlos Paixão, este que é o atual campeão de Teutônia. A 4a etapa aconteceu pela segunda vez em Rio Calçado (Guarapari-ES), nos dias 23 e 24 de novembro, e a cidade foi escolhida novamente por ter acolhido muito bem atletas e a organização durante a segunda etapa e, também, é claro, por se tratar de um lugar que abriga uma linda paisagem. Mais uma vez o tempo estava



| lado a > Partiu Downhill 4ª Etapa

Yuri Pedrosa (Vermim).

instável, intercalando sol e chuva durante os dois dias de evento. O clima no asfalto foi de disputa intensa em todas as baterias deixando atletas, público e organização satisfeitos. O sentimento que ficou após esta última etapa foi de ter fechado esse primeiro ano de circuito com chave de ouro. A classificação teve Carlos Paixão em primeiro lugar na OPEN, Pedro Meireles na JUNIOR, Ricardo Mikima na MASTER e Taylane (Tay) na FEMININO. Apesar do 2º lugar no evento, a favorita Jeovana Vazzoler ficou com o primeiro lugar no ranking capixaba, tornando-se campeã estadual. Weyder Nascimento foi o campeão estadual na JUNIOR, Caio Cesar na OPEN e Juba Sam na MASTER, também confirmando os seus favoritismos. CLASSIFICAçãO OPEN 1º Carlos Paixão 2º Caio Cesar 3º Iuri Maggi 4º Dayam 5º Gabriel Camargo 6º Pedro Meireles 7º Lucas Americano 8º Renan Lage JuNIOR 1º Pedro Meireles 2º Weyder Nascimento

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crvis3r skaTeboarding

3º Philipe Diniz 4º Saul 5º Kennedy Micael 6º Yury Pedrosa 7º Victor Casagrande 8º Ualter Gering MASTER 1º Ricardo Mikima 2º Juba Sam 3º Fabio Lock 4º Sasha Reis 5º Jota Francisco (Rasta)

6º Junior Sousa 7º Romulo Cruz 8º Fabio Silva FEMININO 1º Taylane (Tay) 2º Jeovana Vazzoler 3º Jessica Souza 4º Andy Muniz 5º Jhenyffer Barcelos 6º Mayara Rodrigues

Lucas Americano.

leu fraga

Sanderson. Bruno Damont.

Errata: Na última edição, número #8, a foto da matéria Partiu Downhill 3, publicamos que a rider era a Jéssica, mas nessa foto é a Jeovana Vazzoler.



six trucks tour

Rolezão Six Trucks Foi tudo combinado pelas redes sociais, mas o encontro foi bem longe da ostentação e do ar condicionado oferecidos pelos shoppings. TeXTo e FoToS Manu Rezende

Acima: Kauê Martins, Bert Slide One Footed, Urbanova/ SJC. Embaixo da esquerda para a direita: Tiozão Leone; Thiago Cocó; Claudinho; Praça de alimentação!

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crvis3r skAteboArding

A

equipe, ou melhor dizendo, a Família Six Trucks organizou um “Rolezão” pela cidade de São José dos Campos, “ex-interior” de São de Paulo - digo ex porque a cidade já está bem crescidinha, principalmente em se falando de skate. Basta dar um rolezinho, e você vai encontrar boas áreas skatáveis e pistas em ótimas condições de uso. Recentemente, a pista do Parque Pavilhão foi palco do “DC King of the Park”, evento que chamou atencão pelo alto nível dos competidores e qualidade da pista. E foi lá que começou o “Rolezão Six Trucks”. Na barca, estavam Douglinhas Barbosa, Laura Alli (com o filhão), Cauê Messaque, André K-belo, Fernandinha Creazzo, Wesley, Cocó,

Eu, Claudinho, Leone Creazzo e um calor de 200 graus! Satisfeitos do pavilhão e com fome de asfalto, saímos em disparada para a Ladeira do Urbanova, pico bem conhecido pelos skatistas de ladeira do Brasil e que dispensa comentários. Tenda armada, espeto na brasa, gelada no cooler, risadas e muito skate; como diria o Cocó: “é disso que a criançada gosta! O Rolezão foi até o anoitecer, e mais uma vez a familia se divertiu muito em cima do carrinho. Que prevaleça a diversão e, acima de tudo, a amizade no skateboarding brasileiro. Ah! “Rolezinho”, só se for de skate! Confira mais e fotos e vídeos desse Rolezão no perfil da SIX Trucks no Facebook.


No alto à esquerda: Leone, BS Layback, Urbanova/SJC. No alto à direita: Rolezinho: Kblo, Kauê e Leone. No meio à esquerda: Laura Alli, Nose Slide Stale Fish, Urbanova/ SJC. No meio à direita: Douglinhas, Nose Stall, Pavilhão Skatepark/SJC. Embaixo à esquerda: André Kblo, 5-0 grind, Urbanova/SJC. Embaixo à direita: Fernandinha, Bert slide, Urbanova/SJC.

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mad rats downhill challenge

Mad Rats

Downhill Challenge Mais uma vez, o ano de competições de downhill speed foi encerrado com chave de ouro. A famosa Estrada da Lomba Grande, em São João do Deserto (Novo Hamburgo, RS), recebeu mais uma edição do Mad Rats Downhill Challenge, evento que tem tudo de bom a oferecer pra competidores e público. Unindo uma ladeira extensa, com trechos técnicos e duas retas casca-grossas, com a organização eficiente e respeitosa por parte de Douglas Dalua, Kaká Verardi, Alexandre Viana e Mano Silveira, dão como resultado final o campeonato de speed mais aguardado do ano. PoR Guto Jimenez, viA KaKá Verardi | FoToS Henrique “rique BarBo” BarBosa

E por falar em resultados, vamos conferir o que houve de melhor no evento:

Na foto acima: Bianca Fior, Debora Sass e Ivana Dolberth. Na página ao lado emcima: Felipe Mousquer, Jorge Andrei, Miguel Vinicius e Lucas Perdon. Embaixo: Eduardo Falcão e Andrew Sá Dassie.

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> Pro Uma verdadeira constelação de speed racers estava presente no evento, dos locais Douglas Dalua e Silon Garcia aos “favelados” Ricardo “Caco Ratos” Reis e Ricardo “Mikima” Sena, sem falar em outros nomes expressivos como Pedro Medula, “Jorjão” Galasso e André Preto. Agora, se tem um cara que jamais irá esquecer o ano de 2013, esse é o Carlos Paixão, o “Guto Negrão” do speed; afinal, o cara mostrou ser dono de um carteado pesadíssimo ao vencer tanto em Teutônia quanto em São João do Deserto. Como se não bastas-

se, foi o único competidor a dropar a ladeira em menos de 1 minuto e 11 segundos – mais rápido que os locais! A expectativa e os planos pra 2014 são grandes, e o cara já mostrou ter talento de sobra. >AmAdor A categoria com o maior número de inscritos (80 no total) teve um pega empolgante na final, que só foi decidido usando o recurso do photo-chart: menos de um décimo de segundo separaram o vencedor Bernardo Brambila do segundo colocado William Rubim. Essa é uma prova viva de que a renovação do speed está garantida, e que cada vez mais novos talentos vão surgindo nas ladeiras de todo o país.


> mAstEr A técnica do “Mestre”, aliada ao localismo de quem conhece a ladeira como a palma da mão, trouxeram mais uma vitória ao extenso e impressionante cartel de Silon Garcia. Suas tomadas de curva precisas o fizeram chegar mais de 1 segundo à frente de Juliano “Lilica” Cassemiro, uma raridade em eventos de alto nível como esse. Se até o bicampeão mundial Dalua reverencia o Mestre, o jeito é seguir o exemplo e aplaudir um dos competidores mais consistentes do país. > FEmiNiNo A renovação da modalidade é algo que salta aos olhos, bem como o aumento no número de competidoras. Melissa Brogni botou pra baixo sem nó nem piedade e sagrou-se a campeã não só do evento, como também do ranking feminino da iGSA em 2013. Na sua cola, chegou a experiente Reine oliveira mostrando que ainda tem muito uretano pra queimar nas ladeiras. Que venham mais meninas!

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mad rats downhill challenge

> JuNior 2 o local Yan Bertnati vem mostrando o porquê de ser tratado com todo o respeito pelos skatistas veteranos: se tem um gaúcho que tem tudo pra continuar a representar o alto nível do speed gaúcho, ele é o cara. Além disso, foi mais um que venceu tanto em Teutônia quanto em SJD, com um plus: o moleque agora é campeão mundial júnior 2. Go fast, Yan! > JuNior 1 Sem dúvida nenhuma, a molecada da categoria protagonizou a final mais emocionante do evento com três dos quatro finalistas chegando no mesmo segundo... adrena pouca é bobagem! Lucas Batista foi o vencedor da prova, tendo o seu xará Lucas Rocha na sua cola, e o resultado final só foi possível graças ao photo-chart.

> oPEN Os skatistas que fizeram os melhores tempos do evento também foram premiados – e é mais um troféu pra prateleira do Carlos Paixão! > LugE Nas duas provas, deu a lógica: no classic, Walter Baresi continua dominando e pulverizando a concorrência e conquistou mais um título pra sua extensa coleção. Já no street luge, Léo Borton usou de toda a sua técnica e fechou o ano com chave de ouro ao vencer mais uma prova. Muitos parabéns a ambos! Classic Luge: 1º Walter Baresi, 2º Alexandre Machado, 3º Léo Borton, 4º Manoel Formica. Street Luge: 1º Léo Borton, 2º Alexandre Machado, 3º Walter Baresi, 4º Matheus Lopes.

Ao lado em cima: Iuri Pedrosa. Ao lado embaixo: Bernardo Brambila , Agu Allub e Ricardo Faccio. Abaixo: Carlos Paixão, Danky Ovalhe. Na página ao lado: Floriano Sales e André Preto.

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Cami Pucheta, Amanda Hartmann, Melissa Brogni e Reine Oliveira.

Danky Ovalhe, Douglas Silva, Carlos Paixão e Bernardo Brambila

Rafael Careca, Henrique Stein, Robert Rodrigues e Yan Bertinatti.

Mad Rats downhill Challenge (igsa) São João do Deserto - 13, 14 e 15 de dezembro de 2013 open 2º Reine oliveira 4º Thiago Mohr 6º Eric Soares 1º Carlos Paixão 3º Amanda Hartmann 5º Felipe Mousquer 7º octavio Gonçalves 2º Bernardo Brambila 4º Camila Pucheta 6º Miguel Moreira 8º Deryck Szymczak 3º Douglas Silva 5º Bianca Fior 7º Jorge Pinheiro 9º Jeremias Gasparotto 4º Danky Dean 6º ivana Zolet 8º Lucas Perdoná 10º Gustavo Pinheiro 5º Robert Rodrigues 7º Débora Sass 9º Lucas Fernandes master 6º Yan Bertinati 8º Franciele Cardoso 10º Pedro Meireles 1º Silon Garcia 7º Henrique Stein 9º Annely Jünemann Junior i 2º Juliano Cassemiro 8º Rafael Kiotheka 10º Duane Espíndola 1º Lucas Batista 3º Alexandre Maia 9º Willian Rubim Junior ii 2º Lucas Rocha 4º Marinho Marcante 10º Ricardo Reis 1º Yan Bertinati 3º Alexandre Trindade 5º Jorge Galasso Feminino 2º Andrez Krob 4º Artur Fonseca 6º Sandro vargas 1º Melissa Brogni 3º Gregory Furtado 5º Lucas Caribé 7º João Bier

Manoel Formiga, Leo Borton, Walter Baresi e Alexandre Machado.

8º Ricardo Sena 9º André Preto 10º Perci Selbach Profissional 1º Carlos Paixão 2º Silon Garcia 3º Ricardo Reis 4º Henrique Stein 5º Lucas Bontorin 6º Pedro Medula 7º Juliano Cassemiro 8º Douglas Silva 9º Alysson Garcia

10º Rafael Sabella amador 1º Bernardo Brambila 2º Willian Rubim 3º Rafael Fonseca 4º Rafael Kiotheka 5º Rafael Bonato 6º Robert Rodrigues 7º Pedro Frangulis 8º Leonardo Macchi 9º Jonas Ricther 10º Gelson Junior

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new york city

New York City:

Andar de skate no coração de Manhattan O Central Park, um oásis de tranquilidade em meio ao barulho e a agitação de Manhattan, é visitado anualmente por 40 milhões de pessoas. Pulmão verde da cidade, é considerado pelos skatistas de longboards e cruisers o melhor lugar para a prática do esporte, sendo a sua importância para Nova York, similar ao Parque do Ibirapuera, em São Paulo. TEXTOS E FOTOS ELIANA CASTANHO

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naugurado há mais de 150 anos e localizado no centro de Manhattan, o Central Park é um dos destinos mais procurados pelos turistas, pelos nova-iorquinos e pelos skatistas. Marco Histórico Nacional desde 1963, é a mais importante área verde, cultural e de lazer de Nova York. O parque divide a cidade em leste e oeste, sendo de um lado a 5ª Avenida e do outro o Central Park West, e vai da rua 59th (ao sul) até a 110th (ao norte). É o lugar onde as pessoas reduzem o ritmo frenético da Big Apple e relaxam exercitando o corpo, tomando banho de sol, assistindo a shows, fazendo piquenique, namorando ou simplesmente descansando nas sombras das árvores. O local é povoado por

275 diferentes espécies de aves migratórias, entre elas garças, gansos, marrecos, cisnes e falcões. Os esquilos, sem dúvida, são uma atração à parte: eles se aproximam do público em busca de alimento e são capazes de ficar até ponta cabeça para ganhar um amendoim. O Central Park é um passeio completo para todas as idades. Há uma infinidade de pontos de interesse, entre eles: o Central Park Zoo - onde você poderá ver pinguins, leões-marinhos e focas; o Shakespeare Garden - jardim exclusivamente com plantas e árvores citadas em peças e poesias do autor; e o MET – Metropolitan Museum of Art, um dos maiores museus de arte do mundo. Há 24 mil árvores, 9 mil bancos, 36 pon-


Na página ao lado: Central Park: Um dos maiores símbolos de Nova York. Acima: Ricky Headlam, 21 anos: “Mesmo com temperaturas abaixo de zero o Central Park é o melhor lugar para andar de skate na cidade.” Embaixo à esquerda: Anthony Arod Vargas. Embaixo à direita: O parque oferece uma excelente infra estrutura para prática esportiva. crvIs3r skateboardIng

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new york city tes, 18 portões… os números impressionam! São diversos lagos, alamedas, bosques, imensos gramados e playgrounds. Embora a vegetação e os lagos pareçam naturais, a paisagem foi inteiramente planejada e implantada. Esse oásis verde, cercado de arranha-céus, é o resultado do projeto paisagístico de Frederick Law Olmsted e Calvert Vaux. Seu tamanho é quase o triplo do Parque Ibirapuera, com uma área aproximada de 340 hectares. Devido às suas dimensões, há muitas formas de circular no local: de carruagem, de pedicabs, a pé, de bicicleta e, claro, de longboard. O parque oferece uma excelente infra estrutura para prática esportiva: diversos campos e quadras, trilhas para caminhadas, pistas para corrida e de patinação no gelo, ciclovias e espaços para andar de skate. Os melhores skate spots, segundo skatistas amadores e profissionais, são: o Bandshell, o Circuit, a ladeira da rua 72, as Ciclovias e o Columbus Circle - localizado em frente a um dos principais portões do parque. É impossível não se impressionar ao visitar um dos mais belos parques urbanos dos Estados Unidos. Só a possibilidade de explorar este cartão postal da cidade sobre quatro rodinhas, já vale a visita a Nova York! Acesse o link da fotógrafa Eliana Castanho para ver cenas diárias de skateboarding em New York: www.facebook.com/ NYCskateboarding4u

Acima: Clio Sherman, que mora e estuda em Los Angeles, passa as férias na Big Apple andando de long no parque. No centro: Após meses de invernos rigorosos, os nova-iorquinos aproveitam os verões nos gramados. Embaixo à esquerda: Claudia Clase, 21 anos, record mundial Guinness: maior distância percorrida durante 24 horas (310 km) no Ultra Skate 2014. Foto: Bethesda Fountain Embaixo à direita: West 72nd Street session: Heng Le, Jason Quinn, João G. Piñeiro, Claudia Clase, Diego Munõz, Shane Heimann e Clio Sherman.

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Bandshell: foi construído em 1862 como espaço para concertos de musica erudita. Conhecido atualmente pelos famosos shows de verão, o local tem importância histórica por ter sido palco para o discurso de Martin Luther King Jr, entre outras personalidades. Por causa do seu calçamento plano é ideal para andar e praticar manobras (dancing moves, freestyle, trick boarding). Fica localizado no lado leste do parque, na altura da rua 72, ao lado do Bethesda Fountain. West 72nd Street: uma ladeira, sinuosa, de aproximadamente 70 metros. Fica localizada no lado oeste do parque, na altura da rua 72. Ideal para todos os níveis de skate. Ciclovias: As ciclovias são os locais favoritos da comunidade local de longboard para percorrer longas distancias, devido às áreas planas e colinas. Circuit: Localizado no Upper East Side, na altura da rua 105, abaixo do Conservatory Garden. É uma pequena colina com boa pavimentação, poucos pedestres e ideal para sliding, dance, freestyle, drifting ou tricking. Columbus Circle: Trata-se de uma famosa rotatória cujo nome homenageia Cristóvão Colombo. Estando por ali, é só atravessar a rua e acessar o parque por uma de suas principais entradas, conhecida como Merchant’s Gate. É um ponto de encontro dos skatistas para socializar e andar de skate. Fica localizado na intersecção da Broadway com Central Park West, Central Park South (59th Street) e Eighth Avenue no sudoeste do Central Park.

Acima à esquerda: Jason Quinn. Acima à direita: Bow Bridge: uma das pontes mais fotografadas, que foi locação para inúmeros filmes. Ao centro: Da esquerda para direita: Diego Munõz, Clio Sherman, Jason Quinn, Heng Le, Shane Heimann, Manuel Flores, Claudia Clase e João G. Piñeiro (em cima). Ao centro embaixo: Bandshell: Com calçamento plano é ideal para as sessions. O local também é frequentado por turistas, artistas e etc. Foto: Zoe Beats e o artista Nathan Freeman. Embaixo à esquerda: Vale explorar o parque em qualquer estação do ano, de carruagem ou longboard. Embaixo à direita: Longboard democrático no Bandshell. crvIs3r skateboardIng

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James Kelly Entrevista:

Cada vez mais gente vem dropando ladeiras ao redor do mundo, em comparação ao cenário de poucos anos atrás, e as bases adquiridas nos free rides tornaram-se cada vez mais essenciais pra se fazer uma descida veloz e controlada. James Kelly é um free rider californiano que rapidamente se tornou uma das referências mundiais do skate de velocidade, muito por causa de seu estilo atirado e suave ao mesmo tempo. O cara bota pra baixo sem dó nas retas e, nas curvas, desliza de uma maneira que parece até flutuar sobre o asfalto. Nessa entrevista exclusiva à CRVIS3R, ele conta um pouco de sua trajetória pessoal e solta o verbo ao falar do Brasil e de eventos em geral, além de dar sua opinião sobre as mudanças que vem ocorrendo no cenário ultimamente, seus projetos com a SkateHouse Media e a sua eterna caça às ladeiras. Relaxe, aproveite e curta! POR GutO JIMEnEz

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ames, você esteve no Brasil recentemente pra andar em alguns picos e correr um campeonato. Qual é a sua impressão do país de um modo geral? Eu fico realmente amarradão em ir ao Brasil, todas as vezes. A galera local é sempre muito vibrante e hospitaleira, e o cenário de skate no país é cheio de vida e de agitação. O que você mais gostou no país, e o que foi aquilo que mais te desagradou? O açaí é realmente bom, não conseguimos achar isso na California, e eu gosto do meu com banana e leite em pó. O nível e a paixão pelo skate no Brasil são extremamente altos, é algo incrível de se ver. Eu não gosto mesmo é de algumas vibes competitivas em excesso que eu senti algumas vezes. Bem, vamos falar agora do evento Mega Grand Prix. Como você se sentiu em relação aos resultados finais de modo geral? Pude ver que você não estava nada contente, muito pelo contrário... Infelizmente, eu só pude competir até as quartas de final. Naquela bateria, eu estava em 2º lugar e fui atingido por trás e tirado da prova. O Mega Grand Prix era o último evento da IDF World Cup do ano e eu estava competindo em busca do título mundial, algo que tem sido um objetivo pessoal há um bom tempo. Foi muito frustrante ver um sonho estar tão próximo e ser privado disso, por uma manobra de alguém sem muita experiência e agressivo demais na prova. Nem preciso dizer, fiquei mesmo muito frustrado depois da bateria, muito mais do que já estive em qualquer evento antes. A for-

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ma como me expressei pode não ter sido a melhor, mas eu sinto que foram justificadas pela situação em si. Deixei rolar logo depois, abracei meus camaradas e curti o resto do dia. Você tem algum campeonato favorito no circuito mundial? Olha, existem tantos aspectos diferentes numa prova que é difícil de ter um favorito em especial. Kozakov (República Tcheca) pela festa, Angie’s Curves (EUA) pelo circuito e Peyragudes (França) pelo visual, todas essas provas são matadoras nesses aspectos. Fora essas, a de Pike’s Peak (EUA) é uma tremenda prova também. Ainda a respeito de campeonatos, o que você acha da divisão entre IGSA e IDF? Já dá pra apontar quais seriam os prós e contras de ambas as entidades? Eu acho que progredir é sempre bom e necessário num esporte, especialmente se a comunidade sente que é preciso. De cara, eu fiquei um pouco preocupado de como a transferência de entidades estava acontecendo meio rápido demais, e muito estava em jogo na temporada inaugural. Mas a IDF matou a pau logo no seu primeiro ano, foi até melhor do que o esperado. As provas foram mais suaves, os competidores tiveram mais baterias e lidaram com as disputas de uma maneira mais profissional. Agora eles precisam trabalhar na mídia deles. James, você é um dos free riders mais considerados nos dias de hoje. Esse fato te dá mais motivação em seu dia a dia ou não faz muita diferença? Boa pergunta! Eu sempre andei de skate pra me divertir e me coloquei numa posição onde posso me dei-


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Louis PIlloni e James Kelly - amizade acima de tudo! crvis3r skateboarding

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O nível e a paixão pelo skate no Brasil são extremamente altos, é algo incrível de se ver.

Acima: O evento mais falado do ano passado foi o Angie’s Curves, na California. James lidera o pelotão da semifinal seguido por seu camarada Louis Pilloni, por Dillon Stephens e pelo brazuca Ricardo “Caco Ratos” Reis. Na página ao lado: Pela estrada afora, James vai tão sozinho... backside drift sem medo.

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xar levar pra onde tiver de ser. A pressão vem com o sucesso. Pra ser honesto, tem sido uma batalha minha de manter o meu skate como uma fuga em minha vida, e não permitir que a domine por inteiro. Eu sinto que, no momento em que você mistura a paixão com o trabalho, isso se torna uma receita pra não se divertir. E quando você não está se divertindo enquanto anda de skate, então você não é um skatista de verdade. Você não é de mudar muito os seus skates, não é mesmo? É, eu venho usando o model Vugenhausen da Arbor por três anos, as rodas RAD por cerca de dois anos e os eixos Caliber há um ano. Não podia estar mais satisfeito da maneira que o meu skate anda! Como o downhill te excita? O skate downhill me excita de tantas formas, e a minha empolgação só cresceu junto com o meu envolvimento com o esporte. Eu adoro a sensação de estar no alto de uma montanha, com bons camaradas ao meu lado, tendo uma vista espetacular adiante e estar um pouco nervoso por causa do drop que estou prestes a fazer. A me-

lhor sensação é quando você se compromete com aquela descida e sente a adrenalina tomar conta, afastando todos os medos, e daí você se solta ao atacar a ladeira. Você é levado pelo momento de andar na ladeira e, quando você chega lá embaixo, tudo o que você se lembra é dos olhares de seus amigos, já que todos passaram pela mesma experiência e sentiram a mesma coisa nos seus longboards. Bem, agora vamos falar um pouco sobre a sua história pessoal. Como você começou a andar em primeiro lugar? Minha prima tinha um longboard e eu roubei dela e me amarrei (risos). Naquele mesmo ano, a minha mãe foi maravilhosa ao me comprar um de Natal. Eu comecei a andar pela cidade indo até as casas de meus amigos, e eu escolhia as rotas que tivessem mais ladeiras ao invés das mais diretas. Daí eu me apaixonei com a sensação de domar a gravidade. Você ainda sai à caça de ladeiras como o fazia antes? Sim, definitivamente – e é muito maneiro ver o meu playground se expandir.


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Fora o skate, quais são os outros esportes que você curte? Andar de skate é o favorito, seguido de perto pelo snowboarding, velejar, mountain bike... É preciso diversificar, a vida é muito curta pra só um esporte. Você e o Louis Pilloni são amigos e dão muitos rolés juntos. Por favor, descreva como essa amizade/parceria te influencia. Louis tem sido um amigo mais chegado há um bom tempo. Ele me ajudou mais do que qualquer outra pessoa, de formas muito diferentes. Nós nos incentivamos no skate, em nossas personalidades e profissionalmente. Sou muito grato pela amizade dele. Além do Louis, quais são os seus skatistas favoritos por aí? O Darrell Freeman me inspirou muito quando eu estava aprendendo a andar de skate, e ainda o faz. Eu costumava fuçar a internet buscando vídeos dele, mandando slides gigantes tanto na base quanto de switch, isso muito antes de qualquer outro soubesse como mandar aqueles slides. Sendo do Norte da California, eu também admirava caras como Patrick Rizzo, Noah Sakamoto e J. M. Durran. Foram eles que me inspiraram, tiraram o que eu tinha de ruim e me mostraram como andar de skate no estilo NorCal. Pra quais países você já viajou pra andar de skate? tem algum favorito? Tenho tido muita sorte em viajar um bocado por conta do skate. Nesse ano (2013), fiz a minha quinta excursão pela Europa e a quarta pela América do Sul. Também já tive a sorte de ir pra Austrália e pra outros destinos diversos por causa do skate. As melhores viagens foram aquelas em que fiz a caça às ladeiras, como em El Salvador, Havaí e pras Ilhas Canárias. Qual é o pico ou lugar que você gostaria de andar? Olha, eu até te falaria, mas é segredo (risos). Vou te dar uma dica: é uma pequena ilha vulcânica no litoral de Madagascar. Agora um assunto meio enjoado: machucados. Já teve algum que te impedisse de andar de skate? Tenho tido muita sorte em minha carreira. Já desloquei o ombro algumas vezes, mas isso não me impediu de andar de skate e competir – ainda. Eu quebrei o meu pulso há alguns anos e tive de assistir e tirar fotos de dois eventos, mas de um modo geral tenho tido muita sorte de quase não me machucar em minha carreira.

Acima: Maryhill é a ladeira mais desejada do circuito mundial, e James Kelly aproveita o drope pra filmar pra SkateHouse Media. Na página ao lado: Uma imagem de sonho: uma estrada inclinada, vazia e dropando com um camarada.

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Quando você não está se divertindo enquanto anda de skate, então você não é um skatista de verdade.


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olivier Seguin-leduc

O skate downhill me excita de tantas formas, e a minha empolgação só cresceu junto com o meu envolvimento com o esporte.

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Você tem algum conselho pra alguém que queira progredir no skate dowhill? Primeiro: você tem que amar o negócio. Segundo, tenha a certeza de que se está progredindo de uma maneira segura. Qualquer um pode chegar no topo de uma ladeira e dropar, mas um skatista esperto conhece os seus limites. Terceiro, passe o máximo de tempo possível sobre o seu skate, ao ponto de transformá-lo numa extensão de seu corpo. Por favor, fale um pouco a respeito de seu trabalho e suas partes nos vídeos da SkateHouse Media. A SkateHouse Media tem sido um projeto bem divertido que tenho com alguns camaradas há alguns anos. Nós ainda estamos expandindo, e já contamos com mais de 550 vídeos originais. Nós ainda vivemos juntos, nos divertindo e hospedando skatistas de todo o mundo. Tem sido uma experiência única aprender as técnicas de vídeo com os meus camaradas da SkateHouse! Eu me divirto muito documentando os amigos que vêm nos visitar e também as minhas viagens por aí. Eu sinto que tenho muita sorte de ter uma plataforma onde posso compartilhar a minha perspectiva do esporte, e cada pedaço do site tem sido o máximo. Espero que todos os que me leiam também curtam! Falando em vídeos, você tem algum videomaker favorito? Tem sido muito maneiro trabalhar com o Jack Boston e o Dustin Damron nas filmagens pra Caliber e Arbor, eles matam a pau! Já o Mat K e o Louis têm uma habilidade com câmeras avançadas, é sensacional a técnica única que eles desenvolveram. Um sonho realizado e um grande prazer foi trabalhar com o Adam Colton, tenho muito respeito por ele. Na real, tenho tido a sorte de trabalhar com muitos caras bem talentosos. Cara, muito obrigado mesmo por responder às minhas perguntas! Por favor, deixe uma mensagem pra galera que vai ler essa entrevista na revista ou online. Obrigado você pelas perguntas! É realmente demais sentir que sou benvindo e que as pessoas gostam de mim no Brasil, enquanto eu estou por aqui em NorCal. Desejo tudo de melhor a todos! Feliz tudo e boas sessões de skate a todos!

Na página ao lado: Concentração total na entrada de frontside. Acima: No inverno, a montanha canadense de Whistler (nos arredores de Vancouver) é um dos picos favoritos de snowboard. Depois que a neve vai embora, é hora de skatistas como James Kelly dominarem o pico. Ao lado: James Kelly passeia pelo circuito de Windham, antes de uma disputa da IGSA. crvis3r skateboarding

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lance Smith

buddy carr

Entrevista:

Buddy Carr

Pra estrear uma nova seção na revista, ninguém melhor que um verdadeiro inovador da indústria moderna do skate. Buddy Carr esteve por trás da Tracker Trucks durante anos, e foi um dos responsáveis pela criação das micro-rodas de street no início dos anos 90. Mais adiante, lançou a Tailtap.com – o primeiro site especializado em skates e produtos da linha old school -, e recentemente suas rodas pra slide Metro tornaram-se em pouco tempo as favoritas de muitos especialistas na matéria. Agora, o seu mais novo lançamento promete sacudir o mercado: vêm aí os tênis Metro, especialmente criados pra skate de ladeira. Conseguimos que ele dedicasse um tempo em sua agenda atribulada pra responder a algumas perguntas, e nos dar uma verdadeira aula de honestidade e compromisso com a inovação. Além disso, revela com exclusividade mundial os segredos de seu tênis. Leia e aprenda! POR GuTo JIMenez

Acima: Buddy sempre dá um jeito de encaixar uma sessão na rotina diária: bs smith layback na pista de Carlsbad.

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ocê tem uma longa história nos bastidores do cenário do skate. Dá pra fazer um resumo breve dos seus trabalhos na indústria? Eu comecei em 1985 trabalhando pra Tracker Trucks, e trabalhei com eles por quase 24 anos. Durante esse tempo, nós criamos muitas marcas: Skate Rags, Orion Trucks, Neighborhood Skateboards, A1Meats, Physics, Street Rod Clothing e Sixteen Skateboards, entre outras. Nos anos 80, eu era da equipe da Alva Skateboards e viajei pelo mundo andando de skate e curtindo com outros skatistas. Também tive a sorte de estar envolvido com o vídeo “The Search For Animal Chin”, da Powell-Peralta; eu era um dos skatistas convidados a construir a rampa sob a supervisão do Tim Payne. Ainda nos anos 80, eu me envolvi nas filmagens do filme “Thrashin’” como um extra nas cenas gravadas em Del Mar Skatepark. Mais recentemente, estive envolvido na produção do filme “Lords of Dogtown”. Parece que a inovação sempre foi a sua maior motivação, tanto nos seus trabalhos na Tracker como na Tailtap, na linha de rodas de sua marca Metro e na sua marca de skates. Você tem a necessidade de pensar diferente dos outros? Pra mim, o skate sempre significou remar contra a maré e até hoje eu luto contra o conformismo. Quero construir marcas

e produtos que se destacam, e me misturar ao restante foi algo que eu nunca quis fazer. Tantas marcas de skate têm medo de arriscar... eu nunca quis ser esse tipo de marca, aquela que se conforma. Meu desejo é abrir as mentes das pessoas a novas ideias, eu sempre disse que abrir mentes leva a abrir portas. Todos os skates da Buddy Carr Skateboards são muito bonitos e funcionais, e você foi bastante ousado no seu conceito de fabricar somente edições limitadas. Por favor, explique como funciona o processo de criação em sua marca. É um processo longo desde a ideia surgir até o produto chegar às prateleiras. Por exemplo, podemos trabalhar por quatro meses num novo desenho pra decks e talvez uns oito meses num novo design de rodas. Rolam muitas idas e vindas e acertos até o artigo ficar pronto pra produção. Pra mim, eu sempre olho pra fora do skate em busca de inspiração, independente do projeto que eu esteja trabalhando. A única forma de trazer algo de novo ao meio do skate é olhar além do skate. Tenho a sorte de trabalhar com pessoas criativas que são capazes de pegar as minhas ideias e transformá-las em algo que irá se destacar numa skate shop. Mas de novo, o processo é bem longo e nós não pegamos atalhos. Cara, como você se sentiu quando o Museu Italiano de


divulgação Khaleeq alfred divulgação

nat Sin

No alto: O Metro é o primeiro tênis direcionado ao skate de ladeira funcional e bonito! No meio: Chris O’Brien gasta as rodas Metro com vontade no slide; A marca da inovação tanto no tênis quanto no skate pra slides. Embaixo: O model Velocità exposto no Museu Italiano de Design.

Design pendurou o seu model “Velocità” numa de suas paredes? Nós ficamos muito honrados quando eles entraram em contato e disseram que queriam comprar um “Velocità”, e que iriam colocá-lo em exposição junto a outras marcas italianas icônicas como as motos Ducati e as bicicletas Gio. A mostra acabou com que o “Velocità” aparecesse na edição italiana da revista GQ, e isso foi demais! o seu designer Antonio Carusone mata a pau! Como ele se envolveu com a sua marca? Eu gosto de tipografia desde que era moleque, e estava seguindo alguns sites e blogs quando eu estava pensando em começar uma marca baseada em tipografias. Eu contatei o Antonio via email pra perguntá-lo se ele conhecia algum designer que tivesse algum conhecimento de skate e que fosse bom em design gráfico, especialmente em tipos e no estilo suíço de design gráfico. Ele me respondeu logo em seguida dizendo que andava de skate e que estava interessado em me ajudar no projeto. Eu me sinto com muita sorte de ter o Antonio desenhando a nossa linha de decks e ajudando no branding da Buddy Carr Skateboards. Falando agora das rodas Metro, elas sempre causaram uma ótima impressão no meio dos skatistas, sendo que alguns de nós as consideram como as melhores rodas pra slide. Quando você começou a se envolver mais a fundo com o mercado de soft wheels? Há alguns anos, eu estava envolvido com uma marca chamada A1Meats, nós tínhamos a melhor equipe por um tempo e produzíamos rodas incríveis. Sob a direção de Mark Hostetter, a A1 foi a responsável por lançar a mania das micro-rodas, uma época em que algumas rodas podiam ter apenas 39 ou 40mm de tamanho. Alguns anos atrás, quando eu estava pensando em voltar a fazer rodas de novo, vi o que me pareceu ser uma lacuna nas rodas pra slide, quero dizer, rodas desenhadas pra slide. Assim como nos anos 90, quando as pessoas começaram a dar ollies maiores e nós fizemos as primeiras micro-rodas pra que os skates fossem mais baixos e facilitassem a manobra, eu peguei a mesma teoria e a apliquei ao slide, e cheguei a um desenho e uma fórmula que se encaixavam nessa categoria. Hoje, eu acho que ainda produzimos algumas das melhores rodas pra slide. eu vi algumas fotos de seu novo lançamento, os tênis Metro, e eles pareceram muito bons, especialmente a solução dos sulcos na sola. Qual é a grande diferença entre os tênis Metro e as outras centenas de outros disponíveis pra andar de skate? Mais uma vez, eu tive a sorte de trabalhar com um designer de tênis muito talentoso e que também anda de skate, então ele sabe do que um tênis precisa ter quando você está andando de skate. Os canais do solado, ou sulcos, custaram semanas de trabalho até ficarem do jeito certo, pois por mais simples que possa parecer, os designers trabalharam longas horas pra terem a certeza de que estavam nos lugares certos pra dar conforto na hora de dar impulso. Nós também botamos uns sulcos flexíveis na área dos dedos dos pés, pra aumentar o conforto na hora do “tuck”, e outros ainda na área dos calcanhares pra melhorar o controle nos heel slides. Existem várias funções diferentes na nossa sola que não só ajudam na performance, mas também aumentam o conforto. Nós estamos produzindo uma sola vulcanizada, mais como uma sola padrão mas superaderente e de alta durabilidade, e é claro que é muito bonito. Eu acho que outra diferença enorme entre nós e as centenas de outros tênis é que eu criei uma marca pra freeride, DH e pros longboarders, essa é a SUA marca e nós vamos investir de volta no cenário. Honestamente, eu estava cansado de ver tantas marcas grandes só tirando dinheiro desses skatistas e não dando nada de retorno – nenhum patrocínio de eventos, nenhuma equipe, nenhum amor de forma alguma. Eu estou aqui pra quebrar essa corrente: os tênis Metro são pra qualquer skatista andando de longboard, seja dando slides ou um role num cruiser ou num long. Essa é a SUA marca, e nós vamos ouvir suas opiniões e representá-los bem. Quando você pretende voltar a visitar o Brasil? Olha, é claro que eu amo o Brasil, o seu povo, o país e a paixão que as pessoas por aí sentem... Não vejo a hora! Buddy, muitíssimo obrigado pelo seu tempo dedicado a essa entrevista! Por favor, mande uma mensagem a todos os leitores. Obrigado a você por me permitir ser entrevistado, e eu mando um abração a todos os skatistas apaixonados e inovadores que enchem as paisagens do Brasil como em nenhum outro lugar!

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Revista

CRVIS3R Skateboarding: Um ano e quatro meses mantendo o compromisso com o mercado: fortalecer, fomentar, divulgar e levar a informação o mais longe possível, seja no impresso, quanto no virtual... Free!

ano 2 | edição 9

fevereiro/março 2014

Editores: Fabio “Bolota” Britto Araujo e Guto Jimenez Arte: Edilson Kato Redação: Guto Jimenez Colaboradores: Texto: Alexandre Guerra, Alexandre Maia, Antonio do Passos Thronn, EuAmoLongboard. com.br, Larissa Sampaio, Manu Rezende, Taitai Warwick Fotografia: Adriano Aziz, Alexandre Guerra, Aron Moussatche Ribas, Caio Matsuí, Diego Borges, Diego Polito, Edu Bráz, Eliana Castanho, Fabio Bolota, Felipe Bittencourt, Fernando “Fruke” Alves, Gabriel Klein, Guto Jimenez, Henrique “ Rique” Bardo, Jeff Budro, Jon Huey, Jon Steele, João Vitor Brinhosa, Khaleeq Alfred, Lance Smith, Leandro Tabajara, Leo Fraga, Luciano Ferreira Souza Neto, Manu Rezende, Marcelo Shibaba, Nat Sin, Natalia Savassa, Nércio Vargas, Oliver SeguinLeduc, Roberto Tatto, Robby Lyons, Rodrigo Kristensen, Taitai Warwick Comercial: Fabio Bolota fabiobolota1@gmail.com (11) 96357-3492

#01 - AJ Haiby

#02 - Douglas Dalua

#03 - Isabela Ribeiro

Editora Circuito das Águas Ltda Rua Paraná, 525 – Jd. Bela Vista Jaguariúna - SP - Fone: 55 (19) 3867.0795 Diretor - Presidente: Ricardo Azevedo Coordenação: Sérgio Marini Administrativo/Financeiro: Amanda Brisola Circulação/Comercial: Priscila Sardinha

#04 - Fernando Yuppie

#05 - Guilherme Messias, #06 - Ian Freire Lucas Inke e Gustavo Freitas

Distruição gratuita em lojas e boardshops (Acompanhe os pontos de distruição na página “Onde Encontrar” da sua CRVIS3R e no site: www.crvis3rskateboarding.com.br) Deus é grande! A Revista CRVIS3R SKATEBOARDING é uma publicação bimestral. As opiniões dos artigos assinados nem sempre representam a opinião da revista e sim a de seus autores. Dúvidas ou sugestões: duvidascrvis3r@gmail.com Acesse: Site: www.crvis3rskateboarding.com.br Facebook: /crvis3rskateboarding Instagram: @crvis3rskateboarding Issuu: /crvis3rskateboarding

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por Larissa sampaio*

Felipe Bittencourt

| cuide-se

Skate qualidade de vida e bem estar

O

ano começou e a dica é “ande de skate e seja feliz.” Isso aconteceu comigo há dez anos, não me conformava em morar longe do mar, queria surfar. “Mas sou calanga e não tem jeito”... Criei muitas raízes em Brasília, resolvi me conformar e descobrir algum esporte que pudesse me proporcionar uma sensação de liberdade e bem estar. o skate entrou na minha vida como um remédio, e posso afirmar: a sensação que sinto quando estou com meu carrinho é a melhor que já vivi em toda minha vida. Ele é a cura para qualquer tipo de depressão e, claro, proporciona um excelente condicionamento físico, trabalhando sempre o limite de cada um e a força que muitas vezes nem sabemos que existe dentro de nós. Se hoje estou feliz, triste ou com algum problema, minha terapia é ir para a ladeira e esquecer tudo. O assunto de hoje é muito importante: vamos cuidar da cabeça e colocar o corpo para funcionar, essa é a solução para fazer qualquer pessoa tornar-se mais feliz e aumentar a sua qualidade de vida. Quando praticamos atividades físicas, liberamos substancias necessárias para nosso organismo e a nossa mente funcionarem em constante sintonia. No skate, a endorfina, junto com a adrenalina, faz a formula perfeita para encarar qualquer problema. A endorfina melhora a memória e o humor, além do sistema imunológico, e ainda bloqueia as lesões dos vasos sanguíneos. Como se não bastasse, tem efeito anti-envelhecimento e remove os superóxidos, que são os radicais livres – e, claro, melhora a concentração e alivia as dores.

A adrenalina é um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais que prepara o organismo para realizar atividades físicas e esforços físicos. os efeitos da adrenalina sobre o sistema cardiovascular são considerados os mais importantes, pois mantêm a frequência cardíaca e a pressão arterial adequadas tanto em repouso quanto em condições de estresse. portanto, é importante estar atento à frequência cardíaca. Em condições normais, a sua presença no sangue é muito pequena; porém, nos momentos de excitação (medo, euforia) ou estresse emocional, uma grande quantidade de adrenalina é secretada para atuar sobre determinadas partes do corpo (nervos, músculos, pernas, braços), com o objetivo de prepará-lo para um esforço físico (correr, pedalar, surfar e andar de skate). A adrenalina estimula o coração pois aumenta os batimentos cardíacos, estimula a vaso constrição, eleva a pressão arterial, libera a glicose armazenada no fígado e relaxa alguns músculos involuntários ao mesmo momento que contrai alguns outros. podemos concluir que a atividade física só vai trazer benefícios. Ano novo, vida nova! Nada melhor que começar o ano diferente: escolha o seu esporte, faça uma boa dieta e beba bastante agua e saiba de uma coisa: se você começar a andar de skate, vai viver a melhor sensação de todas em sua vida, eu garanto! Adeus depressão: cai na ladeira meu irmão! Mente sã em corpo são: compre já o seu skate e junte-se a nós! Beijos!

* Larissa de Sousa Sampaio nasceu em Goiânia, mas vive desde os 5 anos em Brasília. Empresaria, professora de ginástica e personal trainer, é formada em educação física e anda de skate há 10 anos. Patrocínio: Grife Larissa Sampaio Sportwear.www.larissasampaio.com.br / Apoio: Six Trucks Gear

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| onde encontrar loja 05 - Vila Madalena - São Paulo GoodDeal - Av. Prof. Alfonso Bovero, 1.048 Perdizes - São Paulo Led rockskate - Estrada do Campo Limpo, 354 loja 402 - Vila Prel - São Paulo Mys pot - Rua Alfonso Bovero, 1410 - Pompéia - São Paulo Mission - Rua São João, 439 - loja 125 - Centro - São Paulo old School - Gal. Ouro Fino - Rua Augusta, 2.690 - Loja 228 - São Paulo overboard (aricanduva) - Shopping Leste Aricanduva - loja 121/125 - Aricanduva - São Paulo overboard (Santana) - Rua Dr. Olavo Egídio, 51 - Santana - São Paulo red Beach - Av. Júlio Buono, 2070 - Vila Gustavo - São Paulo Sativa - Rua 24 de Maio, 116 - loja 19 - Centro - São Paulo SaM (Skate até Morrer) - Av. São João, 439 loja 109 - Centro - São Paulo SaM - Av. São João , 439 loja 124 - Centro São Paulo SK8-1 - Rua Dr. Jesuíno Maciel, 605 - Campo Belo Star point (ibirapuera) - Av. Iraí, 224 - Moema - São Paulo Star point - Shopping Eldorado - Piso 2 - loja 329E - Pinheiros - São Paulo Secretspot/curva de Hill - Rua dos Patriotas, 548 - São Paulo Sick Mind - Rua Augusta, 2056 - São Paulo Sick Mind - Loja Ouro Fino - Rua Augusta, 2690 - loja 216 - São Paulo Surf trip (centro) - Rua 24 de Maio, 199 Centro - São Paulo Surfavel Surfboards - Rua Conselheiro Saraiva, 912 - São Paulo Styllus - Rua Visconde de Inhaúna, 980 - São Caetano do Sul terceiro Mundo - R. 24 de maio 62 loja 468, Centro - São Paulo tent Beach - Av. Ramiro Colleone, 255 - Santo André toobsland - Rua Cerro Corá, 635 - Lapa - São Paulo Ultra Skate - Rua Engenheiro Adelmar Mello Franco, 111 - Brooklin Paulista - São Paulo US Boards - Rua Engenheiro Ranulfo Pinheiro de Lima, 182 - Ipiranga - São Paulo Wollong Board Store - Rua Cajaíba, 1029 Pompéia - São Paulo São Paulo/InterIor - lItoral action now - R. Dr. Thomas Alvez, 216 Campinas action now - Rua Dr. Paulo Frontin, 261 - Centro - Mogi das Cruzes clube c - Rua Pinduca Soares, 138 - Centro Ibiuna Dirty Joy - Rua Almeida de Morais, 30 - Santos Dorgo Skate - Rua Alameda das Margarida, 628 - loja 6 - Guarujá Dylan Skate Bags - Rua Princesa Isabel, 73 45 - Itarare - São Vicente Evolution - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44 - lj. 96 - Santos Gás Inflamável Skate Shop - Rua Quinze de novembro, 1817 - Centro - São Carlos industria Skateshop - Av. Andromeda, 227 loja 127 - Jd. Satelite - São José dos Campos Life core - Travessa Marquez do Herval, 82 Pindamonhangaba a toca Skateria - R. Frei Gaspar, 952 - São Vicente Surf track - Plaza Avenida Shopping - Av. José Munia, 4775, Loja 195, Piso 1 - São José Do Rio Preto trash Skateboards - Av. Prof. Thomaz Galhardo, 454 - loja 04 - Centro - Ubatuba Vahlent Boardshop - Av. Siqueira Campos, 51 Centro - Jacareí Via 83 - Av. Ana Costa, 549 - loja 83A Gonzaga - Santos Confira também as relações de lojas em www.facebook.com/crvis3rskateboarding

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Curva de Hill, Florianópolis/SC.

Banca Ibirapuera, São Paulo/SP.

A92 Skate, Nova Iguaçu/RJ.

Cave Shop, Passos/MG.

WorkShop Skateproducts, Manaus/AM.

Wollong Boardstore, São Paulo/SP.

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Rider: Jean M. Quintana - FS Full Slide - Rua do Lago/SP Foto: Sabrina Maciel

Rider: Pedro Ricardo - FS slide - Cond. Mundo Novo/RJ Foto: Matheus Oliveira

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