Enganaizer
Umbigo do Mundo
Cinco e meia o despertador tocou. Sacudi-se e levantou. Corre, come, caga se veste e sai. E como sempre vai.
Você não sabe, mas eles estão aqui. Te perseguem, te fazem sentir: Ódio através da omissão.
O que será que eu quero e não sei ainda? Terá a ver com a morte ou a ver com a vida? Sabendo nunca irei me perguntar, onde ir, quando ir, a que horas voltar. O ser humano assistiu a uma parcela insignificante da existência na terra, e mesmo assim toma como lógica a sua posse. Baseia-se na prudência de sua crença, taxa como insana a sabedoria deslocada, mas como diziam os gregos: Bebam ou vão embora. Nós não temos pé nem cabeça, não temos começo nem fim, nem razão nem loucura. E sem careta ou sorriso, nem amor, nem ódio. Nós não temos medo. Não! Na verdade, nós temos medo. Medo de ter coragem o bastante para não ter mais medo, nem chão, nem céu, nem inferno, nem paraíso. Nós não esperamos nada, e nada espera a gente. Nós não mudamos nada, e nada muda a gente.
Enquanto almeja o que não pode ter, a felicidade se contenta em crer na pessoa que nunca vai ser. E essa tal liberdade a duas quadras de mim, sempre foi e sempre vai ser assim, Independente de onde estiver. Como um prego no olho a realidade se esconde, atrás de coisas simples, que se vê aos montes e ninguém quer enxergar. E preferem se sentar, Frente a tela e desejar Absurdos do in-particular Mas tudo em particular. Mas já estou cansado, finjo que não é comigo; raça desgraçada que só olha pro umbigo. O centro do universo é bem longe daqui! E vai!
Pornochanchal Criticas e gritas, revidas tudo que acha por bem ser do mal. Mantém escondida, contida e aflita a ideia do que é ideal. E passa a vida caçando ferida, sentir dor já é normal. E ao passo do pato, o canto do rato ecoa na capital. Pornochanchal.
J.I.MI. Jimi subiu, não se precipitou nem mentiu. Ninguém iria acreditar ao ver falar... O mundo mudou, Jimi se preparou e pulou. Ele escreveu: este é o fim. O fim pra mim.
Burlas derrotas, em chulas manobras por demais ilegais. Ínsitas, insultas, corrompes, expulsas por motivos banais. Levanta a bandeira que diz derradeira, em termos magistrais. Convoca assembleia, dissemina a ideia de que somos iguais Pornochanchais
Mais vale Mais-Valia
A nova estatística
Compram sua pobreza, não a sua opnião, sua audiência, não a sua atenção. Doses distorcidas de amor, vendem mais cerveja que o calor!
Viu ele vindo ali. Tentou o passo apertar como se fosse adiantar.
Televisores de dois milhões de canais... Ostentação do que digamos não precisamos e queremos. E mais vale a mais-valia e como o consumidor já dizia: somos o que comemos. E como o consumidor já dizia: mais vale a mais-valia.
Eraporela Era por ela que eu perdia a minha razão; na noite então... Era por ela que eu voltava andando pra casa; sem condução... E so ela existia, só ela me servia. Só sua alma me cobria e a minha é fria.
Humano em mim Quem dera matar o que resta de humano em mim. E quem sabe enfim: batata sabor laranja, laranja sabor batata. Para o dia em que tudo será nada. Quem dera guardar o que resta de humano em mim. E quem sabe enfim: Comer o que produzir, produzir o que for comer. Para o dia em que a vida não estiver pra vender.
Frio é o que está por vir. Ele nem quis te ouvir. Família pra sustentar... Sim, é ele fugindo ali. Eu sangrando aqui. Transeuntes a filmar. Deus, cadê o meu Deus que não cansei de agradecer. Mas que retribuíção...
Manga cheiro de limão Cabeça cheia de massa vazia. Será que alguém entende? Parece ser normal. Quem não se foi, devia! Pra não ser Igual. Os poucos que o entendem são da sua mente... Palavras deixam marca como tatuagem, poucos que que reagem. Não subestime! Cuidado com o que fala, com o que poderá criar, um monstro que destruirá. O que você faz tem objetivo, um instinto coletivo, que ninguém enxergará. Faça o que fizer, seja feliz. Você é quem descobre e sabe aonde quer ir.
Tende Apodrecer Não, não era pra ser. Há de aprodrecer; tende perecer como está. Não, não era pra ser. Tende apodrecer; há de perecer como está.
Morte à América
Nemorei
Tá bom! Vou te entender. Mortes pra defender. Abraça...
Um som mais pesado que o céu pra trazer essa estrela pra rua. Nem é preciso muito jeito pra fazer ela ficar nua.
É difícil, ainda vou ver o mais fraco vencer.
E alguma coisa acontecer e nem mesmo o rei perceber.
Morte à América. O que acabei de te vender, eu roubei de você.
O peso da escolha agora é um elefante sentado em sua cabeça alegre e triunfante. Não tenha medo de ter coragem o bastante pra não ter mais medo.
Ganância...
De alguma coisa acontecer.
O preço vou estipular, pode se endividar. Morte à América. Pra quem disser que eles vão prevalecer e que nem quer saber. Há sempre, ou duas formas de se lutar.
Umbomdia Hoje é um bom dia para sair andando sem parar. Olhar para trás e ver o quão longe você está. E eu fico pensando em um motivo pra voltar. Ela vem de longe somente pensando em lhe dizer, que há coisas que todos sabemos mas ninguém quer ver. E eu fico pensando em um motivo pra voltar.
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ou da arte de nunca desistir “Vamos voltar com a banda”, diz um dos quatro numa noite bêbada qualquer. Kaze, Digão, Dri e Davu, também conhecidos como “quarteto madrugada fantástica”, não têm limites na chapação e pela nonagésima milésima e uma vez a questão sobrevém: vamos voltar com a banda? Pois vamos voltar com a banda! A banda já teve muitos nomes e convencionou-se – não naquela bebedeira, sabe-se lá em qual das tantas – que desta vez se chamaria TAKE 9001, aludindo ao número de tentativas de retorno, que não foram poucas... Ter uma banda é algo como um casamento providenciado no swing. Uma baderna conformada em brigas, ilusões, desilusões, ataques, abraços, apoios e acusações que ou se fundamenta na amizade, ou se divorcia antes da núpcia. O bacanal do quarteto dura décadas e o vai e vem é uma punheta de ideias e vontades que se alimenta da dedicação dos integrantes na continuidade da união – a única saída pra quem está fodido é gozar. Hoje, TAKE 9001 se apresenta sob a seguinte configuração: Kaze na guitarra e berro, Digão no baixo, Dri na outra guitarra e Davu na batera.