Informativo Oigalê - 02

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Informativo de 10 anos

www.oigale.com.br Ano 1 | Edição 2 | 2º semestre de 2009 Porto Alegre/RS | Distribuição Gratuita

uma década de teatro

Página 2

Políticas Públicas Culturais Brava Companhia Página 3

Uma história de resistência artística Página 4

Oigalê comemora Ouça-me!

CONTINUAR

,

este é o verbo e nesta perspectiva estamos publicando a segunda edição deste “folhetim” que festeja Uma Década de Teatro do grupo Oigalê. Parece que toda a comemoração traz consigo um tom de retomada de caminhos trilhados, de conquistas atingidas, uma espécie de reflexão sobre um ciclo que se encerrou para dar início a outro. Aqui abordamos assuntos cuja raiz se encontra na nossa inquietação, porque além

de criar e produzir, também “atuamos” junto às políticas públicas culturais em busca de melhorias para os coletivos de teatro. Com esse foco, apresentamos através do texto “Políticas Públicas Culturais: uma busca constante”, a nossa forma de articulação junto a outros grupos e como tais encontros são importantes e positivos para a construção da arte como um bem público necessário à população. Contamos com a participação da Brava Companhia, uma parceira muito querida da Oigalê e que em muito se assemelha.

Em “Hospital Psiquiátrico São Pedro: uma história de resistência artística”, traçamos um histórico da ocupação cultural e como vem se desenrolando. Na coluna Ouça-me contamos com o depoimento de Claudius Ceccon sobre o espetáculo “Era Uma Vez... Uma Fábula Assombrosa”. Finalizamos com um panorama da programação comemorativa da Oigalê, que se estende por todo o ano de 2009.

Tenha uma boa leitura!


Fábio Hirata

Informativo de 10 anos

2

www.oigale.com.br Porto Alegre 2009 | Distribuição Gratuita

Políticas Públicas

Culturais: Brava Companhia... uma busca constante Para nós, artistas, inquietação é um termo que nos acompanha e que nos leva a novas criações e a novos desafios. Com certeza, no local em que vivemos a inquietação vai além da cena, além da sala de ensaio e se volta para questões que são primordiais para nos mantermos enquanto profissionais, como a mobilização por Políticas Públicas Culturais. Para tanto, nos reunimos com outros grupos, por afinidades estéticas ou não, em busca de um bem maior para nós todos: o respeito e o reconhecimento dos artistas, de teatro e de dança, enquanto profissionais que realizam trabalho continuado. Guardada a diversidade de nossas obras, somos uma classe trabalhadora e queremos melhores condições de trabalho. Desde o seu surgimento, a Oigalê vem buscando se articular em alguns movimentos nacionais, tais como o REDEMOINHO - Rede Brasileira de Espaços de Criação, Compartilhamento e Pesquisa Teatral - e mais recentemente na RBTR - Rede Brasileira de Teatro de Rua. Nossa participação tem sido de forma bem ativa, tanto virtual como presencialmente. No caso do REDEMOINHO, o último encontro foi em março de 2009 em Salvador/BA e da RBTR, com encontros semestrais, sendo que o último ocorreu em abril de 2009 na Aldeia de Arcozelo/RJ. Nesses encontros estamos construindo um diálogo coletivo e tomando decisões importantes sobre o nosso fazer teatral. Esse diálogo nacional tem se tornado fundamental para o crescimento dos indivíduos e dos próprios grupos. Organizados, contribuímos para um país mais justo, construindo políticas públicas de estado. Essa articulação também acontece em âmbito regional. Aqui no Rio Grande do Sul a Oigalê participa do Movimento dos Grupos de Investigação Cênica de Porto Alegre, Este na sua articulação política busca transformar em lei projetos que visam dar suporte aos grupos. Um exemplo de conquista é o Projeto de Lei “Programa Municipal de Fomento ao Teatro e Dança para a cidade de Porto Alegre”, que há cinco anos estava em elaboração e foi aprovado na Câmara de Vereadores em 29 de junho deste ano. (dia de São Pedro, o que vai abrir muitas portas!). Este programa visa especificamente dar sustentabilidade econômica aos grupos de pesquisa, considerando a dificuldade para se obter patrocínios por leis de incentivo para tal atividade. Neste mesmo âmbito, está acontecendo uma grande discussão em torno da ocupação de prédios públicos ociosos envolvendo grupos de teatro e dança de Porto Alegre. Através da concretização destes ideais coletivos, estamos legitimando e fortalecendo a classe artística ao mesmo tempo em que transformamos a cidade e a sociedade em que vivemos.

e x p e d i e n t e Jornalista Responsável: Lisete Ghiggi - MTB 4685 • Criação e Coordenação do Informativo: Juliana Kersting, Roberta Darkiewicz e Vera Parenza • Arte de Capa: Vera Parenza Projeto Gráfico e Diagramação: Carlos Tiburski • Revisão: Wagner Coriolano Colaboradores da Edição: Claudius Ceccon, Brava Companhia, Fábio Rezende, Hamilton Leite, Giancarlo Carlomagno, Carla Costa, Paulo Brasil, Ilson Fonseca, Di Machado, Janaína Mello e Vera Parenza • Impressão: Jornal Pioneiro • Tiragem: 10.000 exemplares

encontros e parcerias

A

Brava Companhia é

da luta pela ocupação de um

De 2008 pra cá, outros

um grupo de teatro

antigo sacolão hortifrutigranjeiro

encontros aconteceram

paulistano que mantém

e na transformação deste sacolão

espontaneamente e outros foram

um trabalho continuo e

em um espaço sócio cultural

planejados pelos grupos em suas

ininterrupto desde 1998

e em agosto de 2007, após

cidades a fim de estreitarem os

com outro nome e “re-fundado”

anos de batalha os cadeados

laços de parceria e trabalho. O

em 2006 com o nome atual

que trancavam as portas foram

último aconteceu em maio de

Durante sua trajetória

arrebentados – legalmente – e as

2009, em Porto Alegre, durante

de trabalho criou diversos

portas se abriram para o Sacolão

o Festival Palco Giratório em

espetáculos que circularam

das Artes espaço onde a Brava

que a Brava Companhia pode

por boa parte da cidade de São

Companhia construiu como sede.

retribuir a visita feita em sua

Paulo, principalmente nos bairros

Outra característica da

sede conhecendo o espaço de

populares – cerca de 300 bairros

companhia é a construção e

trabalho da Oigalê mantido

– além de outras cidades e estados

criação de espetáculos para

dentro do Hospital São Pedro.

do País. Em 2007 inicia uma nova

apresentação em espaços não

fase do trabalho a partir da criação

convencionais e abertos, o

semelhanças não pararam

de “A Brava” primeiro espetáculo

pensamento sobre a rua como

de acontecer, tanto A Brava

de um novo repertório de trabalho.

possibilidade criativa como

Companhia quanto a Oigalê

A companhia escolheu a

As coincidências e

matéria de pesquisa e opção de

vivem hoje processos de intenso

periferia sul da cidade de São

trabalho, não só como espaço

esforço para manutenção de suas

Paulo como opção maior para

para apresentação de espetáculos.

sedes mantidas dentro de espaços

o desenvolvimento de seus

Esta característica do trabalho fez

públicos. A Brava Companhia

trabalhos, essa escolha se dá

com que o grupo se apresentasse

teve recentemente o espaço

primeiramente pelos integrantes

em diversas mostras e festivais de

interditado e graças ao empenho

– em sua maior parte – terem

teatro de rua espalhados pelo país

de trabalhadores da cultura e a

nascido e crescido em bairros

e durante uma destas mostras,

importância histórica do trabalho

populares, depois por entender

especificamente em 2008 na

a interdição não foi respeitada e

geograficamente e politicamente

Mostra de Teatro de Rua de Angra

o espaço continua funcionando

a cidade de São Paulo e constatar

dos Reis, Rio de Janeiro, A Brava

e após longas conversas e lutas

que o acesso ao teatro na cidade

companhia teve a felicidade

pode-se dizer que o Sacolão

era muito restrito, não só no que

de encontrar outra companhia

das Artes venceu mais uma.

diz respeito ao direito a fruição,

teatral, a Oigalê. Este encontro

mas também a localização de

revelou diversas características

se como grupo amigo e parceiro

teatros públicos, possibilidades de

semelhantes entre os dois grupos:

da Oigalê a favor dos grupos

oficinas e ou cursos oferecidos,

trabalho continuado de pesquisa

que ocupam o teatro São Pedro,

etc. O trabalho da Brava

e ação teatral, participação ativa

parabeniza os trabalhadores

Companhia é um trabalho de

em movimentos para pensamento

de teatro de Porto Alegre pela

muita ação e esta ação realizada

e construção de políticas públicas,

conquista da Lei de fomento

durante andanças, errancias e

sede de trabalho mantida dentro

e espera reencontrar, o mais

vivendo diversas circunstâncias

de espaços públicos, além da

breve possível, estes parceiros

diferentes fez com que o grupo

afinidade estética que aconteceu

de tão pouco tempo, mas de

fosse convidado por lideranças

durante a apresentação dos

muitas e fortes semelhanças,

locais e outros grupos organizados

espetáculos dos dois grupos,

vontades e lutas... Oigalê!

da região do M`boi Mirim,

espetáculos diferentes na forma,

especificamente do Bairro do

mas semelhantes nos processos,

Pq Santo Antonio, a participar

nos meios de produção.

A Brava Companhia manifesta-

Fábio Resende - Brava Companhia São Paulo – Pq. Santo Antônio


Hospital Psiquiátrico São Pedro:

uma história de resistência artística

H

á nove anos os pavilhões 5 e 6, do Hospital Psiquiátrico São Pedro, começaram a ser usados para produção e apresentação teatral. Inicialmente, com o grupo Falos e Stercus; logo após veio a Bienal do Mercosul. Vários filmes que foram gravados nos prédios antigos do Hospital. No final de 2001, a Oigalê entra em contato com a Direção e Oficina de Criatividade do HPSP para uma ocupação continuada, com ensaios, oficinas teatrais, construção e confecção de materiais cênicos, depósito e apresentações periódicas. Em 2002, a Oigalê leva ao Movimento dos Grupos de Teatro de Rua a intenção de que mais grupos participassem de um projeto de ocupação de espaços públicos ociosos. Desde então, quatro grupos de teatro (Laboratório de Investigação Cênica, Povo da Rua, Corpo Estranho e Oigalê) e dois de dança (Artéria Dança e Purê de Batatas) se instalaram neste espaço. Cada grupo, naquele momento, passava a ser responsável por uma sala ocupada e, para tanto, dadas as condições de abandono do local, realizariam diferentes benfeitorias: remover piso velho, caiar as paredes, arrancar inço do pátio, etc. Inúmeras foram as produções fruto desta ocupação: temporadas de espetáculos, a pesquisa realizada no contexto de cada grupo e as oficinas, que contemplaram desde a comunidade dos bairros ao redor e os próprios internos do Hospital, até a classe artística. Em janeiro de 2003, a nova direção do Hospital troca o cadeado de acesso aos blocos, impedindo a entrada dos artistas ao seu local de trabalho. Após este fato, os grupos buscaram uma parceria

junto ao Instituto Estadual de Artes Cênicas (IEACEN) - órgão responsável pelo teatro e dança da Secretaria de Estado da Cultura, a fim de que tomasse frente desta “empreitada” junto aos grupos. O IEACEN e os grupos de teatro e de dança lançam o “Primeiro Centro Cênico Estadual”, amplamente divulgado na imprensa escrita de nossa cidade, local visto por muitos artistas, jornalistas e políticos como uma vitória para a cultura de nosso estado. A ideia era que mais Centros Cênicos se espalhassem pelo Rio Grande do Sul, ocupando outros prédios ociosos. A ocupação estava sendo oficializada e para tanto bastava que o secretário Estadual de Cultura e o secretário Estadual de Saúde assinassem um convênio de seção de uso, legalizando a presença dos grupos no Hospital pelo período mínimo de quatro anos.

Morangos e champanhe Junto à assinatura deste convênio, os grupos organizaram o evento “Porta Aberta”, cujo objetivo foi, de durante 15 dias, abrir as portas à comunidade de forma gratuita para assistir a espetáculos, realizar oficinas, trocar ideias sobre política cultural e o fazer teatral. Os grupos se organizaram e reformaram, com auxílio do IEACEN e do Hospital, um banheiro existente no bloco 6 e refizeram e ordenaram o quadro de luz de ambos os blocos. No dia de lançamento do “Primeiro Centro Cênico Estadual”, contávamos com a presença de autoridades, diretores do hospital, membros da classe artística, jornalistas, morangos e champanhe. Esperamos a presença dos secretários de Cultura e de

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Saúde, mas não apareceram e nada foi assinado. Este contrato de seção de uso foi protocolado e ficou andando pelas gavetas das secretarias. Em 2005, após pressão dos artistas da cidade organizados através do Movimento de Grupos de Investigação Cênica de Porto Alegre e grupos do HPSP, foi realizada uma manifestação pacífica na SEDAC, contando com a presença de mais de 80 artistas. O contrato enfim foi assinado. Paralelo a estas ações políticas, a ocupação aconteceu de forma racional e convicta, e os blocos se tornaram um centro de produção e apresentação teatral da cidade, transformando a imagem do próprio Hospital São Pedro. Muitos dos espetáculos lá produzidos receberam premiações em Porto Alegre e em outros estados. A história desta ocupação vem sendo relatada como uma conquista em encontros e/ou festivais de teatro pelo Brasil afora. Com a troca de governo, em janeiro de 2007, os grupos voltam a procurar a SEDAC, que reafirmou o apoio ao trabalho já efetuado pelos grupos. No entanto, o destino do espaço é seguidamente mudado, conforme demandas políticas. Consequentemente, forçando os grupos a desocuparem o local. Foi feito um levantamento de prédios pelos grupos de teatro e pela Secretaria da Cultura, mas infelizmente não encontramos um que possa ser utilizado. Determinaram a permanência dos grupos, sendo que foi feita uma vistoria, apontando as condições do local e uma futura reforma. Para nossa surpresa, numa manhã de março de 2007, durante um ensaio, recebemos uma carta assinada pela atual secretária de Cultura, informando que deveríamos fazer uma desocupação imediata, pois o laudo resultante da vistoria aponta o local como insalubre. Coincidentemente o prazo de nosso contrato estava por terminar.

3 Ocupação de espaços ociosos Foi decidido que os grupos podem se manter no espaço até encontrarem outro espaço público “ocioso” e ficam proibidas as apresentações ao público em geral no local, devido às condições do local. Fomos novamente em busca dos espaços públicos ociosos e mantemos nossa sede funcionando. Novas reuniões aconteceram e novos “despejos” foram encaminhados. Constatamos que a cada reunião que passava algo novo era dito: necessidade de acessibilidade aos pavilhões, depois teríamos que desenvolver projetos conjuntos com a UERGS, posteriormente teríamos que ter um trabalho na área da saúde mental, enfim... A mudança de pensamento era tamanha que ficava claro que existiam outras questões políticas que envolviam a manutenção dos grupos no hospital. Não nos negamos a deixar o local, apenas queremos assegurar outro espaço que comporte as necessidades do grupo. Até o momento não o encontramos, e o prédio solicitado vem seguidamente sendo negado. Esperamos que o Governo do Estado, ao encaminhar esta situação, considere os bens culturais ali produzidos e delibere em favor dos grupos teatrais que tem no Hospital Psiquiátrico São Pedro o seu local de trabalho. A Oigalê não só quer trazer a sociedade um pouco da história dos grupos de teatro do HPSP, mas quer também que se coloque na prática a ocupação de espaços públicos ociosos por grupos de teatro e dança, constituindo assim centros culturais numa parceria público-privada. Hoje resistem no local os grupos teatrais: Oigalê, Falos e Stercus, Povo da Rua, Neelic e Caixa Preta. Se você quiser saber mais sobre a ocupação e expressar a sua opinião a respeito, entre no site: www.oigale.com.br/blog


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Ouça-me!

Oigalê comemora

aniversário durante o ano inteiro Carlos Sillero

Começando pelo começo Estávamos em 1969, em pleno Ato V, que suspendeu todos os direitos, permitiu demisssões, prisões arbitárias, tortura, morte, e esse crime hediondo, que foi “desaparecer” pessoas e negar às famílias o direito de saber e de enterrar seus queridos. Naquele momento, um grupo de porraloucas resolve criar o Pasquim, para ridicularizar a ditadura. Conseguiu, no princípio, driblar a censura de várias maneiras, rompendo a asfixia que se instalava. Humor subversivo, esse negócio de escrever do jeito que se falava, com (*) em lugar do palavrão proibido, tornando-o ainda mais forte. A fábula, meio clássico de criticar os poderosos falando de bichos, foi meu jeito de expressar o que estava preso na garganta das pessoas, traduzindo suas próprias reflexões. Anos mais tarde, essas fábulas se transformaram no livro Era Uma Vez. E continuam atuais. Quando o Oigalê propôs encená-las, achei o máximo, mas não tinha idéia de como iam conseguir fazer isso. Assisti ao espetáculo como uma criança curiosa e fiquei absolutamente encantado. Trilha sonora ao vivo, um grupo talentoso e experiente, capaz de manter a atenção de uma variadíssima platéia, usando teatro de sombras, dança, humor, transmitindolhe uma visão crítica, que emociona, mobiliza e faz pensar. A distribuição de sementes de árvores nativas, ao final do espetáculo, é o convite para que todos passem à ação, fazendo a ligação perfeita entre a fantasia e a realidade que ela ajuda a transformar. Minha sugestão é que as Secretarias de Educação incluam o Grupo Oigalê nos programas que propõem uma escola integral e integrada. Crianças, educadores, mães e pais muito se beneficiarão. E os gestores públicos inteligentes, também. Claudius Ceccon - Autor do livro no qual foi baseada a peça “Era Uma Vez... Uma Fábula Assombrosa”

Atividades para a quinzena Deus e o Diabo na Terra de Miséria 1/8 sábado – 16h – Chafariz da Redenção 9/8 domingo – 11h – Brique da Redenção O Negrinho do Pastoreio 2/8 domingo – 16h – Chafariz da Redenção 15 e 16/8 – 16 horas – Chafariz da Redenção Era Uma Vez... Uma Fábula Assombrosa 5 e 6/8 quarta e quinta – 20h – Teatro Renascença 8 e 9/8 sábado e domingo – 16h – Teatro Renascença Miséria, Servidor de Dois Estancieiros 10/8 segunda – 20h – Centro Municipal de Cultura Coquetel

Oficinas

Todas as atividades são gratuitas e livre para todas as idades

Iluminação com Nádia Luciani/PR 1 a 8/8 – 9h às 13h – Sala Álvaro Moreira Máscaras com Roberto Inoccente/Itália 3 a 10/8 – 14h às 18h – Sala Álvaro Moreira Dramaturgia com Mário Bortolotto/PR 12 a 16/8 – 13h às 17h – Studio Stravaganza

Era Uma Vez... Uma Fábula Assombrosa

A

comemoração Uma Década de Teatro da Oigalê iniciou cedo com as temporadas dos espetáculos de rua no Parque da Redenção durante os meses de janeiro, fevereiro e março. Já em abril, aconteceu a estreia do espetáculo “Era Uma Vez... Uma Fábula Assombrosa”. Em sua primeira temporada no Teatro do SESC, Centro de Porto Alegre, a peça foi apresentada para um público de mais de 1.600 pessoas, contemplando escolas públicas da rede municipal e o público em geral. Quem esteve presente também foi o autor do livro que inspirou a obra: Claudius Ceccon. Ele realizou, juntamente com a diretora e o elenco, um bate-papo com as crianças e adultos após a apresentação da peça. As escolas também receberam do autor a doação de um exemplar do livro “Era uma Vez”, no qual foi baseada a história que a Oigalê conta. A peça gerou polêmica, o próprio grupo não sabia exatamente qual seria a reação do público, pois trata-se de um espetáculo com bastante pretensões e ousadias estéticas. Veja a opinião do autor Claudius Ceccon a respeito de “Era Uma Vez...

Kiran

Deus e o Diabo na Terra de Miséria Carlos Sillero

Negrinho do Pastoreio Carlos Sillero

Miséria, Servidor de Dois Estancieiros

Uma Fábula Assombrosa” na coluna “Ouça-me”. Ainda no primeiro semestre de 2009, a Oigalê reensaiou os espetáculos “O Negrinho do Pastoreio” e “MBoitatá”, e tornou a circular com a “Trilogia Pampiana”, composta pelos dois espetáculos já citados mais “Deus e o Diabo na Terra de Miséria”. A Trilogia - que reúne as primeiras obras do grupo - viajou em junho para o Festival de São José dos Campos e marcou presença no FILO – Festival de Londrina com o espetáculo “O

Negrinho do Pastoreio”. Já o espetáculo “Miséria, Servidor de Dois Estancieiros” esteve no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto participando, além da mostra de espetáculos em Rio Preto, da “Extensão Regional” que contemplou seis cidades próximas. De volta à Porto Alegre, o grupo realizou quinze dias de programação com diversas atividades no Centro Municipal de Cultura de Porto Alegre (confira nesta página). Atualmente, a Oigalê está arrumando as malas para ir à cidade de Barueri/SP e Cuiabá/ MT com o espetáculo “O Negrinho do Pastoreio”. Ao retornar, segue para Portugal para participar do Mito - Mostra Internacional de Teatro de Oeiras, com o espetáculo “Deus e o Diabo na Terra de Miséria”. Mas o ano de aniversário não para por aí, e o grupo ainda tem em sua agenda, entre outras atividades, o Festival Porto Alegre Em Cena e a Feira do Livro de Porto Alegre. Para ficar por dentro da programação mensal da Oigalê, acesse www. oigale.com.br e cadastre seu email para receber as notícias pela internet.


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