4 minute read
VINHOS MADEIRA H&H | H&H MADEIRA WINES
UM BRINDE AO VINHO DA MADEIRA
A TOAST TO MADEIRA
O VINHO DA MADEIRA É UM DOS ‘EX-LIBRIS’ DA ILHA PORTUGUESA QUE LHE DÁ O NOME DESDE 1450. APRECIADO POR PERSONALIDADES HISTÓRICAS COMO NAPOLEÃO, SHAKESPEARE E CHURCHILL, ESTE VINHO TORNOU-SE UM SÍMBOLO DE DISTINÇÃO E NOBREZA EM TODO O MUNDO. A PRÉMIO FOI CONHECER UMA DAS MAIS ANTIGAS E PRESTIGIADAS CASAS DE PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VINHO DA MADEIRA, A H&H.
THE FORTIFIED WINE, MADEIRA, IS ONE OF THE CALLING-CARDS OF THE PORTUGUESE ISLAND THAT GAVE THE WINE ITS NAME BACK IN 1450. APPRECIATED DOWN THROUGH HISTORY BY FIGURES SUCH AS NAPOLEON, SHAKESPEARE AND CHURCHILL, MADEIRA HAS BECOME A SYMBOL OF DISTINCTION AND NOBILITY ALL AROUND THE WORLD. PRÉMIO WENT TO MEET ONE OF THE OLDEST AND MOST PRESTIGIOUS ESTATES PRODUCING AND SELLING THIS FORTIFIED WINE, H&H.
ANA VALADO
Localizada em Câmara de Lobos, a poucos quilómetros do Funchal, encontramos a Henriques & Henriques (H&H), uma das mais antigas e prestigiadas casas de produção e comercialização de Vinho da Madeira. Durante muitos anos a família Henriques foi a maior proprietária vinícola da ilha da Madeira, com as primeiras vinhas plantadas por ordem do Infante D. Henrique, no ano de 1425. A tradição familiar passou a empresa em 1850, fundada por João Gonçalo Henriques. Após a sua morte em 1912 foi criada uma sociedade entre os seus dois filhos, Francisco Eduardo e João Joaquim Henriques, com o nome pelo qual é conhecida até hoje, Henriques & Henriques. Em 1938 o então accionista principal, João Joaquim Henriques, conhecido como “João de Belém”, abriu o capital à entrada de Alberto Jardim, Carlos Nunes Pereira e Peter Cossart. Para além de produtora e exportadora, a H&H é caracterizada por ser a única detentora de vinhas próprias na região, o que permite a produção de uvas de extrema qualidade, nomeadamente a uva Verdelho, e também a Terrantez, que se destaca por ser uma uva sensibilíssima e pouco produtiva, porém um verdadeiro néctar dos deuses, quando transformada em Vinho Madeira. Apesar de ter produção própria, a H&H necessita adquirir uvas a diversos viticultores com os quais mantém uma estreita relação desde há muitos anos. Em Junho de 1992 foi feito um grande investimento na construção de novas instalações em Câmara de Lobos e um novo Centro de vinificação na Quinta Grande, permitindo à empresa os meios adequados para utilizar as mais recentes inovações tecnológicas, mantendo ao mesmo tempo a tradição familiar, e onde em 1995 foi plantado um novo vinhedo. Este vinhedo, com cerca de 10 hectares de área, constitui o maior vinhedo contínuo da ilha, sendo ainda o primeiro na Madeira a ser mecanizado. Em 2010 a multinacional francesa de espirituosos La Martiniquaise, que igualmente detém a Gran Cruz (o gigante do Vinho do Porto) e a Justino’s (o maior produtor de Vinho Madeira), tornou-se sócia maioritária da H&H, passando a controlar cerca de 70% da produção total do Vinho da Madeira, mantendo Humberto Jardim como CEO, formado em gestão de empresas e na H&H há quase 27 anos. Foi precisamente Humberto Jardim, desde 2008 o principal guardião da casa, que nos deu a conhecer a Henriques & Henriques, sublinhando que apesar da entrada no capital da multinacional francesa, “a H&H mantém bastante autonomia e preserva um posicionamento próprio, procurando no grupo a alavanca para a expansão e crescimento a Located in Câmara de Lobos, just a few kilometres from Funchal, there is Henriques & Henriques (H&H), one of the oldest and most prestigious estates producing and selling madeira. Throughout many years, the Henriques family was the largest grape producer on the island of Madeira, with the first vines planted on the orders of Prince Henry the Navigator in 1425. The family tradition became a company in 1850, founded by João Gonçalo Henriques. Following his death in 1912, a company was set up by two of his sons, Francisco Eduardo and João Joaquim Henriques, under the name that the company has retained through to current times, Henriques & Henriques. In 1938, the then main shareholder, João Joaquim Henriques, generally known as “João de Belém”, opened up the company with Alberto Jardim, Carlos Nunes Pereira and Peter Cossart acquiring stakes. In addition to producing and exporting, H&H stands out as the unique grower of certain very specific regional vines and that bring about grapes of extremely high quality, especially the Verdelho, and also Terrantez, which is noted for being an extremely sensitive grape and generally with very poor yields but able to produce some of the finest of wines and a particular delight when transformed into Madeira. Despite its own level of production, H&H also needs to buy in grapes from various other growers with whom there have been close and ongoing relationships for many years. In June 1992, major investment was put into constructing new installations in Câmara de Lobos as well as a wine making centre in Quinta Grande, enabling the company to deploy the most recent technological innovations even while maintaining the family tradition coupled with the planting of new vines in 1995. This vineyard, covering around 10 hectares in total, represents the largest continuous vineyard on the island as well as now being the first on Madeira to be mechanically tended. In 2010, the French spirit multinational La Martiniquaise, which also owns the brands Gran Cruz (a giant in the world of port) and Justino’s (the largest producer of madeira), became a majority stakeholder in H&H, and assuming control of around 70% of the total output of madeira, while retaining Humberto Jardim as the CEO in keeping with his company management qualification and almost 27 years of accumulated experience at H&H. It was exactly Humberto Jardim, the main guardian of the house since 2008, who took us on a tour of Henriques & Henriques, highlighting how despite the entrance of the French multinational into the capital, “H&H maintains substantial autonomy and