Luzes, Câmera e uma boa Ação - Abyner Gomez - preview060619

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o professor

A possibilidade de apoiarmos a exposição

Fico, mais feliz ainda, por estarem sendo

“Luzes, Câmera e uma boa Ação!” me é

retratadas amigas tão queridas, que tanto

duplamente prazerosa.

fizeram e fazem pela nossa cidade.

Em primeiro lugar, por estarmos lançando

Infelizmente, Carmen e Gisella não estão

este jovem artista de grande talento que,

mais entre nós, mas com elas tive o prazer

desde criança, superou as adversidades para,

de conviver e posso afiançar que estariam

hoje, estar sendo apresentado nesta

orgulhosas com a homenagem e

vernissage.

desejariam à exposição todo o sucesso.

Sua técnica, sua sensibilidade e sua arte são

E que, todas, amigas carinhosas, sintam-se

exemplos do que sempre apregoamos,

também homenageadas, não só por mim e

baseados no conceito das inteligências

pelo Abyner, mas por todos os cariocas que

múltiplas, desenvolvido por Howard Gardner.

conhecem e sabem de sua dedicação a esta

No caso de Abyner, a capacidade de

Cidade tão carente de um olhar cuidadoso.

compreender o mundo visual com precisão, transcrevendo, em imagens, essas mulheres fantásticas.

PROFESSOR CARLOS ALBERTO SERPA


a fundação

A Fundação Cesgranrio é uma instituição

áudio visual, literatura vieram sendo

que, desde sempre, olhou para o futuro,

agregados à nossa plêiade de atividades.

concretizando no dia a dia, suas aspirações, projetos e, porque não dizer, sonhos,

Nossa produção cultural contempla, hoje,

investindo em novas tecnologias, pesquisas e

mais de 100 projetos desenvolvidos

cultura.

simultaneamente, os quais, sem exceção, têm como objetivo cardinal o

Com este espírito de vanguarda, há oito anos,

desenvolvimento da população de nossa

identificamos a necessidade de criar um

cidade.

Centro Cultural, onde mais do que apoiar, produziríamos cultura. Afinal, não há como

Em breve, comemoraremos cinco décadas

negar que a identidade de um país passa

de criação da Cesgranrio e, inabaláveis em

pela construção de sua identidade cultural.

nossas convicções, temos, cada vez mais, a certeza de que, Educação e Cultura

Desde o princípio, com a consolidação de

indissociáveis são os alicerces para a

projetos bem-sucedidos, fomos instigados,

construção de uma pujante nação!

cada vez mais, a ampliar nossa área de atuação: música, teatro, cinema, pintura,


A arte da superação

A história de Abyner Gomez, de 23 anos, que começou a desenhar aos quatro anos

Filho mais velho de um pedreiro e uma dona de casa, Abyner chamou a atenção dos professores com apenas quatro anos ao fazer um desenho da Pequena Sereia, filme lançado na época.

Com poucos recursos, a família nunca pode comprar material para incentivar o talento do

o artista

menino, como orientado pela direção do colégio. Mas, a mãe decidiu vender cosméticos para comprar uma caixa de lápis de cor para o filho. Os desenhos eram feitos em folhas A4, que ele recebia no colégio. Ou qualquer folha em branco que aparecesse em sua frente, como primeiras e últimas páginas de livros.


Abyner não enfrentou apenas dificuldades

E foi assim que conheceu Christiano Nascimento, produtor teatral, que

financeiras. Ele sofreu bullying. Aos 14 anos,

procurava um artista que produzisse o programa de uma peça com

incentivado por alguns professores e colegas,

desenhos. Quando ele conheceu o talento e a história de Abyner,

decidiu escrever um livro em mangá, que teria

decidiu investir no menino.

100 páginas. Quando estava com pouco mais de 60 páginas produzidas, a professora de

Técnica

Matemática cansou de ver o menino dedicar-se

Autodidata, Abyner aprendeu a desenhar sozinho. Toda sua técnica é

mais aos desenhos do que às contas, rasgou todas

fruto do seu talento nato. Nunca fez um curso de desenho ou estudou

as folhas e o expulsou da sala, inclusive jogou os

arte.

lápis de cor, comprados com tanto esforço pela mãe, no chão.

– Desenhar era um refúgio para mim. Era uma maneira de fugir dos problemas como a falta de recursos dos meus pais e o bullying na

O caso desanimou o menino, que ficou um

escola, – conta.

tempo sem desenhar. Mas o talento falou mais alto e, quando Abyner se mudou para o interior

Christiano incentivou o jovem a ler e a tentar novas técnicas e, hoje,

do Rio de Janeiro, aos 18 anos, começou a ganhar

Abyner faz pinturas a óleo.

dinheiro com seu trabalho. O perfil no Instagram recebia cada vez mais seguidores, que encomendavam desenhos.


o projeto


O projeto Luzes, Câmera e uma boa Ação surgiu em um

Eu senti que precisava, de alguma forma, desenvolver um projeto

jantar informal na casa de Simone Rodrigues, viúva do

que homenageasse a verdadeira história dessas mulheres. Por

Ibrahim Sued e grande amiga minha. O “prato principal” era

mais que o Abyner não tenha sido agraciado na infância e na

uma deliciosa conversa regada a emoção, pitadas de humor

adolescência pela beneficência da D. Beth, D.Simone, D. Gisella,

e tempero especial da anfitriã...suas Histórias - e que

D. Hilde, D. Carmen e todas as homenageadas, hoje temos a

Histórias - transformariam qualquer biógrafo em um chef

honra de narrar como uma obra cinematográfica. Os fatos destas

três estrelas do Michelin oriundo do Le Cordon Bleu.

mulheres e de muitas outras, que possibilitam transformações através da Arte. O conteúdo dessas histórias são tão divertidas e

O mais intrigante é que essas grandes histórias, não são

emocionantes que escolhemos cenas clássicas do cinema

conhecidas do público. Eu, pelo menos, pensava que o high

mundial como inspiração para a primeira exposição do Abyner

society feminino se resumia a chás com amigas na beira da

Gomez. São 22 portraits em grafite e carvão fusain com imagens,

piscina de casa, do clube ou do Copacabana Palace.

das homenageadas e das cenas dos filmes, pesquisadas pela

Conheci o outro lado desta alta sociedade.

internet.

Percebi que eram mulheres fortes, guerreiras, mães,

O meu, mais que especial, agradecimento por esta realização a

empreendedoras, esposas com um PODER - o da

D. Beth Serpa, ao professor Carlos Alberto Serpa, a Simone

transformação através de suas obras beneficentes,

Rodrigues e D.Hildegard Angel. Sem vocês este “roteiro” seria

independentemente da sua posição social. Esse encontro

mais um projeto esquecido na gaveta.

aconteceu no dia 14 de junho de 2016, horas depois de conhecer Abyner Gomez e sua encantadora história de vida.

CHRISTIANO NASCIMENTO


Simone Rodrigues em “Casablanca” (1942)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Carmen Mayrink Veiga em “Cleópatra” (1963)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Kiki Garavaglia em “Sansão e Dalila” (1949)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Dalal Achcar em “Luzes da Ribalta” (1952)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Lilibeth Monteiro de Carvalho em “La Dolci Vita” (1960)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Marie Annick Mercier em “Bonequinha de Luxo” (1961)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Gisella Amaral em “E o Vento Levou” (1940)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Lourdes Catão em “Ama-me ou Esquece-me” (1955)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Glória Severiano Ribeiro em “O Galante Mr. Deeds” (1936)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Clara Magalhães em “Paixão dos Fortes” (1946)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Hildegard Angel em “Quanto mais Quente Melhor” (1959)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Anna Maria Tornaghi em “A Família Addams” (1991)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Vanda Klabin em “Gilda” (1946)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Lucília Lopes em “Cantando na Chuva” (1952)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Belita Tamoyo em “G-men contra o Império do Crime” (1935)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Andrea Rudge em “Helena de Tróia” (1956)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Regina Doria Gama em “Feitiço Havaiano” (1961)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Maria Raquel de Carvalho em “A Bela e a Fera” (1946)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Mirtia Gallotti em “O Rei do Fósforo” (1932)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Sueli Stambowsky em “Cinderella” (1957)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Yara Andrade em “Amores de uma Diva” (1936)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Marisa Coser em “Senhorita Ventania” (1943)

Imagens obtidas na internet

42x60cm Lápis e carvão sobre papel


Abyner Gomez autorretrato


ficha técnica

FUNDAÇÃO CESGRANRIO Presidente – Professor Carlos Alberto Serpa de Oliveira Gabinete da presidência – Dulce Pirajá, Aline Souza Nakajima, Paulo Rocha, Samara Silveira, Ana Carla Mendonça, Anderson Pereira e Diogo Oliveira Secretário executivo de cultura – Leandro Bellini Subsecretário executivo de cultura – Alexandre Machafer Cenografia – Marisa Monteiro e Rogério Madruga Assessoria de imprensa: Cláudio Pompeu, Fabíola Blaiso, José Renato Antunes e Letícia Koeler Assessor administrativo - Urbano Lopes Coordenador do núcleo de literatura, artes plásticas e visuais – Roberto Padula

ART HUNTER PRODUÇÕES ARTÍSTICAS Artista plástico – Abyner Gomez Idealização e curadoria – Christiano Nascimento Pesquisa – Neco Ibañez e Abyner Gomez Criação e edição dos vídeos – Abyner Gomez Fotografia – Jade Lima Programação visual – agência CCQ / Lucas Emanuel e Eduardo Cunha

Molduras da exposição – Valentino Buffet – Chez Cox


Em especial a Beth Serpa e Professor Carlos Alberto Serpa, Simone Rodrigues e Hildegard Angel.

Celma Gomes Barbosa Melo / Samuel de Souza Melo / Adriel Gomes Abilene Gomes / Adrielly Gomes / Adrian Gomes / Ancelmo Gomes Jovenil Ferreira Nascimento (in memoriam) Rosali da Silva Marques (in memoriam)

agradecimentos

Rosacléa da Silva Nascimento / Rosemy da Silva Nascimento Alcides Dutra / Gabriela Nascimento Dutra / Gisele Dutra / Yan Carlomagno Maria das Graças da Silva / Cida Nunes de Souza / João Carlos Teixeira Luiz Luiz Fernando Keller / Murilo Rabat / Renata Lopes da Rocha / Jackeline Barbosa Cabral dos Santos Vania Amin / Elias Habib Andrade / Christovam de Chevalier Roberto Padula / Fabíola Blaiso / Letícia Koeler / Aline Souza / Dulce Pirajá / Marisa Monteiro Rogério Madruga / Urbano Lopes / Welton Moraes / Samara Silveira / Anderson Pereira Diogo Oliveira e toda equipe da Fundação Cesgranrio.

Sem vocês (todos vocês), este projeto seria “só um sonho que se sonha só”.



14 de junho de 2019


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