Livro do Professor

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PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Dilma Vana Rousseff MINISTRO DA SAÚDE

MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

Arthur Chioro

Francisco José Coelho Teixeira

PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

SECRETÁRIO NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL

Paulo Gadelha

Adriano Pereira Júnior

VICE-PRESIDENTE DE AMBIENTE,

DIRETOR DO DEPARTAMENTO

ATENÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE

DE MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES

Valcler Rangel Fernandes

Armin Augusto Braun

COORDENADOR DO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS

COORDENADORA DO DEPARTAMENTO

EM EMERGÊNCIAS E DESASTRES EM SAÚDE

DE MINIMIZAÇÃO DE DESASTRES

Carlos Machado de Freitas

Cristianne da Silva Antunes

ELABORAÇÃO TÉCNICA

ELABORAÇÃO TÉCNICA

Carlos Machado de Freitas Vânia Rocha

Leno Rodrigues de Queiroz Monica Curcio de Souza Tostes

PARCERIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Instituto de Estudos em Saúde Coletiva Laboratório de Educação a Distância do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva – Labead/Iesc Programa de Formação de Recursos Humanos em Vigilância em Saúde Ambiental Coordenação Geral Carmen Ildes Rodrigues Fróes Asmus UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Faculdade de Farmácia Departamento de Farmácia e Administração Farmacêutica Pesquisadora Elaine Silva Miranda PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos Subsecretaria de Defesa Civil Subsecretário Ten Cel BM Márcio Moura Motta

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AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS CARLOS MACHADO DE FREITAS E VÂNIA ROCHA [ORGANIZADORES]

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Copyright © 2014 dos autores Todos os direitos desta edição reservados à Fundação Oswaldo Cruz. Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. REDAÇÃO E ADAPTAÇÃO

Carlos Machado de Freitas e Vânia Rocha PROJETO GRÁFICO E ICONOGRAFIA

Priscila Freire DOCENTES CONVIDADOS DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO CURSO

Carlos Machado de Freitas, Márcio Moura Motta, Mauren Lopes de Carvalho, Maurício Monken, Elisa Francioli Ximenes, Márcia Pinheiro dos Santos, Aderita Ricarda Martins de Sena, Adriana Chaves, Antonio Henrique Almeida de Moraes Neto, Roberto Robadey Júnior, Marcelo Abranches Abelheira, Sueli Scotelaro Porto, Maíra Lopes Mazoto e Vânia Rocha PROFESSORES TUTORES DA PRIMEIRA EDIÇÃO DO CURSO

Marcelo Abranches Abelheira e Sueli Scotelaro Porto

CATALOGAÇÃO NA FONTE

Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica/Biblioteca de Saúde Pública F866

Freitas, Carlos Machado de (Org.) Agentes locais em desastres naturais: defesa civil e saúde na redução de riscos: livro do professor. / organizado por Carlos Machado de Freitas e Vânia Rocha. — Rio de Janeiro, RJ: FIOCRUZ, 2014. 39 p. ISBN: 978-85-8110-024-1 1. Desastres Naturais. 2. Defesa Civil. 3. Proteção Civil. 4. Vulnerabilidade a Desastres. 5. Saúde Pública. 6. Agentes Locais. 7. Aprendizagem. I. Rocha, Vânia (Org.). II. Título. CDD – 22. ed. – 363.3492

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde – CEPEDES Avenida Brasil, 4036  Prédio Expansão  Sala 916  Manguinhos 21040-361 Rio de Janeiro RJ Brasil 55 21 3882 9062

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SUMÁRIO

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Apresentação

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Guia metodológico do curso Agentes Locais em Desastres Naturais

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O curso Agentes Locais em Desastres Naturais

Guia referencial curricular do curso Agentes Locais em Desastres Naturais 18

Mensagem final

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Anexo 1 – Atribuições dos Coordenadores

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Anexo 2 – Atribuições dos Professores

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Anexo 3 – Atribuições dos Tutores

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Anexo 4 – Vídeos sobre Desastres Naturais

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Bibliografia consultada

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APRESENTAÇÃO CARLOS MACHADO DE FREITAS E VÂNIA ROCHA

Os desastres naturais estão cada vez mais frequentes e intensos no Brasil, afetam sobretudo determinados grupos e territórios em situação de vulnerabilidade socioambiental e tem como consequência danos humanos, sociais, econômicos e ambientais. As grandes catástrofes ocorridas nos últimos anos como a da Região Serrana no Estados do Rio de Janeiro em 2011 têm impulsionado ações intersetoriais, tanto para melhor responder a estes eventos, quanto para a redução do risco de desastres, que requerem ações prévias. Sabemos também que tão grave quanto os grandes eventos, as pequenas tragédias cotidianas noticiadas todos os meses em várias regiões brasileiras causam efeitos acumulativos danosos e muitas vezes irreversíveis para a vida e a saúde das populações. Diante deste cenário é preciso agir com medidas estruturais, como obras de infraestrutura e investimento em novas tecnologias, e não estruturais, como as de formação e capacitação profissional, bem como o envolvimento da população nas ações de prevenção e na tomada de decisão diante dos problemas locais, regionais e nacionais para a redução de risco de desastres. Comprometida com sua vocação de pesquisa, ensino e formação para melhoria da saúde pública no país, a Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Centro de Estudos e Pesquisa em Emergências e Desastres em Saúde (CEPEDES), desenvolveu entre os anos de 2012 e 2014 o Projeto-piloto Agentes Locais em Desastres Naturais: defesa civil e saúde na redução de riscos. Dentre os principais objetivos, elaborou uma metodologia de formação, material didático apropriado e capacitação de cerca de 356 Agentes Locais para atuar na prevenção de desastres. Para desenvolver este projeto, o CEPEDES contou com apoio técnico e financeiro da Secretaria Nacional de Defesa Civil – Ministério da Integração Nacional - e buscou 6

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parcerias com outras instituições de pesquisa e ensino com experiência na área, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal Fluminense, bem como a Subsecretaria de Defesa Civil da Cidade do Rio de Janeiro, pioneira na formação de agentes e que deu inspiração a este projeto. Contribuíram ainda com suas experiências as Secretarias e Fundações de Saúde dos municípios de Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo e Rio de Janeiro, além de outras instituições e profissionais de saúde e defesa civil da esfera municipal, estadual e nacional. O curso e o material didático tiveram como referência a experiência do Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde – Proformar/Rio, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio - Fiocruz, a qual somos gratos por nos conduzir a caminhos já trilhados. Ao final deste processo podemos afirmar que não se trata de mais um curso com material adequado. Buscamos a desafiadora tarefa de criar uma metodologia de trabalho e um material didático elaborados a partir de compartilhamento de saberes entre pesquisadores, professores, gestores e agentes. Esses últimos, inúmeras vezes foram as vozes das comunidades mais afetadas, pois além trabalharem diretamente com a população vulnerável, muitos são moradores de áreas de risco. Esperamos que a experiência do projeto, materializada nestes dois volumes do livro Agentes Locais em Desastres Naturais: defesa civil e saúde na redução de riscos, contendo o Livro do aluno e Livro do professor, possa resultar em melhores condições de trabalho para os agentes e de vida para as populações afetadas. Nossos mais sinceros agradecimentos a todos que aceitaram, sem medir esforços, todos os desafios para a realização deste projeto.

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GUIA METODOLÓGICO DO CURSO AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS

Este Guia Metodológico foi elaborado como parte do material de apoio para formação de Agentes Locais em Desastres Naturais. Seu principal objetivo é subsidiar futuros coordenadores, professores e tutores nos municípios em que o curso Agentes Locais em Desastres Naturais: defesa civil e saúde na redução de riscos for implantado com informações importantes como metas, objetivos, estratégias metodológicas, e formas de operacionalização. Especialmente, apresenta as opções teórico-conceituais e didáticopedagógicas definidas pelas instituições envolvidas na concepção do curso. Este guia será acompanhado por um Guia de Referencial Curricular, documento orientador dos conteúdos a serem explorados durante o curso e no material didático impresso e audiovisual, que juntos darão suporte ao processo de ensino-aprendizagem proposto no curso. Desejamos a todos um ótimo curso!

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COMO FOI ELABORADO O CURSO AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS – ALDN?

O curso ALDN é fruto de um projeto-piloto realizado pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade Federal Fluminense e a Subsecretaria de Defesa Civil da Cidade do Rio de Janeiro. O projeto-piloto recebeu apoio técnico e financeiro da Secretaria Nacional de Defesa Civil para desenvolver a metodologia e os materiais didáticos adequados à formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde e Defesa Civil, de modo que possam ser multiplicadores de ações de defesa civil e saúde em todo o processo de gestão de risco de desastres naturais. As primeiras turmas formadas contaram com alunos dos municípios do Rio de Janeiro, Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo como experiência de concepção e produção. A primeira versão do curso e a utilização do material elaborado tiveram como base esses municípios, mas os conteúdos são voltados a conceitos gerais sobre o tema e contemplam desastres naturais de várias regiões do país. Ao final, desse processo, conseguimos obter uma metodologia avaliada, produzir material didático adequado, além de formar multiplicadores do curso nos quatro municípios contemplados. Os resultados deste trabalho poderão ser apropriados pelos demais municípios do Brasil, portanto, este Material de apoio pretende auxiliar todos os profissionais que aceitarem este desafio.

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A QUEM SE DESTINA O CURSO?

O curso e o material didático são destinados aos vários Agentes Locais, isto é, profissionais que trabalham diretamente com a população, em especial, Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias, Agentes de Vigilância em Saúde e Agentes de Defesa Civil. Estes profissionais são, pela natureza de suas funções, interlocutores entre os diversos setores da saúde que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC) e as comunidades em que exercem seu trabalho. Este perfil reúne condições para fomentar, articular, mobilizar práticas educativas, executar ações de prevenção e primeiras respostas a desastres naturais.

CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE TRABALHO DOS AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS – ALDN

Consideramos ALDN os profissionais que trabalham diretamente com as comunidades, em especial, que exercem suas funções em todo o território brasileiro. São profissionais adultos com diferentes idades, com escolaridade variada (entre Ensino Fundamental a Pós-graduação) e que receberam capacitações para o exercício de suas funções. O processo de trabalho desses profissionais está inserido em setores e serviços específicos para cada perfil e função, mas que requerem integração intersetorial e interinstitucional para o exercício pleno de suas atividades. Os agentes de modo geral estão organizados e cumprem suas funções por meio de redes de relações hierarquizadas e compartimentadas, no entanto, a natureza desse trabalho exige desses profissionais uma visão sistêmica e articulada dos serviços e formação compatível com essa visão. O trabalho também requer ações coletivas e participativas, com compromisso e responsabilidade social, devido à articulação que exercem entre os serviços e a comunidade. Os diferentes perfis de agentes como Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias, Agentes de Vigilância em Saúde e Agentes de Defesa Civil possuem características específicas de cada processo de trabalho, mas outras em comum, como por exemplo, atuar no território, conhecer a comunidade, as vulnerabilidades sociais e ambientais e as áreas de risco. Uma formação adequada em desastres pode contribuir para os desafios impostos a esses profissionais e suas instituições, pois acreditamos que este perfil pode constituir ligações capazes de fomentar, articular, mobilizar práticas educativas, executar ações de prevenção e primeiras respostas a desastres naturais e colaborar para uma melhor integração Defesa Civil e Saúde.

PROPOSTA PEDAGÓGICA E METODOLOGIA DE TRABALHO

A proposta de formação tem objetivo de capacitar multiplicadores, entretanto, a pedagogia privilegiada neste projeto-piloto compreende o “processo educativo em saúde como forma de reunir e dispor recursos capazes de provocar intervenções e transformar realidades para melhoria das condições do ambiente e da saúde das populações” (Proformar, 2004). Neste sentido, o curso deve propiciar um processo de capacitação com conteúdos bem definidos que proporcione aos profissionais melhor preparo para atuar em fases importantes da redução de risco de desastres como a prevenção, a preparação e a mitigação, ou seja, antes de ocorrência do desastre, e nas primeiras respostas caso o desastre venha ocorrer, bem como promover a multiplicação desta formação como um educador crítico. 10

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EDUCAÇÃO PERMANENTE

A formação inicial viabiliza a construção de uma identidade profissional que integre as visões e ações de Defesa Civil e Saúde, possibilitando um itinerário formativo com vistas à capacitação técnica para a Gestão do risco de desastres, que consiste na Redução do Risco e no Manejo do Desastre e na Recuperação.

METODOLOGIA

A formação contará com momentos presenciais, estudos dirigidos a distância e trabalhos de campo orientados a partir de uma proposta pedagógica que assume como princípio o compromisso de construção de conhecimentos que valorize o diálogo entre os participantes. A educação dialógica se concretiza pelo convívio respeitoso entre sujeitos históricos e prima por propiciar a troca de saberes no ambiente educativo. Estes profissionais trazem conhecimentos locais e experiências valiosas para compreensão das necessidades e problemas das comunidades em situação de vulnerabilidade social e ambiental, bem como vivenciam os processos relacionados às políticas públicas e de gestão que potencializam ou limitam o trabalho cotidiano. Portanto, o processo aprendizagem articula teoria com aulas presenciais, momentos de discussão a distância e prática através do desenvolvimento de exercícios e trabalho de campo, por meio de um diagnóstico de vulnerabilidade aos desastres e situação de saúde com medidas de prevenção, sistemas de alerta e ações de respostas integradas entre os setores Defesa Civil e Saúde para redução dos riscos de desastres. Para os momentos a distância, serão utilizados recursos gratuitos disponíveis, como as redes sociais. De acordo com a experiência da primeira edição do curso, uma página no Facebook criada especialmente para este fim e administrada pelos coordenadores e tutores funcionou perfeitamente como ferramenta para promover discussões nos momentos a distância e oferecer orientações para o trabalho de campo. Além disso, a página ajudou a aproximar os alunos e os tutores, criando uma dinâmica entre o tempo presencial e a distância.

AVALIAÇÃO

A avaliação é realizada com ênfase nos aspectos formativos e na verificação de competências e habilidades desenvolvidas pelos alunos no decorrer do curso. A verificação será prioritariamente realizada a partir das atividades do Trabalho de Campo, que serão apresentadas em equipe para uma banca composta por profissionais de saúde, defesa civil e afins ao final do curso. Nos momentos presenciais, a cada Eixo Temático, os professores/multiplicadores farão uma análise da participação e envolvimento do grupo nas atividades propostas. Nos momentos a distância do curso, os professores/multiplicadores tutores farão observações sobre a disposição e interação dos alunos. Estratégias de avaliação complementares podem ser propostas pelos educadores (professores e multiplicadores) ao longo do curso, sempre com intuito de estimular a reflexão crítica sobre os temas abordados, bem como a aplicabilidade dos conteúdos aprendidos, valorizando as experiências vivenciadas durante o curso.

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O CURSO AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS

Apresentamos um desenho esquemático do curso com carga horária, identificando momentos presenciais e a distância que contém: Partes (três), Eixos Temáticos (sete), Fóruns de Discussão, Trabalho de Campo, Apresentação dos Trabalhos de Campo, Avaliação do Curso e Formatura. PARTES

EIXOS TEMÁTICOS [presencial]

Interfaces entre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Sistema Único de Saúde I Vulnerabilidade Social e Ambiental aos Desastres Naturais nos Territórios

As principais consequências ambientais dos desastres naturais e seus riscos para a saúde da população As principais consequências sobre a saúde provocadas pelos desastres naturais II As consequências para infraestrutura local e serviços Respostas e ações dos setores e defesa civil e saúde para a redução dos riscos de desastres

III

O processo de ensino-aprendizagem e estratégias possíveis para o tema saúde e desastres FÓRUNS DE DISCUSSÃO [a distância]

APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO [presencial]

AVALIAÇÃO DO CURSO [presencial e a distância]

FORMATURA [presencial]

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ESTRUTURA DO CURSO

A estrutura de curso está pautada na proposta de currículo integrado, no qual os conteúdos de ensino e de aprendizagem se orientam a partir da realidade social e de trabalho do aprendiz. Pretende traduzir nas ações cotidianas do aluno as orientações que a proposta educativa o propicia em relação a sua vida, na sua interação com as comunidades, diante da cultura e da sociedade que pertence, contextualizadas numa perspectiva histórica e crítica (Proformar, 2002). O curso está estruturado em três Partes e sete Eixos Temáticos que devem ser desenvolvidos por professores de forma presencial para profissionais selecionados pelas Secretarias de Saúde e de Defesa Civil dos municípios envolvidos, que posteriormente se tornam multiplicadores para outros profissionais. Estes Eixos Temáticos devem ser intercalados por momentos a distância com atividades denominadas Fóruns de discussão com a participação de tutores. Na primeira experiência realizada os Fóruns se deram através da criação de uma página no Facebook denominada Agentes Locais em Desastres Naturais, o que propiciou contato contínuo com os alunos através de computadores ou celulares. O Trabalho de Campo constitui uma atividade final que tem como objetivo integrar teoria e prática, com grupos formados por no máximo seis alunos e orientados a distância por um dos professores convidados. No final da última Parte é necessária uma avaliação do processo todo, no sentido de coletar informações para o aperfeiçoamento em novas edições do curso. Ao todo são 90 horas de formação, com momentos presenciais (50 h) e a distância (40 h) que devem ser certificados pela instituição que oferece o curso.

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O QUE É UMA PARTE?

É um conjunto de conteúdos agrupados em Eixos Temáticos afins e de interesse para o curso, a partir de objetivos específicos que se pretende alcançar com o processo de ensino e de aprendizagem. As Partes possuem relações lógicas e conectam conteúdos interdependentes dos eixos temáticos. Em síntese é um conjunto de conhecimentos específicos que se articulam entre si, com os Fóruns de discussão e com o Trabalho de campo, possibilitando o desenvolvimento das competências e habilidades. Para este curso foram definidas três Partes, de 6, 12 e 24 horas/aula. O QUE É UM EIXO TEMÁTICO?

As três Partes que compõem o curso contemplam sete Eixos Temáticos, que possibilitam agregar temas, conceitos e noções dos diferentes conhecimentos que se deseja construir. Estes Eixos Temáticos se articulam entre si com objetivo de proporcionar a aprendizagem de conceitos de importantes para a formação que se deseja com o curso. Cada Eixo Temático deve ser desenvolvido de forma presencial, com 6 horas aula cada, intercalado por um Fórum de discussão a distância. Os professores convidados para esta tarefa devem seguir a ementa, descrição e objetivos para cada Eixo Temático trabalhado em aula. Os Eixos Temáticos são os seguintes: 1. Interfaces entre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e Sistema Único de Saúde. 2. Vulnerabilidade social e ambiental aos desastres naturais nos territórios. 3. As principais consequências ambientais dos desastres naturais e seus riscos para a saúde da população. 4. As principais consequências sobre a saúde provocadas pelos desastres naturais; 5. As consequências para infraestrutura local e serviços. 6. Respostas e ações dos setores e defesa civil e saúde para a redução dos riscos de desastres (medidas de prevenção, alerta e mitigação). 7. O processo de ensino-aprendizagem e estratégias possíveis para o tema saúde e desastres. Os objetivos, ementas e conteúdos específicos de cada Eixo Temático são apresentados no próximo capítulo Guia Referencial Curricular. O QUE É UM FÓRUM DE DISCUSSÃO?

São momentos a distância que ocorrerão após o término de cada Eixo Temático, no qual tutores ficarão disponíveis promovendo aos alunos a possibilidade de trocas interpessoais, de esclarecerem dúvidas e questões pendentes, bem como procuram sintetizar os conhecimentos e conceitos chaves referentes aos conteúdos apreendidos. Para viabilizar esta etapa, os tutores manterão contato virtual nos momentos em que o aluno solicitar. Como já foi observado, um exemplo deste momento a distância foi o uso de páginas criadas no Facebook para o curso, o que permitiu o contato e acesso mais rápido dos alunos. Outras possibilidades virtuais podem e devem ser adotadas, desde que de fácil acesso para os alunos e interação com os tutores. Os tutores poderão estimular a participação dos alunos individualmente ou em grupos por meio de estratégias pedagógicas como vídeos, leituras dirigidas, situações-problema, imagens (fotos, mapas, animações) facilitadoras e motivadoras desses momentos de aprendizagem a distância, para que ocorra a interação tutor-aluno-material didático.

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Ao final de cada Eixo Temático que compõe o material didático há uma sugestão de atividade para o Fórum de discussão, no entanto outras podem ser incluídas pelos tutores, se possível abordando assuntos de acordo com a realidade local. Para cada 30 alunos será convidado um tutor, a carga horária total será de 15 horas a distância, contado com as horas que os alunos se dedicará a leituras e outras formas de estudo. O QUE É O TRABALHO DE CAMPO?

É uma atividade didático-pedagógica proposta como trabalho final do curso, mas que será desenvolvida simultaneamente a cada Parte do curso. Esta atividade tem como principal objetivo articular teoria e prática através da coleta de informações e da produção de imagem, como fotos, vídeos e mapas do território de atuação dos profissionais. Em síntese, é um diagnóstico das condições de vida, das vulnerabilidades socioambientais que produzem os desastres naturais, do ambiente e da saúde do local, identificação de grupos vulneráveis como crianças, idosos, pessoas com necessidades especiais, bem como de propostas de ações para reduzir as vulnerabilidades ou mesmo para uma boa resposta em caso de desastres. A apresentação dos resultados do Trabalho de Campo acontecerá de duas formas: relatório escrito e apresentação em slides, ambos os modos de apresentação deverão ser avaliados por uma banca composta por três profissionais das áreas de saúde, defesa civil e afins, segundo critérios definidos. O Trabalho de Campo deve ser apresentado por meio de exemplos e ilustrações de situações do cotidiano de modo a combinar os momentos de investigação com a reelaboração de conteúdos teórico-práticos contidos no material didático e de reflexão sobre a realidade observada. Será desenvolvido em grupo de até 6 alunos e orientado por um professor tutor convidado em momentos a distância e, se possível, em momentos presenciais, totalizando 25h. Informações mais detalhadas sobre o Trabalho de Campo são apresentadas no Caderno do aluno. MATERIAL DIDÁTICO

O material didático consiste em: ›› 1 livro de conteúdo com sete Eixos Temáticos, que deve ser utilizado pelos alunos como fonte de consulta e embasamento teórico das aulas presenciais, dos momentos a distância e do trabalho de campo. ›› 1 caderno do aluno, acoplado ao livro, contendo as informações gerais sobre o curso, as atribuições do aluno, como será avaliado e orientações objetivas sobre como realizar o Trabalho de Campo em equipe. ›› 1 livro destinado aos coordenadores, professores e tutores, contendo este Guia Metodológico e o Guia de Referencial Curricular. ›› 4 vídeos de 13 a 15 min com objetivo estimular discussões sobre o tema desastres naturais e saúde, que serão utilizados com os alunos nos momentos presenciais e a distância. O material está disponível no formato impresso e digital. Contém os conceitos e conteúdos básicos a serem desenvolvidos durante o curso para: ›› Estimular o aluno a pensar, refletir e resolver problemas; ›› Favorecer a compreensão dos conteúdos; ›› Instigar a curiosidade e a crítica; ›› Articular teoria e prática a momentos individuais e coletivos, propiciando o desenvolvimento de autonomia e do trabalho em equipe. AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS: DEFESA CIVIL E SAÚDE NA REDUÇÃO DE RISCOS

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Levando em conta as dimensões continentais do nosso país e os desastres naturais típicos de cada região, que dependem também de ações locais diferenciadas para redução do risco, outros textos, vídeos, sites, matérias de jornais e revistas, podem enriquecer o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, ao longo do curso recomenda-se que os coordenadores, professores e tutores utilizem, além deste material fornecido, outros materiais que acharem pertinente, tomando como base os conteúdos definidos e a metodologia de trabalho proposta neste guia. ESPAÇO VIRTUAL – FACEBOOK

Como já foi observado, nos primeiros cursos utilizamos o Facebook como espaço virtual, pois a criação de uma página é de fácil montagem e gratuita. O objetivo deste espaço virtual é possibilitar a interlocução entre coordenação, professores, tutores e alunos e propiciar o desenvolvimento dos Fóruns de discussão. Também é um espaço para orientações sobre o Trabalho de Campo e serve como meio de divulgação e o contato de outras pessoas com o Curso. O material didático, materiais complementares, slides de aulas presenciais e exemplos de Trabalhos de campo devem estar disponíveis neste espaço virtual. O acesso à página tem limites e funciona da seguinte maneira. Qualquer pessoa que curtir a página pode visualizá-la, acessar os materiais (livro, vídeos, aulas e trabalhos) e fazer comentários. Entretanto, a postagem de conteúdos deve ser restrita aos coordenadores, professores e tutores. Como se trata de um espaço virtual ligado a instituições públicas e com finalidade educacional, os comentários postados pelos alunos e pelo público em geral que feitos de forma ofensiva e fora dos objetivos do curso, devem ser evitados ou mesmo excluídos. AGINDO COMO MULTIPLICADORES

O material didático produzido para o curso ALDN tem como objetivo promover a multiplicação de Agentes Locais em Desastres Naturais. Em cada município o material é um subsídio a formação de uma primeira turma, com a participação de professores convidados dos setores saúde e defesa civil, bem como de universidades ou centros de pesquisa, para que capacitem outros agentes a tornarem-se também Agentes Locais, contribuindo para não só fortalecer o processo de aprendizagem, mas reconhecer que todo aluno é um potencial educador simultaneamente. Assim, esta metodologia prevê a implantação de uma segunda fase de formação denominada “Multiplicação”. Após a formação da primeira turma de Agentes Locais em Desastres Naturais em um município, estes profissionais devem promover a capacitação de colegas de profissão, a partir da mesma metodologia e do mesmo material de apoio utilizados. Para tanto, os alunos formados nas primeiras turmas deverão promover a multiplicação dessa formação, como educadores críticos em um trabalho em equipe, com turmas organizadas pelos gestores responsáveis em cada município. As vagas oferecidas e a seleção dos alunos ficam a critério de cada município, considerando que podem ocorrer desistências ao longo do processo, recomenda-se turmas de no mínimo 35 e no máximo 45 alunos. O município que não conseguir preencher todas as vagas pode ceder vagas a municípios vizinhos, em acordo previamente estabelecido.

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SISTEMA DE MULTIPLICAÇÃO

Neste processo valorizamos o trabalho em equipe, no qual os alunos multiplicadores dividem tarefas predeterminadas e assumidas em negociação para a organização de um curso destinado a seus colegas de trabalho. Os alunos formados estarão organizados em equipes de 5 multiplicadores, que formarão 30 novos alunos, colegas de profissão. Consideramos os Agentes Locais em Desastres Naturais como parceiros ativos na construção e multiplicação do tema saúde em desastres e no fortalecimento dos elos entre saúde pública e defesa civil. Ao final do processo de multiplicação teremos novos Agentes Locais em Desastres Naturais formados em cada município. PROFISSIONAIS FORMADOS

Coordenador

Professor

Professor

Professor

Tutor

ALUNOS

A cada equipe de 5 profissionais formados, contamos com um para exercer a função de coordenador, um de tutor e três para contribuir como professores ou auxiliares de professores convidados nas aulas presenciais. No entanto, o coordenador e o tutor podem também exercer o papel de professores presenciais, caso sintam-se estimulados para assumir uma ou mais tarefas em cada Eixo Temático. Nos anexos indicamos quais as atribuições do coordenador, do tutor e dos professores neste processo, bem como dicas e modelos que ajudarão a desenvolver esses papéis (anexos 1, 2 e 3). Cabe ao aluno formado que exercerá o papel de coordenador de equipe e aos gestores identificar profissionais em suas regiões que possam assumir como professores convidados determinados Eixos Temáticos como forma de complementar a grade curricular. Uma página no Facebook administrada pelos coordenadores, professores e tutores deverá ser criada para interlocução entre professores tutores e as equipes para os Fóruns de Discussão e orientações do Trabalho de Campo. INFRAESTRUTURA E RECURSOS

A infraestrutura como salas de aula adequadas e equipadas para as aulas presenciais e computadores para os momentos a distância ficarão ao encargo das secretarias dos municípios que assumirem o compromisso de realizar o processo de multiplicação. Os municípios devem também arcar com custos de transporte e alimentação dos alunos e dos alunos multiplicadores, além de liberação da carga horária necessária aos profissionais para participação e da certificação a todos que concluírem o curso.

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GUIA REFERENCIAL CURRICULAR DO CURSO AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS

Este Guia de Referencial Curricular compõe o material de apoio ao curso de formação de Agentes Locais em Desastres Naturais. O objetivo deste guia é subsidiar futuros coordenadores, professores e tutores nos municípios em que o curso for implantado, com conteúdos mínimos e conceitos a serem explorados durante as aulas presenciais, nos momentos a distância e no trabalho de campo. Esperamos que este guia possa também estimular o uso do material didático digitalizado e audiovisual, que darão suporte ao processo de ensino-aprendizagem proposto para o curso. EM QUE CONCEITO DE DESASTRE NATURAL O CURSO ESTÁ EMBASADO?

O risco de desastre é considerado neste documento uma construção social, pois supera a definição de probabilidade de ocorrência de um fenômeno físico (chuva, terremoto, vulcão) para incluir a vulnerabilidade (social, econômica, geográfica) como fator fundamental do processo. Sendo assim, o impacto do desastre natural depende da intensidade do fenômeno físico e do nível de exposição a condições de vulnerabilidade que resultam de processos sociais (Narváez et al, 2009). RISCO

AMEAÇAS

VULNERABILIDADE

EM QUE CONCEPÇÃO DE SAÚDE O CURSO ESTÁ EMBASADO?

O curso ALDN está embasado numa concepção de saúde originária do campo da Saúde Coletiva, que considera a saúde e a doença como resultantes dos processos sociais e históricos e que se expressam em estado de bem-estar, propiciando acúmulos positivos e/ou negativos. Nestes processos existe uma dinâmica de interações socioambientais que ocorrem em uma população e em um determinado território. É no território que se encontram os elementos essenciais para definir as necessidades de cuidados de uma população e onde se desenvolvem as ações de prevenção e promoção da saúde (Proformar, 2003). 18

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QUE ÁREAS DE CONHECIMENTO ESTÃO ENVOLVIDAS E QUAIS CONCEITOS ABORDADOS?

O curso busca a articulação entre os diferentes conhecimentos advindos das ciências naturais e ciências sociais, que se torna fundamental para o seu desenvolvimento. Dentre os conceitos relevantes para formação dos Agentes Locais em Desastres Naturais estão o de território, vulnerabilidade, risco, interdisciplinaridade, intersetorialidade, atenção básica, vigilância, prevenção e promoção da saúde, bem como conceitos ligados à defesa civil e aos desastres como prevenção, mitigação, alerta, resposta, reabilitação, reconstrução e resiliência, entre outros, que são abordados no material didático. É importante salientar que a redução de riscos de desastres é uma das funções essenciais da Saúde Pública (OPAS, 2007). Deste modo, saúde e defesa civil estão diretamente interligados na teoria, no entanto, nas ações e na prática dos serviços há necessidade de enfrentarmos os desafios que esta articulação nos impõe. QUAIS SÃO OS TEMAS ABORDADOS NO CURSO?

Podemos considerar tema um conjunto de conteúdos ou ideias centrais abordados no material didático, que compõem os Eixos Temáticos. Os temas vão nortear as aulas presenciais ou problematizar as discussões que farão parte do curso. O encadeamento desses temas no interior de cada Eixo Temático e integrado às Partes do curso vai possibilitar a formulação de esquemas mentais e de ação, para que o aluno e o professor interajam na resolução de problemas e questões, em níveis crescentes de complexidade nas atividades propostas pelos professores em sala de aula, nos Fóruns de discussão e na etapa do Trabalho de campo. No material didático encontraremos estes temas dispostos em sete Eixos Temáticos.

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EIXOS TEMÁTICOS: OBJETIVOS E CONTEÚDOS EIXO TEMÁTICO 1 INTERFACES ENTRE O SISTEMA NACIONAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL E SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

Neste Eixo Temático 1 priorizamos apresentar como se organizam os setores de Defesa Civil e Saúde, por meio do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) e do Sistema Único de Saúde (SUS) para atuação nos desastres. Abordamos também as interfaces existentes entre estes sistemas que abrangem os principais setores ligados diretamente à gestão dos desastres. Destacamos ainda a organização do setor de Saúde para a atuação nos desastres e gestão dos riscos, focando nos processos, desde a prevenção de riscos futuros até a recuperação da saúde, passando pela redução dos riscos existentes, preparação e respostas, reabilitação e reconstrução. As ações específicas dos setores de Defesa Civil e Saúde serão aprofundadas no Eixo Temático 6 deste curso. Principais conteúdos abordados ›› O que é o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil? ›› O que é o Sistema Único de Saúde? ›› Fatores de risco de desastres ›› Gestão do risco de desastres ›› Características, etapas e processos ›› O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – Sinpdec: estrutura e organização ›› O Sistema Único de Saúde (SUS) e a atuação em desastres ›› Interfaces entre o Sistema Único de Saúde e o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil

EIXO TEMÁTICO 2 VULNERABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL AOS DESASTRES NATURAIS NOS TERRITÓRIOS

Neste segundo Eixo Temático, vamos estudar o perfil da ocorrência de desastres no mundo e no Brasil, sua frequência e intensidade ao longo do tempo, de modo a permitir que se compare a situação nacional com o que ocorre nos demais locais. Pretende-se esclarecer e aprofundar alguns conceitos básicos, necessários para entender a linguagem do estudo dos desastres. E, também, analisar como os desastres conhecidos como naturais são na realidade socialmente construídos. Principais conteúdos abordados ›› Ocorrência dos desastres no Brasil e no mundo ›› Terminologia e conceitos básicos ›› Vulnerabilidade social e ambiental e a ocorrência de desastres naturais

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EIXO TEMÁTICO 3 AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS DOS DESASTRES NATURAIS E SEUS RISCOS PARA A SAÚDE DA POPULAÇÃO

No Eixo Temático 2 estudamos a relação entre as vulnerabilidades socioambientais e os desastres naturais e entendemos que, de forma geral, países com intensa desigualdade social associada ao despreparo das populações sofrem mais os impactos desses desastres. Agora, aprenderemos mais sobre a ligação que existe entre o ambiente, os desastres naturais e a saúde, e como o conceito de território pode contribuir para a gestão dos riscos de desastres. Vimos que a degradação ambiental é um dos mais importantes fatores de risco de desastres naturais, junto com o padrão de desenvolvimento e o crescimento/distribuição da população. Estudaremos a dinâmica da natureza e seus ciclos, compreendendo que a ruptura desses ciclos tem direta ligação com o aumento da ocorrência de desastres. Serão abordadas as consequências ambientais dos desastres naturais e seus riscos para a saúde, e os efeitos das mudanças climáticas no meio ambiente e na saúde. Principais conteúdos abordados ›› O ambiente e os desastres naturais ›› A saúde ambiental e os desastres naturais ›› O território e os desastres naturais

EIXO TEMÁTICO 4 AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS SOBRE A SAÚDE PROVOCADAS PELOS DESASTRES NATURAIS

Neste Eixo Temático abordamos os efeitos negativos dos desastres naturais sobre a saúde da população atingida, os principais impactos socioeconômicos no setor saúde e finalizamos apontando algumas estratégias de redução de risco de desastres voltados para o setor saúde. Principais conteúdos abordados ›› Os desastres e a saúde ›› Impactos socioeconômicos dos desastres no setor saúde ›› Impactos dos desastres na saúde das populações ›› Estratégias para a redução de riscos de desastres em saúde

EIXO TEMÁTICO 5 AS CONSEQUÊNCIAS PARA INFRAESTRUTURA LOCAL E SERVIÇOS

Neste Eixo Temático 5 ressaltamos a importância de manter a infraestrutura local e de saúde em funcionamento mesmo quando ocorre um desastre. Analisamos, em seguida, as consequências dos desastres na infraestrutura do setor e as estratégias existentes de proteção e preparação, em nível estrutural e não estrutural, frente aos desastres naturais. Por fim, revisamos a estratégia de hospitais seguros como forma de tratar e incrementar a segurança das unidades de saúde existentes, assim como o que deve ser considerado ao construir novas unidades de saúde e como preparar as unidades já existentes para que se tornem mais seguras.

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Principais conteúdos abordados ›› Impactos dos desastres na infraestrutura local e serviços em geral ›› Redução do risco na infraestrutura dos serviços de saúde

EIXO TEMÁTICO 6 RESPOSTAS E AÇÕES DOS SETORES DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL E SAÚDE PARA A REDUÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES

Neste Eixo Temático 6, focaremos nosso estudo nas ações de resposta que os setores de Proteção e Defesa Civil e Saúde vêm desenvolvendo ao longo dos últimos anos para a redução de riscos de desastres. Isto envolve, principalmente, as medidas de prevenção e preparação para desastres e poderemos perceber, ao final desta apostila, como cada um destes setores vem se preparando para o enfrentamento das situações e quais as conquistas e áreas que devem ser aperfeiçoadas. Vamos relembrar as medidas referentes à gestão de riscos e compreender melhor as ações prioritárias do Marco de Ação de Hyogo para o desenvolvimento sustentável e a redução de riscos de desastres. Escolhemos os setores de Proteção e Defesa Civil e Saúde por serem os diretamente envolvidos quando ocorrem os desastres e, consequentemente, os que possuem uma gestão mais desenvolvida. Isso, no entanto, não significa que os outros setores não devam se preparar para enfrentar o desafio. Quanto mais setores se envolverem e trabalharem interconectados, mais estaremos nos tornando resilientes aos desastres e preparados para vencer os desafios que nos impõem as mudanças climáticas, a vasta degradação ambiental de nossos dias e as discrepâncias sociais. Principais conteúdos abordados ›› Marco de Ação de Hyogo e a gestão dos riscos de desastres ›› Respostas e ações para a redução dos riscos de desastres

EIXO TEMÁTICO 7 O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM E ESTRATÉGIAS POSSÍVEIS PARA O TEMA SAÚDE E DESASTRES

Neste Eixo Temático 7 vamos abordar conteúdos importantes na formação do Agente Local levando em conta dois principais objetivos: fornecer subsídios teóricos para exercer o papel de multiplicador do curso e contribuir com estratégias que possam melhorar seu trabalho junto à comunidade. Para tanto, apresentamos e discutimos os conceitos educação, ensino e aprendizagem e como os mesmos se relacionam na construção de conhecimentos, da comunicação em saúde, e sua contribuição para o tema dos desastres naturais, estratégias de educação presencial e a distância, e suas ferramentas pedagógicas. Principais conteúdos abordados ›› Educação, ensino e aprendizagem ›› Comunicação em saúde ›› Estratégias presenciais e a distância

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VÍDEOS

Os vídeos abordam temas gerais sobre Desastres Naturais e Saúde para complementar os momentos presenciais e a distância e proporcionar discussão sobre o assunto. Apresentam as fases de gestão de risco, a partir de exemplos ocorridos no Brasil e trazem depoimentos e experiências dos vários atores envolvidos como a Comunidade, Agentes, Gestores e Pesquisadores. Seu conteúdo serve para: ›› Problematizar questões abordadas nos Eixos Temáticos, ›› Exemplificar e esclarecer dúvidas sobre os demais conteúdos e, ›› Expor o tema a partir da voz dos atores sociais envolvidos. Acesse em: youtube.com/channel/UC7IE3QWmrxsOCxH56mKkrfA.

VÍDEO 1 REDUÇÃO DE RISCOS E INTERFACE SUS/DEFESA CIVIL – 11’ 03’’

Realizado a partir do Trabalho de campo de alunos do curso na cidade do Rio de Janeiro, agentes de saúde realizam diagnóstico socioambiental referente ao risco de desastres na comunidade do Morro do Borel – Tijuca. Retrata e exemplifica ações da saúde e de defesa civil na prevenção e mitigação dos riscos.

VÍDEO 2 SECA, CONDIÇÕES DE VIDA E SAÚDE NO SEMIÁRIDO – 14’ 51’’

Relata a realidade de Itapetim, sertão pernambucano, frente a maior seca dos últimos tempos. Retrata pontos importantes sobre as consequências da seca na vida e saúde da população, e o impacto na produção e economia regional imposto pela seca, como também, o que mudou nos últimos anos em relação a resposta do poder público a este problema.

VÍDEO 3 RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA EM ENCHENTES EM BLUMENAU – 13’ 19’’

Vídeo traz série de depoimentos e imagens que contribuem para compreender como a cidade de Blumenau, Santa Catarina, convive com enchentes e vem aprimorando as fases de preparação, mitigação e resposta, e conseguindo tornar-se resiliente a cada cheia do Rio Itajaí-Açu.

VÍDEO 4 RECONSTRUÇÃO NA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO – 14’ 08’’

O vídeo aborda a fase de reconstrução a partir do desastre ocorrido na Região Serrana do Rio de Janeiro. A infraestrutura e os serviços atingidos, as medidas estruturais realizadas e as que ainda necessitam ser feitas como estradas e habitações, bem como as medidas não estruturais como formação e capacitação profissional e os problemas psicossociais da população afetada.

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MENSAGEM FINAL

Esperamos que este material de apoio ofereça as bases metodológicas e conceituais para implantação do curso de formação de Agentes Locais em Desastres Naturais no seu município e estimule outros municípios brasileiros a desenvolver ações de formação e capacitação destinadas aos vários perfis de agentes que trabalham diretamente com as populações mais vulneráveis. Desejamos ao fim da jornada de formação que os alunos tenham desenvolvidos conceitos e habilidades para auxiliá-los na tarefa de prevenção e primeiras respostas aos desastres naturais. Como alunos multiplicadores, sejam capazes de escolher estratégias comunicativas adequadas, propiciar ambiente favorável de aprendizagem e compartilhar suas experiências com colegas de profissão. Que possam ainda realizar ações em equipe de forma planejada, porém sem perder a criatividade para lidar com os imprevistos cotidianos. Com um abraço dos organizadores!

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ANEXO 1 ATRIBUIÇÕES DOS COORDENADORES

1. Construção de um calendário municipal, com datas aulas curso e demais eventos (vide modelo). 2. Definir junto com demais integrantes os professores convidados para cada Eixo Temático e elaborar um cronograma de aulas (vide modelo). 3. Acompanhar se o processo de ensino e aprendizagem está seguindo as bases conceituais e metodológicas previstas no material de apoio para a formação. 4. Articular temas de cada aula, relembrando os elementos principais do Eixo Temático anterior e apresentando os temas do dia. 5. Articular a teoria com aspectos das dinâmicas locais, com os momentos a distância e com o trabalho de campo. 6. Acompanhar e contribuir para a manutenção da página virtual (facebook, por exemplo) criada para os momentos a distância. 7. Incentivar os professores a utilizarem estratégias participativas e lúdicas: exibição de vídeo e debate, dramatização, jogos etc. 8. Incentivar os tutores na organização e na orientação dos trabalhos de campo das equipes. 9. Preencher ficha de acompanhamento de cada aula (vide modelo).

10. Passar lista de presença ou chamada para acompanhamento da frequência dos alunos. 11. Constituir uma memória do curso por meio de registros escritos e fotos. 12. Elaborar uma banca com professores e pesquisadores convidados para avaliação dos trabalhos finais dos alunos (vide o modelo de critérios de avaliação na página 29) 13. Elaborar questionário de avaliação do curso para os alunos responderem. 14. Providenciar certificados para todos que concluírem o curso. DICAS PARA O INÍCIO DO CURSO

›› Acolhimento dos alunos. Pode utilizar música, flores, doces e lanche. ›› Dinâmica de apresentação do grupo. ›› Levantamento das expectativas dos alunos. DICAS PARA O COTIDIANO DAS AULAS PRESENCIAIS

›› Cuidar do espaço da aula: limpeza, acolhimento. ›› Realizar uma dinâmica inicial. ›› Prever tempo para realização de uma avaliação do dia. ›› Preencher ficha de acompanhamento ›› Fotografar as aulas e as atividades realizadas.

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MODELO DE CALENDÁRIO MUNICIPAL

OUTUBRO 2013 domingo

sábado

sexta

quinta

quarta

terça

segunda 01

02 Curso ALDN

03

04 Dia do Agente Comunitário de Saúde

05 Capacitação NUDECS

06

07

08

09 Curso ALDN

10

11

12

13

14 LIRA

15 LIRA

16 LIRA

17 LIRA

18 LIRA

19 LIRA

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22

23 Curso ALDN

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25 Dia da Saúde Bucal

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29 Encontro com Coordenação

30 Curso ALDN

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MODELO DE CRONOGRAMA DE AULAS PRESENCIAIS

PARTE

EIXO TEMÁTICO

PROFESSORES

DATAS

quarta-feira • 9h às 17h

Interfaces entre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Sistema Único de Saúde

Carlos Machado Márcio Motta

03/06

Vulnerabilidade Social e Ambiental aos Desastres Naturais nos Territórios

Mauren Carvalho Maurício Monken

10/06

As principais consequências ambientais dos desastres naturais e seus riscos para a saúde da população

Elisa Ximenes Márcia Pinheiro

17/06

As principais consequências sobre a saúde provocadas pelos desastres naturais

Adriana Chaves Aderita Senna Antonio Henrique

24/06

As consequências para infraestrutura local e serviços

Cel Robadey Jr. Aderita Senna

01/07

Respostas e ações dos setores e defesa civil e saúde para a redução dos riscos de desastres

Marcelo Abelheira Sueli Porto

08/07

O processo de ensino-aprendizagem e estratégias possíveis para o tema saúde e desastres

Vânia Rocha Maíra Mazoto

15/07

I

II

III

Apresentação dos Trabalhos de Campo

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MODELO DE FICHA DE ACOMPANHAMENTO Município Equipe de multiplicação Tema da aula Professor Data Horário Local Relator Nº de presentes   Conteúdos

Técnicas utilizadas e atividades realizadas

Avaliação da aula

Encaminhamentos/propostas de desdobramentos

Recomendações para momentos a distância

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MODELO DE FICHA COM CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO – PARECER DA BANCA Grupo/Local Equipe/Alunos Título do TC Nome do Examinador

TÍTULO Está claro o suficiente? Reflete o conteúdo do TC? RESUMO Mostra o objetivo do TCC? Descreve o Plano de Ação? INTRODUÇÃO A questão e os objetivos do Plano de Ação estão claros? Mostra a importância do Plano de Ação? DESENVOLVIMENTO Seguiram etapas importantes para construção do diagnóstico como: planejar, realizar levantamento, interpretar e descrever e sugerir um plano de ação? Os conceitos teóricos estão adequados? O Plano de Ação está claro e adequado? Há um território delimitado de acordo com o conceito utilizado no curso? Foram utilizados recursos como mapeamento, produção de imagens (fotos, vídeos), instrumentos de coleta como questionários e roteiros? Pesquisaram informações com a comunidade, tornando o diagnóstico participativo? CONCLUSÃO Os resultados esperados estão apresentados de maneira clara? Os resultados correspondem à questão que os alunos se propuseram a responder com o diagnóstico? REFERÊNCIAS As referências são atuais e relevantes? Estão no formato adequado? PARECER FINAL ( ) Aprovado, sem modificações. ( ) Aprovado, com modificações. O Trabalho de Campo necessita de correções prévias à entrega da versão final; justificar o parecer nos comentários gerais.

(

) Não aprovado.

Sugestões de modificações e/ou comentários gerais

______________, ____ de ________________ de _____.

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ANEXO 2 ATRIBUIÇÕES DOS PROFESSORES

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Elaborar um Plano de Aula contemplando o tema proposto. Organizar e providenciar os materiais didáticos necessários para a realização da aula. Utilizar o material de apoio do curso como referência. Identificar o conhecimento prévio dos alunos sobre o tema. Motivar a participação dos alunos com estratégias dinâmicas de ensino-aprendizagem. Avaliar a aula ouvindo a percepção dos alunos sobre o encontro. Interagir com o coordenador e com os tutores com vistas para o aprimoramento constante do curso.

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ANEXO 3 ATRIBUIÇÕES DOS TUTORES

1. Interagir com o coordenador e com os professores com vistas para o aprimoramento constante do curso. 2. Promover os Fóruns de discussão no espaço virtual (Facebook), presentes no final de cada Eixo Temático. 3. Incentivar o compartilhamento de informações complementares e outros materiais de apoio no espaço virtual (Facebook) com os alunos. 4. Elaborar o planejamento para o Trabalho de Campo, incentivando a participação e a integração dos alunos em suas equipes. 5. Orientar e acompanhar o desenvolvimento do Trabalho de Campo pelas equipes, conforme as orientações do Caderno do aluno. 6. Auxiliar os alunos na elaboração do relatório final, seguindo o roteiro de apresentação (vide modelo a seguir) e da apresentação final em slides. 7. Realizar leitura prévia de todos os Trabalhos de Campo e fazer correções antes de enviá-los a banca avaliadora.

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MODELO DE ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO DO TRABALHO DE CAMPO Título Autores Orientadores INTRODUÇÃO ›› Quem está fazendo o trabalho? Quem? ›› Quais os problemas escolhidos como prioritários? O quê? A quem acomete? Onde? Como? OBJETIVOS Objetivos geral Mostra o objetivo do TCC? Descreve o Plano de Ação? Objetivos específicos Que etapas devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral? JUSTIFICATIVA ›› Por que está fazendo o trabalho? Por quê? ›› É importante para a comunidade? Quais os benefícios que trarão para a comunidade? DESENVOLVIMENTO Noções Teóricas ›› Que conceitos das aulas, das apostilas ou de outras fontes serão importantes para estruturar o nosso plano de ação? Que autores abordam as causas e consequências do problema? Metodologia ›› Como escolhi os problemas? Como? ›› Como expliquei os problemas? ›› Como vou estudar, abordar e propor soluções para o problema? Diagnóstico ›› Onde é o território escolhido para o estudo? Onde? ›› Qual é a sua história, potencialidades, vulnerabilidades, problemas socioambientais, mapa de risco? ›› O que indicam para resolver o problema? Quais serão as atividades do Plano de Ação em curto, médio e longo prazo? CONCLUSÃO ›› Qual era o problema inicial? ›› Todos os objetivos foram alcançados? Se não, por quais motivos? ›› Qual a contribuição desse trabalho para o conhecimento do tema, do território, para seu conhecimento pessoal e da sua equipe? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ›› Quais artigos, textos, reportagens, documentos, materiais, sites, utilizei e citei no trabalho? Recomenda-se a leitura do “Manual de formatação de trabalhos de conclusão de curso”, p. 53, disponível em: http://www.posgraduacao.epsjv.fiocruz.br/upload/Documento/doc_70.pdf ANEXOS ›› Documentos, reportagens, roteiros ou outros elementos relevantes para o TC. OBSERVAÇÕES Numerar páginas. // Inserir fotos, mapas, planilhas e tabelas ao longo do trabalho. // Inserir legendas nas fotos. // Indicar as fontes e créditos, em caso de cópia de imagens, mapas, etc.

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ANEXO 4 VÍDEOS SOBRE DESASTRES NATURAIS

Defesa Civil / MI - Prevenção Desastres Naturais (Rio de Janeiro) – 3:47 youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Il0isyk5h-I

Exercício simulado de Alerta e Alarme a chuvas fortes para treinamento com comunidades do Morro do Alemão/RJ. OMS - o conceito de hospitais seguros frente a desastres – 8:39 (espanhol) youtube.com/watch?v=lIY-z1fqYHs

Apresenta o conceito de hospitais seguros, a importância de manter as estruturas das unidades de saúde intactas e funcionando com sua capacidade máxima de atendimento mesmo diante de um desastre natural. Deslizamentos Nova Friburgo RJ 20-01-2011 - Voo Virtual 3D – 2:54 youtube.com/watch?v=Dkn1vhCFspI

Voo virtual sobre Nova Friburgo, primeira imagem sem nuvens após o desastre. IBGE - menos de 10% das cidades estão prontas para enfrentar desastres naturais – 2:53 youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bI48OlpmJFE

Reportagem do Bom Dia Brasil sobre a pesquisa apresentada pelo IBGE. Simulado nas escolas – 1:26 youtube.com/watch?v=5G5ziY6Ilo8

Treinamento de Desocupação para o caso de chuvas fortes realizado em escolas no Rio de Janeiro. A atuação da saúde nos deslizamentos da região serrana no Rio de Janeiro – 19:55 youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=HVx8McRXxRE

O trabalho das esferas federal, estadual e municipal no resgate e cuidado às vítimas das enchentes no Rio de Janeiro. Atuação da Força Nacional do SUS em desastres naturais – 59:55 youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=iguz4lnqSOY#at=35

Todo verão temos em várias partes do país um grande volume de chuvas. Na área da saúde, além de envio de medicamentos, há treinamento de voluntários pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde. Como isto está estruturado? Quais os desafios para ações de saúde em situações de desastres naturais?

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Áreas de risco: informação para prevenção – 11:29 youtube.com/watch?v=bhKWHx08jFA

Informações relevantes para identificação de riscos e prevenção de acidentes em áreas de riscos. Trailer do vídeo Percepção de risco, a descoberta de um novo olhar – 6:07 youtube.com/watch?v=0p1UkQgMFY4

Mudanças climáticas, riscos para a vida, vulnerabilidade, prevenção, desastres climáticos e sociais são temas que o documentário apresenta e aprofunda, ao percorrer suas ramificações por diversas áreas do conhecimento e da ação humana. Filme completo em DVD com 77 minutos. Prevenção contra desastres naturais é urgente: atue agora, poupe mais tarde! – 2:46 youtube.com/watch?v=7ziILN5NtHo

Por meio desta campanha, apela-se aos estados para tomarem medidas de prevenção e preparação para desastres naturais, evitando os enormes custos de reconstrução. III Plataforma Global de Redução de Desastres – 1:31 (legendado em português) facebook.com/video.php?v=10201194464365238

Mostra algumas entrevistas de especialistas durante a III Plataforma Global de Redução de Desastres, destacando a importância do trabalho junto às comunidades e também com a educação dos jovens. Vigilância em saúde nos desastres - a experiência de Rio Branco/AC – 20:25 vimeo.com/18793736

Na enchente de 2006, em Rio Branco, Acre, cerca de 35 mil pessoas foram atingidas, 8 mil casas danificadas. O vídeo mostra as ações desenvolvidas pelo Vigidesastres - e também o trabalho de Agentes de Saúde que percorrem a região orientando a população sobre higienização de moradias e prevenção de doenças oriundas das alagações. A importância da cultura da prevenção – 00:38 g1.globo.com/videos/rio-de-janeiro/bom-dia-rio/t/edicoes/v/a-importancia-da-cultura-da-prevencao/2532120/

Matéria que destaca a importância da educação e de desenvolver uma cultura de prevenção a riscos. Radionovela: Combate à seca ou convivência com o semiárido? – 12:01 mais.uol.com.br/view/15046631

Radionovela focando a importância de um novo paradigma de convivência com a seca do semiárido, com a valorização dos conhecimentos populares, valores e práticas sociais e ambientais. NEPED - Os Desastres são Naturais – 10:31 youtube.com/watch?v=2yfe8PqEclI

As condições precárias de vida, a falta de resposta do poder público e o sofrimento das populações mais pobres nos levam a questionar se os desastres ditos naturais são realmente naturais ou naturalizamos a indiferença social. São Paulo, a cidade dos rios invisíveis – 9:5 revistapesquisa.fapesp.br/2014/03/21/cidade-dos-rios-invisiveis/

Quando tempestades caem sobre a cidade de São Paulo, rios e córregos voltam a ser vistos e lembrados, pois empurram para as ruas o excesso de água que não conseguem mais transportar. Neste vídeo especialistas explicam por que a maioria dos cursos d’água da metrópole foram enterrados e comprimidos em túneis de concreto sob ruas e avenidas, e as consequências dessa falta de planejamento. O Vale (Marcos Sá Corrêa e João Moreira Salles) – 53:13 youtube.com/watch?v=g5m7F-kwR9g

Documentário revela através da história de riqueza e decadência do Vale do Paraíba - RJ, a exaustão e exploração das terras da Mata Atlântica. Filme com duração de 56 minutos produzido para a série 6 Histórias Brasileiras, originalmente exibida no Canal GNT em Agosto de 2000. O poder da comunidade/The power of community – 52:42 (legenda em português) youtube.com/watch?v=rr70FVoAXBo

Quando a União Soviética entrou em colapso em 1990, a economia cubana entrou em queda livre. Este filme encorajador e fascinante mostra como as comunidades reagiram juntas, criaram soluções e finalmente prosperaram, apesar de a sua menor dependência de energia importada. A História das Coisas (versão brasileira) – 21:18 youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio EPSJV/FIOCRUZ; Fundação Nacional de Saúde – FUNASA; Centro Nacional de Epidemiologia – CENEPI; Divisões de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Bahia, Ceará, Mato Grosso, Brasília e Rio de Janeiro. Termo de Referência para o Programa de Formação de Agentes Locais em Vigilância em Saúde - PROFORMAR, 2002 (mimeo). FIOCRUZ/EPSJV/PROFORMAR. Programa de Formação de Agentes Locais de Vigilância em Saúde, Proformar-Rio. Unidade 3, Modulo 7 In: Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (Org.). Educação e ação comunicativa. Rio de Janeiro: Fiocruz/EPSJV/ Proformar, 2004. NARVÁEZ, L; LAVELL A. N; ORTEGA, G. P. La Gestión del Riesgo de Desastres: um enfoque baseado em processos. Secretaria General de la Comunidad Andina. Lima – Peru. 2009. 104 p. Organización Panamericana de la Salud - OPAS. 2002. La Salud Pública en las Américas – nuevos conceptos, análisis del desempeño y bases para la acción. Washington: OPAS.

AGENTES LOCAIS EM DESASTRES NATURAIS: DEFESA CIVIL E SAÚDE NA REDUÇÃO DE RISCOS

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Esta publicação é parte integrante do material didático desenvolvido para o Curso Agente Locais em Desastres Naturais, o qual visa a formação de multiplicadores em ações de Defesa Civil e Saúde. O material foi desenvolvido em maio de 2013 na cidade do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. A primeira oferta deste curso ocorreu entre os meses junho e julho de 2013 na cidade de Petrópolis, RJ, Brasil. Acesse mais informações na página facebook.com/agenteslocaisemdesastresnaturais.

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