ENEM - Redação

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Redação

UNIDADE 1 Texto e suas teorias Unidade linguística de sentido completo, cuja função é estabelecer a comunicação entre seu produtor e o seu(s) destinatário(s).

verbais (imagens e símbolos são utilizados na confecção) e híbridos (associação entre palavras e imagens). No plano do conteúdo, são divididos em literários (ou artísticos) e não literários (ou técnicos). Vale ressaltar sempre que quanto mais se conhece diferentes textos, mais fácil será o trabalho de interpretação, vital para uma boa nota na prova do Enem. Competências para um bom texto

O texto se caracteriza pela textualidade, que faz com que um texto seja realmente texto e não apenas soma de frases. Os principais fatores de textualidade são: contextualização, intencionalidade, coesão e coerência. Contextualização: refere-se à expectativa em relação ao texto e à antecipação ao leitor do assunto de que o texto vai tratar. Nesse sentido, cabe observação ao local e à data de publicação de um texto, ao autor do texto, título do texto, imagens do texto. Intencionalidade: refere-se ao objetivo do texto. Nesse sentido, é importante observar os elementos linguísticos que sinalizam a intencionalidade no próprio corpo do texto. Coesão: é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos. Coerência: refere-se ao estabelecimento de um sentido para o texto e à relação harmônica entre as idéias apresentadas em um texto. Assim, a coerência engloba a forma e o conteúdo do texto, remetendo à seqüência ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se afirma para os interlocutores. Importante lembrar: Os gêneros textuais são realizações lingüísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas representando, assim, infinitas possibilidades. A tradição escolar trabalha com a tipologia textual (tipos de textos definidos por propriedades linguísticas), apresentando, normalmente, a descrição, a narração e a dissertação. O Enem solicita que o candidato produza um texto DISSERTATIVO, nosso alvo de análise e estudo.

FIQUE LIGADO NO ENEM! Texto é uma unidade linguística, logo, se constrói através da linguagem. Como já vimos na apostila de ‘Linguagens, Códigos e suas tecnologias’ há diferentes níveis de linguagens que variam de acordo com o objetivo do sistema de comunicação. Observamos os textos quanto à forma e quanto ao conteúdo. Quanto à forma, os textos podem ser classificados como verbais (construídos com palavras, no sentido estrito do termo); não

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Para alcançar a nota máxima na prova de Redação do Enem, é preciso dominar as seguintes competências: Competência I: Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita Competência II: Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Competência III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Competência IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Competência V: Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

UNIDADE 2 Linguagem e bagagem Linguagem impessoal O texto dissertativo deve ser escrito, via de regra, na terceira pessoa. Dito de outro modo, os pronomes “eu”, “meu” ou “minha” jamais deverão ser utilizados, bem como formas verbais que contenham em sua estrutura a desinência número-pessoal da primeira pessoa: “acredito”, “acho”, “devo”, “quero”. Pessoalidade x Impessoalidade Uma primeira distinção que se pode estabelecer acerca dos usos da linguagem diz respeito ao grau de intervenção do autor no texto. Esse aspecto pode ser verificado no nível morfológico, de acordo com o uso de duas classes gramaticais. Obviamente, sendo a 1ª pessoa (do singular ou do plural) a “pessoa que fala” – isto é, o emissor -, sempre que ela aparece em um texto, pode-se perceber a presença do autor. Por isso, denominamos a linguagem empregada de pessoal. Se, ao contrário, a 1ª pessoa está ausente e o autor utiliza apenas a 3ª pessoa, a linguagem do texto é impessoal. Dito de outro modo, será pessoal todo texto eu utilizar, mesmo que apenas um vez, um pronome ou verbo em 1ª pessoa. Linguagem pessoal é diferente de conteúdo opinativo. Existe uma confusão bastante frequente entre alunos que começam a lidar com a modalidade dissertativa. Para

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