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Centro de Referência em IA no Campus do Pici

Centro de Referência em IA da UFC começa a ser estruturado no Campus do Pici

Retirado na íntegra do portal de notícias da UFC

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Uos vários talentos da Universidade Federal do Ceará em ciência de dados, machine learning e big data para potencializar o desenvolvimento de projetos de tecnologia de ponta no

Estado. Essa é a proposta do novo Centro de Referência em Inteligência Artificial, que começa a se estruturar e a fazer a articulação dos vários setores da UFC. Para isso, recebeu os primeiros equipamentos e mapeou as unidades da Universidade que desenvolvem projetos no setor.

O centro funcionará como um grande guarda-chuva de projetos envolvendo vários laboratórios e que permita ao pesquisador focar naquilo que lhe interessa: o desenvolvimento científico e tecnológico. Seis grupos ou laboratórios devem participar das atividades iniciais do Centro de Referência, a partir de um mapeamento realizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG): Grupo de Redes de Computadores, Engenharia de Software e Sistemas (GREAT); Lógica e Inteligência Artificial (LOGIA); Grupo de Pesquisa em Telecomunicações sem Fio (GTEL), Laboratório de Ciência de Dados (Insight Lab), Laboratório de Engenharia de Sistemas de Computação (LESC) e Centro de Referência em Automação e Robótica (CENTAURO).

“Todos são laboratórios bem estabelecidos, com experiência no desenvolvimento de parcerias e de projetos”, explica o Prof. Rodrigo Porto, pró-reitor-adjunto da PRPPG e um dos coordenadores do Centro. “A estratégia institucional é congregar esses diversos esforços, hoje espalhados, e desenharmos uma pós-graduação stricto sensu no tema IA e Ciência de Dados, que venha a formar mestres e doutores e produzir pesquisas de alto nível em diversas áreas do conhecimento”, explica o Prof. Jorge Soares, também coordenador da nova estrutura.

O centro não deve ficar restrito a esses laboratórios. Jorge Soares lembra que há vários pesquisadores de outras unidades que já trabalham com inteligência artificial na UFC e que poderão participar da experiência.

“A comunidade acadêmica e seus parceiros serão muito

PESQUISA “ a comunidade acadêmica e seus parceiros serão muito bem-vindos ao Centro de IA, que está sendo pensado para funcionar, sobretudo, à base de projetos financiados, na linha do que já ocorre em outros centros e institutos de pesquisa.

Pesquisas sobre aprendizado de máquina serão um dos focos no Centro (Foto: divulgação)

Jorge Soares, Coordenador do CRIA

bem-vindos ao Centro de IA, que está sendo pensado para funcionar, sobretudo, à base de projetos financiados, na linha do que já ocorre em outros centros e institutos de pesquisa”, explica. “Estaremos sistematicamente mapeando os projetos institucionais ou aqueles potenciais que se relacionam ao tema IA, tentando atraí-los para que sejam desenvolvidos sob o guarda-chuva do novo Centro.”

A atração se dará por meio de algumas vantagens para os pesquisadores. O centro contará, por exemplo, com equipe técnica para suporte nas questões administrativas dos projetos, tarefa que muitas vezes tira os pesquisadores do foco. Além disso, o centro contará com boa estrutura física e tecnológica, o que permite o processamento de grandes volumes de dados, condição essencial para o trabalho em IA. Outro ponto importante é poder aglutinar várias equipes de expertises diferentes em um mesmo local, no Condomínio de Empreendedorismo e Inovação, aumentando a sinergia entre os grupos. O condomínio, um prédio de cinco andares no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra, reunirá ainda o escritório de projetos, coworking e o ecossistema de startups nascidas na UFC, bem como representantes do setor produtivo.

“A interação entre jovens, pesquisadores, pessoal de tecnologia, startups, spin offs… As ‘colisões’ entre eles vão ser muito ricas e a sinergia, fantástica. Vai sair muita ideia nova desses encontros”, avalia o Prof. Maurício Benevides, diretor da Faculdade de Direito e um dos coordenadores do Centro de Referência em Inteligência Artificial.

O Prof. Rodrigo Porto, da PRPPG, destaca ainda que a estrutura terá parcerias com empresas públicas, privadas e governos, e que deverá mapear demandas com impactos sociais relevantes. Um bom exemplo disso é na área da saúde, na qual já há projetos sendo estudados em parceria com uma grande empresa do setor. “Teremos uma busca ativa em torno de demandas da sociedade, buscando resolver problemas socioeconômicos”, completa.

PESQUISA

“nós perdemos todas as outras. agora, há uma grande possibilidade de aproveitarmos o momento no desenvolvimento de aplicativos e soluções.

Maurício Benevides, Diretor da Faculdade de Direito

Professores Rodrigo Porto, Jorge Soares e Maurício Benevides, da Coordenação do Centro de Referência em Inteligência Artificial (Foto: Viktor Braga/UFC)

PODER TRANSFORMADOR

No longo prazo, o centro abre novas perspectivas para o Estado. “O Ceará é um estado pobre por conta da seca e da ausência de recursos naturais”, lembra Benevides. O professor cita o caso países como Israel, Coreia do Sul e Japão, ou ainda regiões como a do Vale do Silício americano, que enfrentam a mesma carência de recursos naturais, mas entraram em outro patamar de desenvolvimento graças aos investimentos em conhecimento e inovação.

“No caso do Ceará, nossa grande riqueza são nossos alunos, muitos dos quais lotam as salas do IME e do ITA (respectivamente Instituto Militar de Engenharia e Instituto Tecnológico da Aeronáutica) ou migram para o Sul e para fora do País”, diz. “Se o Centro de Referência em Inteligência Artificial conseguir ser um polo de retenção de talentos e atração de inteligência, ele terá o poder de transformar nossa realidade”, argumenta.

Benevides reforça seu posicionamento, lembrando que a inteligência artificial é apontada como a última revolução industrial. “Nós perdemos todas as outras. Agora, há uma grande possibilidade de aproveitarmos o momento no desenvolvimento de aplicativos e soluções.”

EQUIPAMENTOS

Para dar os primeiros passos nessa caminhada, os equipamentos já começaram a ser adquiridos para o centro. Serão um servidor com GPU de 20 núcleos com 256 GB e armazenamento com capacidade de 50 TB e três servidores com 4 processadores, 20 núcleos, 768 GB de memória e 800 GB de armazenamento SSD. “Esses equipamentos representam o que há de mais moderno para o treinamento de algoritmos de inteligência artificial”, explica o Prof. Jorge Soares.

Os equipamentos foram adquiridos com recursos do projeto SINESP Big Data e Inteligência Artificial, que já está sendo desenvolvido pelo Laboratório Insight para o Ministério da Justiça. O projeto é coordenado pelos professores Maurício Benevides (coordenação geral) e José Macedo (coordenação técnica e científica), sendo o primeiro realizado dentro da nova estrutura.

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