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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL III SIMPÓSIO REGIONAL DE GESTÃO AMBIENTAL

Anais do III Simpósio Regional de Gestão Ambiental: Mostra Acadêmica de Trabalhos

Editores técnicos Robson Evaldo Gehlen Bohrer Divanilde Guerra

Três Passos/RS, 2017 UERGS ISBN 9788560231355 P á g i n a 2 | 72


Coordenação editorial: Robson Evaldo Gehlen Bohrer e Divanilde Guerra Copy desk, revisão de texto e tratamento editorial: Luciane Sippert Projeto gráfico e editoração eletrônica e tratamento de ilustrações: Daiane Weiss Coordenação Geral: Ana Paula Ritter Coling; Danni Maisa da Silva; Danieli Letícia Ehrembrick; Diego Hider Maciel; Divanilde Guerra; Daiane Weiss; Darles Luan Schneider Follmer; Eduardo Lorensi de Souza; Juliana Bertieli Bertasso; Lucila Berwaldt; Márlon de Castro Vasconcelos; Marlene Rodrigues; Rafael Schroeder Gadini; Roberto Klein; Robson Evaldo Gehlen Bohrer. Comissão Técnica Científica: Bárbara Estevão Clasen; Clódis de Oliveira Andrades Filho; Danni Maísa da Silva; Diego Hider Maciel; Divanilde Guerra; Eduardo Lorensi de Souza; Fernando Almeida Santos; Luciane Sippert; Maiara Figueiredo Ramires; Marciel Redin; Márlon de Castro Vasconcelos; Mastrangello Ênivar Lanzanova; Ramiro Pereira Bisognin; Robson Evaldo Gehlen Bohrer. Fotografias da Capa: Andreia Vanize Trautenmüller (Um click!, 2017); Adaltro Zorzan (Maçarico-pernilongo, 2016) (Cascata do rio Ijuí, 2016) (O sabiá-do-campo e o nascer do sol, 2016); Carlos Roberto Grün (A visita, 2015) (Namorinho, 2015); Jacson Hermann (Untitle, 2017) (Surucuá-variado, 2017) (Cachoeira em Tiradentes, 2017); Ortiz Iboti Schroer Júnior (Fim de Tarde no Ijuí Grande, 2017); Rafael Schroeder Gadini (O Bem-te-vi, 2017); Daiane Weiss (Polinização, 2016). Fotografias Contracapa: Adaltro Zorzan (Butiazal, 2017); Carlos Roberto Grün (O voo da coruja, 2015); Mariléia Becker (Colibri e seu ninho, 2016) (Colibri, 2016); Jacson Hermann (Ninfeia, 2016) (Cachoeira em Esperança do Sul, 2017); Andreia Vanize Trautenmüller (São Joãozinho, 2016); Jeissiquele Conter Christmann e Daniela Cristina Haas Limberger (Fungos Parasíticos, 2014); Rafael Schoreder Gadini (Entre um pingo e outro, 2016); Robson Evaldo Gehlen Bohrer (O Voo do Maçarico-Preto, 2015); Alana Luiza França (Detalhes, 2017); Daiane Weiss (Beija eu, 2016).

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Todos os direitos reservados. © 1. ed. 2017 – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-book – PDF A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610). Catalogação de publicação na fonte (CIP) A532

Anais do III Simpósio Regional de Gestão Ambiental: mostra acadêmica de trabalhos / Editores técnicos, Robson Evaldo Gehlen Bohrer; Divanilde Guerra – Três Passos, RS: UERGS, 2017. 72 p. il. ISBN 9788560231355 1. Agroecologia. 2. Agronomia. 3. Gestão Ambiental. 4. Sustentabilidade. I. Bohrer, Robson Evaldo Gehlen. II. Guerra, Divanilde. III. Título. CDU 502.1 Bibliotecário Marcelo Bresolin – CRB 10/2136

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Agradecimentos / Apresentação

Em 2017, o Seminário Regional de Gestão Ambiental, teve sua 3° edição. Evento iniciado em 2015, que tem como objetivo principal a troca de conhecimento entre as questões ambientais com a Gestão Ambiental e suas áreas correlatas. O Seminário foi idealizado para atender uma demanda dos alunos dos Cursos da Uergs Unidade Três Passos (Graduação: Gestão Ambiental e Agronomia, Pós Graduação: Segurança Alimentar e Gestão e Sustentabilidade Ambiental), que buscam a complementação de suas formações acadêmicas, aliando as questões teóricas vividas em sala de aula, com a prática, trazida por meio de palestras, mini-cursos e mostra técnica de trabalhos acadêmicos. A cada ano, buscou-se ampliar e ocupar espaços para diversificar a sua programação. No ano de 2015, o mesmo iniciou-se somente com palestras, juntamente em espaço cedido pela Prefeitura Municipal no auditório da Secretária de Saúde, contando com a participação de aproximadamente 100 inscritos, de diversas áreas do conhecimento e da Região. Já na II edição, em 2016, a data do evento foi alterada, passando a ser junto a Semana do Meio Ambiente. Neste ano, além das palestras, houve o incremento de 5 mini-cursos, da I Mostra Fotográfica da Biodiversidade Regional, com mais de 40 fotografias inscritas, e com um público de mais de 150 participantes, passando também a ser promovido em um novo espaço, junto às dependências do Auditório do Centro de Convivência Irmã Dulce, junto ao Parque de Exposições Egon Júlio Goelzer. Para o III Simpósio Regional de Gestão Ambiental, buscou-se ampliar ainda mais os eventos, onde foi promovida a I Mostra de Trabalhos Acadêmicos Modalidade Pôsteres e o I Concurso Fotográfico da Biodiversidade do Noroeste do Rio Grande do Sul, além da continuidade da II Mostra Fotográfica da Biodiversidade do Noroeste do Rio Grande do Sul e das palestras técnicas. Com os quatro eventos acontecendo em paralelo, contou-se com a participação de mais de 240 inscritos, além de mais de 50 trabalhos acadêmicos de diversas instituições de ensino superior da região e mais de 50 fotos da Biodiversidade do Noroeste do Rio Grande do Sul, denotando a força do evento e consolidando-se como o maior evento voltado as questões ambientais da Região Celeiro. Mas isso tudo, não somente foi possível devido às parcerias entre comunidade acadêmica, órgãos públicos e comunidade em geral. Por fim, nós da Comissão Organizadora gostaríamos de registrar nossos agradecimentos, em especial, com nossa parceira e promotora do evento a Prefeitura Municipal de Três Passos, através da Secretaria de Meio Ambiente. Além de agradecer a professores, funcionários e acadêmicos da Uergs que auxiliam para o desenvolvimento e funcionamento do evento, ao Diretório Acadêmico e ao Curso de Gestão Ambiental da Uergs Unidade Três Passos. Agradecer ainda a todos os palestrantes que abrilhantaram o evento e fizeram com que o mesmo tivesse um altíssimo nível técnico em suas palestras. Por fim, nosso muito obrigado a todos, e até o IV Seminário Regional de Gestão Ambiental.

Comissão Organizadora

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SUMÁRIO

CAPÍTULO I - AGROECOSSISTEMAS ................................................................................ 7 CAPÍTULO II - DESENVOLVIMENTO REGIONAL .......................................................... 9 CAPÍTULO III - MEIO AMBIENTE .....................................................................................11 CAPÍTULO IV - CONSERVAÇÃO E USO DO SOLO .........................................................13 CAPÍTULO V - SISTEMAS DE ADUBAÇÃO ATERNATIVO ...........................................16 CAPÍTULO VI - SISTEMAS DE PRODUÇÃO .....................................................................20 CAPÍTULO VII - EDUCAÇÃO E AMBIENTE.....................................................................30 CAPÍTULO VIII - CONSERVAÇÃO E RECURSOS HÍDRICOS .......................................40 CAPÍTULO IX - BIODIVERSIDADE ....................................................................................45 CAPÍTULO X - AGROECOLOGIA ......................................................................................50 CAPÍTULO XI - GESTÃO AMBIENTAL .............................................................................55 CAPÍTULO XII - SUSTENTABILIDADE .............................................................................63 CAPÍTULO XIII - SEMENTES CRIOULAS ........................................................................67

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CAPร TULO I AGROECOSSISTEMAS

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A IMPORTÂNCIA DAS MICORRIZAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA Walter Luis GROHE1; Divanilde GUERRA2; Sergio FRANCISCON3; Robson Evaldo Gehlen BOHRER2; André Paulo MANFIO3. 1

Técnicos Agrícolas, Alunos do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos. 2Professor Colaborador. Unidade de Três Passos. UERGS. 3 Professores Orientadores. Escola Estadual Celeiro - ETEC. Bom Progresso – RS. E-mails: waltergrohe@hotmail.com; divanilde-guerra@uergs.edu.br; robson-bohrer@uergs.edu.br; francisconmpa@yahoo.com.br; tecandremanfio@yahoo.com.br.

Micorriza ou Micorrhyzum é a denominação dada para a associação mutualística do tipo simbiótico entre fungos e raízes de algumas espécies de plantas, as quais se formam quando as hifas de um fungo invadem as raízes de uma planta. Desta forma o presente estudo teve por objetivo estudar as ações das micorrizas na fixação de nutrientes e discutir sua importância como alternativa para a redução dos custos de produção. A metodologia para a realização deste estudo consistiu em revisão de literatura. Como resultado revisional observou-se que as micorrizas necessitam de tecidos vivos para sua sobrevivência. A fonte de inóculo destas podem ser seus esporos ou porções de solo denominadas de solo-inóculo (contendo raízes colonizadas, micélio e esporos) os quais podem ser adicionados ao solo e desta forma se desenvolverem e se multiplicarem até colonizarem as plantas. Após o processo de colonização ou invasão observa-se que essa associação é de grande importância para algumas plantas, pois os fungos ajudam às plantas na proteção contra agentes patogênicos e pequenos vermes, além de atuarem na redução dos danos provocados por fatores ambientais, facilitando assim seu estabelecimento, desenvolvimento e sobrevivência em ambientes adversos; em troca as plantas fornecem ao fungo várias substâncias orgânicas essenciais para o seu crescimento, como os exsudados. Contudo solos muitos férteis e com muita disponibilidade de N (Nitrogênio) e P (Fósforo) afetam de forma negativa o crescimento e a estabilidade das micorrizas. Nutricionalmente, os fungos permitem um aumento na área de absorção do sistema radicular, pois ao se associarem às raízes ampliam consideravelmente sua área de absorção de água e nutrientes. As hifas (filamentos do fungo) criam assim mais extensões das raízes aumentando em até cinco vezes as áreas de exploração, ampliando o tamanho do sistema radicular e permitindo a elevação da capacidade de absorção de água e de nutrientes no solo, principalmente o fósforo. Portanto, em virtude dos fatos expostos constatou-se que as micorrizas têm uma grande influência no solo por ampliarem a absorção dos nutrientes, permitindo assim que o agricultor utilize menor quantidade de adubação química nas lavouras e por consequência reduza os custos de produção. Palavras-chave: Agricultura familiar. Fungos micorrízicos. Adubação do solo. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: A UERGS pela disponibilidade do curso de Bacharelado em Gestão Ambiental em Três Passos por permitir aos acadêmicos cursarem a disciplina de Fundamentos de Ecologia na qual o presente trabalho foi desenvolvido

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CAPร TULO II DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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BALCÃO AGRÍCOLA NO MUNICÍPIO DE TRÊS PASSOS: FORTALECENDO A AGRICULTURA FAMILIAR. Tiele Lais KAPPAUN¹; Daniel KIPPER¹; Airton ANDRIGUETTO¹; Ângelo Munaretto KRYNSKI¹; Júlio Cesar Grasel CEZIMBRA¹; Eduardo Lorensi de SOUZA². ¹ Acadêmicos do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), ²Professor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); E-mails: kappauntiele@gmail.com.br; munarettoangelo@hotmail.com; juliocezimbra@yahoo.com; danieelkipper@gmal.com; airton_aja@hotmail.com; eduardo-souza@uergs.edu.br;

O Brasil é um dos maiores produtores de matéria prima do mundo, especialmente de alimentos e grãos, sendo também um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo. A maior parte desses fertilizantes é importada de outros países e, sabendo que as reservas mundiais estão se esgotando e tem tempo finito de uso, é imprescindível que práticas de uso racional desses recursos sejam adotadas pelos agricultores, especialmente no que diz respeito às corretas utilizações de dosagens para as culturas agrícolas, reduzindo custos e riscos de contaminação ambiental, bem como maximização da utilização desses recursos para manter as produtividades das culturas. Nesse contexto, o objetivo desse projeto de extensão é fornecer auxílio e orientação em relação à coleta de solo, diagnósticos de análises de solo, interpretação e recomendação de adubação e calagem para agricultores do município de Três Passos e região, promovendo o desenvolvimento agrícola sustentável. Para isso, junto com a Secretaria Municipal de Agricultura de Três Passos será cedida uma sala para a execução do Balcão Agrícola, que funcionará dentro da secretaria para atender, orientar, capacitar e ir à campo juntamente com os agricultores para dar orientações técnicas sobre os procedimentos de coletas de solo em propriedades agrícolas e o uso racional de fertilizantes, da seguinte forma. Em um primeiro momento, os bolsistas de extensão vão fazer a orientação no local, com supervisão do coordenador e dos colaboradores do projeto. Num segundo momento, quando solicitados, os bolsistas se deslocarão até as propriedades para realizar as coletas de solo e dar as orientações práticas de campo na amostragem de solos de áreas agrícolas para fins de análise e recomendação de adubação e calagem para culturas agrícolas. Em um terceiro momento os bolsistas junto com a coordenação e colaboradores do projeto e, junto com os funcionários da secretaria realizarão a capacitação de agricultores e demais solicitantes em relação a confecção da recomendação de adubação. Num quarto momento, concomitante com os demais, os bolsistas realizarão a orientação dos produtores em relação às boas práticas de uso racional de fertilizantes na propriedade rural. Com os objetivos propostos neste projeto alcançados, será possível aos produtores rurais e demais participantes tirarem dúvidas quanto às questões relacionadas às coletas e interpretação das análises de solo, bem como quanto à recomendação de adubação para as culturas em suas propriedades. Também se espera desse projeto de extensão resultados de capacitação de agricultores, técnicos e comunidade em geral em relação ao manejo adequado de adubação de culturas em áreas agrícolas, utilização racional de fertilizantes na propriedade rural, integração e a valorização entre agricultores, técnicos e alunos de graduação e, melhoria das condições econômicas dos agricultores, bem como promover a integração da Universidade-Sociedade. Agradecimentos: A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e seu corpo docente, direção е administração que oportunizaram o desenvolvimento do projeto.

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CAPร TULO III MEIO AMBIENTE

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PRODUÇÃO DE COMPOSTO E ALIMENTO ORGÂNICO COMO FERRAMENTA DE SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL A ESTUDANTES DO INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO ÉRICO VERÍSSIMO. Darles Luan Schneider FOLLMER¹; Eduardo Lorensi de SOUZA2; Danni Maisa da SILVA2; Divanilde GUERRA2; Robson Evaldo Gehlen BOHRER2; Ramiro Pereira BISOGNIN3. ¹Acadêmico do Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). ²Professor Colaborador, UERGS, Três Passos. 3Professor Orientador, UERGS, Três Passos. E-mails: ddddarlesddd@gmail.com, eduardo-souza@uergs.edu.br, danni-silva@uergs.edu.br, divanildeguerra@uergs.edu.br, robson-bohrer@uergs.edu.br, ramiro-bisognin@uergs.edu.br.

Num mundo dependente da agricultura e suas práticas, muitas vezes abusivas, tem se falado cada vez mais em produção orgânica de alimentos e de base ecológica para minimizar as ações do ser humano na degradação ambiental ocasionada ao satisfazer suas necessidades, bem como para promover a segurança alimentar. Nesse sentido, o presente projeto objetiva difundir práticas de sensibilização ambiental e de produção de alimentos com menor impacto ambiental e saudáveis no ambiente escolar. Como metodologia o projeto irá integrar os alunos do Instituto Estadual de Educação Érico Veríssimo, no município de Três Passos, com práticas agrícolas orgânicas e, através dessas ações, desenvolver a curiosidade e a sensibilização ambiental dos alunos envolvidos. O projeto contará com a ajuda do Grupo Com Vida, coordenado por uma professora e com a participação de alunos do oitavo e nono ano, ambos do IEE Érico Veríssimo, os quais serão o público alvo desde projeto. Assim, será desenvolvida uma horta escolar com plantio de hortaliças, ervas e temperos sem o uso de insumos químicos, confecção de uma composteira para reaproveitamento de restos da merenda escolar e palestras educacionais sobre questões ambientais, incluindo questionários sobre as temáticas ambientais e perguntas específicas sobre as práticas que irão ser aplicadas. Realizar-se-á também, atividades ambientais envolvendo algumas turmas da escola, que variam desde palestras a atividades educacionais sobre responsabilidade dos alunos envolvidos no projeto. Como resultados do projeto, espera-se que os alunos, principalmente aqueles diretamente envolvidos com este trabalho, assimilem o quão importante é o meio em que vivem e a magnitude do mesmo, preservando-o para que futuras gerações também possam usufruir dele. Espera-se também que a horta e a composteira contribuam para o âmbito escolar, não apenas na geração de alimentos saudáveis, mas também como forma de conscientização ambiental. E que, futuramente, o projeto continue em desenvolvimento para os alunos que virão, pois o cuidado com o meio ambiente não deve ser momentâneo, mas perpetuar com o passar dos anos passando essas práticas para futuras gerações. Palavras-chave: Horta escolar. Composteira. Alimento orgânico. Agradecimentos: Este trabalho contou com o financiamento da UERGS, por meio de bolsa de extensão pelo EDITAL PROBEX 2017. Agradeço também ao orientador do projeto pela oportunidade oferecida.

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CAPÍTULO IV CONSERVAÇÃO E USO DO SOLO

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FUNÇÕES E IMPORTÂNCIA DA FAUNA EDÁFICA DO SOLO Elói Meinen JÚNIOR¹; Darlan Weber da SILVA¹; Eduardo CANEPELLE¹; Jackson STEIN¹; Thaniel Carlson WRITZL¹; Marciel REDIN². ¹Acadêmicos do curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2Professor orientador. Unidade de Três Passos (UERGS). E-mails: junior3e42@gmail.com; darlanweberdasilva@hotmail.com; eduardocanepelle@gmail.com; jackson.s.stein@hotmail.com; thaniel.cw@hotmail.com; marcielredin@gmail.com

O solo é o meio base da sustentação de toda a vida e alimentos no mundo. Existem outros meios alternativos de cultivos de plantas, mas o solo, sem sombra de dúvidas, é o principal, pois além do fornecimento dos nutrientes, promove as condições adequadas para os seres vivos no interior do solo, entre eles a fauna edáfica do solo. A abundância e diversidade dos organismos da microfauna, mesofauna e macrofauna do solo, que compõem a teia alimentar decompositora, determinam a velocidade e a magnitude de processos como a mineralização e imobilização dos nutrientes do solo, especialmente, o nitrogênio. O tamanho e sua capacidade de translocação dos organismos da fauna edáfica do solo é diretamente ligado a fonte de alimentos. Os organismos da fauna edáfica (mesofauna e macrofauna) atuam na decomposição inicial através do fracionamento dos resíduos culturais, e nesse sentido, não são decompositores diretos, mas facilitam, posteriormente a ação de fungos e bactérias presentes no solo sobre os resíduos. Além disso, desempenham um outro papel importante durante os estágios iniciais decomposição do resíduo vegetal, incluindo à sua incorporação no interior do solo, processo de suma importância para os agroecossistemas. O manejo do solo afeta diretamente as características físicas, químicas, e principalmente biológicas do solo. A fauna edáfica é considerada muito sensível as alterações no ambiente, como por exemplo, as práticas de manejo do solo, sendo um excelente indicador biológico do solo. As práticas afetam diretamente a quantidade de agrotóxicos utilizada, o tipo e idade das plantas, revolvimento do solo, condições edafoclimáticas (por exemplo, a temperatura), sucessão de culturas empregadas, cobertura do solo e tipo de relações ecológicas existentes, todas com efeitos diretos sobre a fauna do solo. Nesse sentido, o sistema de plantio convencional com um maior revolvimento de solo pode reduzir a atividade e a diversidade da fauna edáfica do solo. Por outro lado, o sistema de plantio direto, com a mínima mobilização e resíduos culturais sobre a superfície do solo, promove de forma direta e indireta maior diversidade de organismos da fauna edáfica do solo, especialmente na camada superior do solo. A fauna edáfica do solo também pode ser utilizada para avaliar e recuperar impactos de desmatamentos e poluição do solo. Dessa forma, a fauna edáfica do solo é de suma importância para a criação da estrutura do solo, relevando a recomposição de comunidades biológicas do solo, para a reestruturação de ambientes degradados. Apesar do grande conhecimento sobre a fauna edáfica do solo, este ambiente de organismos ainda é pouco explorado pela comunidade acadêmica, portanto necessárias medidas para ampliação da difusão e aplicação dos conhecimentos sobre a fauna edáfica do solo na concepção da agricultura de base ecológica. Palavras-chave: Fauna edáfica do solo. Decompositores. Ciclagem de nutrientes.

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INDICADORES BIOLÓGICOS COMO ÍNDICES DE QUALIDADE DO SOLO Eduardo CANEPELLE1; Darlan Weber da SILVA1; Thaniel Carlson WRITZL1; Jackson Eduardo Schmitt STEIN1; Elói Meinen JÚNIOR1; Marciel REDIN2. 1.

Acadêmicos do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS. 2.Professor Orientador - UERGS, Três Passos. E-mails: eduardocanepelle@gmail.com; darlanweberdasilva@hotmail.com; thaniel.cw@hotmail.com; jackson.s.stein@hotmail.com; junior3e42@gmail.com; marcielredin@gmail.com

Nos últimos anos houve aumento das áreas agrícolas degradadas causado principalmente pelo manejo inadequado do solo e utilização de grandes quantidades de insumos químicos, os quais provocaram a contaminação do solo, ar e da água. Esse cenário compromete o futuro da agricultura e, consequentemente, da vida na terra, pois muitos estudos relacionam que a saúde das pessoas está relacionada diretamente à saúde do solo. Neste contexto, vem sendo utilizados os indicadores de qualidade de solos para avaliar sustentabilidade de um sistema de produção e definir quais são as mediadas a serem adotadas a fim de utilizá-lo de maneira racional. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi apresentar e brevemente contextualizar, com base em informações de meios científicos-acadêmicos, os principais índices utilizados como indicadores biológicos de qualidade do solo. Os resultados encontrados mostram que atualmente, não se pode definir um solo de alta qualidade observando apenas a sua fertilidade, mas também os fatores biológicos, por exemplo, a diversidade e quantidade de organismos. O entendimento sobre qualidade do solo evoluiu nos últimos anos, onde se considera atuação dos indicadores de qualidade de fundamental importância para manter a sustentabilidade dos agroecossitemas. Muitos estudos relatam que a produtividade agrícola de uma cultura é definida pelos organismos do solo, pois participam de vários processos, os quais trazem inúmeros benefícios as plantas, como fixação biológica de nitrogênio, ciclagem de nutrientes, decomposição do material orgânico no solo e síntese de fitohormônios. Frequentemente, são utilizados como indicadores biológicos a presença de certas espécies de macro ou microrganismos ou espécies de plantas, por exemplo, as minhocas, cupins, formigas entre outras, as quais demonstram o estado da qualidade do solo diante as ações antrópicas.No entanto, a comunidade científica-acadêmica não considera como únicos esses indicadores de qualidade do solo, pois estes podem ser influenciados pela distribuição sazonal, principalmente pela temperatura e umidade. Além desses parâmetros, avaliações de atividade microbiana, como a respiração do solo, a utilização de fontes de carbono, tamanho e biodiversidade de macro e microrganismos, também são utilizados para definição da qualidade do solo.A matéria orgânica do solo é definida como o fator de maior relevância para existência diversidade de microrganismos, sendo importante na qualidade do solo, dessa forma, vem sendo utilizada como indicador biológico ou químico dos solos. De maneira geral, a comunidade científica-acadêmica define um bom indicador ecológico aquele capaz de responder, de forma rápida e acurada um distúrbio no solo, refletir os aspectos do funcionamento do ecossistema, possuir processo de fácil avaliação, além de ser economicamente viável. Assim, constata-se que existem diversos índices de qualidade biológica do solo, diretamente relacionados com a quantidade e diversidade de microrganismos presentes no solo, influenciados por fatores bióticos e abióticos de clima e solo, mas que todos promovem aumento de produtividade e sustentabilidade dos agroecossistemas. Palavras-chave: Fatores de qualidade do solo. Organismos do solo. Agroecosssitemas. Agradecimentos: Este trabalho contou com financiamento da UERGS, por meio de bolsa de extensão pelo edital PROBEX 2017.

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CAPÍTULO V SISTEMAS DE ADUBAÇÃO ATERNATIVA

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AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE DE MILHO (Zea mays L.) ADUBADO COM DIFERENTES DOSES DE DEJETO LÍQUIDO DE SUINO EM COMPARAÇÃO A ADUBAÇÃO QUIMICA EM LATOSSOLO NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL Patrik Gustavo DUNCKE1; Marco Antonio de OLIVEIRA2; Domenico Marcelo RAFAELE2; Bárbara CLASEN 3. 1.

Aluno Voluntário, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2. Aluno voluntário (UERGS); Professor Orientador (UERGS). E-mails: patrick.gustavo_duncke@hotmail.com; marcoantoniooliveira2@hotmail.com; dmraffaele@hotmail.com; ba.clasen@hotmail.com. 3.

Um dos cereais mais consumidos no mundo é o milho, por suas características químicas de alto valor nutritivo. A adubação química da cultura de milho é um dos principais onerantes do sistema de produção e contribui desde sua produção quanto sua utilização para degradação da biosfera, seja na emissão de gases do efeito estufa ou na sua concentração nos solos e águas devido sua fácil solubilidade. A utilização de dejeto líquido de suíno (DLS) é uma alternativa para mitigar a utilização de insumos químicos. A cadeia de produção de suínos gera em média 7,0 e 8,0 l de dejetos/dia/animal. Definir a quantidade correta para utilização de DLS de acordo com o solo utilizado e a cultura empregada contribui diretamente com a preservação do meio ambiente e a redução de insumos oriundo da indústria química, proporcionado maior sustentabilidade nos agroecossistemas locais. Objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho da produtividade de milho adubado com diferentes doses de DLS da dose específica do mesmo, em comparação a adubação química.Este trabalho foi implantado em 6 de dezembro 2016 no município de Tenente Portela – RS. Foram implantados seis tratamentos com quatro repetições em Delineamento de Blocos Casualizados, medindo 16 m2cada parcela, sendo eles: TQR: adubação química; TDR: Dose de 32 m3/ha de DLS; TD-10: equivale a TDR menos 10% de N recomendado; TD0: sem adubação; TDmais10, que equivale a TDR mais 10% do N recomendado; TD20 que equivale a TDR mais 20% do N recomendado. As doses dos fertilizantes químicos e orgânicos foram estabelecidas conforme o Manual de Adubação para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina (CQSF, 2017). Em 22 de abril 2017 foram colhidos 2 metros lineares das linhas centrais de milho de cada parcela e, após debulha e verificação da umidade (13%), foi coletado aleatoriamente uma quantidade indefinida para contagem de mil grãos. Os mil grãos foram pesados e a produtividade calculada através de comparações múltiplas via Bootstrap disponível no pacote estatístico do Sisvar. Para variável Peso de Mil Grãos (PMG) verifica-se que os tratamentos TD20 e TDR demonstrou maior desempenho se comparado aos demais tratamentos (PMG 475,12 412,12 gr). Com a demonstração de eficiência de TD20 e TDR ao método químico compreende se neste experimento que a utilização de 32 m3/ha de DLS (TDR) é eficiente e possui melhor custo benefício para esperar produtividades comparadas se utilizada adubação química tradicional, com a vantagem de ser sustentável favorecendo o ecossistema. Palavras-chave: Adubação orgânica. Dejeto liquido de suíno. Zea mays. Produtividade.

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PRODUÇÃO DE MILHO COM BIOFERTILIZANTE NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL Daniel Erison FONTANIVE1; Renan BIANCHETTO1; Ângelo Munaretto KRYNSKI1; Maiara Figueiredo RAMIRES2; Zaida Inês ANTONIOLLI3; Eduardo Lorensi de SOUZA4. 1.

Estudante do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS;2. Estudante de doutorado, Universidade Federal de Santa Maria; 3Professora Dra., Universidade Federal de Santa Maria; 4 Professor Dr., UERGS, Unidade de Três Passos. E-mails: danielfontanive76@gmail.com; renan.bianchetto@hotmail.com; munarettoangelo@hotmail.com; maiara_agroin13@yahoo.com; zantoniolli@gmail.com; eduardo-souza@uergs.edu.br.

A produção de suínos há muito tempo contribui com a economia do Brasil e, com a demanda de alimentos no mundo nos próximos anos devido ao grande aumento populacional, impõem sobre o setor agropecuário o desafio de aumentar a produção de alimentos, como fontes de proteína. Porém, o aumento na produção de suínos gera problemas com a produção de resíduos tanto na fase de produção, quanto no processo de abate, resíduos estes que historicamente são descartados incorretamente, geralmente não passando por processos de estabilização e eliminação de patógenos e contaminantes, podendo acarretar em contaminação tanto do solo, quanto dos recursos hídricos pela lixiviação. Nesse contexto, uma alternativa é fazer a compostagem do material orgânico, que elimina grande quantidade de patógenos pelas altas temperaturas alcançadas (entre 45º e 60 ºC), e também de contaminantes pela atividade microbiana. Além disso, o composto estabilizado pode ser usado como biofertilizante na agricultura. Portanto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o potencial fertilizante do material orgânico compostado oriundo de abatedouro de suínos sobre a produção de milho. O trabalho foi realizado pela UERGS no Município de Bom Progresso – RS, nos anos de 2015, 2016 e 2017, sendo dividido em duas etapas, a primeira foi a compostagem dos resíduos de abatedouro de suínos (RAS) misturados em diferentes proporções com cinzas. Foram realizadas análises químicas dos nutrientes aos 150 dias, após o final do processo de estabilização dos compostos, para determinar as dosagens de nutrientes da segunda etapa do trabalho, onde se utilizou esse composto biofertilizante na cultura do milho. Esta cultura foi conduzida no campo, em sistema de plantio convencional, num delineamento em blocos casualisados, utilizando-se seis tratamentos com quatro repetições, sendo T1: milho sem adubação. T2: milho com adubação mineral recomendada. T3: milho adubado com composto de proporção 0:1 (somente RAS). T4: adubado com composto de proporção 1:1 (uma parte de RAS para uma parte de cinzas). T5: adubado com composto de proporção 2:1 (duas partes de RAS para uma parte de cinzas). T6: adubado com composto de proporção 1:2 (uma parte de RAS para duas partes de cinzas). As avaliações feitas foram produtividade de grãos e peso de mil grãos. Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de contrastes, disponíveis no pacote estatístico SISVAR. Constatou-se que não houve diferença tanto para a variável produtividade de grãos quanto ao peso de mil grãos em nenhum dos contrastes testados. Por outro lado, os tratamentos fertilizados com os compostos, inclusive, superaram em produtividade os tratamentos sem adubação e com adubação mineral, alcançando produtividades que ultrapassaram 11.000 kg/ha em alguns tratamentos, indicando assim que o biofertilizante produzido é tão eficiente quanto o adubo mineral para a cultura do milho. Conclui-se que os compostos gerados de RAS misturados ou não com cinzas são boas alternativas como biofertilizante para a cultura do milho na região Noroeste do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: Resíduos de abatedouro. Adubação orgânica. Sustentabilidade. Zea mays. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: Este trabalho contou com financiamento da FAPERGS pela cota de bolsa PROBIC/FAPERGS.

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UTILIZAÇÃO DE PÓ DE BASALTO NA AGRICULTURA Thaniel Carlson WRITZL¹; Jackson Schmitt STEIN¹; Eduardo CANEPELLE¹; Elói Meinen JÚNIOR1, Darlan Weber DA SILVA¹; Marciel REDIN². ¹. Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); ². Professor orientador, UERGS - Unidade em Três Passos. E-mails: thaniel.cw@hotmail.com, jackson.s.stein@hotmail.com, eduardocanepelle@gmail.com, junior3e42@gmail.com, darlanweberdasilva@hotmail.com, marcielredin@gmail.com

A utilização de insumos alternativos e o resgate de práticas e saberes culturais, deixados em segundo plano pela revolução verde, tem aumentado gradativamente nos últimos anos. Neste sentido, o objetivo do presente trabalho foi compilar e brevemente apresentar informações referente ao pó de basalto, bem como uma alternativa de fertilização de base ecológica na agricultura. As informações sobre o referido tema foram obtidas através da consulta de publicações científicas, informes técnicos e materiais didáticos. Os resultados indicam que o pó de basalto, oriundo da moagem da rocha de basalto, possui em sua composição, embora em quantidades pequenas, boa diversidade da maioria dos nutrientes, principalmente cálcio, fósforo e potássio, ambos de grande importância para o desenvolvimento das plantas. Basicamente, no processo de fertilização convencional, são fornecidas as plantas apenas nitrogênio, fósforo e potássio, no entanto, sabe-se que as plantas necessitam em torno de 45 macro e micronutrientes os quais são, na maioria, encontrados no pó de basalto. No entanto, o pó de basalto não fornece nitrogênio, porém, existem alternativas para o seu suprimento, como por exemplo, a utilização em conjunto com fertilizantes orgânicos provenientes de estercos de animais, além da adubação verde, ambos ricos em nitrogênio. De acordo com relatos de literatura, para uma solubilização eficiente dos nutrientes do pó de basalto para as plantas é necessária a ação de microrganismos, que transformam os componentes do fertilizante em formas que são absorvidas pelas plantas. O pó de basalto, apresenta baixa solubilidade e, consequentemente menor probabilidade de perdas dos nutrientes através da lixiviação, quando comparado com os fertilizantes químicos solúveis. Ainda, apresenta potencial para equilibrar o pH do solo na faixa ideal para o desenvolvimento da maioria das culturas agrícolas, maior absorção de água e nutrientes, com isso melhor desenvolvimento do sistema radicular, plantas mais sadias e resistentes ao ataque de pragas e doenças, produzindo alimentos mais saudáveis e nutritivos. No âmbito econômico, outros trabalhos relatam que a aplicação do pó de basalto para fertilização de plantas traz inúmeras vantagens, como por exemplo, menor custo de produção, uma vez que ainda é mais barato que os fertilizantes químicos. Ainda, os químicos requerem um maior número de aplicações, diferente do pó de basalto cujo residuais permanecem no solo por vários anos. Além disso, provoca menores impactos ambientais por ser de origem natural. A disponibilidade da matéria prima desse insumo alternativo é de grande abundância comparado a fertilização química, cuja qual já existem relatos de esgotamento das jazidas minerais no futuro. Por outro lado, a comercialização desse tipo de fertilizante ainda é pequena se comparado com a fertilização química, provavelmente pelo pouco conhecimento do fertilizante alternativo e pelo atual sistema de produção, onde o modelo predominante são os insumos químicos. No campo da pesquisa, o presente tema ainda é incipiente, sobretudo no Brasil, no entanto, alguns trabalhos já desenvolvidos mostram resultados promissores na produtividade de grãos em culturas anuais de interesse agrícola. Assim, o uso de basalto apresenta, principalmente benefícios ambientais, econômicos, bem como uma alternativa de fertilização de base ecológica na agricultura. Palavras-chave: Fertilizante alternativo. Rochagem. Agroecologia. Agricultura sustentável. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: O presente trabalho consta com financiamento da Fapergs, por meio da concessão de bolsa de iniciação científica. P á g i n a 19 | 72


CAPÍTULO VI SISTEMAS DE PRODUÇÃO

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ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM SISTEMA DE PRODUÇÃO DE MORANGOS SEMI-HIDROPÔNICOS Andersson Daniel STEFFLER1; Jackson Eduardo Schmitt STEIN1; Cassiano Peixoto ROSA1; Thaniel Carlson WRITZL1; Eduardo CANEPELLE1; Divanilde GUERRA2. 1.

Acadêmicos do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS de Três Passos; 2. Professora orientadora, Unidade UERGS de Três Passos. E-mails: anderssonsteffler@hotmail.com, jackson.s.stein@hotmail.com, cassiano.rpeixoto@gmail.com, thaniel.cw@hotmail.com, eduardocanepelle@gmail.com, divanildeguerra@yahoo.com.br.

O cultivo de morangos é de suma importância tanto nutricional como econômico, hoje o maior estado produtor no Brasil é Minas Gerais com produtividade média em torno de 25 t/ha, podendo variar conforme o manejo e a tecnologia empregada. A cultura é muito sensível à falta de água, baixa umidade relativa, alta temperatura e intensidade e duração da luz devido à alta quantidade de estômatos presentes em suas folhas. O cultivo do morango em um sistema controlado, chamado semi-hidropônico permite maior eficiência no manejo e controle de fitopatógenos da cultura. A estrutura física quando adequada, permite que todas as plantas recebam uma quantidade similar de luz solar devido a facilidade de controlar a alocação das plantas dentro do sistema, facilitando o manejo, pois fornece um substrato livre de fungos, diminuindo assim o uso de agentes de controle químico, além disso, o sistema inclui a ferti-irrigação que garante uma dose nutritiva, homogênea e adequada para as plantas. Desta forma o objetivo do trabalho foi estimar os custos de implantação e a viabilidade de um sistema semi-hidropônico de produção de morangos, implantado no ano de 2015. A metodologia consistiu em um relato de experiência na propriedade de Oltair Diesel residente no município de Pareci Novo - Rio Grande do Sul. As informações foram obtidas através de um questionário onde foram estimados os custos de implantação do sistema, bem como os valores de manutenção, manejo, produção e comercialização de morangos em um sistema semi-hidropônico. Como resultado verificou-se que o proprietário implantou oito estufas e segundo este o investimento inicial foi de R$ 180.416,00, sendo este composto pela estrutura física, bem como o substrato e as mudas para dar início ao processo de produção. Após o sistema estar estabelecido o gasto reduziu consideravelmente, pois havia a necessidade de aquisição apenas de materiais de consumo, visto que os materiais permanentes já haviam sido adquiridos no ano anterior. Segundo o proprietário os custos a partir do segundo ano ficaram em torno de R$ 4,00 por kg de morango gastando apenas com manutenção e mão de obra. Contudo segundo o produtor a cada três anos ocorre a necessidade de troca do material vegetativo, sendo necessária a aquisição e implantação de novas mudas, as quais requerem novos investimentos. Na propriedade a produção anual total é de aproximadamente 26.800 kg de morangos, sendo esta comercializada na época a um preço médio de R$ 9,00/kg, ou seja, totalizando uma renda bruta de cerca de R$ 241.200,00. Mesmo com os gastos de implantação, manutenção e mão de obra elevados no primeiro ano (R$ 180.416,00) neste já foi possível obter-se um lucro líquido considerável, o qual foi estimado em aproximadamente R$ 61.504,00 por ano, ou o valor de R$ 5.125,00 mensal. Já para o segundo ano o lucro foi de R$ 134.400,00 anual ou R$ 11.200,00 mensais. Portanto, levando-se em conta todas as informações repassadas pelo produtor pode-se observar que o cultivo de morangos em sistema semi-hidropônico é uma excelente alternativa para pequenas propriedades, pois este apresentou-se viável economicamente. Palavras-chave: Sistema de produção. Hidroponia. Lucro.

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AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DA BROCA EM CULTIVARES PRECOCES DE CANADE-AÇÚCAR Andersson Daniel STEFFLER1,2; Cassiano Peixoto ROSA2; Douglas Wegner KUNZ2; Vanini KORB2; Daiane Karina GRELLMANN2; Divanilde GUERRA3. 1.

Bolsista de iniciação científica UERGS; 2.Discente do Curso de Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos;3. Professora Orientadora. UERGS, Três Passos. E-mails: anderssonsteffler@hotmail.com, cassiano.rpeixoto@gmail.com, douglaswkunz@gmail.com, vaninikorb@hotmail.com, daiane.grellmam1995@hotmail.com, divanilde-guerra@uergs.edu.br.

A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância no Brasil devido ao grande potencial para gerar renda, tanto como matéria prima para as indústrias e agroindústrias, quanto para a alimentação animal. Porém, no Rio Grande do Sul (RS) a produção é quase insignificante, devido ao reduzido número de cultivares selecionadas para as condições locais, bem como pela falta de estudos sobre a incidência de pragas, doenças e técnicas de manejo. Porém, esse cenário está mudando ao longo dos últimos anos, devido aos incentivos do governo e pela ampliação do zoneamento agrícola da cultura, o qual passou a integrar parte do Estado do RS. No entanto, para alcançar níveis significativos de produção estudos mais avançados são necessários para se ter referência em termos de produção, resistência a pragas e doenças, bem como, a respostas das cultivares aos sistemas de adubação. A incidência de pragas e doenças interfere muito na produção dependendo do ciclo da cultura, com reduções significativas na produtividade. Na cana-de-açúcar busca-se entender e ampliar os estudos relativos à broca (Diatraea saccharalis Fabr.), visto que esta é uma das principais pragas da cultura nas maiores regiões produtoras de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, porém para as condições do RS estas informações não existem. Com relação à adubação da cultura os dejetos líquidos de bovinos (DLB) e dejetos líquidos de suínos (DLS) apresentam grandes quantidades de nutrientes e quando adicionados em dosagens adequadas podem reduzir significativamente a adição de adubos químicos e por consequência os custos de produção. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a incidência da broca da cana (Diatraea saccharalis Fabr.) em duas cultivares de ciclo precoce na região Noroeste do Rio Grande do Sul conduzidas sob diferentes sistemas de adubação. O estudo foi desenvolvido na área experimental da UERGS - Unidade Três Passos, no município de Bom Progresso – RS. O experimento foi implantado no dia 30 de setembro de 2016 através de plantio de internódios, utilizou-se o delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, sendo constituído por oito tratamentos: T1= cultivar precoce 1+DLS; T2= cultivar precoce 1+DLB; T3= cultivar precoce 1+adubação química; T4= cultivar precoce 1+sem adubação; T5= cultivar precoce 2+DLS; T6= cultivar precoce 2+DLB; T7= cultivar precoce 2+adubação química; T8= cultivar precoce 2+sem adubação; previamente a implantação do experimento realizou-se a amostragem e análise do solo e com base nos resultados obtidos procedeu-se a adubação de acordo com o Manual de Adubação e Calagem. A avaliação da incidência de brocas está sendo realizada de forma visual a campo a cada 15 dias, sendo quantificada a presença e ausência da praga e seus danos em cada planta. Os resultados parciais obtidos até o momento permitiram identificar a baixa incidência nas duas cultivares. Portanto, este trabalho permitirá identificar o período de ataque da broca, bem como comparar a suscetibilidade das duas cultivares ao ataque da praga quando conduzidas com diferentes sistemas de adubação. Palavras-chave: Incidência de broca. Diatraea saccharalis Fabr. Sistemas de adubação. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: à UERGS e a FAPERGS pela concessão de bolsas de iniciação cientifica.

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AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DA BROCA EM CULTIVARES TARDIAS DE CANA-DEAÇÚCAR Cassiano Peixoto ROSA1,2; Andersson Daniel STEFFLER2; Douglas Wegner KUNZ2; Jackson Eduardo Schmitt STEIN2; Vanini KORB2; Divanilde GUERRA3. 1.

Bolsista de iniciação científica FAPERGS; 2Discentes do Curso de Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos. 3Professora Orientadora. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: cassiano.rpeixoto@gmail.com, anderssonsteffler@hotmail.com, douglaswkunz@gmail.com, jackson.s.stein@hotmail.com, vaninikorb@hotmail.com, divanilde-guerra@uergs.edu.br.

A cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância econômica no Brasil. No Rio Grande do Sul, a cana é muito utilizada para a produção de derivados em agroindústrias como o açúcar mascavo, melado, cachaça, etc., além de ser amplamente utilizada para o trato dos animais, principalmente durante a escassez de alimentos no período denominado de vazio forrageiro. Apesar da grande importância, na maioria das propriedades da região, a cana-de-açúcar é cultivada em áreas adjacentes e sem qualquer tipo de adubação, bem como são utilizados materiais vegetativos de origem desconhecida, os quais não têm valores de produção determinados, além de se desconhecer a suscetibilidade destes as pragas e doenças da cultura. Na última década ocorreu a ampliação do zoneamento agrícola da cultura, o qual passou a abranger o Estado do Rio Grande do Sul, podendo, portanto ser este um ponto de partida para uma mudança de cenário, através da ampliação dos estudos com relação à produção, resistência a pragas e doenças, bem como a resposta das cultivares a diferentes tipos de adubação, visto que a produção das cultivares pode se tornar mais rentável e lucrativa quando o manejo da adubação for adequado ou mesmo quando forem utilizados dejetos oriundos do próprio sistema. Dejetos líquidos de bovinos (DLB) e dejetos líquidos de suínos (DLS) apresentam grandes quantidades de nutrientes e quando adicionados em dosagens adequadas a cultura podem reduzir significativamente a adição de adubos químicos e por consequência os custos de produção. Desta forma o objetivo do presente trabalho foi avaliar a incidência da broca da cana (Diatraea saccharalis Fabr.) em duas cultivares de ciclo médio/tardio na região Noroeste do Rio Grande do Sul conduzidas sob diferentes sistemas de adubação. O estudo foi desenvolvido na área experimental da UERGS - Unidade Três Passos no município de Bom Progresso, Rio Grande do Sul, que está situado na latitude 27º 33’ 49’’ e longitude 53º 51’ 30’’. O experimento foi implantado no dia 30 de setembro de 2016 através do plantio de internódios; utilizou-se o delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, sendo constituído por oito tratamentos: T1= cultivar tardia 1+DLS; T2= cultivar tardia 1+DLB; T3=cultivar tardia 1+adubação química; T4= cultivar tardia 1+sem adubação; T5= cultivar tardia 2+DLS; T6= cultivar tardia 2+DLB; T7=cultivar tardia 2+adubação química; T8= cultivar tardia 2+sem adubação; previamente a implantação do experimento realizou-se a amostragem e análise do solo e com base nos resultados obtidos procedeu-se a adubação de acordo com o Manual de Adubação e Calagem. A avaliação da incidência de brocas esta sendo realizada a campo a cada 15 dias, sendo quantificada a presença e ausência da praga e seus danos em cada planta. Os resultados parciais obtidos até o momento permitiram identificar a baixa incidência nas duas cultivares. Portanto, este trabalho permitirá identificar o período de ataque da broca, bem como comparar a suscetibilidade das duas cultivares ao ataque da praga quando conduzidas com diferentes sistemas de adubação. Palavras-chave: Produção. Diatraea saccharalis Fabr. Sistemas de adubação. Agradecimentos: à FAPERGS e a UERGS pela concessão de bolsas de iniciação cientifica.

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EVOLUÇÃO ÁGRARIA DA PROPRIEDADE STEINHAUS LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE TIRADENTES DO SUL Jocieli Caroline STEINHAUS1; Eduardo CANEPELLE1; Ester Adriana NEUHAUS1; Patricia Inês Kemper BACK1; Eduardo Lorensi de SOUZA2; Divanilde GUERRA2. 1

Estudantes do Curso de Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos.2Professores Orientadores. Unidade de Três Passos. UERGS. Emails: jocielisteinhaus@yahoo.com.br; eduardocanepelle@gmail.com; esterneuhaus@hotmail.com; patriciaback16@gmail.com; eduardo-souza@uergs.edu.br; divanilde-guerra@uergs.edu.br.

A agricultura familiar é responsável pela produção de grande parte do alimento no Brasil (cerca de 87%), porém a manutenção desta devido a evolução dos sistemas e das máquinas e insumos, além da sucessão familiar é um dos grandes entraves nestes sistemas de produção, o que tem levado ao abandono da atividade e êxodo rural de inúmeras famílias. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a evolução do sistema agrário da propriedade Steinhaus ao longo das gerações. A metodologia utilizada consistiu em uma visita técnica e entrevistas com os proprietários para a obtenção das informações sobre o funcionamento e história desta. A propriedade da família Steinhaus se localiza em Esquina Gaúcha, Novo Planalto, no Município de Tiradentes do Sul - RS. Como resultados observou-se que a propriedade foi adquirida pelo Senhor Guilherme, sendo constituída por uma área total de 5,7 ha, ou seja, sendo caracterizada como pequena propriedade e com mão de obra familiar. Nesta eram cultivados alimentos para a subsistência (batatinha, feijão, arroz, batata doce, verduras, amendoim, etc.), além de criar animais para consumo próprio (carne, leite e ovos). Neste período o sistema de plantio adotado era convencional, através da tração animal e sem utilização de produtos químicos. Com o passar dos anos, e com a passagem da administração da propriedade para a segunda geração, para o Senhor Arnoldo, qual filho do patriarca, iniciou na propriedade a criação de suínos para a comercialização, além da produção de grãos (milho e soja) através do sistema de plantio convencional com o uso de produtos químicos em pequenas quantidades, porém ainda eram realizadas capinas manuais para o controle de plantas de crescimento espontâneo. Em 1985 a propriedade passou para a terceira geração em nível de sucessão familiar, sendo administrada pelo Sr. João. Sendo neste período adquirido mais uma área, perfazendo atualmente o montante de 12 ha. Devido ao aumento da área de terra da propriedade a atividade principal de produção foi alterada, sendo atualmente o carro-chefe a atividade leiteira, a qual representa a principal renda da família. Nos dias atuais a família possui um plantel de 20 vacas, sendo elas da raça Holandesa e Jersey. A propriedade utiliza o sistema piqueteamento racional possuindo 30 piquetes com 700 m2 cada, onde nestes está implantado a grama tifton 85 (Cynodon dactylon); no período de inverno é realizada a sobre semeadura com azévem (Lolium multiflorum). A principal praga que ataca a grama tifton é a cigarrinha das pastagens (Deois flavopista) a qual está sendo eficientemente controlada por galinhas de angola (Numida meleagris) dispensando o uso de produtos químicos. O manejo dos piquetes é realizado com a moto segadeira, que corta os restos deixados pelos animais; a adubação química é realizada através da adição de adubo NPK; a alimentação das vacas é realizada a base de pasto, silagem e suplementação com ração mineral. Portanto, pode-se observar que ocorreu uma evolução nas atividades da propriedade, passado da produção de subsistência para a produção industrial, contudo a sucessão familiar foi efetiva e permitiu a manutenção da família por três gerações na agricultura. Palavras-chave: Evolução do sistema agrário. Atividade leiteira. Sucessão familiar. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: A UERGS pela disponibilidade do curso de Bacharelado em Agronomia em Três Passos por permitir aos acadêmicos cursarem a disciplina de Dinâmica e Evolução dos Sistemas Agrário na qual o presente trabalho foi desenvolvido.

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METODOLOGIAS PARA PLANTIO DE CANA-DE-AÇÚCAR EM PROPRIEDADE RURAL NO RIO GRANDE DO SUL Júlio Cesar Grasel CEZIMBRA1; Renan BIANCHETTO1; Daniel Erison FONTANIVE1; Ângelo Munaretto KRYNSKI1; Divanilde GUERRA2; Eduardo Lorensi de SOUZA2. 1

Estudante do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade em Três Passos RS;3 Professor Dr., Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Três passos-RS. E-mails: juliocezzimbra@yahoo.com.br; renan.bianchetto@hotmail.com; danielfontanive76@yahoo.com.br; munarettoangelo@hotmail.com; divanildeguerra@yahoo.com.br; eduardo-souza@uergs.edu.br

A cana-de-açúcar é considerada uma cultura de suma importância para a agricultura familiar, tendo uma finalidade muito diversificada dentro da propriedade. No entanto, para a implantação da cultura há um gasto excessivo de colmos que poderiam ser destinados para outras finalidades, além de aumentar o risco de difusão de pragas e doenças por meio da muda, dificultando o controle. Recentemente surgiu uma nova alternativa de plantio, o sistema de mudas pré-brotadas (MPB), sendo uma das tecnologias de multiplicação da cana-de-açúcar. Nesse sistema, utilizam-se apenas as gemas sadias do colmo da cana, as quais são plantadas em recipientes e permanecem por um período de aproximadamente 30 dias após a emergência em estufa, antes de serem transplantadas para o local definitivo no campo. O estudo foi conduzido por 14 meses, pela UERGS - Unidade em Três Passos, na área experimental localizada na Escola Técnica Estadual Celeiro (ETEC), em Bom Progresso - RS. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Foram utilizados dois genótipos, sendo RB925211 precoce e o RB987935 tardio, sendo plantados com dois métodos: plantio direto das gemas no solo (MPD) e o método de plantio com transplante de mudas pré-brotadas (MPB), totalizando 16 parcelas. A variável avaliada foi a produtividade da cultura, sendo os resultados submetidos a análise estatística, a análise de variância (ANOVA) e as médias foram comparadas por meio do teste Tukey a 5% de significância. Nos resultados obtidos, foi possível constatar que não houve diferenças significativas no genótipo precoce RB925221 em relação ao método de plantio, já no genótipo tardio RB987935 o método de plantio MPD se sobressaiu em relação ao MPB, ressaltando que o mesmo desde o começo de sua emergência já está adaptado ao campo e suas condições abióticas, sendo uma vantagem fundamental em relação as MPB, que precisa de um período de adaptação após seu transplante ao campo. Ambos os genótipos tiveram uma produtividade excelente comparado com a média estadual, segundo a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) na safra de 2016 foi de 40.991 kg/ha, sendo que a média do genótipo precoce independe do método de plantio apresentou uma produção menor em comparação ao genótipo tardio sendo de 65.575 kg/ha. De acordo com os resultados oriundos do presente estudo foi possível constatar que é possível produzir cana-de-açúcar com a metodologia de plantio direto de gemas no solo, que pode ser utilizada desde a pequena até a grande propriedade, reduzindo custos de produção e uso de biomassa, favorecendo também num segundo momento o rendimento de plantio. Esses resultados devem ser estudados novamente em outros locais e com outros genótipos de cana para fins de comprovação dos dados aqui obtidos. Palavras-chave: Sustentabilidade. Agricultura Familiar. Desenvolvimento. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: Este trabalho contou com financiamento da UERGS pela cota de bolsa PROBIC/UERGS.

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PLANTAS DE COBERTURA DE SOLO: BENEFÍCIOS, PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA E SEMENTES Jackson Eduardo Schmitt STEIN1; Thaniel Carlson WRITZL1; Eduardo CANEPELLE¹; Cassiano Peixoto ROSA¹; Darlan Weber da SILVA¹; Marciel REDIN². 1

Acadêmicos do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS; Professor orientador, Unidade UERGS de Três Passos. E-mails: jackson.s.stein@hotmail.com; thaniel.cw@hotmail.com; eduardocanepelle@gmail.com; cassiano.rpeixoto@gmail.com; darlanweberdasilva@hotmail.com; marcielredin@gmail.com. 2

Algumas espécies de plantas de cobertura de solo da família das Fabaceae, são amplamente utilizadas na agricultura com vários benefícios agrícolas, econômicos e ambientais. Entre as espécies, aquelas de estação primavera/verão como a Crotalaria spectabilis Roth, C. ochroleuca, C. juncea, Cajanus cajan e Mucuna aterrima, se diferem pela sua elevada produção de biomassa vegetal, e consequentemente, cobertura do solo. As principais causas da baixa difusão destas espécies provêm, devido ao tamanho reduzido das sementes, pouco conhecimento das espécies, e principalmente o alto custo e pouca disponibilidade das suas sementes. A produção de sementes pode ser uma importante alternativa e diversificação de renda nas propriedades rurais, porém ainda é pouco difundida e explorada.Vale ressaltar que por produzirem uma elevada quantidade de resíduos culturais, protegem o solo contra a erosão, diminuem a degradação da matéria orgânica e a lixiviação dos nutrientes. Ainda, diminuem a amplitude térmica e preservam a umidade do solo que favorece a vida no solo, além de promover uma agricultura de base ecológica. Outras características importantes são a resistência a patógenos, rusticidade, pouca exigência de fertilidade do solo, tratos culturais e ampla diversidade ecológica, o que tendem a se sobressair perante as adversidades ambientais. Dessa forma, garantem uma excelente taxa fotossintética e nutrição das plantas e, consequentemente uma resistência forte contra as intempéries de clima e solo. No entanto, em relação a produção de sementes, a precocidade e sanidade são problemas comuns, pois a maioria das espécies não geram uma maturação uniforme dos frutos, além de alguns apresentarem deiscencia, condições propensas para o ataque de fungos nas sementes já maduras no campo. Afim de promover práticas agrícolas de base ecológica, este projeto tem como objetivo avaliar os benefícios agrícolas e/ou econômicos e ambientais, através da avaliação de matéria seca e produção de sementes de plantas de cobertura de solo de estação primavera/verão. O estudo será conduzido em condições de campo na área experimental da Escola Estadual de Celeiro - ETEC, no município de Bom Progresso, localizada no Noroeste do RS. A instalação do experimento será realizada em parcelas de seis m² com semeadura manual, sem fertilização, porém respeitando as recomendações técnicas de plantio referentes a cada espécie e capinas manuais para controle das plantas de crescimento espontâneo. No período de plena floração serão coletadas amostras da parte aérea das plantas para determinação da matéria seca. A produção de sementes das espécies será avaliada na maturação dos frutos, incluindo aqueles com característica deiscente, que serão colhidos na medida em que estiverem maduros. Serão também realizadas avaliações do peso de mil sementes e potencial de germinação. Por fim, será realizado uma projeção de retorno financeiro com comercialização das sementes das plantas de cobertura de solo. Palavras-chave: Adubação verde. Fixação biológica de nitrogênio. Resíduos culturais. Agradecimentos: Este trabalho não constou com apoio de bolsas de estudos e recursos financeiros.

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PRODUÇÃO DE BIOMASSA DE HÍBRIDO DE MILHO CONDUZIDO COM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS DE SEMEADURA Cassiano Peixoto ROSA1,2; Douglas Wegner KUNZ2; Andersson Daniel STEFFLER2; Jackson Eduardo Schmitt STEIN2; Patricia Inês Kemper BACK2; Divanilde GUERRA3. 1.

Bolsista de iniciação científica FAPERGS; 2Discente do Curso de Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos. 3Professora Orientadora. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: cassiano.rpeixoto@gmail.com, douglaswkunz@gmail.com, anderssonsteffler@hotmail.com, jackson.s.stein@hotmail.com, patriciaback16@gmail.com, divanilde-guerra@uergs.edu.br.

O milho foi uma das primeiras culturas agrícolas utilizadas como alimento e atualmente apresenta elevada importância na alimentação humana e animal. Esta gramínea tem sido a forrageira de maior utilização no processo de ensilagem, pois possui boa produção de massa por unidade de área cultivada e elevado conteúdo energético. Porém com a seleção de novos híbridos e a evolução dos sistemas de plantio e métodos de manejo, como o espaçamento entre linhas, surge à necessidade de conduzir estudos a fim de avaliar a respostas destes híbridos quando conduzidos com manejos diferenciados. Desta forma o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do espaçamento de plantio entre linhas da cultura do milho sobre a produção de massa verde na Região Celeiro do Estado do Rio Grande do Sul. O estudo foi desenvolvido no município de Bom Progresso – RS, que está situado na latitude 27º 33’ 49’’ e longitude 53º 51’ 30’’, sendo o tipo de solo classificado como Latossolo distrófico típico. O experimento foi conduzido na safra 2016/2017, em delineamento de blocos casualizados com dois tratamentos (espaçamento de 45 cm e 90 cm) e quatro repetições por tratamento e com o uso de densidade de 65.000 sementes por hectare. Para a condução do estudo utilizou-se o híbrido Agroceres 8011, o qual é classificado como de ciclo precoce. A adubação utilizada na semeadura foi de 400 kg por hectare de 10-20-20 na forma de NPK (Nitrogênio, Fósforo e Potássio) com subsequente aplicação de uma dosagem de nitrogênio em cobertura (300 kg de uréia por hectare) (seguindo as recomendações para a cultura com base na análise de solo). As plantas daninhas foram controladas com uma aplicação de ATRAZINA (seguindo as recomendações técnicas do fabricante). A avaliação da produção de massa verde para silagem foi realizada através do corte de seis plantas por repetição, as quais foram avaliadas quanto à altura, diâmetro de colmo, massa total, massa de espigas, massa de folhas e massa de caule. Os resultados parciais do projeto consistiram na média de altura de planta de 2,01 m para o espaçamento de 45 cm e 2,13 m para o espaçamento de 90 cm; o diâmetro de colmo foi de 7,88 cm e 7,07 cm; a massa total foi de 712,92 gramas e 607,50 gramas; a massa de espigas foi de 305,83 gramas e 241,67 gramas; a massa de folhas foi de 164,38 gramas e 150,63 gramas e a massa de caule foi de 242,71 gramas e 215,21 gramas, respectivamente. Portanto, para todos os parâmetros avaliados os resultados foram superiores no espaçamento de plantio de 45 cm entre linhas. Palavras-chave: Matéria verde. Folhas. Espiga. Colmo. Agradecimentos: Ao CNPq, FAPERGS e UERGS pela concessão de bolsas de iniciação cientifica.

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PRODUÇÃO DE HÍBRIDO DE MILHO CONDUZIDO COM DIFERENTES ESPAÇAMENTOS DE SEMEADURA Douglas Wegner KUNZ1,; Cassiano Peixoto ROSA2; Andersson Daniel STEFFLER2; Jackson Eduardo Schmitt STEIN2; Patricia Inês Kemper BACK2; Divanilde GUERRA3. 1

Bolsista de iniciação científica CNPq; 2Discente do Curso de Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos. 3 Professora Orientadora. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: douglaswkunz@gmail.com; cassiano.rpeixoto@gmail.com; anderssonsteffler@hotmail.com; jackson.s.stein@hotmail.com; patriciaback16@gmail.com; divanilde-guerra@uergs.edu.br.

O milho (Zea mays L.) é o cereal mais cultivado no mundo, sendo o Brasil o terceiro maior produtor mundial, depois dos EUA e China. Entretanto, apesar da sua importância, a produtividade é baixa, pois o clima e o manejo são considerados os fatores que mais têm afetado o rendimento agrícola da cultura. A seleção de novos híbridos tem agregado as cultivares potenciais genéticos, porém estes respondem de forma diferenciada aos sistemas de plantio, métodos de manejo adotados e condições edafoclimática. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do espaçamento de semeadura entre linhas da cultura do milho sobre a produção de grãos de um híbrido de milho conduzido na Região Celeiro do Estado do Rio Grande do Sul. O estudo foi desenvolvido no município de Bom Progresso – RS, que está situado na latitude 27º 33’ 49’’ e longitude 53º 51’ 30’’, sendo o tipo de solo classificado como Latossolo Vermelho Distrófico típico. O experimento foi conduzido na safra 2016/2017, em delineamento de blocos casualizados com dois tratamentos (espaçamento de 45 cm e 90 cm) e quatro repetições por tratamento e com o uso de densidade de 65.000 sementes por hectare. Para a condução do estudo utilizou-se o híbrido Agroceres 8011, o qual é classificado como de ciclo precoce. A adubação utilizada na semeadura e cobertura, seguindo as recomendações para a cultura com base na análise de solo, foi de 400 kg por hectare de 10-20-20 na forma de Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK) na semeadura com subsequente aplicação de uma dosagem de nitrogênio em cobertura de 300 kg de ureia por hectare. As plantas de crescimento espontâneo foram controladas com uma aplicação de herbicida ATRAZINA. A avaliação da produção de grãos foi realizada através da colheita das espigas de seis plantas por repetição quando estas atingiram a maturação fisiológica. Estas foram analisadas quanto ao diâmetro da espiga, comprimento da espiga, número de fileiras por espiga e massa total de mil grãos.Os resultados parciais do projeto consistiram na média de diâmetro da espiga de 16,19 cm para o espaçamento de 45 cm e 15,64 cm para o espaçamento de 90 cm; o comprimento da espiga foi de 16,13 cm e 15,34; o número de fileiras por espiga foi de 16,67 e 15,92; e a massa total de mil grãos foi de 418,75 gramas e 433,75 gramas, respectivamente. Portanto, no diâmetro, comprimento e número de fileiras de grãos na espiga, exceto peso de mil grãos, os resultados foram superiores no espaçamento de plantio de 45 cm entre linhas. Palavras-chave: Produção de grãos. Espiga de milho. Massa de grãos. Agradecimentos: Ao CNPq, FAPERGS e UERGS pela concessão de bolsas de iniciação cientifica.

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PRODUTIVIDADE DE FORRAGEIRAS PERENES CONDUZIDAS DE FORMA SOLTEIRA E CONSORCIADA E SOB DIFERENTES ADUBAÇÕES NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL Douglas Wegner KUNZ 1,2; Cassiano Peixoto ROSA2; Andersson Daniel STEFFLER2; Jackson Eduardo Schmitt STEIN2; Daiane Karina GRELLMANN2; Divanilde GUERRA3. 1.

Bolsista de iniciação científica do CNPq; 2Discente do Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos.3Professora Orientadora. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: douglaswkunz@gmail.com; cassiano.rpeixoto@gmail.com; anderssonsteffler@hotmail.com, jackson.s.stein@hotmail.com; daiane.grellmam1995@hotmail.com; divanilde-guerra@uergs.edu.br.

A bacia leiteira no Brasil apresenta grande importância econômica e social. Em termos de produção o Estado do Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar e neste destaca-se a Região Noroeste como a maior produtora de leite, sendo o produto oriundo em grande parte de propriedades familiares que utilizam as pastagens como base para a alimentação dos animais. Nestes sistemas de produção, as gramíneas perenes, como as do gênero Cynodon são amplamente utilizadas em sistemas solteiros, pois se adaptam muito bem as condições edafoclimáticas da região, bem como apresentam boa palatabilidade e aceitação dos animais, além de apresentarem considerável valor bromatológico. Contudo em sistemas de produção a pasto a utilização de forrageiras leguminosas é recomendada, pois estas permitem incrementar os teores de proteína e atuarem na fixação biológica de nitrogênio (N) no sistema, reduzindo ou eliminando a necessidade de aplicação de alguns elementos químicos ao solo. Dentre as leguminosas o amendoim forrageiro (Arachis pintoi) destaca-se por apresentar elevados níveis de proteína, não causar timpanismo nos animais, além de apresentar excelente produtividade em sistema de consórcio com gramíneas. Neste contexto, a produção de leite a pasto pode se tornar mais rentável e lucrativa quando o manejo da adubação for adequado ou mesmo quando forem utilizados dejetos oriundos do próprio sistema. Dejetos líquidos de bovinos (DLB) e dejetos líquidos de suínos (DLS) apresentam grandes quantidades de nutrientes e quando adicionados em dosagens adequadas às pastagens podem reduzir significativamente a adição de adubos químicos e por conseqüência os custos de produção. Diante do exposto o objetivo do trabalho foi avaliar a produção de matéria verde, matéria seca e valor bromatológico das pastagens conduzidas em sistema solteiro e consorciado sob diferentes tipos de adubação. O estudo foi desenvolvido na área experimental da UERGS - Unidade Três Passos no município de Bom Progresso, Rio Grande do Sul, que está situado na latitude 27º 33’ 49’’ e longitude 53º 51’ 30’’, sendo o solo classificado como Latossolo distrófico típico. O experimento foi implantado em setembro de 2016 através de mudas previamente preparadas, com o delineamento de blocos casualizados com quatro repetições, sendo constituído por 12 tratamentos: T1= Jiggs+DLS; T2= Jiggs+DLB; T3= Jiggs+Adubação Química; T4= Jiggs+Sem Adubação; T5= Amendoim+DLS; T6= Amendoim+DLB; T7= Amendoim+Adubação Química; T8= Amendoim+Sem Adubação; T9= Consórcio+DLS; T10= Consórcio+DLB; T11= Consórcio+Adubação Química; T12= Consórcio+Sem Adubação. Previamente a implantação do experimento realizou-se a amostragem e análise do solo e com base nos resultados obtidos procedese a adubação de acordo com o Manual de Adubação e Calagem. O presente estudo ainda não possui resultados, já que nesse primeiro ano não foram colhidos materiais vegetativos para a análise de produção de matéria verde, seca e valor bromatológico das pastagens, isso porque as plantas ainda não estão plenamente estabelecidas em toda a área da parcela, principalmente o amendoim forrageiro que exige mais tempo para se desenvolver. Portanto, nos próximos meses as plantas serão avaliadas o que permitirá obter respostas quanto à produção destas forrageiras com este sistema de condução e adubação. Palavras-chave: Produtividade. Produção leiteira. Adubação. Bromatologia. Agradecimentos: Ao CNPq e a UERGS pela concessão de bolsas de iniciação cientifica.

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CAPÍTULO VII EDUCAÇÃO E AMBIENTE

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A PRESENÇA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NÃO-FORMAL EM JORNAIS DE CIRCULAÇÃO NA REGIÃO CELEIRO – RS Mayara Andressa BONN1; Luciane SIPPERT2; Marciel REDIN³; Divanilde GUERRA4. 1.

Graduada em Comunicação Social – Hab: Jornalismo, Graduada em Direito. Pós-Graduanda do Curso de Gestão e Sustentabilidade Ambiental - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2.Professora co-orientadora. Unidade Três Passos. UERGS; 3.Professor co-orientador. Unidade Três Passos. UERGS; 4. Professora orientadora. Unidade Três Passos. UERGS. E-mails: mayarabonn@gmail.com, lusippert@hotmail.com, marcielredin@gmail.com, divanildeguerra@uergs.edu.br

A temática ambiental apresenta grande importância, em razão da ultrapassada ideia de que os recursos naturais seriam inesgotáveis e a consequente necessidade de ações que objetivem sua recuperação e mudança de ações. Nesse contexto, insere-se a necessidade de leis que atuem na efetiva realização de ações que auxiliem na proteção e recuperação ambiental, como a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e, posteriormente, a Lei 9.795/1999, que versa quanto a Política Nacional de Educação Ambiental. Diante disso, uma das vias para se desenvolver ações e reunir pessoas passa pela educação ambiental não-formal, conforme dispõe a Lei 9.795/1999, que se utiliza também dos meios de comunicação de massa, dentre os quais, destaca-se o jornalismo impresso. Desta forma, o presente estudo visa contribuir no âmbito da educação ambiental não formal, a partir da análise de matérias veiculadas em jornais de circulação na Região Celeiro, objetivando compreender como dá-se a relação entre a construção do conteúdo e o meio em que os jornais estão inseridos. A metodologia consistiu na realização de uma análise teórica de quatro jornais impressos de circulação regional na Região Celeiro do Rio Grande do Sul, dois publicados na cidade de Três Passos, Atos e Fatos e Atualidades, jornal O Celeiro, publicado na cidade de Santo Augusto e Novo Noroeste, na cidade de Humaitá, de modo a compreender qual o contexto e culturas em que as publicações estão inseridas. O período delimitado para análise foi escolhido de forma aleatória e restringe-se aos meses de março e abril de 2017, de modo que serão quantificadas o número de publicações que contenham informações associadas a temática ambiental e correlatas. A análise será fundamentada nos pressupostos teóricos da análise Linguística Sistêmico-funcional, de Halliday, juntamente com a teoria da Análise de Conteúdo jornalística. Os resultados almejados relacionam-se intrinsecamente com o desenvolvimento da educação ambiental não formal e a sua absorção por parte dos leitores destes jornais impressos. Destaca-se que os resultados parciais encontrados dão conta de expressar que a temática ambiental ainda não possui uma editoria específica nos jornais pesquisados, estando inserida em editorias como agricultura, rural e geral. No período em análise, ainda se percebe que o número de matérias relacionadas ao tema, muitas vezes, é apenas uma notícia por edição. Porém, cabe ressalvar que muitas edições possuem matérias de uma página sobre o tema, o que é muito importante para o desenvolvimento da educação ambiental não formal. Por fim, observa-se que a educação ambiental está presente nos jornais impressos, porém ainda carece de maior espaço e conteúdo, em razão da sua importância. Palavras-chave: Meio Ambiente. Educação Ambiental. Jornalismo. Jornalismo Impresso.

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AVALIAÇÃO DO USO E DESCARTE DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS POR ALUNOS NO MUNICIPIO DE CRISSIUMAL – RS Ricardo ARNDT1; Divanilde GUERRA2. 1

Aluno do curso de Pós-Graduação em Gestão e Sustentabilidade Ambiental da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS Unidade em Três Passos. 2Docente orientador – Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS Unidade em Três Passos. E-mails: cadirr@hotmail.com; divanilde-guerra@uergs.br;

A problemática da geração de resíduos eletroeletrônicos (REE) pela população está cada vez mais presente. As tecnologias tornam-se obsoletas em questão de tempo e viram lixo, poluem o ambiente e causam danos à saúde. Desta forma é de caráter irrefutável que a comunidade escolar tenha conhecimento sobre a problemática da geração de REE e as soluções acerca deste tema. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o consumo e pós-consumo de equipamentos digitais por escolares do nono ano em um Município da Região Celeiro do Estado do Rio Grande do Sul. A metodologia utilizada consistiu na aplicação de um questionário em três escolas da rede municipal de ensino, sendo uma rural e duas urbanas. O questionário contendo dez questões, de múltiplas escolhas, após a aprovação junto ao comitê de ética na Plataforma Brasil (CAAE 59683716.4.0000.8059), foi aplicado em sessenta estudantes no segundo semestre de 2016. Este abrangeu as seguintes perguntas: 1. Qualifique seu interesse pelos assuntos relacionados com o Meio Ambiente? 2. A solução para os problemas ambientais, a seu ver, depende de quem? 3. Quantos computadores você já teve? 4. Quantos aparelhos de celular você já teve? 5. Com qual idade você ganhou seu primeiro computador? 6. Com qual idade você ganhou seu primeiro aparelho celular? 7. Quanto tempo em média você costuma utilizar um aparelho celular antes de trocá-lo? 8. O que você faz com o eletrônico no final de sua vida útil? 9. Você já ouviu falar em devolver os eletrônicos usados ao fabricante? 10. Em sua opinião, qual o melhor local para depositar o lixo eletrônico. Como resultados parciais, foram analisadas somente as questões um e dois, onde é possível observar que o grau de interesse dos estudantes por assuntos relacionados ao meio ambiente é razoável, sendo que para a questão número um havia cinco alternativas; como: muito interessado, razoavelmente interessado, pouco interessado, nenhum interesse, não sei. Do total de 60 alunos entrevistados apenas 30 alunos, ou seja, 50% demonstram-se razoavelmente interessado; 33% muito interessado e 16% pouco interessado com os assuntos relacionados ao meio ambiente. Infelizmente nas três escolas é possível observar que são poucos os alunos muito interessados pela problemática ambiental. Já no que diz respeito à segunda questão, a mesma propôs as seguintes alternativas: das pequenas ações de todos, no seu dia-a-dia; das decisões dos governos e das grandes empresas e não sei. Dos 60 alunos entrevistados 56 alunos disseram que as ações dependem de todos, no seu dia-a-dia; o que representa 93% dos entrevistados, enquanto os demais (7%) ficaram distribuídos entre as decisões dos governos e das grandes empresas, e não sei. Portanto, estes resultados expressam claramente que os jovens têm consciência dos problemas ambientais, porém com pouco interesse. Palavras-chave: Comportamento social. Lixo eletrônico. Logística reversa. Educação ambiental.

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CONCEPÇÃO AMBIENTAL DE ALUNOS NO COTIDIANO DE ESCOLAS DE ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE TRÊS PASSOS-RS Matheus Eduardo HOPPE¹; Danni Maisa da SILVA²; Divanilde GUERRA3; Márlon Castro VASCONCELOS4; Barbara CLASEN5; Robson Evaldo Gehlen BOHRER6. ¹ Discente do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental – Unidade em Três Passos - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS);2,3,4Professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – (UERGS) – Unidade em Três Passos; 6 Professor Orientador - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – (UERGS) – Unidade em Três Passos. E-mails: matheuseduardohoppe@gmail.com; danni-silva@uergs.edu.br; divanildeguerra@yahoo.com.br; marlon-vasconcelos@uergs.edu.br; ba.clasen@hotmail.com; robson-bohrer@uergs.edu.br;

Atualmente presenciamos uma crise ambiental que se instalou no cenário mundial. O crescimento populacional e a alta demanda por recursos naturais e consequentemente a exploração excessiva dos mesmos, aceleraram demasiadamente a degradação do ambiente terrestre. Diante disso, a educação ambiental, principalmente nas escolas, aliada aos outros componentes curriculares, se torna cada vez mais importante para difundir as práticas ambientais sustentáveis no cotidiano social. O objetivo deste trabalho foi avaliar a situação atual da concepção ambiental de alunos nas escolas de ensino fundamental da rede pública municipal de Três Passos – RS sobre educação ambiental.O trabalho foi realizado junto anove escolas Municipais de Ensino Fundamental (EMEF’s), distribuídas entre a zona rural e urbana, que compõe a rede municipal de ensino do município de Três Passos. Nessas escolas é desenvolvido o programa COM-VIDA (Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola). Foi realizada uma pesquisa exploratória junto à Secretaria Municipal de Educação do município e também junto aos professores responsáveis pelo COM-VIDA de cada escola, visando mapear as principais ações de cunho ambiental já desenvolvidas para servir como base para a difusão da EA. Após o término das atividades nas escolas, foram aplicados questionários aos alunos. O questionário foi constituído de perguntas abertas e fechadas, caracterizando-os como questionários semiestruturados. Ao total foram aplicados 160 questionários para avaliar o conhecimento dos alunos sobre as questões ambientais. As principais ações de cunho ambiental desenvolvidas nas escolas são entorno dos resíduos sólidos, água, recursos naturais, temáticas desenvolvidas em turnos inversos as aulas. Como resultados, quando questionados sobre a separação de resíduos em sua casa, 79,38% dos alunos responderam que separam os resíduos e 20,62% não separam os mesmos. Em relação sobre qual era o entendimento sobre meio ambiente e o que faz parte do mesmo, 29,74% entendem que o meio ambiente é a flora e fauna, 11,21% acham que é a água, e 10,34% responderam que o meio ambiente representa tudo, as demais respostas apontaram entender, que o meio ambiente é desde matas e rios, lixo, seres humanos, natureza, alimentação, solo e clima. Já em relação à importância de falar sobre meio ambiente 98,13% responderam ser necessário conversar sobre o assunto 1,87% responderam não ser importante falar sobre o tema. Com os resultados obtidos notou-se a importância e a necessidade de os alunos estarem em contato com as questões ambientais, onde a educação ambiental aliada à sua interdisciplinaridade pode colocá-los mais próximos sobre o que é meio ambiente e sua importância. Palavras-chave: Crise. Degradação. Meio Ambiente. Interdisciplinaridade. Educação.

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CONSUMO SUSTENTÁVEL E SABER AMBIENTAL: POR UMA EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS Keila Aliny Sippert ASCOLI1; Paola Naiane SIPPERT2; Evandro Luis SIPPERT 3; Jaciara TRETER4. 1

Bacharel em Direito pela UNIJUI, Secretária de Administração do município de Sede Nova/RS; Acadêmica do Curso de Direito da UNIJUI; 3Mestrando em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito – UNIJUÍ, Bacharel em Direito pela UNICRUZ, Graduado em História pela PUC/RS; 4Mestra em Desenvolvimento, linha de concentração em Desenvolvimento, Gestão e Organizações, pela UNIJUÍ. Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas pela UFSM. Bacharel em Ciências Contábeis pela UFSM. Docente da Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ. E-mails: k-sippert@hotmail.com; p-sippert@hotmail.com; evandro.sippert@gmail.com; jtreter@unicruz.edu.br; 2

A sustentabilidade busca permitir às futuras gerações disporem de um meio ambiente digno, e com condições adequadas para a existência das mais diversas formas de vida. Assim, cresce de importância o saber ambiental, onde a educação assume um papel preponderante na formação de cidadãos conscientes da necessidade de ter uma vida sustentável. O objetivo geral do estudo é refletir o papel do saber ambiental diante da sociedade de consumo, para uma vida sustentável e a efetivação dos Direitos Humanos. Quanto aos métodos, este estudo trata-se de uma pesquisa aplicada e exploratória, classificada quanto aos procedimentos técnicos como um estudo bibliográfico e qualitativo. Um desenvolvimento sustentável envolve um saber ambiental, onde as ações perpassem por reflexões sociais e econômicas, que atingem o meio ambiente. O consumo exacerbado vem degradando os recursos ambientais muitas vezes de forma irreversível, como consequência do atual processo de globalização. A sociedade de consumo é a tônica de grande parcela dos problemas ambientais, tornando imprescindível a preservação de um meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado. Este direito é uma prerrogativa recente e se refere ao fato de que o crescimento urbano e o desenvolvimento tecnológico têm causado profundos danos à natureza, ameaçando, com isso, nosso habitat natural. A percepção de que os recursos naturais podem ser exauridos, marca uma ruptura entre o pensamento desenvolvimentista e a preocupação com o futuro da humanidade. “A crise ambiental marca um ponto de inflexão na história onde se desvanecem os suportes ideológicos e as certezas subjetivas que geraram os paradigmas de conhecimento e os dogmas do saber no ambivalente progresso da modernidade”. O saber ambiental questiona o discurso de modelo de desenvolvimento centrado no capital e na degradação desmedida da natureza. Leva a uma ruptura paradigmática em relação ao papel da educação no atual modelo de sociedade levando a se ressignificar. É um processo em construção, devendo estar comprometido com o desenvolvimento sustentável. Dentre as políticas estatais voltadas para o meio ambiente a Política Nacional de Educação Ambiental, é uma das mais importantes. É no processo de ensino aprendizagem que se busca a conscientização à proteção do meio ambiente, tornando o indivíduo um cidadão ambiental. A Lei nº 9.795/99 - Lei da Educação Ambiental, prevê que o processo de educação ambiental deve estar presente em todos os níveis de ensino. Tal sistema dá suporte para que o Estado Democrático de Direito Ambiental venha a ser efetivo, para garantir um desenvolvimento sustentável. Não basta a implementação, por parte do Estado, de políticas públicas. É necessária uma interação entre a sociedade e o Estado, para que intervenham na crise ambiental com uma visão crítica, oportunizando o pleno exercício da cidadania na busca da garantia de um meio ambiente sustentável. Desta forma pode-se garantir às presentes e futuras gerações uma vida sustentável, por meio de uma racionalidade ambiental e de um saber ambiental permitindo uma efetividade dos direitos humanos. Palavras-chave: Sustentabilidade. Meio Ambiente. Educação.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COOPERATIVISMO E SUSTENTABILIDADE Ana Paula SATLER1; Divanilde GUERRA2; Danni Maisa da SILVA3. ¹Acadêmica do Curso de Especialização em Gestão e Sustentabilidade Ambiental. Unidade Três Passos, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2Professora co-orientadora. Unidade de Três Passos, UERGS; 3Professora orientadora. Unidade de Três Passos, UERGS. E-mails: ana.satler@gmail.com; divanilde-guerra@uergs.edu.br; danni-silva@uergs.edu.br.

Educação é a base de tudo e no âmbito ambiental não é diferente. A Educação Ambiental deve despertar a compreensão da necessidade de comprometimento com o meio para que a sociedade assuma responsabilidades e seja capaz de enfrentar os desafios ambientais da atualidade. É necessário que todas as pessoas passem por um processo de sensibilização e aprendizagem, para que haja uma melhor compreensão de suas ações e de seus impactos sobre o ambiente. É preciso estimular a consciência ambiental. O presente estudo objetivou a realização de uma análise sobre a importância dos aspectos ambientais do ponto de vista dos colaboradores e associados de uma Cooperativa de Crédito Rural para poder propor e desenvolver ações que estimulem a consciência ambiental. Quanto aos procedimentos metodológicos do estudo envolveram pesquisa bibliográfica e a aplicação de questionários. Foram alcançados 19 colaboradores e 253 associados, de novembro a dezembro de 2016. Entre os principais resultados destaca-se que, quando foram questionados sobre o interesse em relação ao meio ambiente, na media geral, 79,35% dos participantes da pesquisa responderam ter pouco interesse; em relação ao que se faz com os objetos que já não se usa mais, 72,43% ou 197 das pessoas envolvidas na pesquisa responderam que descartam os objetos, 21,32%, doam para alguém e apenas 6,25% reutilizam ou reciclam os objetos; no entanto, 251 pessoas ou 92,28% informaram que economizam água e energia elétrica; 65,07% das pessoas que responderam a pesquisa afirmaram que acreditam que a solução dos problemas ambientais depende das pequenas ações de todos, no dia-a-dia. Como considerações finais pode-se registrar que a pesquisa pontou algumas dificuldades em relação à consciência ambiental dos envolvidos e à necessidade de mudanças nos hábitos, no cotidiano, nas responsabilidades, já que acreditam que cada um é um pouco responsável também pela solução dos problemas ambientais. Sendo assim, acredita-se que este grupo de pessoas precisa ser estimulado e ensinado a atuar mais em sociedade cooperativa buscando soluções dos problemas encontrados no seu meio, através da Educação Ambiental. Isto pode ser alcançado através de momentos de discussão, compreensão e reflexão com um público que possui em comum uma Cooperativa de Crédito Rural e portanto, é potencialmente mais capaz de contribuir para a busca de soluções individuais, conjuntas ou coletivas para a construção de um mundo mais sustentável e cooperativo. Palavras-chave: Cooperativismo. Sustentabilidade. Educação ambiental.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO COTIDIANO ESCOLAR: UMA PROPOSTA DE TRANSFORMAÇÃO DE HÁBITOS, E PRÁTICAS PARA A FORMAÇÃO DA CIDADANIA AMBIENTAL Ana Paula Ritter COLLING¹; Danni Maísa da SILVA²; Márlon Castro VASCONCELOS²; Divanilde GUERRA²; Fernando Almeida SANTOS²; Robson Evaldo Gehlen BOHRER³. 1

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), Bolsista de Projeto de Educação Ambiental no Cotidiano Escolar (PROBEXPROEX 2017); ²Professores - Unidade Três Passos - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS; ³Professor Orientador - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS. E-mails: anaprcolling@gmail.com; danni-silva@uergs.edu.br; marlon-vasconcelos@uergs.edu.br; divanilde-guerra@uergs.edu.br; fernando-santos@uergs.edu.br; robson-bohrer@uergs.edu.br.

As mudanças climáticas estão sendo observadas desde o século XIX a nível global, provocadas por diversos impactos ambientais oriundos de ações humanas com também pela evolução industrial. O crescimento populacional, a alta demanda por recursos naturais e consequentemente a exploração excessiva dos mesmos, aceleraram a degradação do ambiente gerando diversos impactos ambientais. O meio ambiente oferece aos seres vivos as condições essenciais para a sua sobrevivência e evolução, porém a sociedade humana não se sustenta sem os recursos naturais equilibrados. Diante disso, a educação ambiental surge como uma alternativa para a sensibilização de todos, mas principalmente nas escolas, aliada aos outros componentes curriculares, tornando-se cada vez mais importante para difundir as práticas ambientais sustentáveis no cotidiano. O objetivo do projeto é a promoção de educação ambiental nas escolas municipais de Três Passos – RS, por meio da sensibilização de alunos e professores sobre as questões ambientais, observando os seguintes temas: Resíduos Sólidos; Conservação e Gestão de Recursos Hídricos, Biodiversidade. O projeto está sendo desenvolvido em cinco escolas municipais de ensino básico e fundamental, distribuídas nas zonas rural e urbana do município. Além de reuniões, palestras e oficinas referentes ao objeto do projeto, busca-se a capacitação de professores e a formação de agentes ambientais multiplicadores. O projeto tem por expectativa atingir aproximadamente 250 alunos e professores. Inicialmente serão realizadas reuniões com os representantes do grupo Semeando, para organizar apresentação de palestras e oficinas nas cinco escolas. Durante a Feira da Indústria, Comércio e Agropecuária em Três Passos, onde foi realizado uma Oficina Temática Agroambiental, onde foi trabalhado com a confecção de cofrinhos com material de reciclagem de garrafas PET. O objetivo desta prática foi sensibilizar a todos sobre a importância da reciclagem. Com isso, afirma-se a importância da escola, devido ao papel fundamental que a mesma exerce sobre a formação de seus alunos, promovendo diversas discussões e ações sobre de diferentes temas, mas em especial que venha a promover um ensino acerca da educação ambiental e da sua importância para a qualidade de vida e preservação da natureza. Palavras-chave: Crise ambiental. Biodiversidade. Multiplicadores. Sensibilização.

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MONITORIA NA UERGS – UNIDADE TRÊS PASSOS: APRENDIZAGEM E EXPERIÊNCIA INTERPESSOAL Patrícia Inês Kemper BACK1,2; Cassiano Peixoto ROSA²; Douglas Wegner KUNZ²; Jackson Eduardo Schmitt STEIN²; Jocieli Caroline STEINHAUS²; Divanilde GUERRA3. 1.

Monitora da disciplina de Fundamentos de Ecologia.2. Estudante do Curso de Bacharelado em Agronomia. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, Três Passos. ³Professora orientadora. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: patriciaback16@gmail.com; cassiano.rpeixoto@gmail.com; douglaswkunz@gmail.com, jackson.s.stein@hotmail.com; jocielisteinhaus@yahoo.com.br; divanilde-guerra@uergs.edu.br.

A monitoria se direciona a uma ação extraclasse que busca solucionar as dificuldades em relação à matéria trabalhada em sala de aula e propor atividades capazes de atenua-las. Essa atividade de monitoria além de ser uma oportunidade para o estudante aprofundar conhecimentos da disciplina trabalhada, contribui com o processo de ensino-aprendizagem, sanando dúvidas e auxiliando na fixação do conteúdo aos alunos monitorados. Para alguns autores “O aluno-monitor além de complementar seus conhecimentos, adquire habilidades, capacidade de interação e trabalha a postura diante de determinadas situações, seja na vida acadêmica ou na profissional”. Devido à importância do papel do monitor este trabalho teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre o tema e avaliar a satisfação do monitor da disciplina de Fundamentos de Ecologia do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da UERGS – Unidade Três Passos. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho consistiu na revisão bibliográfica através da leitura de artigos científicos sobre o tema Monitoria, bem como através de uma auto-avaliação do monitor. Como resultado da revisão bibliográfica constatou-se que a monitoria é de grande valia para todos os pilares do ensino e deve ser expandido, aprimorado e incentivado, pois essa prática privilegia um espaço da vida acadêmica que permite ao aluno a criação de vínculos diferenciados com a universidade, com o conhecimento e com as questões educacionais. A ação do monitor não deve restringir a tirar dúvidas, mas também deve envolver estratégias estruturadas com grupos de alunos, buscando sob orientação do professor, coordenar momentos de estudo individuais e coletivos, de aprofundamento na disciplina em questão, no preparo e acompanhamento de aulas práticas e teóricas. O trabalho de monitoria apresenta vantagens tanto para o acadêmico como para o próprio monitor, sendo essa uma interação facilitadora entre iguais, discente-discente, ambos irão revisar o conteúdo abordado em sala de aula, participando ativamente da aprendizagem. A atividade desempenhada pelo monitor exige responsabilidade e comprometimento, pois tem como atribuição auxiliar estudantes que apresentem baixo rendimento na aprendizagem da disciplina, auxiliar também o docente na elaboração e preenchimento de tabelas, de notas e participações de atividades e ainda auxiliar em correções de avaliação de aprendizado. Com relação à experiência vivenciada pelo monitor na disciplina de Fundamentos de Ecologia os resultados são parciais, visto que esta está em vigência, porém existem resultados esperados para o decorrer do semestre, os quais se detêm em: ter uma boa relação interpessoal entre professor-monitor-monitorados; haver uma boa contribuição de troca de conhecimentos; a permanência de um menor índice possível de reprovação, existente neste componente curricular; e a procura periódica dos alunos ao monitor para o auxílio do mesmo. Portanto, as experiências vividas na monitoria acadêmica são fatos que ficarão marcadas na memória e a atuação como bolsista monitor será possivelmente um privilégio e uma experiência ímpar. Palavras-chave: Ensino. Aprendizagem. Responsabilidade. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: Este trabalho conta com financiamento da Uergs, através de bolsa de Monitoria - UERGS por meio do Edital 001/2017. Agradeço a professora Divanilde Guerra pela orientação e oportunidade dada para a realização deste trabalho.

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O PAPEL DOS MUNICÍPIOS NA PROMOÇÃO DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E NA DISSEMINAÇÃO DE PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS Cassiano Melo de MOURA1; Eneida Bilibio LEMANSKI2; Claudineia Rodrigues da SILVA3; Douglas da Silva MAAS4. ¹ Aluno voluntário de iniciação científica, Curso de Agronomia, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ) e Servidor Público Fiscal Ambiental do Município de Nova Ramada; ² Servidora Pública Engenheira Agrônoma da Prefeitura Municipal de Nova Ramada; ³ Servidora Pública Professora de Letras e Literatura Inglesa do Município de Nova Ramada; 4 Servidor Público Técnico Agrícola/Licenciador ambiental do Município de Nova Ramada. E-mails: cassianomelo2010@hotmail.com; eneidablemanski@hotmail.com; claudineiarodrigues10@gmail.com; douglasvsmaas@hotmail.com;

A questão ambiental passou a fazer parte da vida dos municípios brasileiros, efetivamente, a partir da Constituição da República de 1988, que além de proporcionar maior autonomia aos municípios, determinou em seu art. 225 que o meio Ambiente é bem de uso comum do povo, sendo responsabilidade do poder público e da sociedade a sua proteção, preservação e manutenção. O objetivo do trabalho foi desenvolver a disseminação da educação ambiental nas escolas da rede pública do Município de Nova Ramada/RS, com a metodologia de aulas teóricas e através de aulas práticas de campo. Buscou-se desenvolver através de atividades socioeducativas a sensibilização dos alunos para a importância da preservação dos recursos naturais, o descarte correto dos resíduos sólidos, e promoção da consciência de reduzir, reutilizar e reciclar os produtos e materiais gerados e até mesmo a realização e fabricação de novos subprodutos oriundos dos resíduos. Os resultados do trabalho demonstraram o comprometimento dos alunos com a preservação dos recursos naturais, a gincana ambiental promovida nas escolas mostrou o empenho dos mesmos para a coleta de resíduos de embalagens de alumínio, o óleo vegetal/animal usado, além da coleta de alimentos não perecíveis e agasalhos, os quais foram doados ao Instituto Lar Bom Abrigo e a Missão Evangélica de Amparo ao Menor – MEAME, ambas do Município de Ijuí. Portanto, o trabalho desenvolvido buscou demonstrar que a sustentabilidade e preservação do meio ambiente vão muito além de apenas coletar resíduos sólidos, preservar os recursos hídricos e manter as áreas de preservação permanente, pois é uma ação que necessita da participação de todos através de pequenas ações, cujos resultados poderão repercutir nas escolas, em casa e serem transmitidos para os pais, familiares e amigos gerando grandes resultados, o que possibilita a adoção de inúmeras atitudes de proteção ambiental, proteção da saúde e promoção social para o amplo exercício da cidadania.

Palavras-chave: Resíduos sólidos. Educação ambiental. Sustentabilidade. Agradecimentos: A todos os colegas servidores do Município de Nova Ramada, pelo apoio na realização dos trabalhos e disseminação da Educação e Gestão Ambiental no âmbito municipal.

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A INTERDISCIPLINARIDADE NOS CURSOS DE GESTÃO AMBIENTAL E AGRONOMIA: APRENDIZAGENS GERADAS A PARTIR DA MONITORIA Endrio Rodrigo WEBERS¹; Alisson Jonas Pretto DAPPER2; Luciane SIPPERT3; Fernanda Hart WEBER4. ¹ Monitor Acadêmico do curso de Bacharelado em Agronomia; 2 Monitor Acadêmico do curso de Bacharelado em Agronomia; 3Professora UERGS, Unidade em Três Passos; 4 Professora orientadora. UERGS Unidade em Três Passos. E-mails: endrio_rodrigo_webers@hotmail.com, alisson-dapper@hotmail.com, sippert.luciane@gmail.com, fernanda-hart@uergs.edu.br.

A Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), unidade em Três Passos, oferta os cursos de Bacharelado em Gestão Ambiental e Agronomia. Ambos com o propósito de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento regional sustentável. Nessa perspectiva, observa-se uma relação interdisciplinar constante entre vários de seus componentes curriculares, nos cursos internamente e destes entre si, especialmente aqueles que abordam os impactos e a degradação ambiental e os constituintes químicos iniciais que dão origem à vida. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo refletir sobre a percepção que alunos do curso de Agronomia apresentam sobre essa relação após atuarem um semestre, na disciplina de Química Geral e Orgânica, como monitores no Curso de Gestão Ambiental. Os resultados apontam que a interdisciplinaridade entre os componentes curriculares de Agronomia e de Gestão Ambiental são mais evidentes naqueles que trazem como princípio a preocupação com a sustentabilidade e também pode ser observada entre as disciplinas de Química Geral e Orgânica e Química Agrícola. Desta forma, as atividades de monitoria no curso de Gestão Ambiental foram consideradas significativas pelos acadêmicos do curso de Agronomia, pois além de perceberem uma relação interdisciplinar entre as disciplinas dos cursos, constataram o quanto esta visão mais ampla dos conteúdos possibilitou um crescimento significativo para sua formação acadêmica. O curso de Gestão Ambiental possui um olhar atento e diferenciado voltado às relações entre seres vivos e o ambiente, numa perspectiva semelhante o curso de Agronomia está voltado à agricultura familiar e à agroecologia. A reflexão sobre as questões específicas das disciplinas e o objetivo mais abrangente dos cursos possibilitou aos acadêmicos – monitores - criarem um pensamento crítico sobre as atividades que irão exercer futuramente em sua profissão. Assim, os futuros egressos destes cursos, que irão atuar nas propriedades rurais, certamente, buscarão uma produção tendo em vista o lucro econômico, porém com a visão de preservar o meio ambiente.

Palavras-chave: Agronomia. Gestão Ambiental. Interdisciplinaridade. Meio ambiente. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: Agradecemos à Universidade Estadual do Rio Grande do Sul -UERGS, pela concessão das bolsas de monitoria.

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CAPÍTULO VIII CONSERVAÇÃO E RECURSOS HÍDRICOS

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BIOCAMULAÇÃO NA CADEIA TRÓFICA AQUÁTICA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Katherine Silva ANUNCIAÇÃO1; Deisi Madalena Jost SOUTO1; Jefferson TOSIN1; Robson Evaldo Gehlen BOHRER2, Ramiro Pereira BISOGNIN2; Divanilde GUERRA3. 1

Acadêmico do curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). 2Professor Assistente da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS).3 Docente orientador – Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-mails: katherie_silva@live.com, deisisouto@hotmail.com, jefetosin@hotmail.com, robsonbohrer@uergs.edu.br, ramiro-bisognin@uergs.edu.br; divanilde-guerra@uergs.edu.br.

O uso de metais pesados em grandes quantidades e o descarte incorreto desses elementos químicos no ambiente tem levado ao aumento das taxas de intoxicação das espécies. A bioacumulação, que acontece quando um elemento químico se acumula em elevadas concentrações nos organismos dos seres vivos, vem chamando a atenção de especialistas nas áreas de saúde e meio ambiente. O processo pode ocorrer de forma direta, a partir do meio ambiente, ou indireta, quando ocorre através da alimentação, sendo que o acúmulo destes pode ter consequências sérias para os inúmeros organismos que compõem a cadeia alimentar, bem como para o meio ambiente em geral. Desta forma o presente trabalho teve como objetivo avaliar o estado da arte da bioacumulação de metais pesados na cadeia trófica aquática. A metodologia para a realização deste estudo consistiu em revisão de literatura. Como resultado revisional observou-se que a Bioacumulacão de metais em espécies aquáticas tem sido observada em diferentes regiões do Brasil. A Região Amazônica é caracterizada por ser uma área com grande concentração de recursos hídricos, como rios, igarapés e lagos, os quais abrigam elevada diversidade de espécies nativas (2.000 a 3.000 espécies), sendo que nesta região a pesca é uma das fontes de renda e alimentação da população local, porém o descarte inadequado de alguns elementos químicos pode gerar um acúmulo na cadeia. Em estudo realizado com 44 exemplares de peixes, sendo 24 exemplares (5 de tamanho pequeno, 14 de tamanho médio e 5 de tamanho grande) da espécie Cichla spp (Tucunaré) e 22 exemplares (10 de tamanho pequeno, 4 de tamanho médio e 8 de tamanho grande) da espécie Serrasalmus spp (Piranha) observou-se que em termos de grandeza, o fator de bioacumulação para o Cádmio (Cd) e o Zinco (Zn) esteve presente nas duas espécies avaliadas, sendo que os exemplares com maior tamanho obtiveram os maiores valores significando que, se houver um maior consumo dos exemplares maiores haverá maior risco a bioacumulação. No estado do Rio de janeiro a bioacumulação de mercúrio (Hg) foi investigada em quatro espécies de peixes (Genidens genidens, Aspistor luniscutis, Haemulon steindachneri e Micropogonias furnieri) oriundos da Baía da Ribeira e Baía de Guanabara. Os teores médios de mercúrio em G. genidens revelaram que, comparativamente à Baía da Ribeira, a espécie apresentou níveis maiores de mercúrio na Baía de Guanabara. Na Baía da Ribeira, dentre as espécies estudadas, as maiores concentrações de mercúrio foram encontradas para a espécie H. steindachneri, que apresentou teor médio mais próximo ao limite estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (500 mg/g) para consumo humano. Portanto observou-se o acúmulo de metais pesados nas distintas espécies avaliadas resultando na bioacumulação destes ao longo da cadeia alimentar. Palavras-chave: Meio ambiente. Contaminação. Metais pesados. Agradecimentos: A UERGS pela disponibilidade do curso de Bacharelado em Gestão Ambiental em Três Passos por permitir aos acadêmicos cursarem a disciplina de Fundamentos de Ecologia na qual o presente trabalho foi desenvolvido.

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ESPECIAÇÃO QUÍMICA DE METAIS PESADOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA DE POÇOS DE ABASTECIMNETO HUMANO Eliana Aparecida CADONÁ1; Daniel Erison FONTANIVE2; Pablo MIGUEL3; Ariel Leonardo BIANCHINI4; Paula Beatriz SETE 5; Eduardo Lorensi de SOUZA6. 1

– Bolsista CAPES, Doutoranda, Universidade Federal de Pelotas (UFPel); 2 - Bolsista de Iniciação Científica, Acadêmico do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 3 Professor, Departamento de Solos, Universidade Federal de Pelotas (UFPel); 4 - Bolsista de Extensão, Acadêmico do Curso de Agronomia, Universidade Federal de Pelotas (UFPel);5 – Bolsista CAPES, Doutoranda, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);6 - Professor Orientador, Unidade IV, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-mails: cadona.eliana@gmail.com; danielfontanive76@gmail.com; pablo.ufsm@gmail.com; bianchiniariel@gmail.com; paulasete@gmail.com; elorensi@yahoo.com.br.

A atividade suinícola tem sido desenvolvida em grande escala na Região Sul do Brasil, em especial, nos estados de Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS), que correspondem a 54% da produção de suínos do país. Especialmente para SC, a atividade suinícola está concentrada no Sul e Oeste do estado, apresentando potencial de causar passivos ambientais em decorrência do manejo dos dejetos oriundos dessa atividade. O potencial de risco ambiental aumenta em decorrência do desenvolvimento desta atividade econômica ocorreu caracteristicamente em propriedades que apresentam mão de obra familiar e pequenas extensões de áreas viáveis para a agricultura. Nesse sentido, surgiu a prática frequente de aplicações dos dejetos em áreas agricultáveis, onde os mesmos possuem nutrientes e metais pesados. Especialmente para os metais pesados, em especial o Cu, Zn e Mn, pode ocorrer o passivo de contaminação de mananciais hídricos superficiais e subterrâneos e problemas de saúde pública. Dessa maneira, o monitoramento de regiões que desenvolvem a atividade suinícola em grande escala é necessário para evitar cenários de degradação ambiental, podendo ser utilizada a especiação química dos teores de Cu, Zn e Mn para a elucidação dos potenciais efeitos contaminantes que a aplicação de dejetos suínos pode desencadear, especialmente para poços de abastecimento humano. O presente estudo objetivou analisar os teores de Cu, Zn e Mn em amostras de água de poços de abastecimento humano na bacia do Rio Coruja/Bonito, município de Braço do Norte/SC. Para este propósito inicialmente realizou-se cinco coletas (Jul/15, Out/15, Dez/15, Mar/16 e Jun/16) nos poços de três propriedades suinícolas e uma sem a criação intensiva de suínos na bacia estudada. Avaliou-se os teores de matéria orgânica dissolvida (MOD), pH e teores totais de Cu, Zn, Mn das amostras e a partir destes desenvolveu-se especiação química dos teores totais de Cu, Zn e Mn, através do programa Minteq, versão 5.1, utilizando-se dos teores da MOD e pH como fatores variantes. Observa-se que durante o período de estudo, o Cu apresentou maior potencial contaminante nas amostras de águas analisadas, pois apresentou maior percentual de interação com a MOD (84,48%), ficando maior período de tempo nos mananciais hídricos, em decorrência da degradação da MOD, que ocorre de maneira lenta e gradual. Para os teores de Zn e Mn observa-se predomínio de sua forma iônica, em decorrência da adição desses metais na ração dos suínos. Observa-se ainda que, o mesmo processo que ocorre no solo, onde o Cu apresenta predomínio da interação com os coloides orgânicos, foi encontrado nos mananciais em interação com a matéria orgânica. Para o Zn e Mn possuem maior interação com os coloides minerais do solo e manteve-se de forma iônica na água, sendo 57,35% para o Zn e 98,32% para o Mn. Infere-se que, mesmo sendo poços subterrâneos em sua totalidade, as águas de abastecimento humano encontramse contaminadas pelos metais estudados. Não foram observadas diferenças entre as propriedades que possuem criação intensiva e a que não apresenta criação de suínos, demonstrando que a contaminação das águas ocorre de maneira generalizada nas propriedades analisadas. Palavras-chave: Suinocultura. Contaminantes ambientais. Qualidade ambiental. Agradecimentos: Projeto TSGA/UFSC; Capes.

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ESTUDO DE CORRELAÇÃO ENTRE A PRESENÇA DE METAIS PESADOS NAS ÁGUAS SUPERFICIAIS COM O USO E OCUPAÇÃO DO SOLO Daiane WEISS1, Márlon de Castro de VASCONCELOS2, Robson Evaldo Gehlen BOHRER2, Ramiro Pereira BISOGNIN3. 1

Acadêmica de Gestão Ambiental – UERGS Três Passos; 2Colaborador, Professor – UERGS Três Passos; 3Orientador, Professor - UERGS Três Passos. E-mails: daiane.weiss.uergs@gmail.com; ramiro-bisognin@uergs.edu.br; robsongehlen@uergs.edu.br; marlon-vasconcelos@uergs.edu.br;

Os metais pesados podem advir de fontes naturais ou antrópicas, porém, quantidades tóxicas podem ser correlacionadas a determinadas atividades, normalmente antrópicas.O aumento da produção (agropecuária e industrial) em áreas físicas limitadas pode ocasionar sobrecarga de contaminantes no ambiente e desencadear diversos problemas de ordem ambiental. Como consequências, destacam-se áreas contaminadas por metais pesados, erosão e lixiviação de compostos aos mananciais, e o posterior consumo da água, que por sua vez, oferece riscos para a fauna, flora e população. Diante desta problemática, o presente estudo objetivou realizar uma revisão bibliográfica a cerca da correlação da presença de metais pesados em águas superficiais e o uso e ocupação do solo em bacias hidrográficas. O levantamento bibliográfico foi realizado com trabalhos da base Scielo, Google Acadêmico e outras fontes bibliográficas. Utilizou-se a estratégia de busca por palavras-chave e de referências cruzadas. As palavras utilizadas foram “uso e ocupação do solo”, “metais pesados”, “empreendimentos e atividades” e “correlação”. Foram selecionados 7trabalhos, sendo que estes apresentaram de forma nítida a correlação das atividades realizadas nas bacias do estudo e dos metais pesados. Os trabalhos selecionados indicam a presença nos mananciais principalmente dos metais chumbo (Pb), níquel (Ni), cádmio (Cd), cromo (Cr) e cobre (Cu). Quatro trabalhos convergem com a ideia de que a erosão e o carreamento de sedimentos em épocas chuvosas, somado ao uso e ocupação do solo, acarretem na maior concentração desses metais nos mananciais. Um dos trabalhos cita que alguns compostos podem advir de meios naturais. Todos os trabalhos citam pelo menos uma das seguintes fontes de contaminação: uso de agroquímicos, industrialização das cidades, falta de saneamento básico e agricultura. Portanto, uma vez em contato com a água corrente, os mananciais podem ser mecanismos de distribuição e transporte de contaminantes como os metais pesados. Os metais que foram encontrados, na maior parte dos estudos, estão de acordo com as características do município ou da bacia analisada, das atividades desenvolvidas e suas propensões a contaminação ambiental. Dois estudos indicam a necessidade e a importância da criação de programas de monitoramento de parâmetros físicoquímicos, biológicos e de metais pesados. A partir dos estudos avaliados, é possível destacar que o uso e ocupação do solo está correlacionado com a contaminação dos mananciais por metais pesados. Palavras-chave: Elementos traço; Mananciais de água; Contaminação de áreas rurais; Agropecuária.

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REFLORESTAMENTO NAS MARGENS DA BARRAGEM JOÃO AMADO EM CORONEL BICACO-RS: UM ESTUDO DE CASO Paulo Roberto Alves BATISTA1; Clarissa Ricalde GERVASIO2. 1

Técnico em Meio Ambiente. Graduando do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas. Instituto Federal Farroupilha-Campus Santo Augusto. 2Docente do Curso Licenciatura em Ciências Biológicas. Instituto Federal Farroupilha - Campus Santo Augusto. E-mails: meioambienteassessoria@gmail.com; clarissa.gervasio@iffarroupilha.edu.br.

No Brasil, a geração de energia elétrica é tipicamente hidrelétrica. Contudo, a construção de usinas hidrelétricas acaba por gerar impactos ambientais, necessitando de ações que promovam a mitigação desses impactos. Dentre essas ações está o plantio de mudas de espécies nativas da fisionomia original das áreas remanescentes, proporcionando uma estruturação de novo ambiente mais próximo ao natural. Deste modo, o trabalho objetivou o estudo de caso de um projeto de recuperação de áreas degradadas remanescentes da construção da barragem João Amado, construída em 1953, localizada no Rio Guarita, no distrito de Campo Santo município de Coronel Bicaco, no estado do Rio Grande do Sul. Além da atividade de plantio, o trabalho foi realizado levando-se em consideração a revisão bibliográfica, documentos, mapas, fotos, e a situação da área antes do plantio e com implantação de mudas e acompanhamento da área. A barragem possui coordenadas 27°46’02.23”S e 53°33’26.55”O e neste local, uma área de 1,8 ha e outra de 1,2 ha foram reflorestadas através de método de plantio de mudas de espécies nativas da região. Dentre as espécies podem ser citadas: Pitanga (Eugenia uniflora), Cedro (Cedrela fissilis), Guajuvira (Patagonula americana), Ipê (Tabebuia alba), Canafístula (Cassia fistula), Açoita Cavalo (Luehea divaricata), Cabreúva (Myrocarpus frondosus) entre outras. As atividades para o plantio das mudas de espécies florestais ocorreram de março a junho de 2013. Foi realizada a abertura das covas com dimensões de 40 cm de profundidade e 30 cm de largura a distância de 2,5 metros, onde perfizeram um total de 3.000 mudas plantadas. Após o plantio, iniciou-se o monitoramento, executado com a finalidade de avaliar o índice de sobrevivência das mudas, propiciar o máximo crescimento das mesmas, avaliar a necessidade do replantio e verificar a regeneração natural, dentre outros aspectos relacionados ao processo de restauração florestal, bem como o controle de pragas e insetos quando necessário. Embora as mudas tenham sido selecionadas a partir de espécies florestais de ocorrência regional, adaptadas às condições da área, o índice de mortalidade atingiu 20%, sendo necessária a realização do replantio. As causas da mortalidade podem estar ligadas a vários fatores, dentre eles, as características de cada espécie, as condições ambientais após o plantio, a qualidade das mudas, e operação de plantio e ataques de formigas em algumas espécies. O processo de restauração florestal, na área indicada, no presente trabalho foi realizado de maneira a atender às exigências do órgão ambiental. O método de plantio de mudas mostra-se eficiente visto a observação da ocorrência de interação entre fauna e flora, propiciando reestruturação próxima à paisagem natural. Palavras-chave: Reflorestamento. Fauna e flora. Espécies nativas

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CAPร TULO IX BIODIVERSIDADE

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BIOINDICADORES COMO AVALIADORES DE POLUIÇÃO EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS E TERRESTRES Kelin Luiza VINCENCI1, Rosi Maria PRESTES2. ¹ Bióloga, Especialista em Perícia, Consultoria e Gestão Ambiental; ² Professora Ms. da FAI - Faculdades de Itapiranga - SC; E-mails: kelin.luiza@hotmail.com; prestes.rosi@yahoo.com.br;

Considerando a importância dos bioindicadores como referência em qualidade ambiental, estes organismos podem estar descritos e encontrados na literatura como “espécies, grupos de espécies ou comunidades biológicas cuja presença, quantidade e distribuição indicam os impactos ambientais em um ecossistema”. Sua utilização permite a avaliação integrada dos efeitos ecológicos causados por múltiplas fontes de poluição, principalmente as geradas pelo homem. Os organismos bioindicadores, apesar de não morrerem por alterações do ambiente, respondem a elas por meio de reações comportamentais ou metabólicas mensuráveis, que indicam e refletem alguma mudança no ambiente onde eles vivem. Um indicador é definido como “um índice ou uma medida final para avaliar a saúde de um sistema, seja ele econômico, físico ou biológico”. Sendo assim o objetivo deste artigo é entender a atuação e identificar os principais tipos de seres vivos biondicadores utilizados nos dias de hoje para análise da poluição dos ecossistemas aquáticos e terrestres. Para isso torna-se necessário o conhecimento da saúde do ecossistema e como os seres existentes dentro dele reagem a essas mudanças. A metodologia empregada consistiu em pesquisa bibliográfica e descritiva. “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos e a pesquisa descritiva tem a função de descrever as características de determinadas populações ou fenômenos”. Foram avaliados neste trabalho, 16 artigos científicos retirando de sites como: Scielo, Google acadêmico, revistas e da BDTD-Ibict (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – Instituto Brasileiro de Ciência e Tecnologia). Para a seleção das fontes, foram considerados como critérios as bibliografias que abordassem a temática bioindicadores de qualidade ambiental, focando principalmente nos tipos de bioindicadores utilizados em cada artigo. Como resultados, constatou-se quetodos os artigos selecionados destacaram a variedade de espécies de seres vivos utilizados como bioindicadores nos diversos ecossistemas, aquático ou terrestres, dentre eles, macroinvertebrados bentônicos, macrofauna do solo, besouros, minhocas, musgos, líquens, anfíbios e insetos galhadores. Todos enfocam a capacidade dessas espécies de responderem as mudanças do ambiente. O trabalho permitiu verificar que, dentre os grupos de organismos citados, alguns são avaliados no ambiente terrestre e outros no ambiente aquático. Sendo os insetos em geral, anfíbios e musgos utilizados em ambos os ambientes. Cada grupo citado tem papel fundamental no seu habitat, participando das teias alimentares e das interações ecológicas com outras espécies. Notou-se também que os impactos ambientais gerados a partir das atividades antropogênicas e industriais, são as principais causas da degradação ambiental na atualidade. Portanto a preservação do ecossistema é fundamental para que se tenha o equilíbrio da biodiversidade e da qualidade ambiental necessária para que todas as espécies de seres vivos possam ser conservadas. Palavras-chave: Bioindicadores; Qualidade ambiental; Impactos ambientais

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DADOS GERAIS DO LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA ARBORIZAÇÃO URBANA DE TRÊS PASSOS Daiane WEISS1, Marlene Aparecida RODRIGUES1, Ramiro Pereira BISOGNIN2, Robson Evaldo Gehlen BOHRER2, Gisele Sana REBELATO3, Márlon de Castro de VASCONCELOS4. 1

Acadêmica de Gestão Ambiental – UERGS Três Passos; 2 Colaborador, Professor – UERGS Três Passos; Colaboradora, Pesquisadora externa; 4Orientador, Professor - UERGS Três Passos. E-mails: daiane.weiss.uergs@gmail.com; marlene.aparecida.rodrigues@gmail.com; ramirobisognin@uergs.edu.br; robson-gehlen@uergs.edu.br; contato@acauãconsultoria.com.br; marlonvasconcelos@uergs.edu.br; 3

A arborização urbana é essencial no melhoramento da qualidade de vida, aspecto paisagístico da cidade, diminuição da temperatura, funciona como uma barreira para a contenção do vento e da chuva, serve de abrigo para a fauna entre outros aspectos benéficos. Diante de tal relevância, este estudo objetivou levantar informações sobre as espécies vegetativas encontradas no perímetro urbano, seu estado de conservação e os conflitos. A área de estudo foi a área urbana do município de Três Passos, localizado na região noroeste do Rio Grande do Sul. Para registro das observações foi elaborada uma ficha de campo para coleta de informações como nome cientifico e comum da espécie, localização, fitossanidade, conflitos, data e observações gerais. Ainda, houve a coleta de um ramo para a posterior confecção de exsicatas e identificação a nível de espécie. Ao todo foram amostrados 1.821 indivíduos distribuídos em 141 táxons. Desses, 48 indivíduos não foram identificados, o que representa 2,6% do total, sendo que destes, 36 são mudas. As famílias mais abundantes foram: Fabacea com 17% do total, Bignoneacea com 14,8%, Lauracea com 13,6% e Olelacea com 12,5% do total. Com relação às espécies, as mais abundantes foram: Ligustrum Lucidum (Ligustro) com 12,5% dos indivíduos, Cinnamomum zeylanicum (Canela doce) com 12%, Caesalpina peltophoroides (Sibipiruna) com 9,2%, Lagerstroemia indica (Resedá) com 8,7% e Handroantrus chrysotrichus (Ipê amarelo) com 8,5% dos indivíduos amostrados.Essas cinco espécies representam metade dos indivíduos amostrados. Quanto ao estado geral das árvores, 85% delas (840 indivíduos) apresentam bom estado fitossanitário e 2% (17 indivíduos) em péssimo estado. 37% dos indivíduos apresentam problemas relacionados à fiação, e 13% com potencial de gerar conflitos com a fiação.Com relação ao afloramento de raízes, 56% dos indivíduos possuem as raízes com afloramento e 16% não há informação sobre a condição. Essas condições se devem a falta de informação da população sobre a adequação das espécies, os locais e o seu manejo. O estado geral dos indivíduos arbóreos pode ser considerado bom, com poucos indivíduos em péssimo estado. Existem ainda, espécies que precisam ser manejadas para que não se disseminem de forma descontrolada no município, como é o caso do Ligustro e da Canela-doce. Estas, possuem um apelo por parte da população por serem espécies que fazem sombra e são bonitas, porém influenciam na fauna e flora local, uma vez que os pássaros, normalmente, preferem seus frutos aos das nativas, o que ocasiona a dispersão destas para outros pontos. Por fim, salienta-se que os resultados obtidos neste estudo fazem parte de um banco de dados que auxilia na elaboração do Plano de Arborização Urbana de Três Passos. Palavras-chave: Aspectos paisagísticos. Diversidade de espécies. Conflitos.

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EUGENIA INVOLUCRATA: VIABILIDADE DE GRÃOS DE PÓLEN Marlene Aparecida RODRIGUES1; Talia Talita SEHN2; Robson Evaldo Gehlen BOHRER3; Marciel REDIN3; Marlon de Castro VASCONCELOS3; Divanilde GUERRA4. 1.

Acadêmica do Bacharelado em Gestão Ambiental (UERGS) e Bolsista de Iniciação Científica do CNPq. 2. Aluna do Bacharelado em Agronomia e Bolsista de Iniciação à Pesquisa – Probip (UERGS). 3. Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). 4. Docente orientador – Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-mails: marlene.aparecida.rodrigues@gmail.com; taliaagronomia@gmail.com; robsonbohrer@uerg.edu.br; marciel-redin@uergs.edu.br; marlon-vasconcelos@uergs.edu.br; divanildeguerra@uergs.edu.br.

A grande diversidade vegetal brasileira possui algumas espécies frutíferas que permanecem, sendo desconhecidas e inexploradas, devido à falta de estudos, embora apresentem um grande potencial de produção. A cerejeira (Eugenia involucrata), destaca-se, pois é nativa da região Sul do Brasil, possui frutos saborosos, suculentos e com potencial para ser consumida in natura ou processados na forma de sucos, geleias, sorvetes e licores. A estimativa da viabilidade do pólen é importante pois evidencia a capacidade reprodutiva masculina da espécie, contribui em estudos taxonômicos, ecológicos e genéticos, fornecendo informações para práticas de conservação genética. São responsáveis pela seleção de genótipos para programas de melhoramento influenciando no sucesso da fertilização. Este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade do pólen de 10 acessos de cerejeiras (Eugenia involucrata) no Município de Três Passos, Rio Grande do Sul. A metodologia utilizada consistiu na identificação morfológica e na avaliação biométrica dos frutos de 21 acessos. Destes, apenas 10 acessos (1, 2, 3, 4, 11, 14, 15, 17, 19, 21) foram selecionados, destacando-se em produção de polpa e porcentagem de sólidos solúveis totais (Grau Brix %), sendo que estes foram avaliados quanto a viabilidade do pólen. A metodologia utilizada consistiu na coleta de 10 botões florais em estágio de maturação, porém, ainda com as pétalas fechadas, em formato de balão, no período de floração, ou seja, no mês de agosto. Estes foram identificados, acondicionados em recipientes plásticos e conduzidos ao laboratório. Os botões foram fixados em uma solução de álcool e ácido acético em proporção de 3:1, por 24 horas, e posteriormente acondicionados em álcool 70% e armazenados em geladeira. Montaram-se duas lâminas de cada acesso, com as anteras de duas flores, as quais sofreram pressões leves, para que houvesse a liberação do pólen. As lâminas foram avaliadas de forma quantitativa, sendo contados 1000 grãos por lâmina e classificando-os em viáveis ou inviáveis, os quais foram diferenciados através do uso do corante carmim propiônico (2%). Os resultados obtidos da porcentagem de viabilidade do pólen, para cada acesso de cerejeira foram: acesso 1: 97,6%; acesso 2: 97,2%; acesso 3: 97%; acesso 4: 97,8%; acesso 11: 97,3%; acesso 14: 97,4%; acesso 15: 97,6%; acesso 17: 92,8%; acesso 19: 93,6%; acesso 21: 97,8%. A menor viabilidade encontrada foi no acesso 17, e as maiores percentagens foram nos acessos 4 e 21, já a porcentagem geral de viabilidade média foi de 96,61%. A partir da obtenção desses dados, e comparando-os entre si, podemos afirmar que a viabilidade média de todos os acessos foi elevada, sendo que os acessos avaliados apresentaram boas características, possuindo potencial para futuramente comporem bancos de germoplasma e serem utilizados em cruzamentos dirigidos e na propagação vegetativa. Palavras-chave: Myrtaceae. Cerejeira. Seleção. Viabilidade dos grãos de pólen. Agradecimentos: A Uergs e ao CNPq pela concessão da bolsa de pesquisa.

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VIABILIDADE DE GRÃOS DE PÓLEN DE ACESSOS DE GUABIJUZEIROS NO MUNICIPIO DE TRÊS PASSOS – RS Marlene Aparecida RODRIGUES1; Talia Talita SEHN2; Robson Evaldo Gehlen BOHRER3; Eduardo Lorensi de SOUZA3; Marlon de Castro VASCONCELOS3; Divanilde GUERRA4. 1

Acadêmica do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental (UERGS) e Bolsista de Iniciação Científica do CNPq. 2Aluno do Curso de Bacharelado em Agronomia e Bolsista de Iniciação à Pesquisa – Probip (UERGS). 3Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). 4 Docente orientador – Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-mails: marlene.aparecida.rodrigues@gmail.com; taliaagronomia@gmail.com; robsonbohrer@uerg.edu.br; eduardo-souza@uergs.edu.br; márlon-vasconcelos@uergs.edu.br; divanildeguerra@uergs.edu.br.

O Brasil apresenta grande diversidade vegetal, possuindo espécies frutíferas nativas, que ainda são pouco exploradas e até mesmo desconhecidas, mas que possuem elevado valor econômico. A família botânica das Mirtaceas é um dos exemplos, pois possui espécies com uma grande variedade, as quais são capazes de atender demandas econômicas e alimentícias, porém, em sua grande maioria são desconhecidas e se limitam ao extrativismo. O guabijuzeiro (Myrcianthes pungens) possui elevado potencial comercial, pela grande produção de frutos e baixa susceptibilidade a doenças, além da aceitação no mercado para o consumo in natura ou processados. Este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade do pólen de 10 acessos de guabijuzeiros coletados no Município de Três Passos, Rio Grande do Sul. A metodologia utilizada consistiu inicialmente na identificação morfológica e na análise biométrica dos frutos de 22 acessos. Destes, 10 acessos (2, 4, 5, 6, 9, 14, 16, 18, 19, 20) foram selecionados, pois se destacaram em produção de polpa e porcentagem de sólidos solúveis totais (Grau Brix %), sendo estes avaliados quanto a viabilidade do pólen. A metodologia utilizada consistiu na coleta de 10 botões florais em estágio de maturação, porém ainda com as pétalas fechadas, no período de floração, ou seja, no final do mês de setembro. Estes foram identificados, acondicionados em recipientes plásticos e conduzidos ao laboratório. Os botões foram fixados em uma solução de álcool e ácido acético em proporção de 3:1, por 24 horas, e posteriormente acondicionados em álcool 70% e armazenados em geladeira. De cada acesso houve a montagem de duas lâminas, com as anteras de duas flores, através do esmagamento destas para a liberação do pólen. As lâminas foram avaliadas de forma quantitativa, sendo contados 1000 grãos por lâmina e classificando-os em viáveis ou inviáveis, os quais foram diferenciados através do uso do corante carmim propiônico (2%). Como resultado observou-se as seguintes porcentagens de viabilidade para cada acesso de guabijuzeiros: acesso 1: 98,2%; acesso 4: 88,7%; acesso 5: 97,9%; acesso 6: 98,7%; acesso 9: 96,64; acesso 14: 86,4%; acesso 16: 98,5%; acesso 18: 97,4; acesso 19: 91,8%; acesso 20: 97,8%. A menor percentagem de viabilidade foi encontrada no acesso 14 e a maior percentagem no acesso 6, sendo que a viabilidade média do pólen de todos os acessos foi de 95,21%. Portanto, a viabilidade média de todos os acessos foi elevada, sendo que estes podem futuramente compor bancos de germoplasma e serem utilizados em cruzamentos dirigidos e na propagação vegetativa. Palavras-chave: Myrtaceae. Myrcianthes pungens. Botões de flores. Pólen. Agradecimentos: A Uergs e ao CNPq pela concessão da bolsa de pesquisa.

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CAPร TULO X AGROECOLOGIA

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ANÁLISE DE PARÂMETROS QUANTITATIVOS DA MESO E MACRO FAUNA EDÁFICA ENCONTRADA EM CULTURA DE MILHO SOB DIFERENTES FORMAS DE ADUBAÇÃO. Domênico Marcelo RAFAELE1; Alexandre POZZATO2; Daniel FONTANIVE2; Marco Antônio de OLIVEIRA2; Patrick Gustavo DUNKE2; Bárbara Estevan CLASEN3. 1

Bolsista de Iniciação Científica FAPERGS, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2 Aluno voluntário (Uergs); 3 Docente Orientador (Uergs). E-mails: dmraffaele@hotmail.com; lexandrepozzatto@hotmail.com; danielfontanive76@gmail.com; marcoantoniooliveira2@hotmail.com; patrick.gustavo_duncke@hotmail.com; ba.clasen@hotmail.com.

Os organismos da fauna edáfica desempenham papéis importantes no solo, desde os estágios de decomposição do resíduo vegetal, até sua incorporação como matéria orgânica no solo e mineralização dos constituintes químicos. Técnicas que favorecem o incremento dos organismos edáficos são de grande importância, visto que promovem as modificações das características físicas, químicas e principalmente biológicas do solo. A utilização de Dejetos Líquidos de Suínos (DLS) como fonte alternativa à adubação mineral é bastante empregada em regiões que compartilham atividades agrícolas e centros de criação de suínos. Levantar dados da meso e macrofauna edáfica em áreas adubadas com diferentes doses de DLS em comparação ao adubo químico contribui de forma sistemática como fonte de informação para futuros trabalhos que contribuam para a elucidação mais plena da dinâmica da utilização de DLS como fonte alternativa de adubo de forma segura e eficaz. Contextualizando essas informações esse trabalho teve como objetivo analisar as classes de organismos da meso e macrofauna edáfica encontrada em cultura de milho sob diferentes formas de adubação. Este trabalho foi realizado em Tenente Portela - RS. Para realizar o levantamento da fauna edáfica foram instaladas armadilhas do tipo Provid em experimento de produção de milho em estádio R6 (estádio reprodutivo em que o milho se encontra em maturidade fisiológica) contendo sete tratamentos com quatro repetições em Delineamento de Blocos Casualizados – DBC, medindo 16 m2 cada tratamento, sendo eles: TQR, adubação química conforme recomendado para cultura de milho em latossolo pelo Manual de Calagem e Adubação para os estados RS e de SC; TDR, Dose de 31,875 m3/ha de DLS estabilizado de acordo que sua concentração de nitrogênio se iguale à mesma que TQR; TD-10, que equivale a TDR menos 10% de N recomendado; TD0, sem adubação; TD10, que equivale a TDR mais 10% de N recomendado; TD20 que equivale a TDR mais 20% do nitrogênio recomendado e TMN, mata nativa. As armadilhas foram instaladas na área central de cada tratamento no dia 15 de abril de 2017 onde permaneceram por sete dias, sendo realizada a coleta no dia 22 de abril de 2017. Foram encontradas 15 classes de organismos diferentes (Ácari, Coleóptera, Colembola, Dermaptera, Diptera, Hemiptera, Himenóptera, Isóptera, Isópoda, Lepidóptera, Ortóptera, Thiasanura, Molusca, Aranae e Oligoqueta), com evidencia para os grupos de Coleópteras, Collembolas, e Himenópteros presentes em todos os tratamentos em maiores números, enquanto os demais grupos encontrados demonstrem variação de numero e presença entre os tratamentos. Os resultados demonstram que ambientes naturais (TMN) preservam maior diversidade (0,75 Diversidade de Simpson), enquanto ambientes que proporcionam disponibilidade de alimento favorável ao organismo concentram maiores quantidades destes, elevando a dominância (0,97 Dominância de Simpson) como é caso do TD20 que recebeu alta dosagem de DLS e que favoreceu a dominância de Collenbolas (18.023 do total de 18.276 organismos verificados), uma ordem com potencial indicador de qualidade do solo.

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AVALIAÇÃO DA APLICAÇÃO DE PRÁTICAS AGROECOLOGICAS NO MUNICIPIO DE TRÊS PASSOS Daiane Karina GRELLMANN1; Douglas Wegner KUNZ1; Evandro Luiz LINK 2; Danni Maisa da SILVA3; Robson Evaldo Gehlen BOHRER3; Divanilde GUERRA4. 1

Discente, Aluno do Curso de Bacharelado em Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade em Três Passos; 2Discente, Aluno do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade em Três Passos; 3Docente, professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade em Três Passos.4 Docente Orientador. Professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, Unidade em Três Passos. E-mails: daiane.grellman1995@hotmail.com; douglaswkunz@gmail.com; evandrolinck@hotmail.com; danni-silva@uergs.edu.br; robson-bohrer@uergs.edu.br; divanilde-guerra@uergs.edu.br.

A produção sem uso ou com o uso reduzido de agroquímicos permite a obtenção de alimentos mais saudáveis. Nas propriedades, grande diversidade de espécies é conduzida em pomares e hortas domésticas. Os defensivos agrícolas são utilizados com o objetivo de eliminar pragas e doenças que ocorrem nas culturas, principalmente quando estas se encontram em estágios finais de desenvolvimento, ou seja, próximas ao ponto de colheita o que pode levar a uma ingestão de alimentos contendo elevadas doses de produtos químicos. Desta forma, a difusão da agroecologia, através de sistemas de produção de frutas e hortaliças com base ecológica é muito importante para garantir a segurança e soberania alimentar. O presente trabalho teve como objetivo geral a difusão da agroecologia em propriedades no Município de Três Passos – RS. A metodologia utilizada para a condução do estudo consistiu em um levantamento de informações sobre as espécies cultivadas em hortas e pomares domésticos, além das práticas de manejo para o cultivo, com posterior difusão de práticas agroecológicas de produção. O estudo foi conduzido em nove bairros do Município, abrangendo cerca de 1% das residências com aproximadamente 16 visitas domiciliares por bairro. Como resultados foram coletadas as informações em 177 residências, sendo que destes 87% possuem hortas e 95% possuem pomar, onde a produção é destinada à alimentação da família. Dentre os tipos de adubos utilizados os mais citados foram o esterco e adubos resultantes da compostagem; entre as práticas de manejo mais utilizadas estão a capina (83,05%) e a adubação (80,23%); para combater as pragas os proprietários usam inseticida, cinza, água de fumo e cotrine. Concluiu-se que na maioria das residências são cultivadas plantas frutíferas e olerículas para a alimentação humana, sendo está na grande maioria de base agroecológica, porém o uso de inseticidas e cotrine no manejo de pragas e doenças em algumas propriedades se mostrou preocupante, o que demandou uma conversa com estes produtores visando à difusão da agroecologia para a produção de alimentos mais saudáveis. Palavras-chave: Alimentos. Frutíferas. Segurança e Soberania alimentar. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: a UERGS e a PROEXT pela concessão de bolsas de extensão para a realização do estudo.

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CULTIVO DA ERVA-MATE COMO ALTERNATIVA SOCIAL, ECONÔMICA E AMBIENTAL PARA COMUNIDADES RURAIS Marli Salete ANTONIAZZI1; Lisiane Dörr ROCHA1; Marciel REDIN2. ¹Acadêmicas do Curso de Gestão e Sustentabilidade Ambiental Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS; 2Docente orientador, unidade UERGS Três Passos. E-mails: marliplageder2014@gmail.com; rocha-lisi2011@hotmail.com; marcielredin@gmail.com.

A erva-mate é uma cultura típica do Rio Grande do Sul, faz parte da história e tem possibilidade de cultivo em pequenas propriedades rurais, com retorno econômico e social, bem como para o meio ambiente. O presente trabalho tem por objetivo analisar a percepção do cultivo da erva-mate como alternativas para recuperação de áreas degradadas no meio rural, sua importância econômica e social para estudantes de quatro comunidades rurais do município de Três Passos - RS. Foram realizadas palestras/minicursos, com apresentação de vídeos relativos ao cultivo da ervamate, distribuição de mudas de erva-mate para todos os participantes que foram doadas pela Secretaria do Meio Ambiente do município de Três Passos.As atividades foram realizadas em quatro comunidades e com escolas rurais do município de Três Passos, o público alvo foi à população rural, estudantes do ensino fundamental do oitavo e nono anos das comunidades das escolas rurais. O presente trabalho constitui-se de pesquisa exploratória com questionários que foram aplicados aos participantes antes e após cada palestra minicurso nas escolas, com o intuito de diagnosticar o conhecimento dos participantes sobre o cultivo da erva-mate. O questionário inicial foi constituído de 13 questões com o enfoque de realizar um diagnóstico de conhecimento inicial sobre o cultivo de erva-mate, seu retorno econômico, social e ao meio ambiente, aplicado a todos os estudantes participantes das comunidades das Escolas Rurais de Três Passos - RS. Ao final da realização de cada palestra/minicurso, foi aplicado aos mesmos participantes do questionário inicial, um questionário com cinco questões, com o intuito de verificar o aprendizado sobre a importância do cultivo de erva-mate como alternativa de recuperação de áreas degradas, mata ciliar e possibilidade extra de fonte de renda. Também foi aplicado um questionário direcionado ao proprietário da ervateira “Erva Mate Celeiro Três Passos” com o objetivo de fazer um diagnóstico referente seu interesse, por que da opção em cultivar a erva-mate e não a produção de grãos, seu ponto de vista quanto aos impactos ambientais, um caminho para a preservação da erva-mate? Os resultados obtidos nas comunidades das escolas rurais mostram a falta de conhecimento em relação ao cultivo da erva-mate, embora ela seja encontrada na nossa região. Conclui-se que, através do cultivo da erva-mate, poderá ser um caminho a ser buscado para os futuros produtores das comunidades rurais que enfrentam dificuldades em obter soluções de ampliação e diversificação de renda em suas propriedades rurais. Aliado a isso, de uma forma simples, mas que vem de encontro de soluções dos quais os impactos econômicos, sociais e ambientais, o cultivo da erva-mate pode garantir o bem-estar e a permanência dos jovens, bem como uma alternativa de renda extra para as famílias no meio rural do município de Três Passos - RS. Palavras-chave: Erva-mate. Meio ambiente. Sustentabilidade.

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IMPORTÂNCIA DA PESQUISA VOLTADA À AGROECOLOGIA Darlan Weber da SILVA¹; Thaniel Carlson WRITZL¹; Eduardo CANEPELLE¹; Eloi Meinen JUNIOR¹; Jackson Eduardo Schmitt STEIN¹; Marciel REDIN². 1

Acadêmico do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2Professor orientador. UERGS. Unidade de Três Passos. E-mails: darlanweberdasilva@hotmail.com; thaniel.cw@hotmail.com; eduardocanepelle@gmail.com; junior3e42@gmail.com; jackson.s.stein@hotmail.com; marcielredin@gmail.com.

O atual modelo predominante de produção agrícola baseado na revolução verde vem causando o esgotamento dos recursos naturais e gerando um grande impacto ambiental decorrentes do uso intensivo dos agrotóxicos para o combate de pragas e doenças e fertilizantes solúveis químicos. Na literatura, diversas pesquisas mostram que o uso de agrotóxicos para o controle de pragas, doenças e plantas de crescimento espontâneo sustentam o aumento de produtividade. No entanto, a utilização dos agrotóxicos no meio rural tem trazido uma série de consequências drásticas, além do ambiente, para a saúde do trabalhador rural. Além disso, ocorre a contaminação das pessoas que se alimentam de alimentos com resíduos de produtos químicos. Nos últimos anos várias análises realizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) através do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) mostram a presença de diversos agroquímicos acima do limite permitido pela legislação em diversos tipos de alimentos. A presença desses agroquímicos pode estar associado com o aumento da incidência de doenças como o câncer, doenças neurológicas e cardíacas, infertilidade entre várias outras. Nesse contexto, uma reflexão é necessária: será que precisamos seguir fazendo o uso de agrotóxicos para manter os níveis elevados de produção? Nessa abordagem, surge a produção agroecológica e sustentável, ou seja, de base ecológica. Esse tipo de agricultura já mostrou grandes e importantes resultados e avanços no campo das discussões sociais. Por exemplo, a cultura do pimentão, uma cultura com elevado índice de uso de agrotóxicos, apresenta similar produção quando produzido de forma agroecológica, e o mais importante, sem a presença de produtos químicos no produto alimentar. A maior parte dos estudos está concentrada em pequenas escalas, sobretudo, com espécies olerícolas. Assim, na literatura ainda são incipientes sistemas e dados de produção de forma agroecológica em maiores escalas, por exemplo, nas grandes culturas comerciais como o milho, soja, arroz e trigo, entre outras. Nesse contexto, é necessária a ampliação das discussões em todas as esferas da sociedade, e também a aplicação dessa nova abordagem agroecológica de produção de alimentos, tanto para pequenas e grandes escalas de produção. Desse modo, é notável a importância da pesquisa, pois é através desses instrumentos que são encontradas, comprovados e/ou validadas técnicas de produção de alimentos de base ecológica. Por fim, a mudança de paradigma com base na pesquisa, do modelo atual para o agroecológico, será um processo demorado, mas poderá ser a única alternativa para o futuro, tendo em vista a produção de alimentos mais saudáveis e menor impacto ambiental. Palavras-chave: Pesquisa agroecológica. Agricultura ecológica. Alternativa produção alimentos limpos.

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CAPÍTULO XI GESTÃO AMBIENTAL

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AGRICULTURA FAMILIAR E O CONSUMO DE AGROTÓXICOS NO MUNICÍPIO DE CRISSIUMAL – RS Guilherme Eduardo Mörschbacher GABRIEL¹; Camila Alves CARVALHO¹; Jarbas de Lima AULER2; Eduardo Lorensi de SOUZA; Divanilde GUERRA3; Barbara Estevão CLASEN4. 1.

Acadêmicos do Curso de Bacharelado em Agronomia. Unidade Três Passos - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2∙ Pós-Graduado em Segurança Alimentar; Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 3∙ Professora co-orientadora. Unidade Três Passos (UERGS); 4∙ Professora orientadora. Três Passos (UERGS). E-mails: jarbasauler@hotmail.com, divanilde-guerra@uergs.edu.br, barbaraeclasen@gmail.com.

O modelo de produção agrícola atualmente utiliza grande quantidade de agrotóxicos, o que para muitos é sinônimo de alta produtividade nos mais diversos cultivos. Por outro lado, esse uso desenfreado de agrotóxicos pode ocasionar riscos e danos à saúde dos agricultores familiares e ao meio ambiente. Este trabalho teve como objetivo analisar o consumo de agrotóxicos pelos agricultores familiares do município de Crissiumal nos anos de 2013 a 2015. Foram verificadas as quantidades de agrotóxicos comercializados, além da identificação das formulações que podem causar intoxicação aos agricultores, bem como, os sintomas mais comuns de intoxicação nos agricultores após o uso desses produtos. Para tanto, realizou-se pesquisa bibliográfica e levantamento de dados nos estabelecimentos registrados para comercialização de agrotóxicos e também foram aplicados 34 questionários aos agricultores familiares, entrevistados em 9 localidades do município de Crissiumal. Como resultados constatou-se que no período avaliado a quantidade de agrotóxicos consumidos chegou a 370.626,83 l (litros) e 19.974,347 kg. Os agrotóxicos que mais causam preocupação (em termos de saúde humana), são os inseticidas organofosforados e carbamatos, os piretróides e os organoclorados, os fungicidas ditiocarbamatos e os herbicidas fenoxiacéticos (2,4 D), glifosato e paraquat. Ainda, 26% dos entrevistados usam agrotóxicos em hortas e pomares, o que compromete muito a segurança alimentar das famílias de agricultores e dos consumidores destes alimentos. 85% dos produtores afirmaram ter aumentado a cada ano o uso de agrotóxicos, 50% relataram ter se intoxicado, 35% relataram e existência de intoxicações em pessoas próximas e 41% dos intoxicados procuraram ajuda médico-hospitalar especializada. Segundo os próprios agricultores familiares, os agrotóxicos que mais causaram intoxicações na região foram identificados como: Aminol®, (2-4,D), classe I; Orthene®, (acefato), classe I, Folidol®, (parationa metílica), classe I, Landril®, (clorpirifós), classe IV, Prime Plus®, (flumetralina), classe I, nome popular a os produtores de Antibrotante do Fumo, e por último a Nicotina derivada da planta do fumo, que manuseada em condições atípicas de colheita, ou seja, com a planta úmida, molhada e calor, mormaço, causando intoxicação aos agricultores familiares. Com esse trabalho, concluiu-se que o consumo de agrotóxicos aumenta a cada ano, que os agricultores familiares não estão conscientes das reais consequências do uso descontrolado, além de não utilizarem os EPI, independentemente da quantidade de agrotóxicos usados para produção de alimentos, e que a cada ano agrícola os problemas de saúde relacionados ao uso e ao consumo de alimentos contaminados por agrotóxicos vem aumentando consideravelmente em todo o Município de Crissiumal. Palavras-chave: Agroecologia, Contaminação Ambiental, Intoxicação e Insegurança Alimentar.

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ANÁLISE DOS ASPECTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE LEITEIRA EM PROPRIEDADES RURAIS NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL Cleusa Vicente VARGAS1; Mastrângello Enivar LANZANOVA2; Danni Maisa da SILVA3. 1

Acadêmica do Curso de Especialização em Gestão e Sustentabilidade Ambiental. Unidade de Três Passos, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2Professorco-orientador. Unidade de Três Passos, UERGS; 3Professora orientadora. Unidade de Três Passos, UERGS. E-mails: cleusavvargas@hotmail.com, mastrangello-lanzanova@uergs.edu.br, danni-silva@uergs.edu.br.

O contexto atual solicita cada vez mais interação entre o conhecimento científico e as práticas sociais, além de posicionamentos mais concisos frente ao quadro de degradação ambiental provocados pela ação antrópica nos ecossistemas naturais. Com o desenvolvimento da bovinocultura de leite na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, várias questões ambientais tornam-se preocupantes. No entanto, a gestão ambiental como um dos pilares da sustentabilidade, discute as medidas mitigadoras para amenizar os impactos ambientais e o uso consciente dos recursos naturais. Neste sentido, o presente trabalho teve por objetivo realizar uma análise dos aspectos ambientais da atividade leiteira em propriedades rurais em um município localizado na Região Noroeste do Rio Grande do Sul (RS) e apresentar orientações gerais para a mitigação dos riscos ambientais observando-se a Legislação Ambiental. Para tanto foi utilizada uma metodologia exploratória, qualitativa e quantitativa, e analisada a situação encontrada em dez propriedades rurais do município, no período de junho de 2016 a janeiro de 2017. Foram realizadas visitas e entrevistas com os produtores rurais, além de observações dos processos de manejo da produção leiteira e da interação desta atividade com o ambiente. Como resultados principais destaca-se que as propriedades estudadas não possuem licenciamento ambiental para exercer a atividade de produção de leite, o que seria bastante importante uma vez que, as atividades licenciadas precisam cumprir exigências técnicas e legais que diminuem a degradação ambiental e os impactos que a produção pode causar ao ambiente. Em relação ao manejo dos dejetos resultantes da produção leiteira, em 60% das propriedades estudadas, os mesmos são depositados diretamente no solo juntamente com a água e os resíduos da higienização da ordenha. Em 80% das propriedades pesquisadas os animais têm livre acesso aos rios e riachos, com maiores riscos de degradação, contaminação e assoreamento desses recursos. No entanto, destaca-se ainda que, nas propriedades rurais analisadas, em cerca de 60% e 80% as matas ciliares e as áreas de Preservação Permanentes (APP), respectivamente, são preservadas. Com base nos resultados obtidos foram propostas algumas sugestões para a mitigação dos impactos ambientais, incluindo, especialmente, a necessidade de orientações e acompanhamento em relação à disposição correta dos dejetos e a consequente contaminação do solo e da água, a construção de esterqueiras e sistemas de tratamento dos dejetos, o cercamento de proteção para impedir o acesso dos animais aos recursos hídricos, além da recuperação e preservação das APP, atendendo ao disposto no “novo” Código Florestal (Lei 12.651/2012). Como considerações finais os resultados da pesquisa levaram a compreensão de que a produção de leite pode causar vários impactos ao meio ambiente, porém, estes podem ser minimizados adotando-se técnicas adequadas. Palavras-chave: Bovinocultura de leite. Impactos ambientais. Gestão ambiental.

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AVALIAÇÃO DE MICRONÚCLEOS EM MULHERES DO MEIO URBANO E RURAL DO MUNICÍPIO DE TRÊS PASSOS – RS Camila Alves CARVALHO¹; Guilherme Eduardo Mörschbacher GABRIEL¹; Bárbara Estevão CLASEN2; Márlon de Castro VASCONCELOS2; Divanilde GUERRA2; Sinara DALLAGRO1; Fernanda Hart WEBER2. 1.

Acadêmicos do Curso de Bacharelado em Agronomia. Unidade Três Passos - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2.Professores Unidade Três Passos - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-mails: camila.ckc2014@gmail.com, guilhermegabrieledu@hotmail.com, barbara-clasen@uergs.edu.br, vascomc@gmail.com, divanildeguerra@yahoo.com.br.

Com o início da “revolução verde” ocorreram grandes mudanças no processo tradicional de trabalho na agricultura. Novas tecnologias foram disponibilizadas, sendo que a maior parte é baseada no uso indiscriminado de agroquímicos. A falta de orientação técnica, o desconhecimento dos riscos associados ao uso, instruções no rótulo de difícil compreensão, manipulação e aplicação sem os devidos equipamentos de proteção individual (EPI), o não conhecimento das normas de descarte de embalagens, todos estes fatores acabam aumentando os riscos de intoxicações pelos trabalhadores. Com todas essas tecnologias, a população foi sendo exposta a um conjunto de riscos ainda desconhecidos. Diante disso, torna-se importante avaliar os possíveis efeitos mutagênicos, citotóxicos e genotóxicos dos agrotóxicos para a saúde humana. Dito isto, o teste de micronúcleo (MN) tem sido utilizado como biomarcador de efeitos para danos cromossomais e estabilidade genômica em populações humanas, devido a estes agentes químicos possuírem em sua composição moléculas biologicamente ativas, que podem interagir com o DNA e danificar sua estrutura, causando alterações ao nível molecular podendo ser indicativos de lesões do material genético. A presente pesquisa teve como objetivo determinar a presença e a frequência demicronúcleos, em células da mucosa bucal, em mulheres do meio rural e urbano, residentes no município de Três Passos. Neste trabalho realizou-se o teste de MNs em células da mucosa bucal para avaliar as alterações citogenéticas em 40 indivíduos divididos, em dois grupos (20 cada grupo) oriundos do meio urbano e rural, com faixa etária entre 31 a 71 anos. As lâminas foram coradas com Kit Panótico de coloração rápida. A incidência de MNs foi observada por meio da contagem de 1000 células/lâmina em microscópio óptico (40x). No presente estudo foi observada presença de micronúcleos em 20 indivíduos, representando um total de 50% dos indivíduos testados. A presença de MN em indivíduos do meio rural chegou a 65% (13 indivíduos). Já para os indivíduos na área urbana, observou-se a presença de MN em 35% (07 indivíduos). Sendo assim o grupo do meio rural apresentou mais MN que o meio urbano. Contudo, os dados observados mostraram que indivíduos oriundos do meio rural estão mais suscetíveis a presença de compostos químicos, devida a maior exposição aos agrotóxicos, utilizados nas práticas agrícolas das propriedades. Palavras-chave: Agrotóxicos. Agricultura. Indivíduos. Exposição. Biomarcador.

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BALCÃO AMBIENTAL REGIONAL: FERRAMENTA PARA O ENTENDIMENTO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE ATIVIDADES POTENCIALMENTE POLUIDORAS Ana Paula Ritter COLLING1; Robson Evaldo Gehlen BOHRER²; Divanilde GUERRA3; Márlon de Castro VASCONSCELOS3; Ramiro Pereira BISOGNIN4; Marciel REDIN3. 1

Bolsista de Projeto de Extensão Balcão Ambiental (PROEX-UERGS 1/2016), Acadêmica do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS);2 Professor Orientador Assistente da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS.3Professor Adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS. 4Professor Assistente da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS. E-mails: anaprcolling@gmail.com; robson-bohrer@uergs.edu.br; divanildeguerra@yahoo.com.br; marlonvasconcelos@uergs.edu.br; ramirobisognin@yahoo.com.br; marcielredin@gmail.com.

Nos últimos anos, a humanidade começou a tomar consciência de seus impactos sobre o ambiente, conscientizando-se sobre os danos causados e buscando as soluções para minimizar os dos impactos gerados pelo homem. O licenciamento ambiental é o procedimento no qual o poder público, representado por órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação de atividades que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras. O licenciamento ambiental foi instituído pela Resolução CONAMA n°237 (Conselho Nacional do Meio ambiente) de 1997, onde estabeleceu as atividades que necessitam obter o licenciamento ambiental. No Estado do Rio Grande do Sul, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (CONSEMA) por meio das resoluções (102/2005 e 288/2014), definiu os empreendimentos/atividades passíveis de licenciamento ambiental de impacto local. O objetivo deste projeto foi a criação de um Balcão Ambiental para o atendimento aos cidadãos na busca por informações e orientações e formulação de PRADs e Projeto de Reflorestamento como também a orientação técnica sobre o rito processual do licenciamento ambiental das atividades em geral, na Região Celeiro, localizada na região noroeste do RS. A Ação de Extensão tem como resultados a elaboração de um Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRADs), oriundo de um Termo de Ajustamento de Conduta entre o Ministério Público – Promotoria de Justiça e o Compromissado, recuperando uma área de 1500 m² com a indicação do plantio de 180 mudas nativas diversas. Outra atividade realizada foi um Projeto de Recomposição Florestal, recuperando uma área de 600 m², com recomposição de 100 mudas nativas. Ainda neste sentido foi realizado um levantamento sobre o licenciamento ambiental na região celeiro, através de envio de um questionário, ao quais, doze secretarias e departamentos do meio ambiente responderam ao mesmo. Como resultados, dentre as atividades licenciadas pelos órgãos ambientais estão os alvarás Florestais, com 213 solicitações. A suinocultura apresenta 66 pedidos de licenças. Espera-se que através desse projeto de extensão do Balcão Ambiental, podemos conscientizar a sociedade que é preciso respeitar as normas e legislação na área ambiental, por meio de realização de projetos de reflorestamento ajudando as pessoas carentes na elaboração dos mesmos. É de suma importância, a qualidade de vida e desenvolvimento sustentável, preservando o meio ambiente. Palavras-chave: Licenciamento ambiental. Minimização de impactos. Recursos naturais.

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DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA COOPERATIVA DE CRÉDITO Tiago Goettems da SILVA¹; Bárbara Estevão CLASEN²; Danni Maisa da SILVA³; Ana Paula BUENO4; Ramiro Pereira BISOGNIN5; Robson Evaldo Gehlen BOHRER6. 1.

Acadêmico do Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2. Professora colaboradora. Unidade de Três Passos. UERGS; 3. Professora colaboradora. Unidade de Três Passos. UERGS. 4. Coautora. Três Passos. (EFA); 5. Professor coorientador. Unidade de Três Passos. UERGS. 6. Professor orientador. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: tiagotgs15@gmail.com, barbara-clasen@uergs.edu.br, danni-silva@uergs.edu.br, anaapb23@gmail.com, ramiro-bisognin@uergs.edu.br, gehlen.bohrer@gmail.com.

A Gestão Ambiental nas organizações tem importância significativa, não sendo apenas um mero componente dos discursos de empresários, mas sim um componente para estratégias formuladas pelas empresas, que passassem a inserir esse tema em suas estratégias corporativas. Um dos primeiros passos para o desenvolvimento de ações de Educação Ambiental é a sensibilização dos seres humanos. A importância da busca, da conscientização das pessoas com o meio ambiente e suas questões, deve ser destacada, pois, mediante isso, consegue-se criar a valorização e ter como consequência o envolvimento efetivo e eficaz dos atores sociais e econômicos com as questões ambientais. Neste contexto o presente trabalho objetiva desenvolver e implementar um programa de educação ambiental em uma cooperativa de crédito, buscando avaliar e sensibilizar os funcionários quanto ao tema educação ambiental, levantar as atividades geradoras de impacto e sugerir a empresa alternativas para minimização de impactos. Em relação aos procedimentos metodológicos, cita-se a aplicação de questionário avaliando o entendimento dos funcionários quanto à educação ambiental, levantamento das atividades desenvolvidas que possam gerar impacto, realização de palestras sobre esgotamento de recursos naturais e a situação dos resíduos no Brasil, buscando sensibilizar os funcionários, e também sugerir a empresa alternativas de minimização dos impactos. Como resultados iniciais, buscou-se ter a compreensão e o entendimento dos funcionários quanto a educação ambiental. Verificou-se que, para 46% dos funcionários, o meio ambiente refere-se aos seres vivos e suas interações com o meio em que vivemos, para 31% dos funcionários refere-se a biodiversidade e para 23% refere-se a plantas, rios e animais, ainda neste sentido, quando questionados sobre a responsabilidade dos problemas ambientais atuais, 77% responderam que o homem é o principal responsável, para 8% é o crescimento de indústrias, para 7,5% é o crescimento populacional e para os outros 7,5% a crise financeira é a principal responsável. Com a aplicação da primeira palestra afirmou-se a importância da realização de atividades com os funcionários sobre questões ambientais, tornando fundamental o tema educação ambiental nas empresas. O trabalho ainda identificou os principais impactos ambientais gerados pelas atividades, onde foram constatados o consumo de papel para impressão, utilização de tonner de impressora e geração de resíduos de papel, justificando-se pelo ramo da atividade que a empresa desenvolve, onde além do grande volume de impressões nem todos os rascunhos podem ser reaproveitados, pois contém informações que devem ser preservadas através do sigilo bancário. Com a obtenção dos resultados parciais conclui-se que os programas de educação ambiental possuem papel fundamental para conscientizar e preparar os funcionários com relação aos riscos ambientais, bem como sua postura e atitudes em relação ao uso inteligente dos recursos naturais e as condições mais seguras para o meio ambiente, podendo interagir e debater as questões ambientais com seus clientes, tornando empresas e funcionários mais conscientes em relação a temática meio ambiente. Palavras-chave: Gestão Ambiental. Educação Ambiental. Programas de Educação Ambiental. Sistemas de Gestão Ambiental.

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IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELA BOVINOCULTURA LEITEIRA Maíra Splendor SGANDERLA1; Francine Maria BUSANELLO1; Tainá Splendor SGANDERLA1; Ronei Robson PÖERCH1; Daniela Mueller de LARA2; Robson Evaldo Gehlen BOHRER3. 1.

Pós-graduandos. Curso de Gestão e Sustentabilidade Ambiental. Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Unidade de Três Passos; 2.Professora co-orientadora. Unidade de Alto da Serra do Botucaraí/Soledade. UERGS.3 Professor orientador. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: maira.sganderla@hotmail.com, frabusanello_2012@hotmail.com, tainasganderla@gmail.com, roneipoerch@gmail.com, danielamueller@hotmail.com; gehlen.bohrer@gmail.com.

A ocupação do espaço rural e a utilização incorreta de seus recursos vêm causando sérios problemas sociais, econômicos e ambientais em várias regiões do país. A bovinocultura de leite é uma atividade de extrema importância social e econômica em todo mundo e que vem ganhando espaço no Brasil. No Rio Grande do Sul, mais de 80% (oitenta por cento) do leite produzido em todo o estado provêm da agricultura familiar, gerando renda e tornando a atividade como todo economicamente viável. Em contrapartida, as atividades ligadas à agropecuária são caracterizadas como as que mais geram impactos nocivos ao meio ambiente, pois geralmente demandam grandes áreas e como consequência ocorre o desmatamento de florestas a fim de transformá-las em campos de pastagens aos bovinos. Muitos danos ao meio ambiente são gerados pela atividade de bovinocultura leiteira como a geração de resíduos, a destinação incorreta de dejetos, a falta de preservação de nascentes e/ou encostas de rios e lagos, a insuficiência de logística reversa para embalagens de produtos químicos e vidraria farmacológica, o uso indiscriminado do solo e água, além da contaminação destes pelo excesso de agroquímicos que resultam na eliminação de vegetações nativas e das propriedades naturais. Com o objetivo de analisar e investigar as práticas aplicáveis à atividade da bovinocultura leiteira, sob aspecto técnico e legal exigidos pelas normas, o presente estudo teve como enfoque norteador evidenciar possíveis problematizações ambientais que a atividade pode ocasionar no meio ambiente. Assim, optou-se pela visitação in loco em determinada propriedade e a fim de corroborar com o presente estudo analisou-se os dados técnicos para identificar atividades de diferentes portes, características e localizações para avaliação e observação direta dos possíveis impactos ambientais gerados pelo desenvolvimento irregular da atividade de bovinocultura leiteira. Nesse contexto tem-se que muitos impactos gerados são decorrentes do uso incorreto da tecnologia aplicada à atividade, atrelado a escassez de orientação técnica aos produtores, e, em alguns casos, frente ao rigoroso procedimento estabelecido para o licenciamento ambiental. Palavras-chave: Sustentabilidade. Problematização. Gestão. Agradecimentos: Agradecemos aos professores orientadores pelo conhecimento transmitido e pelo incessante auxílio no desenvolvimento desta pesquisa, bem como aos proprietários que gentilmente nos receberam em suas propriedades e responderam nossos questionamentos.

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DESAFIOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL MUNICIPAL: UMA ABORDAGEM A PARTIR DA IMPLANTAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE Janete de LIMA1; Divanilde GUERRA2; Marlon de Castro VASCONCELOS3. 1

Graduada em Ciências Biológicas Pós-Graduanda do Curso de Gestão e Sustentabilidade Ambiental Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2Professora orientadora. Unidade Três Passos. UERGS; 3Professor co-orientador. Unidade Três Passos. UERGS. E-mails: jnelima@hotmail.com, divanilde-guerra@uergs.edu.br, marlon-vasconcelos@uergs.edu.br.

A Lei complementar 140/2011 regulamenta o artigo 23 da Constituição Federal, que define as competências comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios com relação a proteção do meio ambiente. Sendo assim, no que se refere à tutela do meio ambiente, os municípios possuem competência legislativa em relação à União e aos Estados, sendo ele implementador das legislações de salvaguarda ambiental. Um dos atos de tutela ambiental, de responsabilidade municipal é o licenciamento ambiental das atividades de impacto local, sendo que no Estado do Rio Grande do Sul, a Resolução CONSEMA Nº 102/2005, (atualizada pela resolução CONSEMA 288/2014), define quais são as atividades de impacto local sob responsabilidade dos municípios. Para a definição da competência do licenciamento ambiental municipal a Resolução CONSEMA, leva em conta o impacto local das atividades licenciadas, considerando os portes, potencial poluidor e natureza das atividades, conforme art. 2º da Resolução, além da existência de órgão ambiental capacitado e conselho municipal de meio ambiente. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi investigar a relação do desenvolvimento econômico no município de Três Passos, com a implantação da Secretaria do Meio Ambiente, tendo o Licenciamento ambiental, como mecanismo de gestão ambiental. A metodologia utilizada consistiu-se na elaboração de um questionário sobre a evolução do licenciamento ambiental nos últimos anos no município. Este foi aplicado aos membros integrantes da Secretaria do Meio Ambiente, além de busca de informações junto a Secretaria de Finanças, Secretaria da Agricultura, atas do Conselho Municipal do Meio Ambiente, Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul (FDRH) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a fim de quantificar o retorno financeiro das atividades licenciadas. A pesquisa mostrou que ao longo dos sete anos de atuação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o licenciamento ambiental contabilizou um total de 1.060 licenças, sendo que 376 foram emitidas nos 2 primeiros anos de criação da estrutura administrativa própria, ou seja 34% das licenças. Já em relação aos ramos de atividade, a predominância foi no setor da suinocultura, bovinocultura e avicultura, atividades estas, que interferem diretamente na economia do município. Com os resultados parciais do presente trabalho, possibilitou-se a visualização da organização interna no município após a criação de um órgão fiscalizador/licenciador, bem como a organização do setor produtivo no que se refere as exigências legais e de mercado e a postura de gestão municipal no que diz respeito a implantação de políticas públicas municipais de proteção ao meio ambiente. Palavras-chave: Meio Ambiente. Suinocultura. Bovinocultura. Avicultura.

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CAPร TULO XII SUSTENTABILIDADE

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ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E DA VIABILIDADE DA PRODUÇÃO DE TOMATE E MORANGO COM A UTILIZAÇÃO DE TÉCNICAS DE TRANSIÇÃO ORGÂNICA Graziely Amorim Weiand STADTLOBER1; Marciel REDIN2; Robson Evaldo Gehlen BOHRER3; Barbara Estevão CLASEN3; Ramiro Pereira BISOGNIN4. 1.

Gestora Ambiental e Especialista em Segurança Alimentar e Agroecologia. Universidade Estadual do Rio grande do Sul (UERGS); 2. Professor co-orientador. Unidade em Três Passos. UERGS; 3. Professor (a) colaborador (a). Unidade em Três Passos. UERGS; 4. Professor orientador. Unidade em Três Passos. UERGS. E-mails: graziely.stadtlober@gmail.com; marcielredin@gmail.com; gehlen.bohrer@gmail.com; barbaraclasen@uergs.edu.br; ramiro-bisognin@uergs.edu.br.

O homem possui uma relação de exploração com a natureza, a qual se estende na produção de alimentos. Na agricultura convencional, as práticas básicas de produção possuem elevado potencial de acarretar impactos ambientais negativos pelo cultivo intensivo do solo, monocultura, irrigação, aplicação de fertilizantes inorgânicos e controle químico de pragas. Nesse contexto, a produção de tomate e morango, com significativa importância socioeconômica no Brasil, apresenta elevado consumo de produtos químicos para fertilização e controle de pragas, resultando em concentrações residuais de agrotóxicos em várias amostras. No entanto, tais impactos podem ser minimizados com o cultivo de transição orgânica, que conciliado com a utilização de tecnologias modernas de produção agropecuária possibilitam o aumento da produção com o mínimo de interferência nos ecossistemas. Ante o exposto, o presente trabalho buscou analisar os potenciais impactos ambientais da horticultura e a viabilidade econômica do cultivo de tomate e morango com a utilização de técnicas de transição orgânica. Para tanto, o estudo foi realizado em uma propriedade rural do município de Três Passos – RS, na localidade de Linha Molina, com o levantamento de dados do meio biológico, físico e antrópico da propriedade, com vistas à organização da relação entre os componentes da paisagem e os impactos existentes para elaboração de uma Matriz de Avaliação de Impactos, baseada na interação dos dados. O estudo foi realizado nos meses de maio a setembro. A escolha do tomate e morango se deve a grande importância econômica para a família e por serem uns dos alimentos mais contaminados pelo uso intensivo de agrotóxicos no país. Com os resultados da aplicação da matriz de interação, este estudo identificou como potenciais impactos negativos do cultivo das horticulturas, o uso excessivo de água subterrânea, geração de resíduos sólidos e sua disposição de forma inadequada. Como ações para redução do consumo de água subterrânea, sugere-se a adoção de sistema de captação de água, ou seja, a construção de uma cisterna. Para reduzir a geração de resíduos e sua disposição inadequada, sugerem-se atividades de educação ambiental aos proprietários como instrumento de mudança na concepção de gerenciamento dos resíduos sólidos. Quanto ao estudo de viabilidade de produção de base orgânica, constatou-se que o modelo empregado na propriedade é bastante oneroso e dependente de produtos e insumos externos. Cerca de 65% da produção de tomate é comercializada, isto representa uma renda bruta à família de R$ 70.200,00, que descontado os custos, possibilita, ainda, um valor líquido de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por ano. No caso do morango com a comercialização de cerca de 10.000 bandejas ao ano, o ganho bruto é de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), deduzindo os gastos, resulta um líquido estimado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por ano. Presente trabalho permitiu concluir que o custo de produção, apesar de bastante oneroso, permite a geração de renda para sobrevivência e custeio das atividades na propriedade, tornando-se uma fonte de renda viável a pequenos produtores. Palavras-chave: Produção orgânica. Danos ambientais. Sustentabilidade.

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CONEXÃO ENTRE SUSTENTABILIDADE E CONSTITUCIONALIZAÇÃO: INTERFACE POR UM MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO Keila Aliny Sippert ASCOLI1; Paola Naiane SIPPERT2; Evandro Luis SIPPERT 3; Jaciara TRETER4. 1

Bacharel em Direito pela UNIJUI, Secretária de Administração do município de Sede Nova/RS; Acadêmica do Curso de Direito da UNIJUI; 3Mestrando em Direito pelo Programa de Pós-Graduação em Direito – UNIJUÍ, Bacharel em Direito pela UNICRUZ, Graduado em História pela PUC/RS; 4Mestra em Desenvolvimento pela UNIJUÍ. Bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas pela UFSM. Bacharel em Ciências Contábeis pela UFSM. Docente da Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ. E-mails: k-sippert@hotmail.com; p-sippert@hotmail.com; evandro.sippert@gmail.com; jtreter@unicruz.edu.br; 2

O modelo de desenvolvimento capitalista atual está exaurindo muitos dos recursos naturais com uma velocidade espantosa. Diante da necessidade de reduzir esta exploração, ocorreu nos países Ocidentais uma proteção significativa do Meio Ambiente de forma sustentável. No Brasil, este fenômeno se consolidou com a Carta Magna de 1988, que estabeleceu alguns instrumentos para realização da prestação jurisdicional de forma célere e efetiva através da chamada constitucionalização do meio ambiente. O objetivo geral do estudo é evidenciar a importância da Constitucionalização do meio ambiente no Brasil para a Sustentabilidade e para o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Para tanto, este estudo trata-se de uma pesquisa aplicada, de natureza exploratória, classificada quanto aos procedimentos técnicos como um estudo bibliográfico e qualitativo. No Brasil, a tutela jurídica dos recursos naturais, por muito tempo, foi de desproteção total, permitindo uma exploração predatória que praticamente fez desaparecer alguns biomas, como a Mata Atlântica. Com o objetivo de frear ou minimizar esses abusos é que a Constituição consagrou o direito de preservação ambiental, que são importantes inovações, em nível textual, no Capítulo dedicado ao meio ambiente, como dever de preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. Exige-se uma intervenção ativa do Estado para a efetivação dos direitos, ou seja, de uma passagem de declaração puramente verbal para a sua proteção efetiva. Neste sentido, é no artigo 225 que se encontra o núcleo principal da proteção do meio ambiente na Constituição Federal de 1988, onde diz que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. A Constituição Federal positivou a preocupação com a preservação do meio ambiente, com a qualidade ambiental e a vida humana, regendo o uso dos microbens e macrobens ambientais (água, fauna, solo, ar, florestas) ou das atividades humanas propriamente ditas, capazes de afetar o meio ambiente. De pouco adianta legislar para não aplicar a lei ou para aplicá-la de forma irregular ou esporádica, sendo assim, sua implementação é um dos grandes desafios das normas ambientais pois tal mensagem ainda não transbordou o núcleo constitucional e inundou a prática empresarial, legislativa e administrativa do país. Em sede de considerações finais, se aduz que o meio ambiente é um direito de todos e de responsabilidade de cada um. Sua Constitucionalização permite afirmar que o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado pertence a todos, cabendo ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para presentes e futuras gerações. A aplicação da lei é um dos grandes desafios, embora haja uma Constituição plenamente sintonizada com a preocupação cívica da degradação ambiental, infelizmente, ainda não houve uma total conscientização da necessidade de colocar em prática. Assim como está posto, esse modelo econômico não será capaz de dar a cumprir o mandamento constitucional de preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações. Palavras-chave: Sustentável. Degradação Ambiental. Constituição.

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ECOTURISMO COMO TÁTICA DE CONSERVAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL DO TURVO Graziely Amorim Weiand STADTLOBER1; Robson Evaldo Gehlen BOHRER2; Matheus Gaier STADTLOBER3; Divanilde GUERRA4. 1

Acadêmica. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFAR); 2Professor coorientador. Unidade de Três Passos. Universidade Estadual do Rio grande do Sul (UERGS); 3Discente Voluntário. Unidade de Três Passos. UERGS; 4Professora Orientadora. Unidade de Três Passos. UERGS. E-mails: graziely.stadtlober@gmail.com; gehlen.bohrer@gmail.com; matheus.stadtlober@gmail.com; divanildeguerra@yahoo.com.br.

Atualmente, as pessoas procuram ambientes naturais como opções de lazer e entretenimento, em busca de qualidade de vida. Um local encontrado para este fim na região noroeste do estado do Rio Grande do Sul é o Parque Estadual do Turvo localizado na cidade de Derrubadas/RS, junto ao rio Uruguai, fazendo divisa com o Estado de Santa Catarina e a província Argentina de Missiones. O Parque Estadual do Turvo é a maior unidade de conservação do Rio Grande do Sul, sendo formado por belezas naturais, como o Salto do Yucumã, a maior queda d’água longitudinal do mundo. Neste a forma de turismo praticada é o convencional onde os turistas não se preocupam com o meio ambiente. Este trabalho teve como objetivo identificar o perfil dos visitantes e o impacto ambiental provocado por estes na unidade de conservação. O estudo foi conduzido no Parque Estadual do Turvo, no município de Derrubadas/RS, através de entrevistas com os visitantes e pela avaliação visual dos impactos provocados. Foram entrevistados 112 turistas no período de setembro à novembro de 2014, o que permitiu fazer a caracterização destes quanto ao gênero, sendo 60 mulheres (54%) e 52 homens (46%); com relação ao grau de escolaridade 39% têm ensino superior completo; do total de avaliados, 72% indicaram que costumam visitar unidades de conservação; quando questionados sobre se pretendem ou não retornar ao parque, 95% responderam que sim e 5% que não, sendo que estes associaram a resposta a falta de atrativos e infraestrutura do local. Com relação aos impactos foi perceptível que estes são negativos, destacando-se a visitação desordenada, poluição sonora e por resíduos, compactação do solo e atropelamento de animais. Portanto, a estrutura do PET é deficitária, mas recebe inúmeros visitantes que provocam impactos negativos o que poderá ser minimizado com a prática do ecoturismo, pois esta é uma atividade que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e incentiva sua conservação. Palavras-chave: Turismo. Turismo alternativo. Unidade de conservação. Sustentabilidade.

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CAPร TULO XIII SEMENTES CRIOULAS

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BENEFÍCIOS DO USO DE VARIEDADES CRIOULAS Jackson Eduardo Schmitt STEIN1; Thaniel Carlson WRITZL1; Andersson Daniel STEFFLER1; Elói Meinen JÚNIOR1; Douglas Wegner KUNZ¹; Marciel REDIN². 1.

Acadêmicos do Curso de Agronomia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS; 2. Professor orientador. UERGS Unidade em Três Passos. E-mails: jackson.s.stein@hotmail.com; thaniel.cw@hotmail.com; anderssonsteffler@hotmail.com; junior3e42@gmail.com; douglaswkunz@gmail.com; marcielredin@gmail.com.

O desenvolvimento da agricultura, aliado a produção de alimentos das diferentes civilizações, evoluiu de acordo com o tipo de agricultura, as variações ecológicas e culturais das diferentes regiões do mundo. Atualmente, existe um número considerável de propriedades que cultivam as denominadas variedades tradicionais, antigas, caseiras, landraces (raças da terra) ou crioulas. Essas variedades são o resultado da seleção natural de inúmeros cruzamentos, assim possuem ampla variabilidade genética e, são mantidas em grande parte através de bancos de sementes próprias de agricultores de todo o mundo. Assim, o objetivo do trabalho foi apresentar os principais benefícios da preservação e uso das variedades crioulas. As informações foram obtidas através da consulta de publicações científicas, informes técnicos, reportagens de revistas, além de documentários sobre sementes crioulas. Os resultados obtidos indicam que embora o modelo de agricultura atual considere a produção em larga escala, mediado pela monocultura, fruto, em parte das sementes geneticamente modificadas, por outro lado é de suma importância lembrar que a origem destas, provém de sementes crioulas. De acordo com os materiais consultados, a maioria relata que manter a agrobiodiversidade dos sistemas agrários promove meios sustentáveis e de menor impacto ambiental. Aliado a isso, as variedades crioulas possuem maior adaptabilidade e rusticidade perante as adversidades ecológicas, tanto contra fatores bióticos como abióticos, e dessa forma, geralmente sua estabilidade produtiva é maior em relação às variedades transgênicas. Neste sentido, as variedades crioulas apresentam alta sanidade contra os fito-patógenos, diminuindo, consequentemente, o uso de controladores químicos. No entanto, de acordo com as fontes consultadas, relatam que as plantas de sementes crioulas não apresentam alta resistência a herbicidas químicos, tornando mais difícil o controle de plantas de crescimento espontâneo, que aumentam a competição entre plantas por água, nutrientes e luz solar. Informações presentes nos materiais analisados, relatam que a importância das sementes crioulas não está somente associada as suas peculiaridades regionais, mas também ligada à sua alta fertilidade e permanência ambiental, em comparação as sementes geneticamente modificadas. As variedades crioulas originam descendentes férteis durante todas as gerações futuras e, geralmente com as suas características morfológicas e produtivas melhoradas a cada cultivo. O armazenamento de sementes crioulas é viável, pois podem ser utilizadas, novamente para o cultivo no ano seguinte, assim o agricultor tem diminuição de custos de produção. Tal característica difere das sementes transgênicas, as quais a cada geração decrescem o potencial de germinação, resistência às adversidades climáticas e, consequentemente, a produtividade. Assim, a preservação das variedades crioulas promove a valorização dos saberes culturais na produção de alimentos de base ecológica, tornando as variedades crioulas aquelas de maiores benefícios sócio-econômico-ambientais. Palavras-chave: Sementes crioulas. Agrobiodiversidade. Variabilidade genética. Sustentabilidade.

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PRODUTIVIDADE DE MILHO CRIOULO EM LATOSSOLO NA REGIÃO CELEIRO DO RIO GRANDE DO SUL Renan BIANCHETTO1, 2; Daniel Erison FONTANIVE1; Júlio Cesar Grasel CEZIMBRA1; Ângelo Munaretto KRYNSKI1; Maiara Figueiredo RAMIRES3; Eduardo Lorensi de SOUZA4. 1.

Estudante do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) – Unidade em Três Passos; 2. Bolsista de iniciação cientifica CNPq; 3. Estudante de doutorado, Universidade Federal de Santa Maria; 4. Professor orientador, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. E-mails: renan.bianchetto@hotmail.com; danielfontanive76@gmail.com; juliocezzimbra@yahoo.com.br; munarettoangelo@hotmail.com; maiara_agroin13@yahoo.com.br; eduardo-souza@uergs.edu.br.

A cadeia produtiva do milho é uma das mais importantes do agronegócio brasileiro, o qual responde por 37% da produção nacional de grãos. Dessa forma, alternativas de produção de milho devem ser estudadas para a garantia da soberania alimentar, especialmente quando nos reportamos à agricultura familiar e pequenos agricultores, normalmente descapitalizados e com baixo potencial tecnológico. Assim, o resgate e a manutenção das populações “crioulas” possibilitariam manter certa independência de insumos externos necessários à produção do milho hibrido, diminuindo os custos de produção na propriedade rural. O estudo teve como objetivo avaliar o potencial produtivo de variedades de milho crioulo. O trabalho foi realizado na safra 2015/2016 e 2016/2017 pela UERGS - Unidade em Três Passos - RS, na área experimental junto à Escola Técnica Estadual Celeiro (ETEC) em Bom Progresso - RS. Avaliou-se uma cultivar hibrida comercial e duas variedades de milho crioulo, sem adubação. Durante os dois anos de estudo foram avaliadas a produtividade de grãos. No primeiro ano de avaliação, a produtividade variou entre 7.009, 6.468 e 6.021 mg/ha-1 para a cultivar híbrida, roxo e bico de ouro respectivamente, não havendo diferença significativa entre elas. Já no segundo ano as medias foram superiores em comparação a primeira safra, quando variou de 8.178, 9.158 e 6.839 mg/ha-1 para a cultivar híbrida, roxo e bico de ouro respectivamente, onde não houve diferença estatística entre os tratamentos, porem destaca-se a variedade crioula de milho roxo que superou a cultivar híbrida. Quando comparado a produtividade das variedades entre si nos dois anos agrícolas observou-se que não houve diferença estatística entre a cultivar híbrida e a variedade bico de ouro, já a variedade roxo foi superior no segundo ano de avaliação quando teve um aumento de 2.690 mg/ha-1 em comparação a primeira safra, diferindo-se estatisticamente. Com base nos dados as variedades de milho crioulo apresentaram produtividades satisfatórias em relação a cultivar híbrida tradicionalmente produzida, mostrando-se uma opção alternativa de renda e produção de alimento sustentáveis sem o uso de agroquímicos, reverenciando os aspectos ambientais propostos pelo estudo. Palavras-chave: Sementes crioulas. Produção orgânica. Sustentabilidade. Agroecologia. Agradecimentos e Fontes de Financiamento: Este trabalho contou com financiamento do CNPq, por meio de bolsa de IC. Agradeço ao CNPq pela cota de bolsa concedida.

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PRODUTIVIDADE DE QUATRO VARIEDADES DE FEIJÃO CRIOULO NA REGIÃO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Ângelo Munaretto KRYNSKI1; Divanilde GUERRA2; Renan BIANCHETTO1; Júlio Cesar Grasel CEZIMBRA1; Daniel Erison FONTANIVE1; Eduardo Lorensi de SOUZA3. 1.

Estudante do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 2.Professora Dra., da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS); 3.Professor Dr., da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). E-mails: munarettoangelo@hotmail.com, divanildeguerra@yahoo.com.br renan.bianchetto@hotmail.com, juliocezzimbra@yahoo.com.br, danielfontanive76@gmail.com, eduardo-souza@uergs.edu.br.

O feijão (Phaseolus vulgaris) representa o alimento básico para as populações, especialmente no Brasil. A utilização de sementes crioulas para o cultivo do feijão representa em média 90% da produção total brasileira. O continuo uso de sementes crioulas de feijão podem gerar a partir de fatores ambientais uma alta variabilidade genética, realizar testes nas microrregiões produtoras dessa cultura é de suma importância para aferir qual demostra melhor qualidade, possibilitando a utilização da variedade que tenham um desemprenho significativo quanto à produtividade. O objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho de variedades de feijão crioulo na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. O presente trabalho foi realizado pela UERGS - unidade em Três Passos - RS, na área experimental localizada na Escola Estadual Celeiro (ETEC), em Bom Progresso - RS. O delineamento experimental utilizado foi Delineamento de Blocos Casualizados, com três repetições e quatro variedades de feijão crioulo, compondo os seguintes tratamentos: T1: Quaresma; T2: Carioca; T3: Miúdo e; T4: Paraná. Os plantios foram realizados nas safras 2015/2016 e 2016/2017, utilizando-se sementes crioulas adquiridas através de produtores locais. Nos dois anos de estudo foram avaliadas a produtividade de grãos. As produtividades no primeiro ano variaram entre 414,8 e 1.544,4 kg/ha nas variedades Quaresma e Paraná, respectivamente, no segundo ano variaram entre 650,5 e 1.327,8 kg/ha nas variedades Carioca e Quaresma, respectivamente. No primeiro ano à variedade Paraná apresentou maior produtividade, apresentando diferença significativa apenas em relação à variedade Quaresma, já no segundo ano a variedade Quaresma apresentou melhor desempenho em relação as outras variedades. Os resultados desse estudo demostram que é possível atingir produtividades satisfatórias na produção de feijão crioulo no Rio Grande do Sul, pois a média do estado do Rio Grande do Sul é de 1.310 kg/ha. Levando em consideração os dois anos de avaliação de experimento, a variedade de feijão miúdo foi constante na sua produtividade, já a variedade carioca não demostrou em nem um dos anos produtividades próximas da média do estado do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: Sementes Crioulas. Agricultura Familiar. Sustentabilidade.

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REINSERÇÃO DE MILHO CRIOULO NA REGIÃO CELEIRO DO RIO GRANDE DO SUL Daniel KIPPER¹; Renan BIANCHETTO¹; Airton José ANDRIGUETTO¹; Tiele Lais KAPPAUN¹; Eduardo Lorensi de SOUZA². ¹ Discente do Curso de Agronomia, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul; ²Professor orientador. E-mails: danieelkipper@gmail.com; renan.bianchetto@hotmail.com; airton-aja@hotmail.com; kappauntiele@gmail.com; eduardo-souza@uergs.edu.br.

Com o decorrer do tempo observou-se a redução do cultivo das variedades de milho crioulo na região Celeiro do estado do Rio Grande do Sul, limitando o comércio e plantio às sementes hibrida e transgênicas. Isto impactou na perda de biodiversidade devido à polarização da cultura do milho. O milho crioulo, apesar de ser uma variedade rudimentar, tem apresentado bom desenvolvimento e produção perante um sistema de cultivo com baixa tecnologia e investimentos. Com esse cenário, reforça a ideia do agricultor possuir suas próprias sementes, para cultivos em pequena escala obtendo menor custo e um grão que pode ser usado na alimentação humana ou matéria prima para a nutrição animal, conforme o uso, voltado à subsistência. Este projeto tem como objetivo resgatar, multiplicar e distribuir sementes dessas cultivares crioulas em feiras e eventos aos pequenos produtores e comunidade em geral. O trabalho será realizado em três etapas: resgate de sementes, multiplicação e distribuição. O resgate será feito na primeira etapa por meio de visitas a propriedades de agricultores familiares, onde serão coletadas as sementes de milho, para posterior utilização no projeto. Na segunda etapa será realizada a triagem conforme a variedade para posterior plantio em área experimental com solo corrigido e fertilizado de acordo com o Manual de Adubação e Calagem para os estados do RS e SC da Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Nessa etapa será realizado também o acompanhamento em relação à ocorrência de pragas e doenças, para garantir uma boa produtividade e sanidade das sementes. Após a colheita, na terceira e última etapa, as sementes serão classificadas e distribuídas para o plantio, em feiras e eventos voltados a sociedade rural e comunidade em geral. O projeto trará benefícios aos agricultores, pois este poderá voltar a ser produtor de suas próprias sementes, dessa forma sendo mais autônomo e diversificando suas variedades, diminuindo o custo de lavouras voltadas a subsistência. Palavras-chave: Produção de sementes. Sustentabilidade. Desenvolvimento rural.

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ISBN 9788560231355

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