DOURADO DANIELA
PORTEFÓLIO RPE
BOLHÃO, FIGURINO E CENOGRAFIA
DANIELA DOURADO
BIOGRAFIA Daniela Filipa Moreira Dourado (4 de outubro de 1996), nasceu no Porto, em Portugal, e vive em Vila do Conde desde que nasceu. Estuda na Escola Artística de Soares dos Reis, desde 2012, onde se encontra a terminar o secundário no curso de Produção Artística, especialização em Realização Plástica do Espetáculo. Pretende vir a prosseguir estudos no Modatex, no curso de Design de Moda. Neste portefólio apresenta alguns trabalhos do seu percurso artístico da sua especialização.
MAQUILHAGEM, FOTOGRAFIA E EDIÇÃO: MARIANA FONSECA | MODELO: DANIELA DOURADO
MERCADO DO BOLHテグ
FOTOGRAFIA EXTRAテ好A DA INTERNET | INTERIOR DO MERCADO DO BOLHテグ
TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE
MERCADO DO BOLHÃO Algumas das fotografias inicias de pesquisa para o desenvolvimento desta proposta de trabalho.
mercado do BOLHÃO
N TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE
Fotografia extraída da Internet Desenho concebido por Daniela Dourado
este projeto artístico pretendeu-se inovar algo recorrendo às tradições da cidade do Porto, em busca de algo que capte a atenção da aluna pelo Mercado do Bolhão. “Com a visita ao mercado, tive a oportunidade de interagir com diversas vendedoras, tirar fotos às mesmas, mas focando sempre na personalidade das mesmas, desde a nível cultural, forma de estar e de falar com os clientes, entre outros aspetos relevantes. Para além das vendedoras reparei que existem animais, mais especificamente gatos, que vêem o mercado como o seu lar. Mas estes vivem em qualquer espaço do mercado sem quaisquer condições de habitat, e sendo que o mercado se encontra em obras, porquê não criar um espaço para os gatinhos? Essa, fora uma questão que me foi pertinente, ao qual me captou a atenção e interesse de interrogar as senhoras do mercado relativamente à aceitação destes animais num mercado, onde vivem, como se alimentam, entre outras questões de maior importância. A partir da informação que obtive fez-me perceber que a aceitação destes animais, é aceite por uma parte dos vendedores, no entanto, uma outra parte desses não. Mas a pouca parte que aceita estes animais, mais concretamente as peixeiras, alimentavam os gatinhos, mas nem todas os protegiam, apenas aceitavam e alimentavam.
mercado do BOLHÃO
Mas houve uma peixeira do mercado que se destacou entre elas, da qual me dissera que os gatos eram a sua companhia, era como se pertencessem à família e sendo que era ali que viviam, ela dissera-me que os protegia bastante, não permitia que lhes fizessem mal e comia quase com eles, porque sempre que ia fazer a sua refeição do dia dava-lhes os restos de comida e por vezes peixinhos que não vendia, a única coisa que ela não podia fazer era dar-lhes uma lugar melhor para eles estarem dentro do Mercado do Bolhão. Foi então que me surgiu a possível ideia se encontrar um espaço que não estivesse em uso, para que estes pudessem habitar. (…) No entanto, como tinha de ciar um figurino para a tecnologia de RPE, essa ideia teria de ser aplicado não a um espaço exato do mercado, mas aplicar directamente no figurino dessa mesma peixeira. Neste caso concretizei, através de um avental, dispor três túneis, que é um brinquedo típico dos gatos em que eles usam para se esconder quando temem de algo ou de alguém. Esses túneis têm de medidas de 1,10cm de altura e 22cm de diâmetro, para dar mais ênfase a estes, procurei tecidos de cores vivas, com padrões ou outros de uma única cor (…). Na minha opinião, penso que esta proposta de trabalho foi bastante estimulante pelo facto de nos dar a oportunidade de interação com outros meios e pessoas de diferentes mentalidades. Deu-me a oportunidade de evoluir culturalmente e de conhecer boas pessoas, e ainda o Mercado do Bolhão do qual desconhecia.”
Fotografias tiradas por Daniela Dourado
TRADIÇÃO E CONTEMPORANEIDADE
FOTOGRAFIA: JOANA SOUSA | MODELO: INÊS PAIVA | NOME DA PEÇA: SENHORA DOS GATOS | PROJETO: DANIELA DOURADO
“O TESOURO”
FOTOGRAFIA EXTRAÍDA DA INTERNET | TESOURO PERDIDO | “O TESOURO” DE EÇA DE QUEIRÓS
O TESOURO DE EÇA DE QUEIIRÓS
O TESOURO EÇA DE QUEIRÓS Algumas das imagens inicias de pesquisa de ambiente e traje para o desenvolvimento desta proposta de trabalho.
“o tesouro” de EÇA DE QUEIRÓS
E FIGURINOS: IRMÃOS DE MEDRANHOS
Fotografia extraída da Internet Desenho concebido por Daniela Dourado
ntre as personagens do conto O Tesouro de Eça de Queirós, encontra-se um dos fidalgos que é descrito como ruivo, gordo, de pescoço peludo, cínico, manipulador, calculoso e o mais sábio dos irmãos. Neste projeto artístico pretendeu-se então, criar um figurino de acordo com o conto elegendo uma das personagens abordadas, da qual foi o Rui. irmãos. “O conto “O Tesouro” de Eça de Queirós remeteu-me para o século IX, sendo este nos inícios da Era Medieval, e para caracterizar o meu figurino retratado no conto, comecei por fazer uma breve pesquisa relativamente ao ambiente em que ele se situava como também ao traje da época (…) Finalizada a minha pesquisa, opto por trabalhar a personagem do Rui, elegendo de imediato o meu figurino que melhor o representaria (João Neves). (…) Desenvolvi uma capa, apesar de esta não estar presente no vestuário descrito no conto, porque esta era símbolo de sabedoria, e como Rui é uma personagem sábia achei mais adequado retratá-lo com uma capa soberana para que desse destaque relativamente aos seus irmãos, já que estes não eram tão inteligentes quando ele para organizar estratagemas. (…) Na conceção da capa comecei por cortar 144,5 centímetros de raio de ganga quer em largura como altura para fazer meio círculo de tecido. Na metade deste meio círculo fiz um outro meio círculo para a medida do pescoço com 8 centímetros de raio e 16 de diâmetro, através de uma fórmula matemática (Pi/6,28 = 7,8 = 8cm de raio). Seguidamente, tingi a capa a tinto preto e uma certa quantidade de desperdícios da mesma cor.
“o tesouro” de EÇA DE QUEIRÓS
Após a secagem da capa, comecei por fazer diversos rasgões pela mesma com a ajuda de um x-ato e uma tesoura, e para puxar os fios desses rasgões, para dar um aspeto de maior desgaste, escovei os mesmos com uma escova de pontas de aço. Para costurar os desperdícios à capa comecei por desenvolver uma sobrecapa num tecido preto de fibra não natural e cosi-os com inúmeros pontos à mesma. De seguida com uma trincha, tinta acrílica de cor amarela, preta e castanha passei algumas pinceladas pela capa enrolada, para dar mais desgaste e de forma que não parecesse ganga. Usei ainda um borrifador para borrifar a capa com as tintas mencionadas. Por fim, após a secagem das tintas diretamente na capa, passei algum vapor do ferro de engomar pela mesma para amolecer, calquei-a e por último fui à máquina de costura fazer a junção da sobrecapa à capa. Para prender a capa ao pescoço do meu figurino usei um alfinete.”
Fotografias extraídas da Internet
FIGURINOS: IRMÃOS DE MEDRANHOS
FOTOGRAFIA: PEDRO MARCOLINO | MODELO: JOテグ NEVES | NOME DA PERSONAGEM: RUI | PROJETO: DANIELA DOURADO
“EIS O HOMEM”
FOTOGRAFIA EXTRAÍDA DA INTERNET | CENOGRAFIA DE “EIS O HOMEM” DE MARTA FREITAS
ESPAร O DE TORTURA
EIS O HOMEM MARTA FREITAS Algumas das imagens inicias de pesquisa de espaรงos de tortura para o desenvolvimento desta proposta de trabalho.
“eis o homem” de MARTA FREITAS
N CENOGRAFIA: ESPAÇO DE TORTURA
Desenho concebido por Daniela Dourado Fotografia extraída da Internet
este projeto artístico pretendeu-se criar uma cenografia de acordo com aquilo que em “Eis o Homem” de Marta Freitas transmite com o “Espaço de Tortura”. “ Na dramaturgia de “Eis o Homem” de Marta Freitas, todo o
espaço em si me remete para um lugar abandonado, medonho e para mim, é visto como um espaço de tortura, já para não mencionar que as cores patentes no meu ponto de vista são a cor castanha (que representa a disciplina, o isolamento, a uniformidade e a observação das regras, e conecta a pessoa à natureza e à terra), a cor branca (que remete para paz, sinceridade, pureza, verdade, calma, ilumina e transforma) e a cor preta (que transmite introspecção, isolamento, solidão, melancolia, tristeza, confusão, perdas e medo). Para executar, deste modo, a cenografia pretendida, comecei por desenvolver pesquisa de imagens de ambientes abandonados e mórbidos, e de cadeiras de tortura da idade média para aplica-la no meu espaço. Para além disso, fui pesquisar em livros trazidos pelo professor da disciplina, para ter mais ideias para aplica-las em palco. (…) Na parte de execução da cenografia, comecei por trabalhar o chão transpondo aquele aspeto a madeira velha e podre, então comecei por fazer a estrutura do mesmo em cartão e de seguida cortei tiras de balsa e colei-as ao cartão para firmar, depois foi só passar à pintura.
“eis o homem” de MARTA FREITAS
Fotografias extraídas da Internet
CENOGRAFIA: ESPAÇO DE TORTURA
Para a execução das paredes e do chão da maqueta, utilizei areia e cola branca, no entanto, planeava dar o aspeto de parede esburacada, e ao aplicar 2 camada de cola branca e areia, com pistola de ar quente a cola formava pequenos altos que rebentavam, isto sobre aglomerados de madeira que foram cortados nas serras. No entanto os buracos seriam demasiado grandes se fossem aplicados à escala real, por isso com uma máquina de lixa, retirei os excessos, e pintei a tinta branca as três partes, depois da tinta seca com o x-ato e uma outra ferramenta para esbater, retirei pedacinhos de areia para tentar novamente o esburacado e o estalado na parede, desta vez já possível à escala real. De seguida apliquei em grande parte, dessas partes viochene para transmitir a ideia de velho e abandonado, e colei as três partes com colo branca. Para a construção da cadeira da tortura, usei apenas balsa e cola de papel para colar as pequenas partes umas às outras, tal como fiz com a estrutura da cama, que me remete haver no texto, pelo Pedro mencionar que nem um colchão tinha para dormir. Para dar aquele aspeto de velho e degredado usei viochene e tinta branca por todo. “
FOTOGRAFIA DE: DANIELA DOURADO MAQUETE DA ESTRUTURA DE UMA DAS PAREDES
FOTOGRAFIA DE: DANIELA DOURADO MAQUETE DA ESTRUTURA DA CAMA
FOTOGRAFIA DE: DANIELA DOURADO MAQUETE DA ESTRUTURA DA CADEIRA
FOTOGRAFIA DE: DANIELA DOURADO CENOGRAFIA DE: DANIELA DOURADO
ESSR | 2015