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/ número 10 / 2008
EDITORIAL
ILUSTRAçÃO DA MOOZ
Nem tudo o que cabe no papel cabe numa publicação impressa. As ideias que surgem a cada edição da Revista-Portfólio da Ampla são muitas. Não caberiam todas num único número. Ainda mais quando estamos pensando no número 10. Este exemplar é histórico. É fruto de dez anos de um trabalho contínuo, sempre em busca do aperfeiçoamento. Muitas ideias surgiram e sumiram pra produzir cada uma das páginas desta publicação desde que ela foi lançada, em 1998. Muita coisa ficou de fora. A realização de um projeto como este é um teste de resistência. O que fica impresso é resultado de discussões, análises, aprovações, questionamentos. As pautas que sobrevivem seguem o princípio de Darwin: vencem aquelas que conseguirem se adaptar às necessidades pela pertinência, qualidade e viabilidade de realização. E aqui estão os exemplos desse processo materializados na entrevista com João Carlos Paes Mendonça, do Grupo JCPM, e Albino Serra, da Claro, ou nas reportagens especiais sobre os 70 anos da Pitú e os 13 anos de relação entre a Ferreira Costa e a Ampla. Os personagens dessas pautas são a confirmação de que tudo passa por essa prova de sobrevivência. São pessoas e marcas que sobressaíram no seu ramo, apesar de todos os obstáculos. E hoje podemos conferir tudo nesta revista, que também é resultado de uma ideia vencedora.
Capa: Ilustração retirada de um anúncio para a campanha institucional da Pitú em 2007. (Ilustrador: Humberto Montenegro)
EXPEDIENTE REVISTA-PORTFÓLIO DA AMPLA EDITADA PELA EQUIPE DE CRIAÇÃO
DIRETORIA-EXECUTIVA: SEVERINO QUEIROZ FILHO, VICE-PRESIDENTE / ANA CRISTINA QUEIROZ,
EDIÇÃO 10 – ANO 2007/2008
DIRETORA-ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA / AGUINALDO VIRIATO, DIRETOR DE OPERAÇÕES / NILSON SAMICO, DIRETOR DE MÍDIA / MANUEL CAVALCANTI, DIRETOR DE CRIAÇÃO
PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE: MOOZ (WWW.MOOZ.COM.BR) REDAÇÃO: AGUINALDO VIRIATO, ANDRE MUHLE, JULIANA LISBOA, MANUEL CAVALCANTI,
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PRODUÇÃO GRÁFICA: WASHINGTON FREIRE
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COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: ALBINO SERRA, ALEXANDRE FERRER, ALUISIO FERRER, CHICO
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BARROS, DANIEL DA HORA, ELMO CÂNDIDO, IVANILDO SAMPAIO, JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA,
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JORGE DU PEIXE, JUSTINO PASSOS, LUCIANA LINS, MAX LEVAY, OLIVIA EDMUNDSON, RAFAEL ALMEIDA, RICARDO “GORDO” CARVALHO, ROGER SAKAMOTO, SEVERINO QUEIROZ, SONIA LOPES
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NESTE NÚMERO COLAGEM DA MOOZ
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PERFIL João Carlos Paes Mendonça SHORT LIST Curtas sobre 2007 e 2008 MAKING OF Por dentro do filme da Vitarella AUTORES Andre Muhle COMEMORAÇÃO Pitú faz 70 anos de mania PORTFÓLIO A pauta da Ampla estava cheia em 2007 e 2008 AMPLA ESPÍRITO SANTO Conheça mais sobre a vida capixaba AMPLA PONTO Depoimentos sobre os 5 anos da Ampla Ponto PORTFÓLIO AMPLA PONTO Muito trabalho pra mostrar COMEMORAÇÃO Ampla faz arte na Ferreira Costa SAC Albino Serra responde 360 GRAUS Acompanhe a Ampla em uma viagem à China RESPONSABILIDADE SOCIAL Tudo sobre a campanha de construção da biblioteca Josué de Castro DESAFIO Fotógrafos mostram o que é uma comemoração ESPECIAL Publicitários contam suas vidas paralelas GALERIA A arteria de Jorge Du Peixe
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PERFIL
JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA, presidente do Grupo JCPM.
“NA ÉPOCA DE JACK WELCH, ME IDENTIFIQUEI MAIS COM SEU ESTILO.”
Entrevista feita por e-mail com perguntas formuladas pela jornalista Márcia Lira, por Sonia Lopes, pela equipe da Ampla e pela Mappa IdÉias e Negócio | Fotos JC IMAGEM
NORDESTINO, COM ORGULHO.
João é filho de um comerciante sergipano, dono de um mercadinho, com quem aprendeu a trabalhar
É mais fácil atrair o consumidor para um shopping ou para um supermercado?
desde cedo. A história do nosso entrevistado começa assim. Terminasse por aqui, seria apenas
São características e equipamentos distintos. Nos supermercados, atende-se às necessidades básicas
mais um pequeno empreendedor tocando o seu negócio. Mas esse João foi mais obstinado. O
do cliente – como alimentação, higiene, limpeza – e complementa-se com outros desejos de consumo.
mercadinho fundado por seu pai virou uma das maiores redes varejistas do Brasil, e sua vocação
Já os shoppings são instrumentos de atendimento ao consumidor, que é levado até ali pelo conforto,
como administrador permitiu criar o maior grupo de comunicação de Pernambuco. Seu sobrenome é
pela segurança e pelo glamour do mix de lojas, que vão da mais simples à mais sofisticada marca.
Paes Mendonça, e isso diz muito sobre quem estamos falando. Nascido em Serra do Machado, filho de Pedro Paes Mendonça, sua família tem tradição na história do comércio e da política de Sergipe.
O Bompreço ganhou notoriedade como um poderoso empreendimento no
Personalidade respeitada entre os maiores empresários brasileiros, João Carlos Paes Mendonça
segmento de varejo. Em que momento você decidiu que era hora DE vendÊ-LO?
está presente na vida de quem frequenta shoppings, lê jornais, assiste TV, ouve rádio, acessa a
Pesou mais o valor da proposta, a sobrevivência da marca ou a sua saturação
internet. Enfim, quem mora em algumas cidades da Região Nordeste tem essa relação diária com
com o negócio?
os empreendimentos do Grupo que leva as iniciais do seu nome. O fato de ser sergipano e com
O Grupo estava numa situação muito boa, com perspectivas de novas expansões, portanto num
forte atuação no Estado de Pernambuco motivou um slogan que hoje é parte da assinatura do
estágio que todo empresário sonha. Mas algo dentro de mim remetia para uma tomada de posição que
JCPM: “Orgulho de ser nordestino”. Inicialmente, era usado nas campanhas publicitárias da sua rede
significasse mudanças do foco empresarial. Como bom cristão, acredito que nada ocorre por acaso e
de supermercados, o Bompreço, para fazer frente à chegada de uma concorrente internacional, o
que esta iniciativa estava ligada a uma mão divina. Pensei bastante e comuniquei esse desejo à minha
Carrefour. Parece que deu certo. O Bompreço e seu hipermercado, o Hiper Bompreço, se posicionaram
mulher e aos meus irmãos, que me deram irrestrito apoio. O processo transcorreu tranquilamente.
como marcas líderes na Região. Tanto que foram adquiridas pelo maior grupo varejista do mundo,
Passei o controle acionário para a Royal Ahold, que já era nosso sócio na época.
o Wal-Mart, em 2004, depois que Paes Mendonça as vendeu para os holandeses da Royal Ahold. “Embora tenha sido uma atitude muito pensada e firme, foi duro despedir-me da equipe que me
Hoje, as aquisições são uma constante no mundo dos negócios. Muita gente
acompanhou durante anos e ajudou a construir o Grupo”, revela Paes Mendonça. Num dos prédios
já abre sua empresa pensando EM quando vai vendê-la. Você esperava ou
mais novos e modernos do Recife – com uma visão privilegiada da Praia do Pina –, está instalada
pensava nessa possibilidade? E, como conselho, qual é a hora certa PARA isso
a sede do JCPM, de onde ele administra atualmente os negócios do Grupo. O setor imobiliário é o
acontecer?
mais recente deles. Mas foi com o Jornal do Commercio, que começou a sua entrada no segmento
Não havia, na época, essa psicose de comprar e vender empresa. Hoje a gente tem de reconhecer
de Comunicação. O tradicional jornal pernambucano – que passava por grandes dificuldades – foi
que, com a globalização e o avanço tecnológico, o mundo mudou. Comprar e vender fazem parte das
revitalizado depois de ter sido comprado pelo ex-dono do Bompreço, em 1987. O JC passou a ser
regras do jogo. A hora certa se apresenta de acordo com as circunstâncias e oportunidades.
líder em circulação no Norte e Nordeste e ajudou a fortalecer outros veículos do chamado Sistema Jornal do Commercio: a TV Jornal, que retransmite o SBT, além de ter uma forte produção local; a
O cliente tem sempre razão?
Rádio Jornal e a JC/CBN, fora outras rádios no interior de Pernambuco; e o JC Online e Mobile, que
Nem sempre tem razão, mas precisamos esclarecer suas dúvidas e reclamações com respeito,
coloca o Grupo na linha de frente entre as empresas de comunicação que não querem perder o bonde
consideração e transparência. Quando o cliente estiver com a razão, o melhor é reconhecer o erro,
nesses novos tempos de tecnologia e conteúdo digital. Mas essa tendência de criar vários braços a
pedir desculpas e surpreendê-lo, indo além de suas expectativas.
partir de um único negócio não é de hoje. Paes Mendonça, quando era unicamente empresário do mercado de varejo, criou o HiperCard, um cartão de crédito que depois foi vendido para o Unibanco
Sendo dono de um sistema de comunicação que congrega um canal de televisão,
e virou nacional. A concorrida agremiação carnavalesca Bloco da Parceria, a série de seminários do
emissoras de rádio e um jornal impresso, como vê o crescimento das mídias
Encontro Cliente e Bompreço e o programa de fidelização Bomclube são outros exemplos de ideias
alternativas ante as mídias de massa?
criadas para estimular o relacionamento entre a rede de supermercados e seus consumidores. Entre
As novas mídias ampliam espaços, multiplicam oportunidades e criam novos conceitos na forma de
uma viagem e outra, fazendo visitas aos seus vários empreendimentos espalhados pelo Nordeste –
fazer publicidade. Já estamos, inclusive, trabalhando nessa linha com o JC OnLine e com o JC Mobile.
algumas vezes surpreendendo diretores e funcionários ao entrar de surpresa nas reuniões de equipe,
Essa realidade fará com que as denominadas mídias de massa se aprimorem, cada vez mais, em busca
segundo pessoas ligadas ao empresário –, Paes Mendonça concedeu esta entrevista. Aqui ele fala
de garantir seu mercado.
um pouco da sua trajetória, das decisões que precisou tomar, de como as empresas do Grupo hoje trabalham para manter a liderança na Região e de continuar tendo orgulho de ser nordestino.
Você já foi sondado para entrar na política tempos atrás. Conte sua versão dessa história. Isso ocorreu há alguns anos. Recebi o convite do então governador Jarbas Vasconcelos e, apesar de me deixar lisonjeado, expliquei que a política partidária nunca esteve nos meus planos. Ele me pediu para pensar melhor e dar a resposta após alguns dias. Na época, comentei apenas com minha mulher, e, após o prazo estipulado, minha decisão foi a mesma. Nunca falei disso com ninguém, mas o próprio governador revelou o fato ao jornalista Magno Martins.
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“QUANDO O CLIENTE ESTIVER COM A RAZÃO, O MELHOR É RECONHECER O ERRO, PEDIR DESCULPAS E SURPREENDÊ-LO INDO ALÉM DE SUAS EXPECTATIVAS.”
Hoje, fala-se muito em inovação até em detrimento do conceito de gestão.
Luz e Porto
Administradores como Jack Welch (ex-GE) são vistos como ultrapassados
a cada um a hora de parar.
Seu Pedro e Dona Maria eram católicos praticantes como quase toda a pequena comunidade do vilarejo, e, tendo o primeiro filho homem nascido no exato dia 24 de junho, consagrado a São João, era determinante que fosse batizado com esse nome. João, porém, parecia muito pouco para tanta alegria, e, de consenso, decidiu-se que, no batizado, acrescentar-seia Carlos ao prenome. E assim foi feito, pela vontade dos pais, a sagração do padre e as bênçãos de Deus. A história de João Carlos começa na Serra do Machado, naquele lugarejo tão pequeno onde, quando ele nasceu, nem “reclame” de Coca-Cola tinha chegado. Mas, como está escrito, “O caminho se faz caminhando”. E quem quiser ter ideia dessa longa caminhada, feita com arrojo, determinação e coragem, que leia a biografia escrita pelo jornalista Mário Hélio: o título é João Carlos Paes Mendonça – Vida, Idéias e Negócios, lançado pela Editora Ática no ano da graça de 2004. No livro, se conta quase tudo de João Carlos e muito mais: se fala das muitas vidas desse sergipano que descobriu que ser nordestino dá orgulho; revelam-se as faces do empresário, do cidadão, do pai, do avô; mostra-se principalmente o homem que, na sua integridade, sempre se colocou acima das grandezas e das misérias do mundo. Fui apresentado ao empresário João Carlos Paes Mendonça quando já estava trabalhando numa empresa dele, ou numa empresa que, por força das circunstâncias, seria metade dele: essa mesma que hoje atende pelo nome de Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. A conversa foi rápida e direta, não mais do que cinco minutos – ele me dispensou e foi, como convinha, cuidar dos muitos problemas das várias outras empresas que então compunham o antigo Grupo Bompreço. Eu voltei à Rua do Imperador para tentar editar um jornal que não tinha equipe, nem equipamentos, nem credibilidade, nem circulação – éramos meia dúzia de malucos com uma profissão de fé: esse jornal não pode fechar. Isso já tem mais de 20 anos. Hoje, o mundo é outro, o País pouco tem a ver com o Brasil de 1987, o Grupo Bompreço desapareceu e deu lugar ao Grupo JCPM, e o SJCC orgulha-se da posição que seus veículos ocupam no mercado. Creio que João Carlos também não seja o mesmo: deixou uma lenda e o exemplo na história do comércio varejista do País, tornou-se marco e referência no portfólio do empreendedorismo nacional, é requisitado para dar palestras ao mundo acadêmico, onde jovens universitários bebem na fonte a realidade de quem fez. Eu também tenho orgulho de ser nordestino, pernambucano e sertanejo. Tenho orgulho de trabalhar sob a liderança e a inspiração de João Carlos, muitas vezes luz e porto para os seus companheiros de jornada, que, instigados por ele, medem sempre a dimensão do desafio – mas avançam!
Tem alguma coisa que você goste de fazer tanto quanto trabalhar?
Ivanildo Sampaio é diretor de Redação do Jornal do Commercio.
quando postos ao lado de inovadores como Steve Jobs (Apple) ou os jovens empreendedores do Vale do Silício. Você concorda com essa distinção? E seu estilo, você se identificaria mais com qual dos dois modos de pensar ou atuar? O brasileiro é muito criativo, tem a sua maneira de gerenciar e nem sempre precisa estar ligado a um único modelo de administração. É bem verdade que todos os nomes citados deram substancial contribuição para o desenvolvimento de modelos de gestão em grandes empresas. Jack Welch inovou no top da gerência empresarial, descobrindo capacidades empreendedoras na busca de nichos mercadológicos, reduzindo custos e favorecendo sua inserção num mercado altamente competitivo. Steve Jobs, principal rival de Bill Gates, é um emulador da criatividade eletrônica e favoreceu o aprimoramento de novos procedimentos numa área altamente em expansão. Já o pessoal do Vale do Silício, como os jovens empreendedores Larry Page e Sergey Brin, através de um planejamento corporativo estratégico, tornaram o Google a grande empresa que é hoje em todo o mundo. Na época de Jack Welch, me identifiquei mais com seu estilo. Nos bastidores, a conversa é que você concede amplos poderes aos seus auxiliares, mas que, no final, quem decide “isso, aquilo e algo mais” é mesmo
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João Carlos Paes Mendonça. Isso é conversa ou comando centralizado é a chave do sucesso? Nossos executivos têm facilidade em executar suas tarefas porque seguem fielmente a filosofia e a missão do Grupo, expressas de maneira muito clara. Sempre contei com auxiliares competentes, corretos, atuantes, em quem confiamos. Acreditamos também que, por melhores que sejam as ideias de um empresário, elas devem ser compartilhadas com os companheiros de trabalho, discutidas e analisadas. Mas há ocasiões em que as decisões devem ser tomadas pelo principal líder, então não vacilo e sou pragmático. Abílio Diniz, Antônio Ermírio de Moraes e outros empresários bem-sucedidos, como você, hoje poderiam ter uma vida menos atribulada no dia-a-dia dos negócios. Apesar disso, todos continuam na operação, no controle ou mesmo na criação de novos projetoS empresariais. O que motiva alguém a não parar o ritmo ou quando é hora de fazer isso? Paixão pelo que faz. No que se refere a mim, sou movido pelo mesmo sentimento e procuro realizar com dedicação e entusiasmo tudo aquilo a que me proponho fazer. Quanto aos demais, o tempo dirá
Gosto de, no inverno nordestino, passar os fins de semana nas serras de Pernambuco. O verão, na praia, ao lado de bons amigos, além de viajar, ler e ouvir música. Sim, também gosto de assistir, pela televisão, a uma partida de futebol do Náutico. Tem algum guru que você segue, lê ou gosta de ouvir? Seja brasileiro, seja estrangeiro, algum já deixou você impressionado ou fez você tomar algum tipo de decisão em razão dos conselhos? Cada autor tem sempre uma contribuição a dar. Gosto de ler Peter Drucker, John Noblist, Alvin Tofler, Michael Porter e biografias de homens que contribuíram para melhorar o bem-estar social. Na área empresarial, recebi inestimável assessoria do americano Michael O’Connor, grande consultor da área de Varejo. Meu tio, Mamede Paes Mendonça, e meu amigo, Antônio Andrade, deram-me sábios conselhos. No entanto, Seu Pedro, meu pai, foi quem mais me inspirou e apoiou nas grandes decisões. Para finalizar, o que dá mais orgulho em ser nordestino? É fazer parte de um povo bravo, lutador, que supera dificuldades e convive com as adversidades e os preconceitos. Ser nordestino é ter orgulho de suas origens e acreditar no potencial da Região.
“HÁ OCASIÕES EM QUE AS DECISÕES DEVEM SER TOMADAS PELO PRINCIPAL LÍDER, ENTÃO NÃO VACILO E SOU PRAGMÁTICO.”
SHORT LIST 2007
CALENDÁRIO
Medicina é mais fácil
convidaram um terceiro publicitário para opinar
categorias do JC Recall de Marcas. Vale lembrar
junho
Estagiar na Ampla é um aprendizado cada vez
sobre o Náutico e democratizar o espaço
que o prêmio tem dez anos. Já a Cream Cracker
mais disputado. Este ano, foram 464 estudantes
com representantes dos três principais times
Vitarella foi apontada, segundo pesquisa, como
inscritos para concorrer a seis vagas. São 77,3
pernambucanos. O bom humor é a tônica dos
a mais vendida do Brasil. Para a Ampla, essas
Ampla faz campanha para São João da Capitá, e o evento bate o seu recorde de público. Ampla Ponto faz ação promocional para a Natura no São João de Caruaru e de Campina Grande.
universitários por vaga, mais que o dobro da
comentários, dos vídeos e das fotos do blog,
duas conquistas também são grandes prêmios.
concorrência do curso de Medicina. A temporada
que recebe cerca de 1.400 visitas por mês. “Tudo
na agência é de seis meses e pode ser renovada
com um olhar nada imparcial”, frisa Humberto.
Julho Colunistas N/NE Não foram só as campanhas publicitárias da
por mais seis.
Ampla coloca no ar a campanha de revisão para a Fiat. Ampla Ponto cria e produz material para o lançamento dos sabores Fresh Cajá e Graviola.
Ampla e as ações promocionais da Ampla Ponto
Uma vez por mês, representantes das agências
que brilharam no Prêmio Colunistas N/NE 2007.
Agosto
A Ampla preencheu a estante de prêmios em
de publicidade de Pernambuco se reúnem
Manuel Cavalcanti, diretor de Criação, foi eleito o
2007. Só no Colunistas Propaganda, o maior
para discutir e solucionar o negócio que é
Profissional de Propaganda do Ano; e Aguinaldo
e mais tradicional do País, foram dezenove
a publicidade. O Fórum de Propaganda do
Viriato, diretor de Atendimento, o Publicitário de
Ampla é a agência com mais clientes premiados na Pesquisa Marcas que eu Gosto, do DP. Ampla Ponto cria e operacionaliza o estande da Pitú na Abad.
medalhas e dois Grandes Prêmios, sendo uma
Sinapro-PE e da Abap-PE começou em 2003,
Marketing Promocional. É Ampla e Ampla Ponto
medalha no Colunistas Brasil. A Ampla já foi
mesmo ano em que Queiroz Filho, nosso vice-
juntas até na hora de ganhar prêmio.
Setembro
considerada cinco vezes Agência do Ano na
presidente, foi eleito presidente para o Capítulo
história do Prêmio. A agência também se
PE. Eleito pela segunda vez, em 2005, e pela
Los dos amigos
destacou com peças premiadas no Festival
terceira vez, em 2007, ele estará à frente da
Andre Muhle e Milton Raposo, da Ampla,
Ampla tem o maior número de clientes vencedores no JC Recall de Marcas, do JC. Ampla Ponto desenvolve ações para a Coral no Festival Pinte o Sete, da Ferreira Costa.
Internacional do Rio e no Prêmio Meio &
entidade até 2009. O desafio também vale para
foram os grandes vencedores da Maratona
Mensagem. Um filme foi selecionado para a
Aguinaldo Viriato, o presidente da Ampla Ponto,
Jóvenes Creativos do Festival Iberoamericano
Outubro
Revista Pasta do Clube de Criação de São Paulo.
escolhido para mais dois anos de presidência do
de Publicidade - Fiap 2008, que aconteceu em
A vitrine está repleta, mas o espaço para os
Capítulo Nordeste da Associação de Marketing
Buenos Aires. A dupla teve 24 horas para fazer
próximos está garantido.
Promocional (Ampro). Viriato comandou a
um anúncio para o jornal Clarín que estimulasse
criação do Capítulo em 2005.
a leitura em geral. Pela primeira vez, o Brasil
A Ampla inova no formato do catálogo dos tradicionais cartões de Natal do Imip, transformando-o em um lindo enfeite pra pendurar na árvore. Ampla Ponto faz ações de captação de clientes para o Cartão Extra.
venceu a competição, que, este ano, contou com a participação de duplas de 11 países. Entre eles, Espanha, Estados Unidos, Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai. Preto no branco A black music comanda a noite no Magia Negra, uma festa que agita os sábados do bar Mangá e que tem, no comando da pick-up, o
Novembro Ampla desenvolve campanha de arrecadação de vidros para a restauração do Hospital Pedro II do Imip. Ampla Ponto cria a Onda Laranja – ação promocional para a Queiroz Galvão.
Dezembro Ampla e Ampla Ponto, juntas, comemoram o ano de 2007 em uma animada festa de confraternização.
O Jumento
publicitário da Ampla Justino Passos. O DJ
No dia em que Deus resolveu criar o mundo, as
explora as diversas vertentes da black music, ora
coisas não saíram como planejado. Então Ele
resgatando clássicos e raridades da soul music,
2008
mandou o jumento Limoeiro para consertar a
ora tocando sucessos atuais de R&B. Pelo visto,
Janeiro
humanidade. Pelo menos foi o que aconteceu
Justino não foge à regra de que publicitário
no curta de animação de onze minutos O
adora trabalhar de madrugada. Mesmo que não
Jumento Santo e A Cidade que se Acabou
seja na agência.
Ampla lança a campanha em prol da construção da biblioteca do Centro Josué de Castro. Ampla Ponto cria ação educativa para a Celpe nas praias.
Antes de Começar. O roteiro é do publicitário
Fevereiro
Criativando
Andre Muhle, junto com o cineasta Léo Falcão,
Imagine juntar todos os amplianos num espaço
e a animação e a fotografia do curta, dirigido
verde para participar de atividades lúdicas.
por Léo D e William Paiva, contou com a
O evento Criativando realizou essa façanha
Ampla lança a campanha para o Mundo de Liquidação do Shopping Recife. Ampla Ponto realiza a ação promocional Verão de Todas as Cores para a Coral.
contribuição de Sebba Cavalcante, da Ampla
na região de Aldeia e rendeu muitas histórias
Ponto. Logo na estreia, o filme abocanhou
Março
para contar. Os integrantes de todos os
Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Vídeo e
departamentos ficaram juntos desde o café-da-
Prêmio da Crítica, no Cine PE 2007. O curta foi
-manhã até o fim do dia, com direito a cerveja.
escolhido ainda para exibição no Anima Mundi
Ampla lança a campanha institucional Pensando em Você para a Vitarella. Ampla Ponto realiza o Bossa Conference, um encontro internacional de tecnologia do Instituto Nokia.
O objetivo do evento foi alcançado: explorar o
2008. Para conferir, basta procurá-lo no YouTube
pensar e o agir de forma criativa, integrar a equipe
(www.youtube.com).
Devido ao sucesso, o Criativando deve ter uma segunda edição.
Abril REVISTA
e fortalecer a confiança entre os departamentos.
Ampla conquista a conta do Supermercado Arco-Íris. Ampla Ponto realiza sessões de filmes em lançamento para clientes do Rapidão Cometa em onze praças do N/NE.
Loucos por futebol II
Agora é a própria Revista-Portfólio da Ampla
A fama de que criação e atendimento vivem
que está sob os holofotes. A edição número
brigando não é verdade. Pelo menos, às
9, que comemorou os 30 anos da agência, foi
segundas-feiras. Toda segunda, das 21h às
selecionada para o Salão Pernambuco Design
Maio
22h30, no Clube Português, os publicitários do
2008, na categoria Projeto Editorial. De encher
Recife se reúnem pra jogar a pelada organizada
os olhos, a criatividade da equipe da Ampla e
Ampla lança sua primeira série de filmes que misturam animação com imagens reais para o Shopping Recife. Ampla Ponto produz estande para a Queiroz Galvão Slim no IV Feirão de Imóveis da Caixa Econômica.
pelo redator Pedro Lazera. Hoje, já são 25
da Mooz – que ainda classificou outros nove
Loucos por futebol
publicitários inscritos. Dentre eles, 8 da própria
trabalhos – merece o feito e os parabéns.
Há cerca de um ano, dois publicitários decidiram
Ampla.
Esse é o evento de design mais importante de Pernambuco e pode ser conferido em
criar um blog como extensão das conversas diárias sobre futebol. Foi quando surgiu o Só
Os clientes em primeiro lugar
na Canela (www.sonacanela.blogspot.com). O
Os clientes da Ampla não saem da cabeça e do
torcedor do Santa Cruz Humberto Montenegro
carrinho dos consumidores. Pela décima vez,
e o fã do Sport Igor Gazatti, ambos da Ampla,
Pitú foi a marca mais lembrada entre todas as
www.pedesign2008.com.br.
JUNHO Ampla comemora o título de Nilson Samico como Mídia do Ano no 1o Prêmio Profissionais de Mídia da revista Propaganda. Ampla Ponto promove o almoço da Queiroz Galvão para corretores do mercado imobiliário local.
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Re-eleições Estante cheia
MAKING OF
PENSANDO EM VOCÊ VITARELLA FOTOS DO ARQUIVO DA AMPLA
HAJA PACIÊNCIA E TALENTO Se é um filme publicitário brasileiro com crianças em cenas cativantes, é bem provável que tenha o nome do diretor Ricardo “Gordo” Carvalho por trás. No comercial da Vitarella, a ideia era mostrar a
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relação entre mãe e filha em várias fases da vida, desde o nascimento. Para marcar a passagem do tempo, uma pesquisa de caracterização precisou ser realizada. “Para dar fidelidade à sequência das idades, pesquisamos em filmes e estabelecemos as décadas que iríamos trabalhar”, conta Carvalho. “A escolha da atriz nos ajudou bastante”. O fato de precisar selecionar um casting cuja aparência física ajudaria a contar a história foi um dos desafios da produção da campanha. Outra dificuldade, para o diretor, foi conseguir imprimir emoção nos filmes “apesar do pouco tempo de realização e de duração”. As crianças são um capítulo à parte. Admirado pelo talento profissional com os pequenos na publicidade, o diretor costuma dizer que as crianças são indirigíveis. “O segredo é ter muita paciência e uma boa dose de backup no set de filmagens”, revela precavido. Com essa experiência, aliada ao roteiro e aos profissionais da Margarida Flores e Filmes, o diretor conseguiu extrair belas imagens da atuação das atrizes adultas e mirins nas filmagens ocorridas em São Paulo para a campanha da Vitarella. Para ele, o casamento entre cenas e música é o que mais pesa no emocional do filme. Márcia Lira
Elenco com a equipe de filmagem.
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FABIANA STEFANI e MANUEL CAVALCANTI, da Ampla, com GORDO, diretor de cena.
PARINDO UM FILME Fazer um filme emotivo é sempre um grande desafio. A começar
filha em várias etapas da vida, da infância até a adolescência. Para
pela difícil tarefa de apresentar o roteiro e convencer as pessoas
dar mais sensibilidade ao filme, era preciso uma trilha especial.
de que aquela sua ideia ali, mal escrita no papel, será capaz de
No caso, uma música: Pensando em você, de Paulinho Moska.
emocionar alguém. É preciso estar muito seguro em relação aos
Era tudo o que a gente queria dizer naquele momento. Roteiro
recursos de que você dispõe, para que a sua ideia seja executada
na mão, tínhamos outro grande desafio: encontrar um diretor e
da melhor forma possível. Em compensação, com os elementos
uma produtora capazes de pôr tudo isso em prática. Chamamos
certos, qualquer ideia, por mais simples que possa parecer,
Ricardo “Gordo” Carvalho, considerado um dos melhores diretores
é capaz de se tornar um filme memorável, que pode ser visto
de crianças do Brasil, e a produtora Margarida Flores e Filmes,
repetidas vezes sem que você se canse de vê-lo. E assim foi com o
uma das maiores e mais premiadas do País.
filme da Vitarella. A empresa está completando 15 anos de muito sucesso. O momento perfeito para fazer o seu primeiro grande
Foram mais de dois meses de pré-produção e dois longos dias de
filme institucional. Trabalhando a personalidade da marca, líder no
filmagem. Mas o resultado compensou. O filme ficou redondo,
segmento de massas, bolachas e biscoitos.
com emoção na medida certa. E, para isso, contou bastante com a incrível sensibilidade do diretor, o casting perfeito da produtora
Como se sabe, o público que tem a decisão de compra sobre esses
e uma música que parecia ter sido feita para o comercial. Se ia
produtos é essencialmente feminino. Mães, em sua maioria. E para
funcionar com o público-alvo? Fizemos o primeiro teste na própria
elas não há nada mais importante no mundo do que a família.
agência. E a sensação de ver as meninas do atendimento com os
A coincidência é que eu tinha acabado de me tornar pai pela
olhos cheios de lágrima ao término da apresentação do filme só
primeira vez. E de uma menina. A relação da minha mulher com
não foi mais emocionante do que a de ser pai pela primeira vez.
minha filha sempre foi algo fascinante pra mim. Com todo esse roteiro. A ideia era simples: a relação de cumplicidade entre mãe e
Manuel Cavalcanti é diretor de Criação da Ampla. Frames do comercial.
clima de emoção que preenchia meus dias, não foi difícil chegar ao
AUTORES
Foi ainda criança que comecei a gostar de ser só. Lembro-me da minha mãe comentando com as amigas: “Olha que lindo o hipopótamo que ele fez com garrafas de iogurte”. E completava: “E fez sozinho, viu?”. Daí em diante, tive a impressão de que reconhecimento era aquilo que acontecia quando a gente fazia alguma coisa sem a ajuda de ninguém. Um coro de tenores, por exemplo, nunca faria o mesmo
Só
sucesso que o Luciano Pavarotti. A professora me perguntava “O que você quer ser quando crescer?”. Imediatamente eu respondia “Quero ser só”. Já prestou atenção em comercial de whisky? Tem sempre um cara só, típico executivo de Wall Street, num apartamento com paredes de vidro. Por quê? Porque é chique ser só. Imagina um comercial de whisky com um cara de 40 anos sentado
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com toda a sua família na mesa de jantar, comendo o suflê de frango que sua esposa aprendeu a fazer no programa da Ana Maria Braga. Impossível. Não rola. Aos 20 anos, realizei um sonho. Fui morar só. No início, veio o processo de adaptação. Entrava em casa reclamando: “Esqueceram a luz acesa”. “Tomaram minha Fanta Uva”. “Deixaram meu chinelo pelo avesso”. E só então me dava conta. O único culpado por tudo isso só podia ser eu mesmo. E nesse mesmo instante minha irritação sumia pelos ares. É como disse o Erasmo, não o da Jovem Guarda, o de Roterdã:
TEXTO DE ANDRE MUHLE | ILUSTRAÇÕES DE HUMBERTO MONTEneGRO
“Aquele que conhece a arte de viver consigo próprio ignora o aborrecimento”. Morar só é descobrir o prazer das pequenas coisas.
“O único culpado por tudo isso só podia ser eu mesmo.”
Que o gás da cozinha leva uns cinco anos para acabar. Que o telefone sempre é pra você. Que você pode cortar as unhas sem se preocupar pra onde elas vão. Que as porções para duas pessoas, na realidade, só servem para uma. E que uma panela de pressão não faz falta na vida de ninguém. Tenho certeza de que a Branca de Neve era mais feliz antes de conhecer o príncipe e os anões. O dia inteiro falando sozinha no meio das árvores. Tem coisa melhor do que falar sozinho? Tem coisa melhor do que ser sozinho? Não sei por que essa mania de procurar ainda mais vidas em outros planetas. Já não bastam as que a gente tem aqui? Sinceramente. E se por um acaso você se sentir triste por estar só? Simples, compra um peixe. Agora, por favor, compra só um.
ANDRE MUHLE
HUMBERTO MONTENEGRO
Redator da Ampla e escritor nas horas vagas, divide, com mais outros dois redatores publicitários, a autoria do blog www.elessabemdemais.
Diretor de Arte da Ampla e ilustrador, “Betinho” tem algumas de suas ilustrações publicadas em diversos trabalhos, como os cartões de Natal do Imip
blogspot.com.
e a própria revista da Ampla.
andre@ampla.com.br
humberto@ampla.com.br
TEXTO DE MÁRCIA LIRA | FOTOS DO ARQUIVO DA AMPLA
A caipirinha nem existia quando surgiu a Pitú, há 70 anos. De 1938 para cá, muita coisa mudou: a modesta fábrica de vinagre e bebidas à base de maracujá e jenipapo, que engarrafava aguardente, tornou-se uma das maiores produtoras de cachaça do País. Hoje, a marca é a mais consumida no Nordeste, além de ser a segunda mais vendida em todo o Brasil. A Pitú ainda foi a primeira cachaça a ser exportada, fazendo a alegria da Alemanha. De braços dados desde 1976 com a grande família que é a empresa, a Ampla comemora junto o sucesso do seu
COMEMORAÇÃO
PITÚ: MANIA DO BRASIL HÁ 70 ANOS primeiro cliente. No corredor da sede, localizada na cidade de Vitória de Santo Antão, interior de Pernambuco, está emoldurada numa placa a primeira fatura que foi emitida pela Ampla, em nome da Pitú – um presente recente da agência. “O relacionamento
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começou quando eu ainda trabalhava na extinta Abaeté Propaganda. Ao decidir criar a Ampla, a empresa de Elmo Cândido e Aluisio Ferrer foi uma das três que me acompanharam”, conta o presidente da Ampla, Severino Queiroz. “Hoje a Pitú não é só uma conta da Ampla. São nossos amigos, e temos famílias que se entendem e se entrelaçam.” No início dessa parceria, na década de 70, a cachaça ainda tinha uma imagem pejorativa, associada apenas à classe C. “As pessoas tinham vergonha de tomar aguardente, e nós resolvemos mudar esse conceito”, lembra Queiroz. O trabalho começou com os festivais, que eram realizados em bairros pobres, onde havia atrações e distribuição de cachaça. “Trouxemos esses eventos para os grandes clubes do Recife, como Náutico, Internacional, Clube Português, e eles foram muito bem aceitos. A Pitú começou a se socializar. E hoje a garrafa enfeita os bares e
Severino Queiroz
serve como cartão de visita de muitas salas”, comemora o fundador da Ampla. Muitos trabalhos, vários premiados, marcaram a contribuição da Ampla para o sucesso da empresa septuagenária. “Pura ou na batida, Pitú é a melhor pedida” foi um dos slogans da agência inspirados na aguardente. A sacada incentivou o consumo com frutas, formando a batida, de onde nasceu, mais tarde, a famosa caipirinha – “Hum... Que beleza! Quem é?”, “É Pitú, o aperitivo do Brasil”. O diálogo fazia parte de uma campanha de sucesso veiculada no rádio e que se tornou comum na boca do povo.
Aluisio Ferrer de Moraes Elmo Cândido Carneiro
Severino Queiroz ressalta que a Pitú foi uma das poucas empresas do Estado que nunca deixou de anunciar na mídia um ano sequer. Por quê? “A publicidade é a alma do negócio!”, quem responde é o diretor Elmo Cândido. “Às vezes, a mídia vende até algo que não presta ao consumidor. Então, o que tem qualidade não pode deixar de ser divulgado”, arremata. Além da divulgação e da qualidade, mais dois elementos são essenciais para o sucesso da empresa onde convivem quatro gerações de famílias, entre avôs, pais, filhos e netos. “O segredo é amizade e amor”, revela, taxativo, o também diretor Aluisio Ferrer.
Série de anúncios produzidos pela Ampla para os 70 anos da Pitú.
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PORTFÓLIO
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FILME INSTITUCIONAL
09. FILME PARA O DETRAN 10. CAMPANHA
11. FILME PARA A BIENAL DO 12. CAMPANHA PARA A AMPLA
LIVRO
INSTITUCIONAL PARA O SHOPPING RECIFE
DO ESPÍRITO SANTO
DO RECIFE
CAMPANHA PARA O FESTIVAL DE VERÃO
A PITÚ
06. COMERCIAL DE ANIVERSÁRIO PARA 07. FILME PARA O MUNDO DE LIQUIDAÇÃO DO SHOPPING RECIFE 08.
PARA O UNIMED DO ESPÍRITO SANTO
05.
COMERCIAL PARA O SÃO JOÃO
DA CAPITÁ
04.
PARA OS 15 ANOS DO ABRIL PRO ROCK
01. COMERCIAL PARA LANÇAMENTO DA VODKA BOLVANA 02. FILME DO DETRAN PARA O CARNAVAL 03. CAMPANHA
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01. CAMPANHA PARA CARTÕES DE NATAL DO IMIP 02. ANÚNCIO PARA MOLHOS DE TOMATE TAMBAÚ 03. ANÚNCIO PARA A VODKA BOLVANA 04. ANÚNCIO PARA A FERREIRA COSTA 05. CAMPANHA INSTITUCIONAL PARA O SHOPPING RECIFE 06. CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO PARA ABRADEE 07. CAMPANHA PARA OS 15 ANOS DO ABRIL PRO ROCK 08. ANÚNCIO DE HOMENAGEM PARA O DIA DO MÍDIA 09. CAMPANHA PARA REVISÃO FIAT FIEL 10. ANÚNCIO DA CDL EM HOMENAGEM AO JC 11. ANÚNCIO DA CDL EM HOMENAGEM AO DP 12. ANÚNCIO DE FIM DE ANO PARA A VITARELLA 13. CAMPANHA DE TRADE PARA A VITARELLA 14. ANÚNCIO DA VITARELLA PARA CONCURSO DE GASTRONOMIA 15. ANÚNCIO PARA O RAPIDÃO COMETA 16. CAMPANHA INSTITUCIONAL PARA A PITÚ 17. ANÚNCIO DO IMIP EM HOMENAGEM A CARUARU 18. CAMPANHA PARA A CBN NOS JOGOS PANAMERICANOS 19. ANÚNCIO DA PITÚ EM HOMENAGEM AO JC 20. ANÚNCIO PARA A CLARO 21. ANÚNCIO INSTITUCIONAL PARA O UNIMED DO ESPÍRITO SANTO 22. OUTDOOR PARA A BIENAL DO LIVRO 23. ANÚNCIO DA CELPE 24. PLANO DE COMERCIALIZAÇÃO DO FESTIVAL DE VERÃO DO RECIFE 25. CAMPANHA DO RECIFE VOLUNTÁRIO 26. ANÚNCIO ESPECIAL PARA A CAMPANHA PAPA-VIDROS DO IMIP 27. ANÚNCIO PARA A CELPE
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Em 2004, a Ampla abriu uma agência em Vitória, no Espírito Santo. Desde então, não parou de conhecer o que esse Estado tem de melhor. Seja na propaganda, seja no turismo, seja na cultura local. Para saber um pouco mais o que a região oferece, convidamos a equipe da Ampla-ES para ser nossa guia. Como boa anfitriã que é, as dicas certamente serão um convite para quem nunca foi até lá.
Você já foi ao Espírito Santo? “Embora estejamos caminhando irrevogavelmente em direção ao caos que já se instalou nas grandes cidades, ainda tem muita coisa chata que não chegou por aqui. Tipo enfrentar uma fila gigantesca para sentar em um bom restaurante, sair de casa com 2 horas de antecedência para achar estacionamento e ainda pagar 10 reais para o flanelinha ou disputar a tapa um lugar na praia. Enfim, ainda existe uma certa ‘tranquilidade’ pairando pelo ar que, valha-me Deus, continuará por muitos anos respirável.” SILVIA ZANOTTI GOBBO – Redatora “Uma das maiores belezas do Espírito Santo é o nosso Convento de Nossa Senhora da Penha, a padroeira do Estado. Ele foi erguido em cima de uma grande pedra, dando uma vista maravilhosa para toda a cidade e para o mar. Além dessa vista, podemos contemplar também, na sua subida, uma mata com muita energia positiva e belos animais. É o melhor lugar pra quem busca paz interior e tranquilidade.” CLARISSA BARROS – Mídia
AMPLA ESPÍRITO SANTO
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TEXTO DE KLEBER DE BRITO | ILUSTRAÇÕES DA MOOZ
“Aqui por essas bandas, discute-se muito sobre uma tal de identidade capixaba. Alguns até argumentam que o Espírito Santo não tem cultura própria. Desculpem-me, mas isso é uma tremenda bobagem. Ora, se o povo brasileiro é reconhecido como uma grande mistura, e isso lhe dá características próprias, com o capixaba não é diferente. Embora existam influências mineiras, baianas e cariocas, o capixaba é um povo singular, mas com características plurais. Assim como o sabor da moqueca.” FABRICIO FERRAZ - Produtor Gráfico “Os familiares dos proprietários rurais recepcionam os turistas e mostram o seu trabalho, tornando o ambiente intimista e acolhedor. Pode ser um sítio de morangos, onde você experimenta de tudo do morango: licores, doces e geleias. Em outro, tem os melhores queijos, iogurtes, ou ainda tomates secos, cachaças e vinhos feitos ali na hora, além do famoso socol, que é um embutido típico da região. Algumas propriedades oferecem ainda o serviço de hospedagem. Pena que as agências de turismo ainda não façam pacotes para divulgar a região. Pensando melhor, ainda bem.” CARLA CARVALHO – Diretora de Arte “Para mim, o melhor do Espírito Santo é a soma de vários ingredientes. Junte uma das nossas maravilhosas praias com a casquinha de siri, que dá diversão na certa. Some gente bonita e moqueca capixaba, que você vai ter papo pra uma tarde inteira. Reúna a família e misture sururu, camarão, caranguejo, bacalhau e palmito, que sai a tradicional torta capixaba.” SILVANA RIBEIRO – Atendimento
AMPLA PONTO
5 ANOS
No calor da interação, do contato com o consumidor, o tempo passa rápido. Já faz cinco anos que a Ampla Ponto entrou no mercado, oferecendo uma alternativa para a consolidação da marca dos clientes através do marketing promocional. Ao longo dessa trajetória, foram se acumulando talentos: a empresa nasceu do esforço de três profissionais, e hoje a equipe acumula mais de trinta. A Revista-Portfólio da Ampla convidou alguns deles a falarem dos principais momentos de cada um desses anos.
2003
TEXTO DE MÁRCIA LIRA | FOTOS DE IVALDO BEZERRA
FERNANDO AMARAL Gerente de Operações e Produção Começamos com apenas três pessoas, e, portanto, nossa vida era uma loucura. Mas nunca esqueço o companheirismo, a vontade de acertar, a garra que tínhamos para fazer um pouco de tudo. Foi um ano de gente grande, em que lutamos muito para chegar aonde chegamos. As ações que fizemos para a Ala, no São João, marcaram porque abordávamos um público muito humilde e carente. A alegria das pessoas em nos ver era contagiante. Fizemos essa ação em quatro estados simultaneamente: Pernambuco,
2004
2005
MARCOS BAPTISTA
MARIANA DA MATA
Gerente-geral
Gerente de Negócios
O primeiro grande projeto que coordenei foi o da comemoração dos 350 anos da
Neste ano, foi produzido inteiramente pela nossa equipe o
presença judaica nas Américas, do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco. O
Promozoom, seminário de Marketing Promocional, desde as
principal produto era uma exposição sobre o tema em Nova York. A mostra seria
inscrições e o contato com os palestrantes até a decoração
aberta a três dias do terceiro aniversário do 11 de Setembro. No dia anterior, algo
do espaço. O evento reuniu mais de oitocentos profissionais e
emocionante aconteceu. Estávamos finalizando tudo até sermos surpreendidos
estudantes da área e foi importante para o Nordeste, trazendo
com a ordem para evacuar o edifício. Imaginávamos alguma ameaça de bomba.
pela primeira vez grandes nomes do assunto, como Gui Bamberg,
Finalmente descobrimos: um edifício vizinho estava querendo desmoronar. Mas
Regina Blessa, Yacoff Sarkovas e João de Simoni. Para mim, o
eis que, num passe de mágica, chega a notícia de que o prédio estava liberado e
trabalho em promoção é muito dinâmico e sedutor. Tudo acontece
que podíamos retornar. No dia seguinte, a exposição foi aberta numa cerimônia
ao vivo, e você presencia a reação do público-alvo. Todo esse clima
emocionante que nos encheu de orgulho e da inigualável sensação de dever
faz com que o dia-a-dia da agência seja muito divertido.
2007 DANIELA KOURY Gerente de Negócios
2008 AGUINALDO VIRIATO
Foi um ano de consolidação das relações com vários clientes.
Presidente
Alguns jobs que marcaram foram o Bossa Conference, evento internacional para o Instituto Nokia de Tecnologia que reuniu
Fazer promoção e eventos é estar ali, no
gente de todo o mundo; um estande da Pitú na Abad Recife, com
limite do risco. Risco calculado, é claro. Mas
o tema Mercados Públicos; um show do pianista Vitor Araújo para
haja adrenalina para trabalhar de cara com o
os funcionários de obra da Queiroz Galvão. Também tenho boas
consumidor, fazendo as coisas acontecerem
e fortes recordações da convenção da GE no Club Med Itaparica
de maneira interativa. Marketing Promocional
(BA), pois foi um trabalho em que respeitamos todas as etapas
é assim. O produto da agência se mostra ao
ideais para um bom planejamento com o desafio de surpreender
vivo. A gente tem neura por detalhe, planeja
e inovar. Hoje, trabalho onde os profissionais são respeitados por
tudo, prevê o imprevisto. Neste ano, vamos
FERNANDO SILVA
sua competência e por seu compromisso em fazer bem mais do
apresentar novidades que, aqui pra nós, vão
Gerente de Criação
que simplesmente o possível.
agitar o mercado. Novos serviços, estratégia
2006
ousada, inovação, mudanças. É isso aí: 2008 Entrei numa empresa nova com uma equipe afinada e no meio de uma reforma. Meu primeiro job foi uma concorrência da GE
vai dar o que falar. Não é precipitação. É
para executivos da América Latina, que aconteceria no Rio de Janeiro. Um trabalho árduo que durou semanas. Depois de aprovado
confiança numa equipe talentosa, na experiência
internamente, no dia que antecedia a viagem, tarde da noite, esperávamos as cópias saírem, e faltou energia na agência. O atendimento
que acumulamos nesses cinco anos e no
pegou o DVD e imprimiu o projeto no Rio de Janeiro, um dia antes da apresentação. O momento que eu mais lembro é, no trânsito, o
compromisso que a Ampla Ponto tem de não se
celular tocando e o atendimento, aos berros, informando que ganhamos a concorrência. Veio aquela sensação de dever cumprido e, a
acomodar nunca.
partir desse dia, me senti 100% da equipe.
AMPLA PONTO
cumprido.
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Bahia, Ceará e Paraíba.
PORTFÓLIO / número 10 / 2008
01. GE - CONVENÇÃO DE VENDAS - BAHIA 02. NEOENERGIA - INTEGRAÇÃO - CONVENÇÃO DE VENDAS 03. CLARO - FÉRIAS DE VERÃO 04. CLARO - DIA DAS MÃES 05. PITÚ - ABAD 06. RAPIDÃO COMETA INAUGURAÇÃO DO NOVO TERMINAL FORTALEZA 07. TINTAS CORAL - FESTIVAL PINTE O SETE, DE FERREIRA COSTA 08. SHOPPING RECIFE - PROMOÇÃO DE NATAL 09. FEIRA MÚSICA BRASIL - MONTAGEM DO EVENTO 10. QUEIROZ GALVÃO - SHOWROOM ESPAÇO SPLENDID 11. NATURA HUMOR - SÃO JOÃO - PERNAMBUCO E PARAÍBA 12. KRAFT - FRESH CAJÁ E GRAVIOLA - MATERIAL DE PONTO-DE-VENDA
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DIVERSIDADE COM CRIATIVIDADE COMEMORAÇÃO
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A Ferreira Costa dá os produtos, e a Ampla dá as idEias
A Ferreira Costa costuma anunciar que tem mais de 40 mil produtos. Mas, dependendo da sua criatividade, esse “mais” pode significar o dobro, o triplo ou a quantidade que a sua imaginação permitir. Para comemorar os 13 anos de parceria entre a Ampla e a Ferreira Costa, a equipe da agência foi testar sua criatividade. A missão era levar os redatores e diretores de arte para um tour pelos 11 mil m2 da Ferreira Costa Recife e tentar descobrir novas utilidades para os produtos à venda MESA DE CARRETEL
ou juntar diferentes itens básicos que resultassem em peças de decoração e arte inusitadas. Todo mundo se envolveu e colocou a cabeça pra funcionar, mostrando que a Ferreira Costa tem muito mais do que a gente imagina.
ESTOJO ESCORREDOR DE PRATOS
FIOS DE MACARRÃO
BANQUINHO DE PNEU
PORTA-LÁPIS DE PASSA-FIO
JOGO AMERICANO DE CARPETE
O VASO
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AQUECIMENTO GLOBAL CAPITÃO CAVERNA
ADEGA DE LUMINÁRIA
ESTERILIZADOR DE TOALHAS PORTA-COPOS DE AZULEJO
FLOR DE CHUVEIRO
ADEGA DE SAPATOS
Albino Serra, diretor da Claro na Região NE.
/ número 10 / 2008
“QUANDO A MINHA ESPOSA ESTAVA GRÁVIDA DO MEU PRIMEIRO FILHO, RECEBI UMA LIGAÇÃO POR ENGANO DE UMA CRIANÇA QUE FALOU DO OUTRO LADO DA LINHA A PALAVRA PAI. FIQUEI BASTANTE EMOCIONADO.”
Albino Serra
TEXTO DE MÁRCIA LIRA | FOTO DE DIVULGAÇÃO
Muitos brasileiros nem têm carteira de identidade, mas não abrem
Quais as cores do futebol para você?
mão de um telefone celular. Hoje, o País contabiliza cerca de 128
Vermelho e branco.
milhões de aparelhos ativos. Desses, uma fatia de nada menos do que 31 milhões é só da operadora Claro. Há mais de dez anos,
Um lugar para fugir do estresse, pra ficar sem
a dedicação do engenheiro eletrônico especializado em gestão
celular por uma semana?
Albino Serra ajudou a empresa a consolidar esses números. O
Como sou extremamente urbano, consigo relaxar sem a
pai de Cecília e Pedro e marido de Yone matou a curiosidade da
necessidade de me isolar.
Revista-Portfólio da Ampla e respondeu uma série de perguntas para a seção SAC, sobre comunicação, consumo e outros dilemas
Vinil, CD ou MP3?
desses tempos em que ninguém sai mais de casa sem um celular
MP3.
na mão.
SAC
Que problema no Brasil precisa ser resolvido Qual é o seu aparelho celular atualmente?
primeiro?
Um Nokia N95. É um aparelho 3G que permite fazer
A educação. Ela é a base para o crescimento sustentável de
videochamada, receber e enviar e-mails, além de possuir câmera
qualquer país. Uma nação que investe em educação reduz o
de 5 megapixels.
problema da violência, pois cria oportunidades para a população, além de amenizar as despesas com a saúde, pois estabelece
Que som toca nas suas chamadas?
condições para uma medicina preventiva.
I still haven’t found what I’m looking for (U2). Um comercial inesquecível? Internet: liberdade ou controle?
Mastercard, “Os melhores momentos da vida não têm preço”.
A internet é mais uma forma de interação entre as pessoas. Acredito que o bom senso deve nortear o seu uso. No caso das
Brinquedo da infância?
crianças e dos adolescentes, cabe aos pais orientá-los e prepará-los
Bola de gude.
para aproveitar o que a rede tem de bom e evitar os seus riscos. Um telefonema que você nunca deu? Quem você colocaria para ficar incomunicável?
Procuro não ligar para o celular de pessoas com as quais não
Ninguém. Acredito que a comunicação bem utilizada tem o poder
tenho um relacionamento de amizade ou trabalho.
de melhorar cada um de nós. Um telefonema inesquecível? De quem você gostaria de ter o número do celular?
Quando a minha esposa estava grávida do meu primeiro filho,
Não diria ter o celular, pois é algo muito pessoal. Mas gostaria
recebi uma ligação por engano de uma criança que falou do outro
muito de conversar com o Carlos Ghosn (brasileiro, presidente
lado da linha a palavra pai. Fiquei bastante emocionado.
mundial da Renault/Nissan). Onde um celular nunca deveria tocar? Em qualquer lugar onde cause transtorno aos que estão em sua volta.
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MADE IN CHINA A missão empresarial da Fecomércio-PE foi um marco nas relações com a China.
Até quando eles vão continuar dando certo? Bem, não faltam desafios a serem
Iniciativa ousada, principalmente por envolver mundos tão contrastantes,
vencidos. Economicamente, pela necessidade de transformar mais de um bilhão
reuniões e eventos em cidades diferentes, a barreira da língua e a participação de
de pessoas em consumidores, mesmo num mercado que vem crescendo a taxas
empresários, autoridades e políticos num grupo de quase 150 pessoas. Merece
estratosféricas há pelo menos dez anos. Socialmente, pelo enorme risco de não
destaque a participação ativa do governador Eduardo Campos e do senador Jarbas
ser possível inserir essa massa enorme de pessoas na velocidade necessária para
Vasconcelos. Nesse cenário, a Ampla e a Ampla Ponto marcaram presença como as
manter o equilíbrio social e político do modelo vigente.
únicas agências a integrar o grupo, que durante cerca de quinze dias conheceu de perto a realidade chinesa.
Mas não fui à China pensando no curto prazo. Fui tão longe no firme propósito de enxergar essa nova fronteira, de estabelecer contatos e abrir horizontes e portas
Eu já havia visitado, anos atrás, o Japão e a Coreia e, por mais que eu tenha visto,
para a Ampla e a Ampla Ponto junto às empresas e aos empresários, brasileiros e
lido e conversado anteriormente sobre a “revolução” econômica e sociopolítica
chineses, que desejam trabalhar em Pernambuco e na região. Na volta, reunimos
que se opera na China, jamais imaginei a intensidade, a velocidade e a extensão
a nossa equipe, clientes, amigos e parceiros do nosso negócio para compartilhar
das mudanças que conheci pessoalmente. É algo realmente impressionante. Ao
com eles as descobertas, possibilidades e as muitas inquietações que vivenciei
comparar nossos dois mundos, o que mais me chama a atenção é a nossa (brasileira)
na Ásia. Com o apoio da TGI e de Francisco Cunha, que também viajou à China,
deficiência crônica em planejar. A base do processo de crescimento do novo mundo
promovemos três encontros na Ampla para discutir e analisar o que vimos, ouvimos
chinês está assentada justamente num planejamento centralizado, na disciplina e
e sentimos naquele país. Chamamos esses eventos de Made in China – Impressões
em políticas atraentes para absorver o capital internacional de investimento para
de uma Viagem. Depois disso, participei, como convidado, de palestras e mesas-
produzir, gerar emprego e renda e fortalecer a exportação, entre outros. Dessa
-redondas para falar sobre a China. O interesse sobre tudo o que acontece por lá
forma, eles conseguiram ser pragmáticos na conceituação e na operação de um
é crescente. Aconselho a todos viverem essa experiência diferenciada. Pessoal ou
modelo que alia a competitividade econômica capitalista ao centralismo autoritário
empresarialmente, não tenho dúvidas em afirmar: conhecer a China é inesquecível.
comunista. Coisa de chinês. Mas sei que isso não combina facilmente com
Vale a pena!
democracia. E disso não abrimos mão. Sob nenhum pretexto.
360 GRAUS
TEXTO DE AGUINALDO VIRIATO | FOTOS DO ARQUIVO DA AMPLA E DE OLIVIA EDMUNDSON
A BIBLIOTECA DE JOSUÉ DE CASTRO TEXTO DE MANUEL CAVALCANTI | FOTO DO ARQUIVO DO CENTRO JOSUÉ DE CASTRO
“Josué de Castro: morre um cidadão do Mundo.” Assim o prestigiado jornal francês Le Monde anunciou, em setembro de 1973, a perda do pioneiro dos estudos da fome no Brasil. Reconhecido internacionalmente, o recifense Josué de Castro começou a carreira como médico, mas também foi escritor, geógrafo, deputado federal por duas vezes, embaixador da Organização das Nações Unidas
Na comemoração do centenário do seu nascimento, em 2008, o Brasil não conta mais com a atuação do intelectual, que acreditava “SÓ HAVER UM TIPO DE VERDADEIRO DESENVOLVIMENTO:
RESPONSABILIDADE SOCIAL
/ número 10 / 2008
(ONU), sempre lutando contra as injustiças sociais, até o fim da vida.
O DESENVOLVIMENTO HUMANO”, mas pode usufruir do seu legado na batalha cada vez mais atual contra a fome. É no centro da cidade do Recife, ao lado da Igreja São Gonçalo, que se encontram os 11 mil volumes deixados de herança pelo pesquisador. São livros lidos e escritos por ele, publicações e correspondências com pessoas de todo o mundo, entre outros documentos, reunidos no Centro Josué de Castro. A entidade sem fins lucrativos foi fundada há 28 anos com o objetivo de resgatar o trabalho do pesquisador e atualizá-lo. Como parte desse projeto, o instituto começou a construir uma biblioteca no local para disponibilizar o acervo ao público, mas as obras foram paralisadas por falta de verbas. “Por enquanto, não temos condições de atender a população. O espaço é pequeno, então só alguns Série de anúncios produzidos pela Ampla.
pesquisadores têm acesso, inclusive muitos estrangeiros chegam interessados no trabalho de Josué”, conta o sociólogo e um dos fundadores do Centro, José Arlindo. Para ajudar na arrecadação dos recursos necessários, um total de R$ 700 mil, a Ampla foi um dos primeiros parceiros e criou uma campanha publicitária para TV, rádio, outdoors, revistas e jornais. “São peças mostrando quem foi Josué de Castro e a importância dele para Pernambuco e para o mundo. Sem qualquer ganho, a Ampla procura mostrar que esse é um projeto que depende da participação da sociedade”, salienta o diretor de operações da agência, Aguinaldo Viriato. O mais valioso no acervo, para José Arlindo, são os documentos pessoais doados pela família do autor de Geografia da Fome e por colecionadores. “Essa não é uma biblioteca do Centro Josué de Castro, mas da cidade do Recife. Quando estiver pronta, será referência para pesquisas sociais”, avalia. O espaço terá auditório e mais dois andares além do térreo. Serviço: Centro Josué de Castro Rua São Gonçalo, 118, Boa Vista - Recife-PE Telefone: (81) 3423.2800 www.josuedecastro.org.br
“A fome é um fenômeno geograficamente universal, a cuja ação nefasta nenhum continente escapa. Toda a terra dos homens foi, até hoje, a terra da fome.”
CHICO BARROS Chico Barros, 44 anos, é um premiado fotógrafo publicitário e tem muito o que comemorar em 2008. Em outubro, nasce José, o seu primeiro rebento. Telefone: (81) 9936.5383 / 3221.3507 www.saladefoto.com.br
/ número 10 / 2008
“COMEMORAÇÃO” Ou apenas diferente. Convidamos dois fotógrafos para revelarem olhares sobre o mesmo tema: comemoração. A conferir, as visões de Chico Barros e Max Levay.
MAX LEVAY Max Levay, 30 anos, redator de carreira e amante da fotografia. Especializou-se em fotografia publicitária, colecionando prêmios por todo o País. Telefone: (81) 9138.1502 / 3325.5326 www.levayphotos.com.br
DESAFIO
Não é duelo, embate, oposição. Mesmo que a ideia seja oposta.
ESPECIAL
Vidas paralelas Se você é movido por paixão, não há dinheiro que pague o prazer de fazer aquilo de que você gosta. E muitos
TEXTO DE KLEBER DE BRITO
realmente não recebem por isso. Ou recebem muito pouco. Como nem todo mundo trabalha fazendo o que ama de verdade, ter projetos ou atividades paralelas pode ser uma alternativa. Mesmo que seja de graça. Conheça aqui diferentes publicitários que optaram por ter essa vida dupla: dividem sua carreira com um outro “trabalho”, ao qual dedicam a mesma atenção que um profissional dedicaria, mas com o desprendimento e o prazer de um amador.
“todas as formas que te levam a expor suas opiniões e sentimentos, sua visão sobre as pessoas e o mundo te ajudam a melhorar, como pessoa e como profissional.” Roger Sakamoto
1. Desde quando você tem essa atividade paralela? / número 10 / 2008
Daniel: Há cerca de 8 ou 9 anos.
ROGER SAKAMOTO, PUBLICITÁRIO, DIRETOR DE ARTE E FOTÓGRAFO. Trabalhou na AlmapBBDO, Carillo Pastore Euro RSCG e atualmente está na LewLara TBWA. É fotógrafo nas horas vagas.
Rafa: Desde 2005. Roger: Acho que desde o final de 2003, quando comprei minha primeira câmera digital. Antes eu fotografava de uma maneira diferente, mesmo porque a dificuldade em transportar a máquina era grande. Hoje carrego a digital para todos os lugares que vou. Lu Lins: Componho desde uns 15 anos e toco por aí, com banda,
4. Você ganha dinheiro com essa atividade?
desde uns 22 anos.
Daniel: Sim.
Justino: Iniciei em 1998, mas desde criança fiquei responsável
Rafa: Às vezes, em pequenos trabalhos.
por escolher as músicas das festinhas. Com uns 15 anos, ia aos domingos no Clube Internacional e ficava ajudando a rebobinar as
Roger: Não.
fitas cassete da equipe de som só pra viver aquele ambiente. Lu Lins: Pouco. Já cheguei a tirar de R$ 200 a R$ 2.000 reais em Foto: DIVULGAçÃO
um show. É uma atividade muito instável, como você pode ver. Mas, desde que comecei a tocar, a última coisa que penso é no dinheiro. Toco de graça em festas de amigos, topo fazer shows em apartamentos, gravo meus discos e distribuo de graça, mesmo alguns deles estando à venda em alguns sites. Por enquanto, prefiro encarar dessa forma: o que vier é lucro. Foto: ROGER SAKAMOTO
Justino: Muito pouco, mas, às vezes, vem um extra em boa hora.
3. Se pudesse viver dessa outra atividade, largaria a publicidade? Daniel: Não me vejo longe da publicidade. Rafa: Sim, sem dúvida. DANIEL DA HORA, PUBLICITÁRIO E ARTISTA PLÁSTICO. Professor e coordenador da Inata, agência-escola da Aeso, e consultor em propaganda. É artista plástico nas horas vagas.
Roger: Sim. É uma coisa que me dá cada vez mais prazer. E que, quanto mais aprendo, mais me parece sem limites criativos. Lu Lins: Hum, música pra mim sempre foi bem mais prazerosa
2. Quem veio primeiro: a atividade publicitária ou essa outra? Daniel: A atividade artística, já na infância e adolescência.
que minha profissão, justamente por ser uma atividade descompromissada e, de certa forma, “irresponsável”. Talvez, se virar a minha “primeira opção”, deixe de ser tão leve e despreocupada como é. Se eu pudesse sobreviver de música, eu largaria, sim. Só que, sendo uma capricorniana que precisa se sustentar em São
Rafa: Publicitária.
Paulo, que é uma cidade cara, e ainda dar uma ajuda financeira para a família que está longe, eu só largaria se pudesse ganhar
Roger: A atividade publicitária. Mas a vontade de fotografar veio
tanto ou mais dinheiro quanto na minha profissão. E isso eu
antes.
acho difícil acontecer, ainda mais nesse momento de grandes mudanças no mercado fonográfico, com o meio digital invertendo
Lu Lins: A outra veio primeiro como hobby (compor escondidinha,
todo o processo de produção e distribuição. Ninguém sabe ainda
no meu quarto). Mas, como atividade mesmo, quem veio primeiro
como vai ficar, mas, se eu tivesse uma boa oportunidade, acho
foi a publicidade. Meu primeiro show com banda só rolou quando
que largaria, sim (no mínimo, essa experiência me acrescentaria
eu já estava trabalhando em agência.
bastante depois, caso eu quisesse voltar ao ramo da publicidade).
Justino: De forma profissional, a publicidade, que iniciei em 1991.
Justino: Não, mas me dedicaria muito mais à discotecagem.
“Todos os chefes que eu tive sabiam e sempre me incentivaram.” Lu Lins
Foto: VAGNO CARVALHO
“Acho que não atrapalha nem ajuda. Separo as duas atividades.” Justino Passos
Foto: DIVULGAçÃO
6. No que ela ajuda e no que ela atrapalha na sua profissão de publicitário? Daniel: Não atrapalha em nada e ajuda bastante no exercício da criatividade. RAFA ALMEIDA, PUBLICITÁRIO, DIRETOR DE ARTE E ATOR. Trabalhou na Carillo Pastore Euro RSCG, Y&R e Duda. É ator nas horas vagas.
Rafa: Ajuda porque você começa a ter mais referências sobre o ser humano. O lado que atrapalha diria que é apenas o tempo que você tem de se dedicar a ela.
atividade?
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5. Quantas horas por dia você se dedica a essa
Roger: Acho que todas as formas que te levam a expor suas opiniões e sentimentos, sua visão sobre as pessoas e o mundo te
Daniel: É um trabalho que não estabeleço muito tempo fixo
ajudam a melhorar, como pessoa e como profissional.
para ele. Quando sinto necessidade ou quando a inspiração vem, normalmente dedico umas 3 ou 4 horas.
Lu Lins: Ajuda porque me impede de ficar doida. Música é a minha válvula de escape emocional e racional. Tudo o que a publicidade
Rafa: 2 a 3 horas
bloqueia porque é objetiva demais eu jogo pra minha música, que é totalmente subjetiva e um tanto autobiográfica. Ela ajuda porque
Roger: Não há uma constante, mas posso calcular uma média de
me deixa mais leve e feliz e também, no caso de jingles, facilita
2 horas por dia.
a minha comunicação com produtoras, na definição de trilhas,
JUSTINO PASSOS, PUBLICITÁRIO E DJ. Assistente de Arte, trabalhou na Rique Gusmão & Azevedo e atualmente está na Ampla. Nas horas vagas, é DJ.
etc. No que atrapalha? Hum, acho que não atrapalha em nada. Lu Lins: Ah, sempre que sobra um tempinho. Pode ser meia
Ah, só atrapalha quando tem show no meio da semana e eu vou
horinha antes de dormir, pode ser um fim de semana inteiro.
trabalhar no dia seguinte com uma leve ressaquinha e cansaço, só
Pode até ser no meio do expediente, como já aconteceu várias
isso. Mas a alegria de encontrar os amigos e passar boa parte da
vezes comigo: vem uma ideia de música, eu escrevo a letra no
noite cantarolando é tanta que, no fundo, isso nem atrapalha, vou
Word, fico cantarolando e pronto. Coloco no cantinho e continuo
trabalhar mais sorridente ainda.
trabalhando, torcendo pra lembrar da melodia quando chegar em casa. Ultimamente, por causa da quantidade cada vez maior
Justino: Acho que não atrapalha nem ajuda. Separo as duas
de shows, tenho dedicado cada vez mais tempo a ensaios com
atividades.
os meninos da banda (no mínimo, 3 horas por semana ou por quinzena). Tô tentando organizar todo o processo, para não ficar
7. Seu chefe sabe que você tem essa atividade
8. Quem são suas referências nessa atividade e quem
paralela? Se sabe, ele incentiva?
são na publicidade?
Justino: Não tenho essa conta, mas todos os dias eu me dedico
Daniel: Como dono de agência, sempre conseguia compatibilizar,
Daniel: Nas artes plásticas, minha grande referência é Abelardo
algum tempo à música, até porque divido meu apartamento com
sem muito problema, as duas atividades. Hoje em dia, como
da Hora, apesar de fazer um trabalho completamente diferente.
um amigo músico e outro técnico de som. Então, na minha casa,
consultor, também.
Gosto muito também de outros modernistas, como Matisse e
assim solto como era no começo, senão a gente se perde.
se respira música, além de sempre ter a presença de vários amigos músicos.
Mondrian. Gosto também de Pollock, de Warhol e Keith Haring. Rafa: Não sabe.
Na propaganda, gosto muito dos trabalhos de Saul Bass e de Marcello Serpa.
Roger: Não. Acho que ele não vê como uma coisa tão séria, Foto: Daniela Hasse
mesmo porque comecei a encarar como sério há pouco tempo.
Rafa: Na dramaturgia, Selton Mello, Emile Hirsch, Johnny Depp. Na publicidade, Marcello Serpa, Tomás Lorente.
Lu Lins: Todos os chefes que eu tive sabiam e sempre me incentivaram. Quando trabalhei na W/Brasil, o Washington
Roger: Cartier-Bresson, Guido Mocafico, François-Marie Barnier,
e o Rodrigo Leão viviam me apresentando para produtores e
Steve Bloom, National Geographic e fotos jornalísticas.
cantores, sempre me empolgando para desenvolver mais e melhor as minhas gravações, que eram caseiras e toscas (ainda são,
Lu Lins: Minhas referências para compor são toda a minha vida,
hehe). O Eugênio é outro que parece gostar das músicas. Além
real e imaginária. Isso inclui desde referências sonoras (Velvet
de cantarolar de vez em quando algumas, um dia desses ficou
Underground, Cat Power, Belle and Sebastian, Beat Happening,
me incentivando a divulgar minhas composições em programas de
Cartola, Nara Leão, Mutantes) até as referências cotidianas
TV e se ofereceu até para conseguir umas entrevistas para mim,
e extraterrestres, como formigas, Super Nintendo, memórias
mas eu ainda ando muito insegura e com vergonha de fazer essas
da infância, minha vó, mudanças, espirais, amores platônicos,
coisas. Em alguns meses, essa vergonha vai ter que sumir, pois
ufologia, física, Truffaut, Dostoiévski e afins.
tô para lançar um disco limpinho, por uma gravadora de verdade, LU LINS, PUBLICITÁRIA, REDATORA, TOCA E CANTA NUMA BANDA. Trabalhou na Ampla, W/Brasil, Z+ e atualmente está na Mohallen Meirelles. É cantora e compositora da banda Lulina e os Causadores nas horas vagas.
gravado num estúdio fantástico e, provavelmente, vou ter que
Justino: Na arte da discotecagem, Cut Chemist, DJ Shadow e DJ
perder a frescura de divulgar minhas composições, caso apareçam
Nu Mark, esses seriam os gringos. DJ Marcos (o DJ de Céu) e DJ
oportunidades.
Henrique (DJ das matinês da Micus Discotheque, em Olinda, o primeiro DJ que vi tocar). Na publicidade, Ricardo Rique. Achava
Justino: Sabe e incentiva bastante. Já toquei até num aniversário
que estava completo profissionalmente até trabalhar com ele.
dele, e olhe que foi profissionalmente. Recebi cachê.
Aprendi muito.
GALERIA
“LADO B”
TEXTO DE KLEBER DE BRITO | ILUSTRAÇÕES DE JORGE DU PEIXE E VALENTINA TRAJANO
Se você conhecia o talento de Jorge Du Peixe apenas por ouvir os discos do BRASILINTIME (2007) Pôster de divulgação da première do filme Brasilintime do selo Mochilla (Los Angeles).
Nação Zumbi, preste mais atenção antes de tirá-los da embalagem. As capas de Afrociberdelia e CSNZ são resultados do trabalho gráfico do vocalista, compositor e parceiro de Chico Science. Du Peixe começou a fazer desenhos muito cedo, rabiscando personagens de quadrinhos e da TV. Na década de 80, ainda sem computador, fazia cartazes de festas que rolavam no Recife. Em parceria com a
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esposa, Valentina, criou a empresa Arteria Design para criação de capas de CDs, cartazes, marcas e cenários. Muitos discos da cena musical pernambucana foram ilustrados pela dupla. Hoje, ele está ampliando seu trabalho para artistas de todo o Brasil e do mundo, incluindo peças para a Red Bull Music Academy, o pôster de divulgação do DVD Brasilintime (produzido nos EUA) e de novos músicos como o Sonantes, Iara Rennó e Almaz. Site em construção. CONTATO: arteriadesign@yahoo.com.br
Rascunho de ilustração para o pôster Brasilintime.
SONANTES (2008) Projeto gráfico do CD do coletivo Sonantes.
RED BULL MUSIC ACADEMY (2008) Pôster de divulgação do evento Red Bull Music Academy.
NAÇÃO ZUMBI (2005) Ilustração feita para o projeto gráfico do CD Futura, do grupo pernambucano Nação Zumbi.
IARA RENNÓ (2008) Projeto gráfico do CD da artista paulista Iara Rennó (Macunaíma Ópera Tupi).
MOMBOJÓ (2006) Projeto gráfico do CD do grupo pernambucano Mombojó (Homem-espuma).
NAÇÃO ZUMBI (2007) Projeto gráfico do CD do grupo pernambucano Nação Zumbi (Fome de Tudo).
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SEM TÍTULO (2006) Ilustração feita em caneta hidrográfica sobre papel.