esculturas urbanas Monumentos selecionados
Maria Inah Rangel Monteiro Rosangela Batista Vieira de Menezes e Silva
Santos Brasil
2008 Editor a Instituto Cultural de Artes CĂŞnicas do Estado de SĂŁo Paulo (Icacesp)
Instituto Cultur al de Artes Cênicas do Estado de São Paulo (Icacesp) Diretoria Executiva Presidente Carlos Pinto (Santos) Vice-presidente Humberto Sinibaldi (São José do Rio Preto) Diretor Financeiro Guilherme Cruz Costa (Santos) Diretor Administrativo Marcio Nascimento (Guarujá) Diretor de Eventos Reginaldo Emídio da Silva (Franca)
Conselho Deliber ativo Presidente Ângelo Bonicelli (São Carlos) Secretário Clovis Farinelli (Santos)
Conselho Cur ador Membros efetivos Werner Samuel Rothschild (Sorocaba) Ubaldo Bispo dos Santos (Ribeirão Preto) Otávio Penteado Soares (Santos)
Membros suplentes Wagner Voss de Menezes (Franca) José Paschoal Ribeiro (Franca) Renato Luiz Martins Di Renzo (Santos)
Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo (Icacesp) Av. Henrique Gregori nº 1.324 Cep. 13.575-000 São Carlos São Paulo Brasil
“O monumento é insepar ável da história de que é testemunho e do meio em que se situa.”
Carta de Veneza (1964), 7º artigo
Expediente
Editor a Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo (Icacesp)
Projeto e Pesquisas Maria Inah Rangel Monteiro e Rosangela Batista Vieira de Menezes e Silva
Inventário e Dados Técnicos Maria Inah Rangel Monteiro Maria Inês Rangel Garcia (colaboração)
Fotogr afias Tadeu Nascimento
Projeto Gr áfico, Direção de Arte e Capa David Cardoso
Revisão Histórica Drª. Wilma Therezinha Fernandes de Andrade Profª. Yza Fava de Oliveira
Texto Final, Revisão e Edição Rosangela Batista Vieira de Menezes e Silva
A capa foi produzida a partir de uma montagem fotográfica da imagem de um bloco de pedra-sabão procedente de Minas Gerais, de propriedade da escultora santista Emília Portella Perrone
Motivo de orgulho Uma obra do porte de Esculturas Urbanas deve ser saudada com entusiasmo pela proposta, ineditismo, concepção e inegável importância histórica e cultural. Elaborada com critério, rigor técnico e apurada pesquisa é uma categorizada contribuição literária e artística. Trata-se de obra indispensável para professores, artistas, estudantes e todos aqueles que têm interesse pela História, não apenas de Santos, mas do Brasil. Por isso, a contribuição de Maria Inah Rangel Monteiro, Rosangela Batista Vieira de Menezes e Silva e Tadeu Nascimento, bem como a de todos os demais colaboradores, é inestimável, relevante para a cultura, e enriquece sobremaneira o acervo de autores santistas. É trabalho que, com certeza, vai se tornar referência para historiadores, pesquisadores, intelectuais, jornalistas, universitários, posto que reúne magnífica gama de informações básicas, fundamentais, sobre o rico conjunto de esculturas urbanas de nossa bela Cidade. É livro de arte, essencial para o conhecimento acerca do Município, e assim deve ser visto e entendido, para orgulho de todos os santistas.
João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal de Santos
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roduzir um livro sobre os monumentos e marcos de uma cidade, pode parecer à primeira vista um trabalho meramente de catalogação de informações, com ‘frieza’ técnica, e que, no máximo, nos dá uma idéia de quem foram os personagens ou os fatos que estão ali relatados. Isso, na maioria das vezes, é o que realmente ocorre, principalmente quando o trabalho não tem o que costumamos chamar de ‘alma’. Ao manusear as primeiras provas do livro Esculturas Urbanas, de Maria Inah Rangel e Rosangela Menezes, percebi, logo de cara, que esse não seria o caso, e que a tal ´alma´ estava presente. É impressionante quantos sentimentos agradáveis podemos ter, ao dirigir o olhar, mais detalhadamente, sobre coisas que estão em nosso cotidiano. Vendo as imagens no livro, feitas magnificamente pelo fotógrafo Tadeu Nascimento, e lendo a história de cada obra, fiz uma viagem no tempo e relembrei fatos que marcaram não só a trajetória de Santos, mas da minha vida em particular. Lembrei, por exemplo, das tardes de passeio com a família pela orla, onde sempre parávamos para apreciar alguma obra. Também me veio à memória, os inúmeros discursos políticos que acompanhei, alguns muito bons, outros nem tanto, feitos por prefeitos e demais autoridades à frente de obras que homenageiam Braz Cubas, os irmãos Andrada ou o soldado constitucionalista. E como não se emocionar ao ver esculturas que prestam tributo aos imigrantes portugueses (na Ponta da Praia), espanhóis (na Pompéia) e japoneses (no Boqueirão), fazendo-nos recordar da importância destas culturas no desenvolvimento do Brasil, e, principalmente, que a saga de muitas dessas pessoas teve seu início aqui, em solo santista. Em suma, o que este livro Esculturas Urbanas me propiciou, e acredito também propiciará aos demais leitores, são momentos de saber histórico, pois a obra é muito precisa em suas informações. São também momentos de prazer no sentido das boas recordações e da beleza estética, já que o livro prima pela qualidade. Parabéns a Inah, Rosangela, Tadeu e toda equipe que produziu esta bela obra. Parabéns também aos inúmeros escultores e artistas que fizeram, e fazem a paisagem de Santos ficar ainda mais bonita com seus trabalhos.
Carlos Pinto Presidente do Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo (Icacesp) Secretário de Cultura de Santos
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Comgás – Companhia de Gás de São Paulo – é a maior empresa do Brasil em volume de gás natural canalizado distribuído. Atende aos segmentos residencial, comercial, industrial, veicular e termogeração de energia na região metropolitana de São Paulo, Baixada Santista, Vale do Paraíba e região administrativa de Campinas.
A empresa está empenhada no movimento mundial que busca a construção de um modo de vida sustentável para a atual e as futuras gerações e em contribuir com a disseminação de práticas operacionalmente eficientes, ambientalmente responsáveis e socialmente justas entre os seus diversos públicos de relacionamento – clientes, empregados, fornecedores, comunidade, acionistas, governo e sociedade em geral. A Responsabilidade Social é um de nossos valores e está pautada na segurança, no respeito ao meio ambiente e na integração com as comunidades onde operamos. Em função deste compromisso, procuramos atuar em profunda sinergia com as comunidades, buscando apoiar o desenvolvimento local e valorizar as tradições e a história de cada cidade. Por isso, acreditamos que, ao patrocinar o livro Esculturas Urbanas, de Santos, estamos viabilizando e reconhecendo o valor histórico e artístico da cidade, proporcionando cultura e lazer para seus moradores e estimulando visitantes das demais cidades e importantes capitais do Brasil a conhecer as belezas e a história de Santos.
Conhecer a própria história
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onhecer a si mesmo é um dos primeiros passos para outras buscas por mais conhecimento, experiências e evolução. É preciso descobrir quem somos, de onde viemos, como estamos, para saber onde precisamos e queremos ir ou o que fazer. E isso se aplica também às organizações de todos os tipos, assim como às comunidades. Daí a importância fundamental de se valorizar a história e, em especial, a nossa história, para seguir os caminhos da vida.
A Cosipa e a Usiminas, que integram o maior e mais completo complexo de aços planos da América Latina, compreendem esse passo importante e têm procurado despertar em seus colaboradores e junto às comunidades o interesse pela história. Afinal, todos queremos estar sempre preparados para o agora e também para o amanhã. A obra Esculturas Urbanas é uma dessas ações de incentivo à busca do autoconhecimento e, por essa razão, é com orgulho que a apoiamos. O livro vai resgatar e registrar a história por intermédio das inúmeras obras de arte que existem em áreas e praças públicas, além dos jardins da praia. E de uma forma objetiva e didática, o que o torna fonte permanente de consulta para a informação do público em geral e, em particular, para a contribuição na formação educacional e cultural das crianças e jovens das escolas públicas e privadas. Sem dúvida alguma, o trabalho preenche uma lacuna dos registros históricos e será também um guia para os visitantes, turistas e outros interessados em conhecer mais Santos e região. Certamente, um levantamento desse tipo, com variadas informações a respeito de cada obra de arte, se transformará ainda em um estímulo para novas pesquisas e trabalhos de resgate histórico. Ou seja, o livro cumprirá seu papel de permanecer vivo e ativo, informando, formando e despertando consciências.
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acaso me reaproximou de uma amiga de juventude, que o destino separou por mais de uma década, para um projeto cujo tema há muito me seduzia: as esculturas que integram o espaço urbano, cujos personagens e história nem sempre são de conhecimento público. Como jornalista, habituei-me a ver os monumentos como coadjuvante e cenário para as mais diferentes manifestações cívicas e populares. Em alguns, lembrava-me dos feitos que garantiram ao homenageado a perpetuação da imagem e, em outros, perguntava-me o simbolismo de determinadas alegorias e relevos, que me atraiam pela simples beleza do trabalho escultural. Na verdade, intrigava-me mais o fato de a maioria das esculturas ter sido assentada em espaço público que homenageia outra personalidade ou acontecimento. E me prometi elencar essas disparidades, a título de simples curiosidade. A idéia original acabou tomando amplitude e outro rumo, na primeira conversa com a Maria Inah, que finalizava um inventário sobre os monumentos. O trabalho a que nos propusemos foi entremeado por desafios na busca da precisão de informações. Foram incontáveis telefonemas para várias cidades de São Paulo e de outros estados, rastreando sobrenomes atrás de descendentes que pudessem ampliar os dados biográficos de alguns escultores. Busca que, em alguns casos – poucos, felizmente -, mostrou-se infrutífera. A autoria de certos bronzes parece fadada ao esquecimento. Descrever o significado de cada elemento da composição escultural foi desvendar cenas da história, transpostas dos livros e documentos para o cenário urbano. Observadores silenciosos dos tempos, os monumentos funcionam como elos entre passado e futuro, preservando identidade afetiva, referência espacial, personalidade e a estética da cidade, contrapondo-se ao processo constante de renovação urbanística. É a memória presente e viva na consciência das gerações, pela lembrança de um ato, fato ou destino. Dos 86 monumentos selecionados para este livro, muitos refletem particularidades e valores inerentes a Santos. E das 35 obras existentes apenas na extensão da orla, 21 encontram-se nos jardins das praias, garantindo um cenário de belezas que encanta gerações. Esculturas Urbanas é, antes de tudo, uma declaração de amor a esta terra. Reunindo beleza, arte e história, ingredientes que, esperamos, garantam prazerosa leitura, esta obra reforça a ligação do santista com sua cidade. Motivo de orgulho para compartilhar com cada leitor.
Rosangela B. Vieir a de Menezes e Silva
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alar sobre os monumentos de Santos me deixa bem à vontade, já que aqui nasci e aqui criei meus filhos. Logo, não consigo deixar de associar os passeios, os encontros e as brincadeiras que marcaram as horas de minha vida aos cenários que têm sempre como elemento cenográfico um monumento, uma estátua ou um busto, que seja. São esses mesmos cenários que, em contraste ao transitório de nossa rotina e que, por muitas vezes, passam despercebidos aos nossos olhos do dia-a-dia, guardam o testemunho e a essência de nossas vidas. Podemos viver sem as esculturas, mas sem elas não podemos recordar. E, com este apelo saudosista, resolvi fazer um inventário das esculturas, com a ajuda da Inês, fazendo incansáveis visitas aos monumentos, mais as pesquisas históricas do Alejandro e, por fim, passando pela correção criteriosa da professora Ysa Fava e Wilma Therezinha. Depois disso, esse material todo foi ampliado e lapidado através do olhar jornalístico da Rosangela, ganhou imagens das lentes mágicas do Tadeu e finalmente adquiriu o formato de livro, depois de disposto artisticamente em páginas, graças ao trabalho do David. O inventário das obras de arte nasce da necessidade de se registrar e identificar as peças artísticas, marcos e monumentos nas áreas do município de Santos e, dessa maneira, despertar na população o interesse pela história e a conscientização da conservação, fazendo, assim, com que as pessoas se apropriem e passem a ser co-gestoras desses bens. Caminhando pelo calçadão da praia, entre crianças e bicicletas, encontramos várias estátuas que servem de parque de diversões para brincadeiras infantis, cartões postais para os álbuns de fotografia e até simples apoio para o alongamento de atletas. Temos também as que atuam como palco para grandes festividades, para a expressão dos mais diferentes sentimentos de nossa população, sejam eles de euforia ou descontento, e, como não podia faltar, palanque de protestos e reivindicações populares. Porém, mais do que o lado sentimental que as esculturas reservam, elas desempenham importante papel coadjuvante dentro da cenografia urbana, podendo, inclusive, graças a suas instalações, contribuir para a identificação de um lugar. As esculturas podem homenagear uma profissão, um fato histórico, cívico ou civil. A intenção, ao se erigir um monumento, não é só perpetuar e homenagear figuras ilustres, mas registrar a produção cultural de um período da história. Suas linhas representam várias escolas e estilos, onde o autor expressa toda sua criação, ora através de formas simples, ora com riqueza de detalhes. Segundo Giulio Argan, o que diferencia um objeto artístico dos outros objetos produzidos por uma determinada cultura urbana é o valor que lhe é atribuído pela comunidade. “As obras de arte – quer se trate de monumentos, quer de objetos móveis – ainda constituem o tecido ambiental da vida moderna. Se as conservamos, ou seja, se toleramos ou desejamos a sua presença, é porque ainda têm um significado.” É justamente esse juízo de valor que faz com que uma obra de arte transcenda o seu tempo e se desvincule de fatos ou experiências individuais. Por esta razão, é preciso conhecer as obras, situando-as não apenas espacialmente, mas reconhecê-las em meio às relações sociais que fundamentaram sua elaboração, realização, promoção e implementação, de forma a permitir sua correta interpretação. Com base nisso, o objetivo do livro Esculturas Urbanas é promover um melhor conhecimento do acervo existente na Cidade de Santos, de forma a preservar e divulgar a história, formulando ações necessárias para sua conservação, restauro e valorização. Ações que, por sua vez, não devem se restringir apenas a sinalizações de monumentos e praças, mas à veiculação de material informativo. Essa é a proposta principal desta obra.
Maria Inah R angel Monteiro
Por convenção estabelecida nas artes plásticas, as dimensões de volume, quando não indicadas, devem ser compreendidas sempre na seqüência altura, largura e profundidade
Braz Cubas Homenageado Braz Cubas Categoria
monumento Escultor Lorenzo Mazza Iniciativa Câmara Municipal de Santos Inauguração 26 de janeiro de 1908
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Dimensão da obr a 8 metros de altura 4,80m de largura
Embasamento 4,80m (diâmetro)
Pedestal 5,50m (altura)
Estátua 2,50m (altura)
Conjunto de alegorias 2,50m; 1,46m; 0,88m
Alegoria ao Comércio 1,50m (altura)
Alegoria à Navegação
Características
0,60m (altura)
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Alegoria ao Gênio 2,50m (altura)
Coroa 0,90m; 1,30m; 1 metro
Placas 0,12m x 0,35m; 0,50m x 0,40m
Dados materiais Embasamento
jardim e paralelepípedo
Pedestal
mármore branco de Carrara
Estátua
mármore branco de Carrara
Alegorias
mármore branco de Carrara
Coroa, placas, escudo, louro bronze
Placas “Restaurada em 01-88 pela Companhia Siderúrgica Paulista COSIPA – Gerência de Fundição Executor - Gilmar Link” “Prefeitura Municipal de Santos Praça da República Importante ponto de referência da cidade, a Praça da República é um marco na nossa história, e sua reforma é para a Administração Municipal motivo de grande satisfação, pois simboliza a renovação da infra-estrutura de Santos, tão desejada por sua população. Santos, 1º de julho de 2000 Beto Mansur – Prefeito Municipal”
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Descrição da obra
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monumento, cujo embasamento é formado por área ajardinada, com acessos em paralelepípedo, possui pedestal em mármore, circundado por figuras alegóricas e ornamentação decorativa, e estátua. A base é formada por três plataformas em tamanho decrescente, formando degraus. Sobre a última plataforma ergue-se o eixo central, que tem à frente três figuras alegóricas representando a vocação de Santos em suas principais atividades e os emblemas da Indústria, Agricultura e do município. A figura do Comércio (esquerda) observa o horizonte, enquanto a que simboliza o Gênio (direita) apóia a mão esquerda em escudo com caduceu, símbolo do comércio, e, com a direita, aponta a figura de Braz Cubas. Atrás das esculturas, há uma âncora e, abaixo do Gênio, encontra-se a figura da Navegação, representada por uma criança nua, a contemplar a bússola que norteia o rumo do navio. Na
face direita da base, foi afixada placa relativa à reforma da praça.
dos nos chanfros, pendem festões de louro, símbolo da honra e da vitória.
A base do eixo é formada por um bloco retangular, em forma piramidal, também em mármore, que tem nas laterais direita e esquerda um escudo de bronze com a inscrição Labor em alto-relevo. Na parte oposta às alegorias, repousa uma coroa, confeccionada em bronze, formada por ramos de café e flores, tendo ao centro uma faixa com a inscrição “Homenagem da Câmara Municipal ao fundador desta cidade. O povo agradecido a quem viverá sempre em sua memória”. Sob a coroa, encontrase placa referente à restauração dessa peça.
A figura de Braz Cubas, com trajes de fidalgo cavaleiro do século XVI, destaca-se sobre o pedestal. Na mão esquerda, a escultura empunha um bastão da nobreza e, na direita, prende um rolo em forma de pergaminho, com a inscrição ‘Planta da Vila de Santos 1545’, onde está estampada a carta topográfica da Cidade de Santos.
Sobre esse bloco ergue-se outro, também em mármore, na forma piramidal, tendo na base um barrado de flores em relevo. Na face posterior, o barrado tem, ao centro, uma carranca esculpida. Nas quatro faces do bloco estão afixadas peças de mármore com inscrições em baixo-relevo e, no alto de cada vértice, afixa-
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Histórico 16
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rimeira estátua da Cidade, o monumento em homenagem a Braz Cubas foi inaugurado às 16 horas do dia 26 de janeiro de 1908. A proposta para a construção de um monumento em homenagem ao fundador da Vila de Santos foi apresentada na sessão da Câmara Municipal de Santos do dia 3 de fevereiro de 1887, pelo então vicepresidente, comendador João Manuel Alfaia Rodrigues. Mas, diante das dificuldades de encaminhamento, o comendador seguiu para a Europa em meados de 1904, a fim de manter entendimentos com artistas de renome. Em 17 de janeiro de 1906, o escultor italiano Lorenzo Mazza, com ateliê em Gênova, aceitou o desafio. Concluída a obra, as peças foram embarcadas no vapor Attivitá, com destino a Santos. A inauguração do monumento deu-se em meio a uma grande festa, que contou com apresentação das bandas musicais do Corpo de Bombeiros e da Colonial Portuguesa, e apito dos navios fundeados no porto. A festa prosseguiu à noite na Praça da República, iluminada especialmente para a ocasião.
Braz Cubas nasceu na Cidade do Porto (Portugal) em dezembro de 1507. Filho de Isabel Nunes e João Pires Cubas, provedor da Santa Casa, chegou ao Brasil em 1531 com Martim Afonso de Souza, fundador da Capitania de São Vicente. Braz inaugurou, em 1545, a primeira Santa Casa de Misericórdia do País, a qual chamou de Todos os Santos, nome que passaria à vila que se formava em torno do Outeiro de Santa Catarina. Foi governador da Capitania de São Vicente e, em 1552, construiu o Forte de São Felipe, na Ilha de Santo Amaro. Por ordem do terceiro governador-geral, Mem de Sá, realizou expedição pelo interior em busca de ouro e prata. Ele teria chegado até a Chapada Diamantina, no sertão da Bahia, antecipando a ação bandeirante – em seu epitáfio consta que ele descobrira “ouro e metais em 1560”. Liderou a defesa da capitania contra os ataques dos tamoios, aliados dos invasores franceses. Ao morrer em Santos, em 1592, era um dos homens mais respeitados da capitania.
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Inscrições Frente
“Ao imortal fundador de Santos as homenagens do nosso mais acrisolado amor e da nossa mais profunda admiração.”
Verso “Beatus qui intelligit super egenum et pauperem”
Braz Cubas
Direita “À memória de Braz Cubas cavalleiro fidalgo moço da Câmara provedor da Fazenda Real alcaide-mor loco-tenente do donatário Martim Affonso de Souza e capitão-mor governador da Capitania de São Vicente”
Esquerda “De zelo inexcedível pelo bem commum e de devotamento ao ideal sublime da caridade fundou em 1545 a Santa Casa de Misericórdia d’esta cidade praticando o conselho do mestre divino “Si alguém quizer vir após de mim negue-se a si mesmo tome a cruz e siga-me”.”
Localização Endereço Praça da República Bairro Centro Histórico
Legislação incidente O Monumento a Braz Cubas integra o primeiro grupo de monumentos públicos tombados pelo Município. A obra escultórica está protegida pelo Conselho de Defesa do Patrimônio de Santos (Condepasa), por meio da Resolução SC 01/97, de 20 de maio de 1997, Livro Tombo 01, inscrição 24, folha 5, Processo nº 11.328/96-97.
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Joaquim Xavier da Silveir a Homenageado Joaquim Xavier da Silveira Categoria monumento Escultor Lorenzo Mazza Iniciativa Associação Pró Monumento Xavier da Silveira Inauguração 11 de janeiro de 1914
Car acterísticas Dimensão da obra 4,50m de altura herma: 1 metro; 0,70m; 0,45m pedestal: 3,50m; 2,90m; 2,90m musa: 1,70m; 0,70m; 0,80m placas: três, de 0,15m x 0,40m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito polido musa: bronze placas: três, em bronze
Placas “Orador, poeta, jornalista e advogado. Amou denodadamente a terra do seu berço que serviu e honrou.” “7 – X – 1840 30 – VII – 1874 Voou pelas alturas do infinito onde passa ridente o Rei da Luz”. “A memória do filho amado, Santos mandou erguer este monumento – 1913.”
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Histórico
Descrição da obr a O pedestal de granito polido é formado por duas partes: embasamento e coluna central. A primeira, com dois degraus de formas arredondadas e recortes em linhas curvas, sustenta na parte frontal a figura em bronze de Erato, deusa grega da poesia lírica. A coluna central, em mármore esculpido, tem a sua volta inscrições em bronze e serve de apoio à herma. As placas em homenagem a Xavier da Silveira localizam-se nos outros três lados do pedestal. O monumento, inaugurado no Largo do Rosário (atual Praça Rui Barbosa), foi transferido em setembro de 1922 para a Praça Mauá (bairro Centro), em 1939 passou para a Praça Fernandes Pacheco (bairro Gonzaga) e desde o final do século passado encontra-se na Praça Nenê Ferreira Martins. A idéia de erigir a estátua foi da Associação Pró Monumento Xavier da Silveira, criada em 4 de setembro de 1911 para homenagear esse ilustre santista.
Localização Endereço Praça Nenê Ferreira Martins Bairro Gonzaga
C
onsiderado por José Bonifácio de Andrada e Silva, ‘o moço’, um fenômeno na oratória, Joaquim Xavier da Silveira, nascido em Santos (SP), a 7 de outubro de 1840, foi abolicionista, poeta e jornalista. Formado em Direito em 1865, advogou em benefício dos escravos e lutou pela liberdade de consciência, moralidade política, construção do cais de Santos e pelas causas da sociedade. Foi o verdadeiro iniciador do Partido Liberal Radical, de São Paulo, em 1868. Estabelecido definitivamente em Santos, em 1870, foi redator-chefe do Diário de Santos e montou seu matutino, A Imprensa, onde defendia ardorosamente seus ideais. Vítima da febre amarela, morreu em 30 de agosto de 1874, aos 34 anos, sem ver publicadas suas obras Só, Por que amo a noite, História de um escravo e Poesia, esta só editada em 1902.
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Coluna de Metal Categoria coluna Iniciativa governo municipal Inauguração final do século XIX
Car acterísticas Dimensão da obra altura: 1,38m circunferência: 0,52m Dados materiais peça: ferro
Coluna de ferro fundido, cilíndrica, tendo na extremidade uma forma esférica.
Histórico
Localização
coluna de metal é o último vestígio da época dos muares em Santos. A peça era parte integrante de um antigo bebedouro, onde saciavam a sede burros e cavalos que levavam ao cais carroças carregadas de café e outras mercadorias, desembarcadas em Santos pela Estrada de Ferro São Paulo Railway. Anos depois, a coluna de metal passou a servir apenas para amarrar os animais. Bebedouros semelhantes foram construídos no início do século XX, quando Santos começou a ter água encanada, substituindo os chafarizes. Em 1988, a coluna foi retirada pela Prefeitura para a reurbanização da área. Mas graças à mobilização de comerciantes das imediações, liderados por Antonio Andrade, e do jornal A Tribuna, dias depois a peça voltou para seu local de origem.
Endereço Praça Antonio Teles Bairro Centro Histórico
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Descrição da obr a
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José Feliciano Fernandes Pinheiro Homenageado José Feliciano Fernandes Pinheiro Categoria placa Iniciativa Câmara Municipal de Santos Inauguração 11 de agosto de 1927
Car acterísticas Dimensão da obra 0,60m de altura peça: 0,60m x 1,40m
Dados materiais peça: bronze
Inscrição “Dr. José Feliciano Fernandes Pinheiro (Visconde de São Leopoldo) Nasceu em Santos a 9 de maio de 1774 Falleceu em Porto Alegre a 6 de janeiro de 1847 Creou os Cursos Jurídicos no Brasil a 11 de agosto de 1827 Homenagem da Câmara Municipal de Santos, em 11 de agosto de 1927.”
Histórico
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riador dos cursos jurídicos no País, patrono da Faculdade Católica de Direito de Santos e um dos homens mais ilustres do País, José Feliciano Fernandes Pinheiro nasceu em Santos no dia 9 de maio de 1774. Formou-se em Direito, em 1799, pela Universidade de Coimbra (Portugal), e, em 1800, assumiu o cargo de juiz da Alfândega de Porto Alegre (RS), sendo também o primeiro presidente dessa província, onde fundou, 24 anos depois, a cidade de São Leopoldo. Auditor geral das tropas do Exército, membro da Comissão de Limites do Brasil, importante figura da Independência, deputado das Cortes Constituintes de Lisboa, ministro de Dom Pedro I e senador do Império, foi também escritor e historiador, sendo o responsável pela instalação, em São Leopoldo, da primeira tipografia e da primeira imprensa do sul do País. Faleceu em Porto Alegre no dia 6 de janeiro de 1847.
Localização Endereço Avenida Visconde de São Leopoldo nº 64
Bairro Centro Histórico
Descrição da obr a Placa de estaca, em alto-relevo, busto do homenageado e inscrição. A peça marca o local da casa onde nasceu o visconde de São Leopoldo.
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fábio montenegro
Homenageado Fábio Montenegro Categoria herma Escultor Hildegardo Leão Velloso Fundição Roque de Mingo Iniciativa amigos e admiradores Inauguração 26 de novembro de 1922
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Dimensão da obra 1,75m de altura
Características
herma 0,55m; 0,37m; 0,34m
pedestal 1,20m; 0,56m; 0,52m
placa 0,15m x 0,27m
Dados materiais herma bronze
pedestal concreto
placa bronze
Placa “Ao poeta Fábio Montenegro a Cidade de Santos 1892 -1920”
Descrição da obra Herma sobre pedestal, com ângulos chanfrados. A placa foi fundida nas oficinas da Cia. Docas, onde o homenageado trabalhou. A peça foi festivamente inaugurada na Praça dos Andradas em 26 de novembro de 1922. Com a reforma desse logradouro, foi transferida para as proximidades do Aquário Municipal, em frente ao número 134 da Avenida Bartolomeu de Gusmão. Em 2006, foi remanejada para o local onde hoje se encontra, integrando-se ao projeto de reurbanização da Praça Vereador Luiz La Scala, entregue em 17 de dezembro.
Localização Endereço Praça Vereador Luiz La Scala Bairro Ponta da Praia
Histórico
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oeta parnasiano, comerciário, revisor do jornal A Tribuna e escriturário da Cia. Docas, Fábio Montenegro nasceu em 26 de janeiro de 1892 em Santos, onde faleceu em 21 de agosto de 1920 – seus restos mortais estão sepultados no Cemitério do Paquetá. Entre 1907 e 1908, foi colaborador da revista O Verso, escrita totalmente em versos, inclusive os anúncios. Criada por um grupo de poetas, a revista foi publicada durante três anos. Em 1912, fundou A Via Láctea, revista literária que circulou durante algum tempo sob sua direção. Patrono da Academia Santista de Letras, publicou um único livro, Jornada Lírica, deixando outros 33 poemas, organizados em Flâmulas, obra editada em 1925 por amigos, em homenagem póstuma.
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Bartolomeu Lourenço de Gusmão Homenageado Bartolomeu Lourenço de Gusmão Categoria monumento Escultor Lorenzo Mazza Iniciativa João Manuel Alfaia Rodrigues Inauguração 7 de setembro de 1922
Descrição da obr a Sobre embasamento circular, encontra-se pedestal, onde está apoiada a estátua, circundado por alegorias que representam as três fases da aviação: o invento do aeróstato, por Bartolomeu de Gusmão; a dirigibilidade aérea, por Santos Dumont, e a travessia do oceano em avião, por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. Na parte posterior do pedestal, encontra-se o busto de D. João V, encimado por um pergaminho, enquanto nas laterais estão estampadas, em alto-relevo, as figuras de Santos Dumont e do Terreiro do Paço, de Lisboa (Portugal) - abaixo delas encontram-se as alegorias. Festões em bronze circundam a inscrição, no mesmo material, afixada no granito. A pedra fundamental do monumento foi assentada pelos aviadores portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho, quando de sua visita a Santos, em 13 de julho de 1922. Os quatro candelabros que compõem a ornamentação da praça, confeccionados na Itália, chegaram a Santos somente em 9 de novembro do ano seguinte, em função de uma greve naquela cidade italiana, e foram inaugurados dez dias depois.
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Car acterísticas Dimensão da obra 8 metros de altura pedestal: 8 metros; 4,60m; 4,60m embasamento: 6,40m de diâmetro; 0,20m estátua: 2 metros; 0,80m; 0,60m busto de D. João V: 1,20m; 1 metro; 0,70m busto de Santos Dumont (alto-relevo): 0,60m; 1 metro; 0,20m Terreiro do Paço de Lisboa (baixo-relevo): 0,60m; 1 metro; 0,20m balão (baixo-relevo): 1,50m; 0,80m alegorias: 0,70m; 0,90m; 0,60m 0,90m; 1,20m; 0,60m pergaminho: 0,80m; 0,70m; 0,20m placa: 0,50m x 0,60m
Dados materiais pedestal: granito embasamento: granito estátua: bronze bustos: bronze baixos-relevos: bronze alegorias: bronze inscrições: bronze placa: bronze
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Histórico
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nventor do aeróstato de ar quente, com o qual ganhou o apelido de ‘padre voador’, Bartolomeu Lourenço de Gusmão nasceu em Santos em dezembro de 1685. Estudou sob orientação do padre Alexandre de Gusmão, cujo sobrenome adotou, assim como parte de sua família, como prova de gratidão. Aos 15 anos viajou para Portugal, onde se formou em Direito Religioso e foi ordenado sacerdote jesuíta. De volta ao Brasil, dedicou-se a seus inventos. O primeiro, em 1707, foi uma bomba elevatória para abastecer o colégio dos padres, no Seminário de Vila Cachoeira, na Bahia, com a água do Rio Paraguaçu - no mesmo ano, apresentou um sistema para bombear água para fora do casco dos navios, inaugurando a automação do sistema de drenagem das embarcações. Em 5 de agosto de 1709, o jesuíta realizou, perante a corte portuguesa, em Lisboa (Portugal), a primeira demonstração da Passarola – mas o balão pegou fogo sem sair do solo. Na segunda, o aeróstato elevou-se a quatro metros de altura e, na terceira, em 8 de agosto de 1709, voou diante dos reis. Realizou várias outras experiências bem-sucedidas, mas, perseguido pela Inquisição, fugiu para a Espanha, onde morreu em 18 de novembro de 1724. Em 2004, por ocasião dos 180 anos de sua morte, as cinzas retiradas de seu túmulo foram transladas para o Brasil e encontramse na cripta da Catedral da Sé, em São Paulo.
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Esculturas Urbanas
Placa
“Preito de Gratidão da Câmara Municipal de Santos À Academia Aeronáutica Bartolomeu de Gusmão em Paris Aéro Club de Portugal em Lisboa Aéro Club Brasileiro no Rio de Janeiro Cooperadores expontâneos deste monumento”
Inscrições “A Cidade de Santos ao seu glorioso filho Padre Bmeu Lourenço de Gusmão o Precursor da Navegação Aérea 1685-1724”
Localização Endereço Praça Rui Barbosa
Bairro Centro Histórico
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Irm達os Andrada
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Esculturas Urbanas
Car acterísticas Dimensão da obra 13,60m de altura
embasamento: 6,60m; 12 metros; 37 metros pedestal: 10 metros; 10 metros; 10 metros conjunto de estátuas: 3 metros; 2 metros; 2 metros mulher alada: 4 metros; 4 metros; 1 metro altos-relevos: dois com 1,80m x 1,30m; quatro (convexos) com 1,80m x 2 metros baixo-relevo: 1,80m x 1,40m brasão: 0,70m; 0,80m; 0,40m
placas: face norte - 0,50m x 0,60m
face sul - 0,65m x 2,07m; 0,40m x 0,60m face leste: 0,40m x 0,60m
Dados materiais embasamento e pedestal: granito conjunto de estátuas, mulher alada, altos-relevos, baixo-relevo, brasão e placas: bronze
Homenageado os irmãos José Bonifácio, Martim Francisco e Antonio Carlos de Andrada e Silva Categoria monumento Mentor intelectual Affonso d’Escragnolle Taunay Escultor Antoine Sartorio Arquiteto Gaston Castel Construção Companhia Constructora de Santos Iniciativa Câmara Municipal de Santos Inauguração 7 de setembro de 1922
Esculturas Urbanas
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Descrição da obr a 30
Ainda hoje considerado um dos mais importantes conjuntos esculturais comemorativos já construídos no Brasil, o Monumento aos Irmãos Andrada foi escolhido mediante concurso internacional. O memorial descritivo é de autoria do ex-diretor do Museu Paulista, Affonso d’Escragnolle Taunay, um dos mais eminentes historiadores paulistas à época e mentor intelectual do empreendimento santista. O monumento foi construído com sua face principal para o norte, posicionando-se em direção à Cidade e ao interior do Estado de São Paulo, e de costas para o sul, onde se encontra a praia – de maneira alegórica, essa posição sinaliza o desligamento da metrópole portuguesa e o interesse pelo que é nacional. Os elementos esculturais do monumento têm caráter evocativo, apresentando as principais cenas históricas em que os Andrada estiveram envolvidos no longo processo de emancipação do Brasil de Portugal. O conjunto é composto em um embasamento elíptico, com o monumento no centro de uma escadaria com motivos decorativos – ela representa a formação nacional brasileira, que se sedimentou gradativamente. Nos quatro cantos da base da escadaria que sustenta a estela principal, destaca-se a face dos tipos raciais que compõem o povo brasileiro: o branco, o índio, o negro e o mameluco. Este último é representado pelo bandeirante, responsável pelo alargamento do Brasil em direção ao interior – foi de Santos que partiram alguns dos primeiros grandes bandeirantes, como Braz Cubas e Luis Martins. A escadaria que sustenta o conjunto apresenta quatro colunelos, nos quais predominam
elementos decorativos inspirados na flora brasileira. Os colunelos são encimados por esferas onde foram gravadas as estrelas do Cruzeiro do Sul e inscritos símbolos que se relacionam com os Andrada, como o maçarico do mineralogista e o castelo dos engenheiros militares. Na escadaria, eleva-se um pedestal circundado de altos-relevos representando cenas da história da Independência e da vida dos Andrada, e, acima, encontra-se a figura da Pátria, de onde emergem os três irmãos. Na vertente norte, domina a estela central do monumento a figura de uma mulher alada, que empunha um gládio e uma coroa de louros (símbolo da vitória) com a mão direita e, com a esquerda, o estandarte da bandeira do Brasil. Acima dela estão os três irmãos, com José Bonifácio, em tamanho ligeiramente maior, a olhar para a frente, em direção a São Paulo. Eles foram representados como se estivessem no ano de 1822 - José Bonifácio com a farda de primeiro-ministro, Martim Francisco em uniforme de coronel de engenheiro e Antonio Carlos na toga de magistrado. Sob a figura alada, encontra-se, em bronze, a dedicatória do monumento: “Santos, em nome do Brasil, a seus filhos imortais, libertadores de um povo. 7 de setembro”. E, abaixo dela, em relevo, o brasão de Santos, à época. Cinqüenta anos depois, em 7 de setembro de 1972, o então ministro da Marinha, Adalberto de Barros Nunes, presta homenagem ao patriarca, oferecendo placa comemorativa com os símbolos da Marinha nacional, afixada abaixo do brasão.
Esculturas Urbanas
Na face sul, encontra-se placa comemorativa com referência a Santos e ao histórico do monumento: “Comissão Executiva do Monumento à Independência e aos Andradas Dr. B. Moura Ribeiro. presidente honorário. Antonio de F. Guimarães Sobrinho. presidente. Carlos L. de Affonseca. vice-presidente. Coronel Joaquim Montenegro. primeiro secretário. Benedicto Pinheiro. segundo secretário. commendador J. M. Alfaya Rodrigues. thesoureiro. Drs. Domingos N. Jaguaribe. Engenio Egas e Benedicto Calixto. Consultores. Fiel ao seu programa de cooperar no engrandecimento desta cidade, a Companhia Constructora de Santos, pelo seu presidente engenheiro Roberto C. Simonsen, deliberou apresentar-se ao concurso internacional de outubro de M.CM.XX. aberto para a erecção d’este monumento, obtendo por unanimidade de votos o primeiro lugar para o projecto que fez organizar pelos snrs: Antonio Sartorio, escultor Gaston Castel. Architecto. e Affonso
D’Escragnolle Taunay. consultor e orientador da parte histórica. ” Abaixo dessa placa, no ano do sesquicentenário, Santos presta homenagem aos irmãos Andrada e à própria cidade, chamada então de “berço da Independência”. Ainda na face sul, foi gravada a inscrição e, acima, as datas de nascimento dos três irmãos, marcadas no centro de um círculo em alto-relevo, ladeado por cones da abundância e coroadas por raios solares. Abaixo, há um altorelevo em bronze, representando a Cidade de Santos em 1763, ano do nascimento de José Bonifácio, baseado em um mapa de 1770, pertencente ao arquivo do Ministério da Guerra. Abaixo da estela principal, foram colocados altos-relevos em bronze, representando cenas da vida dos Andrada, em ordem não-cronológica. Sob cada um dos altos-relevos, foram dispostos pequenos textos, com citações da situação representada.
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No ângulo noroeste, José Bonifácio, com a mão no peito em sinal de respeito, é apresentado à Corte pelo futuro D. Pedro I. A princesa Leopoldina foi representada de costas, ao centro, sentada em uma poltrona estilo récamier, tendo a seu lado D. Pedro, em pé, atrás do qual encontra-se uma figura masculina que representa os altos dignatários da Corte Imperial. O painel conta com a seguinte inscrição: “José Bonifácio nomeado primeiro-ministro. “Para vos servir, Senhor, e convosco melhor à Pátria”. 16 de Janeiro de 1822.” No ângulo nordeste, os três irmãos embarcam, presos, para as fortalezas da barra do Rio de Janeiro, de onde partiram para o exílio. Nesse painel vê-se Martim Francisco ao centro, com olhar taciturno, a seu lado José Bonifácio mira o horizonte, estando Antonio Carlos atrás. Do lado esquerdo do painel, uma composição alegórica mostra em primeiro plano um escravo remando e, ao fundo, a silhueta do Pão de Açúcar, indicando que as terras brasileiras ficavam para trás. A peça apresenta a inscrição “Os Andradas partem para o exílio. “Soberano do mundo, eu te saúdo”. 13 de novembro de 1822.”
Na face oeste, o painel com a inscrição “Antonio Carlos no calabouço. “Perdão? Só peço a Deus; do rei quero justiça!” ”, representa Antonio Carlos preso na Bahia, tendo o pé preso a um grilhão e uma das mãos erguidas, em um gesto de discurso moral. Abaixo do painel encontra-se a data de 22 de agosto de 1921, quando foi assentada a pedra fundamental do monumento, pelo presidente da república, Epitácio Pessoa.
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Já no ângulo sudeste está Antonio Carlos na tribuna das Cortes Portuguesas, defendendo os interesses do Brasil frente aos deputados portugueses – ele se encontra do lado esquerdo do baixo-relevo, de pé, com os braços cruzados e olhar enfurecido, em um gesto de afronta. No centro da composição, quatro personagens ao fundo olham surpresos e indignados, e outros, à direta, em primeiro plano, mais exaltados e com ares agressivos, cerram os punhos contra o corajoso orador. O painel conta com a inscrição “ “Silêncio desta tribuna até os reis tem que ouvir”. 22 de maio de 1822.” No ângulo sudeste, Martim Francisco e José Bonifácio, em sessão do Conselho de Estado,
entregam à princesa regente Leopoldina carta destinada a D. Pedro, instigando-o a proclamar imediatamente a Independência do Brasil. Do lado esquerdo do bronze, encontra-se a princesa com uma pluma na mão, em sua mesa de trabalho, recebendo a carta de Martim Francisco, e, atrás dele, José Bonifácio olha para a soberana. Atrás da princesa estão dois outros próceres da Independência presentes ao Conselho do Estado, provavelmente José Clemente Pereira e Luis Pereira da Nóbrega. Lê-se na inscrição: “ “Se tem que fazer, Senhora, que se faça já”. Agosto de 1822.”
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Na face leste do monumento, onde se encontra a inscrição “José Bonifácio e D. Pedro II menino. “Meu imperador e meu filho”. 8 de abril de 1831”, José Bonifácio, nomeado por D. Pedro I tutor de seus quatro filhos, levanta nos braços D. Pedro II, circundado pelas três pequenas princesas. Há ainda placa com a seguinte inscrição: “Pelo presidente do Estado de São Paulo, o exmo. snr. Dr. Washington Luis Pereira de Souza, foi inaugurado este monumento em VII de setembro de MCMXXII.” Também na face leste encontra-se a assinatura de Sartorio, aos pés dos personagens, à esquerda da composição. Do outro lado está a inscrição H. Rouard, o fundidor que preparou os bronzes. A assinatura do dono da pedreira que forneceu o material para a obra está ao lado de um dos primeiros degraus voltados para o leste – Longobardi e filho cantaria. O ano da proclamação da Independência encontra-se na face norte, circundado pelas condecorações da Ordem do Cruzeiro, à esquerda, e da Ordem do Cristo, à direita. Da primeira, Antonio Carlos foi grão-cruz, ao passo que Martins Francisco e José Bonifácio pertenceram à segunda, este último também na qualidade de grão-cruz. O conjunto arquitetônico e escultural recebeu ainda placa referente às obras de revitalização da praça, ocorrida em 2000. A idéia de homenagear os Andrada começou em 1862, quando a Câmara de Santos discutiu a proposta com o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O assunto voltou à pauta do Legislativo em 1888, mas só em 10 de setembro de 1893 é votada a lei nº 173, que previa a criação da Comissão Executiva do Monumento a José Bonifácio - os estatutos, entretanto, foram publicados apenas em 6 de março de 1915, no Diário Oficial do Estado de São Paulo. Em 19 de setembro de 1919, foi aberto concurso internacional para a construção do monumento, a princípio, na Praça José Bonifácio. Onze trabalhos foram entregues até 15 de abril de 1920 e expostos, de 6 a 28 de outubro, em amplo armazém no cais. Além do projeto de Sartorio e Castel, também participaram Victor Brecheret, Nicola Rollo, Giulio Starace, Amadeu Zani, Ettore Ximenes, Leão Velloso, Ricardo Cipicchia, Roberto Etzel e Luigi Contratti. O júri era composto por Antônio de Freitas Guimarães, presidente da Comissão Executiva; Max Fleuiss e Petrus Verdiem, delegados do Governo Federal, e Benedicto Calixto e Oscar Pereira da Silva, representantes da Câmara Municipal. A pedra fundamental foi assentada em 22 de agosto de 1921, na presença do presidente da república, Epitácio Pessoa, e do presidente do Estado de São Paulo, Washington Luis. Nessa mesma data, o presidente lançou a construção de outros prédios públicos em Santos, entre eles o panteão dos Andrada e o edifício da Associação Comercial.
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Histórico de Santos rumo a São Paulo - às margens do Riacho do Ipiranga, ele desembainhou a espada e proclamou o famoso grito Independência ou Morte. Alvo de conspiradores em decorrência de sua enorme influência política, os três irmãos demitem-se dos cargos que ocupavam e partem em 1823 para o exílio na França, onde permanecem até 1829. De volta ao Brasil, José Bonifácio acompanha a abdicação do imperador em 7 de abril de 1831, é nomeado tutor de seus filhos, entre eles D. Pedro II, e funda, com os irmãos, o partido Caramuru, ou Restaurador. Novas intrigas, entretanto, levam à destituição da tutoria e a novo exílio em sua casa, na Ilha de Paquetá (RJ). Julgado como traidor da pátria, é absolvido por unanimidade em 1835 e morre três anos depois, a 6 de abril, em Niterói (RJ). Formado, Antonio Carlos retorna ao Brasil, sendo nomeado juiz em Santos e, em 1815, ouvidor e corregedor da Comarca de Olinda, (Pernambuco). Envolveu-se na Revolução Pernambucana em 1817, foi preso por quatro anos e condenado à morte por traição, mas acabou solto em 1821. Com o Movimento Constitucionalista, foi eleito deputado às Cortes de Lisboa pela Província de São Paulo, onde defendeu os interesses brasileiros. Morreu em Santos, a 5 de dezembro de 1845. Martim Francisco formou-se em Matemáticas e, de volta a São Paulo, em 1800, inicia pesquisas mineralógicas e geológicas, lecionando filosofia, ciências exatas, francês e latim.
F
ilhos de um bem-sucedido comerciante, exportador de açúcar e coronel do Regimento de Dragões Auxiliares da Capitania de São Paulo, e de uma mulher dedicada às obras de caridade, os irmãos Andrada nasceram em Santos - José Bonifácio, o ‘Patriarca da Independência’, no dia 13 de junho de 1763; Antonio Carlos em 1º de novembro de 1773 e Martim Francisco, a 27 de junho de 1775. Os três estudaram em Coimbra (Portugal). O primogênito formouse em Direito e Filosofia, ingressou em 1788 na Academia Real de Ciência de Lisboa (Portugal) e partiu, dois anos depois, para uma longa viagem de estudos científicos pela Europa, onde aperfeiçoou seus conhecimentos como naturalista e mineralogista. José Bonifácio ocupou vários cargos administrativos importantes em Portugal, onde permaneceu até 1819. No ano seguinte, já de volta ao Brasil, foi indicado para conselheiro de D. João VI, sendo o responsável pela criação de uma Universidade Parcial de Ciências Naturais, de uma Sociedade Econômica da Província de São Paulo e de uma Academia de Agricultura. Verdadeiro guia político do País e mentor do monarca, foi ele quem aconselhou D. Pedro a proclamar a independência do País, em carta que enviou ao príncipe regente, que saíra
Localização Endereço Praça da Independência Bairro Gonzaga
Com a transformação das capitanias em províncias, integrou a Junta Provisória do Governo de São Paulo e, em julho de 1822, foi nomeado ministro da Fazenda. Em 1834, foi deputado por Minas Gerais e, quatro anos depois, reeleito em São Paulo. Na sequência, assumiu o Ministério da Fazenda. Faleceu em Santos, a 23 fevereiro de 1844.
Legislação incidente O Monumento Comemorativo da Independência do Brasil em Glorificação aos Irmãos Andrada está protegido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio de Santos (Condepasa), por meio da Resolução SC 02/97, de 20 de maio de 1997, Livro Tombo 01, inscrição 25, folha 5, Processo nº 11.329/96-30.
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Esculturas Urbanas
Fundadores da Companhia Docas de Santos
Homenageado Eduardo Cândido Gaffrée e Eduardo Palassin Guinle Categoria monumento Escultor Lorenzo Mazza Iniciativa Companhia Docas de Santos Inauguração 19 de novembro de 1934
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Car acterísticas
Descrição da obr a A base do conjunto escultórico é constituída de três partes – embasamento, pedestal e conjunto de estátuas. O embasamento, circular, é formado por três degraus, enquanto a base, de linhas retas e formato irregular, avança no sentido horizontal em relação ao eixo central do pedestal, na parte frontal do monumento, formando uma plataforma. Sobre esta, encontra-se o conjunto de bronze representando o embarque de café em um navio. O lado esquerdo da base também avança, formando outra plataforma onde está a figura simbólica da navegação. Do lado direito, seguindo a mesma estética da base, encontra-se a figura alusiva ao comércio. Um grande eixo ergue-se no centro do monumento, sobre o qual está o conjunto, em bronze, dos dois homenageados: a figura de Gaffrée em pé, tendo Guinle ao lado, sentado em uma cadeira. Nesse mesmo pedestal, atrás do grande barco, está representado, em alto-relevo, um grupo de trabalhadores. Na posição oposta, nesse mesmo pedestal, há outro alto-relevo, com inscrição, mostrando o primitivo porto.
InscriçÃO “1888 - 1928 - Homenagem da Companhia Aos seus fundadores Homenagem da Companhia Docas de Santos.”
Placa “Aos fundadores da Companhia Docas de Santos Homenagem do Sindicato dos Portuários de Santos 28 de julho de 1938.”
Dimensão da obr a 8 metros de altura embasamento: 15 metros de diâmetro; 0,45m de altura pedestal: 5,75m; 7,80m; 7,80m estátua: 1,80m; 1,50m; 1,50m alegoria à navegação: 1,70m; 0,90m; 1,10m alegoria ao comércio: 1,70m; 0,90m; 0,90m alegoria ao embarque de café: 2,80m; 2,10m; 2,60m placa: 0,25m x 0,40m alto-relevo: 1,85m; 2,30m; 0,26m
Dados materiais embasamento: granito pedestal: granito róseo estátua: bronze alegorias: bronze placa: bronze alto-relevo: bronze
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Histórico 40
E
m 17 de novembro de 1926, a Companhia Docas de Santos solicitou ao então prefeito José de Souza Dantas permissão para erigir monumento aos empresários Gaffrée e Guinle, responsáveis pela construção do porto no final do século XIX. O decreto nº 9.979, de 12 de julho de 1888, celebrando contrato para a construção de cais e exploração do porto pelo prazo de 39 anos, foi assinado pela princesa Isabel. Dois anos depois, em 7 de novembro, o contrato foi prorrogado para 90 anos. O primeiro trecho de cais, com 260 metros, construído entre a Rua Braz Cubas e a área em frente à Estação São Paulo Railway (Valongo), foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1892, com a atracação do navio inglês Nasmyth, de Liverpool (firma Lamport e Holt, Inglaterra). Santos tornava-se, então, o primeiro porto organizado do País. O monumento a Gaffrée e Guinle foi erguido no local dos antigos trapiches, onde foram realizados os primeiros embarques. No local, existiu o Arsenal da Marinha, responsável pela construção de barcos e navios.
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Localização Endereço Praça Barão do Rio Branco Bairro Centro Histórico
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A Ninfa com a Concha Homenageado ninfas Categoria estátua Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 26 de janeiro de 1939
Inscrição “A ninfa com a concha, de Antonine Coysevox escultor francês do séc. XVII.”
Descrição da obr a Assentado sobre um pedestal retangular, o conjunto escultórico é a representação de uma ninfa, divindade feminina da mitologia grega. Vestida com uma túnica e envolta em panejamento, ela está sentada lateralmente e tem ao lado direito um vaso, e, ao esquerdo, um cântaro caído, de onde escorre água. Sua mão esquerda está apoiada no panejamento e a direita segura uma concha, como se estivesse colhendo a água do cântaro. A escultura é réplica da estátua que está nos Jardins do Palácio de Versailles (França), de autoria do escultor Antoine Coysevox, do século XVII. Ela foi inaugurada em 26 de janeiro de 1939, data do primeiro centenário de elevação de Santos à categoria de cidade, juntamente com o Palácio José Bonifácio, sede da Prefeitura, projeto do arquiteto Plínio Botelho do Amaral, e as obras de remodelação da Praça Mauá.
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Esculturas Urbanas
Car acterísticas Dimensão da obra 2,14m de altura estátua: 1,14m; 1,88m; 0,80m pedestal: 1 metro; 2,04m; 1 metro placa: 0,45m x 0,53m
Dados materiais estátua: bronze pedestal: granito placa: bronze
Histórico
Localização
estátua da ninfa é uma versão representativa das ninfas náiades que, na mitologia grega, vivem em fontes e rios.
Endereço Praça Visconde de Mauá Bairro Centro Histórico
A
Placa “Construção de sanitário público e reurbanização da Praça Mauá. Santos, 02 de setembro de 1988 Prefeito Municipal: Oswaldo Justo”
Esculturas Urbanas
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Marco Distrital de Santos Descrição da obr a
Categoria monumento Iniciativa Adhemar Pereira de Barros Inauguração 12 de outubro de 1940
Em forma de trapézio, o monumento foi confeccionado em granito preto polido, de Piracicaba (SP). O Marco Distrital Padrão está guardado no interior da peça, vedado em um tubo de manilha, concretado a 35 centímetros abaixo do nível do solo. Possui no topo uma calota esférica de bronze com dois sulcos em cruz, assinalando o ponto zero, exato.
Car acterísticas Dimensão da obra 1,20m de altura
peça: 1,12m; 0,65m; 0,40m base: 0,08m; 0,70m; 0,70m placa: 0,60m x 0,30m Dados materiais peça: granito preto base: granito preto polido placa: bronze
Localização Endereço Praça Visconde de Mauá Bairro Centro Histórico
Histórico
O
Marco Distrital de Santos - ou marco zero - foi o primeiro a ser implementado para fins de cadastro imobiliário no Estado de São Paulo. O pequeno monumento, de propriedade da Procuradoria do Patrimônio Imobiliário e Cadastral do Estado de São Paulo, foi inaugurado em cumprimento ao Decreto nº 10.397, de 12 de fevereiro de 1940. Ele é o ponto de referências planimétricas da Cidade e geodésicas gerais, e para os serviços de topografia de Santos. Está amarrado à rede de triangulação do Estado e ao sistema nacional de referência por intermédio do vértice do Monte Serrat. A torre da igreja do Monte Serrat já foi tomada inclusive como base, em 1876, para a planta hidrográfica da Barra de Santos, levantada pelo capitão-de-fragata barão de Teffé. As referências da posição do marco distrital são as seguintes: longitude 46º 19’ 43” oeste de Greenwich; latitude 23º 56’ 03” sul; altitude 4,445 metros sobre o nível do mar.
Placa “P.P.I.C. Estado de S. Paulo, Marco Distrital de Santos, o primeiro que se plantou para serviços técnicos do Cadastro Imobiliário do Estado. Foi instalado na presença dos Exmos. Snrs. Dr. Adhemar Pereira de Barros, Interventor Federal, a quem se deve a iniciativa, Dr. José de Moura Resende, secretário da Justiça e Negócios do Interior, e Dr. Cyro de Athayde Carneiro, Prefeito Municipal. X. MCMXL.”
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Esculturas Urbanas
O Pescador
Homenageado pescadores de Santos Categoria estátua Escultor Ricardo Cipicchia Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 1941
Descrição da obr a A estátua, assentada sobre pedestal, retrata o pescador no momento de lançar a tarrafa. Representada com chapéu de palha, calças dobradas na altura dos joelhos e camisa com mangas arregaçadas, a figura parece atenta a um cardume. Apresenta pés em volume maior, fortemente plantados no chão.
Histórico
E
scultura folclórica, o pescador é uma das tradições praianas e figura constante nas praias santistas até meados do século passado. A estátua, confeccionada durante a gestão do alcaide santista Antônio Gomide Ribeiro dos Santos (1941 a 1945), foi inaugurada em frente ao Instituto Dona Escolástica Rosa (bairro Aparecida). Com a reurbanização do bairro José Menino, a estátua foi transferida, em 1961, para o canteiro central na Avenida Presidente Wilson, na divisa com São Vicente. Atingida acidentalmente por um caminhão do Corpo de Bombeiros, foi recuperada e instalada no local atual, em frente ao ferry-boat, em 29 de junho de 1976.
Localização Endereço canteiro central da Avenida Saldanha da Gama, em frente ao número 200 Bairro Ponta da Praia
Car acterísticas
Placas
Dimensão da obra 3,10m de altura estátua: 2 metros; 1,30m; 1,25m pedestal: 1,10m; 1,40m; 1,40m placas: 0,40m x 0,60m; 0,14m x 0,50m Dados materiais estátua: bronze pedestal: concreto placas: duas, em bronze
“Prefeitura Municipal de Santos Homenagem a Laboriosa Classe dos Pescadores Federação das Colônias de Pescadores do Estado de São Paulo Prefeito Municipal – Dr. Antonio Manoel de Carvalho 29 de junho de 1975” “Diretoria em 29-06-75
Presidente: Plínio Cardoso Secretário: José Colletti Tesoureiro: José Pinto Chaves
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Relógio de Sol Categoria monumento Projeto e orientação técnica Dalberto de Moura Ribeiro Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração meados da década de 1940
Car acterísticas Dimensão da obra 8 metros de diâmetro Dados materiais Estrutura em cimento, estuque, metal e mosaico português
Informações existentes Latitude – 23º 56’ S Longitude – 3º 10’ - RJ SANTOS
Localização Endereço
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Descrição da obr a
Histórico
O relógio de sol ocupa um quadrante horizontal sobre o canteiro e possui quatro esferas com a indicação de cada um dos pontos cardeais – norte, sul, leste e oeste. O quadrante possui 47 raios e um mostrador formado por um estilete de metal, que substitui a seta original. A extensão da sombra sobre os raios, à proporção que o sol sobe ou declina pelo movimento de rotação da Terra, indica a hora, a meia hora e os quartos de hora, entre as 6 e as 18 horas. A leitura é feita da direita para a esquerda do observador. No mostrador, constam também as coordenadas (latitude e longitude) de Santos, relativas à posição do Rio de Janeiro, antiga capital federal - Latitude 23 56 5; Longitude 3 10 RJ Os cálculos zenitais foram feitos com teodolito e as diferenças horárias, retificadas por Valdomiro Loebb, que marcou a direção da seta baseada nas coordenadas de Santos, cuja principal é paralela à Avenida Ana Costa. O relógio de sol foi idealizado durante o governo do prefeito Antônio Gomide Ribeiro dos Santos (1º/7/1941 a 31/8/1945) e sua confecção ficou a cargo de um oficial pedreiro da Administração Municipal.
riado pelos egípcios há mais de quatro mil anos, o relógio de sol marca as horas por meio de uma sombra que o sol produz sobre uma haste (gnômon) fixada no chão. Os babilônios aperfeiçoaram o instrumento, inclinando a haste em direção à Estrela Polar, no Pólo Norte, o que diminuiu a margem de erro. O mais antigo relógio de sol conhecido foi construído por volta de 1.500 a.C. no Egito, à época de Tutmosis III – era em pedra, na forma de um T, com cerca de 30 centímetros, onde se fixava, perpendicularmente, outra peça do mesmo comprimento.
C
jardim da praia, em frente ao número 27 da Avenida Vicente de Carvalho
Bairro Boqueirão
Esculturas Urbanas
Martins Fontes Homenageado José Martins Fontes Categoria herma Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa Rotary Club e amigos do homenageado Inauguração 23 de junho de 1941
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 68 da Avenida Presidente Wilson Bairro José Menino
Histórico
P Car acterísticas
inscrição
Dimensão da obra
“A Martins Fontes sua terra e sua gente 23-6-1941”
2,60m de altura herma: 0,70m; 0,40m; 0,40m pedestal: 1,65m; 0,50m; 0,48m base: 0,25m; 0,90m; 0,72m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito base: alvenaria
Descrição da obr a A herma encontra-se sobre pedestal de granito formado por base retangular e peça em forma trapezoidal. O homenageado foi representado com um cravo na lapela, símbolo do amor, paixão e liberdade. O nome do artista encontra-se gravado em relevo, no lado esquerdo da herma. A peça foi instalada em frente à casa onde Martins Fontes morou durante a adolescência e parte da vida adulta.
oeta parnasiano, Martins Fontes nasceu em Santos, a 23 de junho de 1884, e aos oito anos teve seus primeiros versos publicados em A Metralha, um jornal manuscrito. Aos 16 anos, lê uma composição de sua autoria na inauguração do monumento construído próximo à Biquinha, em São Vicente (SP), em comemoração ao 4º centenário do Descobrimento do Brasil. Formou-se em Medicina aos 22 anos e durante todo o curso foi colaborador de jornais, revistas e periódicos. Em 1910, foi auxiliar de Osvaldo Cruz na campanha de saneamento do Rio de Janeiro. De retorno a Santos, atuou na Santa Casa, onde se especializou em doenças pulmonares. Mudou-se para Paris (França) em 1914, fundando, com Olavo Bilac, uma agência para serviços de propaganda dos produtos brasileiros na Europa e em outros países. Três anos depois, publica Verão, seu primeiro livro de poesias. Em 1924, tornase correspondente da Academia das Ciências de Lisboa (Portugal). É patrono da cadeira nº 26 da Academia Paulista de Letras. ‘Como é bom ser bom’ é considerado seu verso mais famoso e um verdadeiro lema da vida de Martins Fontes, que morreu em Santos, a 25 de junho de 1937.
Esculturas Urbanas
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Esculturas Urbanas
Vicente de Carvalho Homenageado Vicente Augusto de Carvalho Categoria estátua Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 21 de julho de 1946
Esculturas Urbanas
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Dimensão da obra 4,20m de altura
estátua: 3,17m; 0,90m; 1,40m pedestal: 2,64m; 2,90m; 2,90m placas: 0,20m x 0,40m
Características
0,20m x 0,35m
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Dados materiais estátua: bronze pedestal: granito placas: duas, em bronze
Placas “Mar, belo mar selvagem ............................................. Ah! Vem daí, por certo, A voz que sinto em mim. .............................................. O olhar que te olha só te vê rolando A esmeralda das ondas, debruada Da leve fimbria de irisada espuma”... “Vicente de Carvalho “O poeta do mar” Santos * 1866 † 1924 Prefeitura Municipal de Santos Secretaria de Cultura 1991”
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Esculturas Urbanas
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Descrição da obra 52
O
conjunto escultórico é formado por duas partes: estátua e pedestal. A estátua representa o poeta em pé, meditativo, recostado a uma pequena muralha e nela pousando o braço esquerdo, enquanto a mão direita segura um livro fechado. Já o pedestal onde a escultura se encontra apoiada é composto pelos seguintes elementos: à frente, aos pés do poeta, grandes relevos simbolizam as ondas do mar; atrás, ergue-se uma pequena muralha e, em cada lateral, encontra-se a figura de uma ninfa, figura mitológica do amor e da beleza feminina. O nome do artista está esculpido em relevo, no granito, na parte posterior do pedestal, cujas laterais receberam as placas - a maior, com a poesia, do lado direito. Inaugurada na antiga Praça do Boqueirão, a estátua foi transferida para a construção da pérgola, inaugurada em 26 de janeiro de 1957. Com a mudança, ocorrida no final do ano anterior, o conjunto foi assentado em posição invertida, de frente para a avenida.
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Histórico V
icente Augusto de Carvalho nasceu em Santos (SP) a 5 de abril de 1866, formando-se em Direito aos 20 anos. Abolicionista e republicano, defendia ardorosamente suas idéias em jornais da Capital e de Santos, entre eles O Jornal, um dos periódicos que fundou. Em 1885, publicou Ardentias, seu primeiro livro de poesias, e, três anos depois, Relicário. Eleito deputado estadual, integrou, em 1891, a comissão responsável pela Constituição. No ano seguinte, foi nomeado para a Secretaria do Interior, mas deixou o cargo por ocasião do golpe de estado liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca. Dedicou-se então à plantação de café em Franca (SP), retornando a Santos em 1901, quando passou a advogar e a administrar a firma de navegação que fundou em 1902, em Ribeira de Iguape (SP). Devido à infecção provocada por um fe-
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rimento na mão ocorrido durante uma pescaria, teve o braço esquerdo amputado em 1907. No ano seguinte, publicou Poemas e Canções, considerada sua maior obra. De 1914 a 1920, atuou como ministro do Tribunal do Estado e foi jurisconsulto de renome. Denominado ‘poeta do mar’, tinha na natureza e na beleza das ondas sua principal inspiração. Foi eleito para as academias Brasileira (1909) e Paulista de Letras (1911). Com o envio de carta ao então presidente da república Epitácio Pessoa, em 1921, conseguiu o aforamento das praias para a população, sob guarda da Prefeitura e Câmara, evitando que fossem vendidas a particulares. Faleceu em Santos a 22 de abril de 1924 e seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Paquetá.
Esculturas Urbanas
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 31 da Avenida Vicente de Carvalho Bairro Boqueirão
Esculturas Urbanas
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Cristo Redentor Categoria estátua Escultor Escultura Labor Iniciativa Igreja Nossa Senhora Aparecida Inauguração 16 de setembro de 1937
Descrição da obr a A estátua é uma réplica, em menor escala, do Cristo Redentor, inaugurado a 12 de outubro de 1931 no Morro do Corcovado, Rio de Janeiro - o projeto, escolhido em 1923, é do engenheiro Heitor da Silva Costa; o desenho final do monumento, de Carlos Oswald e a execução, do escultor Paul Landowski, responsável pela confecção das mãos e da cabeça em seu ateliê, na França. A peça santista foi confeccionada para a antiga Igreja de Nossa Senhora Aparecida e colocada no alto de sua torre. Com a demolição da igreja para a construção de uma nova, a estátua foi assentada, em 26 de setembro de 1992, na praça onde hoje se encontra.
Car acterísticas Dimensão da obra 5 metros de altura estátua: 2 metros pedestal: 3 metros; 1,60m; 1,60m placa: 0,15m x 0,30m
Dados materiais estátua: cimento/argamassa pedestal: alvenaria revestida de pedra placa: alumínio
Placa “Inaugurado em 26–09–1992 após missa celebrada por S. Exmo. Revmº D. David Picão.”
Localização Endereço Praça Nossa Senhora Aparecida Bairro Aparecida
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Atleta Náutico Santista A Histórico
Homenageado esportista santista Categoria estátua Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 1º de setembro de 1946
eleição de Santos, em 1955, como o município mais desportivo do Brasil, motivou redatores e diretores da área esportiva, assim como populares, a reivindicarem a construção de um marco alusivo ao título. Promovida pelos jornais A Tribuna e O Globo, e a Rádio Globo, os dois últimos do Rio de Janeiro, a pesquisa envolveu 2.373 municípios. O local do marco foi escolhido por reunir vários clubes, que revelaram grandes esportistas nas mais diferentes modalidades, e, com o passar dos anos, tornou-se referência para acontecimentos esportivos.
Car acterísticas Dimensão da obra 5,50 metros de altura estátua: 3 metros; 0,80m; 1,50m pedestal: 2,50m; 1,90m; 1,90m placas: 0,25m x 0,35m; 0,25m x 0,40m
Dados materiais estátua: bronze pedestal: granito placas: duas, em bronze
Placas “O Globo e a Rádio Globo declaram Santos o ‘município mais desportivo do Brasil’ - 1945”
Descrição da obr a Pedestal de granito com figuras em relevo em suas quatro faces, representando as modalidades náuticas de salto, natação, remo e pólo-aquático. Sobre a peça de granito, encontra-se a estátua de um atleta – com o braço direito estendido para o alto, ele segura uma coroa de louros, símbolo de honra e vitória, e, na esquerda, traz uma águia, que representa a paciência, tenacidade e o poder, qualidades necessárias ao esportista. Sobre a placa afixada à frente, no pedestal, encontra-se o símbolo das olimpíadas, esculpido no granito. A estátua, inspirada nos traços grecoromanos, foi inaugurada com a urbanização da avenida, com os atletas náuticos fazendo uma cúpula de remos, sob a qual passaram o então prefeito Antônio Gomide Ribeiro dos Santos e demais autoridades.
Localização Endereço canteiro central da Avenida Saldanha da Gama, em frente ao número 44 Bairro Ponta da Praia
“Santos contribuiu para a vitória brasileira no Campeonato Sul-americano de natação e saltos, efetuado em Montevidéu, em fevereiro de 1958. Adalberto Mariani – técnico Henriqueta Moscatielo Marion Mathilde Meier Marlene Blanco Judith Russo Manoel dos Santos Júnior João Augustinho de Almeida Daltely Guimarães Santos, 27 de abril de 1958.”
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Leão e Leoa Categoria escultura Escultor leoa - alunos do curso de Artes Plásticas do Instituto Dona Escolástica Rosa, sob orientação de Gildo Zampol leão - Segismundo Fernández Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração leoa - 1951 leão - agosto de 1954
Histórico
O
leão foi projetado pelo escultor Segismundo Fernández, proprietário da Escultura Labor, a pedido da Prefeitura, em virtude de melhoramentos realizados na orla pela Administração. A outra escultura já se encontrava nos jardins da praia desde 1951 - na verdade, trata-se da figura de um jaguar.
Localização
Car acterísticas Dimensão da obra leão: 1,20m; 0,60m; 2,40m leoa: 1,26m; 1 metro; 1,70m Dados materiais estátuas: concreto
Endereço jardim da praia, em frente aos números 22 (leão) e 38 (leoa) da Avenida Presidente Wilson Bairro Gonzaga
Descrição da obr a O leão encontra-se em pé, em posição de marcha, com as mandíbulas abertas, representando seu estado de alerta. Já a leoa, sentada sobre uma base, com o rabo em torno das patas, demonstra estar acessível ao contato.
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Ruy Barbosa Homenageado Ruy Barbosa Categoria herma Escultor Roque de Mingo Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 12 de novembro de 1949
Car acterísticas Dimensão da obra 3,50 metros de altura herma: 0,70m; 0,50m; 0,45m pedestal: 2,80m; 1,75m; 1,75m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito polido inscriçâo: bronze
Inscrição “Santos a Rui Barbosa no centenário de seu nascimento 1849 5–XI–1949 Gênio da Raça”
Histórico
C
onsiderado um dos mais eminentes juristas de seu tempo, com fama e renome internacionais, Ruy Barbosa de Oliveira nasceu em Salvador (BA) a 5 de novembro de 1849. No Governo Provisório do marechal Deodoro da Fonseca, serviu como ministro da Fazenda e viajou, em 11 de fevereiro de 1890, para Santos (SP), para tratar da construção de armazéns alfandegados. Permaneceu três dias na cidade e transformou dependências da Associação Comercial de Santos em seu local de trabalho. Eleito senador em várias ocasiões, dirigiu, em 1893, o Jornal do Brasil, em substituição a Joaquim Nabuco. Em 1907, chefiou a delegação brasileira à Conferência de Paz em Haia (Holanda), que reuniu 48 países, onde sua destacada atuação lhe valeu o apelido de ‘Águia de Haia’. Foi presidente da Academia Brasileira de Letras, o responsável pelo ato histórico da entrada do Brasil na Primeira Guerra Mundial, exerceu várias missões oficiais e trabalhou em inúmeros órgãos de imprensa, alguns dos quais fundou. Faleceu em Petrópolis (RJ), a 1º de março de 1923, deixando vasta obra nos campos da literatura, administração, economia e direito. Em reconhecimento a sua genialidade e feitos, Santos erigiu busto por ocasião do centenário de seu nascimento, inaugurado durante extensa programação.
Localização Endereço Praça Belmiro Ribeiro Bairro Vila Mathias
Descrição da obr a A herma encontra-se sobre uma coluna de granito, apoiada em dois blocos de altura e tamanho distintos, sustentados por uma base quadrada de concreto, que formam o pedestal. O nome do escultor está gravado, de forma abreviada, na lateral direita da herma. A inscrição, em bronze, foi afixada à frente, no pedestal, e, abaixo dela, está presente a figura de uma águia, esculpida no granito, alusão à alcunha que Ruy Barbosa recebeu após sua atuação na Conferência de Paz em Haia (Holanda), em 1907. A ave tem à frente do corpo, seguro pelas patas, um livro aberto, símbolo do conhecimento.
Esculturas Urbanas
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Nossa Senhora de Fátima Homenageado Nossa Senhora de Fátima Categoria escultura Escultor Heitor Usai Iniciativa padre Roberto Drumond Gonçalves Inauguração 13 de dezembro de 1951
Descrição da obr a
Painéis
Pedestal de granito, sobre o qual encontramse as imagens de Nossa Senhora de Fátima e de três crianças, confeccionadas em mármore branco. Em volta do pedestal, há dois painéis com relevos em bronze retratando a aparição de Nossa Senhora e cinco placas no mesmo material.
FRENTE “Era uma senhora mais brilhante que o sol” VERSO ilustração da cena descrita na placa do verso do monumento
Placas FRENTE “Para perpétua memória do milagre do sol, girando no céu de Fátima diante de cerca de 100.000 pessoas, no dia 13 de outubro de 1917” “A S.S. Virgem de Fátima, Senhora do Rosário, os portuários penitentes e devotos”
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LATERAL DIREITA “Homenagem aos fundadores da Companhia Docas, e ao símbolo da S.S. Virgem, a Princesa Isabel, enquanto foi libertadora dos escravos. A mãe dos brasileiros, a primeira que recebeu a “Rosa de Ouro” de Leão XIII, o Papa dos Operários, e a qual decretou as obras deste Porto em 1888.” LATERAL ESQUERDA “Tem pena do coração de tua santíssima mãe que está coberta de espinhos, que os homens ingratos a todo o momento lhe cravam, sem haver quem faça um ato de recuperação para lhos tirar”. (palavras de Jesus a um dos videntes)
VERSO “Para perpétua memória da visão do inferno, na 3ª aparição, em 13 de julho de 1917: “viste o inferno para onde vão as almas dos pobres pecadores. Para as salvar Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu imaculado coração.” “Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente aqueles que mais precisam.” (Nossa Senhora aos videntes)
Esculturas Urbanas
Histórico
Dimensão da obra
A
10 metros de altura estátua: 3 metros; 2 metros; 2 metros pedestal: 7 metros; 2,30m; 2,30m painéis em relevo: dois, com 1,90m x 1,10m
primeira aparição de Nossa Senhora aos pequenos pastores Lúcia, Jacinta e Francisco, ocorrida em 13 de maio de 1917, em Fátima (Portugal), é lembrada nessa iniciativa dos portuários, que, sob orientação do padre Roberto Drumond Gonçalves, formaram comissão para erigir uma estátua. Santos (SP) contribuiu para a concretização do monumento, em especial os portuários. A pedra fundamental, colocada em invólucro calafetado é contendo a relação dos componentes da comissão executiva, foi assentada em 26 de março de 1951. A área escolhida é histórica: o Outeirinho, onde José Bonifácio, o ‘Patriarca da Independência’, iniciou os trabalhos de lavoura contratando homens livres, em 1820, sessenta e oito anos antes da assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel, em 13 de maio de 1888.
Placas frontais: 0,17m x 0,59m; 0,10m x 0,59m
Car acterísticas
lateral direita: 0,22m x 0,59m lateral esquerda: 0,22m x 0,59m verso: 0,36m x 0,59m Dados materiais estátua: mármore pedestal: granito painéis: dois, em bronze placas: cinco, em bronze
Localização Endereço Praça Nossa Senhora de Fátima, junto ao armazém 7 da Codesp Bairro Macuco
Esculturas Urbanas
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Getúlio Vargas Homenageado presidente Getúlio Vargas Categoria herma Escultor Otto Fellner Iniciativa Rádio Cultura de Santos e Rádio Cultura de São Vicente Inauguração 24 de agosto de 1955
Histórico
P
“Presidente Getúlio Dornelles Vargas deu o seu sangue para que não mais corresse o sangue do povo brasileiro, que êle tanto amou como nenhum outro.”
residente da República em quatro ocasiões, de 1930 a 1954, Getúlio Dornelles Vargas nasceu em São Borja (RS), em 19 de abril de 1883. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, foi promotor público, deputado estadual, deputado federal, ministro da Fazenda no governo de Washington Luís e governador do Rio Grande do Sul. Um dos chefes do movimento revolucionário de 1930, assumiu a presidência do Governo Provisório nesse mesmo ano, permanecendo até a promulgação da Constituição de 1934. Eleito pelo Congresso Nacional, permaneceu no Governo Constitucional de 17 de julho de 1934 a 10 de novembro de 1937. Promulgou uma nova Constituição, cujo regime foi denominado Estado Novo, permanecendo na presidência até 1945, data em que convocou eleições. Entretanto, pouco antes do pleito, em 29 de outubro de 1945, foi deposto pelas classes armadas. Voltou à presidência em 31 de janeiro de 1951, por voto popular, mas não concluiu o mandato – suicidou-se em 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, sede do Governo, no Rio de Janeiro (RJ).
Descrição da obr a
Localização
Herma de bronze assentada sobre pedestal em pedra de granito não-polido, de forma retangular. A placa está afixada na parte frontal da base. Getúlio Vargas foi retratado com trajes gaúchos, com camisa e lenço maragato.
Endereço Praça dos Andradas Bairro Centro Histórico
Placa
Car acterísticas Dimensão da obra 1,64m de altura herma: 0,64m; 0,34m; 0,28m pedestal: 1 metro; 0,40m; 0,40m placa: 0,24m x 0,36m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito placa: bronze
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Esculturas Urbanas
Ninfa NÁiAde Categoria escultura Escultor João Baptista Ferri Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 1958
Car acterísticas Dimensão da obra 2,40m de altura ninfa: 2 metros; 0,85m; 0,80m base: 0,40m; 1,10m; 0,90m
Dados materiais ninfa: granito base: alvenaria
Descrição da obr a A escultura, que representa uma ninfa desnuda sentada sobre um degrau, encontra-se apoiada em uma base, no centro de uma fonte. Essa figura mitológica eleva uma ânfora, de onde escorre água que lhe molha o corpo. Inaugurada na Praça José Bonifácio, a peça escultórica foi transferida por interferência dos religiosos da Catedral e desde 31 de maio de 1959 encontra-se no Orquidário. Em seu lugar, na praça, foi construído o monumento Filhos de Bandeirantes, em honra ao soldado constitucionalista.
Localização Endereço Orquidário Municipal, Praça Washington s/nº Bairro José Menino
Esculturas Urbanas
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Júlio Conceição Homenageado Júlio Conceição Categoria busto Escultor Gildo Zampol Iniciativa Sociedade Beneficente Síria Inauguração 12 de novembro de 1942
Histórico
N Car acterísticas
Descrição da obr a
Dimensão da obra
O busto do homenageado está assentado em um pedestal de granito em forma piramidal, cuja parte superior é arrematada por uma outra peça do mesmo material, em tom diferente. A placa com a homenagem foi afixada nessa peça, abaixo do busto, em cujo canto inferior direito, à frente, encontra-se a assinatura do autor. A placa da entidade localiza-se no verso do pedestal. O busto foi confeccionado para a 1ª Exposição de Orquídeas, realizada de 12 a 15 de novembro de 1942 no saguão do Teatro Coliseu. Depois, foi transferido para a Praça Washington, em frente ao Orquidário, e só em novembro de 1960 passou para o interior desse logradouro, onde hoje se encontra.
2,50m de altura busto: 0,85m; 0,51m; 0,34m pedestal: 1,65m; 0,61m; 0,40m placas: 0,15m x 0,30m; 0,15m x 0,25m
Dados materiais busto: bronze pedestal: granito placas: duas, em bronze
Placas “A Júlio Conceição homenagem da cidade de Santos”.
ascido em Piracicaba (SP) a 12 de março de 1864, Júlio Conceição foi o pioneiro da orquidofilia no Brasil e o maior orquidófilo de Santos. Comerciante, bancário e vereador, foi provedor da Santa Casa (1897-1901) e um dos fundadores da Associação Casa da Criança e do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. Proprietário de grandes áreas, criou em 1909, na atual Avenida Conselheiro Nébias, junto à praia, o Parque Indígena - com 22 mil metros quadrados, era um verdadeiro museu da natureza, com espécimes vegetais nacionais e estrangeiros, e aves de variadas espécies. Após seu falecimento,
em 10 de setembro de 1938, o acervo, com cerca de 120 mil plantas, foi adquirido pela Prefeitura para a formação do Orquidário. Foi Júlio Conceição quem trouxe para Santos o lebiste, pequeno peixe da América Central, que criava para ser introduzido nos rios e canais de Santos, a fim de combater larvas de mosquitos. Ele foi o testamenteiro e administrou a herança de João Octávio dos Santos, com a qual foi construído o Instituto Dona Escolástica Rosa, a primeira escola profissionalizante do País e modelo, à época, de atendimento integral a crianças e jovens carentes.
Localização Orquidário Municipal de Santos Endereço Praça Washington s/nº Bairro José Menino
“Sociedade Síria”
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Esculturas Urbanas
Dimensão da obra 2,17 m de altura
herma: 0,67m; 0,80m; 0,37m pedestal: 1,50m; 0,56m; 0,43m placa: 0,22m x 0,36m Dados materiais herma: bronze pedestal: granito placa: bronze
Placa “Joaquim Marques Lisboa. Almte Marquês de Tamandaré. À cidade de Santos a Marinha. 13-12-1957”
Descrição da obr a A herma está assentada sobre um pedestal de granito preto, em forma trapezoidal, com detalhes de arremate retangular nas duas extremidades - o conjunto encontra-se no centro de uma plataforma, com dois degraus. No verso da herma, estão gravadas as iniciais do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), responsável pela concepção e construção. A peça, inaugurada na Praça Amirante Tamandaré (bairro Encruzilhada), foi removida, em 1969, para o jardim da Praia do Embaré. Este é o único monumento instalado no jardim das praias cuja frente está voltada para o mar.
P
Histórico
atrono da Marinha de Guerra do Brasil, Joaquim Marques Lisboa, o almirante Tamandaré, nasceu no Rio Grande (RS) em 13 de dezembro de 1807. Cursou a Academia da Marinha juntamente com Francisco Manuel Barrozo e iniciou carreira naval durante o Império, sendo agraciado com o título de marquês em reconhecimento aos serviços prestados à Pátria. Participou das lutas pela Independência do Brasil e comandou as forças navais durante a Guerra do Paraguai. Faleceu no Rio de Janeiro em 20 de março de 1897. No dia 13 de dezembro de 2004, seu nome foi incluído no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, que se encontra no Panteão da Pátria, em Brasília.
Almirante Tamandaré
Car acterísticas
Homenageado Joaquim Marques Lisboa Categoria herma Iniciativa, concepção e construção Marinha do Brasil Inauguração 13 de dezembro de 1957
Localização Endereço jardim da praia, em frente à Rua Oswaldo Cochrane Bairro Embaré
Esculturas Urbanas
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Filhos de Bandeirantes Homenageado soldado constitucionalista Categoria monumento-mausolÊu Escultor Antelo Del Debbio Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 26 de janeiro de 1956
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Esculturas Urbanas
Esculturas Urbanas
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Car acterísticas Dimensão da obra 15 metros de altura estátua: (soldado sobre o pedestal): 2,50m; 0,60m; 1,50m bandeirante que conduz seus filhos à luta (lateral direita): 1,95m; 0,75m; 1,70m grupo de combatentes: 2,60m; 2,60m; 7 metros nazareno: 1,75m; 0,60m; 0,35m brasão: 0,70m; 0,60m; 0,15m pedestal: 12,5m; 6,40m; 7,36m base: 0,23m; 9,40m; 10,36m porta: 1,85m; 0,70m
Dados materiais estátuas: bronze brasão: bronze pedestal: granito base: granito porta: bronze inscrições: baixo-relevo em granito
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Esculturas Urbanas
Inscrições “IX – VII – MCMXXXII” “Foi governador do Estado de São Paulo, proclamado pelo povo em praça pública, Pedro de Toledo que encarnou as aspirações dos paulistas.”
Descrição da obr a O monumento-mausoléu é composto de base e um grande bloco escultural, com quatro degraus em suas laterais, onde estão apoiadas figuras em bronze que representam a revolução em desenvolvimento: o bandeirante que conduz seus filhos à luta, grupo de combatentes em ação, um herói morto velado pela mulher santista e o nazareno, representando a pureza do ideal da causa. À frente, o bandeirante empunha a bandeira paulista, que um soldado mortalmente ferido beija, em um gesto de grandeza, para, a seguir, tombar no campo de batalha. No alto do monumento, de granada na mão direita, um soldado empunha, com o braço esquerdo estendido, a chama da liberdade. Simbolicamente, representa o soldado do presente projetando luz sobre o futuro, apontando para as gerações dos paulistas um destino de grandeza e glória.
O brasão de São Paulo figura na face principal e sobre ele encontra-se a inscrição com a data do início da Revolução Constitucionalista. Em uma grande lápide encimada por coroa de louros, foram gravados, em baixo-relevo, em dourado, os nomes dos combatentes santistas mortos na revolução: Abel de Carvalho, Afonso de Simone Neto, Alfredo Albertini, Alfredo Shammas, Alfredo Ximenes, Álvaro Pires, Amadeu dos Santos, Anacleto Bernardes, Antonio A. Araújo, Antonio Damin, Antonio Gomes, Antonio Prado, Benedito G. Ricardo, Benedito A. do Nascimento, Carolino Rodrigues, Dagoberto Gasgon, Edgard de Vasconcelos, Eduardo A. dos Santos, Emílio Ribas, Eloy Fernandes, Firmino Barbosa, Godofredo Fraga, Indalécio Costa, Isaías Gomes, Ivampa Duarte Lisboa, Januário dos Santos, João Pinho, Joaquim Alves, João Faria, Lúcio Paim, Manoel Gonçalves, Othoniel M. Ferreira, Pedro Alba,
Pérsio S. Queiroz Filho, Roberto Fernandes, Sebastião Chaves, Sebastião Valentin, Thiago Ferreira e César Mateus. A cripta para o ossuário foi aberta na face principal do monumento, sendo ornada por ramos de louro e pela imagem do apóstolo São Paulo.
Esculturas Urbanas
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Histórico 70
M
ovimento armado ocorrido no País entre julho e outubro, a Revolução Constitucionalista de 1932 tinha por objetivo a derrubada do governo provisório de Getúlio Vargas e a instituição da Constituição, que acabou sendo promulgada dois anos depois - a Lei Magna de 1891 fora derrubada pela Revolução de 1930. Com o término da revolução, Santos (SP) se mobilizou para construir um monumento em homenagem aos filhos mortos pelos ideais da Pátria. Em 1935, a comissão executiva escolheu o projeto do mausoléu, mediante concorrência, cujo edital foi publicado no ano anterior. A pintora Guiomar Fagundes integrou o júri, que escolheu a obra Filhos de Bandeirantes – em segundo lugar ficou IX de Julho, de Galileo Emendabili, cabendo menções honrosas aos projetos Glorificação, de Caetano Fraccaroli, e Non Ducor Duco, de João Baptista Ferri. A obra escultórica foi inaugurada em 1956, no dia do aniversário de Santos (26 de janeiro).
Esculturas Urbanas
Localização Endereço Praça José Bonifácio Bairro Centro Histórico
Esculturas Urbanas
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Padre Champagnat Homenageado padre Marcelino Champagnat Categoria estátua Projeto engenheiro Fernando Guilherme Martins Iniciativa Associação dos Alunos, Ex-alunos, Pais e Mestres do Colégio Santista Inauguração 23 de novembro de 1957
Car acterísticas
Placas
Dimensão da obra
“Ao Beato Marcelino Champagnat fundador da Congregação dos Irmãos Maristas. Homenagem da Associação de Antigos Alunos Maristas de Santos. “Educar uma criança é missão mais sublime do que governar o mundo.” B. Champagnat Santos, 23. 11. 1957“
4 metros de altura
conjunto escultórico: 1,90m; 1,56m; 0,88m pedestal: 1,90m; 2,50m; 1,19m plataforma: 0,20m; 3,85m; 2,53m placas: 0,50m x 0,70m; 0,25m x 0,55m Dados materiais conjunto escultórico: fundição em cimento com acabamento de pintura na cor bronze pedestal: granito plataforma: concreto revestido com granito bruto placas: duas, em bronze
“ “Como a árvore boa do Evangelho é a obra de Champagnat em terras santistas.” Comemoração do 115º aniversário da grande família santista. 1817 1818 1967”
Descrição da obr a Fundido em cimento, com acabamento de pintura na cor bronze, o conjunto escultórico, confeccionado no Rio Grande do Sul, encontra-se sobre base de granito, apoiada em plataforma de dois degraus. Integram o monumento, a estátua do padre Champagnat e a figura de três estudantes carentes, representados sem sapatos. O menino à direita do religioso encontra-se ajoelhado e as três figuras, com fisionomias atentas, estão voltadas para o educador. O monumento foi erguido em comemoração à fundação do Colégio Santista (atual Colégio Marista).
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Esculturas Urbanas
Histórico
F
undador do Instituto Marista, padroeiro dos professores e da educação, e introdutor do canto na escola primária, Marcelino José Bento Champagnat nasceu em 20 de maio de 1789 em Marlhes, na França. Sua biografia registra que ele desistiu de freqüentar a escola no primeiro dia de aula, após presenciar atitude violenta de um professor contra um aluno. Aos 14 anos, resolve se tornar padre, sendo ordenado em 22 de julho de 1816, convicto de que a sociedade deveria ter irmãos educadores para trabalhar com crianças da zona rural. Nomeado vigário na Paróquia de La Valla, resolve executar seu projeto educacional e funda, no ano seguinte, uma escola primária, utilizando-a também como centro para formação de docentes – começava a formação dos Irmãos Maristas. Em 1825, abre Nossa Senhora de l’Hermitage, casa voltada à educação, que abriga mais de 100 pessoas. Afastado da função de pároco, Champagnat passa a se dedicar inteiramente a sua congregação e l’Hermitage torna-se centro de uma rede de escolas primárias, cada vez mais numerosa e melhor organizada. Quando Champagnat morre, em 6 de junho de 1840, em Marlhes, sua Família Marista já contava com 290 irmãos, atuando em 48 escolas primárias. Champagnat foi canonizado em 18 de abril de 1999 pelo papa João Paulo II e sua festa litúrgica é comemorada no dia de seu falecimento.
Localização Endereço Praça Champagnat Bairro Macuco
Esculturas Urbanas
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Santo Antônio do Embaré Categoria estátua Escultor Luiz Morrone Fundição Bronze Artístico Rebellato Ltda. Iniciativa Liga de Santo Antônio do Embaré e Câmara Municipal de Santos Inauguração 17 de março de 1957
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Esculturas Urbanas
Car acterísticas
Dimensão da obr a
Descrição da obr a
4 metros de altura estátua: 3,50m; 0,80m; 0,80m pedestal: 0,50m; 1 metro; 1,20m placa: 0,40m x 0,50m Dados materiais estátua: bronze pedestal: granito placa: bronze
A escultura de Santo Antônio, de corpo inteiro e descalço, repousa sobre uma pedra de granito irregular e não-polida, localizada no centro de uma fonte com oito repuxos de água. A imagem apresenta o braço direito flexionado. A assinatura do responsável pela fundição da peça – Rebellato Ltda. – aparece em uma placa de bronze afixada na mureta que circunda a fonte. O conjunto foi instalado onde antes existia imponente luminária em forma de escultura.
Placa “Monumento ideado pela Liga de Santo Antônio do Embaré e construído pelo povo de Santos para maior glória de Santo Antônio Bispo Diocesano D. Idílio José Soares /Prefeito Municipal Dr. Antonio Feliciano /Presidente da Câmara Municipal Aristóteles Ferreira / Reitor da Basílica Frei Estevão M. de Piracicaba 14 – 10 – 1956.”
Histórico
F
ilho de uma família abastada, Santo Antônio nasceu em Lisboa (Portugal), a 15 de agosto de 1195, com o nome de Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo. Aos 15 anos, entrou para um convento agostiniano, em 1220 ingressou na Ordem Franciscana, trocou o nome para Antônio e viajou para o Marrocos. Foi professor de Teologia e lecionou em várias universidades da Itália e França, indicado pelo próprio São Francisco de Assis. Grande orador, era pregador culto e hábil na conversão. Faleceu em 13 de junho de 1231 na Cidade de Pádua (Itália), e sobre seu túmulo foi erguida uma basílica. Onze meses após sua morte, foi canonizado pelo papa Gregório IX. Vários de seus sermões foram publicados entre 1895 e 1913, e a profundidade de seus textos doutrinários fez com que o papa Pio XII o declarasse, em 1946, ‘doutor da igreja’. Padroeiro dos pobres e santo casamenteiro, o monge franciscano recebe a homenagem dos devotos, anualmente, em 13 de junho.
Localização Endereço Praça Santo Antônio do Embaré Bairro Embaré
Esculturas Urbanas
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João Octávio dos Santos Homenageado João Octávio dos Santos Categoria estátua Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa alunos do Instituto Dona Escolástica Rosa Inauguração 3 de dezembro de 1960
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Esculturas Urbanas
Car acterísticas Dimensão da obra 3,35m de altura estátua: 1,80m; 0,67m; 0,59m pedestal: 1,55m; 1,04m; 1,04m
Dados materiais estátua: granito pedestal: granito inscrições: baixo-relevo no granito
Descrição da obr a A estátua de João Octávio dos Santos, de corpo inteiro, tem ao lado a figura de uma criança, em cujas costas apóia a mão direita, em atitude protetora. As esculturas encontram-se sobre um pedestal formado por três blocos de granito natural, sendo o do centro volumetricamente maior. As inscrições estão à frente, no pedestal.
Inscrição “João Otávio dos Santos fundou sob a égide do nome materno o Instituto Escolástica Rosa. Gratidão do povo de Santos 1960”
Histórico
C
riador do Instituto Dona Escolástica Rosa, primeira escola profissionalizante do Brasil, João Octávio dos Santos foi um dos mais importantes abolicionistas de Santos (SP), provedor da Santa Casa de Misericórdia dessa cidade durante 16 anos e grande benemérito do hospital. Filho natural da ex-escrava Escholástica Rosa de Oliveira, nasceu a 8 de março de 1830 em Santos, onde faleceu em 9 de julho de 1900 – seus restos mortais encontram-se sepultados sob a estátua construída em sua homenagem, no adro da escola, inaugurada em 1º de janeiro de 1908 na Avenida Bartolomeu de Gusmão nº 111. Com apenas 18 anos, iniciou importante carreira comercial. Destacada figura da Abolição, foi vereador e presidente da Câmara, autorizando, em 1886, a instalação da primeira linha de bondes puxados a muares. Seu maior legado, entretanto, foi a criação do orfanato Dona Escolástica Rosa, deixando em testamento recursos não apenas para a sua construção e manutenção, mas também detalhes para a administração e organização, confiadas à Santa Casa. Em 1931, o hospital assinou convênio, repassando a unidade para o Governo do Estado por 50 anos. Em 1980, o internato foi fechado e hoje a unidade estadual de ensino oferece cursos de Nutrição e Dietética, Metalurgia, Administração e Segurança do Trabalho.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 111 da Avenida Bartolomeu de Gusmão Bairro Aparecida
Esculturas Urbanas
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Padre José de Anchieta Homenageado padre José de Anchieta Categoria escultura Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa Família Horácio Ferreira da Silva Júnior e padre Roberto Maria Drumond Gonçalves Inauguração 25 de janeiro de 1961
Car acterísticas Dimensão da obra 6 metros de altura
estátuas padre: 2,50m; 0,60m; 0,50m índio: 1,10m; 0,50m; 0,90m jaguar: 0,80m; 0,50m; 1,50m cruz: 6 metros bases padre: 0,60m; 1,30m; 1,10m índio: 0,40m; 0,80m; 1,30m jaguar: 0,40m; 0,80m; 1,68m alegoria: 0,30m; 0,22m; 0,03m
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placas 0,40m x 0,50m 0,77m x 0,63m (em pedestal) pedestal 0,45m; 0,66m; 0,87m Dados materiais estátuas: bronze cruz: metal bases: granito alegoria: bronze placas: bronze pedestal: cimento
Índio
Inscrição “No dorso dos séculos trazido o nome de Anchieta resplandece no vivo nome do Brasil unido. Machado de Assis”
Esculturas Urbanas
Descrição da obr a
Histórico
Inspirado em fatos reais e documentos da vida de José de Anchieta, o conjunto é integrado por três esculturas confeccionadas em bronze, mostrando o padre em pé, com um crucifixo na mão esquerda, tendo à frente, a sua direita, a figura de um índio genuflexo, com fisionomia atenta, e, à esquerda, um jaguar sentado, submisso. Um M afixado na pedra simboliza o Poema à Virgem Maria. Cada escultura encontra-se sobre uma pedra de granito natural e, na que sustenta o religioso, há à frente uma alegoria em forma de lira. Nela também está a inscrição, em alto-relevo. A obra se completa com uma cruz de metal, postada atrás do religioso. O monumento comemorativo ao quarto centenário do falecimento de Anchieta tem à frente, em uma base, placa imitando páginas de um livro aberto, onde foram reproduzidos versos do poema de Anchieta à Virgem Maria.
atural de Tenerife, no Arquipélago das Canárias (Espanha), José de Anchieta é considerado o primeiro humanista das Américas e o primeiro poeta, dramaturgo e vulto da literatura no Brasil. Com 19 anos, desembarcou a 13 de julho de 1553 em São Salvador (Bahia) – então capital do Brasil -, para ajudar o padre Manoel da Nóbrega em sua tarefa catequisadora. Apesar de um grave problema na coluna, que o obrigava a andar apoiado em um bastão, Anchieta percorreu várias regiões da colônia pacificando tribos revoltosas. Converteu índios, escreveu a primeira gramática tupi-grarani, contribuiu para a expulsão dos franceses, coordenou o trabalho jesuíta no País e foi o historiador da fundação de São Paulo e do Rio de Janeiro. Em Iperoig (hoje Ubatuba), onde atuou junto aos tamoios, escreveu na areia poema à Virgem Maria, com quase cinco mil versos, depois registrados em papel. Nessa cidade do litoral paulista, encontra-se a ‘cama de Anchieta’, pedra onde, segundo lenda local, ele costumava repousar. Morreu em 9 de julho de 1597, na aldeia de Reritiba (hoje Anchieta), fundada por ele no Espírito Santo, e foi beatificado pelo papa João Paulo II em junho de 1980.
N
Localização Endereço Praça Vereador Luiz La Scala Bairro Ponta da Praia
Placas “Uma homenagem da Família Horácio Ferreira da Silva Júnior e do Padre Jesuíta Roberto Maria Drumond Gonçalves às encantadoras praias do litoral paulista, palmilhadas nos primórdios do nosso descobrimento pelo Apóstolo do Brasil, o Venerável Padre Anchieta, aprovada pela Lei nº. 2.045 de 30. 06. 1958”. “Versos do Vel. Pe. José de Anchieta em seu poêma á S. Sma. Virgem Salve, ó Maria ! Adorna-te beleza tão divina, Que teu esplendôr sôprepuja a dos coros evangélicos. Salve, ó Maria! Teu humano semblante é tão nobre,
Que sua formosura vence todas as belezas terrênas Tu hás de restaurar o firmamento Restituindo aos céus a primeira firmeza. Apoiada na força invencível de teu Filho, Repararás com a nossa gente a ruína dos Anjos! Ó Mãe intacta e Virgem fecundada, Que trazes em teu seio imaculado o Redentor, Rogo-te pelo amor da Virgindade eterna E pelos gozos puros da Maternidade, Purifiques o mundo do imundo vício da luxúria. Arrebates com o perfume da tua pureza Os nossos corações! (Tradução do Jesuíta Pe. Armando Cardoso)”
Esculturas Urbanas
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Monumento-Padr ão D. Henrique Car acterísticas
Homenageado infante D. Henrique Categoria marco Projeto arquiteto Aníbal Martins Clemente Iniciativa comunidade portuguesa Inauguração 26 de janeiro de 1962
Dimensão da obra 15 metros de altura
Dados materiais peça: granito base: granito placa: bronze
Placa “À memória do Infante D. Henrique, no V centenário de sua morte. A comunidade Luso Brasileira de Santos e São Vicente 1960.”
Descrição da obr a Localizado no mar, o marco é composto por um embasamento de pedra, em cujo centro se encontra uma coluna, que tem por capitel um prisma quadrilátero, com elementos representativos do V Centenário do infante D. Henrique e o escudo português. O granito foi doado pela Cia. Docas de Santos.
Localização
Histórico
A
mais importante figura do início da Era dos Descobrimentos e condutor da expansão ultramarina portuguesa, o príncipe D. Henrique nasceu na Cidade do Porto (Portugal), terceiro filho de D. Filipa de Lencastre e de D. João I, fundador da Dinastia de Avis. Com seus irmãos Duarte, Pedro, Fernando e João, formou a chamada Ínclita Geração. Conhecido como Infante de Sagres ou Navegador, tinha 21 anos quando participou da conquista de Ceuta, na costa norte-africana, junto ao Estreito de Gibraltar, o que permitiu a Portugal o domínio do comércio naquele porto. Em 1427, redescobriu e colonizou as ilhas dos Açores. Acredita-se que tenha patrocinado a criação da cátedra de astronomia na Universidade de Coimbra. Em 1434, mudou-se para Sagres, onde fundou um centro de estudos de náutica, astronomia, cosmografia e ciências correlatas, que se transformou, posteriormente, na famosa Escola de Sagres - ali foi construído um dos primeiros observatórios astronômicos da Europa, aperfeiçoado o astrolábio, criadas novas técnicas para a construção de barcos e redesenhados mapas de ilhas e da costa africana. Após o fracasso da conquista de Tânger, em 1437, a reputação militar dos portugueses sofre um revés, mas em 1441 ele retoma as explorações. Com a morte do infante, em 13 de novembro de 1460, em sua cidade natal, Sagres foi abandonada e no início do século XVI, invadida e saqueada pelo pirata inglês Francis Drake.
Endereço no mar, em frente à Rua Afonso Celso de Paula Lima Bairro Ponta da Praia
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Esculturas Urbanas
Homenagem Alegórica ao Corpo de Bombeiros Histórico
Homenageado Corpo de Bombeiros Categoria monumento Execução Marmoraria União Iniciativa Jornal A Tribuna Inauguração 26 de janeiro de 1963
P
ara homenagear os bombeiros, o jornal A Tribuna, de Santos (SP), lançou campanha para recolher doações. O monumento foi erigido pela Prefeitura na praça em frente à antiga sede do Corpo de Bombeiros, construída pelo engenheiro prussiano Maximiliano Emílio Hehl. A praça leva o nome de um oficial nascido a 25 de março de 1934 em Itapetininga (SP), morto em incêndio ocorrido a 19 de dezembro de 1957 em uma companhia de papel e celulose instalada na antiga estrada São Paulo-Rio de Janeiro, entre Suzano e Mogi das Cruzes (SP). A pedra fundamental do quartel foi assentada no dia 9 de junho de 1907 e a primeira pá de cimento, depositada por Saturnino de Brito, responsável pelo projeto de saneamento de Santos. O prédio, inaugurado em 7 de setembro de 1909, será a primeira sede própria da Câmara. Mas a existência, na cidade, do Corpo de Bombeiros, data de 9 de outubro de 1885, quando o Legislativo tomou a iniciativa de organizar o serviço, a cargo de voluntários.
Descrição da obr a O monumento é formado por um pedestal em forma piramidal, que ostenta no ápice a figura de uma chama. À frente, no pedestal, está a placa em homenagem à corporação, executada nas oficinas da Cia. Docas de Santos.
Localização
Car acterísticas
Endereço Praça Tenente Mauro Batista de Miranda Bairro Centro Histórico
Dimensão da obra 1,60m de altura
peça: 0,23m; 0,12m; 0,12m pedestal: 1,37m; 0,56m; 0,56m placa: 0,20m x 0,30m Dados materiais peça: bronze pedestal: granito preto placa: bronze
Placa “Aos Bombeiros Homenagem da Cidade de Santos 26-1-1963”
Esculturas Urbanas
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Mausoléu do Esportista Amador Homenageado esportistas amadores Categoria monumento-mausoléu Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa Esporte Clube Senador Feijó e Comissão Central de Esportes da Prefeitura de Santos Inauguração 26 de janeiro de 1964
Car acterísticas Dimensão da obra 2,80m de altura estátua: 1,80m; 2 metros; 0,40m base: 2,50m; 2,20m; 2,85m placa: 0,58m x 0,60m alegoria: 0,70m x 0,30m
Dados materiais estátua: bronze base: granito placa: bronze alegoria: metal
Descrição da obr a O conjunto é formado por três blocos de granito em tamanhos diferentes, formando a base, onde se encontra a estátua de um esportista que, com um dardo na mão, simula gravar o nome Mausoléu do Esportista Amador de Santos. Na base, à frente, estão quatro argolas, símbolo das olimpíadas, e, nas laterais, pequenas placas com o nome dos esportistas homenageados. Vinte e oito atletas estão sepultados no mausoléu: Anibal de Souza, Antônio de Jesus, Antônio Rocha, Arnaldo Carlos Moreira, Aristides Lickles, Benedito Brandão, Carlos da Costa Lima, Casimiro Giangiulio, Demerval Dias Castilho (Vavá), Diogo Lourena, Fabiano de Oliveira Ramos, Geraldo S. e Silva, João Sudan, José dos S. e Soeiro, José Gomes, Josias Rodrigues, Lenivaldo Ferreira Custódio, Luiz Bezzi, Lydia Federici, Roberto Douglas Machado, Romulo Diegues, Salustiano da Costa Lima Júnior, Severino Moretti, Stélio Luiz de Camargo Aleagi, Tarquinio Di Renzo, Wlamyr Rocha, Ricardo Kikuo Arasaki e Orlando da Silva.
Placa “Prefeitura Municipal de Santos Ao esportista amador da Cidade de Santos, erigido com o apoio e participação da Câmara de Vereadores, Comissão Central de Esportes, entidades esportivas, imprensa e rádio, por iniciativa do E.C. Senador Feijó imortalizando a figura do esportista amador Santos, janeiro de 1964”
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Esculturas Urbanas
P
Histórico
refeitura, Câmara, esportistas, particulares e as companhias Docas de Santos e Antárctica Paulista S/A envolveram-se na construção do mausoléu, cujo projeto foi aprovado em agosto de 1960. A inauguração do monumento, quatro anos depois, integrou as comemorações do 125º aniversário da elevação de Santos à categoria de cidade. Os atletas que repousam no mausoléu, cujos nomes estão inscritos no monumento, são indicados pela comissão responsável pela organização anual das homenagens, constituída por decreto municipal, com a anuência dos familiares do esportista falecido. Os critérios que determinam a escolha levam em conta a contribuição dada pelo atleta ao esporte santista. O translado dos restos mortais, realizado em 1975 e desde 1979 (exceto em 2000 e 2008), ocorre durante as comemorações do Dia do Esportista Amador, celebrado desde 1980 no último domingo de maio. Até 2007, foram homenageados 212 profissionais ligados ao esporte e 28 esportistas encontravam-se sepultados no mausoléu.
Localização Endereço Cemitério da Filosofia, Largo da Saudade Bairro Saboó
Esculturas Urbanas
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Saturnino de Brito
Homenageado Francisco Saturnino Rodrigues de Brito Categoria estátua Escultor Caetano Fraccaroli Iniciativa Câmara Municipal de Santos Inauguração 13 de abril de 1969
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Esculturas Urbanas
Histórico
N
ascido em 14 de julho de 1864, em Campos de Goitacases (RJ), Francisco Saturnino Rodrigues de Brito é o mais importante nome da história nacional do urbanismo sanitarista. Graças ao sucesso de seu inédito projeto de saneamento para Santos (SP), que criou redes independentes para o escoamento de águas pluviais e para o esgoto, recebeu o título de Patrono da Engenharia Sanitária do Brasil. O projeto contemplava a construção de nove canais de drenagem (hoje são 20), inaugurados entre 1907 e 1927; estações elevatórias e até a ponte pênsil, em São Vicente (SP), garantindo não apenas o fim das epidemias, mas também o desenvolvimento da cidade, por traçar as diretrizes urbanas para sua expansão ordenada. Além disso, a técnica de construção com concreto armado foi utilizada, nos canais de drenagem de Santos, pela primeira vez no País. Saturnino de Brito morreu em Pelotas (RS), a 10 de março de 1929, durante inspeção nas obras da rede de saneamento. Deixou vasta obra, compilada em 23 volumes, e seus estudos urbanísticos e de saneamento foram adotados em 55 cidades brasileiras e ainda na França, Inglaterra e Estados Unidos.
Car acterísticas
Descrição da obr a
Localização
Dimensão da obra
Apoiado em uma pequena base, encontra-se a figura de Saturnino de Brito, em pé, segurando à frente, com ambas as mãos, o projeto planimétrico da área insular de Santos (SP) – além da inscrição do monumento, nele estão delineados os canais de drenagem de seu pioneiro projeto de saneamento para essa cidade e sua assinatura. A estátua foi erigida em cumprimento à Lei nº 2.437, de 30 de novembro de 1961, aprovada pela Câmara Municipal de Santos.
Endereço jardim da praia, em frente ao número 143 da Avenida Presidente Wilson Bairro José Menino
3,68m de altura estátua: 3,50m; 1,11m; 0,80m base: 0,18m; 1,14m; 1,08m
Dados materiais estátua: bronze base: granito
Inscrição “A Saturnino de Brito – homenagem da Cidade de Santos”
Esculturas Urbanas
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Marco Rodoviário Santos-São Vicente Homenageado Município de Santos Categoria marco Escultor Ubirajara Ribeiro e Walter Maffei Execução Prodesan Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 26 de janeiro de 1968
Car acterísticas Dimensão da obra 10,2m de altura
Dados materiais peça: concreto e tambores de aço galvanizado
Inscrição “Prodesan – Progresso e Desenvolvimento de Santos Governo Silvio Fernandes Lopes – 1967”
Histórico
O
marco, com seus tambores, faz referência a Santos como porto petrolífero e representa o dinamismo do pólo industrial da Alemoa, a era das estruturas de cimento armado e o predomínio das rodovias como meio de transporte.
Localização
Descrição da obr a O marco é formado por peças de concreto e 22 tambores vazios de óleo, de 20 litros, confeccionados em aço galvanizado, sem fundo e tampo. Estes elementos foram fundidos e empilhados segundo linhas diretrizes de apoio e concordância sobre a base. Os tambores estão dispostos de forma a indicar os quatro pontos cardeais e a direção de Santos e São Vicente. As letras das indicações foram recortadas em compensado e gravadas em relevo negativo, na frente do marco, circundando-o. O marco foi erguido pela empreiteira Daniel Domingo e Irmão Ltda.
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Endereço cruzamento das avenidas Nossa Senhora de Fátima e Francisco da Costa Pires Bairro Areia Branca
Esculturas Urbanas
Maria Coelho Lopes
Homenageado Maria Coelho Lopes Categoria herma Escultor Luis Morrone Fundição Bronzarte Iniciativa Sociedade de Melhoramentos do Jardim Santa Maria Inauguração 6 de fevereiro de 1966
Car acterísticas Dimensão da obra
1,40m de altura herma: 0,50m; 0,30m; 0,30m pedestal: 0,90m; 0,60m; 0,60m placa: 0,15m x 0,30m
Dados materiais herma: bronze pedestal: concreto placa: bronze
Histórico
O
espírito filantrópico de Maria Coelho Lopes, que dedicou sua vida ao próximo, motivou a Sociedade de Melhoramentos do Jardim Santa Maria a promover, em 1965, subscrição pública visando prestarlhe homenagem. A herma, a cargo de uma fundição de São Paulo, foi inaugurada após missa campal na praça onde está assentada a peça. A homenagem foi referendada pela Lei Municipal nº 3.368, de 5 de dezembro de 1966. Maria Coelho Lopes é mãe de Silvio Fernandes Lopes, engenheiro civil que governou Santos de 1957 a 1961 e, em segundo mandato, de 1965 a 1969 – ele também foi vereador, deputado estadual, secretário de Estado da Viação e Obras Públicas, e deputado federal.
Placa “A Sra. Maria Coelho Lopes Homenagem da Soc. de Melhoramentos do Bairro Jardim Santa Maria - 6.2.1966”
Descrição da obr a Sobre uma base retangular de concreto, chanfrada na parte superior frontal para dar apoio à placa, encontra-se a herma da homenageada. Ela foi retratada com corrente e crucifixo, sinal de sua devoção e amor aos mais necessitados.
Localização Endereço Praça Maria Coelho Lopes Bairro Santa Maria
Esculturas Urbanas
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Leonístico Homenageado Movimento Leonístico Mundial Categoria marco Iniciativa Lions Clubes de Santos Data da Inauguração 1970
Car acterísticas Dimensão da obra 8 metros de altura globo: 1,10m (diâmetro) pedestal (lâmina): 8 metros; 0,09m; 0,60m placa: 0,40m x 0,50m emblemas: 0,40m; 0,40m; 0,04m
Dados materiais globo: bronze pedestal: concreto placa: mármore emblemas: bronze
Placa
Histórico
O
Lions Club foi fundado em 1917, nos Estados Unidos (EUA), por Melvin Jones (Arizona, 13 de janeiro de 1879 – Chicago, 1º de junho de 1961), e três anos depois tornou-se internacional, quando começou a funcionar uma unidade no Canadá. Nas décadas de 1950 e 1960, chegou à Europa, Ásia e África. Atualmente, há cerca de 1 milhão e 200 mil ‘leões’ filiados aos 46 mil clubes em atividades em 200 países. Filho de um capitão do Exército, Jones começou a trabalhar aos 20 anos, em uma corretora de seguros de Chicago (Illinois), e em 1913 fundou sua própria agência. Integrante do Business Circle (Círculo de Negócios) de Chicago, ele acreditava que os empresários poderiam utilizar seus talentos para melhorar suas comunidades. Passou então a contatar diferentes instituições e, em 10 de outubro de 1917, reuniu os delegados em uma convenção em Dallas (Texas), onde foram definidos os fundamentos do Lions Club International. Jones abandonou sua agência de seguros e dedicou-se integralmente ao Lions, na sede internacional, em Chicago. Tendo como lema pessoal ‘Você não irá muito longe enquanto não começar a fazer algo por
Localização Endereço Praça Lions
Bairro Valongo
“Nos quatro cantos do globo o ideal leonístico sustenta o mundo Lions Clubes de Santos 1969-1970”
Descrição da obr a Sobre pequena base circular, encontra-se pedestal formado por quatro lâminas de concreto, posicionadas em ângulo, unidas no alto por um globo terrestre, com estrutura vazada. Em cada face das lâminas, a 1,60m do piso, foi afixado o emblema do Lions Clube. A placa apresenta inscrição em baixo-relevo. Lions significa, no Brasil, Liberdade, Igualdade, Ordem, Nacionalismo e Serviço. O emblema foi definido em 1920 pelo próprio idealizador do clube de servir: dois leões ladeando a letra L – um, voltado para a esquerda, olha o passado de serviços prestados pelo Lions, e o outro, voltado para a direita, contempla o futuro, à procura de oportunidades para prestar mais serviços.
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Esculturas Urbanas
Melvin Jones Homenageado Melvin Jones Categoria marco Execução Firma Hora Projeto Prodesan Iniciativa Lions Clube do José Menino Inauguração 26 de abril de 1980
outra pessoa’, Jones foi reconhecido como líder também fora da associação e em 1945 representou o clube de servir como consultor na Conferência de São Francisco (Califórnia), quando foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU). Graças ao desafio lançado por Helen Keller, os Lions Clubs envolveram-se ativamente, em 1925, no atendimento aos portadores de deficiências visuais. Em 1990, a entidade lançou o SightFirst, o maior programa de prevenção à cegueira no mundo, oferecendo retaguarda aos serviços de atendimento médico aos mais necessitados.
Placas “Ao Lions Clube de Santos-Oeste A gratidão da Cidade no ano do seu Jubileu de Prata 29-novembro-1968 29-novembro-1993” “TRI – Jumelage Brasil L-16 Alemanha 111 – WL Inglaterra 105-A “Ano Soliva” Santos 18/10/1996” “Lions Internacional D.L. 16 Juventino Borges Governador Manoel Lopes Pinheiro Vice-governador Gestão 79/80”
“Praça Melvin Jones Fundador do leonismo Abril de 1980”
Car acterísticas Dimensão da obra
“Homenagem do Lions Clube Santos José Menino Oscar Requejo Pres. Divisão C-2 Carlos Mantovani Calejon Presidente gestão 79/80”
3 metros de altura
pedestal (face): 3 metros; 0,90m placas: uma com 0,25m x 0,30m
uma com 0,32m x 0,35m três com 0,45m x 0,45m emblemas: 0,30m x 0,30m Dados materiais pedestal: concreto placas: duas em metal; três em bronze emblemas: três em bronze
Localização Endereço Praça Melvin Jones Bairro Gonzaga
Descrição da obr a O pedestal, em forma piramidal, apresenta, em cada uma de suas três faces, o emblema do Lions Clube e placa. Na face voltada para a calçada interna da Rua Bahia, o emblema foi afixado entre a placa de agradecimento da Cidade ao clube de servir e a peça com o nome da praça. Já o lado da Avenida Marechal Deodoro apresenta as placas referentes a 1996 e da homenagem do Lions Clube Santos José Menino ladeando o emblema. A placa do Lions Internacional foi afixada na face do pedestal voltada para a Rua Bahia, sob o emblema da entidade.
Esculturas Urbanas
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Paulo Gasgon Car acterísticas
Histórico
Dimensão da obra
aulista de Descalvado, Paulo Fernandes Gasgon exerceu função de gerente em firmas de renome, revelando grande capacidade administrativa. Foi nomeado pelo Governo do Estado para assumir o cargo de escrivão do Cartório de Crime, Júri e Execuções Criminais de Santos (SP) - o primeiro oficializado na comarca com o desmembramento do Cartório de Protestos de Títulos -, imprimindo reformas substanciais em seu funcionamento. Com a reconquista da autonomia administrativa de Santos, em 13 de agosto de 1936, foi designado para organizar o Cartório da Justiça Eleitoral. Paulo Gasgon foi um dos fundadores da Associação Protetora de Menores de Santos e empenhou-se na construção da Cidade da Criança, mantida pela instituição. Trabalhou também pela criação de um abrigo de menores em Guarujá (SP). Sua atuação benemerente foi tão destacada que, após sua morte, em 21 de maio de 1961, amigos e admiradores custearam a confecção de uma herma, eternizando sua memória.
2,20m de altura herma: 0,80m; 0,55m; 0,30m pedestal: 1,40m; 0,50m; 0,40m placas: 0,50m x 0,40m; 0,20m x 0,30m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito placas: bronze
Placas “Prefeitura Municipal de Santos Praça Paulo Fernandes Gasgon Reformar a Praça Paulo Fernandes Gasgon significa para a Prefeitura consolidar a excelente qualidade de vida da população da Vila Belmiro. Santos, 14 de agosto de 1999 Beto Mansur Prefeito Municipal” “ “Paulo Fernandes Gasgon” Paulo Fernandes Gasgon. Nasceu em Descalvado a 4 de outubro de 1891. Exerceu o cargo de escrivão de justiça e foi um dos fundadores da Associação Protetora de Menores de Santos, muito se distinguindo na construção da Cidade da Criança, como também se tornou um dos grandes impulsionadores do erguimento do abrigo de menores de Guarujá. Faleceu a 21 de maio de 1961.”
Homenageado
Paulo Fernandes Gasgon Categoria herma Escultor
Juan José Santamaria Iniciativa
Sociedade Amigos da Cidade de Santos Inauguração
P
Localização Endereço Praça Paulo Fernandes Gasgon Bairro Vila Belmiro
Descrição da obr a Sobre um pedestal de granito, em cuja frente encontram-se afixadas as duas placas, está assentada a herma do homenageado. Abaixo dela, foi inscrito em relevo, no granito, “Santos a Paulo F. Gasgon 1891-1961”, que desapareceu pela ação natural do tempo. A herma está assinada e datada pelo escultor, no canto inferior esquerdo.
4 de outubro de 1968
90
Esculturas Urbanas
Expedicionários Santistas Homenageado expedicionários de Santos Categoria monumento Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 4 de setembro de 1971
Car acterísticas Dimensão da obra 1,85m de altura peça: 0,70m; 0,42m; 0,30m pedestal: 1,52m; 0,80m; 0,65m base: 1,50m; 1,40m; 0,33m placas: uma com 0,22m x 0,40m uma com 0,16m x 0,13m duas com 0,18m x 0,14m
Dados materiais peça: bronze pedestal: granito polido base: granito polido placas: bronze
Histórico
A
Força Expedicionária Brasileira (FEB), integrada por 25.300 homens – 90 dos quais santistas -, desembarcou na Itália em julho de 1944 para lutar na Segunda Guerra Mundial junto às tropas aliadas, formadas pela França, Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética. A guerra começou em 1º de setembro de 1939 com a invasão da Polônia pela Alemanha nazista, estendendo-se rapidamente por toda a Europa, norte da África e União Soviética. Com a Alemanha estavam Japão e Itália. O primeiro combate da FEB foi em setembro, ao norte da Cidade de Pisa, obtendo vitórias com a ocupação de Massarosa, a tomada de Camaiore e Monte Prano. A guerra, que provocou 40 milhões de mortes, terminou em 8 de maio de 1945, com a invasão dos Aliados à Alemanha – o Japão assinou a rendição quatro meses depois, quando os Estados Unidos lançaram duas bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Ao final da campanha, vitoriosa em 21 batalhas, a força brasileira aprisionara 20 mil soldados inimigos, 80 canhões, 1.500 viaturas e quatro mil cavalos.
Localização Endereço Praça dos Expedicionários Bairro Gonzaga
Placa “Homenagem ao Expedicionário Santista.”
Descrição da obr a Sobre a base encontra-se o pedestal que apóia a peça escultórica, formada por três colunas que sustentam a palavra Itália, em alto-relevo. Da coluna central saem dois ramos de louro (símbolo da vitória), que ladeiam o nome do país onde lutaram, na Segunda Guerra Mundial, os expedicionários brasileiros. Em três faces do pedestal encontram-se placas em relevo - a da frente, uma cobra fumando, é o símbolo dos pracinhas brasileiros, estando, a cada lado, imagens representando a Marinha e o Exército. Na frente também foi afixada a placa em honra aos expedicionários.
Esculturas Urbanas
91
Allan K ardec Histórico
N
ascido em Lyon (França), em 3 de outubro de 1804, Hippolyte Léon Denizard Rivail adotou como pseudônimo Allan Kardec em meados da década de 1850. Poliglota, professor de química, matemática, astronomia, física, fisiologia, retórica, anatomia comparada e francês, ele foi o codificador da doutrina espírita. Dedicou-se a democratizar o aprendizado, mantendo em sua residência cursos gratuitos, e criou engenhoso método de ensinar a contar e quadro mnemônico da História da França, para facilitar a memorização das datas dos principais acontecimentos daquele país. Criou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas em 1857, ano em que publicou o Livro dos Espíritos, considerado o marco da fundação do espiritismo. Faleceu em Paris em 31 de março de 1869, aos 64 anos, e seu corpo está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise. Sobre seu túmulo encontra-se a inscrição ‘Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei’.
Categoria marco Projeto arquiteto Carlos Prates Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos e entidades espíritas da cidade Inauguração 30 de julho de 1977
Car acterísticas
Placa
Dimensão da obra 4 metros de altura cabeça: 0,40m; 0,35m; 0,18m pedestal: 4 metros; 1,10m; 1,10m placa: 0,40m x 0,50m Dados materiais cabeça: bronze pedestal: concreto placa: alumínio
“Homenagem aos espíritas de Santos a Allan Kardec no bicentenário do seu nascimento 1804 – 2004 USE – Intermunicipal de Santos – em 3 de outubro de 2004”
Descrição da obr a
Inscrições “Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail) codificador da Doutrina Espírita.” “Principais obras do codificador – O livro dos espíritos – 1857 O livro dos médiuns – 1861 O Evangelho segundo o Espiritismo – 1864 O céu e o inferno – 1865 GENESO – 1868” “Nascer, morrer, renascer Ainda e progredir continuadamente, esta é a lei”
Localização Endereço Praça Allan Kardec Bairro Ponta da Praia
Encravada em um dos lados do pedestal, composto por três lâminas ligeiramentes curvadas, assentadas verticalmente formando um triângulo, encontra-se a cabeça, em bronze, de Allan Kardec. Esse tripé simboliza a base da doutrina espírita - filosofia, religião e ciência. Na frente, abaixo do bronze, está a indicação do monumento, formada por letras incrustradas no pedestal, localizando-se na parte inferior a placa. Em cada lateral do pedestal estão as inscrições. O marco comemora os 25 anos da União Municipal Espírita de Santos. A praça foi reurbanizada em 2004, quando o marco ganhou iluminação específica e novo jardim.
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Esculturas Urbanas
Paulo Gonçalves Homenageado Francisco de Paula Gonçalves Categoria herma Escultor Gildo Zampol Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 27 de setembro de 1975
Car acterísticas Dimensão da obra 2,63m de altura herma: 0,58m; 0,50m; 0,30m pedestal: 2,05m; 1,17m; 1,17m liras: 0,40m; 0,30m placa: 0,40m x 0,55m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito liras: quatro, em bronze placa: bronze
Placa “Prefeitura Municipal de Santos Ao poeta santista Paulo Gonçalves Homenagem de sua terra natal Prefeito Dr. Antonio Manoel de Carvalho 1975”
Descrição da obr a A herma do homenageado está pousada sobre um pedestal formado por base quadrada e coluna retangular de granito, cujas faces são ornadas por pequenas liras confeccionadas em bronze - o instrumento musical é o símbolo da poesia lírica. Na parte inferior da base foi afixada placa comemorativa. A peça escultórica apresenta assinatura abreviada do autor.
Histórico
O
jornalista Francisco de Paula Gonçalves nasceu em Santos (SP) a 2 de abril de 1897. Trabalhou em periódicos santistas e de São Paulo, e foi colaborador das revistas A Cigarra, Novíssima e Vida Moderna, entre outras. Autor de peças teatrais de sucesso, sua produção na dramaturgia inclui peças em prosa, entre elas As noivas, As mulheres não querem almas e A comédia do coração, e em verso, como Núpcias de D. João Tenório, Quando as fogueiras apagam, O juramento e 1830, esta última, premiada em 1925 pela Academia Brasileira de Letras. Dono de rara sensibilidade, era chamado de ‘poeta do coração’, mas sua obra ficou limitada a Yara, coletânea de poemas publicada em 1922. Três anos depois, junto com um grupo, cria o Partido da Mocidade, movimento cívico de protesto. Morreu aos 30 anos, a 8 de abril de 1927, em sua cidade natal, antes de terminar Lírica do frei Angélico, seu segundo livro de poesias.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 43 da Avenida Bartolomeu de Gusmão
Bairro Embaré
Esculturas Urbanas
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Ludwig Zamenhof Homenageado Ludwig Zamenhof Categoria busto Escultor M.E. Sampaio Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos e Conselho de Esperanto Inauguração 17 de julho de 1977
Car acterísticas Dimensão da obra 2,34m de altura busto: 0,74m; 0,60m; 0,45m pedestal: 1,60m; 0,45m; 0,45m placa: 0,20m x 0,35m
Dados materiais busto: resina pedestal: granito placa: bronze
Placa
Descrição da obr a
Histórico
C
riador do Esperanto, idioma mundial idealizado para facilitar a comunicação, o oftalmologista e filólogo Ludwig Lazarus Zamenhof nasceu em Bialystok (Polônia), a 15 de dezembro de 1859. Poliglota, dominava o russo, alemão, hebraico, francês, alemão, latim e inglês. Essa facilidade levou-o a elaborar um idioma de fácil aprendizagem. Formado por 60% de radicais latinos, 30% anglo-germânicos e 10% eslavos, o esperanto tem 15 mil palavras, que podem ser combinadas de modo a formar um vocabulário maior; apenas seis regras gramaticais e verbos com uma conjugação para cada tempo, sem variar pessoa ou número. Embora a primeira obra literária sobre o assunto tenha sido lançada em 26 de julho de 1887, o idioma somente adquiriu caráter formal quando Zamenhof publicou o livro Fundamento de Esperanto, em 1905. Nesse ano, foi realizado o primeiro congresso mundial de esperantistas, na França, com quase mil participantes de várias nações. No ano seguinte, surgia em Campinas o Suda Stelaro, primeiro grupo de esperantistas do País. Em 1954, a Unesco reconheceu formalmente o esperanto e, em 1985, recomendou aos países membros a difusão da língua. Dez anos depois, com a popularização da internet, o movimento esperantista ganhou uma nova força. Atualmente, acredita-se que a língua seja dominada por dois milhões de pessoas em todo o mundo.
Localização Endereço Praça João Barbalho Bairro José Menino
“L.L. ZAMENHOF / 1859 - 1917 Criador do Idioma Internacional XII Seminário Brasileiro de Esperanto Patrocínio Cooperativa Cultural dos Esperantistas, Centro Esperantista de Santos, Conselho Brasileiro de Esperanto e Prefeitura Municipal de Santos, na Administração do Dr. Antonio Manoel de Carvalho. Santos, 17 julho 1977”
O busto de Zamenhof foi assentado sobre um pedestal de granito polido, que tem como base uma peça de cimento. A peça escultórica apresenta data (1961) e assinatura do autor na lateral inferior esquerda.
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Esculturas Urbanas
Homenageado almirante Francisco Manuel Barrozo Categoria herma Execução arsenal da Marinha Iniciativa Marinha do Brasil Inauguração 11 de junho de 1978
Car acterísticas Dimensão da obra 2,70m de altura herma: 0,90m; 0,85m; 0,45m pedestal: 1,80m; 0,80m; 0,80m placa: 0,28m x 0,48m âncora: 1,60m; 1,29m; 1,55m corrente: 3,25m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito polido placa: bronze âncora: bronze corrente: bronze
Placa “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever. Almirante Francisco Manuel Barrozo.”
Histórico
F
rancisco Manuel Barrozo nasceu em Lisboa (Portugal), a 29 de setembro de 1804, vindo para o Brasil ainda criança. Cursou a Academia da Marinha juntamente com Tamandaré e lutou pela Independência, participando da Revolta da Cabanagem e das guerras do Uruguai e do Paraguai. Em 1839, foi nomeado vice-diretor da Academia da Marinha, cargo em que permaneceu por pouco tempo, pois seguiu para o Rio Grande do Sul a fim de combater os insurretos de Farrapos. Quando irrompeu a Guerra do Paraguai, chefiou as operações, entre elas a Batalha do Riachuelo, em 11 de junho de 1865, na qual o Brasil saiu-se vitorioso. Logo em seguida, levou o País ao triunfo na Batalha do Humaitá, na qual proferiu a célebre frase “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever”. Recebeu a comenda da Ordem do Cruzeiro e o título de Barão do Amazonas. Prestou ainda vários serviços à Nação antes de ser reformado no posto de almirante, em 9 de maio de 1873. Faleceu a 8 de agosto de 1882 em Montevidéu (Uruguai), onde morava.
Localização Endereço Praça Amigos da Marinha Bairro Ponta da Praia
Descrição da obra
Almirante Barrozo
Retratado em traje militar, o busto do homenageado encontra-se assentado sobre um pedestal, em cuja lateral esquerda está uma âncora fixada ao chão. O conjunto escultural foi descerrado durante as comemorações da Batalha do Riachuelo, realizadas na Praça Amigos da Marinha, inaugurada na mesma data.
Esculturas Urbanas
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Duque de Caxias Homenageado Luis Alves de Lima e Silva Categoria herma Escultor Pedro Germi Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos e Exército Inauguração 12 de setembro de 1980
Car acterísticas Dimensão da obra 2,40m de altura herma: 0,70m; 0,65m; 0,30m pedestal: 1,70m; 0,70m; 0,70m placas: uma com 0,35m x 0,60m (frente); três com 0,20m x 0,35m (laterais)
Dados materiais herma: areia petrificada pedestal: granito placas: bronze
Placas pedestal - frente “Abracemo-nos e unamo-nos para marchar, não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da pátria, que é nossa mãe comum! Luís Alves de Lima e Silva – Caxias, o Pacificador”
base - à esquerda
“Títulos nobiliárquicos Barão – 18 de julho de 1841 Conde – 25 de março de 1845 Marquês – 26 de junho de 1852 Duque – 23 de março de 1860”
base - à direita “Campanhas externas Guerra da Cisplatina Guerra contra Oribe e Rosas Guerra do Paraguai”
base - frente “Prefeitura Municipal de Santos Dr. Paulo Gomes Barbosa Prefeito Municipal Setembro 1980”
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Esculturas Urbanas
Histórico
Ú
nico brasileiro a receber o título de duque e o primeiro, nas Américas, a utilizar aeroestação (balão) com fins militares, Luis Alves de Lima e Silva nasceu em 25 de agosto de 1803, no Arraial do Porto da Estrela (hoje Parque Histórico Duque de Caxias), Rio de Janeiro. Aos 15 anos, ingressou na Academia Real Militar, sendo promovido a tenente aos 18 anos. Sua competência no comando da Guerra da Cisplatina, em 1925, assegurou-lhe o posto de major e, em 1937, promovido a tenente-coronel, tem papel relevante para pacificar a Balaiada, no Maranhão. Dois anos depois, é promovido a coronel e, em 18 de julho de 1841, recebe o título de barão de Caxias, nome da segunda mais importante cidade maranhense, onde colocou fim à revolução. Nesse mesmo ano, é promovido a brigadeiro e eleito deputado pelo Maranhão. Em 1842, passa a comandar as Armas da Corte e põe fim à Revolução Liberal em São Paulo e Minas Gerais. No ano seguinte, recebe o título de visconde, sendo promovido a marechal-decampo graduado. Ruma para o Rio Grande do Sul para comandar o Exército na Guerra dos Farrapos, atuando como o grande articulador para a paz, assinada em 1º de março de 1845, dez anos após o início da revolução. É então proclamado Conselheiro da Paz e O Pacificador do Brasil, efetivado como marechal-decampo, elevado a conde e indicado para senador do império pelo Rio Grande do Sul. Em junho de 1851, é nomeado presidente dessa província do sul e, em 5 de setembro, elimina as tensões na fronteira com o Uruguai. Em
1852, é promovido ao posto de tenente-general, recebe o título de marquês de Caxias e, três anos depois, assume o cargo de ministro da guerra. Em 1862, foi graduado marechal-doexército e reassume a função de senador no ano seguinte. Logo depois, é nomeado comandante-chefe das forças do império na Guerra da Tríplice Aliança, que reuniu Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças paraguaias de Solano Lopez - Caxias utiliza, pela primeira vez no continente americano, a aeroestação em operações militares para fazer vigilância e obter informações sobre a área de combate. Na Batalha de Itororó, ele proclama a célebre frase “Sigam-me os que forem brasileiros”. Em 23 de março de 1860, recebe o título de duque, sendo o único brasileiro, até hoje, com essa condecoração. Já com idade avançada, recolhe-se à Fazenda Santa Mônica, em Desengano (hoje Juparanã), no Rio de Janeiro, onde morre a 7 de maio de 1880. Em sua homenagem, desde 1923 comemora-se o Dia do Soldado do Exército Brasileiro na data de seu nascimento. Além disso, em 13 de março de 1962, o Decreto nº 51.929, do governo federal, imortalizou o nome de duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro. Seus restos mortais, os de sua esposa Ana Luísa de Loreto Carneiro Viana e de seu único filho Luis, falecido em 18 de junho de 1862, repousam no Panteão Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Em 28 de janeiro de 2003, seu nome foi inscrito no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, no Panteão da Pátria, em Brasília.
Localização Endereço Praça Vereador Luiz La Scala Bairro Ponta da Praia
Descrição da obr a Inaugurada no primeiro centenário da morte de Caxias, a herma encontra-se assentada sobre um pedestal, cuja base é dotada de três recortes de altura e tamanho distintos. O homenageado foi retratado com uniforme de seu posto militar e condecorações de seus títulos nobiliárquicos. A peça apresenta a assinatura abreviada do artista plástico, no verso.
Esculturas Urbanas
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Cristo Redentor Categoria estátua Escultor Pedro Germi Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 8 de dezembro de 1980
Car acterísticas
Descrição da obr a
Dimensão da obra
Confeccionada em areia petrificada, técnica criada por Pedro Germi, a estátua, com 900 quilos, encontra-se sobre uma base de pedra bruta, irregular. O trabalho durou 66 dias, com uma jornada diária de 16 horas - o escultor contou com um ajudante na fase inicial e com uma equipe de seis pessoas para a montagem das partes. Após vários adiamentos, o Cristo Redentor foi inaugurado, coincidentemente, no Dia da Imaculada Conceição (Nossa Senhora).
5,20m de altura estátua: 2,75m; 2.50m; 0,40m base: 2,45m; 1,30m; 2,20m
Dados materiais estátua: areia petrificada base: pedra
Localização Endereço Rua Visconde de São Leopoldo, em frente à Praça Lions Bairro Valongo
98
Esculturas Urbanas
General H San Martin
Histórico erói da América Espanhola por sua relevante atuação na independência da Argentina, Chile e Peru, o militar José Francisco de San Martin y Matorras nasceu em Yapeyú (Argentina), em 25 de fevereiro de 1778. Aos oito anos, sua família muda-se para a Espanha, onde ele inicia carreira militar. Luta contra as tropas de Napoleão Bonaparte, sendo promovido a capitão do regimento de voluntários, responsável pela vitória na batalha que garantiu a recuperação de Madrid. Recebe o posto de tenente-coronel e medalha de ouro, prosseguindo no combate aos franceses no exército dos aliados, integrado também por Portugal e Inglaterra. Graças ao escocês Macduff, conhece a Maçonaria, cujas lojas discutiam a independência das terras espanholas na América do Sul. Em 1811, renuncia à carreira militar e viaja para a Inglaterra, onde conhece a Loja Lautaro, sociedade formada por compatriotas envolvidos com a independência da América Espanhola. No ano seguinte, chega a Buenos Aires (Argentina) para lutar pela libertação do país, conduzindo os rebeldes à vitória em fevereiro de 1813. San Martin volta-se então para o Peru, onde proclama a independência em 28 de julho de 1821. Três anos depois, muda-se com a filha para a França e morre, em 17 de agosto de 1850, na cidade de Boulogne-sur-mer. Seus restos mortais foram transladados em 1880 para a catedral de Buenos Aires.
Localização Endereço Praça Nossa Senhora do Carmo
Bairro Ponta da Praia
Homenageado José de San Martin Categoria busto Escultor José Fioravanti Execução
Fundición Radanelli Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração julho de 1984
Placa
Car acterísticas
“Ao libertador José de San Martin Homenagem da Cidade de Santos. Administração Paulo Gomes Barbosa julho de 1984”
Dimensão da obra
Descrição da obr a O busto do homenageado, em uniforme militar, encontra-se assentado sobre pedestal de mármore polido, tendo na frente a placa. A peça escultórica, produzida em uma fundição de Buenos Aires (Argentina), encontra-se assinada na lateral inferior direita.
2,28m de altura busto: 0,98m; 0,80m; 0,35m pedestal: 1,30m; 0,58m; 0,58m placa: 0,20m x 0,40m
Dados materiais busto: bronze pedestal: mármore cinza polido placa: bronze
Esculturas Urbanas
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Samuel Augusto Leão de Mour a Categoria cabeça Escultor Edson Monaco Iniciativa Rotary Club de Santos e Casa da Esperança Inauguração 24 de junho de 1981
Car acterísticas Dimensão da obra 1,45m de altura cabeça: 0,30m; 0,28m; 0,30m pedestal: 1,45m; 4 metros; 0,50m placas: 0,50m x 0,40m; 0,60m x 0,70m; 0,50m x 0,60m; 0,40m x 0,25m emblema do Rotary: 0,50m (diâmetro)
Dados materiais cabeça: bronze pedestal: concreto placas: três em bronze, uma em metal emblema do Rotary: bronze
Placas “Prefeitura Municipal de Santos Praça Rotary “A recuperação deste espaço público simboliza o compromisso do Rotary Club que é o de servir sempre à comunidade. Santos, 29 de agosto de 1998” Beto Mansur Prefeito Municipal” “Ao Rotary Clube de Santos No seu cinquentenário 1927-1977 Homenagem ao Lions Clube de Santos Centro Santos maio 1977”
100
“Rotary Club de Santos Fundado em 26.02.1923 Criar possibilidades de servir à comunidade e transformar o destino de uma cidade. É este o legado de um homem à frente de seu tempo. Homenagem do Rotary Club de Santos ao seu fundador: Samuel Augusto Leão de Moura Santo, 05 de dezembro de 1984. Alberto Ferreira dos Santos Presidente”
“Comemoração dos 80 anos do Rotary Internacional Homenagem dos Rotary Club de Santos Rotary Club de São Vicente Rotary Club de Santos-Praia Rotary Club de Santos-Oeste Rotary Club de Cubatão Rotary Club de Guarujá Rotary Club de São Vicente-Praia 23/02/1985”
Esculturas Urbanas
Histórico
F
luminense de Niterói, onde nasceu em 13 de agosto de 1898, Samuel Augusto Leão de Moura formou-se em Medicina, no Rio de Janeiro, aos 22 anos. Obteve a totalidade de pontos em um concurso público, mas é preterido por razões políticas – seu pai, médico e professor, era de partido contrário ao do governo. Muda-se então para Santos e ingressa na Santa Casa de Misericórdia. Após especializar-se em Patologia Clínica em Manguinhos (RJ), instala, em 1º de janeiro de 1923, o primeiro laboratório de análises clínicas da Baixada Santista - o documento oficial de sua constituição civil, entretanto, data de 1939. Em seguida, a pedido da direção, cria o mesmo serviço na Santa Casa e, depois, na Sociedade Portuguesa de Beneficência. Foi ainda sócio-fundador da Casa de Saúde Santos e seu diretor por várias décadas, fundador e primeiro presidente da Associação dos Médicos de Santos (1939), sócio-fundador da Casa da Esperança de Santos (1957) e dos Rotary Clubs de Campinas e de Santos (1927), entidade de servir em que ocupou a presidência em três ocasiões (1930/31, 1935/36 e 1967/68). Chefe do Laboratório Regional de Santos do Instituto Adolfo Lutz, destacou-se nacionalmente no estudo e erradicação da esquistossomose. Foi dele também a idéia de instalar postos de salvamento nas praias de Santos para atender os banhistas e de criar a Escola da Saúde, em 1931, embrião dos parques infantis da Prefeitura. Vítima de enfarto enquanto despachava na Casa da Esperança, o médico sanitarista faleceu em Santos no dia 3 de agosto de 1978 .
Descrição da obr a A cabeça do homenageado encontra-se sobre uma lâmina de concreto, que se projeta no centro de um painel do mesmo material - sob a peça está a placa alusiva à homenagem do Rotary Club de Santos. No painel, encontram-se afixados, à esquerda do busto, placas referentes à entrega das obras de reurbanização da Praça Rotary e aos 50 anos do Rotary Club de Santos, e, à direita, o símbolo rotário (uma roda de engrenagem, dourada, com seis raios e 24 projeções) e placa alusiva aos 80 anos do Rotary Club Internacional. O conjunto escultural e o busto do homenageado não dispõem da assinatura dos autores.
Localização Endereço Praça Rotary Bairro Gonzaga
Esculturas Urbanas
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Santos Dumont
Homenageado Alberto Santos Dumont Categoria herma Escultor Pedro Germi Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos e Base Aérea Inauguração 27 de outubro de 1990
102
Car acterísticas
Placa
Dimensão da obra
“Alberto Santos Dumont 1873 - 1932 Surpreendeu o mundo com o 14-Bis e concretizou o grande sonho da humanidade: voar como os pássaros. O céu deixa de ser o limite. Telma de Souza – Prefeita Municipal”
1,90m de altura herma: 0,60m; 0,66m; 0,30m pedestal: 1,30m; 0,50m; 0,50m placa: 0,31m x 0,41m
Dados materiais herma: areia petrificada pedestal: concreto placa: aço galvanizado
Descrição da obr a Sobre uma lâmina de concreto que forma o pedestal e se projeta para a frente, apoiando a peça, encontra-se a herma do homenageado, retratado com terno e seu característico chapéu. A placa está afixada no pedestal e a escultura não foi assinada pelo autor. O conjunto localiza-se na parte posterior de uma praça com três degraus, revestida com mosaicos portugueses e arrematada ao fundo por um canteiro em semicírculo, onde estão três mastros para o hasteamento de bandeiras em datas cívicas.
Esculturas Urbanas
Histórico P
rimeiro homem a decolar a bordo de um avião impulsionado por motor, Alberto Santos Dumont, o ‘Pai da Aviação’, nasceu no município de Palmira (hoje Santos Dumont), Minas Gerais, a 20 de julho de 1873. Neto de franceses e filho de engenheiro, desde cedo demonstrou interesse por máquinas – pilotava as locomotivas da fazenda de café do pai e ajudava na manutenção de equipamentos diversos. Em 1891, foi com o pai a Paris, onde conheceu o motor a gasolina e trouxe para o Brasil um Peugeot, o primeiro automóvel do País. No ano seguinte, retorna à França, onde estuda Física, Mecânica e Eletricidade, e tem sua atenção atraída para balões dirigíveis, nos quais instalou motores movidos a petróleo. Construiu balões, dirigíveis e inventou o relógio de pulso, mas nada foi patenteado para motivar seu aprimoramento. Devido a uma esclerose múltipla, realiza seu último vôo em 18 de setembro de 1909. Em 1914, começa a Primeira Guerra Mundial e os aeroplanos passam a ser usados em combates aéreos, para desespero de Santos Dumont, que não queria seu invento utilizado para fins militares. Seu estado de saúde piora e no ano seguinte ele volta ao Brasil, fixando-se em Petrópolis (RJ), onde constrói A Encantada, casa para a qual projeta chuveiro de água quente e uma escada cujos degraus são recortados de forma a obrigar a entrada com o pé direito. Em 1922, volta para a França e, quatro anos depois, apela à Liga das Nações para impedir a utilização de aviões como armas de guerra. Seu estado psíquico agrava-se com um quadro depressivo, em 1931 é internado em casas de saúde e seu sobrinho resolve trazê-lo para o Brasil, instalando-o no Hotel La Plage, em Guarujá (SP), em maio de 1932. No mesmo ano, é deflagrada a Revolução Constitucionalista e aviões atacam o Campo de Marte, em São Paulo, em 23 de julho. Acreditase que as aeronaves sobrevoaram Guarujá, o que pode ter levado ao desespero Santos Dumont, que se mata, aos 59 anos de idade. Ele é o único brasileiro a ter seu nome em uma cratera lunar, distinção concedida pela União Astronômica Internacional em 1976. Em 4 de novembro de 1984, o governo federal concedeu-lhe o título de Patrono da Aeronáutica (Lei nº 7.243) e, em 26 de julho de 2006, seu nome foi incluído no Livro de Aço dos Heróis Nacionais, no Panteão da Pátria, em Brasília.
Localização Endereço jardim da praia, na Avenida Bartolomeu de Gusmão, em frente à Rua General Rondon Bairro Aparecida
Esculturas Urbanas
103
Caravela
Homenageado comunidade portuguesa Categoria monumento Projeto Regina Maria Lourenço Adegas e Ricardo Campos Mota (Rica) Execução Ricardo Campos Mota (Rica) Iniciativa Conselho da Comunidade Portuguesa de Santos e Região Inauguração 11 de junho de 1988
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Car acterísticas Dimensão da obra 6 metros peça: 6 metros; 1,10m; 2 metros placas: 0,40m x 0,50m; 0,15m x 0,25m; 0,50m x 0,40m
Dados materiais peça: concreto placas: bronze
Descrição da obr a
Placas
O monumento de concreto aparente, em forma de uma caravela estilizada, é formado por duas lâminas verticais, simbolizando velas, presas a uma base elevada, de linhas similares às de um galeão. Pesando cerca de três toneladas, a caravela foi assentada com uma inclinação de 10 graus no jardim, que recebeu cerâmica vermelha no entorno e na parte posterior do monumento, para possibilitar o efeito, ao pôr-do-sol, do rastro da embarcação no mar. O vermelho da cerâmica e o verde do gramado formam as cores da bandeira portuguesa. Na base da caravela, estão afixadas as placas. O monumento foi edificado em comemoração aos 500 anos do descobrimento, pelos portugueses, da passagem marítima para as Índias e o projeto, escolhido mediante concurso promovido pelo Conselho da Comunidade Portuguesa de Santos.
“Memória aos 500 anos dos descobrimentos portugueses – 1487 / 1500 Inaugurada em 11/06/88 por suas excelências senhor primeiro-ministro de Portugal Professor Dr. Aníbal Antonio Cavaco Silva Prefeitura Municipal de Santos Dr. Oswaldo Justo Erguida por iniciativa do Conselho da Comunidade Portuguesa de Santos e região” “Projeto Regina M. Lourenço Adegas e Ricardo Campos Mota Construção Ventura Empr. Imobiliários Doação Adriano Ventura, in memorian de Manuel M. Ventura” “Monumento ofertado pelos portugueses de Santos e sua região a esta cidade em memória dos 500 anos dos Descobrimentos Portugueses, sobre a passagem do cabo da Boa Esperança 1488”
Localização
Endereço Praça Vereador Luiz La Scala Bairro Ponta da Praia
Esculturas Urbanas
Zumbi dos Palmares Homenageado Zumbi dos Palmares Categoria busto Escultor Daniel Leandro Gonzalez Iniciativa Conselho Municipal da Comunidade Negra e Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 20 de novembro de 1990
Car acterísticas Dimensão da obra 2,70m de altura busto: 1 metro base: 1,70m; 2 metros; 1 metro placa: 0,30m x 0,40m
Dados materiais busto: estrutura de ferro e arame galvanizado, liga de cimento e granito base: pedra placa: metal
Histórico
D
escendente de guerreiros imbamgalas ou jagas, de Angola (África), Zumbi nasceu provavelmente no início de 1655, em uma das aldeias do Quilombo de Palmares, em Alagoas. Aprisionado ainda criança pelos soldados da expedição de Braz da Rocha Cardoso, foi entregue ao padre português Antônio Melo, do distrito de Porto Calvo, que o batizou com o nome de Francisco, ensinou-lhe português e latim, e tornou-o coroinha aos 10 anos. Mas Zumbi escapou em 1670, retornando a Palmares - a área do quilombo era similar à de Portugal e chegou a ter 30 mil pessoas. Graças a sua inteligência e astúcia, com pouco mais de 20 anos Zumbi já era conhecido como verdadeiro estrategista. Em 1678, rebelou-se contra Ganga Zumba, líder de Palmares, que aceitara proposta do governador da Capitania de Pernambuco, de conceder liberdade para os escravos fugitivos em troca da submissão do quilombo à Coroa Portuguesa, e toma-lhe o posto. Em 6 de fevereiro de 1694, Macaco, capital de Palmares, foi destruída pelas tropas lideradas pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho e Zumbi, ferido. Traído por Antonio Soares, um de seus principais comandantes, é surpreendido em seu refúgio e apunhalado, mas resiste por quase dois anos, sendo finalmente morto em batalha, com 20 homens, em 20 de novembro de 1695. Sua cabeça foi cortada e exposta em praça pública de Olinda (Pernambuco). Em 1995, foi instituído o Dia da Consciência Negra, celebrado na data da morte do líder de Palmares.
Localização
Descrição da obr a
Placa
O busto do homenageado encontra-se apoiado em uma pedra em estado natural, não-polida e de tamanho irregular, na qual foi afixada placa comemorativa.
“Zumbi (Francisco) / 1695 – 1990 Líder do Quilombo dos Palmares Homenagem do Conselho Municipal da Comunidade Negra Santos, 20 de novembro de 1990 Telma de Souza – Prefeita”
Endereço Praça Palmares Bairro Embaré
Esculturas Urbanas
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Maçons Homenageado maçons Categoria monumento Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 2 de março de 1992
Car acterísticas Dimensão da obra 2,45m de altura peça: 1,55m; 1,35m; 0,15m base: 0,90m; 5 metros placa: 0,30m x 0,40m pedestal da placa: 0,85m; 0,47m; 0,35m
Dados materiais peça: aço cosarcor base: alvenaria placa: granito pedestal da placa: alvenaria inscrições: baixo-relevo no granito
Inscrição “Praça dos Maçons É na prática cotidiana da solidariedade que se concebe o sonho de uma sociedade livre, igual e fraterna. Telma de Souza – Prefeita Municipal Santos, 6 de março de 1992”
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Descrição da obr a Sobre uma base em forma de triângulo equilátero, encontram-se, unidos, compasso e esquadro, tendo ao centro a letra ‘G’, formando a mais antiga e a mais utilizada representação da Maçonaria. Na lateral direita do monumento, encontram-se três mastros para solenidades cívicas. O compasso é considerado um símbolo da espiritualidade e sua abertura, limitada ao máximo de 90º, indica o grau do conhecimento humano. Simboliza também a justiça, a exatidão da pesquisa, a imparcialidade e infalibilidade do Criador, ou o Grande Arquiteto do Universo, como assim o denominam os maçons. Já o esquadro, representando a matéria, é o símbolo da retidão - posicionado sob o compasso, simboliza a ‘justa medida’, ou seja, serenidade, bom senso e espírito de justiça. Já a letra G, no centro, tem várias interpretações, uma delas de que se trata da primeira letra da palavra Deus, em vários idiomas.
Esculturas Urbanas
Histórico A
Localização Endereço jardim da Praia, em frente ao número 16 da Avenida Bartolomeu de Gusmão Bairro Boqueirão
Maçonaria foi fundada em Londres a 24 de junho de 1717, mas sua origem remonta ao Egito Antigo, à Ordem dos Templários e à Fraternidade Rosa-Cruz. Em 1723, o reverendo anglicano James Anderson publicou Constituições da Maçonaria, que até hoje serve de base às lojas maçônicas. O termo Maçonaria origina-se do françês maçonnerie ou do inglês masonry, que significam construção. Ordem universal integrada por homens de todas as raças, credos e nacionalidades, a Maçonaria tem por princípios a liberdade, democracia, igualdade e fraternidade. Os maçons estruturam-se em células autônomas, denominadas lojas, compostas, entre outros cargos, pelo venerável mestre (preside e orienta a reunião), primeiro vigilante (conduz os trabalhos e se encarrega da organização e disciplina) e segundo vigilante (orienta os aprendizes). A Maçonaria utiliza o sistema de graus para transmitir seus ensinamentos, por meio de representações e símbolos. Há 33 graus simbólicos e filosóficos, que podem variar de acordo com o rito – há mais de 300. Os maçons estiveram presentes em importantes acontecimentos históricos e políticos em todo o mundo, como na Revolução Francesa (1789-1799). Catorze presidentes americanos foram maçons, entre eles George Washington, James Monroe, Andrew Jackson, James Garfield, Howard Taft, Franklin Delano Roosevelt, Harry Truman e Gerald Ford. A influência da Maçonaria, no Brasil, também não é menor. Tiradentes e vários inconfidentes eram maçons; Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva integraram o grupo de maçons que tramou a Independência, e o marechal Deodoro da Fonseca ocupava o cargo de grãomestre quando proclamou a República. Além disso, um mês após a Proclamação da Independência, D. Pedro I foi aclamado grão-mestre geral da Maçonaria no Brasil. Atualmente, estima-se que existam 6 milhões de maçons atuando em cerca de 170 países, 150 mil dos quais no Brasil.
Esculturas Urbanas
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Esculturas Urbanas
Cristóvão Colombo 5º Centenário do Descobrimento da América Homenageado Cristóvão Colombo Categoria monumento Projeto Luis Garcia Jorge Cláudio Abdalla (plataforma) Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura de Santos e Conselho da Comunidade Espanhola da Baixada Santista Inauguração 11 de outubro de 1992
Esculturas Urbanas
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Características Dimensão da obr a 10,5m de altura
estátua 4,10m de altura
plataforma 95,2m² (13,6m x 7 metros)
cúpula 4,10m de diâmetro
placas 0,53m x 0,35m (Centro de Estudos Hispânicos); 0,70m x 0,56m (Comissão Organizadora dos Eventos); 0,58m x 0,60m (Centro Espanhol de Repatriacion); 0,62m x 0,60m (Sociedade de Socorros Mútuos Rosália de Castro)
Dados materiais estátua resina e fibra de vidro
plataforma mármore
cúpula concreto
placas resina
Placas frente “500 anos - Comissão Organizadora dos Eventos do V Centenário na Baixada Santista Quando o mundo comemora o V Centenário do Descobrimento da América, a coletividade espanhola, através do Centro Espanhol e Repatriação, Sociedade de Socorros Mútuos e Beneficente Rosália de Castro, Centro de Estudos Hispânicos e Jabaquara Atlético Clube, com a colaboração da Prefeitura Municipal de Santos, erguem este monumento em homenagem ao grandioso evento, como um preito de reconhecimento e admiração aos espanhóis que através dos tempos contribuíram e continuam labutando pelo progresso desta acolhedora e hospitaleira cidade.
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Inaugurado no dia 11 de outubro de 1992 por Telma de Souza, Prefeita Municipal de Santos; sendo embaixador espanhol no Brasil José Luís Crespo de Vega; cônsul geral da Espanha em S. Paulo Juan Luis Flores Arroyuelo; cônsul da Espanha em Santos Cesar Rua Fernandez; presidente do Conselho dos Espanhóis José Villarino Cortes; secretário de Obras e Serv. Públicos Cláudio Abdala Comissão Organizadora Presidente: Matias Muñoz Perez; Secretário: Emílio Dominguez Alonso; Tesoureiro: Manoel Fernandes Alonso, Manuel Portela Lobato; Presidente do Centro Espanhol Manuel Rodrigues y Rodrigues, presidente da Rosália de Castro José Angel Cabal Cabeza, presidente do Jabaquara A. C. Antonio Galindo Ribas; Manuel Rey Carbia, Castro Vieitez Fernandez, Feliciano Alvarez Vasques, Manuel Gomes Guerra, Djalma Fischetti Fernandes, Alfonso Comesaña Hermida
verso Sociedade de Socorros Mútuos e Beneficente Rosália de Castro (brasão) Jabaquara Atlético Clube (logomarca) Centro de Estudos Espanhóis (brasão)
esquerda Centro de Estudos Hispânicos de Santos (brasão)
direita Centro Español y Repatriación de Santos (brasão)
Esculturas Urbanas
Esculturas Urbanas
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Descrição da obra S
obre uma plataforma elevada encontrase uma cúpula, representando o mundo, que sustenta a estátua de Cristóvão Colombo. Ele foi representado sobre um pequeno patamar simbolizando uma caravela sobre ondas e eleva, com o braço esquerdo, uma cruz, enquanto a direita segura uma carta de navegação. Ao lado esquerdo da figura, sobre uma haste, encontra-se o globo terrestre, encimado pelo símbolo do quinto centenário do Descobrimento da América. Lateralmente, atrás da estátua, estão velas estilizadas, lembrando a saga dos navegadores espanhóis. Na cúpula, estão afixadas placa, brasões e as logomarcas das entidades patrocinadoras. Assinado pelo escultor no lado direito da caravela estilizada, o monumento marca as comemorações, em Santos, do V Centenário do Descobrimento da América, homenageando ainda os dias de Cristóvão Colombo e da Hispanidade (12 de outubro), e do Descobrimento da América (11 de outubro).
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Esculturas Urbanas
Histórico
O
navegador e explorador Cristóvão Colombo nasceu em 1452, provavelmente na Itália. Cartógrafo brilhante, acreditava haver um percurso mais curto para alcançar as Índias, ao invés de passar pelo extremo sul da África, como buscavam os portugueses. Com o apoio de Fernando e Isabel, reis da Espanha, parte em 1492 na caravela Santa Maria para sua primeira viagem, acompanhado das caravelas Pinta e Niña, e chega à América em 12 de outubro de 1492 - tocou na GrãCanária, alcançou São Salvador, costeou Cuba e chegou ao Haiti. No ano seguinte, agora com 13 naus e 14 caravelas, avista as Antilhas, aborda Martinica, ruma para Porto Rico e chega a Hispaniola – nessa viagem funda Isabela, atual São Domingos, na República Dominicana, a primeira povoação européia conhecida no continente americano. Cinco anos depois, com seis naus, alcança a Ilha de Trindade. Determinado a chegar ao Oriente, inicia a quarta viagem em 1502, quando avista a Jamaica, chega a Honduras e costeia a Nicarágua, Costa Rica e o Panamá. Desapontado por não ter encontrado o caminho para a Ásia, retorna à Espanha. Morre em Valladolid a 20 de maio de 1506, na mais completa pobreza. Parte de seus restos mortais encontra-se sepultada na capela da Ilha Cartuxa, em Sevilha (Espanha), e outra, no Farol a Colombo, monumento na República Dominicana.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 96 da Avenida Presidente Wilson Bairro Pompéia
Esculturas Urbanas
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Pioneiros da Petrobr as Homenageado trabalhadores da Petrobras Categoria monumento Projeto arquiteto Carlos Prates Iniciativa Clube 2004 Inauguração 23 de novembro de 1993
Car acterísticas Dimensão da obra 5 metros de altura
pedestal (lâmina): 5 metros; 0,10m; 0,70m tambores: 0,80m (altura); 0,50m (diâmetro) placas: 0,23m x 0,35m; 0,40m x 0,36m
Dados materiais pedestal (lâminas): concreto tambores e placas: metal
Placas
histórico A Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras) foi criada em 1953 pela Lei nº 2.004, assinada pelo presidente Getúlio Vargas. Suas operações foram monopólio da empresa até 1997, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou a Lei nº 9.478, abrindo seu capital à iniciativa privada. Naquele ano, o Brasil ingressou no seleto grupo de 16 países que produzem mais de um milhão de barris de óleo por dia. Em 2003, coincidindo com seus 50 anos de atividades, dobrou a produção diária de óleo e gás natural no Brasil e no exterior. Três anos depois, o País alcançou a auto-suficiência sustentável em petróleo. Atualmente, a companhia mantém atividades operacionais ou escritórios em 27 países e tornou-se a 14ª empresa de petróleo do mundo e a 7ª entre as de capital aberto.
Localização Endereço Praça Ida Trilli Gomes Santos Bairro Ponta da Praia
“Homenagem ao Clube 2004 Obra executada com a colaboração e apoio da Prodesan S.A. e Prefeitura Municipal de Santos David Capistrano Filho Prefeito Municipal Santos, 23 de novembro de 1993”
Descrição da obr a
“Clube 2004 Fundado em 16.04.58”
Duas lâminas de concreto, paralelas, com extremidades chanfradas, sustentam dois tambores de petróleo, pintados na cor amarela. As peças foram fixadas na posição horizontal, em alturas diferentes, a 3 metros e 3,50m do solo, respectivamente. O monumento homenageia ainda o Clube 2004, cujo nome faz referência à lei que criou a Petrobras.
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Esculturas Urbanas
Bíblia Sagr ada Categoria monumento Fundição Metal Bronze Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 13 de julho de 1994
Car acterísticas
Descrição da obr a
Dimensão da obra
Sobre um pedestal formado por três lâminas de concreto unidas verticalmente, cuja face externa tem forma curva, foi assentado o bronze, representando bíblias abertas. São três faces – uma para cada lado do monumento -, que trazem, na representação das páginas internas, versículos bíblicos.
2,85m de altura peça: 0,95m; 0,65m; 0,65m pedestal: 1,90m; 1,22m; 1,22m
Dados materiais peça: bronze pedestal: concreto inscrições: alto-relevo no bronze
Inscrições “ “Buscai no livro do Senhor e lede.” (Isaías 34:16)” “ “Examinais as escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (São João 5:39)”
Localização Endereço Praça da Bíblia Bairro Marapé
“ “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho.“ (Salmo 119:105)” “ “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.” (Apocalipse 2:10-b)” “ “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim ainda que esteja morto, viverá” (São João 11:25)” “ “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e tua casa” (Atos 16:31)”
Esculturas Urbanas
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Rotary club de Santos-pr aia Homenageado Rotary Club de Santos-Praia Categoria monumento Projeto arquiteto Francisco José Carol Construção engenheiro Delchi Migotto Filho Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 9 de fevereiro de 1995
Descrição da obr a Repleto de simbolismos, o marco rotário é formado por dois arcos de concreto em forma de diapasão, unidos pelo eixo, em cujo vão superior se encontram afixadas três placas de metal com os emblemas do Rotary International, Rotaract Club e Interact Club. No vão inferior, encontram-se três placas. Seis lâminas de concreto, de alturas diferentes, estão posicionadas a cada lado do monumento, duas das quais na grama e quatro no retângulo de paralelepípedos que forma a base do conjunto escultural. As lâminas isoladas e menores simbolizam o homem que, ao se aproximar de seus companheiros, muda seus valores e o mundo, e seu chão passa a ser uma base sólida. Esse crescimento se completa, na simbologia, com a força de servir, representada pela junção e entrelaçamento dos arcos. Há três placas pequenas fixadas em pedestais no chão.
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Placas “Rotary Club de Santos-Praia” “Rotary Club de Santos-Praia Distrito 4420 Fundado em 12/02/1959 Marco Rotário Inaugurado em 09 de fevereiro de 1995 sob o lema “Seja Amigo” Ano Rotário 1994-95 Reuniões: dia: 5as feiras hora: 19:30 horas local: Ed. Rotary - Cobertura Av. Dona Ana Costa nº 151 Santos-São Paulo” “Rotary Club de Santos-Praia Distrito 4420 Fundado 12/02/59 Este marco foi inaugurado no mês que Rotary International completava 90 anos e o nosso clube 36 anos Contando com a participação dos seguintes companheiros (segue-se a relação de 63 rotarianos)...”
Esculturas Urbanas
Car acterísticas
Histórico
F
undado por 23 rotarianos em 12 de fevereiro de 1959, o Rotary Club de Santos-Praia tem sob sua jurisdição a área compreendida entre a divisa de Santos-São Vicente, linha da Estrada de Ferro Sorocabana, ruas Gaspar Ricardo e Marquês de São Vicente, Avenida Francisco Glicério, Rua Barão de Paranapiacaba, avenidas Conselheiro Nébias e Rodrigues Alves até o Estuário, seguindo pela orla até a divisa com São Vicente. Os estudos para a criação desse clube ficaram a cargo de uma comissão presidida por Paulo de Oliveira e sua instalação ocorreu durante reunião na antiga sede do Clube XV, em Santos (SP), ocasião em que foi eleita a diretoria, sob a presidência de Luiz Dias Marcelino. Nascido em Santos a 26 de outubro de 1908, Marcelino foi comerciante e trabalhou na firma de café Raposo & Cia. antes de ingressar, com os irmãos, no ramo da construção civil. Em 1955, eles construíram o Edifício Independência e, três anos depois, inauguraram o Teatro Independência, ambos no bairro Gonzaga, prosseguindo na atividade imobiliária. Marcelino participou ativamente de entidades sociais e presidiu a Sociedade Portuguesa de Beneficência.
Dimensão da obra 4 metros de altura pedestal: 4 metros; 5 metros; 1,60m
placas: uma com 0,28m x 0,63m; uma com 0,24m x 0,30m; duas com 0,40m x 0,30m e três com 0,15m x 0,20m, no solo
pedestal (placas): 0,70m; 047m; 0,36m
Emblemas Rotary International: 0,60m (diâmetro) Rotaract Club: 0,50m (diâmetro) Interact Club: 0,50m (diâmetro)
Dados materiais pedestal: concreto placas e emblemas: alumínio pedestal (placas): concreto e pedra
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 10 da Avenida Vicente de Carvalho Bairro Boqueirão
Esculturas Urbanas
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Brigadeiro Tobias de Aguiar Homenageado Rafael Tobias de Aguiar Categoria herma Escultor Luís Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 7 de outubro de 1996
Car acterísticas Dimensão da obra 2,24m de altura herma: 0,62m; 0,78m; 0,30m pedestal: 1,62m; 1,06m; 0,80m placas: 0,05m x 0,38m; 0,40m x 0,30m
Dados materiais herma: bronze pedestal: concreto placas: duas, em bronze
Histórico
C
riador e patrono da Polícia Militar de São Paulo, Rafael Tobias de Aguiar nasceu em Sorocaba (SP) a 4 de outubro de 1793. Aos quatro anos, é inscrito como cadete no Regimento de Cavalaria de sua cidade natal e, aos 26 anos, organiza uma brigada de 100 homens rumo ao Rio de Janeiro, para combater as tropas portuguesas que se opunham à independência. Em 1821, ingressa na vida pública – foi conselheiro do governo da província, deputado provincial e geral em várias legislaturas. É autor do projeto de instalação da primeira linha de Correio no Interior, interligando São Paulo a Jundiaí, Campinas, Itu e Sorocaba, e o responsável pela criação da Guarda Municipal Permanente, embrião da Polícia Militar. Foi presidente (governador) da Província de São Paulo de 1831 a 1835 e de 1840 a 1841. Em 1842, casa-se com Domitila de Castro, a marquesa dos Santos, e, no mesmo ano, comanda em São Paulo, juntamente com o padre Diogo Antônio Feijó, a Revolução Liberal, combatendo a ascensão dos conservadores durante o início do reinado de D. Pedro II. Responsável pela Coluna Libertadora, integrada por 1.500 homens, tenta invadir São Paulo para depor o presidente da província, barão de Monte Alegre. Derrotado pelas forças imperiais, foge para o Rio Grande do Sul, mas é preso em 8 de novembro e levado para o Rio de Janeiro. Doente, é anistiado em 1844, sendo aclamado pelo povo em seu retorno a São Paulo. Dois anos depois, é eleito deputado geral e reelege-se em 1857, mas é obrigado a licenciar-se por motivo de saúde. Embarca com a família no vapor Piratininga, seu estado se agrava e, ao chegar a Santos, decide retornar ao Rio de Janeiro, mas acaba falecendo antes do navio atracar na Baía da Guanabara. Seu corpo é levado para São Paulo no dia 20 de outubro, sendo sepultado, com honras, na Igreja de São Francisco.
Localização
Placas
Descrição da obr a
“Brigadeiro Tobias de Aguiar”
Com uniforme militar de gala, a herma do homenageado encontra-se assentada sobre um pedestal integrado por duas formas piramidais, unidas pelo vértice por um pequeno bloco retangular. A peça que forma a base, onde se encontra a placa do 6º BPM/I, é volumetricamente maior que a de sustentação da escultura, na qual foi afixado o nome do homenageado. A escultura está datada e assinada pelo autor.
“O 6º BPM/I comemorando seu 1º centenário homenageia o fundador da Polícia Militar do Estado de São Paulo Santos, 7 de outubro de 1996”
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Endereço jardim da praia, em frente ao número 116 da Avenida Bartolomeu de Gusmão Bairro Aparecida
Esculturas Urbanas
Trabalhador Portuário Placas “Santos, 06 de setembro de 1996. Com este monumento a Eudmarco se une à CODESP, em homenagem ao trabalhador portuário, do passado e do presente, verdadeiro responsável pela pujante realidade que é o Porto de Santos hoje. Mário Jorge Gusmão Bérard - Eudmarco S/A Marcelo de Azevedo - Codesp”
Homenageado portuários Categoria monumento Escultor Vito D’Alessio e Juvenal Irene Iniciativa Empresa Eudmarco Inauguração 6 de setembro 1996
Car acterísticas Dimensão da obra 12 metros de altura estátua: 9 metros; 5,50m; 5 metros pedestal: 3 metros; 3,10m; 3,10m placas: 0,80m x 0,80m; 0,30m x 0,80m
Dados materiais estátua: armação de metal, com lâmi-
Descrição da obr a Apoiada em uma base quadrada de concreto, a estátua, com duas toneladas e linhas contemporâneas, retrata meio-corpo de um estivador com um saco de café nas costas.
nas de poliestireno pedestal: concreto placas: duas, em alumínio
“O Portuário, São Paulo, 1996 Autor: Vito D’Alessio e Juvenal Irene Arquitetura: José Armando Ferrara Engenharia: Elias Tfouni”
Histórico
O
estivador, que no passado chegava a carregar nas costas três sacos de café com 60 quilos cada, desempenhou relevante papel para a economia e o movimento sindical nacionais, garantindo conquistas trabalhistas que se estenderam depois para todo o País. A categoria comemora em 18 de outubro o Dia do Estivador, instituído em 1960 devido a uma greve deflagrada em Santos.
Localização Endereço Avenida Eduardo Guinle, próximo ao armazém 13 Bairro Paquetá
Esculturas Urbanas
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Giusfredo Santini Histórico
N
ascido em Bragança Paulista (SP) a 1º de maio de 1897, Giusfredo Santini foi o responsável pela ampliação e modernização do jornal A Tribuna, de Santos (SP), criando as bases para a empresa transformar-se em uma holding. Na década de 1920, já em Santos, atua como subgerente de uma companhia de petróleo. Genro de Manuel Nascimento Júnior - que comprou o jornal em 1909, dois anos após a morte de seu fundador, Olímpio Lima -, Giusfredo começa a trabalhar em A Tribuna em 1926, assumindo depois a superintendência da empresa, cargo ocupado por 33 anos. O jornal, que começou a circular duas vezes por semana, em 26 de março de 1894, ganha sede própria na Rua General Câmara nº 90 em 1927, mais linotipos e sua primeira rotativa, com capacidade para editar jornais de 40 páginas. Com a morte de Nascimento Jr., em 29 de maio de 1959, Giusfredo assume como diretor-presidente, função que exerceu por 31 anos, até seu falecimento em 20 de novembro de 1990. Hoje, além do jornal, o Sistema A Tribuna de Comunicação (SAT) engloba a TV Tribuna (afiliada à Rede Globo), rádio Tribuna FM, jornais Primeiramão Santos e Primeiramão Campinas, o portal A Tribuna Digital e o jornal Expresso Popular.
Localização Endereço Avenida Alm. Saldanha da Gama, em frente ao número 182 Bairro Ponta da Praia
Homenageado Giusfredo Santini Categoria busto Escultor Enivaldo Rebellato Lupi Iniciativa Prefeitura de Santos e Roberto Mário Santini Inauguração 7 de junho de 1997
Car acterísticas Dimensão da obra 1,84m de altura busto: 0,54m; 0,50m; 0,30m pedestal: 1,20m; 0,40m; 0,40m base: 0,10m; 0,60m; 0,60m placa: 0,40m x 0,37m
Dados materiais busto: bronze pedestal: granito polido base: granito polido placa: bronze
Placa “Homenagem da Cidade de Santos a Giusfredo Santini diretor-presidente de A Tribuna (1959-1990) na passagem de seu centenário de nascimento 1-5-97”
Descrição da obr a O busto, que não está assinado pelo artista, encontra-se assentado sobre pedestal com base, formando um degrau. A placa foi afixada à frente, no pedestal.
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Esculturas Urbanas
Ariosto Guimar ães Homenageado Ariosto Pereira Guimarães Categoria busto Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Rádio Cultura de São Vicente e Santos Inauguração 26 de abril de 1999
Car acterísticas
Placa
Histórico
Dimensão da obra
“Prefeitura Municipal de Santos Dr. Ariosto Pereira Guimarães Defender direitos e respeitar a lei foram lemas na vida deste jurista, cujo nome se confunde com dignidade, justiça e prestação de serviços à comunidade. Santos, 28 de abril de 1999. Beto Mansur Prefeito Municipal”
dvogado e professor, Ariosto Pereira Guimarães foi árduo defensor do direito de todos e muito trabalhou por Santos. Nascido em Campinas (SP) a 10 de fevereiro de 1897, aos dois anos de idade muda-se para Santos (SP) com a família. Diplomou-se na Escola Normal Secundária de São Paulo em 1915. Três anos depois, formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco (São Paulo) e em 2 de fevereiro de 1919 abriu escritório em Santos. Militante ativo dos movimentos culturais e políticos, sobretudo nas décadas de 1930 e 1940, foi perseguido e preso, por mais de um ano, pelo governo de Getúlio Vargas. Foi co-fundador da Sociedade Amiga da Instrução Popular, voltada ao combate do
2,40m de altura busto: 0,68m; 0,62m; 0,30m pedestal: 1,72m; 0,66m; 0,46m placa: 0,40m x 0,50m
Dados materiais busto: bronze pedestal: concreto placa: bronze
Descrição da obr a Apoiado em pedestal formado por uma lâmina de concreto, encontra-se o busto do homenageado, representado de terno e gravata. A peça está datada e conta com a assinatura do escultor na lateral direita. A placa com a inscrição foi afixada no pedestal.
A
Localização Endereço Praça José Bonifácio Bairro Centro Histórico
analfabetismo nos bairros carentes, e de escolas na Ilha Barnabé e nos bairros Alemoa, Macuco e Campo Grande. Lecionou na Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos (UniSantos) e na antiga Uniceb (hoje Universidade Santa Cecília - Unisanta). Recebeu a Medalha do Mérito Judiciário, outorgada pelo Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, e o título de sócio-honorário do Instituto dos Advogados de São Paulo. Faleceu em Santos a 17 de novembro de 1994. Em reconhecimento a suas importantes contribuições, seu nome foi escolhido para patrono do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e batiza, também, o viaduto do km 65 da Via Anchieta (SP 150).
Esculturas Urbanas
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Visconde de Mauá Homenageado Irineu Evangelista de Sousa Categoria busto Escultor Luiz Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 5 de dezembro de 1997
Descrição da obr a
Placas
O busto do visconde de Mauá encontra-se sobre pedestal formado por uma lâmina retangular, dividida em três planos. No primeiro, perpendicular ao chão, foi afixada placa alusiva aos feitos do homenageado, e no segundo, inclinado sobre o primeiro, a indicação relativa à reurbanização da Praça Mauá. Já o terceiro plano, em posição horizontal, ostenta, na parte frontal, o nome do homenageado.
“Visconde de Mauá”
122
“Prefeitura Municipal de Santos A reurbanização da Praça Mauá que é um dos principais marcos de Santos, teve o objetivo de integrá-la ao conjunto arquitetônico do Paço Municipal, valorizando o Patrimônio Histórico e contribuindo para revitalizar, ainda mais, o Centro da nossa Cidade. Santos, 05 de dezembro de 1997. Beto Mansur – Prefeito Municipal de Santos.”
“Visconde de Mauá Irineu Evangelista de Sousa nasceu em Arroio Grande, R.S. em 28 de dezembro de 1813 e faleceu em Petrópolis, a 21 de outubro de 1889. De caráter íntegro, foi o principal empresário brasileiro no século XIX. Iniciou a implantação da ferrovia no Brasil, instalou grandes indústrias, inovou as comunicações, fundou bancos, entre eles, o Banco Mauá com filial em Santos, na Rua Frei Gaspar, 6. Por essas iniciativas recebeu de D. Pedro II, o título de Visconde de Mauá.”
Esculturas Urbanas
Car acterísticas
Histórico
N
ascido a 28 de dezembro de 1813 em Arroio Grande (RS), Irineu Evangelista de Sousa teve sua existência marcada por importantes realizações para o País. Construiu navios em estaleiros nacionais e a primeira estrada de ferro do Brasil, inaugurada em 30 de abril de 1854 (denominada Petrópolis, ligava a Praia da Estrela, na Baía da Guanabara, à raiz da Serra de Petrópolis, RJ), iniciativa que lhe garantiu o título de barão de Mauá. Instituiu rede de abastecimento de água e iluminação a gás no Rio de Janeiro; navegação no Rio Negro (Amazonas) com o primeiro barco a vapor e recriou o Banco do Brasil. Em 1870, inaugurou o telégrafo, interligando o País e a Europa, sendo então promovido por D. Pedro II a visconde. Homem de fortuna, chegou a emprestar dinheiro ao Tesouro Nacional. Foi à falência, mas reabilitou-se e pagou todas as dívidas. Em Santos (SP), Evangelista de Sousa instalou uma filial do Banco Mauá na Rua Frei Gaspar nº 6, onde depois funcionou a extinta firma Hard Rand Importadora e Exportadora S.A.. Faleceu em Petrópolis, a 21 de outubro de 1889.
Dimensão da obra 2,25m de altura busto: 0,65m; 0,60m; 0,30m pedestal: 1,60m; 0,65m; 0,45m placas: uma com 0,05m x 0,50m; duas com 0,40m x 0,50m
Localização Endereço Praça Mauá Bairro Centro Histórico
Dados materiais busto: bronze pedestal: concreto placas: três, em bronze
Esculturas Urbanas
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Imigração Japonesa 124
Homenageado imigrantes japoneses Categoria monumento Escultor Cláudia Fernandes Iniciativa Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil Inauguração 21 de junho de 1998
Esculturas Urbanas
Car acterísticas
Dimensão da obra 4,50m de altura estátua: 2,20m; 1,10m; 0,80m pedestal: 2,30m; 1,30m; 1,30m placa (cerejeira): 0,40m x 0,30m suporte da placa (cerejeira): 0,28m; 0,65m; 0,65m pedra com inscrição: 0,60m; 1,40m; 0,80m
Dados materiais estátua: bronze pedestal: granito placa: metal suporte da placa: concreto
Inscrições ”À esta terra” (em português e japonês, na pedra) pedestal - frente “Aos imigrantes japoneses Ryutaro Hashimoto Primeiro ministro do governo japonês” pedestal - verso (em português e japonês) “A saga dos imigrantes japoneses, iniciada no porto de Santos em 18 de junho de 1908, completa 90 anos. Dos 250.000 que aqui chegaram restam hoje 80.000. Incluídos os descendentes, somam 1.400.000 que vivem e labutam nesta terra.
18 de junho de 1.998. Comissão de Constr. do Monumento aos Imigrantes Japoneses Erigido na gestão do Prefeito Paulo Roberto Gomes Mansur”
Esculturas Urbanas
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Descrição da obr a Três estátuas representam uma família de imigrantes japoneses, com roupas do início do século XX. Com o braço direito estendido, o homem parece indicar ao filho e à mulher as terras brasileiras, que acabara de avistar. As peças escultóricas, com 9.700 quilos, estão sobre um grande pedestal, em cuja frente, na parte superior, foi inserida inscrição com a dedicatória do monumento, traduzida para o japonês na peça afixada na parte inferior, em granito preto. Em frente ao monumento, em uma pedra cuja superfície foi cortada e polida, encontra-se a dedicatória ao Brasil, nas duas línguas. O conjunto escultórico integrou as comemorações do 90º aniversário da chegada dos japoneses ao País e foi inaugurado às 17 horas, o mesmo horário em que, em 18 de junho de 1908, após 51 dias de viagem, atracava no armazém 14 do Porto de Santos o navio Kasato Maru, trazendo os primeiros imigrantes para trabalhar nas lavouras. Nas proximidades do conjunto, foi plantada, em 2001, uma muda de cerejeira, que também
126
recebeu placa com inscrição comemorativa: “SAKURA - CEREJEIRA - Homenagem aos primeiros imigrantes japoneses que embarcaram no Porto de Kobe no Japão no dia 28/04/1908 a bordo do navio “Kasato Maru” com destino ao Brasil onde chegaram em 18/06/1908 no Porto de Santos. A Associação Japonesa de Santos e a Prefeitura Municipal desejam que o florescimento desta cerejeira simbolize os laços de amizade entre o Brasil e o Japão e que estes sejam sempre prósperos. Santos, 18 de junho de 2001. Comendador Arata Kami/Presidente Associação Japonesa de Santos, Beto Mansur/Prefeito Municipal de Santos.” A imagem do Kasato Maru foi escolhida pelo governo do Japão para ilustrar as moedas comemorativas dos 100 anos da imigração japonesa, em 2008. A Casa da Moeda do Japão, em Osaka, produziu 4,8 milhões de moedas - com 26,5 milímetros de diâmetro e valor de face de 500 ienes, a peça trás, no verso, símbolo dos dois países: flores de cerejeira e grãos de café.
Esculturas Urbanas
Histórico A
imigração japonesa no Brasil começou pouco depois da guerra russo-japonesa (1905), graças a um acordo entre os governos japonês e brasileiro – enquanto o primeiro enfrentava crise demográfica, o segundo precisava de mão-de-obra para as lavouras de café, desfalcadas com a abolição da escravatura, em 13 de maio de 1888. Em 1897, uma das empresas de emigração japonesa chegou a obter um contrato para o envio de dois mil trabalhadores, mas uma crise no setor cafeeiro impediu a viagem. A primeira leva de imigrantes chegou ao Porto de Santos no dia 18 de junho de 1908, a bordo do navio Kasato Maru (consignado à Agência Marítima Wilson Sons), que atracou no armazém 14 – eram 165 famílias, totalizando 781 pessoas. O tratado entre a Companhia Imperial de Emigração, fundada por Ruy Mizuno, e o Governo do Estado de São Paulo determinava a presença de pelo menos três pessoas maiores de 12 anos e em condições de trabalhar nas lavouras de café, em cada uma das famílias.
Apesar dos resultados desfavoráveis no primeiro ano – o trabalho de três pessoas não alcançou a diária de um trabalhador de fazenda -, em 28 de junho de 1910 chegaram a Santos, no navio Ryokun Maru, mais 906 pessoas de 247 famílias japonesas, para trabalhar na região da Alta Mogiana. Entre 1912 e 1914, foi registrada a entrada de mais oito navios trazendo imigrantes japoneses, num total de 13.289 pessoas. Após cumprir o contrato obrigatório de um ano, muitos japoneses começaram a trabalhar na construção de estradas de ferro ou em outros serviços braçais, enquanto outros arrendaram terras a baixo custo, para plantar seus próprios cafezais ou se dedicar à cultura da banana ou do arroz, que já conheciam em sua terra natal. Foi em função desses plantios que muitos prosperaram no litoral paulista. O Brasil tem, hoje, a maior população nipônica fora do Japão.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 4 da Avenida Vicente de Carvalho Bairro Boqueirão
Esculturas Urbanas
127
Menino empinando pipa Homenageado crianças Categoria monumento Escultor Serafim Gonzalez e Daniel Leandro Gonzalez Inauguração 21 de agosto de 1999
Descrição da obr a
Placas
Sobre pedestal, encontra-se a escultura de um menino, retratado com camisa e bermuda, em cujo bolso traseiro guarda um estilingue. Com o braço esquerdo estendido para o alto, ele empina uma pipa, cujo fio, confeccionado em aço, está seguro pela mão direita. Atrás da estátua, entre as pernas do menino, uma bola e um peão completam o conjunto escultural.
“Infância de Portinari Autores: Serafim Gonzalez e Daniel Leandro Gonzalez”
128
“Candido Portinari Candido Portinari nasceu em Brodósqui a 29 de dezembro de 1903. Seu primeiro êxito ocorreu em 1923 ao pintar o retrato do escritor Mazzuchelli. Foi professor de pintura na Universidade do Rio de Janeiro, decorou uma sala da biblioteca do Congresso, em Washington, e executou, em 1945, a Via Crucis para a Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em 1955, ornamentou a sede da Liga das Nações, em Nova York. Faleceu no Rio de Janeiro a 6 de fevereiro de 1962, intoxicado pela tinta.”
“Prefeitura Municipal de Santos Estância Balneária Praça Candido Portinari Reurbanização Sociedade de Melhoramentos do Bairro do Marapé Alberto Borges Presidente Administração Dr. Paulo Gomes Barbosa Prefeito Municipal 11 de outubro de 1983”
“Prefeitura Municipal de Santos Praça Candido Portinari Reformar a Praça Candido Portinari significa devolver à população do Marapé um importante espaço de lazer e referência para todos os que transitam pelo bairro e que contribuem para o desenvolvimento da cidade. Santos, 21 de agosto de 1999 Beto Mansur Prefeito Municipal”
Esculturas Urbanas
Car acterísticas Dimensão da obra 3,48m de altura estátua: 1,50m; 0,70m; 0,50m pedestal: 1,98m; 1,10m; 0,68m placas: 0,10m x 0,15m; 0,50m x 0,40m; 0,20m x 0,30m; 0,25m x 0,40m
Dados materiais estátua: fibra de vidro e aço pedestal: alvenaria placas: duas em bronze e duas em metal
Histórico
Localização
nspirado no quadro Menino soltando pipa, de Candido Portinari, os dois escultores santistas homenageiam o universo infantil e suas brincadeiras de rua. A infância foi tema da fase cultura brasileira, uma das mais destacadas desse paulista.
Endereço Praça Candido Portinari Bairro Marapé
I
Esculturas Urbanas
129
Histórico
N
ascida em São Paulo a 16 de abril de 1919, Lydia Federici mudou-se com a família para Santos (SP) com apenas um mês de idade. Jornalista e economista, iniciou carreira no Jornal A Tribuna em 1939, como comentarista esportiva, respondendo pela coluna Quando elas voleibolam. Em dezembro de 1961, foi publicada sua primeira crônica na coluna Gente e Coisas da Cidade, para a qual escreveu até o dia de sua morte, em 2 de junho de 1994. Também escreveu crônicas esportivas para outros jornais. Na década de 1940, Lydia foi figura de destaque no esporte santista: começou no vôlei e passou para o atletismo, sagrandose campeã no arremesso de disco da Taça Adhemar de Barros dois meses após iniciar os treinamentos. Afastada devido a fraturas no joelho, continuou ligada ao esporte, dirigindo clubes e treinando equipes femininas de vôlei durante 30 anos. Participou de 14 entidades esportivas e cívicas, como diretora ou membro do conselho. Foi uma das criadoras, em 1976, do Grupo Andarilhos de Enguaguaçu, entidade ecológica de Santos que promovia caminhadas mensais a vários locais da Baixada Santista.
Descrição da obr a A herma da homenageada, retratada com uma blusa esportiva, encontra-se pousada sobre um pedestal de granito, de forma piramidal, dotado de borda com duas saliências, em sua parte superior.
Lydia Federici Homenageado Lydia Federici Categoria herma Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos, Movimento de Arregimentação Feminina (MAF) e Grupo Andarilhos de Enguaguaçu. Inauguração novembro de 1995
130
Placa “Homenagem à Lydia Federici do Movimento de Arregimentação Feminina - M.A.F. e Andarilhos de Enguaguaçu Santos, novembro de 1995” “Santos!... Cidade Porto, Cidade Mar, Eu te amo! Lydia Federici”
Car acterísticas
Localização
Dimensão da obra
Endereço jardim da praia, em frente ao número 36 da Avenida Vicente de Carvalho Bairro Boqueirão
2,37m de altura herma: 0,60m; 0,40m; 0,30m pedestal: 1,77m; 1 metro; 0,75m placa: 0,49m x 0,37m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito placa: bronze
Esculturas Urbanas
Maria José Aranha de Rezende Homenageado Maria José Aranha de Rezende Categoria herma Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 18 de novembro de 1999
Car acterísticas Dimensão da obra 2,34m de altura herma: 0,57m; 0,40m; 0,30m pedestal: 1,77m; 1 metro; 0,75m placa: 0,50m x 0,40m
Dados materiais herma: bronze pedestal: granito placa: bronze
Placa
Histórico
C
onhecida como a ‘poetisa das rosas’, Maria José Aranha de Resende, a Zezinha, nasceu no dia 2 de outubro de 1911, em Santos (SP), onde faleceu, em 17 de junho de 1999. Fundadora da Academia Santista de Letras, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santos e cronista do jornal A Tribuna, foi a primeira mulher admitida em uma entidade literária, quando contava apenas 17 anos de idade. Escreveu quatro livros de poesia - Rosa desfolhada, A flor e outros poemas, Sonetos que o amor ensinou e Fonte sonora. Com Vicente de Carvalho, o Poeta do Mar, biografia de seu tio-avô, conquistou o prêmio Luiz de Camões, da Academia de Ciências e Letras de Lisboa, e com Affonso d’Escragnolle Taunay - O Desbravador da História Paulista, menção honrosa da Comissão Estadual de Literatura. Cidadã Emérita de Santos, título que recebeu em 1974, Zezinha também é a autora de Muita Prosa, pouco Verso, que recebeu o Troféu Ribeiro Couto – o Livro do Ano, em 1983, pela União Brasileira de Escritores.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 38 da Avenida Vicente de Carvalho Bairro Boqueirão
“Prefeitura Municipal de Santos Homenagem à poetisa das rosas, Maria José Aranha de Rezende Que eternamente perfumará Santos com seus versos Santos, 13 de novembro de 1999 Beto Mansur – Prefeito Municipal”
Descrição da obr a Sobre um pedestal de granito em forma trapezoidal, está depositada a herma da homenageada, retratada com as mãos postas sobre o coração, segurando uma rosa. Na parte inferior da peça, ao lado esquerdo, encontra-se a assinatura abreviada do autor e, abaixo dela, ano da inauguração. A placa com a inscrição foi afixada à frente, no pedestal.
Esculturas Urbanas
131
Associação da Ordem DeMolay Homenageado Capítulo Santos, da Ordem DeMolay Categoria monumento Fundição Esportes Brindes Iniciativa Loja Maçônica Estrela de Santos Inauguração 17 de dezembro de 1999
Car acterísticas Dimensão da obra
Descrição da obr a O pedestal, em forma de polígono, sustenta uma lâmina do mesmo formato, fixada verticalmente, em cujo centro se encontra o emblema da Ordem DeMolay, confecionado por uma empresa de São Paulo. O monumento está assentado no centro de uma estrela de cinco pontas, formada com granito preto, no piso de um patamar de dois degraus. Cada parte do emblema DeMolay possui um significado: a coroa simboliza a juventude; a pérola e os nove rubis, o fundador da ordem, Frank Shermann Land, e os integrantes do grupo original, respectivamente. Já o elmo simboliza o cavalheirismo, enquanto a lua crescente é indicativa de segredo, lembrando que um DeMolay não deve trair a confiança da ordem, de um amigo ou de um irmão. A cruz branca de cinco braços significa a pureza de intenções e representa o lema da entidade – ‘Nenhum DeMolay fracassa como cidadão, como um líder ou como um homem’. As espadas cruzadas, por sua vez, denotam justiça, retidão e piedade, e simbolizam a luta da ordem contra a arrogância, tirania e intolerância. As dez estrelas em torno da lua representam os desejos e deveres de irmandade entre os membros da ordem, ao passo que a cor amarela, predominante, significa a luz; a vermelha, força, energia e coragem, e a azul equilibra o vermelho, formando o homem perfeito.
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2,11m de altura peça: 1,17m; 1,11m; 0,15m pedestal: 0,94m; 1,14m; 1,14m placas: 0,30m x 0,40m; 0,40m x 0,35m
Dados materiais peça: granito e metal pedestal: granito preto polido placas: uma em metal, uma em bronze
Placas “Capítulo “Santos” da Ordem DeMolay Praça DeMolay “Te saudamos Nobre Mártir. Que os jovens de nossa sociedade possam viver tão nobremente quanto morreste.” Sr. Adelmo Guassaloca Sr. André Misieluk Sr. Carlos Alberto Tavares Russo Sr. Evaristo Yoshinobo Kanashiro Sr. Fernando da Silva Faria Sr. José Lascane Sr. Péricles Bastos de Lima Sr. Serafim de Almeida Tavares Sr. Sérgio Luiz Pereira Soares Santos, 17 de dezembro de 1999 V e VI Gestões Administrativas” “Prefeitura Municipal de Santos Monumento em homenagem ao Capítulo Santos da Ordem DeMolay Inaugurado em 17 de dezembro de 1999 Beto Mansur Prefeito Municipal”
Esculturas Urbanas
Histórico S
ociedade filosófica, paramaçônica, voltada a rapazes de 12 a 21 anos de idade, a Ordem DeMolay foi fundada em 1919 por Frank Shermann Land, na cidade de Kansas (EUA). Chegou ao Brasil em 16 de agosto de 1980, quando foi instalada a primeira célula da organização, denominada capítulo, no Rio de Janeiro, fundada pelo maçom Alberto Mansur. A DeMolay é inspirada na história e exemplo de Jacques DeMolay, 23º e último grão-mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, criada em 1118 na cidade de Jerusalém (Israel), por nove franceses, para proteger e defender os interesses dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados na Terra Santa, durante as Cruzadas. A Ordem dos Templários beneficiou-se de inúmeras doações de bens, transformando-se em uma instituição de enorme poder político, militar e econômico. DeMolay nasceu em 1244, em Vitrey (França), e entrou para a Ordem dos Cavaleiros Templários aos 21 anos. Assumiu o cargo de grão-mestre em 1298. Perseguido pela Inquisição, foi condenado à fogueira em 18 de março de 1314, por ordem do Rei Filipe IV, da França, por não delatar seus companheiros e negar a autoria de suposta confissão, que, na verdade, fora forjada.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 19 da Avenida Bartolomeu de Gusmão Bairro Embaré
Esculturas Urbanas
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Cônego Lúcio Floro Homenageado Cônego Lúcio Floro Categoria herma Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 23 de dezembro de 1999
Car acterísticas Dimensão da obra 2,23m de altura herma: 0,60m; 0,40m; 0,30m pedestal: 1,63m; 0,66m; 0,40m placa: 0,30m x 0,40m
Dados materiais herma: bronze pedestal: concreto placa: bronze
Histórico
P
aulistano, Lúcio Floro Graziozi nasceu no dia 18 de agosto de 1922 e estudou em seminários de São Paulo e Roma (Itália), onde foi ordenado presbítero em 21 de dezembro de 1946. Chegou à Diocese de Santos (SP) em março de 1966, procedente de Sorocaba (SP). Foi professor universitário; secretário do Regional Sul 1 da CNBB, em São Paulo; coordenador diocesano de pastoral e secretário da Comissão Central do Sínodo Diocesano de Santos, realizado de 1994 a 2000. Poeta, compôs hinos e textos para missas e para a Campanha da Fraternidade. Foi um dos fundadores dos jornais Folhas Populares, Mensageiros e Nossa Folha, e criou instituições beneficentes. Em 1969, foi nomeado vigário cooperador da Paróquia Senhor dos Passos e, em 1974, tomou posse como co-pároco na Paróquia de Nossa Senhora do Rosário da Pompéia. Ao falecer, em 23 de novembro de 1996, era pároco da Igreja de São Paulo Apóstolo.
Localização Endereço Largo Cônego Lúcio Floro Bairro José Menino
Descrição da obr a A herma do homenageado, representado de hábito, encontra-se apoiada sobre uma lâmina de concreto que integra o pedestal. A peça foi assinada e datada pelo autor, na lateral inferior direita.
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Esculturas Urbanas
O Peixe Homenageado Cidade de Santos Categoria monumento Escultor Ricardo Campos Mota (Rica ) Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 15 de dezembro de 1999
“Prefeitura de Santos Secretaria de Cultura “O PEIXE”. Realização de hidrojateamento, pintura e iluminação da escultura inaugurada em 15 de dezembro de 1999 Santos, 12 de julho de 2007 João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal
Deicmar Usiminas Cosipa Ministério da Cultura Governo Federal Projetos: Ricardo Campos Mota - Rica Agradecimentos: Governo do Estado de São Paulo, Grupo Brastubo, Sistema A Tribuna de Comunicação, Ecovias dos Imigrantes S.A., Ideal - Transportes e Guindastes Ltda., Assecob, Associação dos Engenheiros de Santos, Spina Iluminação”
Vinte e uma tubulações de aço cosarcor 400 integram as duas hastes que formam a imagem de um peixe, símbolo da Cidade de Santos. Produzida pela Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), a peça, de 35 toneladas, está assentada na vertical, sobre base de concreto fixada a 30 metros de profundidade. A escultura foi revitalizada em 2007, sendo entregue no dia 12 de julho - recebeu cor prata (a anterior era avermelhada), nova iluminação por 45 lâmpadas de vapor metálico de 70 watts cada, e sensores contra vandalismo.
Histórico
M
arco referencial na entrada de Santos, ‘O Peixe’ simboliza a Baixada Santista e o porto, sendo ainda referência ao Santos Futebol Clube, agremiação que, com o Rei Pelé, Edson Arantes do Nascimento, o Atleta do Século XX, foi campeã mundial em 1962 e 1963. O clube conquistou 84 títulos regionais, estaduais, brasileiros e internacionais entre 1913 e 2007. Os santistas começaram a ser chamados de ‘peixeiros’ em 1935, por torcedores do São Paulo Futebol Clube, durante partida realizada na Vila Belmiro. Desde então, a agremiação adotou a baleia – o maior animal marinho como mascote do time, simbolizando a força da nação alvinegra.
Car acterísticas
Localização
Dimensão da obra
Endereço Via Anchieta, quilômetro 64
25 metros de altura peça: 25 metros base: 20 metros (diâmetro) placa: 0,40m x 0,60m
Placa
Descrição da obr a
Dados materiais peça: aço cosarcor 400 base: concreto placa: alumínio
Esculturas Urbanas
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Os imigrantes
Homenageado imigrantes Categoria monumento Escultor Lecy Beltran Iniciativa Lecy Beltran Inauguração 21 de junho de 2000
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Inscrição
Car acterísticas
“Ponto de chegada, a bagagem, um sonho, um recomeço e uma esperança que um dia chegaram a Santos, portal da imigração.”
Dimensão da obra
Placa “Prefeitura Muncipal de Santos. Este importante monumento foi erguido graças à doação da escultura Os Imigrantes por parte da autora Lecy Beltran, e é um marco histórico na trajetória de muitas famílias constituídas pelos imigrantes que chegaram ao País pelo Porto de Santos. Trata-se de uma justa homenagem às raças que ajudaram a desenvolver a economia nacional e tornaram Santos o Portal do Brasil. Santos, 21 de junho de 2000 Beto Mansur Prefeito Municipal”
3,02m de altura escultura: 1,08m; 0,90m; 0,25m suporte: 1,30m; 1,40m; 0,10m pedestais: 1,42m; 0,45m; 0,30m 1,72m; 0,45m; 0,30m placa: 0,41m x 0,50m
Dados materiais escultura: bronze suporte: granito pedestais: granito placa: bronze
Esculturas Urbanas
Histórico
Descrição da obr a O monumento é formado por um suporte retangular de granito preto, sustentado por dois pedestais de alturas diferentes, revestidos por lâminas dessa mesma pedra e cor. O pedestal localizado à direita conta com um pequeno recorte horizontal onde repousa o suporte e se prolonga 30 centímetros acima do conjunto. É nesse granito que se encontra, em relevo, o título do monumento e a escultura de um casal com o filho pequeno, representados com roupas do início do século XX, ladeados por bagagens. No verso do suporte, está a inscrição. A placa foi afixada à frente do monumento, no solo. Doada a Santos pela artista, a peça não está assinada.
A
história de Santos está intimamente ligada à presença dos imigrantes, que chegavam ao País pelo porto, a principal porta de entrada do Brasil. Santos recebeu imigrantes europeus, que acabaram se fixando na Baixada Santista graças à presença de terra boa para o cultivo da cana-de-açúcar e da banana. A partir de 1808, com a chegada da família real ao Brasil e a abertura dos portos às nações amigas, a imigração européia começou a aumentar e, em 1827, a galera Maria deixava no Porto de Santos a primeira leva oficial de imigrantes alemães para trabalhar na lavoura. Nove anos depois, começaram a desembarcar os italianos, contratados pelos fazendeiros paulistas para as plantações de café. Já a imigração italiana começou efetivamente em 1882. A importação de mão-deobra não-escrava passou a ser utilizada cada vez mais pelos produtores, assustados com os
rumos que tomava o movimento abolicionista. De 1882 a 1891, chegaram a Santos 202.503 italianos, além de 25.925 portugueses, 14.954 espanhóis, 6.196 alemães, 4.118 austríacos, 3.315 russos, 1.922 franceses e 4.263 pessoas de outras nacionalidades, totalizando 263.196 imigrantes. Em 1908, desembarcaram do navio Kasato Maru as primeiras 165 famílias japonesas (total de 781 pessoas) para a lavoura, sobretudo de café, que depois se transformaram em grandes fornecedores de hortifrutigranjeiros - durante muitos anos, Santos foi auto-suficiente nesse setor graças às chácaras dos japoneses. A imigração começou a declinar em 1930, quando o presidente Getúlio Vargas instituiu a Lei dos Dois Terços, estabelecendo a obrigatoriedade da presença mínima, em qualquer ramo de atividade, de dois terços de funcionários brasileiros.
Localização Endereço jardim da praia, na Avenida Bartolomeu de Gusmão, em frente à Rua Anália Franco Bairro Aparecida
Esculturas Urbanas
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Monumento Cívico à Bandeir a do Br asil Categoria marco Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 18 de outubro de 2000
Car acterísticas
Descrição da obr a
Dimensão da obra
Pintado na cor verde e fincado em uma base sólida, abaixo do nível do solo, o mastro, com 30 metros de altura, sustenta uma bandeira do Brasil de 28,20 metros quadrados (6,40m x 4,50m), hasteada em caráter permanente. O mastro é sustentado por quatro estacas.
30 metros de altura mastro: 30 metros base: 8 metros cúbicos pedestal: 0,85m; 0,40m; 0,50m placa: 0,30m x 0,40m
Dados materiais mastro: aço galvanizado base: concreto pedestal: concreto placa: metal
Placa “Prefeitura Municipal de Santos Símbolo nacional, que vivifica e fortalece o patriotismo, a Bandeira do Brasil ganha hoje mais um local apropriado para ser admirada e respeitada por todos os santistas e por aqueles que visitarem nossa cidade Santos, 18 de outubro de 2000 Beto Mansur Prefeitura Municipal”
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Esculturas Urbanas
Histórico
A
Bandeira do Brasil foi adotada pelo Decreto nº 4, de 19 de novembro de 1889, elaborado por Benjamin Constant, membro do Governo Provisório – é o 15º modelo hasteado em solo brasileiro desde o descobrimento. A idéia da nova bandeira deve-se ao professor Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, que teve como colaboradores Miguel Lemos e Manuel Pereira Reis, catedrático de Astronomia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares e, por sugestão de Benjamin Constant, foi acrescentada em destaque, no meio das estrelas, a figura do cruzeiro do sul, com as estrelas Acrux e Gacrux equilibradas no instante 13 sideral. As cores verde e amarela estão associadas à Casa Real de Bragança, à qual pertencia o imperador D. Pedro I, e à Casa Real dos Habsburg, da imperatriz Leopoldina. O círculo interno azul corresponde a uma imagem da esfera celeste,
inclinada segundo a latitude da Cidade do Rio de Janeiro às 12 horas siderais (8 horas e 30 minutos) do dia 15 de novembro de 1889. Cada uma das 27 estrelas, todas com cinco pontas, representa um estado da federação – elas têm cinco dimensões diferentes (de primeira a quinta grandezas) e não correspondem às magnitudes astronômicas, mas a elas estão relacionadas. Já a faixa branca é apenas um lugar para a inscrição do lema Ordem e Progresso, não representando a eclíptica, equador celeste ou o zodíaco, e não tem qualquer relação com definições astronômicas. O lema é atribuído ao filósofo positivista francês Augusto Comte, que tinha vários seguidores no Brasil, entre eles o professor Teixeira Mendes. Com forma e uso regidos por severas regras, a bandeira foi modificada em três ocasiões: 28 de maio de 1968 (Lei nº 5443), 1º de setembro de 1971 (Lei nº 5.700) e 11 de maio de 1992 (Lei nº 8.421).
Localização Endereço canteiro central da Avenida Saldanha da Gama, em frente ao número 196 Bairro Ponta da Praia
Esculturas Urbanas
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Molecadinha Categoria escultura Escultor Ricardo Campos Mota (Rica) Iniciativa Secretaria Estadual de Cultura Inauguração 17 de outubro de 2000
Car acterísticas Dimensão da obra 2,50m de diâmetro peça: 2,50m de diâmetro por 1,35m de altura
placa: 0,30m x 0,37m Dados materiais peça: chapa de aço cosarcor placa: bronze
Histórico
T
ambém conhecidas como cirandas, as cantigas de roda são brincadeiras infantis, nas quais as crianças, de mãos dadas, formam uma roda e cantam melodias folclóricas, acompanhadas ou não por coreografias. Letra e música têm origem anônima ou são melodias modificadas pela população, com o passar dos anos. As melodias são simples, tonais, com âmbito geralmente de uma oitava e sem modulações. Já as letras podem sofrer variações regionais, típicas das manifestações populares de transmissão oral. Os compassos mais utilizados são o binário e o quaternário. Roda pião, Escravos de Jó, Rosa juvenil, Sapo Jururu, O cravo e a rosa e Atirei o pau no gato estão entre as cantigas de roda mais conhecidas.
Descrição da obr a
Localização
A escultura representa quatro meninos e quatro meninas de mãos dadas, em tamanho natural, sugerindo uma brincadeira de roda. A peça, que pesa 1,5 tonelada, foi confeccionada em uma lâmina de aço cosarcor. Na placa, foi inscrito trecho do poema Molecadinha, de autoria do poeta santista Narciso de Andrade. A obra escultural está instalada na esplanada de entrada da antiga Casa de Câmara e Cadeia, sede da Oficina Cultural Regional Pagu, da Secretaria de Estado da Cultura.
Endereço Praça dos Andradas s/nº Bairro Centro Histórico
Placa “Santos, outubro de 2000. Oficina Regional Cultural Pagu Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Estado de São Paulo. “Molecadinha” Eles corriam, saltavam, voavam na rua, na praia, na praça. Mas quando já era noitinha todos se davam as mãos e rodavam serenos cantando na alegre magia da ciranda. Os pais podiam aguardar em paz a volta da molecadinha. A rua não era uma armadilha. Narciso de Andrade Grupo Brastubo - Cosipa - Universidade Católica de Santos-UniSantos - Guindastes Ideal Spina Iluminações - Mapin Transportes - Tecnotextil / Projeto Ricardo C. Mota - Rica”
140
Esculturas Urbanas
Paulo Viriato Corrêa da Costa Homenageado Paulo Viriato Corrêa da Costa Categoria busto Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 29 de novembro de 2002
Car acterísticas
Placa
Dimensão da obra
“Praça Paulo Viriato Corrêa da Costa Ao inaugurar esta obra, a Prefeitura entrega à população um novo espaço totalmente reurbanizado, projetado para oferecer completa infraestrutura de apoio, conforto e segurança a quem vive em Santos e àqueles que nos visitam. Santos, 29 de novembro de 2002 Beto Mansur – Prefeito de Santos”
2,28m de altura busto: 0,45m; 0,50m; 0,35m base: 0,10m; 0,62m; 0,43m pedestal: 1,73m; 1,05m; 1,70m placa: 0,34m x 0,69m
Dados materiais busto: bronze base: bronze pedestal: concreto placa: bronze
Descrição da obr a Representado com terno, cuja lapela ostenta o símbolo rotário, o busto do homenageado está pousado sobre um pedestal elevado, sustentado por duas pilastras em curva, projetadas para a frente. A peça escultórica é formada por base e busto, onde se encontram inscritos, na parte posterior, o nome do artista e a data da inauguração, abreviados. A placa foi afixada no pedestal.
Histórico
Localização
arquiteto santista Paulo Viriato Corrêa da Costa, nascido em 23 de janeiro de 1930, foi um dos três brasileiros a se tornar presidente mundial do Rotary Club Internacional (1990/1991), ao qual foi filiado por mais de 40 anos. Presidente de empresas dos ramos imobiliário e de navegação marítima, ingressou no Rotary Club de Santos em 1956 e nele ocupou 10 posições importantes de nível internacional, além de cargos em entidades filantrópicas e culturais de Santos, entre elas a Casa da Esperança. Cavaleiro da Soberana Ordem Militar de Malta, presidente e membro de 11 organizações comunitárias, recebeu condecorações, títulos e prêmios de 34 entidades do Brasil e do exterior. Faleceu em 10 de abril de 2000 e desde 29 de novembro de 2002 empresta o nome à praça criada pela Prefeitura na antiga ilha de conveniência do Boqueirão.
Endereço Praça Paulo Viriato Corrêa da Costa Bairro Boqueirão
O
Esculturas Urbanas
141
Monumento ao surfista Osmar Gonçalves 142
Homenageado Osmar Gonçalves Categoria escultura Escultor Daniel Leandro Gonzalez Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 22 de dezembro de 2001
Esculturas Urbanas
Car acterísticas Dimensão da obra 5,60m de altura estátua: 5 metros; 1,35m; 1,35m base: 0,60m; 1,40m; 1,40m
Dados materiais estátua: fibra de vidro policromada base: granito
Descrição da obra A escultura retrata, de corpo inteiro, Osmar Gonçalves segurando uma tábua havaiana, com cinco metros de comprimento. A peça foi assentada sobre uma base quadrada de granito, que se encontra no centro de um círculo revestido com mosaicos portugueses. À frente, no piso, foi instalado foco de iluminação.
Histórico
P
Localização Bairro jardim da praia, em frente ao número 88 da Avenida Presidente Wilson Bairro José Menino
rimeiro brasileiro a surfar no País, Osmar Gonçalves nasceu em Santos (SP) no dia 14 de setembro de 1922. Aos 15 anos, tomou conhecimento, na revista norte-americana Popular Mechanics, do que à época se chamava tábua havaiana. Nos dois anos seguintes, ele e alguns amigos, entre eles João Roberto Suplicy Haffers (conhecido como Jua), decidiram construir um modelo idêntico, surgindo então a primeira prancha de surfe brasileira - a peça, oca, tinha 3,60m e pesava 80 quilos. Com o tempo e o apoio do engenheiro naval Júlio Putz, Osmar e os amigos aprimoraram a prancha e difundiram o esporte no litoral brasileiro. Osmar faleceu em Campinas (SP) no dia 30 de abril de 1999.
Esculturas Urbanas
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Monumento ao surfista Homenageado surfistas de Santos Categoria escultura Escultor Daniel Leandro Gonzalez Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 22 de dezembro de 2001
144
Esculturas Urbanas
Car acterísticas Dimensão da obra 2,30m de altura estátua: 2,20m; 0,40m; 1,80m prancha: 0,10m; 0,60m; 2,30m
Dados materiais estátua: fibra de vidro policromada prancha: fibra de vidro policromada
Descrição da obr a Instalada no centro de uma fonte luminosa com 14 metros de diâmetro, a escultura retrata a figura de um surfista pegando onda. Jatos provenientes de três bicos de água, direcionados para a peça, garantem a sensação de um surfista em plena manobra radical.
Histórico
E
sporte com mais de dois milhões de adeptos no País, o surf foi praticado em 1934 em Santos (SP), pela primeira vez no Brasil - a cidade também detém os principais títulos brasileiros. O pioneirismo coube a Thomas Ernest Rittscher Júnior, que copiou modelo encontrado na revista norte-americana Popular Mechanics e construiu a primeira prancha de que se tem notícia no País, com a qual surfou na Praia do Gonzaga. Denominada à época tábua havaiana, a peça tinha mais de três metros de comprimento e pesava 60 quilos. Rittscher nasceu em New Jersey (EUA), em 30 de julho de 1917, mas aos 12 anos mudou-se para Santos – sua irmã, Margot, foi a primeira mulher a praticar surf no território nacional. Ele abandonou o esporte em 1941, ao ser convocado pelo exército norte-ameri-
cano para atuar na Segunda Guerra Mundial. Retornando a Santos, passou a trabalhar no ramo de café, tornou-se velejador e participou da criação do Iate Clube de Santos. Marcando o pioneirismo do esporte, a Cidade tem a primeira Escola Radical de Surf do País, inaugurada em 1992. Nove anos depois, a escola recebeu o primeiro deficiente visual e desde 2007 conta com a primeira prancha adaptada para cegos feita no País, confeccionada pela Sthill.
Localização Endereço jardim da praia, em frente ao número 91 da Avenida Presidente Wilson Bairro José Menino
Esculturas Urbanas
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Homenagem aos Nordestinos Histórico
Homenageado imigrantes do Nordeste Categoria monumento Escultor Luis Garcia Jorge Projeto engenheiro Adilson Luiz Gonçalves e arquiteto Wagner Ramos Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 1º de setembro de 2002
F
ormada pelos estados de Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco (incluindo o distrito estadual de Fernando de Noronha), Alagoas, Sergipe e Bahia, o Nordeste é a região brasileira com a maior quantidade de estados e a que possui a maior costa litorânea, com 3.338 quilômetros de praias. Com 1.558.196 km² de área, equivalente a 18% do território nacional, e 51.609.027 habitantes (IBGE 2006), a região é o segundo maior colégio eleitoral do País, com 30.998.109 eleitores (IBGE/2002), perdendo apenas para o Sudeste. O Nordeste abriga os estados brasileiros com maior e menor costa litorânea - Bahia, com 932 quilômetros, e Piauí, com 60 quilômetros, respectivamente. Palco do descobrimento do Brasil, foi no litoral nordestino que se deu, também, a primeira atividade econômica do País (extração do pau-brasil) e se criou a primeira sede do governo-geral do Brasil (Salvador). A resistência dos negros à escravidão tomou proporções notáveis no Nordeste, onde se formou o Quilombo dos Palmares, no atual território de Alagoas.
Car acterísticas Dimensão da obra
Descrição da obr a
4 metros de altura peças: 0,65m x 0,43m; 1,04m x 0,70m; 0,63m x 0,33m; 0,57m x 0,48m; 1,05m x 0,55m; 1,52m x 0,55m; 0,55m x 0,74m (duas); 1,66m x 0,56m base: 1 metro; 1,20m; 1,20m pedestal: 3 metros; 1 metro; 1 metro placas: 0,50m x 0,60m; 0,30m x 0,40m
Dados materiais peças: bronze base: granito pedestal: concreto placas: uma em bronze, uma em metal
Placas “Prefeitura Municipal de Santos Praça Dr. Jerônymo La Terza Com a remodelação da Praça Jerônymo La Terza, a população do Rádio Clube e de toda a Zona Noroeste ganha mais um importante espaço de lazer e um monumento que perpetua a homenagem da Prefeitura à comunidade nordestina de Santos.
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Sobre uma base de granito encontra-se pedestal em forma piramidal, que sustenta, em seus quatro lados, nove painéis de bronze onde estão representadas, em relevo, cenas do nordeste, como o padre Cícero, baianas e rendeiras, bumba-meu-boi e o sertanejo.
Localização
Santos, 01 de setembro de 2002 Beto Mansur Prefeito Municipal de Santos”
Endereço Praça Jerônymo La Terza Bairro Rádio Clube
“Praça Dr. Jerônymo La Terza Nasceu em São Paulo em 18 de outubro de 1902. Médico clínico geral e obstetra, clinicou na 1ª Santa Casa de Santos e na atual, e na Sociedade de Beneficência. Fundador da Casa de Saúde Anchieta. Único médico na época que atendia no litoral sul a colônia japonesa. Faleceu em Santos em 25 de maio de 1961. Santos, 01 de setembro de 2002”
Esculturas Urbanas
Mário Covas Homenageado Mário Covas Júnior Categoria busto Escultor
Murilo Sá Toledo Projeto arquiteto Carlos Prates Iniciativa Fundação Mário Covas e Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 25 de abril de 2003
Descrição da obr a O busto está assentado sobre pedestal formado por duas lâminas de concreto, curvadas para a frente, afixadas em base com a forma estilizada do mapa de São Paulo. As lâminas partem da localização geográfica do litoral, onde nasceu o homenageado. A peça escultórica não está assinada pelo autor.
Histórico
N
ascido em Santos (SP) a 21 de abril de 1930, Mário Covas Júnior graduou-se em engenharia civil na Escola Politécnica da USP, onde começou sua militância política, elegendo-se vice-presidente da União
Car acterísticas
Placas
Localização
Dimensão da obra
“Prefeitura Municipal de Santos Com esta homenagem, Santos presta tributo a um de seus mais ilustres filhos, Mario Covas, cujo exemplo de vida em defesa da democracia ficará gravado para sempre na memória e no coração de todos os santistas. Santos, 26 /04/2003 Beto Mansur Prefeito Municipal”
Endereço
3,05m de altura peça: 0,75m; 0,50m; 0,35m pedestal: 2,10m; 0,41m; 0,30m
base: 0,20m; 3,60m; 7,22m placas: 0,28m x 0,24m; 0,04m x 0,40m Dados materiais peça: bronze pedestal: concreto base: concreto
Nacional dos Estudantes em 1955. Trabalhou como engenheiro na Prefeitura de Santos, em 1961 foi candidato derrotado ao Executivo dessa cidade e, no ano seguinte, eleito deputado federal pelo Partido Social Trabalhista (PST), cargo para o qual foi reeleito. Com a dissolução dos partidos em 1966, funda, com outros políticos, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição ao regime militar. Em 16 de janeiro de 1969, tem seus direitos políticos cassados pelo Ato Institucional nº 5 e volta a se dedicar à engenharia. Dez anos depois, torna-se presidente do MDB e, em 1982, reelege-se deputado federal. Em março do ano seguinte, é nomeado secretário dos Transportes e, em 10 de maio, assume a Prefeitura de São Paulo, cargo que ocupa até 31 de dezembro de 1985, ano em que se elege senador com 7,7 milhões de votos, a maior votação até então. Co-fundador, em junho de 1988, e primeiro presidente do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), fica em quarto lugar na eleição presidencial de 1989 (a primeira após o regime militar) e, no ano seguinte, em terceiro para o governo de São Paulo. Em 1994 elege-se governador com oito milhões de votos, sendo reeleito em 1998 - mas não conclui o mandato, falecendo em 6 de março de 2001. Seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério do Paquetá, em Santos.
Avenida Mário Covas Júnior, em frente ao número 3.064
Bairro Ponta da Praia
“Governador Mário Covas”
placas: duas, em metal
Esculturas Urbanas
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Espaço Cidades-Irmãs Homenageado cidades-irmãs de Santos e Sérgio Vieira de Mello Categoria monumento Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 26 de janeiro de 2004
Inscrições “Não sou um pacificador Sou apenas um homem Que procura cumprir suas missões, que busca saber o que as pessoas desejam Deixando-as felizes e em paz. Sérgio Vieira de Mello” “Os laços de irmandade entre as cidades de diferentes nações reforçam o espírito de fraternidade entre os povos, ingrediente fundamental na luta pela paz mundial.”
Car acterísticas Dimensão da obra 2,90m de altura cabeça: 0,85m; 0,60m; 0,65m pedestal: 2,90m; 7,30m; 0,40m
Dados materiais cabeça: bronze pedestal: pedra mineira inscrições: bronze
148
Esculturas Urbanas
Histórico
M
orto em 19 de agosto de 2003, em decorrência de atentado terrorista contra o escritório de representação da Organização das Nações Unidas (ONU) em Bagdá (Iraque), que também vitimou outros 21 funcionários, o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, alto comissário de direitos humanos daquela entidade, é homenageado neste monumento, criado em área que ganhou o nome Espaço Cidadesirmãs. Nascido no Rio de Janeiro em 15 de março de 1948, ele dedicou 34 anos de sua vida a serviço da ONU, onde ingressou em 1969. Vieira de Mello serviu em operações humanitárias e de guarda-paz em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique e Peru. Atuou no Líbano, Caboja, Timor Leste, Kosovo e em vários países da Ásia, Oceania e África, e em 1998 foi enviado para Nova Iorque (EUA) como subsecretário-geral para casos humanitários e coordenador de Emergência. Em maio de 2003, foi indicado pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, para seu representante especial durante quatro meses no Iraque, onde foi morto. Seu corpo encontrase sepultado no Cemitério de Plainpalais, em Genebra (Suíça), cidade à qual se dizia ligado desde os 21 anos e onde viveu grande parte de sua vida. Genebra é sede do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (HCDH) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR).
Localização Endereço canteiro central da Avenida Presidente Wilson, em frente ao número 169 Bairro José Menino
Descrição da obr a Projeto do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Prodesan (Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A.), o monumento é integrado por três pedestais, postados lateralmente, em semicírculo. A peça central ostenta a cabeça, em bronze, do embaixador Sérgio Vieira de Mello e as laterais, as inscrições - a escultura encontra-se assinada e datada pelo autor, na parte inferior da lateral esquerda. À frente dos painéis, encontra-se um espelho d’água com fonte iluminada por fibra ótica, sobre o qual foi construída uma passarela em granito maracujá apicoado, permitindo a aproximação junto aos painéis – no piso, em frente à escultura, foi criado um mapa-múndi em mosaico. Nele encontram-se pequenas placas de metal com o nome de Santos e de suas 13 cidades-irmãs. Ao longo da passarela, 14 pequenas cavidades circulares, recobertas por vidro arrematado com aro de bronze, guardam um punhado de terra de cada uma das cidades-irmãs de Santos: Shimonoseki e Nagasaki (Japão); Trieste (Itália); Ansião, Arouca, Coimbra e Funchal (Portugal); Ushuaia (Argentina); Havana (Cuba); Thaizhou e Ningbo (China); Constanta (Romênia) e Ulsan (Coréia do Sul). Na parte posterior dos painéis, há uma pequena cascata.
Esculturas Urbanas
149
Painel Madre M Paulina
Histórico
Homenageado madre Paulina Categoria monumento Executor Jardins Modernos Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 5 de junho de 2003
Car acterísticas
Descrição da obr a
Localização
Dimensão da obra
Produzido em alvenaria, o painel apresenta figuras pintadas em azulejo, representando uma cena de Madre Paulina ladeada por crianças, em uma rua. O painel, que reproduz uma cena de 1903, quando Madre Paulina chega a São Paulo para sua missão cristã, é arrematado por colunas laterais - elas sustentam o frontão de forma triangular, também em alvenaria.
Endereço Praça Santa Paulina Bairro Saboó
2,30m de altura painel: 1,50m; 2,06m suporte: 2,30m; 3 metros; 0,40m
Dados materiais painel: azulejo pintado suporte: alvenaria
150
adre Paulina é considerada a primeira santa brasileira, embora tenha nascido em Vigolo Vattaro (Trento, Itália), em 16 de dezembro de 1865 - a família de Amábile Lúcia Visintainer, seu verdadeiro nome, imigrou para o Brasil quando a menina tinha nove anos. Estabelecida em Nova Trento (SC), Amábile logo começou a colaborar nas atividades da Capela de Vígolo. Com um grupo de jovens, ajudou na aquisição de uma imagem de Nossa Senhora de Lourdes, conservada até hoje na gruta do santuário, construído depois em sua homenagem. Em 12 de junho de 1890, juntamente com Virginia Rosa Nicolodi, inicia as atividades da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de uma doente terminal de câncer, que faleceu no ano seguinte. Logo se une à dupla Teresa Anna Maule e o pequeno grupo recebe em doação terreno e casa de madeira para seu trabalho cristão. Em 1903, ela desembarca no Porto de Santos e dirige-se a São Paulo, onde passa a cuidar de ex-escravos idosos e crianças órfãs, no bairro Ipiranga. Seis anos depois, as irmãs da congregação assumem missão evangelizadora junto à população carente. Em 1933, o papa Pio XI concede decreto de louvor à congregação. Com fama de santidade, a madre morre em São Paulo a 9 de julho de 1942, sendo beatificada pelo papa João Paulo II em 18 de outubro de 1991, em Florianópolis (SC). Canonizada em 19 de maio 2002, passou a se chamar Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
Esculturas Urbanas
Nossa Senhor a Homenageado Nossa Senhora Categoria monumento Projeto arquiteto Wagner Ramos e engenheiro Adilson Luiz Gonçalves Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 23 de julho de 2004
Car acterísticas Dimensão da obra 2,03m de altura escultura: 1,83m; 0,75m; 0,20m base: 0,20m; 1,10m; 1,10m
Dados materiais escultura: concreto base: concreto
Descrição da obr a Formada por lâminas de concreto, a imagem estilizada apresenta Nossa Senhora de perfil, com as mãos postas. A execução da concretagem ficou a cargo do mestre-de-obras Antonio Plácido de Souza, da Secretaria de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura de Santos.
Localização Endereço Praça Coração de Maria
Bairro Ponta da Praia
Esculturas Urbanas
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Major Quintino de Lacerda Homenageado major Quintino de Lacerda Categoria busto Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 13 de maio de 2004
Car acterísticas Dimensão da obra 2,60m de altura busto: 0,60m; 0,60m; 0,30m pedestal: 2 metros; 0,74m; 0,90m placas: 0,04m x 0,50m; 0,30m x 0,38m
Dados materiais busto: bronze pedestal: concreto placas: duas, em metal
Placas “Major Quintino de Lacerda”
Descrição da obr a O pedestal, formado por três lâminas de concreto, sustenta o busto do homenageado, retratado com medalha no peito, simbolizando o título de major honorário atribuído pela Guarda Nacional. Instalada abaixo do busto, a placa com a inscrição está afixada em uma peça de concreto que une as duas lâminas da base do pedestal. A peça, datada e assinada pelo artista, foi inaugurada durante as comemorações dos 116 anos da Abolição da Escravatura no País, quase 43 anos após a aprovação, por unanimidade, pela Câmara, da homenagem proposta pelo então vereador Antonio Rodrigues, ocorrida em 6 de novembro de 1961 e sancionada pela Prefeitura no dia 16 do mês seguinte.
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“Prefeitura Municipal de Santos Major Quintino de Lacerda A cidade de Santos, terra da caridade e da liberdade, presta sua homenagem ao Major Quintino de Lacerda, que fez do Quilombo do Jabaquara um exemplo de resistência e liberdade para os negros. A instalação deste monumento atende um antigo anseio da população, manifestado pelo Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra de Santos. Santos, 13 de maio de 2004 Beto Mansur – Prefeito Municipal”
Histórico
P
rimeiro vereador negro da história do Brasil e líder do Quilombo do Jabaquara (Santos, SP), considerado o segundo maior do País, Quintino de Lacerda nasceu em Sergipe a 8 de junho de 1839. Em Santos, foi escravo de Antônio de Lacerda Franco, que lhe concedeu a alforria como prova de amizade. Em 1882, cria o Quilombo do Jabaquara para abrigar escravos fugitivos das fazendas de café – o local era considerado inexpugnável, defendido pelas encostas do Morro do Jabaquara e com o único acesso permanentemente guardado por seus sentinelas. Graças a Quintino, os negros começam a participar, pela primeira vez, do processo político de Santos. Como reconhecimento a sua luta pela liberdade, um grupo de pessoas entrega-lhe, durante solenidade pública, em nome da comunidade santista, um relógio de ouro com a seguinte dedicatória: “Lei de 13 de maio de 1888. Homenagem ao popular Quintino de Lacerda. Santos - 1888”. Quintino também organiza e comanda um batalhão na defesa contra uma possível invasão de tropas rebeldes interessadas em depor o marechal Floriano Peixoto e, em reconhecimento, recebe, em 1893, o título de Major Honorário da Guarda Nacional. Com o terceiro maior número de votos, elege-se vereador em 1895, o que faz eclodir uma grande crise política gerada por setores racistas de Santos, iniciada com a negação de sua posse. Segue-se uma batalha judicial, que chega aos tribunais paulistanos e termina com a vitória de Quintino. Ele assumiu a presidência do Legislativo por um dia, já que o presidente da Casa de Leis e os demais vereadores, em represália, renunciaram ou deixaram de participar das sessões. Quintino de Lacerda morreu em 10 de agosto de 1898.
Localização Endereço confluência das avenidas Dr. Cláudio Luiz da Costa e Luiz La Scala Jr.
Bairro Vila Mathias
Esculturas Urbanas
Homenageado Nossa Senhora Categoria escultura Escultor Ricardo Campos Mota (Rica) Iniciativa Projeto Arte na Rua, da Secretaria Municipal de Cultura Inauguração 11 de dezembro de 2005
Car acterísticas Dimensão da obra 2,30m de altura peça: 2,30m; 2,66m; 0,80m placa: 0,37m; 0,55m
Dados materiais peça: aço cosarcor placa: metal
Placa “A escultura “Cuore” é uma homenagem à histórica Paróquia do Imaculado Coração de Maria na comemoração de seus 90 anos, fundada pelos Missionários Claretianos em 1915. Santos, 11 de dezembro de 2005 João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal Projeto Ricardo Campos Mota - Rica”
Histórico
C
riada em 19 julho de 1915, a Igreja Coração de Maria foi instalada no dia 1º de agosto, por Dom Duarte Leopoldo e Silva, arcebispo metropolitano de São Paulo. A paróquia ficou sob a responsabilidade da Congregação dos Missionários Claretianos, de origem espanhola, fundada por Santo Antônio Maria Claret no século XIX. O primeiro grupo de missionários claretianos chegou ao Brasil em 1895. Tendo em vista o rápido crescimento de Santos (SP), o arcebispo de São Paulo solicitou a eles que fundassem uma paróquia nessa cidade. A princípio, a paróquia funcionou na Capela de Santa Cruz (Av. Senador Feijó nº 444), hoje pertencente à Pastoral da Saúde da Diocese de Santos. O templo dedicado ao Imaculado Coração de Maria, construído em terreno adquirido em 1926 na Avenida Ana Costa, foi inaugurado no dia 7 de dezembro do ano seguinte - as obras, entretanto, só foram concluídas 15 anos depois.
Descrição da obr a A escultura de 1.600 quilos, em forma de coração, é confeccionada em uma lâmina de aço cosarcor 500, pintada na cor vermelha. A peça, vazada, foi assentada lateralmente sobre a calçada, no canteiro central, em frente à Igreja do Coração de Maria.
Localização
Cuore
Endereço canteiro central da Avenida Ana Costa, em frente ao número 74 Bairro Vila Mathias
Esculturas Urbanas
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Portal da Lusofonia
Homenageado Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) Categoria monumento Escultor Francisco Teles Iniciativa Elos Internacional e Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 6 de agosto de 2005
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Descrição da obr a
Histórico
O conjunto escultórico é formado por duas colunas retorcidas, divididas em blocos, como se fossem velas de uma embarcação. Cada bloco ostenta a bandeira de uma nação de língua portuguesa - no alto de uma coluna encontrase o pavilhão do Brasil, onde o Elos foi fundado, e no da outra, o de Portugal, origem da lusofonia. Na parte inferior, ligando as colunas que representam os países lusófonos, está o símbolo do elismo, formado por ramos de oliveira, significando a paz, interligados por dois elos de corrente, um verde e amarelo, e o outro verde e vermelho, simbolizando as cores e a amizade entre Brasil e Portugal. A identificação do monumento, em relevo na fibra de vidro, encontra-se na base da coluna à esquerda. Já a inscrição dos beneméritos está no verso da peça que forma a base da coluna à direita.
dealizado pelo Elos Internacional, o Portal da Lusofonia retrata os laços de origem de Portugal com o Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, e Timor Leste. Tendo entre seus objetivos principais a defesa e a expansão do idioma português, congregação de valores humanos, veneração à Pátria e amor ao próximo, o Elos Internacional da Comunidade Lusíada foi criado em Santos (SP) no dia 8 de agosto de 1959, iniciativa do médico Eduardo Dias Coelho. No ano seguinte, é fundada em São Paulo a segunda unidade e, dois anos depois, a primeira convenção nacional, realizada em Santos, reunindo os quatro clubes existentes, marca o início da expansão internacional da entidade. Hoje, há unidades do Elos em Johanesburgo (África do Sul), Lisboa (Portugal), Luanda (Angola) e Lourenço Marques (Moçambique).
I
Car acterísticas
Placa
Localização
Dimensão da obra
”Beneméritos desta obra: Sociedade Portuguesa de Beneficência, Escola Técnica Skin Line, José Joaquim Cordeiro, Luiz Rangel de Freitas (in memorian), Nina Tubino, Araripe Zunica, J.M.S. Pereira, José Alberto H. Rangel (presidente internacional 1999/2003) ... e assim meu sonho realizou-se. Maria Araújo Barros de Sá e Silva (presidente internacional 2003/2005)”
Endereço Praça Hipólito do Rego Bairro Embaré
2,50m de altura largura: 3,88m
profundidade: 1,10m placa: 0,21m x 0,23m Dados materiais colunas: fibra de vidro placa: metal
Esculturas Urbanas
Pedestrianismo Homenageado Tribuna FM Categoria monumento Escultor Ricardo Campos Mota (Rica) Iniciativa Ricardo Campos Mota (Rica) Inauguração 20 de maio de 2006
Placa “Prefeitura Municipal de Santos “Pedestrianismo” Na vigésima primeira edição da prova ‘10 km Tribuna FM’, a homenagem da Cidade de Santos aos milhares de atletas que fizeram deste evento uma referência internacional no pedestrianismo. Santos, 19 de maio de 2006
Descrição da obr a
Car acterísticas
Confeccionada em uma única lâmina de aço cosarcor, a escultura forma os algarismos 1 e 0, referência à quilometragem coberta pela prova de pedestrianismo. A parte final da chapa, que constitui o zero, foi recortada formando dedos de um pé esquerdo. A iniciativa do artista plástico contou com o apoio da Engebasa e da Cosipa, que patrocinaram a obra. A placa com a inscrição está afixada em um pedestal em frente à peça.
Dimensão da obra 2 metros de altura peça: 2 metros; 2,50m; 1,50m espessura: 32 milímetros placa: 0,37m x 0,55m pedestal da placa: 0,45m; 0,63m; 0,10m
Dados materiais peça: aço cosarcor placa: metal pedestal da placa: concreto
João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal Cosipa - Usiminas - Engebasa
Projeto: Ricardo Campos Mota - Rica”
Localização
Histórico
U
ma das principais provas do calendário do atletismo nacional, a corrida 10 km Tribuna FM foi instituída em 1986 pela rádio e contou com 950 inscrições. Em 2004, o certame abriu a categoria caminhantes, ampliando a participação popular – nesse ano, a prova de pedestrianismo contou com 10 mil inscritos; em 2007, 12.500, e em 2008, 14 mil adesões, reunindo atletas do Brasil e do exterior. O monumento foi inaugurado na véspera da 21ª edição da prova, reconhecida oficialmente pela Confederação Brasileira de Atletismo e pela Federação Paulista de Atletismo.
Endereço canteiro central, em frente ao número 13 da Avenida Presidente Wilson Bairro Gonzaga
Esculturas Urbanas
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O Pneu Furou
Homenageado ciclista Categoria escultura Escultor Ricardo Campos Mota (Rica) Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 20 de janeiro de 2006
Car acterísticas
Descrição da obr a
Dimensão da obra
Retratando de forma lúdica uma situação vivida pelos ciclistas, a escultura foi confeccionada em chapa de uma polegada de aço cosarcor 500. A peça, com 120 quilos, recebeu pintura PU industrial, na cor amarela. A placa contém dados da peça. A inauguração da escultura, concebida a partir de uma obra exposta no Museo d´Arte Contemporanea di Maglione (Itália), deu início à programação comemorativa dos 460 anos de fundação da Vila de Santos (SP). Fabricada pela Engebasa, a peça, adquirida pela Prefeitura por meio da Lei Rouanet, encontrava-se antes exposta nos jardins da Pinacoteca Benedicto Calixto (Santos).
1,30m de altura peça: 1,30m; 2,06m; 0,025m placa: 0,37m x 0,55m
Dados materiais peça: aço cosarcor 500 placa: aço fabricação: Engebasa pintura: PU (industrial)
Placa “Santos Prefeitura Municipal “O pneu furou” Esta escultura faz parte do projeto “Arte na Rua” da Secretaria de Cultura de Santos. Santos, 20 de janeiro de 2006 João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal Cosipa Usiminas Ministério da Cultura Governo Federal”
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Esculturas Urbanas
Histórico
P
rimeiro veículo mecânico para transporte individual, a bicicleta como hoje se conhece começou a ser definida no século XVIII, embora Leonardo da Vinci (14521519) já tivesse esboçado um velocípede. Um dos primeiros modelos, a ‘bicicleta de Kassler’, de 1761, está preservado em museu de Mônaco. Em 1791, é construído na França o ‘celerífero’, empurrado com os pés no chão; em 1817, a ‘draisina’, com roda dianteira direcionável, mas ainda sem pedais, e, três anos depois, a primeira bicicleta infantil do mundo. Por volta de 1840, surge um veículo com grande roda dianteira motriz e pedivelas conectadas diretamente a ela, que começa a ser comercializado em 1861, na França. Nove anos mais tarde, é criado o biciclo ‘Ariel’, produzido em escala industrial. Já o primeiro triciclo surge na Itália em 1869 e, dez anos depois, o ‘biciclo Lawson’, a primeira forma de bicicleta do mundo, segundo a maioria dos estudiosos. Por volta de 1880, o veículo ganha corrente para movimentar a roda traseira, raios de ferro, freios, selins e campainha. Sete anos mais tarde, o irlandês John Dunlop patenteia o primeiro pneu para bi-
cicleta, mas só em 1891 os franceses Edouard e André Michelin inventaram a peça como hoje é conhecida. Acredita-se que a bicicleta tenha chegado ao Brasil entre 1859 e 1870, primeiramente no Rio de Janeiro, a capital do Império.
Localização Endereço ciclovia da orla, em frente ao número 131 da Avenida Bartolomeu de Gusmão Bairro Aparecida
Esculturas Urbanas
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Vereador Luiz La Scala Homenageado Luiz La Scala Categoria busto Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 17 de dezembro de 2006
Car acterísticas Dimensão da obra 2,18m de altura busto: 0,60m; 0,52m; 0,32m pedestal: 1,58m; 0,68m; 0,46m placa: 0,34m x 0,44m
Histórico
N
ascido em 17 de junho de 1887, o santista Luiz La Scala foi empreiteiro de obras antes de ser eleito vereador, cargo que ocupou durante 16 anos. É de sua autoria a lei que criou, em 1946, o Plano da Cidade, cuja comissão integrou, colaborando decisivamente no Plano de Expansão e Melhoramento da Cidade. Junto com Elídio César, foi redator e diretor de A Aurora Social, jornal da classe trabalhista lançado em 1907. Teve atuação destacada na Sociedade União Operária e, em 1956, assumiu a Provedoria da Santa Casa de Misericórdia de Santos, cargo que ocupou até falecer, em 20 de maio de 1963.
Dados materiais busto: bronze pedestal: alvenaria e tijolos placa: bronze
Localização Descrição da obr a
Placa
Sobre um pedestal retangular revestido de tijolo aparente, encontra-se uma plataforma de alvenaria sobre a qual repousa o busto do homenageado. A placa foi afixada à frente, no pedestal. A praça em que se encontra o busto recebeu também o nome do vereador Luiz La Scala, atribuído pela lei nº 2.942, de 4 de agosto de 1964, alterada sua localização em 1965.
“Homenagem da Cidade de Santos ao líder operário, provedor da Santa Casa e vereador Luiz La Scala que dá nome a esta praça conforme Lei nº 3228 de 11/11/65 Santos, 17 de dezembro de 2006 João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal”
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Endereço Praça Vereador Luiz La Scala Bairro Ponta da Praia
Esculturas Urbanas
Primeiro de Maio Homenageado trabalhadores Categoria monumento Escultor arquiteto Glaucus Renzo Farinello Iniciativa Prefeitura Municipal de Santos Inauguração 1º de maio de 2007
Car acterísticas Dimensão da obra 3,35m de altura base: 0,30m (altura); 3,10m (diâmetro) pedestal (lâmina): 3,05m; 0,12m; 1,72m placa: 0,40m x 0,50m
Dados materiais base e pedestal: concreto placa: metal
Localização Placa
Histórico
“Prefeitura Municipal de Santos Praça 1º de Maio A obra de reurbanização da praça traz, como homenagem aos trabalhadores, os segmentos da economia representado na escultura que simboliza a vitória na constante luta por seus direitos. Santos, 1º de maio de 2007 João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal”
Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, em Paris (França), durante um congresso socialista. A data homenageia a luta dos trabalhadores por seus direitos e os mártires da mobilização geral ocorrida em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos à época. Nesse dia, teve início uma greve geral, que levou milhares de operários às ruas, em protesto contra a jornada diária de 13 horas e as péssimas condições de trabalho. Houve confrontos com a Polícia, que resultaram em feridos e mortos. Em 1891, uma manifestação no dia 1º de maio, ocorrida no norte da França, é dispersada à força pela Polícia e resulta na morte de dez manifestantes. Esse incidente reforça o simbolismo da data e, meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas (Bélgica) proclama o 1º de maio como o Dia Internacional de Reivindicação dos Trabalhadores. Em 23 de abril de 1919, a França ratifica o dia de trabalho de oito horas e proclama 1º de maio feriado, procedimento que a Rússia adota no ano seguinte e, posteriormente, muitos outros países. Mas até hoje os Estados Unidos não reconhecem a data, embora desde 1890 os trabalhadores norte-americanos tenham conseguido que o Congresso reduzisse de 16 para 8 horas a jornada diária de trabalho.
Descrição da obr a Afixado em uma base circular, encontra-se pedestal formado por três lâminas de concreto, representando os setores do campo, indústria e comércio. As lâminas foram posicionadas para formar um ‘V’, símbolo das conquistas obtidas pelos trabalhadores.
O
Endereço Praça Primeiro de Maio Bairro Ponta da Praia
Esculturas Urbanas
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Paul Percy Harris Homenageado Paul Percy Harris Categoria monumento Projeto Daniel Leandro Gonzalez Iniciativa Rotary Clubs de Santos Inauguração 12 de junho de 2007
Car acterísticas
Inscrições
Descrição da obr a
Dimensão da obra busto: 0,90m; 0,55m; 0,40m base: 1,40m; 7,84m; 0,76m pedestal: 1,50m (altura); 0,80m (diâmetro) Dados materiais busto: resina base: granito preto pedestal: concreto inscrições: baixo-relevo no granito
” “O Rotarismo brota em todos os lugares onde os homens se preocupam e onde seus corações são grande o bastante para incluir a preocupação pelos seus semelhantes” Paul Percy Harris, in the Rotarian, setembro de 1912”
O monumento em homenagem ao fundador do Rotary Club Internacional, com 26 metros quadrados, representa a importância e seriedade do homenageado, e sua ligação com Santos. A cidade está simbolizada pelo porto, navios e mar nos contornos do desenho da base. O projeto se completa com o símbolo oficial do Rotary Internacional, fixado no canto direito da base - projetada para transmitir a idéia de civilização e movimento, a roda de engrenagem, com 24 dentes e seis raios, foi adotada em 1922. No ano seguinte, o desenho recebeu um rasgo de chaveta, adquirindo a configuração hoje conhecida.
“A justa homenagem da família rotária santista ao companheiro Paul Harris, fundador do Rotary internacional pela oportunidade de trazer à terra da caridade e da liberdade o espírito de servir a nossos semelhantes” “Rotary Clubs: de Santos, Santos-Praia, Santos-Oeste, Santos-Porto, Santos-Ponta da Praia, Santos-Monte Serrat, Santos-Noroeste e Santos-José Bonifácio Distrito 4420”
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Esculturas Urbanas
Histórico
F
undador do Rotary Club International, a primeira organização de clubes de servir integrada por profissionais e executivos em atividades humanitárias, Paul Percy Harris nasceu em Racine, Wisconsin (EUA), no dia 19 de abril de 1868. Antes de se formar pela Universidade de Iowa e se fixar em Chicago, em 1896, como advogado, trabalhou como repórter de jornal, professor de economia, ator de teatro, caubói e representante de uma companhia de mármore e granito. A idéia de organizar um clube laico e apolítico, tendo o companheirismo e a amizade como objetivos, surgiu casualmente e, em 23 de fevereiro de 1905, junto com o comerciante de carvão Silvester Schiele, o engenheiro de minas Gustavus Loehr e o alfaiate Hiram Shorey, Harris formou o primeiro clube, que recebeu o nome de Rotary pelo fato de os sócios se reunirem em rodízio, em seus locais de trabalho. O quadro social cresceu rapidamente e, no terceiro ano de existência do clube, Harris assumiu a presidência, decidido a expandir a idéia do Rotary Club a outras cidades e a transformá-lo em importante movimento de prestação de serviços. O segundo clube foi fundado em São Francisco, Califórnia (EUA), em 1908, e em agosto de
1910, com 16 já em atividades, foi criada a Associação Nacional dos Rotary Clubs. Dois anos depois, foram formados clubes no Canadá e na Inglaterra - nascia então a Associação Internacional dos Rotary Clubs. Em 1922, o nome foi abreviado para Rotary International e surgiram clubes na Europa, Ásia e Brasil. O Rotary Club do Rio de Janeiro foi o primeiro do País e começou a funcionar em 15 de dezembro de 1922, com 16 integrantes, mas foi oficializado apenas em 28 de fevereiro do ano seguinte. Em 13 de fevereiro de 1924, surgiu a filial de São Paulo e, três anos depois, a de Santos (SP). Harris foi também o primeiro diretor-presidente da Associação Nacional para Crianças e Adultos Deficientes, e membro da Ordem dos Advogados dos Estados Unidos. Recebeu o prêmio Silver Buffalo, da Organização dos Escoteiros dos Estados Unidos, e condecorações dos governos do Brasil, Chile, República Dominicana, Equador, França e Peru. Em 27 de janeiro de 1947, data de falecimento de Harris, havia cerca de seis mil Rotary Clubs em todo o mundo. A Fundação Rotária do Rotary International patrocina programas internacionais educativos e humanitários, entre eles o
Pólio Plus, destinado à erradicação da poliomielite, e o Programa de Bolsas Educacionais. Paulo Harris esteve em Santos no dia 15 de abril de 1939 e plantou, na Praça da República, em frente à Alfândega, a Árvore da Amizade - um alecrim-da-serra (dichiptera aromatica), que até hoje existe.
Localização Endereço Praça Paul Harris Bairro Embaré
Esculturas Urbanas
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Mathias Casimiro Alberto da Costa Homenageado Mathias Casimiro Alberto da Costa Categoria busto Escultor Luis Garcia Jorge Iniciativa Prefeitura Municipal da Santos e Câmara dos Dirigentes Lojistas da Vila Mathias Inauguração 14 de abril de 2008
Car acterísticas Dimensão da obra 2,45m de altura busto: 0,60m; 0,50m; 0,30m pedestal: 1,80m; 0,70m; 0,48m base: 0,04m; 0,72m; 0,50m suporte: 0,01m; 0,71m; 0,49m piso: 1 metro; 1,20m placa: 0,34m x 0,55m Dados materiais busto: bronze pedestal, base e suporte: granito preto
Descrição da obr a Contornado por pequeno jardim e cercado por gradil, o busto do homenageado encontra-se fixado em um suporte sobre pedestal, formado por três blocos de material e dimensões iguais. O conjunto, postado em uma base fincada na grama, é completado por três placas iguais assentadas no piso, à frente do pedestal. A escultura foi inaugurada 94 anos depois da indicação para a confecção do busto ter sido aprovada pela Câmara e no dia em comemoração ao bairro – a data marca a inauguração, em 1889, da linha de bonde que ligava a Vila Mathias à Barraca (hoje bairro Gonzaga). Já o local foi escolhido por integrar o espaço da garagem de bondes – o busto está voltado para a Avenida Ana Costa, que começou a ser aberta pelo homenageado em terras de sua propriedade.
Placa “Prefeitura Municipal de Santos Homenagem da cidade de Santos ao empreendedor que foi Mathias Casimiro Alberto da Costa João Paulo Tavares Papa Prefeito Municipal. Santos, 14 de abril de 2008”
polido
piso: granito cinza polido placa: bronze
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Esculturas Urbanas
P
ioneiro, no País, na criação do serviço de transporte coletivo com veículo (bonde) de tração animal e pelo assentamento das primeiras redes particulares de água e esgoto em Santos (SP), Mathias Casimiro Alberto da Costa nasceu em São João do Souto, Distrito de Braga (Portugal), a 1856, e aos 14 anos chegou ao Brasil, fixando-se inicialmente no Rio de Janeiro. Transferiu-se depois para Santos, onde foi o maior produtor, à época, de hortifrutigranjeiros do litoral e o maior produtor e exportador sul-americano de banana, além de influente exportador de café. Dono de grandes áreas próximas à região central de Santos, instalou uma linha de bondes ligando o Centro a suas terras, conhecidas como Vila Mathias. Loteou sua propriedade, abriu ruas e avenidas, e doou terras ao município. Mathias e sua mulher, Ana, fundaram e mantiveram inúmeras associações beneficentes, e participaram da criação de instituições como as sociedades Portuguesa de Beneficência e Humanitária dos Empregados no Comércio de Santos, além do Clube XV, a mais antiga entidade social do Brasil. Mathias morreu em 8 de maio de 1889, assassinado com um tiro na testa, durante discussão sobre propriedade de terras, quando media um terreno que serviria para a abertura da atual Avenida Ana Costa. A via, inaugurada em 4 de abril de 1889 juntamente com a linha de bondes para o bairro José Menino, recebeu o nome de sua esposa, falecida em 1926, e surpreendeu por suas dimensões, permanecendo a avenida mais larga da cidade durante várias décadas.
Histórico
Localização Endereço Avenida Rangel Pestana nº 100
Bairro Vila Mathias
Esculturas Urbanas
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Esculturas Urbanas
Biografias Adilson Luiz Gonçalves
Carlos Alberto Pr ates Costa
Engenheiro civil, formado em 1982 na Universidade Santa Cecília (Unisanta, Santos, SP), nasceu em Santos no dia 26 de dezembro de 1959. Pós-graduado em Construções e Obras Públicas, pelo Institut Supérieur du Béton Arme (ISBA, Marselha, França, 1985), e em Avaliações e Perícias, pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias (Ibape, 2000), é engenheiro do quadro permanente da Prefeitura de Santos. Leciona arquitetura e urbanismo na Unisanta, e engenharia e saúde no Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Católica de Santos (UniSantos). Autor do livro Sobre Almas e Pilhas (2004), é cronista, articulista, poeta e compositor. Autor de textos premiados em concursos literários, é colaborador dos jornais A Tribuna e Boqueirão News, entre outros.
Nascido em Florianópolis (SC) a 8 de setembro de 1944, mudou-se ainda jovem para Santos (SP). Formado pela Universidade Braz Cubas, de Mogi das Cruzes (SP), ingressa em 1967, mediante concurso, na Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (Prodesan), onde atua como arquiteto desde 1974. Doze anos depois, passa a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (Faus), da Universidade Católica de Santos (UniSantos). Seu nome está associado à ampliação, construção e recuperação de vários prédios públicos de Santos, entre eles o Aquário, Terminal de Passageiros Edgard Perdigão e as ciclovias – o equipamento da orla foi eleito, em 2007, o ‘Melhor Projeto de Arquitetura e Desenho Urbano’ pelo Instituto Pedala Brasil, do Ministério das Cidades – Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana.
Aníbal Martins Clemente
Cláudia Fernandes
Nascido em Vila Nova de Gaia (Portugal) no dia 9 de agosto de 1916, aos 24 anos formou-se na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Foi presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS) na gestão 1948-1949 e um dos mentores da Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (Prodesan), empresa de economia mista da Prefeitura da qual foi o primeiro presidente e a dirigiu durante oito anos (15/10/1965 a 17/12/1973). Escolhido em 1984 como ‘Profissional do Ano’, recebeu a Medalha AEAS. Seu nome batiza o edifício-sede da Prodesan e a biblioteca de arquitetura e urbanismo da Universidade Católica de Santos (UniSantos). Faleceu em Santos, a 4 de outubro de 1994.
Nascida em São Paulo em 1962, morou em Santos (SP) na infância e adolescência. Ingressou aos 18 anos na Escola Panamericana de Artes, em São Paulo, transferindo-se para o Liceu de Artes e Ofícios para aprimorar sua técnica. Cinco anos depois, passa a prestar serviços em fundições como retratista e modeladora de peças. Aos 28 anos, muda-se para a Itália, onde aprende a trabalhar com mármore. Vive um ano em Carrara e retorna ao Brasil. Em 2002, sua peça Vaidade conquista a medalha de prata no Salon Internationale du Monde de la Culture et des Arts, em Cannes (França). Nesse mesmo ano, recebe, na França, o título de membro da Arts – Sciences – Lettres – Société Académique d’Éducation et d’Encouragement. Há bustos e monumentos de sua autoria em diversos municípios brasileiros e no exterior.
Antelo Del Debbio Nascido em Viaregio, província de Lucca (Itália), em 1901, o escultor conquistou lugar de destaque na arte cemiterial. Imponentes obras de sua autoria foram tombadas pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) no Cemitério da Consolação, em São Paulo, ornando as campas localizadas na Rua 37 - Terreno 13 e na Rua 38 - Terrenos 27/28, e na Quadra 25-A - Terrenos 1 e 16, Quadra 31 - Terreno 3, Quadra 33 – Terreno 7, Quadra 46 - Terreno 41-A, Quadra 82 - Terrenos 13/13-A. Faleceu em São Paulo em 25 de junho de 1971 e seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério São Paulo.
Caetano Fr accaroli Escultor e professor, nasceu em 1911 em Verona (Itália), onde iniciou estudos na Escola de BelasArtes. Chegou ao Brasil em 1929, fixando-se primeiro em Santos (SP). Em São Paulo, foi aluno de Hélio Giusti entre 1929 e 1939. Nesse último ano, iniciou carreira docente em Santos, estabelecendo-se depois em Jaú (SP), onde foi professor de plástica na Escola Industrial Joaquim Ferreira do Amaral. Em São Paulo, lecionou na Escola Técnica Getúlio Vargas, na Escola Politécnica e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) entre 1949 e 1987. Conquistou o 4º lugar no certame público para a confecção do Monumento a Caxias, promovido em 1941 pelo Ministério da Guerra, do Rio de Janeiro, mas a qualidade de seu trabalho chamou a atenção do prefeito Prestes Maia, que adquiriu a obra. Participou de bienais do Museu de Arte Moderna de São Paulo e de salões paulistas de Belas-Artes. Suas obras estão em vários espaços públicos de São Paulo, cidade onde faleceu em 1987.
Cláudio Augusto Querido Abdalla Santista, nascido em 23 de agosto de 1950, forma-se arquiteto, aos 25 anos, pela Universidade Mackenzie (SP) e inicia suas atividades profissionais em São Paulo. Em 1977, passa a atuar na indústria imobiliária de Santos (SP). Foi presidente do Núcleo Santos do Instituto dos Arquitetos do Brasil e da Delegacia de Santos do Sindicato dos Arquitetos, secretário de Obras e Serviços Públicos (1989 a 1992) e de Planejamento (1993) da Prefeitura de Santos. Professor da Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Santos (UniSantos) por 14 anos, exerceu, por quatro anos, o cargo de diretor dessa instituição superior de ensino e hoje atua como profissional liberal.
Dalberto de Mour a Ribeiro Engenheiro da Prefeitura de Santos (SP), foi encarregado de projetar o relógio de sol, por seu grande conhecimento na área. Atuou como assistente de Murilo Porto nas obras de reforma da Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos (SP), e, com Lotufo Zenon, é autor do projeto de construção do Orquidário Municipal, inaugurado em 11 de novembro de 1945, ocupando uma área de 22.240 metros quadrados no bairro José Menino, nessa mesma cidade.
Daniel Leandro Gonzalez Nascido em 21 de outubro de 1956 na cidade de Campinas (SP), mora desde os cinco anos em Santos (SP). Formou-se em Filosofia pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), onde também foi professor de 1987 a 1998. Cursou anatomia na Universidade Federal de La Plata (Argen-
Esculturas Urbanas
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tina) de 1974 a 1976, iniciando, no ano seguinte, seu trabalho como escultor, utilizando diversos materiais, como fibra de vidro, bronze, granitina, resina, pedra-sabão e papel reciclado. Trabalhou com o escultor Segismundo Fernández nas oficinas da Escultura Labor, em Santos. Sua primeira obra pública data de 1977 e encontra-se exposta em São Vicente (SP). De 1981 a 1984, trabalhou com cerâmica artística (faiança), iniciando depois sua participação em exposições. Suas obras encontram-se expostas em espaços públicos do Brasil e do exterior.
Delchi Migotto Filho Engenheiro civil formado pela Universidade Santa Cecília (Unisanta), de Santos (SP), com pós-graduação e MBA em gestão ambiental pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), nasceu em São Paulo a 18 de julho de 1955. Construtor, foi presidente da Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (Prodesan), empresa de economia mista da Prefeitura, de 1997 a 2004.
Edson Monaco Artista plástico nascido em São Paulo a 20 de setembro de 1947, trabalha com diversos materiais, entre eles madeira, pedra, bronze, concreto, durepoxi, sucata, cerâmica e osso. Cursou artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado e na Universidade Santa Cecília (Unisanta, Santos, SP), onde obteve pós-gradução. Em 1971, participa de seu primeiro concurso, promovido pelo Conselho Estadual de Cultura de São Paulo, e obtém, em 1981, medalha de ouro no IX Salão de Arte Contemporânea de Limeira (SP) e no II Salão Nacional de Artes Plástica, de Cubatão (SP), onde também conquista Prêmio Aquisição. Cenógrafo, recebe, em 1991, prêmio no V Festival de Teatro Amador de Santos e, oito anos depois, uma de suas esculturas conquista o 1º lugar e o Prêmio Aquisição no 11º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (SP), cidade onde mora atualmente.
Enivaldo Rebellato Lupi Autor de obras no Brasil e no exterior, entre elas o Monumento às Três Raças, em Caiena (Guiana Francesa), nasceu no dia 23 de dezembro de 1945 em São Paulo, cidade onde faleceu em 10 de setembro de 2007. Formado pela Escola de Belas-Artes de São Paulo, cursou também Direito na Unifieo (Osasco, SP). Seus trabalhos eram fundidos na Bronzes Artísticos Rebellato (SP), criada em 1937 por seu pai, José Rebellato, imigrante italiano cujo aprendizado teve inicio com Ettore Ximenes, na construção do Monumento à Independência do Brasil, em São Paulo, tendo sido o primeiro mestre fundidor artístico em bronze do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
Fernando Guilherme Martins Engenheiro civil, graduou–se pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em 1946, fez curso avançado de engenharia de avaliações no Instituto de Engenharia de São Paulo, em 1975, e pós-graduação em engenharia econômica, com opção em engenharia de avaliações, na Universidade Santa Cecília (Unisanta, Santos, SP), em 1986. Foi vice-presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, fundador e primeiro presidente do Núcleo Regional da Baixada Santista desse instituto, do Instituto de Engenharia e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos. Professor da Universidade Católica de Santos (UniSantos), recebeu a medalha de ouro do Instituto de Engenharia, e prêmio especial e menção honrosa pelo American Institute of Real State Appraisers, de Chicago (USA).
Fr ancisco José Carol Arquiteto pela Faculdade Braz Cubas (Mogi das Cruzes, SP), com mestrado em engenharia urbana pela Universidade Federal de São Carlos (SP), nasceu em Buenos Aires (Argentina) a 10 de junho de 1948. Mudou-se para o Brasil em 1974 e no ano seguinte começou suas atividades profissionais em São Paulo. Junto com Roberto Machado de Almeida e Edson Fernandes, criou a Faculdade de Arquitetura da Universidade Santa Cecília (Unisanta), em Santos (SP), da qual foi diretor. É
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professor, desde 1983, da Faculdade de Engenharia e, desde 1996, da Faculdade de Arquitetura, ambas da Unisanta. Em 2005, foi agraciado com a medalha ‘Melhor Profissional’, concedida pela Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Santos.
Fr ancisco Teles Trabalhando com os mais diferentes materiais, de bronze a isopor e látex, o escultor, nascido em Capela (Sergipe) a 17 de julho de 1943, já criava imagens, aos cinco anos de idade, utilizando cera de abelha. Aos 21 anos, muda-se para Santos (SP). Além de monumentos na Baixada Santista, seus trabalhos podem ser apreciados em festas populares, encenações teatrais e de dança, onde suas máscaras de látex são importante elemento de composição dramática. Criou troféus para festivais, entre eles o Curta Santos, de curta-metragem, e os da Federação Santista de Teatro Amador. É de sua autoria, também, a escultura Feiticeira, assentada na pedra do mesmo nome, na Praia do Itararé, em São Vicente (SP).
Glaucus Renzo Farinello Nascido a 10 de julho de 1981 em Espírito Santo do Pinhal (SP), mora desde 1992 em Santos (SP), onde se formou em arquitetura pela Universidade Católica de Santos (UniSantos). Funcionário da Secretaria de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura, é responsável pelo projeto de construção e reurbanização de diversos recantos e praças de Santos.
Gildo João Alfredo Zampol A argila foi o primeiro material utilizado pelo escultor, nascido em Ribeirão Pires (SP) a 21 de maio de 1911, para modelar animais e figuras humanas, queimadas junto com telhas e tijolos da fábrica de seu avô. Ao terminar o curso primário, muda-se para São Paulo, onde começa a trabalhar em uma oficina de escultura e, mais tarde, no estúdio do escultor Eugênio Prati. Foi colaborador de Hélio Di Giusti e Armando Zago. Em 1930, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde tem como companheiro Victor Brecheret e Galileo Emendabile. Em 1965, funda a Zampol Artes, onde produz várias obras, inclusive na arte cemiterial, presentes em São Paulo e em outros estados. É autor do busto de Joaquim Eugênio Gomes da Silva, o Nheco, desbravador do Pantanal Matogrossense, primeira escultura reproduzida em selos no Brasil. Faleceu em 25 de outubro de 2005.
Heitor Usai Nascido em Sassari (Itália), em 1899, chegou ao Brasil aos 28 anos. Participou de várias exposições do Salão Nacional de Belas-Artes (1948 a 1957) e recebeu a medalha de ouro no Salão Brasileiro (1961). Autor do Monumento a Anchieta (1954), em homenagem ao IV Centenário de São Paulo, realizou obras funerárias, como a de Carmem Miranda e a de Ari Barroso, no Cemitério São João Batista (RJ), e os altares em mármore de Santo Antônio e São Francisco, na Igreja Nossa Senhora da Paz (RJ). Membro da Academia Brasileira de Belas-Artes, faleceu no Rio de Janeiro em 1989.
Hildegardo Leão Velloso Escultor e professor, nasceu em Palmares (Pernambuco), em 1899. Aluno de Rodolfo Bernardelli, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, mas sua obra manteve os postulados estéticos em vigor no início do século passado. Assumiu, em 1950, a livre-docência da cadeira de escultura da antiga Escola Nacional de Belas-Artes (RJ), entre 1952 e 1956 integrou a Comissão Nacional de Belas-Artes e ocupou a diretoria do Instituto de Belas-Artes de 1955 até 1966, quando faleceu, no Rio de Janeiro. Artista várias vezes premiado, venceu concurso internacional para a elaboração da estátua do general Uriquísia, em Buenos Aires (Argentina). Seus trabalhos encontram-se expostos em locais públicos de diversas cidades brasileiras.
Esculturas Urbanas
João Baptista Ferri Paulistano nascido em 1896, estudou a arte da escultura no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo e aperfeiçoou sua técnica na Academia Brera de Belas Artes, em Milão (Itália). Laureado no Salão Paulista de Belas-Artes (1935 e 1947), recebeu os prêmios ‘Prefeitura de São Paulo’ (1940, 1943, 1954, 1956, 1962), ‘Governador do Estado’ (1947 e 1957) e ‘Assembléia Legislativa de São Paulo’ (1951 e 1961). Participou do Salão Nacional de Belas-Artes (1941) e do Salão de Belas-Artes de Piracicaba (1971). Assina obras em espaços públicos de diversas cidades brasileiras e na Europa. Faleceu em São Paulo, em 1978.
José Fior avanti Um dos mais destacados escultores argentinos, nasceu em Buenos Aires a 4 de agosto de 1896 e aos 12 anos já demonstrava seu talento. Aos 23 anos, com a obra Minha irmã Maria, ganhou o primeiro prêmio do Salão Nacional de Bellas Artes. Membro da Academia Nacional Argentina de Bellas Artes, conquistou o primeiro lugar do Prêmio Nacional de Escultura (1922) e o Grande Prêmio Nacional (1937). É autor de vários monumentos públicos em seu país e dos relevos do Palácio do Governo. Expôs em Madri (1926) e Paris (1936), e museus dessas cidades têm, em seu acervo, obras de sua autoria. Faleceu em sua cidade natal a 20 de outubro de 1977.
Juvenal Irene dos Santos Nascido em Jaraguá (Goiás), em 1956, muda-se aos 23 anos para a capital paulista. Contratado pelos Diários Associados, passa a trabalhar no Departamento de Cenografia e Arte da extinta Rede Tupi de Televisão, assinando tratamentos de arte em cenários de novelas e programas de auditório. No ano seguinte, foi contratado pela TV Bandeirantes e, em 1981, passa a trabalhar na Fundação Padre Anchieta e na TV Cultura. Três anos depois, abre o ateliê Cenarivm, responsável pela produção de peças de teatro e óperas, shows, programas e comerciais em vários estúdios da capital paulista. Em 1991, participou da XXXI Bienal Internacional de São Paulo e da Quadrienal de Praga (República Tcheca). Especializado em pintura de arte, tratamento de texturas, adereços, além de esculturas para teatro, cinema e televisão, passa a coordenar, em 1992, oficina de artes para cenografia na Oficina Cultural Oswald de Andrade, a convite da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo – nesse mesmo ano, recebe o Prêmio Apetesp Aplauso.
Lecy Beltr an Nascida em São Paulo em 1940, começou sua carreira como pintora. Em 1990, inicia estudos com Dante de Giacomi e se dedica à escultura, optando pelo bronze. Além do Brasil, participou de exposições individuais e coletivas na França, Áustria, Espanha, Portugal, Estados Unidos e China, conquistando, em 1994, sua primeira medalha, na Galeria la Pigna, no Palácio do Vaticano. Cinco anos depois, inaugura seu ateliê e lança o projeto Em busca da Criatividade, onde leciona gratuitamente para alunos selecionados em escolas públicas. Em 19 de fevereiro de 2000, recebeu em Cannes (França) a comenda Croix de Vermeil e a medalha Hors Concours do Segundo Salão de Artes Monde de la Culture et des Arts, com a escultura O Entregador de Frangos.
Lorenzo mazza Escultor e professor da Academia de Arte de Gênova (Itália), cidade onde nasceu em 1858, é autor de diversas obras em Santos, entre elas Braz Cubas, o primeiro monumento dessa cidade do litoral paulista. Faleceu em sua terra natal em 5 de novembro de 1941 e seu corpo encontra-se sepultado no Cemitério de Staglieno.
luis Garcia Jorge Nascido em Zamora (Espanha) a 12 de junho de 1931, ingressa na Escola de Artes de San Idelfonso em 1944 e, ainda aluno, conquista medalha de bronze na Exposição de Pintura de Novos, em
Madri. Graças a bolsas de estudos, conhece a Itália, onde aprimora sua arte. Em 1953, matriculase na Escola Superior de Belas Artes San Jorge, em Barcelona, e, no início da década de 1960, transfere-se para o Brasil. De 1964 até 1969, leciona desenho e pintura no Instituto de Cultura Hispânica de Santos (SP) e seu trabalho começa a ser conhecido também no Carnaval, para o qual confecciona carros alegóricos e decorações. Monumentos, estátuas e bustos de sua autoria estão expostos em espaços e prédios públicos do litoral paulista, mostrando a diversidade de seu trabalho.
Luiz Morrone Responsável pela versão escultórica do brasão de armas do Estado de São Paulo, instalado em março de 1987 no Salão dos Despachos do Palácio dos Bandeirantes, esse paulistano, nascido em 1906, começou, ainda criança, no ateliê de Cantarelli, artesão da arte cemiterial, os estudos que definiram uma vida dedicada à escultura. Na Escola Profissional Masculina, estudou com Giuseppi Barchita; no Liceu de Artes e Ofícios, manteve contato com escultores renomados, e aperfeiçoouse nos ateliês de Ferdinando Frick e Ettore Ximenes. Entre as condecorações que recebeu, figuram medalhas de prata e ouro no Salão Paulista de Belas-Artes; prêmios ‘Governador do Estado’ (1948 e 1954), ‘Viagem ao País’ (1958), ‘Aquisição’ (1961) e ‘Assembléia Legislativa do Estado’ (1965). Faleceu em São Paulo aos 92 anos.
murilo Sá Toledo Escultor exclusivo da Fundação Mário Covas, com seis reproduções já instaladas, nasceu em São Paulo a 10 de outubro de 1967 e ainda jovem inicia estudos artísticos. Desde 1988 dedica-se exclusivamente à arte escultural, que passa a comercializar somente dez anos depois. Vários de seus trabalhos foram expostos no exterior. Além de São Paulo, tem esculturas em espaços públicos de Recife e Fortaleza.
Pedro Germi Autor da primeira escultura vertical do mundo em areia e criador da técnica de petrificação de areia do mar, nasceu em 12 de janeiro de 1930, em Lins (SP), e ainda criança começou a esculpir, utilizando argila, madeira e pedra-sabão. Em dezembro de 1959, muda-se para São Vicente (SP), começa a trabalhar com areia da praia e, na década de 1970, torna-se professor de escultura em areia da Prefeitura de Santos (SP). Seus alunos vencem, de 1971 a 1974, concurso mundial de escultura em areia na França, patrocinado pela Air France. Sua técnica inovadora é divulgada na Europa e ele recebe, em La Balle (França), medalha outorgada pelo jornal Le Figaro. Em 1980, começa a apresentar problema nas mãos em função dos produtos químicos que misturava à areia para petrificá-la, mas continua a confeccionar bustos, estátuas e troféus. A doença degenerativa se agrava e ele falece em 20 de setembro de 1997.
Regina Maria Lourenço Adegas Santista nascida em 16 de abril de 1958, abandonou o curso de Odontologia na Universidade de São Paulo (USP) para ingressar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos (UniSantos, Santos, SP), onde se formou em 1981. Trabalha também com arquitetura de interiores e fez cursos de design em Milão (Espanha). Foi uma das pioneiras, em Santos, na construção de imóveis com preservação da fachada original, antiga.
Ricardo Campos Mota Cartunista, cenógrafo, escultor e designer, nasceu em Santos (SP) a 10 de fevereiro de 1953. Durante 10 anos, freqüentou o estúdio de desenho e cerâmica dos irmãos Zélio e Ziraldo Alves Pinto, em São Paulo. Estudou a técnica do bronze à cera perdida em Torino e Vérres, na Itália, e com Romano Politano, no Rio de Janeiro. É autor de diversas obras pública trabalhadas em aço
Esculturas Urbanas
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e cimento, entre elas O Vento, hoje instalada nos jardins da Italdesign, em Moncalieri (Itália), e Gomma a Terra (O pneu furou), exposta no Museo d´ Arte Contemporanea di Maglione. Foi o diretor de criação do cenário para a grande festa de Primeiro de Maio na Piazza San Marco, em Torino, uma das festas mais importantes da Itália, organizada pela Centrale Generale dei Lavoratori. Foi cartunista do jornal A Tribuna, de Santos (SP), e participou de salões de humor no Japão, França, Alemanha e Turquia, entre outros países.
Ricardo Cipicchia Escultor e professor, nasceu em Roma (Itália), em 1885, e aos dois anos mudou-se com a família para São Paulo. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios e trabalhou como entalhador, criando esculturas de jacarandá e cedro sobre temas populares e lendas. Em 1939, realiza sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro e participa do Salão Paulista de Belas-Artes, recebendo prêmios ‘Prefeitura de São Paulo’ (1934, 1941, 1944, 1957 e 1959). Lecionou durante 30 anos na Escola de Aprendizes Artísticos e de Artes Decorativas Aplicadas à Industria, na Escola de Belas-Artes de São Paulo. Suas obras mais conhecidas encontram-se em São Paulo, dentre elas Porco ensebado, no Parque do Ibirapuera, e O índio e o tamanduá, na Praça Marechal Deodoro. Faleceu na capital paulista em 1969.
Ricardo Nogueir a Cuttin Arquiteto formado em 1981 pela Universidade Braz Cubas (Mogi das Cruzes, SP), nasceu em São Paulo a 14 de agosto de 1958 e aos três anos mudou-se com a família para Santos (SP). Funcionário concursado da Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (Prodesan), é autor de diversos equipamentos, entre eles a Creche Laurival Rodrigues (Morro da Nova Cintra), posto do Corpo de Bombeiros da Avenida Ana Costa nº 389 (Gonzaga) e o Complexo Bruno Barbosa (Jardim Castelo), e o responsável pelo projeto de reurbanização da Praça dos Andradas (Centro Histórico).
Rodrigo Fr anco Pinto Santista, nascido em 19 de agosto de 1977, formou-se aos 23 anos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos (UniSantos, Santos, SP). Em 2001, foi contratado pela Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A. (Prodesan), onde já atuava como estagiário. Desenvolve trabalhos de reurbanização de espaços públicos e projetos cicloviários, em especial.
Roque de Mingo Um dos fundadores da Associação Paulista de Belas-Artes, nasceu em São Paulo, em 1890. Estudou no Liceu de Artes e Ofícios, onde se tornou professor, lecionando Fundição Artística em Bronze, na técnica cera perdida. Participou de diversas exposições no Salão Paulista de BelasArtes, sendo premiado com a medalha de prata em 1933, e de Ouro em 1936 e 1959. Recebeu prêmios ‘Assembléia Legislativa do Estado’ em 1939, 1959 e 1963, e ‘Prêmio Aquisição’ em 1957, entre outros. A retratística predomina em suas obras, que podem ser apreciadas em São João Del Rei (MG), Blumenau (SC) e em São Paulo, onde faleceu em 1972.
Segismundo Fernández Nascido a 6 de março de 1906 na Espanha, ainda jovem mudou-se para o Brasil. Proprietário da Escultura Labor, instalada na Rua Amador Bueno nº 266, em Santos (SP), idealizou, em meados de 1954, a figura do leão existente no jardim da Praia do Gonzaga. Integrava a equipe responsável pela confecção da peça José Rosa, funcionário que, anos depois, viria a ser o proprietário da Escultura Labor até o encerramento de suas atividades, no final de 2006. Fernández faleceu em Santos no dia 2 de setembro de 1990.
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Ser afim Gonzalez Ator e escultor, nasceu em Sertãozinho (SP) a 19 de maio de 1934 e aos cinco anos de idade mudou-se com a família para Santos (SP), onde começou a esculpir com areia da praia. Aos 12 anos, faz sua primeira apresentação artística no programa de rádio Dindinha Sinhá; dois anos depois participa da peça teatral Athenea, da poetisa Itaci de Souza Telles, que estreou no Teatro Coliseu, de Santos, e aos 17 anos passa a atuar como ator profissional no Rio de Janeiro. Nessa cidade, começa a utilizar folha de coqueiro para fazer esculturas, que ainda hoje se encontram no Museu do Homem. Estuda técnicas esculturais com Segismundo Fernández. Ao conhecer seu trabalho, em 1971, a escritora Ivani Ribeiro resolve dar o nome de Mulheres de Areia à novela que escrevia e nela apresenta esculturas feitas por Gonzalez. Faleceu em 29 de abril de 2007 e, em 56 anos de carreira, atuou em 40 filmes, 20 novelas e quase 100 peças de teatro.
Ubir ajar a Motta Lima Ribeiro Pintor, aquarelista, gravador, professor, fotógrafo e artista plástico, esse paulistano, nascido em 2 de outubro de 1930, formou-se arquiteto, aos 24 anos, na Faculdade Mackenzie (SP). Estuda artes e, em 1960, obtém bolsa de estudos do governo francês na área de pré-fabricação, estagiando no escritório dos arquitetos Guillaume Gillet e Paul Chemetov. Recebe, como arquiteto, prêmio ‘Assembléia Legislativa de São Paulo’ (1955) e medalha de prata (1956), conquistando também outros nos setores de consultoria plástica, planejamento físico e paisagismo. Na década de 1960, participa de movimentos de vanguarda e, em 1965, integra o grupo dos cinco arquitetos-pintores, com Maurício Nogueira Lima, Flávio Império, Sérgio Ferro e Samuel Szpigel. Até meados da década de 1970, desenvolve intensa atividade na área de arquitetura, mas em 1976 passa a se dedicar exclusivamente à pesquisa e à produção artística. Lecionou em faculdades de São Paulo, Santos e Guarulhos. Faleceu a 9 de novembro de 2002, em São Paulo.
Wagner Antonio de Oliveir a R amos Nasceu em 1959, em Santos (SP), onde aos 24 anos se formou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UniSantos. Com o trabalho Técnicas alternativas para o barateamento da construção popular, conquista, em 1984, o primeiro lugar no concurso Habitação Popular, criado pela faculdade - esse trabalho foi selecionado para mostra da Unesco, instituída pela União Internacional dos Arquitetos, realizada em Paris (França) nesse mesmo ano. Trabalhou na área de projetos arquitetônicos, industriais e urbanísticos, principalmente na Cidade de São Paulo. Funcionário de carreira da Prefeitura de Santos desde 1991, coordena a equipe técnica e ambiental da unidade que gerencia o Projeto Santos Novos Tempos, voltado à solução dos problemas ambientais da Zona Noroeste e dos morros.
Walter Maffei Paulistano nascido em 19 de abril de 1942, formou-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie (SP) aos 23 anos. É mestre em arquitetura e doutor em estruturas ambientais urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Com Ubirajara Ribeiro cria, em 1966, escritório de arquitetura e em 1996 passa a trabalhar individualmente. Quatro anos depois, ingressa na Padovano e Associados Arquitetura, onde assume como diretor em 2003. Professor titular na Universidade São Judas (SP) e Anhembi-Morumbi, é o autor do plano piloto, plano diretor e anteprojeto do Aeroporto Internacional de São Paulo (Cumbica), e o responsável pelo estudo e o anteprojeto do terceiro terminal desse complexo.
Esculturas Urbanas
Glossário Acabamento
Alume
Barro
Cabeça
identifica a última fase da técnica escultórica, tendo como sequência comum a aplicação de policromias ou patinês sobre a superfície esculpida. Para acabamento de esculturas em metal são utilizadas ferramentas como limas, cinzéis, talhadeiras e riscadores; no caso de obras em pedra, recorre-se a grosas, raspas, pedras de brunir e pedra-pomes. Já para o acabamento de peças em madeira e marfim são empregados polidores, como lixas
designação dos sulfatos duplos de alumínio e metais alcalinos, com propriedades adstringentes, usados na fabricação de corantes, papel, porcelana, purificação de água, clarificação de açúcar; iluminação natural ou artificial
forma comum de solo, composto, em estágio mais puro, pela poeira das rochas vulcânicas; quando combinado com água obtém plasticidade, ao secar adquire textura compacta e, quando cozido, ganha resistência física
Alvenaria
Base
representação, em vulto ou em relevo, da extremidade superior do corpo humano ou da extremidade anterior do corpo de um animal, incluindo a cabeça e o pescoço; medida usada na arte para estabelecer o cânon de uma escultura e para aferir o equilíbrio geral da obra - o cânon foi estabelecido pelo ideal grego e considerava sete ou nove cabeças
obra de construção mediante o assentamento de pedras, tijolos, blocos ou outro material, com ou sem argamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas similares, que se repetem, sobrepondo-se uma sobre as outras
peça situada na parte inferior de um pedestal, escultura ou marco, exercendo a função de sustentáculo ou apoio
Caduceu
Alegoria composição figurativa, pintada ou esculpida, representando personagens identificáveis por seus atributos e que procuram traduzir conceitos ou idéias abstratas
Alto-relevo relevo cujas figuras ou formas apresentam, pela sua saliência, mais de metade do seu volume real – algumas partes podem estar destacadas do fundo
Argamassa mistura de cal, areia e água que serve para unir as diferentes partes que constituem as esculturas de pedra ou de mármore
Aparelhar técnica que significa literalmente aplicar o aparelho, ou seja, fazer o trabalho de preparação da superfície de uma escultura antes de proceder ao dourado, estofado, policromia ou carnações
Br asão conjunto de figuras que compõem o escudo de famílias nobres, corporações, cidades, estados ou nação, no qual aparecem elementos, como cores, peças, atributos e ornatos, entre outros, consagrados pela heráldica
Argila
Bronze
material maleável, composto pela combinação de diversos minerais, sílica, alume e água, que, ao se desidratar, adquire consistência
liga de cobre e estanho, cujas propriedades são modificadas pela adição de outros metais, como zinco, prata e chumbo - o bronze utilizado para a estatuária contém entre 70 a 90% de cobre e entre 2 a 15% de estanho, podendo ter o acréscimo de outros elementos. Para produzir uma obra, a liga é levada a seu ponto de fusão (1.100º C) e depois despejada sobre molde
Alumínio metal semelhante à prata, ligeiro e resistente, que oxida em contacto com o ar. Polido, adquire uma superfície brilhante, normalmente envernizada a título de melhor conservação
bastão alado com duas serpentes
Atributos elementos, objetos, animais, plantas que acompanham as esculturas, permitindo sua identificação iconográfica; nas imagens de santos, personagens sagrados ou mitológicos, representam simbolicamente episódios de suas vidas
Baixo-relevo relevo cujas formas criam uma saliência inferior à metade do volume real das figuras ou dos elementos representados
Capitel extremidade de uma coluna, de um pilar ou de uma pilastra
Carr anca escultura com forma humana ou animal, produzida em madeira
Cer a perdida método de fundir peças de metal em que um modelo de barro refratário é revestido de uma camada de cera e a seguir cozido, derretendose a cera
Busto
Chafariz
representação, em vulto, da parte superior do corpo humano, incluindo a cabeça e parte do tronco. O corte inferior pode ser horizontal, sob os ombros (busto à italiana); vertical de cada um dos lados da base do pescoço (busto em hermes), entre outros
construção de alvenaria dotada de bica, com finalidade utilitária e artística; fonte
Chanfro corte das arestas vivas das extremidades de uma superfície
Esculturas Urbanas
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Cimento substância em pó composta por silicato de alumínio e cálcio que, quando misturada à água, forma uma argamassa que seca rapidamente
Coluna elemento de arquitetura; suporte de secção geralmente circular, formado por embasamento, base, fuste e capitel; quando apresenta diâmetro mais estreito e menor que a altura, denomina-se colunelo
Composição organização das formas em uma obra de arte; em escultura, refere-se ao equilíbrio e à relação entre massa, volume, forma e espaço
Cópia imitação ou reprodução fiel de uma obra, que pode ser confeccionada em material e/ou escala diferentes do modelo, pelo próprio autor ou outros artistas (cópias de interpretação ou cópias de estudo); as cópias contrafeitas (ilícitas) dão origem a esculturas falsas e a pastiches
Corte secção de um busto, quer ao nível das costas, verticalmente, quer ao nível do peito, horizontalmente; os bustos cujo contorno inferior é arredondado são normalmente suportados por peanhas. Para os bustos sobre peanha com as costas escavadas, a secção é dada pela profundidade do corte ao nível do braço e das costas. É sobre a secção que normalmente se colocam as inscrições, datas e assinaturas. Em sentido lato, diz-se que os personagens presentes nos baixos-relevos (com o pescoço, uma parte das costas e o peito) estão representados em busto
cosarcor significa Cosipa – alta-resistência corrosão.
Costas lado oposto à parte principal (frontal), denominada face; reverso de uma imagem, estátua ou relevo
Cruz objeto, elemento decorativo ou simbólico, que representa a haste vertical pregada a uma haste transversal em que Jesus Cristo foi supliciado; na cruz grega os quatro braços são iguais e, na cruz latina, a haste vertical é maior que a horizontal
Desbastar processo de eliminação das matérias-primas, até determinar o volume da escultura
Dorso
aço de alta resistência, tanto mecânica quanto à corrosão atmosférica, produzido pela Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa). Com cobre e cromo em sua composição química,
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Esculpir processo de concepção de uma obra de arte, a partir do qual se cria uma escultura; refere-se ao talhe de uma figura, ornamento ou de qualquer outra forma na pedra, mármore, marfim, madeira ou em um material duro; execução de formas em vulto ou em relevo por meio de técnicas como modelagem, moldagem, talha, fundição, repuxagem, colagem. Para esculpir em cera, são utilizadas espátulas, facas, limas e lixas. Na escultura em metal, as peças são fundidas
costas, reverso, parte traseira de uma escultura
Eixo centro a partir do qual se produz a ordenação simétrica de um grupo ou da composição escultórica; pode ser horizontal ou vertical
Embasamento Base larga e sem enfeites que serve de apoio a pedestais de colunas ou estátuas; base de uma construção
Emblema distintivo ou insígnia de uma instituição ou entidade
Entalhar Cosarcor
denominados gradins, cinzéis, goivas para pedras brandas, brocas), de percussão (martelo, bojarda, picão, picareta, maço, marreta, cunha) e ferramentas de abrasão (serra, lima, raspa, grosa, pedra abrasiva). Já para o corte e desbaste em madeira são utilizados serras, machados de corte, enxós, rebotes, plainas e graminhos; para o entalhe, formões, goivas, cinzéis, buris e furadores, com o auxílio dos maços de madeira de carvalho ou de sobreiro; e para o polimento, abrasivos como lixas, raspas e pedra-pomes
esculpir em pedra ou madeira. Para os trabalhos em pedra são utilizados réguas, esquadros, compassos, fios de prumo e ponteiros para marcação de pontos, eixos ou ângulos, além de ferramentas cortantes (trépano, badames, escopros lisos e dentados, também
Escultur a arte e técnica de moldar a matéria de modo a constituir uma estrutura em relevo ou em três dimensões, integrada no espaço com finalidade estética; obra que resulta dessa arte e técnica
Espelho d’água lago artificial raso de um projeto arquitetônico ou paisagístico, que objetiva refletir seus elementos
Estátua escultura de uma figura em três dimensões. A representação de figura humana em carro é denominada estátua curul; estátua eqüestre representa figura humana a cavalo; estátua jacente, figura humana deitada; estátua pedestre, figura humana de pé; estátua sagrada, figura divina, e estátua sedestre representa figura sentada
Estela tipo de monumento, geralmente monolítico, de importância no estudo da historia e arqueologia
Festões ornamento que apresenta flores, frutas e folhas entrelaçadas e suspensas em guirlandas - às vezes apresentam instrumentos musicais
Figur a representação plástica de ser humano, animal, divino ou imaginário
Fonte construção dotada de sistema hidráulico, visando ao provimento de água ou o embelezamento de logradouros; chafariz. Guarnecida de esculturas, com ou sem ornamentos, denomina-se fonte decorativa; dotada de aparelhos especiais, que produzem esguichos verticais e inclinados, iluminados por vários focos de luz branca ou de diversas cores, é chamada fonte luminosa
Flor ão elemento decorativo; estilização em relevo de uma flor
Gr anito rocha eruptiva, dura, de textura granulosa e cristalina, formada essencialmente por feldspato, mica e quartzo, mais ou menos agregados, que apresenta tonalidades variadas, de acordo com as proporções dos elementos constituintes
Grupo escultórico composição que, constituída por duas ou mais estátuas com elementos acessórios, é considerada em seu conjunto, como uma única peça; monumento no qual altos e baixos-relevos apostos ao pedestal completam o efeito artístico, aludem à vida e aos feitos do homenageado ou contribuem para melhor compreensão do tema
Esculturas Urbanas
Herma
Mausoléu
Pedestal
Torso
escultura com a forma de cabeça, busto ou meio-corpo, em que peito, costas e ombros são cortados por planos verticais, geralmente num ângulo de 45 graus, suportada por uma pilastra. O termo deriva da representação grega do deus Hermes e, originalmente, a peça servia como estátua de marcação da propriedade do espaço
sepulcro suntuoso ou monumental
peça de pedra, metal ou madeira que sustenta uma escultura, coluna, monumento ou marco; termo genérico utilizado para identificar os suportes, sólidos e fixos, colocados sob elementos arquitetônicos; em escultura, designa o suporte que sustenta uma obra
figura humana truncada, sem cabeça e sem membros
Imagem representação por meio de desenho, pintura ou escultura
Incrustação tipo de decoração feita com materiais embutidos sobre outros, combinando-se os maleáveis com os duros
Marco estrutura geralmente em forma de cubo, prisma reto ou pirâmide, contendo inscrição, e tendo função comemorativa ou de referenciação espacial
Medalhão representação esculpida da cabeça de uma figura humana, em alto ou baixo-relevo, sobre suporte de forma retangular, circular, elíptica ou mistilínea; é geralmente aplicado em paredes, marcos e pedestais de bustos ou estátuas
Meio-corpo representação, em relevo, da parte superior do corpo, incluindo os braços; busto
Monumento obra escultórica ou construção arquitetônica com a finalidade de perpetuar a memória de acontecimento ou pessoa notável.
Mur al decoração em parede, de caráter pictórico ou escultórico, geralmente subordinada às superfícies arquitetônicas que embeleza
Pedr a
ponto de junção de duas semi-retas de um ângulo, de dois lados de um polígono ou de três (ou mais) faces de um poliedro
rocha ou massa mineral homogênea que entra na composição da crosta terrestre; em função das condições geológicas de sua formação, distinguem-se diferentes tipos de rochas: sedimentares (calcário, alabastro), metamórficas (mármore, xisto), magmáticas (granito) e eruptivas (basalto). A pedra calcária, rocha sedimentar que agrupa diversas variedades, é muito usada em escultura e em arquitetura, apresentando-se nas jazidas em camadas horizontais, de onde são extraídos os blocos
Picão instrumento pontiagudo para lavrar pedra; picareta
Pilastr a
Mármore
Obelisco
rocha metamórfica cristalina, com a mesma composição química que o calcário (carbonato de cálcio), mas de maior dureza na sua estrutura, suscetível de ser polida; pode ter diferentes colorações. O mármore estatuário, usado em esculturas, deve apresentar grande homogeneidade de textura e cor
monumento de pedra, freqüentemente um monólito com corpo quadrangular, agulheado e alto; pilar quadrangular rematado em forma piramidal
suporte vertical plano adossado a uma parede que, na arquitetura clássica ou na classicista, corresponde a uma determinada ordem arquitetônica; apóia-se sobre uma base e remata em um capitel
Painel
Réplica
obra artística ou decorativa de grandes dimensões enquadrada em um suporte, que pode estar afixado no chão ou junto a uma parede ou parte dela
cópia; imitação ou reprodução fiel de uma obra; pode ser feita em material e/ou escala diferentes do modelo, mas respeita as proporções, a composição e a expressão. As réplicas são executadas pelos autores dos originais, por outros sob suas orientações, pelas suas oficinas ou por outros artistas que se inspiram na obra original e copiam-na, interpretando-a (cópias de interpretação e cópias de estudo). As réplicas podem também ser contrafeitas, ou seja, ilícitas, dando origem a esculturas falsas e a pastiches
Mármore de Carr ar a
Vértice
tipo de mármore utilizado desde a Antiguidade, extraído na região de Carrara (Itália), caracterizado pelo grão fino e compacto, de tonalidade variando entre o branco mais puro até ao branco cremoso, mantendo-se translúcido; mármore de Luna
Placa
Máscar a
Peanha
representação em alto-relevo do rosto
pedestal de pequenas dimensões
chapa ou lâmina de material resistente, instalada na face frontal ou nas quatro faces de uma obra escultórica ou marco, com função de identificação ou complementação artística
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ACERVOS PESQUISADOS Centro de Documentação da Baixada Santista, curso de História, Universidade Católica de Santos (UniSantos) Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) Fundação Arquivo e Memória de Santos Hemeroteca Roldão Mendes Rosa, da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Santos Jornal A Tribuna Progresso e Desenvolvimento de Santos S. A. (Prodesan) Secretaria de Esportes de Santos Secretaria de Turismo de Santos – Roteiro da Imigração Japonesa Sociedade Humanitária dos Empregados do Comércio de Santos
e-pesquisa www.artesur.com/jf/cronofioravanti.htm; biblio.com.br; brasilescola.com; brazilsite.com.br; casaruibarbosa.gov.br; centropaulasouza.sp.gov.br; cep.ensino.eb.br; champagnat.org; cimiterodistaglieno.it; cpdoc.fgv.br; culturabrasil.org.br; diocesedesantos.com.br; emfa.pt; fundasantos.org. br; historianet.com.br; ibge.gov.br; iphan.gov.br; jornaldepoesia.jor.br; jornaloimparcial.com.br; lions.org.br; lionsclubs.org; maristas.org.br; minhahistoria.com.br; mte.gov.br; netsaber.com.br; nothingandall.blogspot.com; novomilenio.inf.br; pamals.mil.br; paralerepensar.com.br; pioneirosdoar.com.br; plenarinho.gov.br; portodesantos.com; prodesan.com.br; pt.wikipédia.org; releituras. com; relogiodesol.com; revista.agulha.com.br; santos.sp.gov.br; scms.org.br; secrel.com; taboaoonline.com.br; todo-argentina.net; unisanta.br; vivasantos.com.br; wikipedia.org.
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Os autores David Cardoso Formado pela Escola Panamericana de Arte e Design (São Paulo), atua profissionalmente, desde 1992, como designer gráfico e especialista em editoração eletrônica. Por dois anos (1999-2000) criou peças gráficas promocionais para eventos e apresentações da Secretaria de Cultura de Santos (SP). Desde 2001 integra a equipe de criação e marketing da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Santos, responsável por projetos gráficos e de comunicação visual dos mais diferentes setores da Administração.
Maria Inah R angel Monteiro Coordenadora de conservação e restauração do acervo de obras de arte da Prefeitura de Santos (SP) desde 2000, formou-se na Faculdade de Artes Plásticas da Universidade Santa Cecília (Unisanta, Santos), especializando-se em preservação e restauro do patrimônio arquitetônico e urbanístico. Pintora, teve aulas com Athaíde Lopes, Omar Pellegatta, Gilda Figueiredo e Romeu da Graça. Fez cursos de restauração em Paris (França) e com o professor Gianluigi Colalucci, diretor da equipe de restauração da Capela Sistina (Cidade do Vaticano, Roma, Itália). Responsável pela restauração de pinturas murais ornamentais (1920-1930) do antigo Cine Central de Santos (galpão Ceagesp), restaurou as pinturas murais da Sala Princesa Isabel, da Câmara de Santos, e coordenou a equipe de trabalho nos nichos da Via Crucis do Monte Serrat (Santos). Professora, tem seu nome inscrito no índice de Artes Plásticas Júlio Louzada (vol. 9 e 10).
Rosangela Batista Vieir a de Menezes e Silva Formada pela Faculdade de Música de Santos, pela Université de Nancy e pela Faculdade de Jornalismo da Universidade Católica de Santos (UniSantos), iniciou suas atividades profissionais no extinto jornal Cidade de Santos, ingressando depois em A Tribuna, após curta passagem pela sucursal de O Estado de S. Paulo. Foi assessora de imprensa da Cohab-Santista e da Companhia Santista de Transportes Coletivos (CSTC) antes de ingressar, em 1989, na Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santos. Atuou na Diretoria de Ensino – Região de Santos (2000-2002) e como assessora de Imprensa da Câmara Municipal de Santos (2003-2004). Desde 2005 é assessora de imprensa da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) e responsável por suas publicações.
Tadeu Nascimento Bacharel em Direito e jornalista, iniciou suas atividades profissionais em 1977 como repórter fotográfico de agências de notícias e do jornal Folha de S. Paulo. Entre 1991 e 2004, foi professor de fotojornalismo na Universidade Católica de Santos (UniSantos) e, de 1996 a 2002, de fotojornalismo, produção publicitária em fotografia e evolução das artes visuais na Universidade Santa Cecília (Unisanta). Menção honrosa do Prêmio Nikon em 1992, conquistou vários prêmios regionais e nacionais e, em 1992, foi eleito o melhor fotógrafo profissional de Santos pelo Clube Foto Amigos de Santos. Jornalista da Prefeitura de Santos desde 1986, há três anos integra a equipe da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams).
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Agr adecimentos Alcir Avidago, Américo Lopes Filho, Antonio Carlos Barreir a Lopes, Carolino da Silva, Dirceu Rodrigues Júnior, Márcio Jardes, Marcos Alexandre Rosa e Robeilton da Silva, da Secretaria de Cultur a de Santos, pela atenção e apoio logístico Carlos Alejandro do Nascimento, pela contribuição na pesquisa histórica Yza Fava de Oliveir a, professor a de História Contempor ânea da Universidade Católica de Santos, pelas valiosas orientações Maria Inês R angel Garcia, da Secretaria de Cultur a, pela criteriosa checagem de dados técnicos Marli Nunes de Souza e Carlos Pinto, que tornaram Esculturas Urbanas um sonho realizado
Os autores agradecem, ainda, aos artistas, engenheiros, arquitetos, familiares e demais pessoas e instituições envolvidas com a implementação de marcos e obras de arte no espaço urbano de Santos que se dispuseram a fornecer e colaborar na obtenção de informações
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Índice
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Expediente Prefácios Br az Cubas Joaquim Xavier da Silveir a Coluna de Metal José Feliciano Fernandes Pinheiro Fábio Montenegro Bartolomeu Lourenço de Gusmão Irmãos Andr ada Monumento aos fundadores da Companhia Docas de Santos A Ninfa com a Concha Marco Distrital de Santos O Pescador Relógio de Sol Martins Fontes Vicente de Carvalho Cristo Redentor
4 5 13 18 20 21 22 24 28 36 42 44 45 46 47 48 56
Atleta Náutico Santista Leão e leoa Rui Barbosa Nossa Senhor a de Fátima Getúlio Vargas Ninfa Náiade Júlio Conceição Almir ante Tamandaré Filhos de Bandeir antes Padre Champagnat Santo Antônio do Embaré João Octávio dos Santos Padre José de Anchieta Monumento-padr ão D. Henrique Homenagem alegórica ao Corpo de Bombeiros Mausoléu do Esportista Amador Saturnino de Brito Marco rodoviário Santos-São Vicente Maria Coelho Lopes Leonístico Melvin Jones Paulo Gasgon Expedicionários Santistas Allan K ardec Paulo Gonçalves Ludwig Zamenhof Almir ante Barrozo Duque de Caxias
57 58 59 60 62 63 64 65 66 72 74 76 78 80 81 82 84 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96
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Cristo Redentor Gener al San Martin Samuel Augusto Leão de Mour a Santos Dumont Car avela Zumbi dos Palmares Maçons Cristóvão Colombo Pioneiros da Petrobr as Bíblia Sagr ada Rotary Club Santos-Pr aia Brigadeiro Tobias de Aguiar Tr abalhador Portuário Giusfredo Santini Ariosto Guimar ães Visconde de Mauá Imigr ação Japonesa Menino empinando pipa Lydia Federici Maria José Ar anha de Rezende Associação da Ordem DeMolay Cônego Lúcio Floro O Peixe Os imigr antes Monumento cívico à Bandeir a do Br asil Molecadinha Paulo Viriato Corrêa da Costa Monumento ao surfista Osmar Gonçalves Monumento ao Surfista Homenagem aos nordestinos Mário Covas Espaço Cidades-irmãs Painel Madre Paulina Nossa Senhor a Major Quintino de Lacerda Cuore Portal da Lusofonia Pedestrianismo O pneu furou Vereador Luiz La Scala Primeiro de maio Paul Percy Harris Mathias Casimiro Alberto da Costa Biogr afias Glossário Bibliogr afia Os autores Agr adecimentos
98 99 100 102 104 105 106 108 114 115 116 118 119 120 121 122 124 128 130 131 132 134 135 136 138 140 141 142 144 146 147 148 150 151 152 153 154 155 156 158 159 160 162 165 169 172 175 177
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Esculturas Urbanas: monumento selecionados / por Maria Inah Rangel Monteiro e Rosangela Batista Vieira de Menezes e Silva; fotografias de Tadeu Nascimento. São Carlos, Instituto Cultural de Artes Cênicas do Estado de São Paulo, 2008. 180 p. ilust. Bibliografia 1. Santos (Município) – Monumentos 2. Escultura – Santos (Município) 3. Monumentos – Santos (Município) I. Título ISBN 9788561623005
CDD 730.9816
Índices para catálogo sistemático
Impresso na gráfica COAN Tubarão Santa Catarina
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