Reino Monera - BioS

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REINO MONERA Profª. M.Sc. Mary Ann Saraiva


1. UTILIDADE DOS MONERAS • Decompositoras. • Fotossintetizante. Destacam-se as bactérias Proclorófitas, fazendo metade de toda a fotossíntese dos oceanos. • Alguns vivem em mutualismo com outros organismos beneficiando-lhes. • Fermentadoras, aproveitadas na indústria de laticínios. As bactérias que fazem fermentação lática em humanos, ocorrem na boca, no intestino e na vagina; o ácido lático que produzem impede que bactérias patogênicas infectem esses órgãos. • Produtoras de antibióticos para combater bactérias patogênicas.


1. UTILIDADE DOS MONERAS • Degrada metais pesados, como o mercúrio, despoluindo a água (fazem a organificação do mercúrio – Hg, convertendo-o em metilmercúrio). • Biorremediação, que é o uso de bactérias para limpeza do ambiente contaminado por pesticidas e petróleo. Algumas Pseudomonas degradam petróleo, convertendo-o em compostos inócuos, despoluindo o mar. • Algumas espécies são quimiossintetizantes (nitro, sulfo e ferrobactérias), imprescindíveis à fertilidade dos solos. Muitas cianobactérias também são fixadoras de nitrogênio.


1. UTILIDADE DOS MONERAS • As bactérias são os principais instrumentos da engenharia genética, sendo utilizadas para produção de hormônios humanos, tais como insulina e hormônio do crescimento. • Há bactérias que fazem a respiração anaeróbia, como as desnitrificantes que participam do ciclo no Nitrogênio. • Há bactérias que fazem a biomineralização, isto é, produzem dentro de suas células cristais como a magnetita, usando ferro do ambiente.


2. TAMANHO E TIPOS MORFOLÓGICOS DE BACTÉRIAS

A maioria dos procariotas mede entre 0,5 e 5 µm, mas a bactéria Thiomargarita namibensis mede 0,75mm e a Epulopiscium fischelsoni mede 0,6mm E PODEM SER VISTAS A OLHO NU. Foram descobertas no oceano, nas décadas de 90 e 80, respectivamente


TECNOLOGIA PARA IDENTIFICAR BACTÉRIAS Violeta de Genciana Lugol (iodo)

Álcool Absoluto

Fucsina

Gram-positivas Gram-negativas


CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS - NUTRIÇÃO TIPO DE NUTRIÇÃO

FOTOAUTÓTROFA

FOTOHETEROTRÓFICA QUIMIO AUTOTRÓFICA QUIMIOHETEROTRÓFICAS

FONTE FONTE DE DE ENERGIA CARBONO

Luz

Gás carbônico

EXEMPLOS

Bactérias fotossintetizantes: sulfobactérias verdes e púrpuras, cianobactérias e proclorófitas Luz Compostos Bactérias nãoorgânicos sulfurosas púrpuras e verdes Em geral Gás Bactérias do elétrons carbônico enxofre, bactérias do energético ferro, bactérias s de nitrificantes, compostos bactérias do inorgânicos hidrogênio. Em geral Compostos Maioria das espécies elétrons orgânicos de bactérias energético PROTOZOÁRIOS s de FUNGOS compostos ANIMAIS inorgânicos


3. MORFOLOGIA GERAL DAS BACTÉRIAS

Membrana plasmática Parede celular Citoplasma Cápsula Mesossomo Ribossomos Fímbrias Enzimas relacionadas com a respiração, ligadas à face interna da membrana plasmática Plasmídeos Nucleóide Flagelo

DNA associado ao mesossomo


BACTÉRIAS GRAM + Esquema de bactéria com parte da célula removida.

Parede celular formada por camada espessa de peptidoglicano

Membrana plasmática Esquema de parte da parede celular e da membrana plasmática de bactéria gram-positiva.


BACTÉRIAS GRAM -

Fosfolipídios Proteína

Lipopolissacarídeo Camada lipoprotéica

externa, espessa, semelhante à membrana plasmática, com

lipopolissacarídeos

Parede celular

Esquema de bactéria com parte da célula removida.

Camada de peptidoglicano

Lipoproteínas Membrana plasmática

Esquema de parte da parede celular e da membrana plasmática de bactéria gram-negativa.

As porções lipídicas dos lipopolissacarídeos da parede celular das bactérias Gram- são tóxicas e desencadeiam febre, comum em processos infecciosos.


3. MORFOLOGIA GERAL DAS BACTÉRIAS

ACIDOCALCISSOMO

ACIDOCALCISSOMO: organela membranosa de Agrobacterium tumefaciens. Tem enzimas pirofosfatases.

flagelo

FUNÇÃO: armazenar energia, bombear Ca+ e regular pH.


4. REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS SEXUADA (?) CONJUGAÇÃO

ASSEXUADA • BIPARTIÇÃO

TRANSDUÇÃO TRANSFORMAÇÃO

ESQUEMA


Reprodução assexuada em bactérias

mesossomo


MECANISMOS DE RECOMBINAÇÃO GÊNICA EM BACTÉRIAS •CONJUGAÇÃO

divisão celular – as células-filhas terão o novo pedaço de DNA

fragmento duplicado de DNA

bactéria doadora (bd)

bd

br

bactéria receptora (br)

bd

união das duas bactérias e passagem de um pedaço de DNA da doadora para a receptora

br br

DNA transferido é incorporado à cromatina da receptora


•TRANSDUÇÃO

divisão celular – as bactérias-filhas terão cópias do DNA transduzido

DNA da bactéria que morreu

vírus (transdutor) carregando um pedaço de DNA da bactéria que morreu

nova bactéria DNA do vírus degenera


•TRANSFORMAÇÃO DNA penetra na bactéria

fragmento de DNA no meio de cultivo

incorporação à cromatina bacteriana

DNA no hialoplasma

divisão celular: as bactérias-filhas terão o novo DNA


4.3. REPRODUÇÃO E MUTAÇÃO •

A reprodução rápida assexuada, embora gere clones, também permite que ocorra, aleatoriamente, na replicação do DNA, eventos de inserções, deleções e substituição de pares de bases em seu DNA. Assim, algumas células podem se tornar geneticamente diferentes, mesmo em processos assexuados.

Também podem ocorrer mutações espontâneas, que embora sejam raras, como há muitas reproduções, sempre há novas mutações nas bactérias. Esses fatos contribuem para que haja uma grande variabilidade genética associada a ação da seleção natural, oportunizando para as bactérias novas especiações.


5.ENDÓSPOROS: FORMAS DE RESISTÊNCIA


6. VACINAS CONTRA BACTÉRIAS

• 1. Cólera – vacina com imunidade de curta duração. Não existe no Brasil. Desenvolvida em Cuba; • 2. DPT (tríplice bacteriana) – combate a Difteria, a Coqueluche e o Tétano.

• 3. BCG (bacilo Calmet-Guérin) – contra tuberculose; usada também contra hanseníase. • 4. Antipneumocócica – contra a bactéria pneumococo, responsável por causar meningite, pneumonia, bacteremia, sinusite e otite. • 5. Antimeningite B e C – contra a meningite meningocócica B e C. • 6. Tetravalente (DPT + Hib) – contra difteria, tétano, coqueluche, meningite ( Haemophilus influenzae tipo B).


7. BACTÉRIAS x ANTIBIÓTICOS MUTAÇÕES ALEATÓRIAS + USO INCORRETO DE ANTIBIÓTICO = SELEÇÃO DE BACTÉRIAS RESISTENTES Cultura com antibiograma


AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS Os antibióticos atuam interferindo no metabolismo bacteriano. Podem inibir: • a síntese da parede celular - penicilina, cefalosporina • a replicação do DNA bacteriano – rifampicina • a síntese de proteínas – tetraciclina, clorafenicol. • as enzimas que atuam na síntese de ácidos graxos da membrana – Platensimycin. • Destruir lipídios na MP – Teixobactina (2015!)


8. BACTÉRIAS PATOGÊNICAS • Coqueluche - Bordetella pertussi

- SINTOMA: tosse seca e persistente. Qdo grave, há hemorragia cerebral. - TRANSMISSÃO:inalar ar contaminado.

• Botulismo - Clostridium botulinum - SINTOMA: Paralisia muscular (respiratória e cardíaca) - TRANSMISSÃO: Alimentos enlatados contaminados

• Cólera - Vibrio cholerae

Brasil não tem casos autóctones desde 2005.

- SINTOMA: Vômito, diarreia intensa. Morte por desidratação. - TRANSMISSÃO: alimentos contaminados ingeridos crus e água contaminada pelas fezes CÓLERA: Centenas de milhares de mortos - 1817 a 1834


COMPLEMENTO...

PAÍSES AFETADOS E O RISCO DE ADQUIRIR CÓLERA EM TURISMO OU A TRABALHO • O principal risco de adquirir cólera está relacionado a viagens a países com cólera. A situação da cólera tem sido atualizada mundialmente. • Em viagens a países da América Central e Caribe, o viajante deve estar atento ao Haiti, República Dominicana, Cuba e México, embora este último não registre casos desde novembro de 2013. • Em viagens a países da África, Ásia e Oriente Médio, o viajante deve estar atento aos seguintes países: Saara Ocidental, Mali, Burkina Faso, Guiné, Costa do Marfim, Gana, Nigéria, Camarões, Congo, República Democrática do Congo, Angola, Zâmbia, Tanzânia, Moçambique, Zimbawae, Iraque, Paquistão, Malásia (as duas ilhas) e Filipinas (todas as ilhas).


• Diftetria“crupe” Corynebacterium diphteriae - SINTOMAS: A toxina bacteriana ataca fossas nasais, tonsilas. Causa asfixia. - TRANSMISSÃO: vias respiratórias • MA: 2010 teve mais de 30 casos. • Difteria: baixa cobertura vacinal. • A vacina não confere imunidade permanente, sendo necessário reforço vacinal a cada 10 anos. • PE: Na primeira metade da década de 1980, apresentou Nº elevado de casos da difteria, reduziu na déc.de 1990. • No período entre 2004-2012, ocorreu um único caso de difteria (em 2007) em uma criança com esquema vacinal incompleto. • Em 2015, casos já confirmados em PE: Chã Grande e Salgueiro. • CE: casos confirmados em pessoas sem cobertura vacinal.


• Peste - Yersinia pestis - SINTOMAS: Febre, dor generalizada, inflamação de linfonodos que rompem liberando pus - TRANSMISSÃO:Picada de pulgas infectadas que estão em ratos, cães e gatos.

Séc. XIV, 25 milhões de pessoas morreram na Europa

1333 a 1351: 50 milhões de mortos na Europa e Ásia.


• Disenteria bacilar - Shigella e outras espécies - SINTOMAS: diarréia intensa com muco e sangue nas fezes. - TRANSMISSÃO: Alimentos e água contaminados

• Febre tifoide – Salmonella typhi - SINTOMAS: febre alta, cefaleia, reduz batimentos cardíacos. Úlceras. - TRANSMISSÃO: alimentos e água contaminados


•Hanseníase ou Lepra Mycobacterium leprae

- SINTOMAS: Perda da sensibilidade e lesões cutâneas. - TRANSMISSÃO: Contato direto Com cerca de 30.000 novos casos/ano, correspondendo a uma média de 15 pessoas contaminadas a cada 100 mil habitantes, o Brasil é o único país do mundo que ainda não alcançou a meta da ONU para a hanseníase em 2015. O tratamento que dura entre 6 meses a 1 ano: manchas na pele se não tratadas, deixam sequelas. O índice negativo do Brasil é que 10% das pessoas já chegam aos postos de saúde com sequelas e por isso temos de falar muito na doença

MT, PA, MA, TO, RO, GO: maior risco de transmissão, concentrando mais de 80% do total de casos diagnosticados. MT a prevalência chega a 9,03 por 10 mil habitantes — contra a média nacional de 1,42.


Complemento:


Meningite - Neisseria meningitidis ou Hemophilus influenzae - SINTOMAS: Dor de cabeça, febre, rigidez na nuca, vômito. - TRANSMISSÃO: Vias respiratórias

Pinça retirando a dura mater e expondo a membrana aracnóide


Pneumonia Diplococcus pneumoniae ou Streptococcus pneumoniae - SINTOMAS: Inflamação do pulmão. - TRANSMISSÃO: Vias respiratórias


•Tétano - Clostridium tetani - SINTOMAS: A neurotoxina causa fortes contrações musculares. Parada respiratória e/ou cardíaca. - TRANSMISSÃO: contaminação de ferimentos


•Tuberculose - Mycobacterium tuberculosis - SINTOMAS: Infecção inicial no pulmão. Pode passar para: intestino, fígado, baço, rins, sistema nervoso. - TRANSMISSÃO: Vias respiratórias

• 1 bilhão de mortos - 1850 a 1950. • Nas últimas décadas, ressurgiu com força nos países pobres, incluindo o Brasil, e como doença oportunista nos pacientes de Aids  Sinais da doença foram encontrados em esqueletos de 7.000 anos atrás


• Sífilis ou Cancro duro (Lues) -Treponema palidum - SINTOMAS: cancro (desaparece); Inflama pele e ossos, há problemas respiratórios e esterelidade. - TRANSMISSÃO: Contato sexual (DST), via placenta ou sangue contaminado.


• Gonorreia ou Blenorreia – Neisseria gonorreheae - SINTOMAS: Secreção purulenta e ardor na uretra. Esterelidade. - TRANSMISSÃO: Contato sexual (DST)

Cancro mole Haemophilus ducreii

Após 5 dias que penetrou na pele, provoca a formação de uma ferida dolorosa e com secreção clara, chamada de cancro mole

• Tracoma/ Linfogranuloma venéreo Chalmydia trachomatis - SINTOMAS: Conjuntivite e cegueira para tracoma.Lesões na virilha e genitais para linfogranuloma. - TRANSMISSÃO: Contaminação direta da conjutiva e da córnea (olhos).Transmitida por relações sexuais.


Leptospirose

Leptospira icterohaemorragiaee ou L. interrogans

-SINTOMAS: Febre alta, cefaleia, dor muscular, vômito, hemorragia digestiva, lesões na pele, problemas respiratórios, renais e hepáticos -TRANSMISSÃO: Urina do rato, contaminado pela bactéria.


FEBRE MACULOSA

Rickettsia ricketsii

- SINTOMAS: Febre, dor de cabeça e confusão mental. Aparecem máculas (manchas)por causa da lesão que as bactérias fazem nos vasos sangüíneos; se não tratada imediatamente com antibiótico causa: falência renal cardíaca, pulmonar e cerebral, com coma e morte. - TRANSMISSÃO:picada do carrapato-estrela – Amblyoma cajannense – que vivem em cavalos, cães e capivaras.

GASTRITE

Heliobacter pylori

BRUCELOSE

Brucella abortus

é transmitida através do beijo e contato direto (talheres, copos, etc...).Também por frutas e verduras contaminadas,


COMPLEMENTO: BACTÉRIAS – ARMAS BIOLÓGICAS?

Bacillus anthracis

VÍRUS DA VARÍOLA!!!

Toxina botulínica


BACTÉRIA E TRATAMENTO DE ESGOTOS


LEITURAS PARA QUEM QUER SABER MAIS


BACTÉRIAS COM ESTRUTURAS DIFERENCIADAS • Riquétsias: são parasitas intracelulares obrigatórios; têm parede celular. Causam Tifo, transmitidas ao homem por piolhos, quando as fezes dos piolhos contaminam ferimentos da pele. Devem ter sido as causadoras das pestes que dizimaram uma parte da população humana na idade média e depois no início do séc. XX.

• Clamídias: parasitas intracelulares obrigatórios; têm parede celular. Causam tracoma e Linfogranuloma venéreo /DST (Chlamydia tracomatis) , pneumonia (C. pneumoniae) e Ornitose ou Psittacose (C. psittaci), que é uma infecção pulmonar transmitida por aves. Formam esporos (formas de resistência), disseminando-se pelo ar.


BACTÉRIAS COM ESTRUTURAS DIFERENCIADAS • Micoplasmas (antes PPLO): são as menores bactérias, não tendo parede celular. Seu DNA também é insuficiente e dependem de outras células para se reproduzirem. A Mycoplasma pneumoniae causa pneumonia e são resistentes à penicilina, cuja ação é destruir a parede celular; a M. genitalium causa uretrite e a M. hominis pode causar aborto espontâneo e esterelidade. Formam colônias no meio semelhantes às hifas dos fungos.

• Actinomicetos: formam colônias filamentosas muito parecidas com fungos. A maioria vive no solo. Algumas, do grupo dos estreptomicetos produzem estreptomicinas, de grande uso médico.

• Mixobactérias: vivem em esterco de gado e solos com muita matéria orgânica em decomposição. Formam colônias.


ENZIMAS DE RESTRIÇÃO E A DEFESA DE BACTÉRIAS CONTRA VÍRUS


BACTÉRIAS E A ENGENHARIA GENÉTICA • Usa-se enzimas de restrição. Ex: EcoRI, extraída da Escherichia coli. • Quando a enzima corta o DNA gera fragmentos com extremidades coesivas, no caso de terem repetições invertidas (CG e GC, por exemplo). • Usa-se a mesma enzima de restrição para cortar o plasmídio e o DNA do organismo que contém o gene de interesse, gerando assim extremidades complementares. • A enzima DNA ligase é usada reunindo tais fragmentos. • Insere-se o plasmídio com o gene de interesse numa bactéria, dita recombinante ou transgênica. • A bactéria passa a produzir a proteína que recebeu via plasmídio.


BACTÉRIAS PRODUTORAS DE PLÁSTICO E FITAS MAGNÉTICAS Burkholderia sacchari: alimenta-se de sacarose e

transforma todo o excedente de seu metabolismo num plástico biodegradável – o PHB (polihidroxibutirato). Tais bactérias conseguem produzir 1 Kg de plástico para cada 3 Kg de sacarose que processam . O plástico degrada entre 1 a 10 anos. Há bactérias que acumulam no citoplasma inclusões de óxido de ferro que atuam como magnetos e essas inclusões são ditas magnetossomos. A partir delas, cientistas estão desenvolvendo culturas com muitas bactérias para usar na produção de fitas magnéticas


CRESCIMENTO DAS POPULAÇÕES BACTERIANAS

Populações de seres vivos com reproduçao sexuada Organismos unicelulares que se dividem por bipartição ou brotamento (como as bactérias e os fungos unicelulares) aumentam o número de células de forma exponencial ao longo do tempo.


BACTÉRIAS MULTICELULARES? • Cientistas estão discutindo que algumas colônias de bactérias na verdade são um organismo multicelular. Isso é discutido e não há unanimidade. Em 2007, cientistas brasileiros da UFRJ, USP e do centro Brasileiro de pesquisas Físicas, descobriram na Lagoa de Araruama-RJ, a bactéria multicelular Magnetoglobus multicellularis. Ela é globular e interage com o campo magnético da Terra (magneto), daí o seu nome. Ela produz dois tipos de cristais a partir do ferro que está no meio: a greigita e a magnetita.


VACINAS COMESTÍVEIS


COMO A VACINA COMESTÍVEL AGE NO ORGANISMO PARA ESTIMULAR A IMUNIDADE


CIANOBACTÉRIAS


CIANOBACTÉRIAS • Todas são autótrofas, por fotossíntese e/ou quimiossíntese (absorvem nitrogênio do ar através de células especiais denominadas heterocistos, como por exemplo, os gêneros Rhizobium e Nostoc). • Há espécies azuis-verdes, vermelhas, pardas e até negras. • Têm grande importância ecológica, ao colonizarem ambientes inóspitos, sendo as espécies pioneiras.

• A maioria das espécies vive na água doce, mas há espécies no mar ou solo úmido. • Produzem toxinas (neurotoxina e hepatotoxina) • Usadas na biotecnologia por terem moléculas de ação citotóxica


CIANOBACTÉRIAS • A clorofila localiza-se em sistemas lamelares de membrana ("retículo endoplasmático rudimentar"). Além da clorofila a (comum aos vegetais), apresentam ficocianina (azul) e ficoeritrina (vermelha). • Não têm flagelos. • A sua reserva energética é um glicídio, semelhante ao glicogênio dos animais. • Reproduz-se apenas de forma assexuada. Algumas espécies formam esporos – “acinetos” (unidades reprodutivas que se destacam e formam novas bactérias). Em cianobactérias coloniais e filamentosas há reprodução por hormogônios, os quais são pequenos fragmentos que se separam, gerando novos filamentos.


REINO ARCHEA


REINO ARCHEA


Comparações... Archaea

Eukarya

2oC - >100oC

20oC - 40oC

pH ideal de crescimento

1 - 12

7

Capacidade de suportar altas pressões atmosféricas

sim

não

Capacidade de suportar altas salinidades

sim

não

Temperatura ideal de crescimento


ARCHEIAS X BACTÉRIAS • Composição da parede celular e membrana (proteínas e fosfolipídios divergem muito) e não há peptidoglicano comum nas bactérias. Diversas arqueas não têm parede celular.

• Pigmentos usados na fotossíntese • RNA iniciador da síntese protéica; nas bactérias é o formil-metionina e nas arqueias é a metionina, o mesmo dos eucariotos. • RNA polimerase – nas arqueias há vários tipos, como ocorre em eucariotos, enquanto nas bactérias e cianobactérias é um só tipo.


CARACTERÍSTICAS DE ARCHEIAS • Parece não ocorrer nenhum mecanismo sexuado de reprodução. A variabilidade genética deve-se às mutações.

• As arqueias usam como alimento hidrogênio, compostos sulfúricos, manganês e outros metais pesados, dispensando a fotossíntese, pois predominam as formas quimiossintetizantes ou heterótrofas. São encontrados em minas na África do Sul, numa profundidade de 2.400m e em rochas vulcânicas a 400°C. • Há espécies heterótrofas quimiorganotróficas, que utilizam aminoácidos, ácidos orgânicos e açúcares para obtenção de energia.


PRINCIPAIS ARCHEIAS • Metanogênicas – são heterótrofas e

anaeróbias obrigatórias e produzem gás metano; vivem em pântanos, aterros sanitários e no intestino de mamíferos herbívoros, do homem e de cupins, também gerando gás metano. Têm parede celular glicolipídica, mas bem diferente da estrutura química da parede celular das eubactérias.


PRINCIPAIS ARCHEIAS •Halófitas – halo=sal – vivem em mares com alta salinidade, dando cor rosada as salinas, como por exemplo, no mar morto. Esta cor deve-se a bacteriorodopsina, pigmento semelhante à rodopsina (olho humano). Este pigmento absorve luz solar e produz diretamente ATP, sendo o tipo mais simples de fotossíntese conhecido. Também ocorrem em carnes e molhos salgados, mas não são patogênicas para o homem. São gram negativas.

Lago hipersalino no Egito


PRINCIPAIS ARCHEIAS • Termófilas – encontradas em fontes de

água quente no fundo dos oceanos (entre 100 e 400ºC), usam energia química do gás sulfídrico para sobreviverem, produzindo compostos orgânicos para as outras formas de vida que habitam as regiões profundas dos mares. Estas archeas são conhecidas como quimiolitoautótrofas, por fazerem a quimiossíntese a partir de compostos químicos das rochas (lithos = pedra, rocha). Não têm parede celular; apresentam substâncias termoestabilizadoras que mantêm a integridade das proteínas e enzimas, mesmo em altas temperaturas. VULCÃO JAPÃO; EM LARANJA SÃO ARCHEAS


PRINCIPAIS ARCHEIAS • Acidófilas – vivem em ambientes extremamente ácidos, algumas vezes em pH próximo a zero. Não têm parede celular.


ARQUEIAS METANOGÊNICAS E BACTÉRIAS METANOTRÓFICAS • ARQUEIAS METANOGÊNICAS LIBERAM 2 BILHÕES DE TON. DE CH4 (21x MAIS ESTUFA) • METANO (OXIDADO NA FACE AR-ÁGUA OU SOLO)

BACTÉRIAS METANOTRÓFICAS LIBERA GÁS CARBÔNICO


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