RELAÇÕES ECOLÓGICAS
Prof. M.Sc. Mary Ann Saraiva
CONCEITOS •ECOBIOSE – relação dos seres vivos com o meio •ALELOBIOSE - relação dos seres vivos entre si. Pode ser: -Cenobiose ( relação intraespecífica) -Aloiobiose (relação interespecífica)
HIPÓTESE GAIA JAMES LOVELOCK, 1972 Proposta para explicar o comportamento sistêmico de nosso planeta.
VIDA E A COMPOSIÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE
RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS • Harmônicas (positivas) - Colônias (+/+) - Sociedade (+/+) - Gregarismo (+/+) • Desarmônicas (negativas) - Competição (+/- ou -/-) - Canibalismo (+/-)
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
Harmônicas (+)
Desarmônicas (-)
- Antibiose ou - Mutualismo (+/+) - Protocooperação (+/+) amensalismo (+/-) (inclui sinfilia) - Predatismo (+/-) - Parasitismo (+/-) - Comensalismo (+/0) - Competição (+/- ou -/-) * Inquilinismo - Herbivorismo (+/-) (inclui epifitismo) - Esclavagismo ou *Forésia Parasitismo social (+/-)
1. COLÔNIA • Existe ligação física (anatômica) entre os indivíduos.
Pneumatóforos (respiração) Gastrozóides (nutrição) Gonozóides (reprodução) Nectozóides (locomoção) Dactilozóides (defesa)
2. SOCIEDADE Não existe ligação física (anatômica) entre os indivíduos .
Sociedade das abelhas - Ordem Hymenoptera (uma colméia tem de 50 a 100 mil indivíduos)
Rainha (diplóide; fértil porque quando larva é alimentada com geleia real; tem vida longa; as virgens fazem o voo nupcial, e copulam com vários zangões, armazenando todos os espermatozoides nos receptáculos seminais; exibem grande abdômen)
Operárias (diploide, vivem 1 mês, em média; realizam todo o trabalho da colmeia)
Zangões (haploides; não têm ferrão nem estruturas de trabalho; ou morrem logo após a cópula pelo rompimento do corpo ou morrem porque deixam de ser alimentados pelas operárias após o voo nupcial).
Sociedade das formigas - Ordem
Hymenoptera (reúne até 100 mil indivíduos ) • Rainhas ou içás (fêmeas férteis; nas saúvas vivem até 20 anos; faz voo nupcial, mas perdem as asas e acasalam no solo 1 só vez; armazenam até 500 milhões de espermatozoides que usarão por toda a vida, à medida que produzir óvulos; depois da cópula não voltam para o formigueiro, fundando um novo formigueiro – que só tem fêmeas não aladas ). • Reis ou bitus (machos férteis; aparecem 1 vez por ano; morrem após a cópula) • Operários vivem 1 ano (não alados; geralmente são fêmeas estéreis) -Soldado (tem grande mandíbula; defende o formigueiro) -Cortadeira-carregadeira (corta e coleta folhas e gravetos pequenos) -Jardineira (cultiva fungos mutualísticos; os fungos crescem no substrato composto das folhas que as jardineiras mastigam e regurgitam; todas as formigas se alimentam apenas dos fungos, caracterizando um mutualismo)
Sociedade dos cupins ou térmitas
Ordem Isoptera (os ninhos podem ser no solo ou na madeira)
Rainha ou aleluia (fértil e aladas; após o vôo nupcial, caem no solo, perdem asas e copulam; o vôo é apenas um ritual para formação dos casais, que formarão novos cupinzeiros) Rei ou siriri (fértil e alado; fica com a rainha no ninho; ambos vivem entre 25 e 50 anos) Operários (machos estéreis, não têm asas, cavam túneis, coletam alimento e cuidam das ninfas) Soldados (machos estéreis; apresentam grandes mandíbulas para luta em defesa do cupinzeiro) Reprodutores suplementares (não é casta obrigatória; são ninfas que podem ser férteis e substituir rainhas ou reis quando os mesmos morrem).
3. GREGARISMO • Indivíduos que vivem juntos, agrupados, sem organização social. É uma relação intraespecífica e harmônica.
Phoenicopterus roseus Milhares de Flamingos Comuns vivendo juntos na África
4. MUTUALISMO Relação ecológica, interespecífica, onde ambas espécies são beneficiadas e tem caráter obrigatório.
as
5. PROTOCOOPERAÇÃO Relação ecológica, interespecífica, onde ambas as espécies são beneficiadas e sem caráter obrigatório.
CARANGUEJO-PAGURO E ANÊMONA
PEIXE PALHAÇO E ANÊMONA
5.2. SINFILIA (PROTOCOOPERAÇÃO) É uma associação em que uma espécies se beneficia com as atividades de outra espécie. Lineu descreveu essa associação com certa graça, afirmando: Aphis formicarum vacca (o pulgão, do gênero Aphis, é a vaca das formigas). Os pulgões são parasitas de certos vegetais, e se alimentam da seiva elaborada que retiram dos vasos liberianos das plantas.
Parte da seiva eliminada pelos pulgões é aproveitada pelas formigas, que chegam a acariciar com suas antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os eliminar mais açúcar. Os pulgões são protegidos pelas formigas.
5.3. ANGIOSPERMAS X POLINIZADORES: QUAL A RELAÇÃO?
• (A) Um morcego do género Brachyphylla obtém néctar de uma orquídea na índia Ocidental. Geralmente, algum pólen amarelo se adere sobre a boca e a cabeça do morcego e é, então, espalhado para outras flores. • (B) Por outro lado, a polinização da orquídea Ophrys scolopax não se qualifica como mutualismo. O macho da abelha Eucera longicornis é persuadido, pelo cheiro e aparência da flor, a uma tentativa de cópula. A orquídea será polinizada, mas a abelha não receberá nenhuma recompensa e desperdiçará valiosa energia. Isso é um esclavagismo.
6. INQUILINISMO ou EPIBIOSE quando um indivíduo “mora” no outro sem prejudicá-lo.
7. COMENSALISMO CONCEITO CLÁSSICO: Interação ecológica positiva interespecífica que ocorre quando um indivíduo se alimenta do resto dos alimentos do outro
CONCEITO MODERNO DE COMENSALISMO Comensalismo é qualquer relação que um ser vivo tira proveito de outro, sem prejudicá-lo. Pode ser: Epifitismo: uma planta pequena vive sob outra planta maior. Ex: orquídeas e árvores. Também são epífitas algumas samambaias e bromélias. Forésia: um ser vivo usa o outro como meio para se locomover. Ex: carrapicho e animal, beija-flor e pólen. Inquilinismo: um ser vivo habita outro, utilizando-o como suporte ou local de proteção. Ex: pepino-do-mar (holotúria) e peixe fieráster.
8. AMENSALISMO ou ANTIBIOSE uma população de determinada espécie libera substância químicas para inibir o estabelecimento / crescimento de outras.
9. ESCLAVAGISMO ou PARASITISMO SOCIAL Formiga sanguinária (Polyergus rufescens) - Capturam ovos de outras formigas - Formigas capturadas se tornam suas operárias (escravas)
As formigas sanguinárias tem mandíbulas tão desenvolvidas que não conseguem cavar ninhos, nem cuidar de suas pupas.
ESCLAVAGISMO ou PARASITISMO SOCIAL • Parasitismo de ninhada – ocorre com os cucos, pássaros que depositam seus ovos em ninhos de pássaros que têm ovos parecidos com os seus, para que outros pássaros criem seus filhotes quando os ovos eclodirem.
10. PARASITISMO • ocorre quando um ser se alimenta de outro de espécie diferente sem retirá-lo de imediato da população.
Cipó-chumbo: parasitismo vegetal ECTOPARASITISMO / ENDOPARASITISMO / MONOXENO - HETEROXENO
11. PARASITOIDISMO É
considerada uma relação meio-termo
entre predação e parasitismo.
12. PREDATISMO Retirada de um indivíduo da população para alimentar outro indivíduo de espécie diferente.
13. CANIBALISMO • Relação negativa onde um indivíduo se alimenta de outro da mesma espécie.
14. HERBIVORISMO • Animais herbívoros que comem plantas ou pedaços delas. • As plantas produzem alcaloides tóxicos como defesa; folhas duras e espinhos.
15. COMPETIÇÃO INTRA-ESPECÍFICA • indivíduos da mesma espécie competindo entre si por alimentos, fêmeas etc...
15. COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICA
indivíduos de espécies diferentes competindo por abrigo, alimento, etc...
16. FORMAS ESPECIAIS DE ADAPTAÇÕES AO PREDATISMO • Camuflagem • Aposematismo( coloraçãode advertência) • Mimetismo
TIPOS DE MIMETISMO • MIMETISMO BATESIANO: os organismos de uma espécie se parecem com os de outra espécie na forma, cor, ou outra característica que lhe seja vantajosa. Ex: borboleta monarca (nãopalatável) e borboleta vice-rei (mimética). • MIMETISMO MULLERIANO: todos os organismos pertencem a espécies diferentes e possuem a mesma característica adaptativa que lhes permite escapar de predadores. Ex: as corais • MIMETISMO PECKHAMIANO OU MIMETISMO AGRESSIVO ocorre quando a espécie mimética é o predador que engana sua presa para se aproximar o suficiente a tal ponto de captura-la.
17. VIDA EM GRUPO: GANHOS? • Os grupos fornecem proteção contra predadores. • o comportamento social apresenta muitos custos, tais como: inibição da reprodução, machucar os filhotes de outros membros do grupo, maior exposição a doenças e parasitas.
CUIDADO PARENTAL E ALTRUÍSMO Os pais e filhotes mais velhos cuidam dos filhotes mais jovens. O cuidado da prole envolve um enorme custo para os pais e seus ajudantes.