SISTEMA IMUNE Profª. Mary Ann Saraiva
SISTEMA IMUNE
• TIMO • BAÇO • LINFONODOS • TONSILAS
AÇÃO DO TIMO
VISÃO GERAL DO SISTEMA IMUNE RESPOSTA INESPECÍFICA ou IMUNIDADE INATA Primeira linha de combate Barreiras naturais Pele e mucosas Secreções Flora normal Peristaltismo
Segunda linha de combate Resposta inflamatória Células fagocitárias Substâncias antimicrobianas (interferon) Altas temperaturas
RESPOSTA ESPECÍFICA ou IMUNIDADE ADQUIRIDA
Terceira linha de combate Anticorpos (imunidade humoral) Resposta celular citotóxica
IMUNIDADE INATA: BARREIRAS DE DEFESA
DEFESA CELULAR INATA • CÉLULAS COM RECEPTOR TOLL RECONHECE PATÓGENOS O receptor TLR4 reconhece lipopolisacarídeos de bactérias; o receptor TLR3 é um sensor de RNA de fita dupla (ocorre em certos vírus). macrofagos fazem fagocitose e o microorganismo contido no fagossomo morre quando esta vesícula se funde ao lisossomo, uma vez que a organela libera enzimas e óxido nítrico e outros gases para matar o patógeno
Quando o parasita é um verme, os eosinófilos se posicionam contra o corpo do parasita e liberam enzimas + PERÓXIDO, destruindo o verme
INTERFERONS Células que estão infectadas por vírus liberam interferons (proteínas que fornecem defesa inata contra vírus). Os interferons induzem células vizinhas não infectadas a produzirem substâncias que inibem a reprodução viral. o interferon limita a disseminação dos vírus de uma célula para outra.
SISTEMA COMPLEMENTO • Formado por cerca de 30 proteínas plasmáticas que agem contra infecções. • Tais proteínas circulam inativas pelo plasma e são ativadas por substâncias que existem na superfície de patógenos. • Desencadeia-se uma cascata bioquímica que culmina com a lise dos patógenos.
CÉLULAS ASSASSINAS NATURAIS (LINFÓCITOS NATURAL KILLER) • Com exceção das hemácias, as demais células do corpo têm, geralmente, uma proteína de superfície, denominada MHC tipo I (proteína do complexo principal de histocompatibilidade tipo I). • Células com vírus ou células cancerígenas, às vezes, deixam de ter essa proteína MHC (o gene deixa de se expressar). • Os linfócitos NK que patrulham o corpo ligam-se a células que não têm a MHC na superfície, liberam substâncias químicas e destrói as células infectadas com vírus e as células cancerígenas.
RESPOSTA INFLAMATÓRIA
MACRÓFAGOS MASTÓCITOS PLASMÓCITOS
RESPOSTA INFLAMATÓRIA • MACRÓFAGOS • MASTÓCITOS • PLASMÓCITOS
• A resposta inflamatória é controlada pelo hormônio cortisol, produzido pelo córtex da adrenal. Este hormônio diminui a comunicação entre as células da resposta inflamatória. • Outra resposta inflamatória sistêmica é a febre. Substâncias produzidas pelos patógenos e pirogênios (liberadas pela ativação dos macrófagos) reprograma o termostato corporal do hipotálamo (SNC) para manter o corpo com temperaturas mais altas. • Sugere-se que o aumento da temperatura aumenta a fagocitose, a velocidade das reações químicas e acelere o reparo dos tecidos. • Contudo, se a infecção é grande e a febre é muito alta, há o choque séptico, tendo baixa do fluxo sanguíneo e da pressão arterial, podendo ser fatal.
COMO OS PATÓGENOS SOBREVIVEM A IMUNIDADE INATA • A bactéria Streptococus pneumoniae esconde os polissacarídeos de suas paredes celulares, impedindo que seja reconhecida. • Outros microorganismos resistem às enzimas lisossômicas, como o Micobacterium tuberculosis, que ao invés de morrer, cresce e se reproduz na célula que o fagocita. A tuberculose mata mais de um milhão de pessoas a cada ano no mundo.
IMUNIDADE ADQUIRIDA (ESPECÍFICA) HUMANA. QUANDO OS MECANISMOS INESPECÍFICOS NÃO CONTROLAM A INFECÇÃO, ENTRA EM AÇÃO A RESPOSTA ESPECÍFICA, NA QUAL ATUAM VÁRIAS CÉLULAS.
CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE
MOLÉCULA DE ANTICORPO
RESUMO
AÇÃO DOS ANTICORPOS CONTRA PATÓGENOS • NEUTRALIZAÇÃO: os anticorpos se ligam a proteínas de superfície de vírus ou bactéria, bloqueando a atividade do patógeno, que não consegue infectar células. Também há neutralização quando anticorpos ligam-se e neutralizam toxinas liberadas nos líquidos corporais (ação dos anticorpos contidos no soro anti-ofídico). • OPSONIZAÇÃO: os anticorpos se ligam a antígenos, formando uma estrutura reconhecível por macrófagos, facilitando a fagocitose. • ATIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO: os anticorpos associam-se às proteínas do sistema complemento, formando um poro na célula do patógeno; por esse poro entra água e íons, provocando a ruptura da célula, matando o micro-organismo patogênico.
AÇÃO DOS ANTICORPOS
TIPOS DE IMUNOGLOBULINAS IgA: atua sobre antígenos que ficam nas mucosas; encontrados no colostro. IgD: estimula os linfócitos B IgE: presente em processos alérgicos e parasitoses. IgG: únicos anticorpos que passam via placenta para o feto; facilitam fagocitose. IgM: produzida no início da resposta imune.
PARA SABER MAIS
ORIGEM DA VACINA EDWARD JENNER (inglês), em 1775 iniciou uma pesquisa sobre a crença popular em relação a varíola bovina. Em maio de 1776, Jenner inoculou um menino de 8 anos com uma amostra de secreção extraída das vesículas da varíola bovina, retirada da mão de uma ordenhadora. Em julho, o menino foi inoculado com amostra de varíola humana e não adoeceu.
PASTEUR
• Em 1880, Pasteur desenvolveu imunização contra cólera de galinhas, que estava matando muitas aves. • Em 1881, Pasteur isolou a bactéria causadora do carbúnculo (Bacillus anthracis), cultivou-a em temperatura maior que a do corpo dos animais e ao inocular essas bactérias nos animais, os mesmos apresentavam sintomas leves, mas não adoeciam do carbúnculo. • Em 1885, Pasteur criou a primeira vacina humana, contra a raiva (hidrofobia).
SOROS: FABRICAÇÃO
• Injeta-se em mamíferos de grande porte doses sucessivas e crescentes de antígeno; essa dose não mata o animal e estimula o seu sistema imune a produzir anticorpos específicos. • Retira-se sangue desse mamífero, se extrai os anticorpos e se prepara o soro. • Os anticorpos do soro reconhecem a toxina, unindo-se a esta, inativando-a rapidamente. • Os anticorpos do soro conferem imunização temporária, sendo eliminados pela urina em poucos dias. O próprio organismo humano reconhece os anticorpos do soro como substância estranha (antígenos), passando a produzir anticorpos específicos contra o soro. Assim, a administração de soro imune requer cuidados por desencadear uma resposta imune contra o próprio soro, comprometendo a saúde do indivíduo.
TIPOS DE IMUNIDADE
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS RESPOSTAS IMUNES ADQUIRIDAS:
• - Especificidade: assegura que diferentes microorganismos provoquem resposta específica; • - Memória: induz respostas aumentadas às repetidas exposições ao mesmo microorganismo; • - Diversidade: possibilita ao sistema imune responder a uma grande variedade de microorganismos. • - Especialização ou Sensibilização: as células têm uma grande sensibilidade diante de substâncias estranhas que invadem o corpo. Mesmo diante de pequenas quantidades de antígenos, as células se excitam e desencadeiam uma intensa mobilização da nossa defesa.
RESPOSTA IMUNITÁRIA PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA
VACINAS DE DNA
CITOCINAS:
MENSAGEIROS DO SISTEMA IMUNE
• Citocina é um termo genérico empregado para designar um extenso grupo de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes. Constituem um grupo de fatores extra-celulares que podem ser produzidos por diversas células, como monócitos, macrófagos, linfócitos e outras que não sejam linfóides. Todas as citocinas são pequenas proteínas ou peptídeos, algumas contendo moléculas de açúcar ligadas (glicoproteínas). • As diferentes citocinas podem ser enquadradas em diversas categorias: interferons (IFN), interleucinas (IL), fator estimulador de colônias (CSF), fator de necrose tumoral (TNFa e TNFb), e fator de transformação de crescimento (TGF b). • Assim como os hormônios atuam como mensageiros do sistema endócrino, as citocinas atuam como mensageiros do sistema imune. • De um modo geral, as citocinas estão envolvidas em vários processos celulares, incluindo: ativação celular, fatores de crescimento, proliferação celular, diferenciação celular e secreção de anticorpos