Vírus 2016 - BioS

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VÍRUS Profª. M.Sc. Mary Ann Saraiva


VÍRUS: SERES VIVOS? • SISTEMAS MOLECULARES AUTO-REPLICATIVOS NÃO VIVOS. • SERES VIVOS SIMPLES. • SISTEMAS BIOLÓGICOS QUE TÊM UMA “VIDA EMPRESTADA”.

ENEM: VÍRUS - SISTEMAS BIOLÓGICOS

H1N1 - Influenzavirus HIV infectando célula

Bacteriofago

“Uma espécie viral compreende um grupo de vírus que compartilham a mesma informação genética.”


VÍRUS QUE NÃO SÃO PARASITAS! Planta com o fungo CThTV

Planta sem o fungo Fungo

Triplo Mutualismo (adaptado)


REGRAS TAXONÔMICAS PARA VÍRUS I. Para o nome da espécie é usado sigla. Ex: HHV – human herpes vírus. II. Se existirem variedades, há designação por número. Ex: HHV-1 (herpes bucal) HHV-2 (herpes genital). III. As famílias e gêneros são agrupados com base no material genético e estratégia de reprodução - Família - sufixo viridae. - Gêneros são escritos em itálico, com inicial maiúscula e com a terminação virus. -Ex: Vírus do Herpes família: Herpesviridae; gênero: Simplexvirus. ATENÇÃO: às vezes a mesma sigla é usada para gêneros diferentes. Ex: na família Herpesviridae , há variedades: o Varicellavirus é HHV-3 e o Lympocryptovirus é o HHV-4.


HISTÓRIA DA DESCOBERTA DOS VÍRUS Século XIX •1886 – Adolf Mayer: TMV- hipótese da bactéria minúscula • 1892 – Dimitri Ivanovsky: toxina filtrável Vírus do mosaico do tabaco filtro de vidro poroso

Pasteur – vírus = veneno 1898 – Martinus Beijerink: TMV era uma partícula reprodutora menor e mais simples que uma bactéria.


HISTÓRIA DA DESCOBERTA DOS VÍRUS Século XX •1935 – Wendell Stanley - ME – cristais de vírus (proteína + ác. nucléico)


CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS  Seres vivos acelulares  Podem se cristalizar e ficar inativos.

 Parasitas intracelulares obrigatórios (maioria).  Composição química: DNA ou RNA e cápsula protéica (capsídeo), formada de várias subunidades de proteínas (capsômero). Mat. genético + capsídeo = nucleocapsídeo

 Material genético: RNAfu, RNAfd, DNAfu e DNAfd. O menor vírus tem 4 genes Há vírus com centenas e milhares de genes


CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS VÍRUS • Sofrem mutações e têm capacidade de adaptação • Especificidade: capsídeo tem proteínas LIGANTES • Alguns vírus apresentam um envelope externo lipoprotéico ou glicoprotéico (retiram das membranas de células que parasitam). No envelope há proteínas LIGANTES. • Não sobrevivem em meios artificiais de cultura. • Visíveis geralmente ao M. eletrônico. As dimensões virais oscilam entre 17nm e 1.400nm (1nm=10-6mm).


ALGUNS VÍRUS


CITOMEGALOVÍRUS

- Vírus de DNA + RNA: Citomegalovírus e V. Hepatite B CÉLULAS PULMONARES COM INCLUSÃO DE CMV


VIROIDES E VIRUSOIDES Viroides

Virusoides


REPRODUÇÃO VIRAL

• CICLO LISOGÊNICO • CICLO LÍTICO

-Virus temperados ou não virulentos. -PROVÍRUS OU EPISSOMO

-Vírus líticos ou virulentos.


ESQUEMA SIMPLIFICADO DA REPRODUÇÃO VIRAL


PENETRAÇÃO DOS VÍRUS NAS CÉLULAS HOSPEDEIRAS


REPRODUÇÃO VIRAL: DETALHES DO BACTERIÓFAGO FASES: 1. ADESÃO 2. PENETRAÇÃO 3. BIOSSÍNTESE 4. MATURAÇÃO 5. LIBERAÇÃO


MATERIAL GENÉTICO VIRAL E SUA REPRODUÇÃO I. VÍRUS DE DNA II. VÍRUS DE RNA  RNA SIMPLES: CADEIA + E CADEIA –  RETROVÍRUS

ESQUEMA: ANOTE NA PÁG 28


VÍRUS DE RNA: CADEIA +, CADEIA – e RETROVÍRUS

DENGUE, RUBÉOLA

GRIPE, HANTAVÍRUS

HIV, HTLV


VÍRUS ESPECIAIS  VÍRUS ONCOGÊNICOS: HPV, HEPATITES B, C e HTLV I e II

 VÍRUS BENÉFICOS: Baculovirus (controle biológico)


VÍRUS ESPECIAIS  VÍRUS BENÉFICOS: Geneterapia


VÍRUS E A SAÚDE HUMANA • HEPATITE(Vírus A e E) - Infecção com possível destruição das células hepáticas. TRANSMISSÃO: ingestão de água e alimentos contaminados - PROFILAXIA: medidas de higiene e saneamento

RNA fu -

DNA • fd • ENV

HEPATITE(Vírus B ) Há destruição

das células hepáticas, com possibilidade de câncer. - TRANSMISSÃO: sangue contaminado, relações sexuais. - PROFILAXIA: Sangue testado; uso de preservativo; evitar promiscuidade sexual

ascite

cirrose

Câncer de fígado

HEPATITE C RNAfu ENVELOPADO

150 milhões de infectados no mundo 1,5 milhão no Brasil (2x mais q/ HIV)


 CATAPORA (varicela / HHV-3)surgem vesículas na pele. Lesões no feto. - TRANSMISSÃO: saliva, copos, talheres e brinquedos contaminados. - PROFILAXIA: vacina e higiene

 HERPES ZOSTER (HHV-3)- O vírus HHV-3 de alguém que teve catapora fica latente e se há queda DNA de imunidade, o vírus alojado no fd sistema nervoso periférico migra para os nervos sensoriais da pele, onde provoca feridas que se dispõem ao longo do trajeto do nervo. - TRANSMISSÃO: queda de imunidade - PROFILAXIA: medicação (aciclovir)

DNAfd / ENV


 HERPES

DNAfd / ENV

- Tipo I: lesões na boca e na pele. - Tipo II: herpes genital. - Transmissão: contato direto com pessoas em fase de manifestação do vírus. Trata-se usando pomadas com inibidores da síntese de DNA viral. - Profilaxia: Evitar o contato com portadores.


– causada pelo Lymphocryptovirus (Epstein-Barr). Em adolescentes, a mononucleose causa febre, dor de garganta e inchaço nos linfonodos. Não há tratamento. Pode raramente desencadear câncer (linfoma de Burkitt e carcinoma nasofaríngeo) Contágio: contato com a saliva de pessoas contaminadas.

MONONUCLEOSE

DNA fd


CONDILOMA ACULMINADO VÍRUS HPV

TRANSMISSÃO: VIA SEXUAL MÃE-FILHO (PARTO) PROFILAXIA: VACINA, CAMISINHA 11-13 anos (índias: 9 a 13)


 POLIOMIELITE - causada por Enterovírus. - Contágio: por via digestória, por alimentos contaminados com fezes dos portadores. Talvez o vírus seja transmitido também pela saliva. – Profilaxia : Vacina Salk (vírus inativo) ou Sabin (vírus atenuado) RNA fu

BRASIL: 1ª e 2ª DOSE – VIP 3ª DOSE E REFORÇOS: VOP


RNAfd / ENV

• GRIPE- causada pelo Influenzavirus, um vírus envelopado que tem 8 moléculas de RNA de cadeia simples. - Sintomas: calafrios, febre, dor de cabeça e dor muscular. - Profilaxia: vacinação,vigilância epidemiológica, monitoramento de criadouros de aves e porcos, principalmente no sudoeste asiático. - Tratamento: Droga antiviral amantadina

• RESFRIADO COMUM - causada geralmente por Rhinovirus ou Coronavírus. - Sintomas: espirros, secreção e congestão nasal. Há contágio direto por secreções nasais ou ambientes contaminados. Os vírus resistem por horas em telefones e superfícies, que ao serem tocadas com as mãos, que são colocadas na boca, há o contágio. Não há tratamento Deve-se evitar o contato com pessoas resfriadas. RNAfu


• FEBRE AMARELA - causada pelo arbovírus Flavivirus. Virose

grave e às vezes fatal. Ataca o fígado, dando o aspecto amarelado do doente. Há vacina. RNAfu / ENV - Febre amarela urbana: A. aegypti. - F.A. selvagem: A. leucocelaenus ou de Haemagogus sp.


 CAXUMBA - causada pelo vírus envelopado Paramyxovirus. Ocorre infecção das parótidas, testículos, pâncreas ou cérebro. - Transmissão: saliva, copos, talheres e brinquedos contaminados - Profilaxia: Vacinação. RNAfu / ENV


 SARAMPO - causada por Morbilivirus. Sintomas: erupções na pele, febre. Pode evoluir em 0,1% dos casos para encefalite, deixando lesões cerebrais. Há vacina. - Contágio: por gotículas de saliva  ENCEFALITE VIRAL - causa fortes dores de cabeça. É transmitida pela picada de mosquitos Culex sp e carrapatos contaminados pelo vírus.  RUBÉOLA - causada por Rubivírus. Os sintomas são febre baixa, dores de cabeça, manchas vermelhas na pele. - Contágio: por via digestória.Há vacina. - Em gestantes, causa malformação no feto em 35% dos casos. RNAfu / ENV

RNA fu ENV

RNA fu ENV


 RAIVA - causada por Lyssavirus. - Contágio: o vírus fica na saliva do animal contaminado sendo transmitido pela mordedura (cães, gatos), ou contato da saliva com ferimentos. - Profilaxia: vacinação de cães e gatos. Soro anti-rábico para humanos após mordedura, além

da vacina

RNA fu


• SARS/ Pneumonia Asiática -

RNA fu

Causada pelo Coronavirus; Contaminação por saliva e secreções Fase 1: febre 38ºC, calafrio, cefaleia. Fase 2: de 3 a 7 dias surgem tosse seca, dificuldade respiratória, diarréia. - Mortalidade: 13,2% < 60 anos 43,3% > de 60 anos


• HANTAVIROSE

RNA fu

Causada pelo vírus Hanta; provoca hemorragia fatal. Transmissão: contato com fezes e urina de roedores contaminados. O vírus é dispersado pelo vento ao ser eliminado nos dejetos dos roedores.


VACINAS VIRAIS - BRASIL

Pág. 47

• Vacina contra Hepatite B • Vacina contra gripe A e vacina contra a gripe comum • VOP (vacina oral contra poliomielite) • VORH (vacina oral contra rotavírus humano) • SRC ou MMR (tríplice viral – contra sarampo, rubéola e caxumba) • Vacina contra a febre amarela em regiões de risco. • Vacina anti-HPV (11 a 13 anos/ índias – 9 a 13 anos) PSIU (ANOTE): VACINA PENTA (BACTÉRIA+ VÍRUS):

Difteria, Tétano, Pertussis (acelular), Haemophilus influenzae b (conjugada) e Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) VACINA TETRA VIRAL: tríplice + catapora (varicela)


VIROSES EM DESTAQUE


AIDS


HISTÓRICO DA AIDS 1981: EUA – Pneumonia atípica

1940: África (tribos)

1983: Luc Montagner – isolou HIV 1986: AZT (1º antiviral) 1992: Testes antivirais para estimar HIV no sangue 1995: Tratamento com Coqueteis 1999: 4ª causa de mortalidade no mundo 2001: 40 milhões de infectados (+ na África e Índia) 2003: linhagens de vírus resistentes aos coqueteis 2005: novo HIV – evolução entre 4 a 20 meses HIV-1 (subgrupos M, O, N – M tem 10 subtipos: A a J)

Brasil: HIV-1 subtipo B – 80% dos casos


AIDS – CICLO DO HIV


•AIDS - 1ª FASE: (3 meses) febre, dor de cabeça, + linfonodos. Assintomática! - 2ª FASE: (2 anos) - imunidade: cansaço, emagrece, febre, suor noturno, + linfonodos, diarreia, perda de memória momentânea. - 3ª FASE: (6 a 9 anos) vírus da AIDS (azul) atacando célula humana

CANDIDÍASE ORAL

SARCOMA DE KAPOSI

- 4ª FASE: (9 a 10 anos): imunossupressão extrema e óbito


QUANTIDADE DE LINFÓCITOS T4 (CD4) E VÍRUS HIV


GRÁFICO COMENTADOQUANTIDADE DE LINFÓCITOS T4


RELAÇÃO ENTRE O Nº DE LINFÓCITOS T4 INFECTADOS POR HIV E INFECÇÕES OPORTUNISTAS


AIDS AUMENTA 40% ENTRE JOVENS • Na faixa de 15 anos a 24 anos, o número de casos de Aids aumentou 40% de 2006 até agora em todo país. A pesquisa é do Ministério da Saúde, que faz campanha para o uso da camisinha e para o exame que detecta a doença. Nas redes sociais, o lema é: "Partiu, teste". • O relacionamento já durava dois anos. O jovem confiou no namorado e acabou pegando Aids. “Ele me passava segurança, então assim, devido a essa confiança que a gente construiu no relacionamento, eu passei a ter relações sexuais com ele sem camisinha. Eu me arrependo amargamente. Se eu pudesse voltar no tempo, eu jamais iria fazer isso”, conta o jovem. • Uma pesquisa do Ministério da Saúde com 12 mil pessoas revelou que 94% dos brasileiros sabem que a camisinha é a melhor forma de prevenir doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. Mas quase metade dos entrevistados (45%) não usou preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses.


Truvada: prevenção da AIDS ? • (FDA) aprovou o lançamento no mercado deste tratamento, o antirretroviral Truvada, que, segundo as autoridades, contribuirá para reduzir o número de novas infecções. • O Truvada, tomado diariamente, está destinado a "ser utilizado como um profiláctico antes de um contato com o HIV: Profilaxia pré-exposição (PrPE) • O custo deste tratamento é 10 mil dólares anuais. • 1 caixa com 30 comprimidos R$ 2.000,00 • O Truvada é composto de dois anti-virais: o Entricitabine que inibe a transcriptase reversa e o Tenofovir que inibe a enzima integrase.


Paciente curado de AIDS

• Timothy Ray Brown estudava em Berlim quando descobriu ser HIV positivo em 1995. Na época, deram-lhe dois anos de vida. • Brown tolerou bem as drogas, mas com fadiga persistente visitou um médico em 2006 e foi diagnosticado com leucemia. • A leucemia voltou em 2007 e seu médico, Gero Heutter, cogitou um transplante de medula óssea com um doador que tinha uma mutação Brown é do receptor CCR5. Pessoas sem este receptor heterozigoto parecem ser resistentes ao HIV, porque não têm a porta (proteínas receptoras de para CCR5 membrana) através da qual o vírus entra nas células. Mas essas pessoas são raras: cerca de 1% da população do norte da Europa. • A nova técnica pode ser uma tentativa para curar o câncer e o HIV, ao mesmo tempo. • Mas sua leucemia retornou, e por isso foi submetido a um segundo transplante de medula em 2008, utilizando as células do mesmo doador. Brown afirmou que sua recuperação da segunda cirurgia foi mais complicada e o deixou com alguns problemas neurológicos, mas continua curado da leucemia e do VIH.


RESPOSTA INFLAMATÓRIA E HIV: UMA NOVA ABORDAGEM NO TRATAMENTO DA AIDS


DENGUE, CHICUNGUNHIA E FEBRE ZIKA


• DENGUE: arbovírus Flavivirus, que é um vírus de RNA envelopado. RNAfu - ENV • Na dengue clássica há: falta de apetite, fraqueza, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas na pele, febre alta (39 a 40ºC). • Na dengue hemorrágica há dores abdominais fortes, sangramento das gengivas, hemorragias internas e possível morte.


DENGUE

• Veja por que há hemorragia na dengue: • As plaquetas são reduzidas ao serem destruídas pelos anticorpos produzidos para destruir os vírus. É um resultado da resposta imune excessiva. • Linfócitos e macrófagos liberam muita cinina, que aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos, o que acarretará a perda de líquidos para os tecidos. Isso reduz a pressão arterial e há o choque hemorrágico da dengue.

FIQUE POR DENTRO • As fêmeas de Aedes aegypti têm hábitos diurnos e hábitat urbano. • Não há tratamento específico para dengue; trata-se os sintomas: febre, dor abdominal, etc.


FEBRE CHICUNGUNHA

• Causada pelo vírus CHIKV, do gênero Alphavirus, família Togaviridae, com material genético de RNA+, sendo envelopado. Aedes inicia transmissão de 7-10 dias/infectado • Foi descoberto na Tanzânia (África), em 1953. • Até recentemente era uma doença restrita à África. • A primeira ocorrência no Brasil deu-se em 2007, em 3 pacientes em São Paulo, • 2014: junho 6 casos no Brasil de soldados que retornaram do Haiti. Setembro: surto epidêmico em Feira de Santana-BA. • Sintomas: 2 a 4 dias pós picada – febre alta, artralgia. Pode ter: cefaleia, mialgia, erupção pele e conjuntivite. Dor articular pode permanecer por meses. OUTRA FORMA DE CONTÁGIO: mãe-bebê(parto)


FEBRE ZIKA •O vírus Zika (ZIKV), gênero Flavivírus, RNA+ família Flaviviridae. Foi isolado em 1968, na Nigéria. • Até 2007 casos eram restritos a África e Ásia. • No Brasil, em abril de 2015, foram registrados casos em Camaçari e Salvador-BA, pelos pesquisadores Gúbio Soares e Sílvia Inês Sardi (UFBA). • Os Sintomas comuns da infecção incluem: dores de cabeça leves, exantema maculopapular (manchas avermelhadas) febre, mal estar, conjuntivite, e dor nas articulações (bem menor que Chicungunhia). • Em 2009, Brian Foy (EUA) provou que o vírus Zika pode ser sexualmente transmitido entre humanos. • 2016: ZIKV afeta tecidos cerebrais (microcefalia, calcificação, hidrocefalia), afeta visão, audição e há má formação de membros


ZIKA E A SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ • Doença autoimune que afeta a produção da mielina; • Paciente produz anticorpos contra sua própria mielina. • Nervos afetados ficam com a transmissão dos sinais que vêm do cérebro prejudicada, causando uma perda movimentos musculares. • Na maioria dos casos, a síndrome tem relação com infecções causadas por uma série de vírus, incluindo a dengue, zika (febre Zika), influenza (gripe) e HIV (Aids), ou da incidência de doenças como hepatites por vírus tipo A, B e C. • O Ministério da Saúde acompanha desde o início de 2015, junto aos estados, os casos diagnosticados de Guillain Barré no Brasil.



ZIKA VÍRUS E MICROCEFALIA • Infecções, como rubéola, toxoplasmose e citomegalovírus. • Há causas externas: alcoolismo, uso de drogas como crack, heroína, cocaína e também alterações genéticas. • O PRIMEIRO CASO DE REEMERGÊNCIA DE DENGUE FOI EM 1987, EM UM SURTO QUE OCORREU EM MACEIÓ, ALAGOAS. SÃO QUASE 30 ANOS DE DIFICULDADES DE CONTROLE DO VETOR E DESDE 2014 SOMOU-SE AO PROBLEMA DA DENGUE A CHICUNGUNHA E, EM 2015, A FEBRE ZIKA. • No Brasil, o clima, a questão do abastecimento de água e da rede de esgoto, dentre outros fatores, têm dificultado o controle do Aedes spp. A população agora deverá ser mobilizada, muito pelo medo.


Comparação entre as viroses veiculadas por Aedes spp.


GRIPES E GRIPE A


No H1N1 a Hemaglutinina (HA) é uma proteína da camada externa do vírus (envelope) que reconhece o ácido siálico das células do sistema respiratório humano. A célula endocita o vírus. A hemaglutinina se liga a células e aglutina hemácias. A Neuraminidase (NA) também reconhece e corta o ácido siálico da membrana plasmática, para auxiliar o vírus a sair da célula. O tamiflu age inibindo a neuraminidase, impedindo que o vírus H1N1 saia da célula para parasitar novas células.


GRIPE A - H1N1  SINTOMAS:tosse seca, cefaléia, mal estar e febre com temperatura acima de 38º); diarreia. Letal em 0,5% dos casos (alta p/ gripe)

 CARACTERÍSTICAS DO VÍRUS: O vírus da gripe suína é o influenza A (H1N1), novo subtipo do vírus da influenza, o causador da gripe.  O subtipo se formou dentro do organismo suíno. Isso porque, assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suínos, humanos e aviários.  O organismo do porco funciona como um tubo de ensaio, combinando vírus e favorecendo o aparecimento de novos tipos. Esses vírus híbridos podem provocar o surgimento de um novo tipo de gripe, tão agressivo como o da gripe aviária e tão transmissível quanto o da gripe humana.

APRESENTA 8 MOLÉCULAS DE RNA DIFERENTES H1N1 - 1918/1919 Morte: 20-40 milhões H2N2 - 1957 (Ásia) 1 milhão de mortes

H3N2 (Hong Kong) Morte: 700 mil


EBOLA


EBOLA Vacina VSV-ZEBOV • O vírus Ebola surgiu foi em 1976, em surtos em Nzara, no Sudão e no Congo • Pertence ao gênero Filovirus, família Filoviridae. É um vírus RNA- (negativo), tendo envelope lipoproteico. • Fora do hospedeiro, o Ebola é um vírus frágil. • A taxa de fatalidade do vírus varia entre 50 e 90%, dependendo da cepa. Há cinco espécies do vírus Ebola. Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ebola. • 1500 casos, desde 1976 até o final de 2013, dos quais cerca de mil resultaram em morte. • No surto atual na Guiné, desde dezembro/2013, já matou mais de 11.300 pessoas na África Ocidental, mais casos em 3 países: Libéria, Serra Leoa e Guiné, sendo esse último país o mais afetado. Novos casos em 2016 (poucos) • Países com casos da doença : Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, Espanha e EUA.


EBOLA


ERITEMA INFECCIOSO


ERITEMA INFECCIOSO • É uma doença causada pelo vírus Parvovírus B19, gênero Erythovirus, família Parvoviridae, tendo DNA de fita única, não envelopado. • O vírus foi descoberto em 1975 na Inglaterra. • Os primeiros casos da doença no Brasil foram em 1983, no RJ. • Afeta principalmente crianças e os principais sintomas nelas são: erupções vermelhas nos braços, pernas e rosto, além de garganta inflamada, febre baixa, dor de estômago, dor de cabeça, fadiga e coceira. • Essa doença pode ser grave em pessoas com um sistema imunológico comprometido e em gestantes, pois o vírus causa danos ao embrião, provocando desde o aborto até a hidropisia fetal (edema generalizado no feto). • O Parvovírus B19 é transmitido pelo ar e através de fluidos corporais. A doença é já é contagiosa uma semana antes das erupções aparecerem. No entanto, uma vez que a doença se manifesta, a doença deixa de ser contagiosa.


LEITURAS


VACINA BRASILEIRA CONTRA AIDS • A vacina brasileira contra o HIV, o vírus causador da Aids, também já entrou em fase de testes. Batizada de HIVBr18, a vacina foi desenvolvida por pesquisadores da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), com estudos iniciados em 2001. A vacina foi testada em camundongos, que após aplicação, apresentaram como resultado um aumento de imunidade contra o vírus. • Em outubro de 2013, ela começou a ser testada em macacos Rhesus, que serão imunizados e apresentam sistema imunológico semelhante ao dos humanos. Esta fase deve durar dois anos e, se obter sucesso, a substância poderá ser testada clinicamente em pessoas. • A HIVBr18 foi desenvolvida a partir da análise do sistema imunológico de portadores do vírus que demoravam mais tempo para adoecer. O estudo da FMUSP descobriu que o sangue destas pessoas apresentava uma quantidade maior de linfócitos T do tipo CD4 do que o normal.


Alta resistência do HIV aos anti-retrovirais • A enzima transcriptase reversa é pouco confiável e erra muito durante esse processo. • Como o vírus tem uma altíssima taxa de replicação — podem ser produzidas até 10 bilhões de cópias do HIV em um único dia, por paciente, faz com que todas as mutações possíveis sejam geradas em um paciente. • As mutações virais podem comprometer a atividade das drogas empregadas no tratamento da infecção pelo HIV e também possibilitar ao vírus escapar da vigilância do sistema imune.


NOVA GRIPE AVIÁRIA NA CHINA 2013 - 2014 - 2015 • A gripe aviária mais comum, a do vírus H5N1, deixou 380 mortos 2003/2013. • O vírus H7N9 da gripe aviária provocou no início de abril/2013 a sexta vítima fatal perto de Xangai, onde as autoridades chinesas determinaram um sacrifício localizado de aves de curral e o fechamento dos mercados para restringir a variação infecciosa, que até agora não era transmitida aos seres humanos. • Uma onda de casos da gripe aviária H7N9 na China e de mortes associadas à doença desde o começo de 2014 mostra que é preciso vigilância constante contra cepas gripais emergentes, do contrário o mundo estará sujeito a uma letal pandemia. • Pelo menos 24 casos da gripe H7N9 e três mortes foram confirmadas em janeiro/14 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que representa um dramático aumento em relação aos dois casos e uma morte registrados entre junho e setembro, época do verão boreal.


• ROTAVÍRUS RNA fd - Causa vômito e diarréia aguda (desidratação). - É pandêmico: 5% das mortes de crianças (600mil/ano) . Há vacina (1º mês de vida). - Transmissão: fecal-oral; secreção respiratória?; água e alimentos contaminados. - 10 vírus que entrem numa criança em 24h serão milhões lesionando o epitélio intestinal, matando células.


VACINA CONTRA DENGUE: PESQUISA UECE • 1ª vacina de origem vegetal do mundo. • Injetou-se genes do vírus do dengue no feijão de corda Vigna unguiculata. • Foram isolados antígenos virais nas plantas. • Uma planta pode gerar 50 doses de vacina .


• GRIPE DO FRANGO – AVIÁRIA – H5N1


VÍRUS  VÍRUS DE PLANTAS - transmissão vertical (reprodução) - transmissão horizontal (contaminação no

ambiente por vento, insetos, humanos)

 VÍRUS QUE AMEAÇAM HUMANOS

- Crescimento populacional – colonização de novos habitats; - Degradação ambiental;  REPRODUÇÃO VIRAL EM CÉLULA MORTA?  CONCEITOS EM SAÚDE PÚBLICA


ORIGEM DOS VÍRUS • RNA primitivo – co-evolução com a célula • Trechos de DNA e RNA de células que regridiram • Surgiram de PLASMÍDEOS ou de TRANSPOSONS Compartilham característica: são elementos genéticos móveis

MIMIVÍRUS: - 400nm - Genoma: 1,2 milhão de nucleotídeos 1000 genes - Codifica proteínas ligadas à tradução, reparo de DNA, síntese de polissacarídeos, dobramento de PTN


VÍRUS – ARMAS BIOLÓGICAS?

ÉBOLA VARÍOLA


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