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Câmara Municipal de Évora / Director: Carlos Pinto de Sá // Semanário, 06 Novembro de 2014

Por ocasião do 28º aniversário da classificação de Évora

Autarca eborense confiante no reconhecimento do Cante Alentejano como Património da Humanidade O Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, acredita que o Cante Alentejano irá ser reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, depois do parecer positivo atribuído por uma comissão internacional de especialistas desta organização. Para o autarca de Évora, que considera que o Cante Alentejano faz parte “da identidade da região”, esta forma de cantar já é, informalmente, património de todos dada a sua especificidade e características.

Deliberações

da C.M. de Évora

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Sabia que... Em Évora, as influências

da arte múdejar são visiveis em janelas e portais manuelinos?

TEATRO

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Cinema Garcia de Resende


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Por ocasião do 28º aniversário da classificação de Évora

Autarca eborense confiante no reconhecimento do Cante Alentejano como Património da Humanidade O Presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, acredita que o Cante Alentejano irá ser reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, depois do parecer positivo atribuído por uma comissão internacional de especialistas desta organização. Para o autarca de Évora, que considera que o Cante Alentejano faz parte “da identidade da região”, esta forma de cantar já é, informalmente, património de todos dada a sua especificidade e características. “A confirmar-se a sua classificação, como é desejo de todos, o Cante Alentejano ganha um novo impulso, visto que a internacionalização permitirá uma maior visibilidade e estatuto sobre o mesmo, com todas as vantagens inerentes a esse facto”, frisa Carlos Pinto Sá. Por outro lado, o edil de Évora relembra que se surgir esse anúncio tal coincidirá na data em que Évora celebra o 28º aniversário da sua classificação como Património Cultural Material da Humanidade, com o Alentejo em geral, “e a nossa cidade em particular, a ser valorizada ainda mais”. “Independentemente do que vier a ser decidido em Paris pela UNESCO, compete agora, a todos nós, continuar a preservar esta marca da nossa identidade, e afirmá-la em cada canto da região e projetá-la para o futuro, para que esta marca identitária perdure no tempo e vinque a nossa diferença numa sociedade cada vez mais padronizada”.

Pilar Boyero

“Acredito pois que, por ser único, por ter umas características muito próprias, o Cante Alentejano irá ter o merecido reconhecimento internacional e, se assim for, teremos a possibilidade de assinalar em Évora o 28º aniversário da nossa classificação com uma dupla felicidade”. A este propósito, de salientar que a Câmara Municipal de Évora está a elaborar um programa comemorativo da efeméride, cujo ponto alto vai ter lugar nos dias 24 e 25 de Novembro, coincidindo com a data da classificação atribuida pela UNESCO. Para já, podemos adiantar a realização de um espetáculo músical de Cante, Fado e Flamenco marcado para a noite de dia 24, pelas 21h30, no Teatro Garcia de Resende, com as presenças do Grupo de “Cantares de Évora”, do fadista Duarte e de Pilar Boyero. A organização deste evento é da Câmara Municipal de Évora com os apoios do Ayuntamiento de Cáceres e do Cendrev.

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Deliberações da Câmara Municipal de Évora Em reunião extraordinária de 30 de outubro: Câmara de Évora aprovou Opções do Plano e Orçamento para 2015 A Câmara Municipal de Évora aprovou as Opções do Plano e o Orçamento do Município para 2015, com os votos favoráveis da CDU, a abstenção do PSD e os votos contra do PS. Estes documentos dão continuidade à aplicação das novas orientações políticas estratégicas para a renovação e reestruturação do Município, à nova gestão municipal participada e à implementação de uma nova estratégia de desenvolvimento da cidade e do concelho em interação com a Região Alentejo. Para 2015, o Orçamento é de 88,8 milhões de euros, sendo a dívida transitada de anos anteriores de 45,85 milhões de euros, pelo que o Orçamento real da Câmara será de 42,95 milhões de euros. O Orçamento inclui Obrigações Financeiras a pagar no valor de 9 milhões de euros. No decurso da apresentação da proposta, o Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá, deu algumas notas sobre a evolução da situação financeira e económica do Município, nomeadamente de melhorias já conseguidas durante este primeiro ano de mandato. Exemplos disso são a redução do valor dos compromissos futuros (de 63,650 para 61,551 milhões de euros), do prazo médio de pagamento a fornecedores (de 867 para 557 dias) ou da dívida global (de 82,872 para 76,606 milhões de euros ainda que a dívida possa acrescer de 2 milhões de euros, sobretudo faturas em contestação das Águas do Centro Alentejo. Falou também das condicionantes a ter em conta, nomeadamente, a crise imposta ao País, o desequilíbrio económico estrutural herdado no Município e as medidas legislativas negativas impostas aos municípios. Fez ainda uma breve abordagem da proposta de Orçamento de Estado e suas implicações no

orçamento municipal e apontou, em traços gerais, as principais prioridades de trabalho para 2015. Apesar das tremendas dificuldades endógenas e exógenas que a autarquia enfrenta, o Presidente considera que os referidos documentos “propõem objetivos ambiciosos, mas realistas, que pretendem continuar a dar respostas às principais necessidades da população e do Concelho”. Reconhecendo “a evidência de que quase não há margem financeira e económica para definir novas ações que tenham componente financeira”, salienta que “há, contudo, muita atividade municipal, quer de cariz estrutural quer mais conjuntural, que pode e deve ser firmada e posta em marcha – como amplamente já aconteceu em 2014 – apelando e motivando a participação de todos os que se dispuserem a essa intervenção e que ajuda e ajudará a enfrentar a crise e as suas causas bem como, com visão estratégica, construir um futuro melhor para Évora”.

Outros assuntos tratados

Nesta reunião, foram ainda aprovadas taxas e impostos municipais que são aplicados nos seus valores máximos, algo que decorre das exigências legais de cumprimento do PAEL, assinado pelo anterior Executivo camarário, ao qual o atual Executivo não pode sobreporse, apesar de dele discordar. Assim, a proposta de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) respeitante a 2014 e a liquidar em 2015, a enviar à assembleia Municipal é a seguinte: Prédios Rústicos (0,8%); Prédios Urbanos (0,8%) e Prédios Urbanos avaliados nos termos do Código do IMI (0,5%). Foi aprovada com os votos favoráveis da CDU e PS e a abstenção do PSD (...)

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Sabia que

Em Évora, as influências da arte múdejar são visiveis em janelas e portais manuelinos?

A influência muçulmana na Península estendeu-se muito para além do término da Reconquista cristã no século XII. Com efeito, as populosas comunidades mouras continuaram a fazer parte do mosaico étnico que definiu as nossas cidades medievais, influenciando a sua vivência a vários níveis. Uma das mais singulares marcas dessa influência tem o Alentejo como epicentro e Évora como referência incontornável. Na arte que se convencionou no século XIX chamar de "múdejar", encontramos a simbiose entre a herança árabe e a sua reinterpretação nos finais do século XV e primeira metade do século XVI, integrando-se na iconografia manuelina com particular requinte em inúmeras janelas e portais ainda visíveis na cidade. É nota persistente da reconhecida singularidade e antiguidade de Évora, perceptível já no início do século passado, quando os primeiros esforços de divulgação turística exaltavam precisamente a "Sevilha portuguesa", no percurso para a definir, não muito tempo depois...de "cidade-museu". Gustavo Val-Flores, CME

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CINEMA | Igreja de São Vicente

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