Évora local 217

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Câmara Municipal de Évora / Director: Carlos Pinto de Sá // Semanário, 13 Novembro de 2014

Com vista a futura musealização: limpeza das Termas Romanas já em curso O local é constantemente visitado por turistas, mas também cada vez mais por habitantes locais.

A Câmara Municipal de Évora está a proceder a uma limpeza gradual das Termas Romanas (Paços do Concelho), estando previsto para 2015 o início do seu projeto de musealização.

Com esta intervenção a edilidade pretende conferir uma maior dignidade e importância a este espaço que se tem vindo a assumir como um dos monumentos mais visitados em Évora, constituindo, por isso, um forte fator de atração turística.

Deliberações

da C.M. de Évora

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Sabia que... Existe uma Porta da Traição no Palácio dos Condes de Basto?

TEATRO

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Cinema Garcia de Resende

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Com vista a futura musealização: limpeza das Termas Romanas já em curso O local é constantemente visitado por turistas, mas também cada vez mais por habitantes locais.

A Câmara Municipal de Évora está a proceder a uma limpeza gradual das Termas Romanas (Paços do Concelho), estando previsto para 2015 o início do seu projeto de musealização.

Com esta intervenção a edilidade pretende conferir uma maior dignidade e importância a este espaço que se tem vindo a assumir como um dos monumentos mais visitados em Évora, constituindo, por isso, um forte fator de atração turística.

O local é constantemente visitado por turistas nacionais e estrangeiros, mas também cada vez mais por habitantes locais. É exemplo disso a visita de estudo feita pelos alunos do Jardim de Infância de Nª Sª da Piedade, no dia 29 de Outubro, em que foram recebidos por técnicos da Divisão de Cultura e Património e que lhe explicaram as principais funcionalidades do espaço, dandolhes a conhecer um pouco da história daquele local.

As Termas Romanas foram encontradas em 1987 na sequência de obras então efectuadas nos Paços do Concelho.

A área posta a descoberto é de cerca de 300m2, destacando-se o Laconicum (sala circular destinada a banhos quentes e de vapor); o Praefurnium (espaço da fornalha, que serviria de sistema central de aquecimento das salas adjacentes); e a Natatio (piscina retangular de ar livre, rodeada de pórticos).

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Deliberações da Câmara Municipal de Évora Em reunião extraordinária de 30 de outubro: Câmara de Évora aprovou Opções do Plano e Orçamento para 2015 A Câmara Municipal de Évora aprovou as Opções do Plano e o Orçamento do Município para 2015, com os votos favoráveis da CDU, a abstenção do PSD e os votos contra do PS. Estes documentos dão continuidade à aplicação das novas orientações políticas estratégicas para a renovação e reestruturação do Município, à nova gestão municipal participada e à implementação de uma nova estratégia de desenvolvimento da cidade e do concelho em interação com a Região Alentejo.

Para 2015, o Orçamento é de 88,8 milhões de euros, sendo a dívida transitada de anos anteriores de 45,85 milhões de euros, pelo que o Orçamento real da Câmara será de 42,95 milhões de euros. O Orçamento inclui Obrigações Financeiras a pagar no valor de 9 milhões de euros.

No decurso da apresentação da proposta, o Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá, deu algumas notas sobre a evolução da situação financeira e económica do Município, nomeadamente de melhorias já conseguidas durante este primeiro ano de mandato.

Exemplos disso são a redução do valor dos compromissos futuros (de 63,650 para 61,551 milhões de euros), do prazo médio de pagamento a fornecedores (de 867 para 557 dias) ou da dívida global (de 82,872 para 76,606 milhões de euros ainda que a dívida possa acrescer de 2 milhões de euros, sobretudo faturas em contestação das Águas do Centro Alentejo.

Falou também das condicionantes a ter em conta, nomeadamente, a crise imposta ao País, o desequilíbrio económico estrutural herdado no Município e as medidas legislativas negativas impostas aos municípios. Fez ainda uma breve abordagem da proposta de Orçamento de Estado e suas implicações no

orçamento municipal e apontou, em traços gerais, as principais prioridades de trabalho para 2015.

Apesar das tremendas dificuldades endógenas e exógenas que a autarquia enfrenta, o Presidente considera que os referidos documentos “propõem objetivos ambiciosos, mas realistas, que pretendem continuar a dar respostas às principais necessidades da população e do Concelho”.

Reconhecendo “a evidência de que quase não há margem financeira e económica para definir novas ações que tenham componente financeira”, salienta que “há, contudo, muita atividade municipal, quer de cariz estrutural quer mais conjuntural, que pode e deve ser firmada e posta em marcha – como amplamente já aconteceu em 2014 – apelando e motivando a participação de todos os que se dispuserem a essa intervenção e que ajuda e ajudará a enfrentar a crise e as suas causas bem como, com visão estratégica, construir um futuro melhor para Évora”.

Outros assuntos tratados

Nesta reunião, foram ainda aprovadas taxas e impostos municipais que são aplicados nos seus valores máximos, algo que decorre das exigências legais de cumprimento do PAEL, assinado pelo anterior Executivo camarário, ao qual o atual Executivo não pode sobreporse, apesar de dele discordar.

Assim, a proposta de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) respeitante a 2014 e a liquidar em 2015, a enviar à assembleia Municipal é a seguinte: Prédios Rústicos (0,8%); Prédios Urbanos (0,8%) e Prédios Urbanos avaliados nos termos do Código do IMI (0,5%). Foi aprovada com os votos favoráveis da CDU e PS e a abstenção do PSD (...)

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Sabia que

Existe uma Porta da Traição no Palácio dos Condes de Basto?

Porta da Traição O Cardeal Rei, D. Henrique, escreve ao Concelho no ano de 1565, para efeitos de mudança do local da Porta da Traição, de modo a tomar-se espaço para os caminhos em torno do Colégio do Espírito Santo.

Ficamos portanto a saber que uma secção dos antigos muros da alcáçova moura, posterior castelo medieval, se alterou em função das necessidades da própria cidade, tendo ficado também por essa altura desenhada a atual Rua do Colégio e, consequentemente, se perdeu o valor militar de toda esta secção dos primeiros muros urbanos de Évora. Mas é o topónimo de “Porta da Traição” que aqui se releva. Com efeito, é referência antiga, e identifica uma das entradas da secular fortificação medieva. Esta, a que persiste no Palácio dos Condes de Basto, é a chamada “Porta Nova da Traição”, o que pressupõe, como seria expetável, uma primitiva.

Durante muito tempo desconhecida, foi desvendada por altura dos restauros de 1944, pela mão da extinta Direção Geral dos Monumentos Nacionais, na zona do antigo Convento dos Lóios, tendo sido preservada na obra, e que hoje concede uma inegável nota de pitoresco a quem se hospedar na atual Pousada.

A “nova porta” é assim chamada por ter sido refeita após a destruição do castelo durante as sublevações que coroaram D. João I, no ano de 1384. Após a doação dos terrenos e da antiga casa à família Castro, capitães da cidade, por D. Duarte, ficou como usufruto exclusivo dos donatários, servindo como porta de serviço para a carruagem. A imagem que hoje temos é, contudo, fruto das intervenções motivadas pela carta do Cardeal Rei. Em recentes escavações arqueológicas, desvendaram-se importantes vestígios muçulmanos na sequência desta porta. Constituiria, previsivelmente, um dos acessos aos antigos palácios dos governadores da cidade de Yâbúra.

Hoje recuperada e plenamente integrada no espaço da sede da Fundação Eugénio de Almeida, constitui, com a sua “irmã” nos Lóios, um notável documento de, e em Évora. São duas portas que nos sussurram longos e vastos séculos da história da cidade.

E porquê o topónimo “Traição”? Esse é outro persistente mistério eborense…

Gustavo Val-Flores, CME; Foto: Telmo Rocha

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CINEMA | Igreja de São Vicente

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