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Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 23 de Julho 2010

Todas as Terças-Feiras “Cinema do Verão” na Praça do Sertório Às terças-feiras há “Cinema no Verão”, ao ar livre, na Praça do Sertório. Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Évora, com a participação do Cineclube da Universidade de Évora e os apoios da SOIR-Joaquim António d’Aguiar e do FIKE-Festival Internacional de Curtas-metragens de Évora.

Deliberações

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O Edíficio de S. Pedro foi uma antiga Igreja paroquial

CINEMA

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TODAS AS TERÇA-FEIRAS “Cinema no Verão” na Praça do Sertório

Às terças-feiras há “Cinema no Verão”, ao ar livre, na Praça do Sertório. Esta é uma iniciativa da Câmara Municipal de Évora, com a participação do Cineclube da Universidade de Évora e os apoios da SOIR-Joaquim António d’Aguiar e do FIKEFestival Internacional de Curtas-metragens de Évora. Esta é já a 7ª edição do “Cinema no Verão”, que convida o público a assistir ao visionamento de cinema de um modo menos convencional, através de uma projecção ao ar livre e de entrada gratuita. À semelhança das edições anteriores, o cartaz cinematográfico apostará na apresentação de produções mais recentes e as sessões e iniciam-se sempre às 22:00 horas. No programa deste ano constam os seguintes filmes: “O Sítio das Coisas Selvagens” (20 de Julho), “Avatar” (27 de Julho), o filme de animação “Chovem Almôndegas” (3 de Agosto), “Alice no País das Maravilhas” de Tim Burton (10 de Agosto), “4 de Copas” de Manuel Mozos (17 de Agosto), “New York, I Love You” (24 de Agosto) e “Sorrisos do Destino” de Fernando Lopes (31 de Agosto)

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Deliberações da Câmara Municipal de Évora Em reunião pública de 14 de Julho Câmara de Évora aprovou moção sobre suspensão do reordenamento escolar

Felicitado Grupo Desportivo Diana pela conquista da Taça de Portugal em Xadrez

A Câmara Municipal de Évora aprovou por unanimidade uma moção apresentada pela Vereadora Cláudia Sousa Pereira no seguimento da recente aprovação na Assembleia da República da suspensão do reordenamento escolar previsto.

Foi aprovado por unanimidade um voto de felicitação, proposto pelo Vereador Manuel Melgão, ao Grupo Desportivo Diana que venceu a Taça de Portugal em Xadrez, época 2009/2010, cuja Final Four se disputou no passado dia 10, na cidade da Gaia.

Neste âmbito, a autarquia eborense propõe que “qualquer intenção de encerramento de escolas ou alteração de funcionamento das mesmas deve ser precedido de discussão com a Câmara Municipal de Évora, a Junta de Freguesia, representantes de pais e encarregados de educação e demais comunidade escolar em causa, sendo obrigatório a emissão de parecer pelas mesmas”.

Perante a precária situação financeira que o clube atravessa, o Vereador afirmou que a Câmara está atenta e procurará ajudar na medida do possível, apesar reconhecer que o modelo de funcionamento terá de ser reformulado e que há um conjunto de apoios que não passam só pela autarquia.

Decidiu igualmente que “quando seja deliberado pelo Ministério de Educação o encerramento de alguma escola, os encarregados de educação possam optar entre matricular os alunos em escolas de uma outra freguesia mais próxima, não necessariamente do mesmo Agrupamento, ou em Centro Escolar do Agrupamento a que pertencem, sendo-lhes dadas as mesmas condições no que diz respeito a transportes, alimentação e condições de usufruir da escola a tempo inteiro”.

Um voto de pesar pela morte da escritora Matilde Rosa Araújo, apresentado pela Vereadora Cláudia Sousa Pereira, obteve aprovação unânime.

Especificou também que “sejam tidas em consideração nestas decisões duas condicionantes, uma de índole pedagógica, outra de preocupação com as freguesias rurais e o seu eventual despovoamento, sendo que o encerramento de escolas deve ser considerado do lado das consequências para a formação das crianças na actual sociedade em que crescem e devem ser integradas, mas também do lado da causa do despovoamento do território que é cada vez mais uma ameaça para estas populações”.

Voto de pesar pelo falecimento de Matilde Rosa Araújo

Este voto, além de salientar em traços gerais os principais pontos do percurso profissional e literário desta autora, sublinha também que Matilde Rosa Araújo “não apenas dedicou a sua vida literária ao público infantil e juvenil, tornando-se uma autora de excelência reconhecida nacional e internacionalmente, como exerceu civicamente um papel fundamental na defesa dos direitos das crianças”, tendo sido professora e sócia fundadora do Comité Português da UNICEF e do Instituto de Apoio à Criança e “escrevendo inúmeras vezes sobre a importância da infância na criação literária para adultos e sobre o papel da literatura infantojuvenil na formação dos mais novos”. Financiamento para concretizar escolas e parque aeronáutico

No que diz respeito a preocupações com a qualidade do ensino/aprendizagem, para a qual contribui o factor de contacto com outras realidades promovida pela melhor socialização dos alunos em escolas com maior número e diversidade de origens de alunos, deverá ter-se em conta que “havendo apenas um limite fixado em número de alunos por escola e num máximo de dois níveis de escolaridade por sala, seja negociado como principal factor a considerar neste campo o número de alunos por ano de escolaridade, devendo este ser fixado num mínimo de três alunos por nível de sala” e também que “a escola para a qual serão encaminhados os alunos das escolas a encerrar deverá ser sempre uma escola que tenha melhores condições no que diz respeito a infra-estruturas como cantina, biblioteca e equipamentos informáticos de que usufruíam na escola a encerrar”.

Foi aprovada por unanimidade a autorização para consulta de seis entidades bancárias com vista à contracção de um empréstimo de longo prazo no montante de dois milhões e oitocentos e trinta e um mil euros para o financiamento da construção das escolas EB/JI dos Canaviais e Bacelo e Loteamento do Parque da Indústria Aeronáutica de Évora.

A Câmara considerou ainda que, no que diz respeito ao contributo que a existência de uma escola numa freguesia rural traz no combate à desertificação, motivo de preocupação de uma política municipal atenta, “importa chamar a atenção para a necessidade de sensibilização dos habitantes das zonas rurais no sentido de matricular as crianças na escola da freguesia e que à Junta de Freguesia cumpra também promover essas acções de sensibilização juntamente com a comunidade educativa local”.

Além destes pontos, foram ainda aprovados diversos outros referentes ao avanço na concretização de projectos de obras particulares e também à concessão de apoios a um conjunto de instituições que realizam trabalho de natureza cultural, educativa, social e desportiva.

A contracção deste empréstimo de longo prazo ao abrigo dos artigos 38º e 39º, nº 6 da Lei 2/2007 de 15 de Janeiro (LFL) enquadra-se na comunicação recebida do Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento em que foi autorizado o “excepcionamento de 2,831 milhões de euros para os projectos: Dois centros escolares e loteamento do Parque da Indústria Aeronáutica de Évora”.

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Sabia que

O Edíficio de S. Pedro foi uma antiga Igreja paroquial

O “Edifício de S. Pedro”, actualmente propriedade da Câmara Municipal de Évora, situa-se na Rua Diogo Cão, junto ao Pátio do Salema, e foi até ao século XIX a Igreja de São Pedro – e este topónimo “S. Pedro” remonta ao século XII, mas passa a designar esta rua a partir do século XIV, e até ao século XIX, altura em que lhe é atribuída a denominação de Rua Diogo Cão. Existe a tradição eclesiástica e erudita de que em 1186 esta era uma ermida de templários, os quais terão procedido à sua reedificação e ampliação. Gabriel Pereira defende que não há motivo para rejeitar esta tradição, pois nas obras de adaptação da igreja a Escola Normal, finais do século XIX, foram encontradas várias pedras tumulares e outros elementos de arquitectura e de escultura, como mísulas, que comprovam tratar-se de um edifício muito antigo. Este historiador noticia também o aparecimento de um forte muro correndo em direcção discordante das paredes do edifício e de outra qualquer próxima, o que, na sua opinião, seria pertença de um edifício considerável outrora ali existente, e refere ainda um fragmento com uma inscrição árabe numa parede, permitindo admitir a existência de um templo moçárabe. Algumas destas informações foram confirmadas por trabalhos arqueológicos recentes, que revelaram enterramentos correspondentes a períodos cronológicos distintos, desde o século VI ao XV. Em 1302 esta Igreja passou a integrar o padroado do Bispo de Évora e em 1312 foi elevada a sede de paróquia, possuindo rendas e proventos avultados e o seu primeiro prior foi Lourenço Anes de Oliveira. Aliás, até ao século XIX aqui se manteve a paróquia de S. Pedro Entretanto, a Igreja de S. Pedro sofreu obras de beneficiação em 1438, mas foi no século XVII que se registaram grandes transformações promovidas pelo Arcebispo D. Frei Luís da Silva Teles, por voto que fez a S. Pedro, se o livrasse duma perigosa doença. Em Janeiro de 1881 procedeu-se a obras de transformação para adaptação desta igreja a Escola Normal, inaugurada solenemente em 16 de Outubro de 1884, quinta-feira e dia do aniversário da rainha D. Maria Pia. Foi a primeira Escola Normal de 2ª. classe no país e deveu-se à acção desenvolvida pela Junta Geral do Distrito de Évora e pelo Sr. Barjona de Freitas, ministro do reino.

A 12 de Janeiro de 1960, através de uma escritura de permuta, a Câmara Municipal de Évora entregou ao Estado o Convento de Santa Mónica e o Estado entregou à Câmara a antiga Igreja de S. Pedro. Neste edifício funcionou então, durante muitos anos, a Direcção-Geral de Viação e na década de noventa do século XX, e após novas e profundas obras, nele foram instalados alguns serviços da autarquia. Subsistem assim poucos vestígios dos anteriores edifícios religiosos; destacam-se apenas o portal gótico e a porta de madeira do Brasil, almofadada e armoreada da época do Arcebispo D. Frei Luís Teles da Silva; a capela baptismal, do século XV; e a escadaria para o antigo coro, com azulejos monocromos, em lambris baixo, de padrão vegetalista, do século XVII.

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