Évora Local n.º 76

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Câmara Municipal de Évora / Director: José Ernesto D’Oliveira // Semanário, 15 Dezembro de 2011

Campanha de Natal “Évora, distrito mágico” Câmara e instituições apoiam famílias mais carenciadas A Câmara Municipal de Évora decidiu neste Natal utilizar a maior parte da verba disponível para as iluminações de Natal no apoio às famílias mais carenciadas do Concelho. Deste modo, enquadrada na campanha “Évora, distrito mágico”, desenvolvida em parceria com a Associação Comercial do Distrito de Évora, a autarquia transferiu 10 mil euros para a Associação Comercial (contribuindo o conjunto dos comerciantes aderentes com 5% do valor total a atribuir), verba que foi distribuída pelas famílias mais carenciadas através de vales de compras no valor de 50 euros por agregado familiar.

Deliberações

da C.M. de Évora

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pág.07 Século XVI houve um sapateiro santo na Rua Nova?

Sabia que...No

TEATRO

Garcia de Resende

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Campanha de Natal “Évora, distrito mágico” Câmara e instituições apoiam famílias mais carenciadas A Câmara Municipal de Évora decidiu neste Natal utilizar a maior parte da verba disponível para as iluminações de Natal no apoio às famílias mais carenciadas do Concelho. Deste modo, enquadrada na campanha “Évora, distrito mágico”, desenvolvida em parceria com a Associação Comercial do Distrito de Évora, a autarquia transferiu 10 mil euros para a Associação Comercial (contribuindo o conjunto dos comerciantes aderentes com 5% do valor total a atribuir), verba que foi distribuída pelas famílias mais carenciadas através de vales de compras no valor de 50 euros por agregado familiar. Os agregados familiares foram referenciados pelas associações “Pão e Paz” e “Caritas Diocesana” e informados através de carta da Câmara Municipal distribuída aos utentes pelas referidas associações. Estes vales foram levantados na sede da Associação Comercial e utilizados em estabelecimentos comerciais do concelho que aderiram à iniciativa, a qual beneficiou 210 agregados familiares, totalizando mais de 500 munícipes abrangidos. A Vereadora da Câmara de Évora, Cláudia Sousa Pereira, explicou que tal acção se insere na relação entre a Câmara e a Associação Comercial no que concerne à iluminação das ruas do Centro Histórico nesta quadra festiva, a qual visa atrair um maior número de pessoas ao centro da cidade e assim dinamizar mais as vendas no comércio tradicional. “Este ano nós preferimos trocar a vertente estética pela vertente solidária, ou seja, daquilo que estava previsto gastar em iluminações de rua retiramos apenas uma pequena verba para as iluminações que este ano estão aí e a maior parte da verba optámos por entregá-la às pessoas mais carenciadas do Concelho”, explica, com visível satisfação, a Vereadora.

“Juntamente com duas associações que trabalham directamente com pessoas e famílias carenciadas - a Pão e Paz e a Caritas Diocesana - fizemos uma selecção dos mais carenciados e entregámos-lhe vales no valor de 50 euros para utilizar em compras no comércio tradicional”, especifica a autarca. Por ser novidade, a iniciativa ainda não conta com uma grande adesão de representantes do comércio tradicional fora do Centro Histórico, mais concretamente nos bairros e nas freguesias, mas a Vereadora espera que no futuro isso aconteça, bastando para tal esses comerciantes mostrarem o seu interesse junto da Associação Comercial. “Trata-se de uma iniciativa muito válida, que vai representar o princípio de uma relação ainda melhor com a Associação Comercial, não só na época natalícia, como noutras situações, nomeadamente na dinamização do Centro Histórico”, acrescenta a Vereadora. évoralocal / pág. 03


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Deliberações da Câmara Municipal de Évora Em reunião pública de 9 de Novembro Câmara de Évora recebeu primeira proposta de Orçamento para 2012 O Presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto d’ Oliveira, fez distribuir por todos os vereadores uma primeira proposta de Orçamento para 2012, que contempla as medidas de contenção que já tinham sido previamente anunciadas. A referida proposta irá agora receber os contributos que cada vereador entender propor, visando que, nestes tempos difíceis que atravessamos, seja possível um consenso mobilizador de todos para a superação das dificuldades presentes. Este período de recepção de contributos irá decorrer até ao dia 25 de Novembro. Taxas para 2012 balizadas entre a necessidade de receitas e as preocupações sociais No que concerne à fixação das taxas referentes ao Imposto Municipal sobre Imóveis respeitantes ao ano de 2011 (a liquidar em 2012) os valores serão os seguintes: para os prédios rústicos (0,8% - decorre da lei); Prédios urbanos (0,650% - limites legais entre 0,4% e 0,7%); e Prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI (0,350% - limites legais entre 0,2% e 0,4%). A proposta foi aprovada com três votos a favor (PS), mais o voto favorável do Presidente; três contra (CDU) e uma abstenção (PSD). Obtiveram aprovação unânime os restantes pontos da proposta. Deste modo, nas freguesias rurais do concelho são minoradas as taxas definidas, nos seguintes termos: em 12,5% para os prédios urbanos e em 20% para os prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI. Ficou ainda estabelecido solicitar à Assembleia Municipal que delibere no sentido de majorar em 30% a taxa aplicável a prédios urbanos degradados, considerando-se como tais os que, face ao seu estado de conservação, não cumpram satisfatoriamente a sua função ou façam perigar a segurança de pessoas e bens. Por razões decorrentes da aplicação da lei, não é possível à Câmara Municipal estabelecer valores de IMI sobre a área do Centro Histórico (Freguesias de Santo Antão, Sé e S. Pedro e S. Mamede), todo ele isento da aplicação de IMI, devendo a Câmara pugnar pela aplicação da lei. A proposta de lançamento de Derrama para 2012, bem como o seu envio para a Assembleia Municipal, para deliberação e posterior comunicação às Finanças foi aprovada com seis votos a favor (PS e CDU) e uma abstenção (PSD). A Derrama será de 1,3% sobre o lucro tributável sujeito e não isento de imposto sobre o IRC, com vista a reforçar a capacidade financeira do município que os investimentos exigem. Propõese também que a Assembleia delibere lançar uma taxa reduzida de 0,5% de Derrama para os sujeitos passivos com volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse os 150 mil euros.

A Câmara aprovou, com os votos favoráveis do PS e PSD e contra da CDU a Taxa Municipal de Direitos de Passagem, a aplicar às empresas de comunicações electrónicas acessíveis ao público, em local fixo, em 0,25% sobre a facturação mensal, para o ano de 2012, sendo a proposta submetida à deliberação da Assembleia Municipal. Jovens da rede MECINE unidos em torno do património A ratificação da candidatura do projecto MYCH “Mecine Younsters and Cultural Heritage” ao Programa Juventude em Acção da União Europeia foi aprovada com seis votos a favor (PS e CDU) e uma abstenção (PSD). O principal objectivo do projecto é o intercâmbio de jovens da rede MECINE, promovendo a importância da preservação do património arqueológico e da necessidade de estudar o património cultural. Este projecto permitirá à Câmara de Évora, em colaboração com o Centro Hércules da Universidade de Évora e a Fundação Ammaia (Marvão), acolher 32 jovens e nove líderes de grupo, provenientes das diversas cidades da rede MECINE (à excepção de Tonsberg). Os jovens irão passar uma semana em Évora e outra na Ammaia, onde desenvolverão actividades de conservação/restauro, pesquisa arqueológica e geofísica no sítio romano de Ammaia e, em Évora, aquisição de experiência de trabalho em laboratório no Centro de Investigação Hércules e em diversos workshops temáticos dirigidos aos jovens do concelho. Comemorações do Mês do Idoso 2011 A Câmara Municipal tomou conhecimento do programa de Comemorações do Mês do Idoso 2011, organizado pela Câmara de Évora com o apoio e colaboração das Juntas de Freguesia do Concelho, associações do sector, da Unidade de Cuidados na Comunidade e da Unidade Móvel de Saúde de Évora. O programa visa sobretudo proporcionar momentos de encontro, convívio e animação, mas tem também actividades de aprendizagem como as “Conversas com Saúde”, sobre a temática da sexualidade na Terceira Idade, importância da vacina da gripe, saúde mental no idosos e dor. Um espectáculo denominado “Seniores em festa” é o ponto alto das comemorações, agendado para o dia 13 de Novembro, na Arena d’ Évora. Destina-se a idosos de todo o concelho e conta com participação gratuita de sete grupos corais das instituições locais e do grupo Seistetos. Após o espectáculo haverá baile, contando também com actuação da Banda Filarmónica do Alandroal e do Grupo Coral de Portel, actuações estas financiadas pelo Programa “Teias”.

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Sabia que

No Século XVI houve um sapateiro santo na Rua Nova?

O SAPATEIRO SANTO DA RUA NOVA A meio do século XVI viveu e foi muito conhecido em Évora o então chamado Sapateiro Santo, mestre deste ofício cujo nome era Simão Gomes. Nascido por volta de 1510, no lugar de Marmeleiro, pertencente a Tomar, já em adulto, este devoto a Deus, a quem consideravam profeta, veio para Évora e aqui casou e permaneceu 14 anos, morando sempre na Rua Nova, na “casa da cova”, e tendo vindo a ser o primeiro Guarda ou Corrector da Universidade de Évora. O Padre António Franco descreve a sua vida como tendo sido “(…) cheia de singulares virtudes, maravilhas e espírito profético” e o padre jesuíta Manuel da Veiga fez em livro a sua biografia. Nos escritos de ambos e em todas as referências à sua figura, Simão Gomes é descrito como um homem muito simples, de grande modéstia e humildade, que desde a adolescência revelou tendências proféticas e terá predito factos como o desaparecimento de D. Sebastião, o domínio de Castela e a aclamação de D. João IV. O rei D. Sebastião muito o consultava, em matérias espirituais e políticas, chamandoo até a Conselhos de Estado. Este monarca e várias individualidades o quiseram beneficiar, mas o virtuoso sapateiro, que nunca deixou de exercer o mister, sempre recusou, e só já idoso aceitou ir para Lisboa, onde faleceu, a 18 de Outubro de 1576, tendo sido sepultado na Igreja de S. Roque.

O cardeal D. Henrique nomeou-o seu escudeiro com moradia e sapateiro de sua pessoa e concedeu-lhe o título de enfermeiro de seus criados e durante cerca de 200 anos as suas profecias foram veneradas. No século XVIII foram, porém, consideradas falsas e foi ordenada a destruição dos seus apontamentos, por isso a sua fama e as suas previsões se esbateram no tempo, incluindo em Évora. Texto adaptado do original de Manuel Carvalho Moniz, in Dominicais eborenses. Évora: Câmara Municipal de Évora, 1999, (Col. Novos Estudos Eborenses, 4), p. 128.

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CINEMA NO AUDITÓRIO SOROR MARIANA

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