Livrera é um projeto cultural que pretende gerar e consolidar (na fronteira uruguaio-brasileira da conurbação Rivera-Santana do Livramento) um festival internacional anual de música e poesia com acesso público gratuito. A coordenação geral do festival é do grupo de gestão cultural uruguaio abrelabios (http://abrelabios.com) e da livraria brasileira Marco Zero, mas o evento envolve diferentes coletivos e instituições da fronteira e de outras regiões. O nome do evento procura destacar a mistura sociocultural existente na frontera (Livramento-Rivera) e também o vínculo livresco (livro) com a proposta artístico-cultural. Incluindo brasileiros e uruguaios, o evento terá a participação de aproximadamente onze músicos e vinte poetas. Nesta primeira edição, os convidados especiais vêm de Espanha, Colômbia, Cuba, Venezuela, Brasil e Uruguai. O festival conta com o apoio institucional da Prefeitura Municipal de Santana do Livramento/BR e da Intendência Departamental de Rivera/ROU, e trata-se de um evento de interesse cultural e turístico dos Ministérios de Turismo e da Cultura uruguaios. Livrera, verdadeiro festival sem fronteiras, conta com a participação dos músicos e intérpretes venezuelanos Jesús González Britos e José Jesús Gómez Marcano, dos poetas e músicos brasileiros Luiz Coronel, Dilan Camargo, Ricardo Silvestrin, Thomaz Albornoz, Laís Chaffe e Richard Serraria, do poeta colombiano Winston Morales Chavarro, dos músicos e intérpretes espanhóis Manuel Madrid e Néstor Paz (do duo Poesía Necesaria), do poeta cubano René Fuentes, do poeta venezuelano Freddy Ñáñez. Pelo Uruguai, com a participação dos músicos e intérpretes Gabriel Tesija (Montevidéu) e Rapaduras de Ossobuco (Cerro Largo) e dos poetas Rafael Courtoisie, Victoria Estol, Eliana Lucián Vargha, José Luis Machado, Marcelo Sosa Guridi, Patricia Silva, Moriana Rojas, Raphael Ficher e Michel Croz. Este primeiro festival Livrera terá como homenageado central o escritor uruguaio Saúl Ibargoyen Islas (1930-2019) recentemente falecido no México, seu país de adoção. Ele gerou uma peculiar aproximação ao mundo e ao imaginário da frontera uruguaiobrasileira, sendo provavelmente o escritor que mais obras produziu incorporando o uso do portunhol em seus personagens literários desde 1970. Especialmente, do México, virá sua viúva, a dramaturga Mariluz Suárez Herrera, para participar das atividades do festival.