INTERPRETAÇÃO DA LUZ - da cor ao preto e branco :: do grão ao pixel

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INTERPRETAÇÃO DA LUZ da cor ao preto e branco :: do grão ao pixel

Dean Delmo de Freitas Oliveira José Alailton de Freitas


Realização Dean Delmo

Elaboração 2dmais Comunicações Visuais

Autores Dean Delmo de Freitas Oliveira José Alailton de Freitas

Revisão e Pesquisa de conteúdo Joice Elem Moreira

Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica Dean Delmo de Freitas Oliveira

Projeto Pedagógico Joice Elem Moreira Dean Delmo de Freitas Oliveira

Aperfeiçoamento em Direção de Fotografia

Ilustração INTERPRETAÇÃO DA LUZ - da cor ao preto e branco :: do grão ao pixel: Guia de estudo, Luz / Autores: Dean Delmo de Freitas Oliveira & José Alailton de Freitas

Ricardo Pissialli

Agradecimentos

ISBN: XX-XXXXX-XX-X

1. Ensino de tecnologia. 2. Capacitação para o trabalho. I Grupo de Pesquisa Anima: lazer, animação cultural e estudos culturais. II. Arte, Luz. III. Série. 3. Fotografia

CDD - XXX TXXX Ficha Catalográfica

Maria Aparecida de Freitas Maria Geni Mouzinho Joice Elem Moreira Carla Natal Montes


O caminho de luz foi o começo. Com o desvendar do olhar veio a idéia... Ou foi ao contrário? De uma idéia desvendei e construi o seu olhar? Ou foi o meu olhar? Até o momento acreditei que estava lá, uma fonte de energia, uns cabos e umas lâmpadas. Está tudo conectado? Tem que esticar? Esconder? As luzes acendem? E se tudo pegar fogo? O que fazer, para onde olhar?... Mas o tempo foi passando, e aquela situação se tornou comum, tudo estava sobre controle, os cabos não mais apareciam, nada pegava fogo, e as lâmpadas... As lâmpadas, às vezes apagavam, e outras acendiam. Então podia por fim descansar... E meus olhos fecharem. Mas no meio das lâmpadas, meus olhos a escuridão não encontrou, pois havia ali algo que antes eu não percebia. Meus olhos fechados não ficavam pretos, pois as lâmpadas iluminando, um tom cinza neles se fez. E esse foi o fim, para o meu novo começo, os cabos que eu arrastava, e me arrastavam, ficaram para trás, e deslumbrei-me á partir deles, com o que vinha pela frente, as luzes que acesas criavam os desenhos, os ambientes, as sensações vivas das imagens que via, mas não percebia. E da idéia que veio do meu olhar, em um olhar de novas idéias, desvendei pela primeira vez a escrita da luz. Essa que no meu dia a dia, se fez o meu lazer, o motivo pelo qual não tive mais um simples por que, e sim a busca continua de explicações, que geram sensações para nosso deleitar ao ver.

Dean Delmo José Alailton de Freitas

Estória escrita após um bate-papo com Affonso Beato.


SUMÁRIO Estética (do grego: percepção, sensação)..................................................... A Importância da Luz...................................................................................... A Composição................................................................................................ Fotografar....................................................................................................... O Laboratório................................................................................................. Fotografia Pinhole.......................................................................................... Material Sensível............................................................................................ Sensibilidade à Luz - Tabela ISO (ASA)............................................................. O Ampliador.................................................................................................... Revelação em Preto e Branco........................................................................ Positivando o Negativo de Papel.................................................................... Processo para revelação do Negativo............................................................ A cor tem vida em si mesma ......................................................................... As Lentes Básicas.......................................................................................... O Prisma........................................................................................................ Cor e Luz........................................................................................................ Lentes do Ampliador...................................................................................... Processando em Cores.................................................................................. Positivando um Filme Colorido....................................................................... “Lambe-lambe - Colorido”.............................................................................. Do Mini-Lab à Mecânica em Cores................................................................. Espectro de cores.......................................................................................... Temperatura de cor......................................................................................... Bits e Bytes..................................................................................................... Compressão................................................................................................... Capacidade de Resolução da Imagem............................................................ O que é Pixel?................................................................................................. Um raio de luz – Ondas vibratórias.................................................................. Teoria de Young-Helmholtz............................................................................. Teorizando sobre a luz..................................................................................... Produzindo um fóton...................................................................................... Produzindo o calor.......................................................................................... A caminho do cérebro .................................................................................... A luz ao atingir um objeto................................................................................ Uma idéia sobre a história das Cores ............................................................ Pensando sobre a Luz e o Material Fotossensível .......................................... Espectro Visível.............................................................................................. Fotometrando a Luz........................................................................................ Escala De Cinza :: Variação Tonal :: Latitude .................................................. lusões Ópticas .............................................................................................. Como funcionam os produtos fosforescentes? ........................................... Palavras Cruzadas...........................................................................................

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Estética (do grego: percepção, sensação) É um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo. A estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da metafísica, lógica e da ética, com a publicação da obra Aesthetica do educador e filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, em dois volumes, 1750-1758. Baumgarten traz uma nova abordagem ao estudo da obra de arte, considerando que os artistas deliberadamente alteram a Natureza, adicionando elementos de sentimento a realidade percebida. Assim, o processo criativo está espelhado na própria atividade artística. Compreendendo então, de outra forma, o prévio entendimento grego clássico que entendia a arte principalmente como mimesis da realidade.

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Michelangelo’s David

Poseidon

Na antiguidade - especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.

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No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados:

Salvador Dalí

 A estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava em certo tipo de julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo, contidas nos tratados canônicos da estética, que contém em geral desenhos com modelos estruturais a serem seguidos na tarefa compositiva, segundo uma determinada visão da arte.  A estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação sensível da idéia (Hegel), o belo natural e o belo arbitrário (humano), etc.

Mas este caráter metafísico e conseqüentemente dogmático da estética transformou-se posteriormente em uma filosofia da arte, onde se procura descobrir as regras da arte na própria ação criadora (Poética) e em sua recepção, sob o risco de impor construções a priori sobre o que é o belo. Neste caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de ação ser considerada artística.

Pablo Picasso

ESCREVA SOBRE O QUE VOCÊ VÊ DOS SÍGNOS A SEGUIR

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Von Gogh Kandinsky

Da Vinci Leonardo - Mona Lisa

Da Vinci Leonardo - Manuscritos

REFLETIR É PRECISO

O quê? Quem? Como? Quando? Onde? Por quê? 11


A Terapia Photodinâmica, além de controlar doenças como a acne e proporcionar o rejuvenescimento, é uma ferramenta importante no tratamento de vários tipos de tumores da pele, na fisioterapia, com uso de lâmpada infra-vermelho...

A Importância da Luz Entendendo a Luz Há 40 mil anos, os homens que habitavam as cavernas usavam o fogo para obter luz e calor. O norte-americano THOMAS ALVA EDISON, ao inventar a lâmpada elétrica, em 1879, foi quem usou a eletricidade pela primeira vez, a fim de obter luz. Ele fez uma lâmpada brilhar por 48 horas contínuas.

Corpos Luminosos e Corpos Iluminados Considera-se como corpo luminoso todo elemento que emita luz própria. Um metal incandescente é um corpo luminoso. Há, entretanto, reações químicas que liberam luz sem que haja desprendimento de grande quantidade de calor. É o que acontece, por exemplo, com os vaga-lumes. Portanto, não devemos associar obrigatoriamente a idéia de luz com a idéia de calor. Hoje, existe a lâmpada fria, que emite luz sem aquecimento.

ARTE E CULTURA II

No mundo moderno, espelhos e lentes vão permitir um melhor aproveitamento da Luz. Tamanha inovação levou ao surgimento do cinema, da máquina fotográfica, do microscópio, do telescópio, da célula fotoelétrica, da TV e de muitas outras ferramentas que tornaram a vida muito mais colorida, alegre e interessante.

Embora seja comum se usar a palavra ótica em lugar de óptica, é bom saber que óptica vem do grego optyké, relativa à visão. Ótica vem do latim otus, que significa ouvido, por isso a forma mais correta é óptica para indicar tudo que se referem ao estudo da luz, da visão etc.

Uso do Claro e Escuro O uso da luz e sombra, definido como o uso dramático do claro-escuro, é uma técnica que pretende passar a ilusão de maior dramaticidade da cena, uma vez que o quadro ganha expressão própria. A luz utilizada como elemento gerador de sensações. A técnica surge com Caravaggio, que utilizava a luz de lamparinas ou de velas, e daí obtinha resultados diversos de aplicação de diferentes fontes de luz.

Os corpos iluminados apenas refletem ou difundem a luz que vem de fora. Simplificando: o Sol é um corpo luminoso e a lua é um corpo iluminado.

Intensidade Luminosa e Iluminamento Você sabia que a vela já foi considerada a medida-padrão de intensidade luminosa? Hoje, a medida-padrão de intensidade luminosa é a Candela ou Watts. A intensidade luminosa é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa. A intensidade luminosa de uma lâmpada de uso caseiro, por exemplo, varia entre 30 e 150 velas. Já a quantidade de luz fornecida por uma vela situada a 1 metro de distância de um objeto dá a esse objeto uma luminosidade considerada “padrão”, que é a unidade de iluminamento (Lux). Lúmen é o fluxo luminoso, emitido por uma vela em linha reta, que tem a capacidade de iluminação idêntica em todos os sentidos. Acho que por isso me deram esse nome: Lúmen. 12

Observe o sentido da luz, as sombras formadas são as variações tonais do preto e das cores. Vocação de São Matheus, 1599 a 1600 (315cm X 315cm) Igreja de São Luiz dos Franceses, Roma.

Perceba a sutileza do reflexo da imagem e a leveza da luz.

Narciso, 1597 (110cm X 92cm) Galeria Nacional de Arte Antiga, Roma

Olhe ao seu redor e comprove que você está cercado de corpos iluminados e luminosos, escreva sobre a idéia. Observe o que as outras pessoas têem a dizer sobre o pensamento, do que é luz. 13


Corpos Transparentes, Translúcidos e Opacos Os corpos Transparentes permitem que a luz os atravesse facilmente. Os raios luminosos não encontram obstáculos. Se as paredes do corpo que sofrem a incidência da luz forem paralelas, os raios luminosos não mudarão de direção e permitirão que se veja tudo com nitidez do outro lado do corpo.

Raio Luminoso É a trajetória descrita pela luz no espaço. Você pode representá-lo simplesmente por um segmento de reta orientado; uma linha reta com ponto inicial e final. Assim, você saberá a direção e o sentido de propagação da luz. No feixe luminoso, temos um conjunto de raios luminosos.

CONSTRUÇÃO E REPAROS II (INSTALAÇÕES)

Leis da propagação da luz - A luz se propaga em linha reta. - A luz, ao se refletir de um ponto qualquer, segue o ângulo de reflexão. - A luz se propaga no vácuo. Velocidade 299 792 458 m / s

LUZ

corpo transparente transparente (vidro liso)

Ao atravessar um corpo Translúcido, os raios luminosos espalham-se em várias direções, formando, do outro lado do corpo, uma imagem difusa, imprecisa e sem contornos nítidos.

A Reflexão da Luz Quando um raio luminoso encontra uma superfície polida (lisa) nãotransparente, ele volta ao meio de onde partiu, mudando a direção. A luz que incide sobre uma superfície plana reflete, formando um ângulo igual, só que em direção oposta. O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão. Quando a superfície não está polida, a reflexão é difusa. A luz emitida refletirá em todas as direções.

LUZ

corpo translúcido

translúcido (vidro fosco)

Os corpos Opacos não são atravessados pela luz.

LUZ

SE TESTE Repare os efeitos da luz no dia a dia corpo opaco

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opaco (madeira)

Faça anotações - compare o presenta, com o passado para o futuro

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A Refração da Luz

O Mecanismo da Visão

Você já reparou que o remo de um barco, quando mergulhado na água, parece quebrado? Faça uma experiência: coloque uma colher num copo com água e olhe por cima. Você vai ter impressão semelhante ao que acontece com o remo.

A câmera fotográfica foi e é inspirada no olho humano. Os raios luminosos atravessam um meio transparente e são dirigidos para uma superfície sensível à luz. Na máquina fotográfica, o meio transparente é a lente e a superfície sensível à luz é o filme. No olho, a luz atravessa a Córnea (a Lente), a Íris (Diafragma) e dirige-se para a Retina, que funciona como um Filme Fotográfico. A imagem formada na retina também é uma imagem invertida, assim como no filme. O nervo óptico transmite ao cérebro os impulsos nervosos provocados pelos raios luminosos, que os interpreta e nos permite ver os objetos nas posições em que se encontram.

Qual a explicação para isso?

A luz muda de direção sempre que passa obliquamente (inclinada) de um meio para outro meio de Densidade diferente. Como no caso acima, do ar para a água. A esse fenômeno dá-se o nome de Refração da Luz. Quando a luz passa do meio menos denso para o meio mais denso, ela perde velocidade, mudando de direção. O raio refratado aproxima-se da Normal do sistema (Normal é a perpendicular que está no nível da separação das extremidades). Quando isso ocorre, a luz passa do meio mais denso para o meio menos denso (da água para o ar) e o raio refratado se afasta da Normal. É o que acontece no caso do remo mergulhado na água. O olho prolonga os raios refratados, por isso a imagem resulta num lugar irreal. Esse fenômeno de refração da luz explica o funcionamento dos prismas. Ilustre abaixo, com poucas palavras, as diferentes formas com que os corpos reagem à luz.

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Ilustre aqui

Formação da imagem na retina e no filme fotográfico

O nosso cérebro reúne, numa só imagem, os impulsos nervosos provenientes dos dois olhos. A capacidade do aparelho visual humano para perceber os relevos deve-se ao fato de serem diferentes as imagens que cada olho envia ao cérebro.

A Composição O domínio das técnicas fotográficas é apenas uma ferramenta a serviço da estética. Saber controlar a exposição, escolher a máquina, a objetiva e, eventualmente, o filtro são conhecimentos que dispomos para preencher/pintar o quadro da fotografia. Fazer a nossa arte! O que distingue um grande fotógrafo de um mero curioso é a capacidade para ver coisas que não são evidentes, para ordenar a realidade de forma a transmitir emoções.

Fotografia vem do grego e significa escrever com a luz. A luz é, portanto, o elemento mais importante da fotografia, com mais quatro elementos básicos: Tema, Câmera, Filme e Processamento (Revelação). Para uma foto “perfeita”, é necessário dominar esses elementos básicos, tendo seu pleno controle.

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ARTE E CULTURA II

Enquadramento Uma imagem de demasiados pontos de interesse acaba por não atrair a atenção para nenhum. Por isso, uma composição simples é muitas vezes mais eficaz para transmitir uma idéia ou sensação do que uma panorâmica confusa, que mostra tudo, sem realçar nada. A seleção consciente daquilo que se vai incluir numa fotografia é um passo fundamental para obter um bom resultado. Um fotógrafo tem que ser capaz de articular aquilo que pretende mostrar. Se não conseguir explicar o porquê de uma determinada fotografia, vale pensar melhor e escolher outro enquadramento. Depois de definir, com exatidão, o que vai fotografar, é preciso escolher a máquina, o filme e a lente. Alguns temas ficarão melhor em fotos PB; em outros, a cor é fundamental. Aí é preciso um filme que a reproduza com fidelidade. Em seguida, há que se escolher o local a ser fotografado. Qual será o melhor ponto de vista: ao nível dos olhos, da cintura ou junto ao chão? Nas películas de 35mm, podemos ainda escolher a orientação da imagem na horizontal ou na vertical. É mais fácil fotografar com a imagem horizontal, (todos os comandos da máquina foram feitos pensando nessa posição). Entretanto, é sempre interessante experimentar outras posições.

Fotografar É preciso posicionar os objetos dentro do retângulo. Muitas vezes, a primeira tendência é colocar aquilo que vai fotografar ao centro. As máquinas modernas têm sensor de focagem automática, de composição mais simples, puramente descritiva. Mas, uma fotografia viva não se limita a descrever. Ela interpreta. Por isso, é bom explorar novas possibilidades de posicionamento. Uma pista bastante útil consiste em colocar as linhas da imagem sobre linhas imaginárias que dividem a fotografia em três partes horizontais e verticais. A linha do horizonte, por exemplo, pode ser colocada sobre a linha que delimita o terço superior ou inferior do enquadramento, e não ao meio. Um posicionamento assimétrico do assunto obriga-nos a olhar ao longo da fotografia e contribui para se criar o que deseja ser sentindo, aquilo que o fotógrafo quis mostrar. Essa técnica é um bom ponto de partida, mas pode limitar a imaginação do fotógrafo.

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Freqüência é o número de oscilações realizadas por uma única unidade de tempo. Simbolizamos freqüência por “f”. Temos a seguinte formula: f = 1/T, onde T = tempo e f = freqüência. Temos o termo freqüência, usado rotineiramente no nosso dia-a-dia: Freqüência em aula,do consumo de luz elétrica (Consumo de Eletricidade), mas é comum também escutar: Coloque na freqüência X do rádio. Em suma: está claro que são ondas de oscilação.

O Laboratório Para quem não conhece, a montagem de um laboratório de revelação fotográfica parece difícil, mas, na verdade, a maioria dos processos fotográficos básicos pode ser realizada em lugares simples, como no banheiro de nossa casa. É evidente que quanto mais projetada for a sua construção, melhor. Por isso, o ideal é que se gaste um certo tempo com a elaboração da planta. Desenhe, reflita, planeje o seu futuro projeto. Os Profissionais passam muito tempo trabalhando em seu laboratório, por isso não esqueça que o conforto e funcionalidade aumentam o prazer do trabalho.

Exemplo de um laboratório de revelação completo

Mãos a obra: 1º Impedindo a entrada de Luz. Nas lojas de fotografia, encontramos persiana a prova de luz, mas, em nosso estúdio caseiro, podemos construir caixas de madeira ou pendurar cortinas grossas de madeiras, quase do tamanho das janelas e portas, e revestir as bordas com tecidos grossos, para que impeçam a passagem de luz. 2º Testando o ambiente. O Fotógrafo deve sentar na sala, e ali permanecer por aproximadamente 10 minutos com as luzes apagadas, pois esse é o tempo necessário para que os olhos se acostumem à escuridão. Aa partir daí você vai achar qualquer foco de luz. 19


3º Utilizando a Luz de segurança.

Fotografia Pinhole

A Luz de Segurança deve ser parcialmente colorida e o interruptor deve ser instalado, estrategicamente, em um ponto que permita ao fotógrafo acender a luz quando estiver perto do Ampliador ou da Banheira do Fixador. Este procedimento impede que os materiais fotossensíveis sofram danos. A luz de segurança não é usada com o filme exposto na Espiral e ou no Tanque de Revelação. A luz de segurança vermelha é utilizada apenas para a revelação do papel fotográfico. No processo Pinhole, no entanto, ela é utilizada durante todo o processo.

Pinhole é o processo de criar fotografias a partir de uma câmera artesanal de fácil construção, sem a necessidade de usar equipamentos específicos.Usa-se, simplesmente, um compartimento todo fechado (uma lata, por exemplo), com um furinho, que deverá ser tampado, a fim de manipular a passagem da Luz.

Você sabia? O nome Pinhole vem do inglês e pode ser traduzido como “buraco de agulha”, ou seja, é um pequeno furo (de agulha) em uma “caixa”.

4º Organizando o laboratório. - Separar o material seco (Ampliador e acessórios) dos produtos líquidos e molhados (Soluções Químicas e água); - Uma bancada, que deve possuir espaço para 4 bandejas para a colocação de químicos (revelador, interruptor, fixador e água) e para 4 tanques de aço. - Manter o material sempre no mesmo lugar. - Quadro de avisos, para informações de fabricantes, lembretes, tempo de revelação, registro de número de filmes, papéis que já passaram pelo revelador e fixador etc. 5º Escolhendo o material para o mini laboratório. - Uma superfície lisa para trabalhar, lâmpada de segurança (laboratório) equipamento para revelação (Produtos químicos, tanque, banheiras com água corrente e termômetro e Ampliador). Bancada de trabalho: Os furos são utilizados para escoamento dos produtos químicos e o calço, para dar uma leve inclinação.

Caixa de Ventilação: Você pode fazer uma caixa de ventilação para circular o ar e impedir a entrada de luz.

Na revelação Preto e Branco, utilizamos papel fotográfico ortocromático (sensível a todas as cores , menos ao vermelho). Na revelação colorida, é utilizado o papel pancromático (sensivel a todas as cores do espectro, do ultravioleta ao infravermelho). Por isso, podemos usar a luz de segurança vermelha apenas no processo de revelação PB.

Pinte ou coloque algum material preto atrás do Ampliador, para evitar a refração de luz.

Escreva como foi a sua experiência com o laboratório de revelação, e o que você aprendeu de novidade.

Exemplo de um laboratório de revelação em um banheiro.

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Pense, Reflita e Escreva o que você achou da criação da sua câmera Pinhole.

O processo da Fotografia Pinhole Fazer um Pinhole é muito fácil. Precisaremos apenas de uma simples caixa de sapatos, latinha de leite em pó ou algo semelhante (desde que tenha tampa e não entre luz), uma fita para vedar e uma agulha.

Como manipular e fotografar com a Pinhole O material usado dentro da câmera, filme ou papel fotográfico, requer cuidados na hora de seu manuseio. É bom lembrar que este material é sensível à luz, portanto, o carregamento da câmera deve ser feito em local seguro, evitando a entrada de luz. O papel fotográfico preto e branco, por ser ortocromático, permite a manipulação sob uma luz de segurança vermelha. Em princípio, podemos usar no pinhole qualquer tipo de filme ou papel fotográfico, a fim de registrar uma imagem. Mas, para se ter total controle do processo, devemos usar na produção da imagem papel fotográfico Preto e Branco (PB). Assim, para carregarmos o pinhole, basta fixar o papel fotográfico ou o filme na parede interna da câmera, centralizado no sentido do orifício, com o lado da emulsão (lado sensível ao registro da luz) virado para o furo. Em seguida, é só tampar a caixa.

Em execução: 1º) Transforme a lata em uma câmara escura. É só escolher uma lata com uma tampa que vede bem o seu interior.

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2º) Pinte o interior da lata, sua nova câmera, com tinta preto-fosco, inclusive a tampa. Y RA SP ETO

PR SCO FO

3º) Com o auxílio de uma agulha, fure um pequeno buraco em uma das laterais da lata/câmera. 4º) Verifique se não existe nenhum lugar por onde possa entrar luz e feche o furinho pelo lado de fora do Pinhole com um pedacinho de fita isolante preta. Ele vai controlar a entrada de luz no interior da câmera.

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Podemos, também, utilizar um papel cartão preto para forrar a câmera, em vez da tinta. O importante é manter a câmera escura. Em alguns casos, onde a dureza do material usado para câmera não permitir um furo perfeito (que é fundamental), faremos um buraco maior e colaremos sobre ele um pedaço de papel alumínio ou um retalho de latinha de bebida e, aí sim, vamos furar com a agulha. Isto vai facilitar e melhorar o resultado do trabalho. É muito importante a perfeição do furo em relação a sua circunferência.

Parabéns, você acaba de criar a sua primeira máquina fotográfica. 22

ARTE E CULTURA II

Quadrado

O tamanho do furo deve ser o menor possível, e circular, com um diâmetro que não ultrapasse o da ponta da agulha. O tamanho e o formato das imagens que a câmera produz dependem do tamanho e formato usados na construção do Pinhole.

Dois exemplos de pinhole

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Cilíndrico

Para se fotografar com esta câmera, é necessária uma exposição prolongada. Então, no momento de tirar a foto, a câmera deve estar apoiada sob uma base firme, evitando uma imagem tremida. É preciso praticar várias vezes, alternando para mais ou para menos a exposição. Tenha sempre o cuidado de anotar os tempos, no sentido de se alcançar um resultado satisfatório. Diz aí. O que você achou de sua primeira fotografia usando o Pinhole? Como posicionou a sua câmera e qual foi o tema escolhido? Quanto maior a distância do furo até o filme/papel, maior deve ser o tempo de exposição. Este tempo está relacionado à quantidade de luz no local que iremos fotografar. Não espere conseguir imagens noturnas com pouco tempo de exposição. 23


Agora vamos ver como funciona? Estude bem os conceitos abaixo, eles são de enorme importância para o resultado final de sua imagem artística.

Material Sensível O Filme, material sensível utilizado para registrar imagens, compõe-se de duas camadas básicas: a emulsão de sais de prata sensível à luz, e uma base transparente, normalmente feita de acetato, que serve como suporte. O Papel Fotográfico, onde será revelada a imagem, possui uma camada de material fotossensível, à base de haletos de prata e sais minerais, em uma de suas faces, que ao ser sensibilizada, através da luz, revela a imagem. Quanto mais luz incidir sobre os haletos de prata, (cada um dos grãos existentes no interior da camada de gelatina), maior o número de grãos afetados. Os haletos que não forem atingidos pela luz, situados na área de sobra da imagem, não sofrerão ação do revelador. O grão é a unidade da imagem fotográfica.

A camada de emulsão está ampliada, na foto ao lado, 2500 vezes. Cada grão de haleto de prata está visível. Os grãos maiores reagem com mais facilidade à luz do que os menores.

A emulsão durante a revelação A fotomicrografia mostra os grãos após a exposição à luz. É possível enxergar os cristais transparentes dos haletos de prata e sua transformação em prata metálica.

A emulsão após a revelação A foto ao lado mostra os grãos expostos. Após a revelação completa, são esses grãos de prata os responsáveis pela formação da imagem fotográfica.

Tipos de Filmes Fotográficos

Esse instrumento é bastante útil e visa auxiliar a focalização de imagens. Quando o filme é colocado em uma superfície de ampliação, ele permite visualizar o grão. Com o diafragma aberto, pode-se observar o grão nítido nas bordas e no centro da imagem.

Filmes são películas de matéria polimérica revestidas com camadas de matéria fotossensível. Quanto ao tipo, os filmes podem ser:

camada básica (gelatina e celulose)

base do filme de acetato de celulose

revestimento por camada

Focalizador de Grão

emulsão

ARTE E CULTURA II

A emulsão

Focalizador de Grão

camada superior de gelatina

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Emulsão

Positivos: São filmes que, depois de revelados, apresentam imagens com as cores tais como elas eram originalmente. Transparências coloridas obtidas são chamadas de diapositivo. Cromos ou Slides: Este tipo de filme é muito usado na área médica e no meio científico, em geral. Foi muito usado pelas mídias coloridas impressas, mas vêm perdendo bastante espaço para as câmeras digitais neste setor.

Corte Transversal de um filme

Quanto menores os grãos de haleto de prata, menos sensíveis à luz eles serão. Por isso, necessitamos de grãos maiores em ambientes com pouca luz, embora isso provoque perda de resolução.

Filmes negativos: São aqueles que, depois de revelados, apresentam imagem com cores invertidas. Para obter uma imagem com as cores originais, basta ampliá-la sobre um papel negativo e revelar o papel. Usamos filmes negativos quando buscamos fotos em papéis fotográficos. Para tentar entender o micro, como o macro na óptica, obstrua a luz dos olhos com uma venda e fique por 1 hora.

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Sensibilidade à Luz - Tabela ISO (ASA)

O Ampliador

A sensibilidade de um filme está representada na sua capacidade de reagir com a luz. A sensibilidade também é conhecida como velocidade do filme. Quanto mais rápido o filme reagir com a luz, maior será sua sensibilidade. Convencionou-se medir a sensibilidade dos filmes em número ISO (Internacional Standard Organization).

Como o próprio nome diz, o ampliador serve para ampliar negativos e positivá-los em papéis fotográficos, ou para fazer positivos por contato (caso pinhole). A maneira mais segura de se obter um positivo de boa qualidade é utilizando uma tira de testes.

Filmes de Baixa Sensibilidade - São filmes que têm ISO entre 10 e 64. Esses necessitam de iluminação intensa. São ideais para grandes ampliações, pois apresentam baixo grau de granulosidade (quanto mais sensível o filme, em geral, maiores serão os grãos do material fotossensível - emulsão - que o compõe ). Filme de Média Sensibilidade - Com ISO entre 100 e 200. Necessitam de iluminação média. São bons para fotos de interiores (alcance do flash de aproximadamente 4 metros), e ideais para fotos externas com iluminação forte. Permitem ampliações médias.

O que pode ser feito recortando tiras do papel fotográfico, usando tempos diferentes de exposição para cada uma. Com isso, depois da tira de teste revelada, teremos tiras com partes mais escuras e outras mais claras. Dessa maneira, com certeza acharemos o melhor tempo de exposição. O ampliador de difusão, por possuir raios irregulares, amplia o negativo de forma mais suave.

Vista lateral em corte de um ampliador

Filmes de Alta Sensibilidade - ISO acima de 200. Esses necessitam de baixa iluminação. São ideais para fotos de interiores (alcance do flash de aproximadamente 8 metros) e de exteriores pouco iluminados. Não são recomendadas ampliações destes filmes, devido à sua granulosidade

No ampliador de condensação, os raios de luz são emitidos em paralelas, o que vai ocasionar o corte forte entre o branco e preto.

Puxada de filmes

O grau de ampliação afeta muito o tempo de exposição. Por isso, se a altura da cabeça do ampliador for reajustada, será preciso fazer uma nova tira de teste. Existem ampliadores específicos para fotografia PB e fotografia em CORES.

Podemos utilizar o recurso de puxar um filme, que significa alterar a sua sensibilidade para um valor acima da original. Isto é feito com filmes de sensibilidade alta. Por exemplo, podemos puxar um filme de ASA 400 para um valor de 800, 1600 ou até mais. Nestes casos, podem ocorrer alterações de contraste e granulação. É importante ressaltar que esta alteração do valor da ASA deve ser feita com um mesmo valor para todo o filme e que teremos, no momento da revelação, uma compensação deste aumento, com uma super-revelação, aumentaremos o tempo de revelação em 25% a cada vez que dobrarmos a ASA do filme.

Na sua opinião, como os assuntos abordados podem contribuir para suas produções artísticas futuras?

A relação da luz com o mundo é um dos fatores mais importantes para o nosso entendimento, por isso, fique atento aos detalhes importantes, pois são os detalhes que fazem a diferença no resultado final. • Escreva nas garrafas com números para saber qual solução usar; • Deixe marcado no relógio o tempo especificado pelo fabricante do filme; A relação da luz com o mundo é um dos fatores mais importantes para o nosso entendimento, por isso, fique atento aos detalhes importantes, pois são os detalhes que fazem a diferença no resultado final.

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Revelação em Preto e Branco Um dos processos mais fascinantes da fotografia refere-se ao momento em que o material fotossensível é exposto à luz, tornando a imagem latente (oculta dentro da câmera). O revelador tem a função de fazer com que esta imagem latente apareça em negativo, ou seja, as partes claras da imagem ficam escuras, enquanto as partes escuras ficam claras. No Processo Pinhole, o revelador é utilizado para revelar tanto o filme quanto o papel fotográfico. O interessante é notar que a ação do revelador, com o passar do tempo, começa também a transformar os grãos-de-prata não expostos, em prata metálica. Esse processo vai dar origem a um tom de cinza generalizado. Por isso, em seguida, devemos usar o interruptor, produto químico, que, por ser uma solução pouco ácida, tem a capacidade de deter a ação do Revelador, que é alcalina, impedindo essa contaminação. (O interruptor pode ser substituído pelo vinagre na proporção de 1x1, ou seja, uma parte de água para uma de vinagre). Depois, usamos o fixador, produto químico em forma de solução, que permite retirar os produtos químicos sensíveis à luz e possibilita a remoção total com lavagem em água corrente, que deve ser realizada a uma temperatura de 20ºC, em um tempo máximo de 30 minutos. Esta é a última etapa antes da secagem do filme.

Organização do Laboratório Área de Materiais Secos • Ampliador • Relógio • Marginador • Papel Fotográfico • Lente de Focalização • Flanela Anti-Estática

L1 4/1 2/1

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Área de Produtos Líquidos • Revelador • Interruptor • Fixador • Três banheiras de Processamento • Jarra Graduada • Pinças • Relógio • Rolo ou Esponja • Mata-Borrão • Termômetro

Mãos à obra: Revelando o papel fotográfico em forma de negativo. Depois de termos colocado o papel fotográfico dentro da câmara Pinhole, e sensibilizado o papel fotográfico, necessitamos primeiro, revelar o negativo para depois realizarmos as cópias por contato. A revelação do papel pode ser feita com a luz de segurança vermelha.

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1L 1/4 1/2

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Prepare as soluções químicas e separe na ordem que vai usar Revelador, Interruptor, Fixador e Água, com a quantidade suficiente para afundar o papel.

Mergulhe toda a folha no revelador. Para isso, incline a banheira na direção contrária à sua, e introduza a extremidade oposta da folha na solução, fazendo uma onda que cubra toda a superfície .

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Após alguns segundos, a imagem começa a aparecer. Deixe-a escurecer por mais um tempo; sempre agitando levemente o papel durante o processo. Caso use uma pinça, tome cuidado para não riscar o papel.

Agora, retire a folha do revelador e deixe a solução escorrer. usando uma outra pinça pegue o papel fotografico e coloque no interruptor.

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Depois de 1 minuto, transfira a folha para o fixador, deixando no mínimo um minuto. Agora, já podemos acender a luz branca para examinar o trabalho.

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Coloque a folha emborcada na água por 30 minutos, ou o dobro do tempo em papéis de peso duplo. Já em papéis revestidos de resina, apenas 5 minutos. A água tem que circular em volta da folha, não adianta deixála parada por mais tempo.

Agora, seque a folha, evitando que caia poeira na superfície. Às vezes, as folhas enrolam, então, depois de secas, coloque-as debaixo de uma pilha de livros ou outro objeto pesado. Assim, obtemos o negativo em papel.

A precisão no processo Pinhole é super importante, partindo da confecção da câmara Pinhole, até o processo de revelação da imagem. A prática leva a perfeição, por isso, em caso de resultado não satisfatório, tente outra vez.

Compare a qualidade técnica das suas fotos com as de seus colegas. Pense no processo de fotografar e revelar.

Para fazer uma cópia positiva a partir de um negativo de papel, a luz deve ser projetada através do negativo e incidir sobre o papel virgem, com o lado da emulsão sensível à luz voltado para o lado da imagem do papel negativado. A luz do ampliador tem que atravessar o papel em negativo que, depois, será reproduzido, a fim de mostrar as cópias em positivo. Agora, podemos usar a lâmpada de segurança e o papel tem que ser revelado nas banheiras.

ARTE E CULTURA II

Neste momento o processo de revelação do papel é interrompido . Cuidado para não deixar o revelador ficar contaminado!

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Positivando o Negativo de Papel

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Limpe os negativos e a placa de vidro, com uma flanela anti-estática. Depois, desligue a luz branca e acenda a luz de segurança.

Coloque o papel fotográfico não sensibilizado pela luz no ampliador, com o lado da emulsão para cima. Se necessário, corte-o.

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Pegue o negativo de papel e coloque-o em cima do papel não sensibilizado.

Coloque o vidro sobre os papéis. Calibre o ampliador, e exponha à luz, por cerca de, aproximadamente 10 segundos; criando a imagem latente.

Compare a qualidade técnica e estética das suas fotos com outras que você conhece. Pense no processo de fotografar e revelar. O que pode ser melhorado? 31


Agora, seguindo o ditado que diz que toda realização é 99% de transpiração e 1% de criação, vamos colocar as mãos na massa!

Exemplo de Fotografia com o uso do Pinhole

Processo para revelação do Negativo

Resultado após a revelação do Papel Fotográfico

Efeitos Especiais

Efeito óptico 3D em imagens duplas (Terceira Dimensão) CÂMERA PINHOLE ESTEREOSCÓPICA COM DUAS ABERTURAS

Registro de Imagens diversas por todos os lados CÂMERA 180 GRAUS COM VÁRIOS FUROS EM VOLTA DA LATA.

Variação do tamanho e composição da imagem CÂMERA DE MADEIRA COM VARIAÇÕES DO PLANO E DISTÂNCIA FOCAL.

Múltiplas tomadas CÂMERA PINHOLE PARA FILMES 35mm. ALÉM DA POSSIBILIDADE DE SE FAZER CÓPIAS AMPLIADAS

ARTE E CULTURA II

Momento da exposição com o Pinhole

1 - Verifique se a temperatura das soluções: revelador, interruptor e fixador. Quando há mudanças de temperatura o filme tende a ficar granulado. Lembrando sempre que as soluções precisam estar em quantidade suficiente para envolver por completo o filme. 2 - Limpe o tanque de revelação e encha-o com revelador até a borda. Tampe e coloque no banho de temperatura. Se preferir, pode usar uma jarra graduada. 3 - Deixe o tempo marcado no relógio (aquele recomendado pelo fabricante), depois apague a luz do laboratório. Se o tempo não for cumprido à risca, os negativos ficarão fracos e sem contraste, ou densos demais e duros. 4 - Abra o cassete (equipamento de armazenamento) e retire a fita de filme. Para facilitar sua colocação na espiral, dobre cerca de 6mm a ponta do filme. Antes de realizar esse processo, treine de olhos abertos e depois de olhos fechados com as luzes apagadas. 5 - As ranhuras da entrada lateral devem estar alinhadas. Não encoste no lado da emulsão do filme!

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6 - Depois que o filme estiver firmemente preso na espiral, ele pode ser enrolado, cada disco em direção contrária. É para prender bem firme.

7 - Agora, depois de estar firme, devemos cortar a extremidade do carretel e colocar a espiral no tanque de revelação.

13 - Retorne com a solução interruptora para a garrafa. Agora, regule o relógio para as especificações do fabricante. Encha o tanque de solução fixadora, e agite por aproximadamente 15 segundos, até o tempo indicado. O filme não é mais sensível à luz.

8 - Com cuidado, coloque a espiral no tanque de revelação. Em seguida, acione o relógio, como indicado pelo fabricante.

14 - Agora, limpe o Fixador com água corrente em aproximadamente 20ºC por 30 minutos. Limpe o tanque com agente umedecedor e agite por 15 segundos.

9 - Feche o tanque de revelação e coloque a tampinha. Bata de leve para tirar as bolhas de ar.

15 - Passamos para a secagem. Desenrole o fio de filme, prenda um grampo em suas extremidades e pendure-o para secar em temperatura constante. Remova o excesso de água com a esponja e coloque para secar. Marque as garrafas, para indicar o número dos filmes, processos e negativos. Corte o negativo e guarde-o em envelopes

10 - Agite o tanque por aproximadamente 15 segundos, de um em um minuto, até terminar o processo. Isso é vital para a revelação, pois coloca todas as partes da emulsão em contato com o filme.

11 - Antes do final da revelação, retire a tampinha e despeje o líquido de volta à garrafa. Use o Funil para evitar borrifos. Coloque o tanque vazio no banho de controle de temperatura.

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12 - Coloque o líquido do interruptor pela abertura da tampinha até encher, agite por aproximadamente 15 segundos. Agite bem para interromper, o mais rápido possível, o processo.

Lembrando sempre que a prática leva à perfeição; a colocação do filme na espiral, exige prática. Pratique em um lugar claro, com um filme velado (que já foi exposto à luz), antes de realizar a operação no laboratório. Consulte sempre as informações do fabricante. Siga corretamente as instruções de uso das soluções, e do tipo de filmes utilizados. Os produtos químicos possuem formulas diferentes, preste atenção na indicação do fabricante. 35


Positivando o Negativo Filme em Papel

ARTE E CULTURA II

Queimando Depois das demais áreas sofrerem a exposição certa, use a máscara em movimento para exposições adicionais.

Protegendo Durante o processo, ao se escurecer as áreas, usase máscara para controlar a exposição.

Vinheta Normal Esse processo visa conseguir bordas na foto. Ele é obtido com máscaras fixas.

Vinheta Reversa Depois da exposição da imagem central, bloqueie a luz do foco pretendido.

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O papel, assim como a emulsão, pode variar muito de forma. Nele, temos tamanho, peso e superfície. Já na emulsão, temos gradação, que é referente ao grau de contraste proporcionado por ela. A questão da gradação é muito importante, pois ela define o controle de qualidade da imagem. A gradação do papel normal é 2, tendo uma variação de 1 a 6, que significa a escala de contraste entre suave e duro. O peso se refere à duração e transporte do papel, usando peso duplo para viagens. Há, ainda, superfícies foscas, brilhantes e semibrilhantes, como as revestidas de resina, que são as mais rápidas de revelar e não enrolam. Contudo, o melhor papel é ainda o de base de fibra.

Controle de Qualidade do Positivo A tira de teste não oferece informações completas na busca para as soluções, já que, na prática, o fotógrafo vai perceber que a foto precisa de exposição diferente, dando mais vida ao tema proposto. O mais comum é encontrar correções em fotos de paisagens, onde o céu aparece com muito brilho (Exposição à luz). Nesse caso, é só aumentar o tempo de exposição da área desejada, enquanto bloqueia a luz das demais. A esse processo, damos o nome de “Queimar”. Ele é capaz de provocar aparecimento de pequenos detalhes nas luzes claras demais. Na “Proteção”, usamos o mesmo processo, só que em ordem invertida.

Compare a foto produzida após o processo de controle, com a anterior. Converse com seus amigos, e registre as conclusões que vocês tiraram. O controle das cópias é feito pelas sombras, que recebe diferentes processos de exposição. A maior preocupação com a proteção é não criar áreas definidas de marcação. Isso é solucionado mantendo a máscara usada longe do papel. As máscaras devem ser criadas de acordo a necessidade, por exemplo, com recortes de papelão e fios pretos. Do mesmo modo, podemos criar a área para queimar.

A cor tem vida em si mesma Culturas distintas podem ter diferentes significados para determinadas cores. Usualmente a cor vermelha é predominante utilizada em redes de alimentação fast food. As cores possuem significados diferentes, para cada rito de passagem. Há em várias culturas, a utilização do preto para o luto. A cor, elemento indissociável do nosso cotidiano, exerce especial importância sobre tudo nas Artes Visuais. Na Pintura, Escultura, Arquitetura, Moda, Cerâmica, Artes Gráficas, Fotografia, Cinema, Espetáculo... Ela é geradora de emoções e sensações. A cor sempre atraiu e causou no ser humano de todas as épocas, predileto por determinadas harmonias de acordo especialmente com fatores de civilização, evolução do gosto e especialmente pelas influências e diretrizes que a arte marca.

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Cores

O Prisma

Queria muito chegar aqui: em cores! A luz branca e composta por todas as cores, sabia? Acho fascinante! Essa música do Caetano diz muito sobre isso.

A luz branca (luz do sol), ao atravessar um prisma, se decompõe num espectro de sete cores (como o arco-íris) compondo-se de sete faixas, das quais a vermelha fica num extremo e o violeta no outro. O espectro de luz solar mostra que a luz branca é formada pela combinação de sete cores, na seguinte ordem: Vermelho, Laranja, Amarelo, Verde, Azul, Anil e Violeta. Cada uma das sete cores do espectro da luz branca corresponde a um tipo de radiação, com freqüência própria. Ao atravessar o prisma, cada radiação sofre um índice de refração diferente das outras. Assim, a luz branca se desmembra em sete cores. Issac Newton, para comprovar essa hipótese, desenvolveu uma peça circular giratória, obedecendo as faixas de freqüência das cores do espectro da luz solar. Ao girar rapidamente o disco, as faixas coloridas se sobrepõem diante do olho do observador. Como resultado, o disco em movimento torna-se branco. Esse processo foi batizado de “Disco de Newton”.

Luz do sol (Caetano Veloso) Luz do sol Que a folha traga e traduz Em ver denovo Em folha, em graça, em vida, em força, em luz Céu azul que venha até onde os pés Tocam na terra e a terra inspira e exala seus azuis Reza, reza o rio, Córrego pro rio, rio pro mar Reza correnteza, roça a beira e doura areia Marcha um homem sobre o chão Leva no coração uma ferida acesa Dono do sim e do não Diante da visão da infinita beleza Finda por ferir com a mão essa delicadeza coisa mais querida A glória da vida Luz do sol...

“No momento, meu espírito está inteiramente tomado pelas leis das cores. Ah, se elas nos tivessem sido ensinadas em nossa juventude!” Van Gogh

As Lentes Básicas As lentes são corpos transparentes que possuem duas superfícies polidas, das quais uma pelo menos é curva. Elas são usadas para aumentar ou diminuir as imagens. As lentes são classificadas em Convergentes e Divergentes. Os raios luminosos que atravessam uma Lente Convergente formam, do outro lado dela, um ponto chamado Foco da Lente.

Absorção e Reflexão da Luz pelos Pigmentos

Um feixe de raios luminosos paralelos, depois que atravessam uma Lente Divergente, formam um leque luminoso, isto é, tornam-se raios divergentes.

OBJETO BRANCO REFLEXÃO DE TODAS AS CORES.

Raios luminosos atravessando uma lente convergente Raios luminosos atravessando uma lente divergente (da esquerda para a direita) (da esquerda para a direita)

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OBJETO AZUL ABSORVE O VERDE E O VERMELHO

OBJETO PRETO ABSORVE TODAS AS CORES

Contraste - O nível de contraste é dado na escala de cinza, ou seja, do branco ao preto. A variação de tons percebida na Gama Tonal é decorrente da variação de freqüência da escala de cor. Esta freqüência é medida em Hertz (Hz).

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Cor e Luz

Lentes do Ampliador

A fotografia colorida consiste na possibilidade de se reproduzir qualquer cor. Podemos obter qualquer cor do espectro a partir da mistura de três cores primárias: Vermelho (Red), Verde (Green), Azul (Blue), também conhecido como sistema RGB. A mistura dessas cores, obtida através de fonte luminosa, resulta na cor branca. Entretanto, quando falamos de cor pigmento, que é a substância corante existente na matéria, temos o sistema CMYK, no qual as cores Cian (Cyan), Magenta (Magenta), Amarelo (Yellow) e Preto (Black) ao serem combinadas, reproduzem o espectro de cores por pigmentação. Da junção destas cores, à exceção da preta, vai surgir o preto cromático, usado principalmente na impressão gráfica.

O principio Aditivo Podemos misturar as cores primárias, a fim de que produzam quaisquer outras cores, inclusive o branco. Esse princípio foi usado por James Clerk Maxwell, em 1861, a partir da utilização da seqüência de cores abaixo, surgiu a primeira fotografia.

O principio Subtrativo

Escreva as suas idéias.

Ampliador de Condensador Este aparelho focaliza uma área uniforme de luz sobre o negativo, por meio das lentes do condensador. A maioria dos ampliadores para filmes em branco e preto funcionam segundo esse princípio, podendo ser adaptados ao processo em cores, pela inserção de uma gaveta de filtros, resultando, assim, em imagem com bordas mais definidas.

O diagrama apresentado abaixo representa o processo de subtração da luz. A junção das três cores primárias dão origem ao preto.

Ampliador de Difusão O ampliador foi criado visando o uso de negativos em cores. A quantidade uniforme de luz, necessária à iluminação do negativo, é misturada em uma câmara de difusão. Os filtros podem ser inseridos por cores, sendo a área atiginda proporcional à mistura de cores dos filtros, que são indicadas no calibrador. Isso resulta numa imagem com bordas menos definidas. Freqüência é o número de oscilações realizadas por uma única unidade de tempo. Simbolizamos freqüência por “f”. Temos a seguinte formula: f = 1/T, onde T = tempo e f = freqüência. Temos o termo freqüência, usado rotineiramente no nosso dia-a-dia: Freqüência em aula, do consumo de luz elétrica (Consumo de Eletricidade), mas é comum também escutar: Coloque na freqüência X do rádio. Em suma: está claro que são ondas osilantes.

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Mãos à obra! Agora é hora de ação. Essa agora é com você! O processo em cores requer um tempo de revelação das imagens muito preciso. Para isso, são utilizados produtos químicos muito fortes e nocivos à saúde e ao meio ambiente.

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Com os produtos químicos preparados e tudo posto em seu devido lugar, é importante medir a temperatura...

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Por isso mesmo, esse processo, atualmente, é realizado por máquinas automatizadas, que executam processo equivalente ao manual. Jogue a água do tanque fora e coloque o revelador. Preste atenção onde colocou a tampa.

Processando em Cores A revelação do filme colorido segue os mesmos princípios do Branco e Preto. Como existe uma grande variedade de filmes à venda, procure saber quais as soluções químicas especificadas pelos fabricantes. É muito importante seguir corretamente os processos de controle de tempo, de temperatura e de agitação do fabricante.

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Etapas principais: Revelação (incluindo a de cor no filme negativo), banho interruptor, lavagem de cor nos filmes de transparência, branqueamento, lavagem, fixação, lavagem final e enxagüe, no final, com agente umedecedor para não permitir a formação de manchas de gotas secas na película. Lembre-se de manter o tanque sempre cheio com água, quando não estiver em uso, pois isto evita que ele seja danificado pela ação dos produtos químicos utilizados.

1 - Revelador 2 - Interruptor 3 - Fixador 4 - Banhaira de controle de 5 temperatura 5 - Cilindro graduado 6 - Recipiente para a preparação dos banhos 7 - Relógio 8 - Tanque de revelação 9 - Termômetro 10 - Luvas de proteção 11 - Filtros 12 - Unidade para mistura de cores 8

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4 Agite o tanque, uma vez a cada minuto, até o tempo total de processamento do material.

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Equipamentos Utilizados 1

Apague a luz e coloque o filme na espiral, bem rápido, mas com cuidado. O tempo no Colorido tem que ser mais exato do que no Branco e Preto.

Depois de revelado o filme, coloque-o no banho interruptor.

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6 6 Coloque os negativos no banho de branqueamento e depois no banho de fixação.

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Finalizando o processo: lave o filme no tanque com água corrente na temperatura e tempo indicados pelo fabricante. Coloque o filme para secar. 43


Positivando um Filme Colorido O sistema Cibachrome tem importante papel no processo de destruição de corantes e aumenta a garantia de durabilidade e nitidez. Diferentemente dos outros sistemas, no Cibachrome os corantes não são produzidos na emulsão, já se encontram nela, e são eliminados pelo branqueamento. Temos em seu estojo: Revelador, composto por duas partes, o Branqueador, também composto por duas partes, o Finalizador e o Neutralizador.

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5 Feche o cilindro com a tampa menor e gire em 180º sobre a mesa durante 2 minutos.

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Mãos à obra

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Misture o revelador, o branqueador e o fixador nos copos, como especificado pelo fabricante. Coloque-os em uma banheira com água, a fim de manter a temperatura de aproximadamente 24ºC. Use sempre a luva de proteção.

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Enrole a cópia exposta com o lado da emulsão pra dentro e coloque-a no cilindro de revelação. Feche com a tampa bem firme.

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Despeje o revelador numa bandeja com neutralizador, antes de colocá-lo no esgoto, e deixe o cilindro escorrer por 15 segundos. Se não estiver bem escorrida, o próximo banho pode ficar contaminado, criando odores indesejados.

Repita o processo com 90cc, de branqueador, agitando o cilindro por 4 minutos. Depois despeje o branqueador na bandeja com neutralizador, deixe-o escorrer por 15 segundos e encha o cilindro com 90cc de fixador. Em seguida, agite e esvazie o cilindro.

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Apague a luz. Coloque o negativo preparado no ampliador. A luz passará através do filme e sensibilizará o papel fotográfico, tornando a imagem latente. Nesta etapa, ela ainda não é visível.

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Despeje no cilindro 90 cc do revelador já preparado.

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Retire a fotografia do cilindro e lave-a em uma bandeja horizontal, sob água corrente, durante 3 minutos. Não encoste na superfície da emulsão. Agora ponha para secar por 2 horas. Acenda a luz, se necessário.

Atenção Utilize sempre a tira de teste para verificar a qualidade de sua revelação. Estamos trabalhando com material pancromático, extremamente sensível a todas as cores. Por isso, não devemos utilizar a luz vermelha de segurança. Entretanto, é fundamental permanecer em ambiente completamente escuro.

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“Lambe-lambe - Colorido” “Para fazer uma máquina dessas, meu chefe disse que naquela época dava para comprar um carrão. Isso sem contar a mão-de-obra. Foi ele mesmo que projetou, mas esse preço era na época do meu patrão. Hoje, para fazer uma dessas, acho que não se gasta mais que uns 5 mil. Mas não vale a pena, é melhor usar uma máquina de fotografar digital. Coloca ela dentro da antiga caixa do Lambe-lambe. Tem amigos meus que fazem isso. Ai é só ligar em uma impressora e mandar imprimir. Sai mais barato, e é mais rápido e seguro, não sofre problemas por causa de tempo errado nos químicos. Aqui, quando o sol está muito forte, as fotos ficam amareladas. Já quando está escuro, ficam avermelhadas.”

Uma entrevista feita com Bento de Pádua Ribeiro - BENTÃO Fale sobre você? “Sou mineiro e trabalho com fotografia há 32 anos. Comecei como ajudante aqui mesmo, no Parque Municipal de Belo Horizonte, mas já tinha trabalhado com várias coisas na vida.” E a sua profissão? “Meu trabalho é um pouco complicado, pois se fizer um erro não sai o retrato e o cara tem que ter muito conhecimento de luz. Lambe-lambe vem da época que o fotógrafo, para saber o lado da emulsão, lambia o dedo e passava no papel. O lado que ficava meio viscoso era o lado certo para exposição. É bem parecido. Só que agora faço com a máquina.” Fotos: Eduardo Furtado (2006)

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Exposição no Parque Municipal de BH.

Do Mini-Lab à Mecânica em Cores

O momento da Fotografia.

Máquina que controla o processo, escolhe o papel positivo e o tempo de exposição no ampliador.

Visão Interna das câmeras: Revelador, Interruptor, Fixador e Água. Retirando o filme da câmera.

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Resultado em 3 x 4 cm.

Fotos: Eduardo Furtado (2006)

“Na Máquina, é realizado o processo de Negativação, com banho do Revelador, banho do Interruptor e banho Fixador. Todos no tempo da química utilizada, como indicado pelo fabricante. É importante pensar na Iluminação do local para exposição da imagem, assim como em não utilizar um produto químico velho.”

Aquecendo o papel para secar.

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ARTE E CULTURA II

Diga o nome de cada tipo de Raio de Luz que você conhece, para cada tipo de iluminação.

Tudo que vemos é composto por átomos, que são minúsculos elementos, invisíveis ao olho humano. A água é composta por dois átomos de Hidrogênio e um átomo de Oxigênio (H2O). Vamos entender a relação desses elementos com a luz. Pois nada está parado, tudo está em movimento. Átomos não param.

Espectro de cores Você já ouviu falar em Raios Gama, Raios X, 440Hz Ultravioleta, Luz Solar, Microondas, Rádio e Infravermelho? Pois é! Todos são exemplos de ondas eletromagnéticas, vibrações de campos magnéticos e elétricos que se propagam através do espaço. Podemos comparar as ondas eletromagnéticas com o lento movimento das ondas na água provocado por um objeto que nela é atirado. Ondas eletromagnéticas viajam à velocidade da luz: 299 792 458 m/s. Elas podem ser definidas pelo comprimento das ondas, ou seja, a distância entre dois picos de onda, e pela freqüência, número de ciclos da onda por segundo, cuja medida é em Hertz(Hz). Quanto menor o comprimento de uma onda, maior a energia a ela associada. A maioria do espectro eletromagnético é invisível para o olho humano. Apenas uma pequena faixa está relacionada à luz visível. As várias radiações que formam a luz solar e que chegam à superfície da terra formam o chamado espectro solar. Parte destas radiações tem coloração. Do seu conjunto resulta a luz solar, também chamada luz branca ou visível. A dissociação da luz visível nas diversas radiações coloridas constituintes podem ser obtidas, experimentalmente, fazendo passar um raio luminoso através de um prisma de vidro. Na natureza, este processo ocorre através das gotículas de água em suspensão na atmosfera, que dão origem ao popular arco-íris. Assim, no espectro solar visível ao olho humano, as radiações coloridas encontram-se distribuídas do violeta ao vermelho escuro, com diversos tons intermediários. A luz visível não é a única a atravessar a atmosfera da terra, também chegam raios ultravioletas e raios infravermelhos, responsáveis pelo aquecimento térmico e muitos outros.

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Temperatura das Cores

10 2 10 4 10 6 10 8 10 10 10 12 10 14 10 16 10 18 10 20

céu azul (até 1800º) Micro-Ondas Rádio AM FM, TV

Ultra - Violeta Raio - X Infra - Vermelho

f (Hertz)

Kelvins 10.000º

10 6 10 4 10 2 10 2 10 -2 10 -4 10 -6 10 -8 10 -10 10 -12 ESPECTRO VISÍVEL

9.000º 14

céu nublado

14

Vermelho(4.3x10 Hz), Laranja, Amarelo,...., Verde, Azul, Violeta(7.5x10 Hz) 8.000º

Temperatura de cor A maior parte do que chamam de ilusões de óptica talvez esteja associado ao fato de a mente humana tentar compreender a cena, não absorvendo a luz da imagem. Quando sabemos que um objeto é branco, é porque não conseguimos ver as cores projetadas nele pela luz. Um bom exemplo é quando o objeto branco está sendo iluminado por uma luz de vela, que contém um amarelo quente. O branco do objeto fica com diferença de cor quando colocado à luz do dia, e sofre variações de cores em cada momento. Por isso, a expressão “luz branca” pode representar uma gama completa de cores diferentes. Assim, é fácil perceber que quando o objeto se torna muito quente, temos primeiro ele incandescente, com uma cor vermelha, depois branco, e se for muito aquecido, fica da cor azul. A esse processo, damos o nome de Temperatura de Cor, que é medido em Graus Kelvin(K). A temperatura padrão de cor é 5500ºK, equivalente à temperatura do meio-dia. Ela está ligada à quantidade de energia irradiante e à propriedade da sua fonte geradora. Porque o Pôr-do-Sol e a Alvorada são Vermelhos? ou Porque o Céu é Azul?

céu encoberto

lâmpada fluorescente luz do dia

7.000º

“flash” eletrônico

luz natural média ao meio dia

6.000º

5.000º

lâmpada branca de “flash”

luar

lâmpada fluorescente branco-quente

4.000º holofote superwattado

“spotlight” 3.000º

lâmpada de projetor lâmpada de 60 watts

2.000º

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nascer do sol pôr- do-sol

vela

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Bits e Bytes

Capacidade de Resolução da Imagem

Quando lemos textos sobre sistemas digitais, é freqüente encontrar as palavras bit e byte. Portanto, antes de prosseguir, faremos um pequeno resumo do que elas representam.

Quanto mais fotocélulas e, conseqüentemente, mais pixels, melhores os detalhes gravados e mais nítidas as imagens. Se alguém ampliar e continuar ampliando qualquer imagem digital, chegará um momento em que os pixels vão aparecer multifacetados (a esse efeito dá-se o nome de pixelização). Portanto, quanto mais pixels em uma imagem, maior a possibilidade de ampliação com qualidade; quanto menos pixels, menor a ampliação possível.

Um bit é a menor unidade digital, e também a unidade básica de informação que um computador utiliza. O termo tem como origem a expressão “binary digit”, ou seja, dígito binário e pode ser representado por dois possíveis estados: ligado (indicado pelo número 1) e desligado (indicado pelo 0). Já os bytes são grupos de 8 bits (unidos para fim de processamento). Cada grupo de 8 bits, ou bytes, também apresenta dois estados (ligado-desligado), formando 256 combinações possíveis. Assim temos, por exemplo: 1024 bytes = 1 Kbyte ("K-byte") 1024 Kbytes = 1 Mbyte ("Mega-byte") 1024 Kbits = 1 Mbit ("Mega-bit") 1024 Mbytes = 1 Gbyte ("Giga-byte")

1024 Mbits = 1 Gbit ("Giga-bit") 1024 Gbytes = 1 Tbyte ("Tera-byte") 1024 Gbits = 1 Tbit ("Tera-bit")

Compressão Utiliza-se a Compressão para transformar grandes arquivos de imagem em imagens menores. A câmera digital geralmente armazena imagens em um formato chamado JPEG. Este formato de arquivo comprime as imagens e permite especificar o tamanho e qualidade do arquivo, como sua definição. Outro formato bastante usado é o GIF (Graphics Interchange Format - Formato de Intercâmbio dos Gráficos). De uso mais constante em desenhos e imagens com poucas cores.

Tamanho da Imagem Muitas câmeras permitem alterar o tamanho da imagem também através do controle do tamanho dos arquivos de imagem. Em alguns momentos você pode escolher uma imagem de 640px X 480px (pixels) em vez de uma de 1600 x 1200px, ganhando em quantidade e perdendo em qualidade.

Qual é a relação entre a macrofotografia e a imagem digital, e como elas podem ser apresentadas ao seu público, respectivamente.

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Portanto, está explicada a diferença entre os modelos de câmeras digitais (e seus preços): a capacidade de resolução da imagem (e sua subseqüente qualidade e tamanho final). As demais diferenças referem-se à quantidade de recursos disponíveis na câmera e a seu grau de automação ou possibilidade de ajuste manual. E por falar em resolução, como já vimos, os sensores de imagens contêm uma teia (ou grade) de fotocélulas. Cada uma delas representando um pixel na imagem final. Assim, a resolução de uma câmera digital é determinada pela quantidade de fotocélulas existentes na superfície de seu sensor. Outro detalhe importante: quanto maior a imagem em pixel, maior o tamanho do arquivo resultante. As câmeras digitais possuem uma regulagem para o tamanho do arquivo. Devemos considerar a resolução com a qual se pretende imprimir a imagem, que geralmente é de 300dpi (Dot per inches - pontos por polegada). Nos monitores usa-se 72dpi. Tamanho do arquivo

tamanho da impressão

Resolução

Tamanho em pixels

300 dpi 300 dpi 300 dpi

640 X 480 800 X 600 1024 X 768

938.292 bytes 1.456.648 bytes 2.375.728 bytes

5,42 x 4,06 cm 6,77 x 5,08 cm 8,67 x 6,50 cm

300 dpi 300 dpi

1600 X 1200 2048 X 1536

5.375.728 bytes 9.453.572 bytes

13,55 x 10,16 cm 17,34 x 13,00 cm

Abra um programa de tratamento de imagem e faça testes nas figuras, com os efeitos e opções ofericidos pelo software e também faça testes de impressão.

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O que é Pixel?

Um raio de luz – Ondas vibratórias

Para nomear um ponto de imagem, se criou a palavra Pixel, que é oriunda da junção dos termos picture e element, ou seja, elemento de imagem. Essa nova palavra também tem a função de definir o menor elemento num dispositivo de exibição(eclã), como por exemplo: monitores, projetores... A esse elemento pode se atribuir uma cor. Um pixel é o menor ponto que forma uma imagem digital (valor em bit´s), sendo que o conjunto de milhares de pixels formam a imagem inteira.

A freqüência é o número de ciclos que passa por um ponto definido no espaço, durante um intervalo de tempo determinado em segundos. A unidade de medidas dos ciclos (ondas) por segundo é o Hertz (Hz). A freqüência de luz visível é chamada de cor e varia entre 430 trilhões de Hz, vista como vermelho, até 750 trilhões de Hz, vista como violeta.

No monitor colorido cada Pixel é composto por um conjunto de 3 pontos: verde, vermelho e azul. Atualmente a maioria dos monitores são capazes de exibir 256 tonalidades diferentes (o equivalente a 8 bits). Quando combinamos a tonalidades dos três pontos é possível exibir pouco mais de 16.7 milhões de cores diferentes. Os monitores geralmente possuem um resolução de 640x480px, onde temos 307.2 mil pixels, ou 800x600px onde temos 480 mil, ou 1024x768px temos 786.432 mil e assim por diante.

Um ponto de luz A idéia é explorar a questão do Píxel enquanto unidade de informação em uma imagem digital. O que definiria o Píxel numa imagem digital seria sua posição nesta imagem (bitmap - mapa de bits.) e seu valor de cor em RGB ( Temos os Padrões, como CMYK, HLS, HSB, Lab...). Com o mapeamento dessas informações, temos como construir a imagem sem mesmo conhece - lá. O Grão que é visto no filme, é uma boa analogia ao Píxel (Que é uma informação produzida pela ecrã, balizado em um código binário). No caso, o meio película/papel fotográfico é formado por grãos, e a imagem seria o resultado do “tingimento” desses grãos. Na imagem digital, o Píxel é unidade de informação. Ele só existe no nosso monitor, que consegue interpretar essas informações como quadradinhos(Cada modelo de monitor produz um tipo de pixel diferente, por exemplo: LCD, Tubo, Plasma, Projeção, LED...).

A quantidade de energia de uma onda de luz está proporcionalmente relacionada a sua freqüência: luz de alta freqüência (Violeta) tem energia alta, luz de baixa freqüência(Vermelho) tem energia baixa. Assim sendo, os raios gama têm a maior energia e as ondas de rádio têm a menor. A luz não somente vibra em freqüências diferentes, mas também viaja em velocidades diferentes. As ondas de luz se movem no vácuo em sua velocidade máxima, que é de 299 792 458 m / s, o que faz da luz, até onde conhecemos o fenômeno mais rápido do universo. As ondas de luz diminuem sua velocidade quando viajam em substâncias como o ar, água, vidro ou um diamante. Em resumo: Freqüência é uma grandeza física ondulatória que indica o número de ocorrências de um evento (ciclos, voltas, oscilações, etc) em um determinado intervalo de tempo. Escreva, a sua definição de pixel, e qual sua relação com freqüência.

O que nós vemos de uma imagem digital, é o que nosso monitor nos mostra e, como nosso conjunto de harwares/softwares interpretam algumas informações. Quando essa imagem deixa a interface e, alcança a superfície (como uma impressão), ela já deixou de ser formada por pixels, e agora ela é formada por pequenos pontos de tinta colorida. 54

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Teoria de Young-Helmholtz

Ilusionismo - Tem que ver pra crer

Continuando com os estudos da teoria de Young, o cientista alemão Hermann Von Helmholtz propôs que o olho continha apenas três tipos de receptores de cor, que respondiam mais eficazmente aos comprimentos de onda vermelho (R), verde (G) e azul-violeta (B). Ele sugeriu que cada tipo de receptor deveria ter grande sensibilidade à incidência luminosa, isso, com diferentes pontos máximos.

Ilusão de óptica são imagens que confundem momentaneamente o cérebro e o inconsciente, distorcendo a percepção, preenchendo espaços que não ficam claros à primeira vista, se destacam as figuras ambíguas. Podem ser ilusões de perspectiva, ilusões de tamanho, ilusões de cor, ilusões de luminosidade, entre outras.

No espectro de freqüência de 570 nm a média da resposta R:G:B seria 7:7:2, que daria uma sensação de amarelo. Enquanto a 480 nm, a média da resposta R:G:B seria 1:5:9, dando uma sensação azul-ciano. A percepção da cor, portanto, seria determinada pela média das três respostas. No gráfico, vemos os comprimentos de ondas com suas respectivas amplitudes.

Resposta relativa

Grande parte dos números de mágica baseiam-se na exploração das ilusões visuais. Este tipo de mágica é chamado de ilusionismo. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.

10 8 6 4 2 400

500

600

700

De forma sucinta, escreva: - o que você acha sobre Ilusão de óptica?

Comprimento de onda (nm) A teoria tricromática Young-Helmholtz foi mais tarde verificada por James Clerk Maxwell, com seus discos rotativos.

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Teorizando sobre a luz Existem duas teorias mais popularmente conhecidas sobre a formação da luz: - A teoria da "partícula", expressa em parte pela palavra fóton; - A teoria da "onda", expressa pelo termo onda de luz. Na Grécia antiga, mais exatamente no século I a.C., Lucrécio descreveu que a luz fosse uma corrente de partículas minúsculas, como pensava os primeiros atomistas, e, além disso, que a luz viajava em linhas retas, se rebatendo num espelho assim como uma bola rebate numa parede. Ninguém tinha realmente visto partículas de luz, mas até hoje é fácil explicar o porquê desta teoria. As partículas são minúsculas e se movem muito rapidamente para serem vistas. Contudo, somente no século XVII, a teoria corpuscular para a luz se consolidou como um conjunto de conhecimento capaz de explicar os mais variados fenômenos ópticos. Seu principal expoente nesse período foi o filósofo natural inglês Isaac Newton (1643-1727). É importante compreender que a teoria corpuscular desenvolvida entre os séculos XVII e XIX não é a mesma da atual, inserida na concepção da dualidade onda-partícula da luz. A idéia de onda de luz veio de Christian Huygens, que propôs no final do século XVII que a luz atuava como uma onda em vez de uma corrente de partículas. Em 1807, Thomas Young retomou a teoria de Huygens, mostrando que quando a luz passa por uma abertura bem estreita, ela consegue se espalhar e interferir na luz que estiver passando por outra abertura. Para provar isso, Thomas Young e Augustin Fresnel, iluminou uma fenda bastante estreita, demonstrando que assim formava uma brilhante barra de luz que correspondia ao tamanho da fenda, e que também havia luz adicional, não tão brilhante, ao redor da barra. Então se a luz fosse uma corrente de partículas, a luz adicional não estaria ali. Assim ele comprovou que a luz se espalhava como uma onda. Na verdade, um raio de luz sempre irradia para “fora”. Assim a teoria corpuscular da luz seria inadequada, pois a luz possui movimento ondulatório. Albert Einstein, baseando-se na a idéia de Max Planck, avançou ainda mais na teoria da luz em 1905. Ele refletiu sobre o efeito fotoelétrico, no qual a luz ultravioleta atinge uma superfície e faz com que elétrons sejam emitidos da superfície. 58

A explicação para esse fenômeno foi que a luz era feita de uma corrente de pacotes de energia chamados de fótons. Os físicos modernos acreditam que a luz pode se comportar tanto como partícula quanto como onda, mas também reconhecem que esta visão é uma explicação simplista de algo mais complexo.

Refletindo sobre a luz Se pararmos para pensar, por que, como provou Young, um feixe de luz irradia para “fora”? O que está acontecendo realmente? Então vamos começar por entender tipos mais familiares de onda: as que vemos na água. O principal e que devemos lembrar, é que a onda de água não é feita de água, mas sim de energia, que viaja pela água. Por exemplo: se uma onda se move da esquerda para a direita, não significa que a água do lado esquerdo está se movendo para o lado direito. Na verdade, a água fica onde está o que se move é onda de energia. Quando você mergulha em um lago, você faz uma onda, porque está colocando a sua energia na água. A energia viaja pela água na forma de onda. Todas as ondas são energias viajantes e elas normalmente estão se movendo por meio de algo, como a água. Uma onda de água consiste em moléculas que vibram para cima e para baixo, em certos ângulos, na direção do movimento da onda. Este tipo de onda é chamado de onda transversal. As ondas de luz são mais complexas e não precisam de um meio para moverse, pois elas podem viajar no vácuo. Uma onda de luz consiste em energia na forma de campos elétricos e magnéticos. Os campos vibram perpendicularmente à direção do movimento da onda e perpendiculares uns aos outros. Devido ao fato da luz ter tanto um campo elétrico quanto um campo magnético, também é chamada de radiação eletromagnética. Tratando-se de uma radiação eletromagnética, a luz possui três grandezas físicas básicas: brilho (ou amplitude), cor (ou freqüência), e polarização (ou ângulo de vibração). Devido à dualidade onda-partícula, a luz exibe simultaneamente propriedades de ondas e partículas. Sendo a dualidade onda-partícula, também denominada dualidade ondacorpúsculo ou dualidade matéria-energia, uma propriedade básica da mecânica quântica e consiste na capacidade das partículas subatômicas de se comportarem ou terem propriedades tanto de partículas como de ondas. 59


Produzindo um fóton

Produzindo o calor

Qualquer tipo de luz é composto de um ou mais fótons, que se propagam em ondas eletromagnéticas. Nossos olhos vêem os fótons, produzidos por fontes de luz e por reflexão de objetos. Se você olhar ao seu redor agora, provavelmente terá uma fonte de luz, produzindo fótons e objetos refletindo estes fótons. Os seus olhos decodificam alguns dos fótons, e é assim que nos enxergamos. Há muitas formas de se produzirem fótons, o mais comum envolve a energização dos elétrons que estão orbitando ao redor do núcleo de cada átomo. Por exemplo: os átomos de hidrogênio têm um elétron orbitando seu núcleo, os átomos de oxigênio possuem quatro elétrons orbitando em seu núcleo, para mais detalhes, procure informações sobre eletro valência e número atômico na tabela periódica.

A forma mais comum e eficaz de energizar átomos, é com o calor, sendo a base para a incandescência. Uma lâmpada incandescente de 75 watts usa a eletricidade para criar calor e, então, a luz. Se você esquentar uma ferradura com um maçarico, ela ficará vermelha de calor e depois branca. A luz vermelha é a luz de energia mais baixa que podemos ver, portanto, num objeto vermelho de calor, seus átomos estão apenas recebendo energia o suficiente para que o objeto comece a emitir luz, que possa ser vista por nós. Uma vez aplicado calor suficiente para produzir a luz branca, você está energizando tantos elétrons diferentes, de tantas formas variadas, que todas as cores estão sendo geradas. Tipos de energias luminosas:

Os elétrons circulam ao redor do núcleo em órbitas fixas: uma forma simples de visualizar isso, é imaginar como os satélites ficam na órbita da Terra. Existem muitas teorias sobre orbitas de elétrons, mas para entender a luz temos que conhecer apenas uma regra: um elétron ocupa uma órbita natural, mas se você energizar um átomo pode movê-lo para orbitais maiores. Um fóton de luz é produzido sempre que um elétron que está numa órbita maior do que a normal volta para sua órbita normal. Durante a queda da alta energia para a energia normal, o elétron emite um fóton (um pacote de energia) com características bastante específicas. O fóton tem uma freqüência ou cor que está exatamente ligada à distância que o elétron decai. Um bom exemplo são lâmpadas de vapor de sódio, aquelas muito amarelas. Esse tipo de lâmpada energiza átomos de sódio para gerar fótons. Um átomo de sódio tem 11 elétrons e, devido à forma que eles estão distribuídos nas órbitas, um destes elétrons tem mais facilidade para aceitar e emitir energia. Os pacotes de energia que este elétron provavelmente emitirá, terão um comprimento de onda de 590 nanômetros. Este comprimento de onda corresponde à luz amarela. Se você incidir a luz de sódio num prisma, você não verá um arco-íris, mas sim um par de linhas amarelas. O fóton é a partícula elementar mediadora da força eletromagnética. Em alguns aspectos um fóton atua como uma partícula, por exemplo, quando registrado por um mecanismo sensível a luz como uma câmera. Em outras ocasiões, um fóton se comporta como uma onda, tal como quando passa através de uma lente ótica. 60

Lâmpadas de halogênio – Usa eletricidade para gerar calor, mas se beneficiam de uma técnica que permite que o filamento fique mais quente; Lanternas a gás - Usam um combustível (como o gás natural ou o querosene) como fonte de calor; Luzes fluorescentes - Usam a eletricidade para energizar diretamente os átomos sem precisarem de calor; Lasers – Os lasers energizam os átomos, que são todos descarregados no mesmo comprimento de onda e mesma fase; Elementos que brilham no escuro - Os elétrons são energizados e aos poucos, decaem novamente para órbitas de baixa energia, de modo que o objeto brilha por meia hora; Relógios Indiglo - A voltagem energiza os átomos de fósforo; Vareta luminosa e vaga-lumes - Usam uma reação química para energizar os átomos. O que deve ser observado aqui é que qualquer coisa que energiza átomos de alguma forma, produz luz. Faça uma pesquisa sobre a temperatura de cor das fontes luminosas relatadas nos textos, e depois faça anotações.

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A caminho do cérebro

Experiência e Visão

Desde os rudimentares fotorreceptores de certos organismos unicelulares ao complexo olho humano, a evolução percorreu um longo caminho para dotar os seres vivos de instrumentos eficazes para a percepção dos objetos e a experiência do espaço em grande parte, aos órgãos da visão. A maior parte das atividades do cérebro, até onde sabemos, acontece no córtex, sendo que um de seus funcionamentos é destinado a receber e usar as informações vindas dos órgãos dos sentidos, e destas, a maior proporção é sem dúvida, a da visão.

Não é somente uma imagem na superfície do cérebro que vemos. A imagem que vemos é adaptada, alterada e "melhorada" pelo cérebro até que possamos entendê-la completamente. Quando olhamos para alguém de pé, muito próximo, nosso cérebro nos diz que a pessoa não é realmente um gigante, mas do mesmo tamanho que alguém de pé mais longe, que nos pareceria muito pequena. Sabemos disso por experiência.

As informações visuais alcançam o cérebro através dos nervos dos olhos, sendo a do lado esquerdo de cada retina, levada para o lado direito do cérebro, e a do lado direito de cada retina, para o lado esquerdo do cérebro. Este cruzamento de informações tem lugar em um ponto chamado de Quiasma óptico. O cruzamento entre os nervos ópticos possui um papel importante na visão tridimensional, assim, tudo que está de um lado de nosso olhar é "visto" pelo lado oposto do cérebro. Uma vez dentro do cérebro, a informação visual é levada através de mais fibras nervosas para o córtex visual, situado na parte de trás do cérebro. Então as informações codificadas são unidas para formar uma imagem única, sendo que as informações de cada olho são comparadas para produzir a visão estereoscópica. A "visão" é o resultado da produção fisiológica de um padrão de mini impulsos elétricos na superfície do córtex visual. Se pequenas quantidades de eletricidade fossem aplicadas na superfície do cérebro, nós "veríamos" pequenos pontos de luz, cada um correspondendo ao ponto onde a eletricidade tocou. 62

Como o cérebro sempre tenta fazer sentido do que vemos, é facilmente enganado por figuras que não se encaixam em nossas experiências prévias. Nós esperamos que uma escada fosse uma escada, de modo que, se o artista a torna algo diferente, o olho (ou o cérebro) recusa-se a aceitar isso. Nestas gravuras intrigantes, o cérebro luta para forçar os desenhos impossíveis a se encaixarem em padrões mais familiares. Algumas vezes, a estrutura e o funcionamento do olho, podem ser postos em uso para criar um efeito deliberado. Quando olhamos um filme, constituído de uma série de imagens, cada uma apenas um pouco diferente, o olho não responde suficientemente rápido para detectar as pequenas diferenças em cada imagem, o que, de outra maneira, faria os movimentos parecerem tremidos. O cérebro vê o filme todo como um movimento contínuo e suave.

GLOBO OCULAR NERVO ÓPTIVO

QUIASMA ÓPTICA

TRATO ÓPTICA CÓRTEX RADICAÇÃO ÓPTIVO

CORPO GENICULADO LATERAL

SULCOS CALCARINOS

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Os olhos: Focando

A luz ao atingir um objeto

Para entender como se forma uma imagem no fundo de nossos olhos, é necessário saber melhor como funciona o cristalino. Os raios de luz entram pela frente dos olhos, pela íris, e passam através do cristalino, que age como uma lente(convexa), mais grossa no centro, e mais fina nas bordas, esta luz é redirecionada para a fóvea, produzindo uma imagem invertida, sendo ajustada no cérebro de modo que temos uma imagem mental correta.

O que acontece quando uma onda de luz atinge um objeto? - Depende da energia, da onda de luz, da resistência que os elétrons estão preços ao material e a freqüência natural com a qual os elétrons vibram no material.

Quando olhamos pela primeira vez para um objeto mais próximo, ou ao lado, a luz atinge o olho num ângulo diferente da direção da fóvea, de modo que, quando a luz passa através do cristalino, não produz imediatamente uma imagem nítida sobre a retina. Os raios de luz ainda não estão suficientemente direcionados, e a imagem é borrada, para corrigir isto, a forma do cristalino é alterada pelos músculos auxiliares, e se torna muito mais arredondada. Isto faz com que a luz que passa pelo cristalino sofra maior curvatura e restaure a imagem, tornando-a nítida. Esse processo de visão nítida de objetos próximos ou distantes é chamado de acomodação, e ocorre muito rapidamente. Observando alternadamente objetos distantes e próximos; você verá um breve desfoque dos objetos, conforme você muda o seu olhar.

Percebendo a profundidade O olho usa três métodos para determinar a distância: 1 - O tamanho que um objeto tem na sua retina: caso você tenha conhecimento do tamanho de um objeto, devido a uma experiência anterior, o seu cérebro pode medir a distância, com base no tamanho do objeto na sua retina. 2 - Mudanças de posição de objetos - quando você mexe a cabeça de um lado para o outro, os objetos próximos a você se movem rapidamente pela sua retina. No entanto, objetos distantes se movem muito pouco. Dessa maneira, o seu cérebro pode ter uma estimativa da distância de algo até você. 3 - Visão estereoscópica - Cada um de nossos olhos, recebem uma onda de luz diferente de um objeto em sua retina, isso, porque estão separados por aproximadamente 5 cm. Esse fato se torna de mais fácil entendimento, quando analisamos com objetos que estão próximos aos seus olhos. Quando o objeto está longe, as imagens na retina se tornam mais parecidas de acordo com a distância que estão de seus olhos. 64

De acordo com esses fatores, podem ocorrer quatro fatos diferentes com as ondas luminosas ao atingirem um objeto: - Podem ser espalhadas para fora do objeto ou refletidas; - Podem ser absorvidas pelo objeto; - Podem ser refratadas através do objeto; - Podem passar através do objeto sem efeitos. Estas entre outras possibilidades podem acontecer simultaneamente, dependendo da transmissão. Vejamos alguma delas em separado abaixo:

Transparência No caso de matérias transparentes, acontece quando a freqüência ou energia da onda de luz incidente for muito maior, ou muito menor do que a freqüência necessária, para fazer com que os elétrons do material vibrem, então não será capturada a energia da luz e a onda passará através do material, sem que ocorra uma modificação.

Absorção Em absorção, a freqüência da onda de luz incidente é próxima ou igual à freqüência de vibração dos elétrons do material. Os elétrons pegam energia da onda de luz e começam a vibrar. Os acontecimentos em seguida, dependem da força com a qual os átomos seguram seus elétrons. A absorção acontece quando os elétrons ficam presos firmemente e passam as vibrações adiante para os núcleos dos átomos, o que aumenta a velocidade desses átomos e os fazem colidir com os outros átomos do material e acabam produzindo calor. A absorção da luz torna um objeto escuro ou opaco à freqüência da onda de luz incidente. Para a luz visível, a madeira é opaca e alguns materiais são opacos para algumas freqüências de luz e transparentes para outras. Por exemplo, temos o vidro, que é opaco para a luz ultravioleta, mas é transparente para a luz visível. 65


Reflexão

Refração

Átomos de alguns materiais não prendem seus elétrons firmemente, ou seja, esses materiais contêm inúmeros elétrons livres, que podem saltar rapidamente de um átomo para outro dentro do material. Quando os elétrons neste tipo de material absorvem a energia de uma onda de luz incidente, não passam esta energia para os outros átomos. Os elétrons energizados simplesmente vibram e então enviam a energia para fora do objeto, como uma onda de luz com a mesma freqüência da onda incidente. O efeito geral é que a onda de luz não penetra profundamente no material.

A refração ocorre quando a energia de uma onda de luz incidente corresponde à freqüência natural de vibração dos elétrons em um material. A onda de luz penetra profundamente no material provocando pequenas vibrações nos elétrons, transmitindo-as para os átomos do material; estes, por sua vez, enviam ondas de luz de freqüência iguais a da onda incidente, mas tudo isso necessita de tempo. A parte da onda que está dentro do material, diminui a velocidade, enquanto a parte que está fora do objeto mantém sua freqüência original. Isto tem o efeito de curvar a porção da onda que está dentro do objeto, em direção ao que chamamos de linha normal, uma linha reta imaginária perpendicular à superfície do objeto. O desvio em relação à linha normal da luz dentro do objeto será menor do que o desvio da luz, antes dela ter ingressado no mesmo.

Os elétrons estão fracamente ligados e ficam livres para se movimentar na maioria dos metais, fazendo com que os mesmos, reflitam a luz visível e pareçam brilhantes. Os elétrons do vidro têm alguma liberdade, mas não tanto quanto os dos metais. O vidro também reflete a luz e parece ser brilhante em menor grau. Você provavelmente já ouviu falar sobre a Lei da Reflexão como "o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão". Podemos perceber que a luz refletida tem a mesma freqüência da onda incidente. Olhe para a sua imagem num espelho. As cores que você vê na imagem do espelho, são as mesmas que você vê ao olhar para o seu corpo. As cores do seu cabelo, da sua camisa, são as mesmas em você, do que as que estão refletidas no espelho.

Dispersão O reflexo de uma superfície não polida é chamado de Dispersão. As ondas de luz incidentes são refletidas em todos os ângulos, porque a superfície é irregular. Um bom exemplo que podemos citar é a superfície do papel, que ao observarmos através de um microscópio, percebemos mais precisamente suas imperfeições. Quando a luz atinge o papel, as ondas são refletidas em todas as direções. Tornando-o assim, algo tão útil: você consegue ler as palavras numa página impressa, não importando o ângulo pelo quais, seus olhos estão vendo a superfície.

O tamanho da inclinação ou ângulo de refração da onda de luz depende do quanto o material diminui a velocidade da luz. Os diamantes não seriam tão brilhantes se não retardassem bem mais a luz incidente do que, digamos, a água. O índice de refração dos diamantes é maior do que o da água, o que quer dizer que eles diminuem a velocidade da luz para um grau extraordinário. Uma observação interessante sobre a refração é que a luz de freqüências ou energias diferentes irá se inclinar em diferentes ângulos. Comparemos a luz violeta com a vermelha quando elas entram num prisma de vidro. Pelo fato de ter mais energia, a luz violeta leva mais tempo para interagir com o vidro; dessa forma, sua velocidade é diminuída para uma extensão maior do que a onda de luz vermelha, sendo inclinada a um grau maior. Isso ocorre para a ordem das cores que vemos no arco-íris. Também é isso que dá ao diamante os adornos de arco-íris que os tornam tão magníficos para os olhos.

Faça a sua anotaçao sobre a relação de freqüência com a luz.

A atmosfera da Terra é outra interessante superfície bruta. Você provavelmente não pensa na atmosfera como uma superfície, mas ela é "bruta" para a luz branca incidente. A atmosfera contém moléculas de tamanhos diferentes, incluindo o nitrogênio, o oxigênio, o vapor d'água e vários poluentes. Esta mistura espalha as ondas de luz de maior energia, as que enxergamos como luz azul. 66

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Os arco-íris nas bolhas de sabão

O que é um ano-luz?

Você já se perguntou por que as bolhas de sabão são coloridas? Ou por que uma poça de óleo numa rua molhada tem cores ao seu redor? Isso acontece quando as ondas de luz atravessam um objeto com duas superfícies refletivas.

Ano-luz é uma unidade de distância. Apesar de não fazer muito sentido porque "ano-luz" contém a palavra "ano", que normalmente é uma unidade de tempo, anos-luz medem a distância.

Quando duas ondas de luz incidentes de mesma freqüência atingem uma fina membrana de sabão, partes das ondas de luz são refletidas da superfície superior, enquanto outras partes da luz passam pela membrana, que são refletidas da superfície inferior, o que destrói a sincronia entre elas. Os físicos se referem a este estado, como estar fora de fase. Quando os dois conjuntos de ondas atingem os fotorreceptores dos seus olhos, eles interferem entre si, somando-se ou subtraindo-se umas as outras, formando uma nova onda de freqüência, ou cor diferente. Basicamente, quando a luz branca, que é a mistura de cores diferentes, ilumina uma película com duas superfícies refletivas, as várias ondas refletidas interferem umas com as outras para formar adornos de arco-íris. Estes, por sua vez, mudam de cor quando mudamos o ângulo em que olhamos a membrana, pois estamos mudando o caminho pelo qual a luz deve viajar para atingir o seu olho. Se diminuirmos o ângulo em que olhamos para a película, aumentamos a quantidade da película que a luz precisa percorrer para que possamos vê-la. Isso causa uma maior interferência.

Estamos acostumados a medir as distâncias tanto em centímetros/metros/quilômetros ou polegadas/pés/milhas, dependendo de onde residimos. Sabemos o tamanho de um metro ou de um pé. Estamos acostumados com estas unidades porque as usamos diariamente. Contudo, quando os astrônomos utilizam seus telescópios para observar as estrelas, as coisas são diferentes. As distâncias são gigantescas. Por exemplo, a estrela mais próxima da Terra (sem contar o nosso Sol) fica a cerca de 38.000.000.000.000 km de distância. E isso é a estrela mais próxima. Existem estrelas que estão bilhões de vezes mais longe que isso. Quando se começa a falar desse tipo de distância, o quilômetro simplesmente não é uma unidade prática para se usar, porque os números ficam grandes demais. Ninguém quer escrever ou falar em números que possuem 20 dígitos! Então, para se medir distâncias realmente grandes, usam-se uma unidade chamada ano-luz. A luz viaja a 299 792 458 m/s, que equivale aproximadamente a 300 mil km/s. Portanto, um segundo-luz é igual a 300.000 km. Um ano-luz é a distância que a luz pode viajar em um ano, ou seja: 300.000 quilômetros/segundo * 60 segundos/minuto * 60 minutos/hora * 24 horas/dia * 365 dias/ano = 9.460.800.000.000 quilômetros/ano. Um ano-luz é igual a 9.460.800.000.000 km. Isso é uma distância muito grande! Você consegue imaginar? Utilizar o ano-luz, como medida de distância possui uma outra vantagem, na qual consiste em ajudar a determinar a idade. Digamos que uma estrela esteja a 1 milhão de anos-luz daqui. A luz daquela estrela viajou à velocidade da luz para chegar até nós. Portanto, a luz da estrela levou 1 milhão de anos para chegar até aqui e a luz que estamos vendo foi gerada 1 milhão de anos atrás. A estrela que estamos vendo é, na verdade, como a estrela era há 1 milhão de anos atrás e não como ela é atualmente. Da mesma forma, nosso Sol está á uns 8 minutos - luz de distância. Se o Sol explodisse neste exato momento, nós não teríamos como saber disso por 8 minutos, porque este é o tempo que levaria para que a luz da explosão chegasse até nós.

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Uma idéia sobre a história das Cores Podemos começar a tentar descrever a história das cores, com o mais antigo texto existente que encontramos, no qual foi publicado pelo filósofo grego Aristóteles, que concluiu que as cores eram uma propriedade dos objetos. Assim como textura, material, peso eles tinham cores. E, pautado pela mágica dos números, disse também que eram em número de seis: o vermelho, o verde, o azul, o amarelo, o branco e o preto. Já na Idade Média, o estudo de cores sempre foi influenciado por aspectos psicológicos e culturais. O poeta medieval Plínio, teorizou que as três cores básicas seriam o vermelho vivo, a ametista e outra cor que chamou de conchífera. Por ser usado no véu nupcial, o amarelo foi excluído dessa lista. Sendo na renascença o aprofundamento no estudo da natureza das cores pelos artistas. Leonardo da Vinci se dedicou e escreveu anotações para fazer dois livros, mas posteriormente eles foram unidos em um, que foi intitula o Tratado da pintura e da paisagem. Se opondo á Aristóteles, pois afirmava que a cor não era uma propriedade dos objetos, mas da luz. Mas eles concordavam, com a idéia de que todas as cores poderiam se formar a partir do vermelho, verde, azul e amarelo. Ele também afirmava que o branco e o preto não são cores, mas extremos da luz. Mas foi Leonardo Da Vinci que foi o primeiro a observar que a sombra pode ser colorida, e a pesquisar a visão estereoscópica. Newton realizou vários experimentos ao longo dos anos e revolucionou os conhecimentos sobre a luz. Ele comprou um prisma de vidro (vidro triangular – um peso de papel) e observou em seu quarto, como um raio de sol da janela se decompunha ao atravessar o prisma nas sete cores do espectro: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul anil e o violeta. No século XVIII, um impressor chamado Le Blon testou diversos pigmentos até chegar aos três básicos para impressão: o vermelho, amarelo e azul. No século XIX o poeta Goethe se apaixonou pela questão da cor e passou trinta anos tentando terminar o que considerava sua obra máxima: um tratado sobre as cores que colocaria abaixo a teoria de Newton.

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A principal objeção de Goethe a Newton era de que a luz branca não podia ser constituída por cores, cada uma delas mais escura que o branco. Assim ele defendia a idéia das cores serem resultado da interação da luz com a "não luz" ou a escuridão.

Por exemplo, o experimento da luz decomposta em cores ao passar por um prisma foi explicado por ele como um efeito do meio translúcido (o vidro) enfraquecendo a luz branca. O amarelo seria a impressão produzida no olho, pela luz branca vinda em nossa direção através de um meio translúcido. O sol e a lua parecem amarelados devido a sua luz passar pela atmosfera até chegar a nós. O azul seria o resultado da fuga da luz de nós até a escuridão. O céu é azul porque a luz refletida na terra volta em direção ao espaço negro através da atmosfera. Da mesma forma o mar, onde a luz penetra a alguns metros em direção ao fundo escuro. Ou as montanhas ao longe que parecem azuladas. O verde seria a neutralização do azul e do amarelo. Como no mar raso ou numa piscina, onde a luz refletida no fundo vem em nossa direção (amarelo) ao mesmo tempo em que vai do sol em direção ao fundo (azul). A intensificação do azul, ou seja, a luz muito enfraquecida ao ir em direção à escuridão torna-se violeta, do mesmo modo que o amarelo intensificado, como o sol nascente, mais fraco, e tendo que passar por um percurso maior de atmosfera até nosso olho fica avermelhado. A interpretação do arco íris é assim modificada. Os dois extremos tendem ao vermelho, que representa o enfraquecimento máximo da luz. E ele realmente descobriu aspectos que Newton ignorara sobre a fisiologia e psicologia da cor. Observou a retenção das cores na retina, a tendência do olho humano em ver nas bordas de uma cor complementar, notou que objetos brancos sempre parecem maiores do que negros. Também reinterpretou as cores, pigmentos de Le Blon, renomeando-os púrpura, amarelo e azul claro, se aproximando com muita precisão das atuais tintas magenta, amarelo e ciano utilizadas em impressão industrial. Porém as observações de Goethe em nada feriram a teoria de Newton, parte devido ao enorme prestígio do físico inglês, e parte porque suas explicações para os fenômenos eram muitas vezes insatisfatórias e ele não propunha nenhum método científico para provar suas teses. 71


Uma luz sobre as Cores No ser humano, como nos demais animais, o olho é um mecanismo complexo desenvolvido para a percepção da luz e consequentemente, das cores, interagindo com o ambiente, como forma de defesa dos predadores e de ataque ás presas. Ele é composto basicamente por uma lente (instrumentos de ampla utilização, cuja intenção é desviar raios de luz) e uma superfície fotossensível dentro de uma câmera, comparando a uma máquina fotográfica. Uma Lente composta é formada pela a córnea e o cristalino, que tem a função de focar os estímulos luminosos. A íris é um dos materiais fotossensíveis do olho, e controla a abertura e fechamento da pupila, como faz um obturador. No interior da íris temos a coróide, que é coberto por um pigmento preto, evitando que a luz refletida, se espalhe assim, pelo interior dos olhos. Os olhos, em seu interior, são cobertos de retina, uma superfície do tamanho aproximado de uma champinha e da espessura de uma folha de papel. Depois da entrada da luz, o olho deixa de se parecer com uma máquina fotográfica e passa a agir mais parecido com um scanner, ou CCD (Charge-Coupled Device, que quer dizer: Dispositivo de Carga Acoplado), fazendo leituras continuas das informações luminosas. As informações visuais a serem interpretadas pelo celebro, são captadas por milhões de células especializadas, que compõem a retina, nela encontram-se dois tipos de células fotossensíveis: os cones e os bastonetes, que quando excitados pela energia luminosa, estimulam as células nervosas adjacentes, gerando um impulso nervoso que se propaga pelo nervo óptico, levando a informação ao nosso cérebro e nos dando a percepção da imagem. Na fóvea é que se encontra a maior densidade de células cone do olho, responsáveis pela visão de cores. Essa alta densidade de cones faz com que a fóvea seja o ponto do olho onde enxergamos com a maior clareza e definição. Porém, a grande quantidade de cones, traz como conseqüência uma menor densidade de bastonetes. Os cones, segundo a teoria tricromática (teoria de Young-Helmholtz), são responsáveis pela captação da informação luminosa, cores e contraste, dividindo-se em três tipos, sensíveis aos azuis e violetas, aos verdes e amarelos, e aos vermelhos e laranjas. 72

Aos primeiros se dá o nome de B (blue/azul), aos segundos G (green /verde) e aos últimos R (red/vermelho). Os cones são distribuídos de forma não uniforme pela a retina, aproximadamente 94% são do tipo vermelho e verde, enquanto apenas 6% são do tipo azul. Esta aparente deformidade é sem dúvida uma adaptação evolutiva. A presença de um terceiro cone é uma característica dos primatas. Os demais mamíferos contam com apenas dois cones. O terceiro cone que desenvolvemos, além de dar mais informação sobre cores, traz fundamentalmente uma melhoria na percepção de contrastes. Isto proporcionou aos primatas uma vantagem na competição por alimentos e na vida nas copas das árvores. Os bastonetes não são de resolução visual tão boa, mas são mais sensíveis à luz, ao brilho, que os cones. Em situações de pouca luminosidade, a visão passa a depender exclusivamente dos bastonetes. É a chamada visão noturna ou visão de penumbra. Nos bastonetes existe uma substância sensível à luz – a rodopsina – produzida a partir da vitamina A. A deficiência alimentar dessa vitamina leva à cegueira noturna e à xeroftalmia (provoca ressecamento da córnea, que fica opaca e espessa, podendo levar à cegueira irreversível). Em cada olho, temos aproximadamente 120 milhões de bastonetes, 6 milhões de cones, sendo 2 mil cones na fóvea, na região de densidade máxima. Em resumo, e simplificando: os cones são responsáveis pela cor, e os bastonetes pelo brilho. Escreva uma redação dissertativa, com o título: “O mundo às avessas”,

Célula Cone

Célula Bastonete

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Cores que confundem

Cores Secundárias

Vermelho magenta + Amarelo limão = Vermelho alaranjado

Azul cian + Vermelho magenta = Azul violeta

Amarelo limão + Azul cian = Verde

São obtidas através da combinação das cores primárias, em iguais proporções. Normalmente esta mistura de cores é feita com as cores-pigmento:

O olho e o cérebro parecem associar as cores em pares, tais como azul e amarelo ou vermelho e verde. De alguma maneira, as cores agem como opostas. Se você olhar fixamente, por 30 segundos, uma mancha de vermelho brilhante, e depois fechar seus olhos, você "verá" a mancha em verde por alguns segundos, antes de desaparecer. O mesmo efeito terá lugar com o azul e amarelo. Esses pares são chamados de cores complementares. As cores complementares não se misturam eficientemente, ao contrário de algumas outras cores. E fácil visualizar um azul-esverdeado ou um amareloavermelhado, mas é impossível imaginar um verde-avermelhado ou um amarelo-azulado. O olho não possui esses problemas quando as cores são quebradas em pedaços muito pequenos. As ilustrações coloridas deste livro são formadas de milhares de minúsculos pontos de apenas 3 cores – Cian, Amarelo e Magenta - junto com o preto.

Cores Complementares Uma cor primária é sempre complementada por uma cor secundária. Esta é a cor que está em oposição à posição desta cor primária no círculo cromático. As cores complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes.

Eles cores, são fundidos pelo olho para formar cores e texturas uniformes que o cérebro aceita. O padrão pode ser alargado para tamanhos muito maiores e ainda será reconhecível, mas apenas se os olhos se estreitarem de modo que as bordas dos pontos fiquem borradas.

Como você ver as cores agora?

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laranja

amarelo

azul

vermelho

Vale lembrar que as cores complementares são as que mais contrastes entre si oferecem, sendo assim, se queremos destacar um amarelo, devemos colocar junto dele um violeta, por exemplo.

verde

violeta

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Espectro Visível

Pensando sobre a Luz e o Material Fotossensível

10 -13 10 -12 10 -11 10 -10 10 -9 10 -8 10 -7 10 -6 10 -5 10 -4 10 -3 10 -2 10 -1 1

O comprimento de onda determina a cor da luz: violeta no menor comprimento depois o azul, verde, amarelo e vermelho. Além do vermelho no final do espectro visível, encontra-se a região infravermelha, e os comprimentos de ondas menores que o violeta,nos quais são chamados de ultravioleta, também invisíveis.

Rádio Infravermelho

Vermelho-Escuro

Vermelho

Alaranja

Amarelo

Amarelo-Esverdeado

Verde

Azul-Esverdeado

Anil

Azul

360 380 400 420 440 460 480 500 520 540 560 580 600 620 640 660 680 700 720 740 760 780

Violeta

A radiação visível se encontra na estreita faixa de comprimento de onda compreendida entre 400 e 700 nanômetros (Um nanômetro (nm) equivale a 10 elevado a -9, ou seja: a um milionésimo de milímetro).

Espectro Visível

Comprimento de onda (nanômetors)

Ultravioleta

O que distingue cada uma dessas formas de radiação é o comprimento de onda. Apenas os comprimentos de onda visíveis são definidos como luz, e os outros são chamados de radiação.

10 2 10 3 10 4

Radar Micro Ondas

Infravermelho

Se não formos capazes de reconhecer essas diferenças, ficaremos desapontados com nossas fotos, pois elas não representarão o objeto conforme o vimos ou pensamos que vimos na hora de fazer a exposição. A luz é apenas o tipo de radiação eletromagnética a qual o olho humano é sensível. Essa radiação pode ser considerada um espectro contínuo da luz, ondas de rádio, de radar, raios-X raios gama e outras formas de energia radiante.

10

Ultravioleta

Raio X

Distinções semelhantes entre aquilo que vemos e a escala de tons de uma fotografia precisam ser entendidas. Essas diferenças surgem da natureza da Luz e do modo pelo o qual ela é apreendida por nossos olhos e registrada no material fotossensível.

Comprimento de onda (metros)

Raios Gama

Ao aprender a visualizar tons de imagem, devemos refletir: - Aquilo que vemos não é igual ao que o material fotossensível “vê” na câmera? Temos de abalizar as diferenças entre o que vemos e o que ela vê, em termos de controle de imagem.

Em suas palavras o que vem a ser: Escala De Cinza, Variação Tonal e Latitude?

Contudo, tanto a radiação ultravioleta, quanto a infravermelha são capazes de serem expostas a maioria das emulsões fotográficas e materiais fotossensíveis, do mesmo modo que outras formas de radiação, como por exemplo, o raios-X. 76

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Fotometrando a Luz

Luz Refletida

Quando a luz atinge uma superfície, ela pode ser transmitida, absorvida ou refletida. Se a superfície for transparente, como o vidro de uma janela, a maior parte da luz, será transmitida, embora um pouco seja inevitavelmente perdida, por reflexão e absorção.

Na maior parte das fotografias, registramos a luz refletida do objeto e não aquele que incide sobre ele. A abordagem fotográfica que utilizaremos, envolve o controle da relação entre as luminâncias (luz refletida) do objeto e os tons de cópia que buscamos para representar essas áreas.

Já um material translúcido, como um lenço de papel, tem capacidade de transmissão muito menor e difunde a luz que passa por ele, ao passo que substâncias opacas não transmitem nenhuma radiação visível. A proporção de luz transmitida, absorvida ou refletida é uma função do comprimento de onda; se determinados comprimentos de onda, se os mesmos são os transmitidos ou refletidos em quantidades maiores que o outro, veremos a cor característica daquele objeto.

Os fotômetros de luz incidente omitem totalmente a medição da luz refletida que forma a imagem no material fotográficos, e portanto, limita muito a oportunidade de avaliar áreas especificas do objeto e aplicar métodos de controle para chegar à imagem criativa visualizada. A avaliação cuidadosa da luz refletida é uma abordagem muito mais positiva.

Luz Incidente Os objetivos que vemos e fotografamos são iluminados pela luz incidente que vem do sol, do céu ou de uma fonte artificial. A luz incidente, ou iluminância, é medida em footcandles. Originalmente, essa unidade de medida se referia á iluminação propiciada por uma “vela padrão” localizada a 1 pé (30,43 centímetro) de uma superfície. Um meio de determinar a exposição é utilizar um fotômetro de luz incidente (para medir a luz que cai no objeto). Esses fotômetros possuem um hemisfério ou disco difusor sobre fotocélula para calcular a luz média que inicie sobre ele. O fotômetro de luz incidente deve ser colocado perto do objeto e voltado para a câmera, de modo que toda a luz que incide na lateral do objeto a ser fotografado faça parte da mesma leitura. 78

Luz incidente

A refletância de uma substância é expressa com um número percentual, que indica a proporção de luz incidente refletida pelo material. É por causa das diferentes refletâncias que vemos alguns objetos “BRANCOS” e outros “PRETOS”, quer estejamos os observando sob a luz do dia, quer sob uma iluminação fraca. Um material muito preto é capaz de refletir menos de 2% da luz incidente, ao passo que uma substância branca pode refletir mais de 95%; no entanto, nenhum material apresenta refletância de 100%, uma vez que um pouco de luz sempre é absorvido ou dispersado. Sob Luz incidente uniforme, o espectro de luminância de um objeto é determinado pelo espectro de refletância, que conforme citado acima, pode variar de menos de 2% a mais de 95%, Observe que a razão entre esses dois valores é de cerca de 1:50 ; por isso, essa será a razão de luminância máxima possível para superfícies difusas, se a luz incidente for completamente uniforme. A maioria dos objetos, no entanto, possui sombras, e o verdadeiro campo de luminância que podemos encontrar é muito maior.

Luz Refletida

Se, por exemplo, um material muito preto também estivesse na sombra e recebesse um quarto da luz incidente de uma superfície brilhante, o campo total de luminância seria de ¼:50 , ou 1:20. Sabido que uma cópia pode ter um espectro de refletância máximo de cerca de 1:100 , mas um objeto com espectro de brilho de no mínimo 1:200, pode parecer bastante convincente nessa escala de cópia menor, apesar de as refletâncias não serem “literais”. A questão é que a latitude entendida pelo ser humano pode ir de 1 para 1 bilhão ou até mais, então uma cena ao ar livre, contrastada, pode ter uma razão de luminância de vários milhares para um, necessitando de controles especiais para ser bem reproduzida na fotografia. 79


É preciso ressaltar também que, embora a luminância seja uma quantidade absoluta, a interpretação subjetiva de superfícies refletoras, baseada no brilho aparente, é igualmente importante. Uma demonstração interessante desse fenômeno pode ser feita da seguinte maneira: pegue vários pedaços idênticos de papel branco e coloque-os a distâncias progressivamente maiores de uma fonte de luz, como uma janela em uma sala grande. Para facilitar o desenho da imagem em sua mente, suponha que os pedaços de papel estão colocados a 4, 8, 12 e 16 metros da janela. A luminância relativa será 1, ¼, 1/9, e 1/16 (por causa da lei do inverso do quadrado da distância), embora esses valores possam ser ligeiramente modificados pelas reflexões no interior da sala. Então fique em pé próximo à janela, e observe que o pedaço de papel mais próximo é o mais brilhante, e que está mais distânte, é o cinza mais escuro. No entanto, sabendo que os papeis são iguais, você avaliará todos como brancos, mesmo reconhecendo que eles possuem tons distintos por causa das diferenças de iluminação . Caso fotografasse os quatro, você iria querer que o papel mais próximo ficasse branco e os outros apresentassem tons de cinza progressivamente mais claros. Agora, aproxime-se do outro, após alguns segundos ele aparecerá branco, da mesma maneira que você olhar apenas para o terceiro ou o quarto papel será claramente branco se observado sozinho.

Reflexão Difusa e Especular A luz refletida possui em geral um aspecto difuso, ou seja, as reflexões ocorrem em todas as direções e de forma quase uniforme a partir de superfícies textuarizada(Com várias nuanças de cores, como a pele de uma cobra) ou fosca. Superfícies lisas e polidas parecidas com espelhos também produzem reflexão especulares, nas quais a maior parte da luz é refletida num feixe. O brilho da luz do sol em panelas é um exemplo, mas há na natureza casos menos extremos de superfícies que produzem tanto reflexões difusas quanto especulares. Qualquer superfície que pareça brilhante, como determinada folhas e rochas ou uma calçada molhada, produz altas luzes especulares, do mesmo modo que substância cristalina, como o gelo, a areia ou a neve. Como todas essas cintilações são reflexões da fonte de luz, elas são bem mais brilhantes que uma área difusa, e podem emprestar uma sensação de brilho a uma fotografia. A menos que as áreas especulares sejam grandes, as reflexões difusas especulares se combinam e produzem a luminância difusa média lida pelo o fotômetro. Em termos práticos, em geral é melhor tentar direcionar o fotômetro para áreas que não contem cintilações fortes.

NOSSOS OLHOS SE ADAPTAM ÀS ALTERAÇÕES NA LUMINÂNCIA, MAS O ENTEDIMENTO DE QUE CERTO MATERIAL É BRANCO ESTÁ RELACIONADO COM A NOSSA PERCEPÇÃO DE SUA VERDADEIRA LUMINÂNCIA. Outra demonstração que vale apena estudar é uma cena ao ar livre com grande espectro de luz e sombras. Com um contraste tão grande, as áreas na sombra parecem baixas em luminância e contraste interno em comparação com áreas fortemente iluminadas. O olho faz essa avaliação automaticamente, ajustando nossa percepção dos extremos para luminância média de toda a cena.

Reflexão Difusa

Reflexão Especular

Entretanto, tente observar as áreas na sombra através de um canudo de papelão longo, imediatamente, essas áreas na sombra através de um canudo iram adquirir brilho e contraste elevado; formas e textura surgirão, aproximando-se do que experimentamos se estivéssemos dentro da área de sombra. O que vemos pelo o tubo é mundo luminoso daquela área. 80

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Escala De Cinza :: Variação Tonal :: Latitude É a relação entre branco e preto, ou seja, a variação de tons de pretos que vão se transformando até chegar ao branco. Poderíamos dizer que cada tom (intervalo de cor na escala de cinza) pode aumentar e diminuir, este fenômeno se chama Latitude, ou seja, a capacidade que um material fotossensível possui de perceber a variação tonal da escala de cinza. A representação da realidade através do suporte fotográfico se inicia através da representação preta e branca, a onde cada cor tem a sua representação em um tom de cinza correspondente na escala de cinza. É necessário algum esforço para aprender a enxergar um objeto colorido em termos de tons de Preto-e-branco (do mesmo modo que é preciso esforço para aprender a ver este mundo tridimensional em constante movimento como uma imagem bidimensional estática) criada por uma objetiva. Primeiro é preciso “sentir” o preto, o branco e as tonalidades de cinza que representarão cada área do objeto que temos diante nós usando, a princípio, um objeto composto de algumas áreas extensas de luminância diferentes. O fotografo aprende a identificar os tons da imagem, assim como o músico aprende a reconhecer o tom da música, e o pintor, as relações sutis entre cores. Pratica é fundamental! 1 - Escolha uma cena relativamente simples e procure nela uma região importante mais escura. Não parta de certezas absolutas: à primeira vista um eletrodoméstico negro pode parecer à coisa mais escura da cena, mas numa verificação mais cuidadosa, você pode descobrir áreas de sombra mais escuras que a superfície preta do eletrodoméstico. Na verdade, muitos objetos que aparecem pretos são cinza-escuro: O quadro negro das escolas, os chapéus e os gatos pretos não são pretos no sentido fotográficos, já que possuem substância e variedade tonal. Contra uma área de sombra profunda, como um buraco escuro, esses objetos pareceriam ser de um cinza bem escuro. Já numa área sem sombra mais profunda, eles podem muito bem passar por pretos na visualização e na cópia. Nesse ponto, é melhor considerar todos esses objetos “pretos”. Eles podem ficar totalmente pretos na cópia. 82

2 - Procure na cena uma região importante mais clara. Novamente esqueça as verdades absolutas. O objeto mais claro da cena pode ser um pano branco, mas o brilho de um metal polido tem muito mais intensidade do que uma superfície branca difusa, sob a mesma iluminação. Pergunta-se: - Se a “superfície de metal ”for uma colher de prata polida sobre uma toalha branca, a colher deverá se pronunciadamente mais brilhante que a toalha? 3 - Depois de treinar a observação dos tons extremos da escala de cinza, você pode começar a visualizar os tons médios da escala de cinza. Há também um ponto de referência fundamental no meio da escala, conhecido como cinzamédio, coloque o cartão (material escolhido para servir de balizador do branco ou preto padrão, que pode ser o material fotossensível – Papel ou Filme – já exposto a luz (velado) na frente do objetivo e compare seu tom com o tom do objeto. Observe que se você segurar o cartão perto de um objeto branco, depois perto de um escuro e a seguir entre os dois, o cinza assumirá aparência bem distintas. Nenhum tom mudou, mas as diferentes combinações criam efeitos subjetivos. O mesmo efeito acontece, com a combinação das cores. Por exemplo: Coloque uma folha verde ao lado de uma superfície vermelha e depois de uma superfície azul. As variações dos efeitos subjetivos são impressionantes, embora as cores não tenham sido alteradas. Essa experiência deixa claro que a aparência de uma área especifica depende não apenas de suas propriedades intrínsecas, mas da relação com os outros tons. É IMPORTANTE RECONHECER O VALOR DESSAS RELAÇÕES EM SUA VISUALIZAÇÃO. NUNCA É DEMAIS ENFATIZAR A IMPORTÂNCIA DE PRATICAR A CONSTANTE VISUALIZAÇÃO, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO OS PROBLEMAS DE TONS DA IMAGEM. É PRECISO APRENDER A VER INTUITIVAMETE COMO A OBJETIVA/CÂMERA VÊ E ENTENDER, E COMO OS MATERIAS FOTOSENSÍVEIS RESPONDEM. TRATA-SE DE UM PROCESSO ESTIMULANTE E COM UM GRANDE POTENCIAL CRIATIVO. 83


lusões Ópticas O que vemos não é a mesma coisa na qual pensamos que vemos. Se fosse possível registrar os impulsos nervosos saídos da retina, para produzir uma imagem eletrônica sem a ajuda do cérebro, eles produziriam pontos de luz desiguais e confusos. O cérebro pode dar sentido a essa massa de informação visual, e construir uma imagem reconhecível. Por exemplo, o cérebro ajusta as cores das coisas que nós vemos, sem termos consciência disso. Uma maçã ainda aparece com a mesma cor quando a vemos sob luz solar brilhante, ou na luz amarelada do anoitecer. As fotografias coloridas mostram que o que realmente aparece é bem diferente. O cérebro apenas falho no ajuste quando uma luz colorida muito brilhante incide sobre a maçã, como a iluminação a vapor de sódio. Estes alterações e ajustamentos contínuos significam que a parte consciente do cérebro é freqüentemente iludida, como as fotos coloridas podem provar. E é, esta t e n t a t i v a d e interpretação de imagens visuais, que pode pregar algumas peças ao olho, causadas por exemplo as ilusões visuais (ilusões ópticas). O cérebro tenta forçar alguma ordem em formas que podem ter várias interpretações diferentes. 84

Diferenças entre uma lâmpada fluorescente e uma lâmpada de néon Uma lâmpada de néon é um tipo de lâmpada que vemos sendo usada em sinalização de publicidade. Essas sinalizações são fabricadas com tubos de vidro longos e compridos. Esses tubos possuem vários formatos. Por exemplo, o tubo de uma lâmpada de néon pode ser usado para se montar uma palavra. Esses tubos emitem luz em diferentes cores. Por outro lado, uma lâmpada fluorescente é um tubo longo e reto que gera luz branca. Antes você via lâmpadas fluorescentes em escritórios, lojas e em alguns aparelhos domésticos, mas com a necessidade de economizar energia elétrica, essas lâmpadas ganharam novos formatos e agora são usadas para iluminar todos os ambientes de uma casa. A idéia por trás da lâmpada de néon é simples. Dentro do tubo de vidro, há um gás como neônio, argônio ou criptônio a uma pressão muito baixa. Nas duas pontas do tubo há eletrodos de metal. Quando você aplica alta tensão nos eletrodos, o gás neônio se ioniza e os elétrons passam através do gás. Esses elétrons excitam os átomos do gás neônio e fazem com que eles emitam a luz que podemos ver. O neônio emite luz vermelha quando energizado dessa forma. Outros gases emitem outras cores. Dentro de uma lâmpada fluorescente existe vapor de mercúrio à baixa pressão. Quando ionizado, o vapor de mercúrio emite luz ultravioleta. Os olhos humanos não percebem a luz ultravioleta, dessa forma, o interior de uma lâmpada fluorescente é recoberto com fósforo. O fósforo é uma substância que pode absorver energia de uma forma (por exemplo, energia de um elétron à alta velocidade de um tubo de TV) e emitir a energia na forma de luz visível. Em uma lâmpada fluorescente, o fósforo absorve a energia dos fotos ultravioleta e emite fotos visíveis. A luz que você vê de uma lâmpada fluorescente é a luz gerada pelo fósforo que recobre o interior do tubo (o fósforo fluoresce quando energizado, daí o nome). A luz de um tubo néon é a luz colorida que os átomos de neônio emitem diretamente. 85


Como funcionam os produtos fosforescentes? Encontramos objetos fosforescentes em todo lugar, mas o comum mesmo é vê-las em brinquedos. Existem ioiôs fosforescentes, bolas fosforescentes, celulares fosforescentes, etc. Se você já viu qualquer um desses produtos, sabe que todos eles precisam ser "carregados". Coloque-o contra ou debaixo uma luz e depois leva-lo para um local escuro. Lá eles brilharão por 10 minutos. Alguns dos novos produtos fosforescentes conseguem brilhar por várias horas seguidas. Em geral, tratase de uma tênue luz verde, não muito brilhante. Para conseguir percebê-la e necessário que estejamos em uma escuridão quase completa. Para gerar esse brilho, tem fosforosos em todos os produtos fosforescentes. Um fosforoso é uma substância que irradia luz visível depois de ter sido energizada. Os locais onde são mais comuns encontrarmos fosforosos são: as telas de TV ou monitores de computador e as lâmpadas fluorescentes. Na tela de uma TV, um feixe de elétrons atinge o fósforo e o energiza. Na luz fluorescente, uma luz ultravioleta é que energiza o fósforo. Em ambos os casos o que enxergamos é luz visível. A tela colorida de uma TV contém milhares de pequenos elementos de imagem com fósforo, que emitem três cores diferentes ( vermelho, verde e azul). No caso da luz fluorescente, o que normalmente existe é uma mistura de compostos contendo fósforo que juntos criam uma luz que parece branca aos nossos olhos. Foram criados por químicos, milhares de substâncias que se comportam como um fosforoso. Os fosforosos apresentam três características: a duração do brilho depois de terem sido energizados (conhecida como a persistência do fosforoso); a cor da luz visível que produzem e o tipo de energia necessária para energizá-los. Para a produção de um brinquedo fosforescente é necessário um fosforoso que se deixe energizar com luz normal e possua uma persistência bem longa. O sulfeto de zinco e o aluminato de estrôncio são dois fósforos que apresentam essas propriedades. Atualmente o aluminato de estrôncio é aquilo que você vê nos brinquedos "super" fosforescentes. Sua persistência é muito mais duradoura do que a do sulfeto de zinco. 86

É comum, às vezes encontrarmos produtos que brilhem sem nenhuma carga. Isso acontece com freqüência nos ponteiros de relógios de luxo. Nesses produtos o composto de fósforo é misturado a um elemento radioativo, cujas emissões radioativas energizam incessantemente o fósforo. Antigamente o elemento radioativo era o rádio, o qual possui uma meia vida de 1.600 anos. Hoje a maioria dos relógios luminescentes utiliza um isótopo radioativo do hidrogênio chamado trítio (cuja meia vida é de 12 anos) ou promécio, um elemento radioativo criado pelo homem com uma meia vida em torno de três anos.

Como funciona a luz negra A luz negra assemelha-se a uma lâmpada fluorescente ou incandescente normal, mas faz algo completamente diferente. Acenda uma e suas roupas brancas, dentes e várias outras coisas brilharão no escuro, enquanto que o bulbo propriamente dito emite apenas uma fraca luz roxa. Estes dispositivos estão por toda parte, nos clubes, museus de ciência, parques de diversão e quartos de adolescentes entre outros lugares, mas para a maioria das pessoas, é grande mistério. O formato de uma lâmpada de luz negra convencional é parecido com o de uma lâmpada fluorescente, com algumas modificações importantes. As lâmpadas fluorescentes geram luz, passando eletricidade através de um tubo cheio de gás inerte e uma pequena quantidade de mercúrio, ao energizá-los, os átomos de mercúrio emitem energia na forma de fótons de luz. Eles emitem alguns fótons de luz visível e emitem principalmente fótons no intervalo do comprimento de onda da ultravioleta (UV). As ondas de luz UV são curtas demais para que possamos enxergá-las, sendo completamente invisíveis. Desse modo, as lâmpadas fluorescentes precisam converter essa energia em luz visível. Elas fazem isso com um revestimento de fósforo ao redor do exterior do tubo. Os fosforosos são substâncias que emitem luz ou fluorescem quando expostos à luz. Quando um fóton atinge um átomo de fósforo, um dos elétrons do fósforo pula para um nível de energia mais alto, fazendo com que o átomo vibre e gere calor. 87


A luz negra assemelha-se a uma lâmpada fluorescente ou incandescente normal, mas faz algo completamente diferente. Acenda uma e suas roupas brancas, dentes e várias outras coisas brilharão no escuro, enquanto que o bulbo propriamente dito emite apenas uma fraca luz roxa.

Uma lâmpada fluorescente com um tipo diferente de revestimento de fósforo é denominada de luz negra tubular. Esse revestimento absorve as ondas curtas nocivas da luz UV-B(entre 280–320 nanômetros) e UV-C (antes de 280 nanômetros) e emite luz UV-A (entre 320–400 nanômetros), do mesmo modo que o fósforo em uma lâmpada fluorescente absorve a luz UV e emite luz visível.

Estes dispositivos estão por toda parte, nos clubes, museus de ciência, parques de diversão e quartos de adolescentes entre outros lugares, mas para a maioria das pessoas, é grande mistério.

O próprio tubo de vidro "negro" bloqueia a maior parte de luz visível, de modo que somente a luz UV-A de onda longa, que é benigna, e alguma luz visível azul e violeta passam por ele.

O formato de uma lâmpada de luz negra convencional é parecido com o de uma lâmpada fluorescente, com algumas modificações importantes. As lâmpadas fluorescentes geram luz, passando eletricidade através de um tubo cheio de gás inerte e uma pequena quantidade de mercúrio, ao energizá-los, os átomos de mercúrio emitem energia na forma de fótons de luz.

Uma lâmpada de luz negra incandescente é similar a uma lâmpada doméstica normal, mas usa filtros de luz para absorver a luz do filamento aquecido. Eles absorvem tudo, exceto a luz infravermelha e UV-A, além de uma pequena quantidade de luz visível. A luz negra pode ser encontrada em duas formas: de tubo e de bulbo.

Eles emitem alguns fótons de luz visível e emitem principalmente fótons no intervalo do comprimento de onda da ultravioleta (UV). As ondas de luz UV são curtas demais para que possamos enxergá-las, sendo completamente invisíveis. Desse modo, as lâmpadas fluorescentes precisam converter essa energia em luz visível. Elas fazem isso com um revestimento de fósforo ao redor do exterior do tubo. Os fosforosos são substâncias que emitem luz ou fluorescem quando expostos à luz. Quando um fóton atinge um átomo de fósforo, um dos elétrons do fósforo pula para um nível de energia mais alto, fazendo com que o átomo vibre e gere calor.

Nesses dois modelos de luz, a luz UV emitida reage com vários fosforosos externos exatamente do mesmo modo que a luz UV dentro de uma lâmpada fluorescente reage com o revestimento de fósforo. Os fosforosos externos brilham, enquanto a luz UV está brilhando sobre eles. Eles existem em vários lugares, nos dentes, unhas, tintas, tecidos e em outros muitos lugares. o que acontece com os olhos, ao verem a luz negra?

Quando o elétron retorna para seu nível normal, libera energia na forma de outro fóton. Esse fóton tpossui menos energia que o fóton original, porque parte da energia foi perdida na forma de calor. Em uma lâmpada fluorescente, a luz emitida está no espectro visível - o fósforo emite a luz branca que podemos ver. É por esse mesmo princípio que a luz negra funciona. Existem dois tipos diferentes de luz negra, mas eles funcionam basicamente do mesmo modo. 88

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Palavras Cruzadas 12 4

2

5

5. Considera-se como corpo _____________ todo corpo que emite luz própria. 14

8

P R E T O

6. O nome de nosso mascote, _____________, faz referência a um fluxo luminoso emitido em linha reta com capacidade de iluminação idêntica em todos os sentidos. 15

10 7

11 13

R E V E L AD O R

6

9

8. A _______________ se propaga em linha reta no vácuo. 9. O _______________ serve para ampliar negativos e positivá-los em papéis fotográficos ou para fazer positivos por contato.

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B R A N C O

7. A fonte inspiradora para o uso da manipulação da luz para constituir imagem está no artista _____________, que pintava iluminado por lamparinas ou muitas velas postas na aba do chapéu, produzindo efeitos de uma forte fonte de luz.

10. O processo de criar fotografias sem a necessidade de usar equipamentos específicos, chama-se _________________. 3

Aprendendo com distração Descubra a palavra para preencher o jogo de palavras cruzadas. 1. Os corpos ____________ não são atravessados pela luz. 2. A revelação do filme _____________ possui os mesmos princípios do Branco e Preto, mas pela grande variedade de filmes à venda, use sempre as soluções químicas especificadas pelos fabricantes.

11. A solução que retira os produtos químicos sensíveis à luz e possibilita a remoção total com lavagem em água corrente é _______________. 12. O Papel fotográfico no _________________ é ortocromático (propriedade de certas chapas fotográficas serem sensíveis a todas as cores, menos o vermelho). 13. Os haletos de prata que não forem afetados pela luz, situados na área de sobra da imagem, não são modificados pelo _________________. 14. A _______________ de sais de prata é sensível a luz e compõe uma das camadas do filme fotográfico. 15. _______________ é um ramo da filosofia que tem por objecto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte.

3. Depois de revelado o______________, ele é colocado no banho interruptor. 4. Embora seja comum se usar a palavra ótica em lugar de _____________ é bom saber que esta palavra vem do grego optyké, relativo a visão.

O que você aprendeu de novo? O que mudou na sua vida em relação ao curso de Revelação de Filmes? 1. O P A C O - 2. C O L O R I D O - 3. F I L M E - 4.O P T I C A - 5. L U M I N O S O - 6. L U M E N - 7. C A R A V A G I O - 8. L U Z 9. A M P L I A D O R - 10. P I N H O L E - 11. F I X A D O R - 12. P R E T O E B R A N CO - 13. R E V E L A D O R - 14. E M U L S A O - 15. ESTÉTICA

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Definições técnicas Anti-Estática É o nome dado ao material que não sofre ação da energia elétrica. Contraste O Contraste é a diferença dos tons da Cor cinza ,do branco até chegar na Cor Preta. Laptops (Acima do colo) Notebook (Livro de Notas) Laptops foram a 1ª geração de computadores portáteis, completos e com todos os aparatos necessários internos (drives de disquete, cd-roms...) por isso, maiores mais pesados. Notebooks eram a 2ª geração, mais leves, porém sem cd-roms e drives internos. Laptop é um computador transportável, que cabe no seu colo (lap). Ja um Notebook é um computador do tamanho aproximado de um caderno. Aqui no Brasil se usa as duas expressões mais ou menos com o mesmo sentido. Mas um lap é maior. Ou seja, todo Notebook é um Laptop, nem todo LapTop é um NoteBook. Li-Ion (Lítio Ion) Estas são consideradas as baterias mais eficientes atualmente. Uma bateria Li-Ion armazena aproximadamente o dobro de energia que uma NiMH do mesmo e quase três vezes a energia armazenada por uma NiCad. Estas baterias também não possuem efeito memória, mas infelizmente são as mais caras. Apesar disso, este é o tipo de bateria mais utilizado em notebooks atualmente. Níquel-Cádmio Este é o tipo de bateria recarregável menos eficiente usado atualmente. Uma bateria de Níquel Cádmio tem cerca de 40% da autonomia de uma bateria de Li-Ion do mesmo tamanho, é extremamente poluente e tem a desvantagem adicional de trazer o chamado efeito memória. O efeito memória é uma peculiaridade deste tipo de bateria que exige o descarregamento total das baterias antes de uma recarga, que também deve ser completa. Caso a bateria seja recarregada antes de se esgotar completamente suas células passam a armazenar cada vez menos energia. Em contrapartida, as baterias de níquel cádmio trazem como vantagens o fato de serem mais baratas e de serem as mais duráveis. Este tipo de bateria tem sua vida útil estimada em mais de 700 recargas (contra 400 recargas para as baterias de Li-Ion). Você encontrará este tipo de bateria tanto em celulares quanto em notebooks antigos. Polimérica Caracterização topográfica e estrutural de filmes poliméricos provenientes de acetileno (C2H2) depositados a plasma sobre substratos lisos e rugosos. Redes Colaborativas As redes colaborativas são redes de organizações, grupos e indivíduos, pertencentes a um setor da economia, que de uma forma altamente eficiente se constituem para atingirem objetivos comuns (normalmente de custo ou prazo de compras) de acordo com as oportunidades proporcionadas pelo mercado em que se inserem. Este tipo de meta-organização tem vindo a afirmar-se desde o fim da década de 90. Uma das características fundamentais é que se formam a partir de conjuntos de empresas e outras organizações com um grau elevado de afinidade, em particular pelo fato de se encontrarem geograficamente próximas. A viabilidade da existência de Redes Corporativas depende essencialmente das condições préexistentes nestes grupos de empresas, numa determinada região. Renderização Vem de renderizar que é um termo ou uma gíria nacional que vem do inglês render (renda, costura). Todo software de manipulação de imagem ou criação term que realizar esse processo, isso geralmente quando você esta "editando" um arquivo pesado, você tem que "renderizar" prá que você possa dar continuidade ao trabalho ou vê-lo no resultado final. Em sua, é um processo de codificação para transformações do vídeo. Software É um sistema de definição de códigos da máquina, traduzidos de códigos binários, que orienta as operações realizadas entre o sistema operacional e o programa usando pelo usuário (pessoa que utiliza o Software) Traduz o código binário e orienta as operações realizadas entre o sistema operacional e o usuário.

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Bibliografia BALAN, Willians Cerozzi. Iluminação para TV. Maringá, Departamento de Engenharia da Rede Paranaense de Televisão, 1984. BARTHES, Roland. Mitologias, DIFEL, 2003. BUSSELLE, Michael. Tudo sobre FOTOGRAFIA, Circular do livro S.A. CIVITA, Victor, (Ed.). Os Grandes Artistas. Editora Nova Cultural, 1986. DONDIS, Donis A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo, Martins Fontes, 1991. DURÁN, J.J. Iluminação para Vídeo e Cinema. São Paulo, 1993. EBERLE, Sérgio. Câmera, viewfinder e lente. Curitiba, Departamento de Engenharia da Rede Paranaense de Televisão, 1983. FARIA, Nelson. Sistema de TV. São Paulo, Departamento de Engenharia da Rede Globo, 1985. FARINA, modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. São Paulo, Editora Edgard Blücher, 1982. FINI, Carlos et DINIZ, Carlos Alberto. Câmera: aspectos técnicos. São Paulo, Departamento de Engenharia da Rede Globo, 1985. FISKE, John. Introdución al estudio de la comunicación. Colombia, Editoral Norma, 1984. GOMES NETO, José Carlos de Salles. Revista Meio & Mensagem, n.º 655 , 01/01/95, São Paulo, Editora Meio & Mensagem, 1995. KEMOL, Alberto. Composição da Imagem. Apucarana, apostila, s/d. NAKAYAMA, Joyme P. dos Santos. Princípios fundamentais do trabalho prático . de iluminação no estúdio de televisão e reportagens. São Paulo, Divisão de Ensino do Depto de Recursos Humanos da Rede Globo, 1981. PEIXOTO, Nelson Brissac. "Cinema e Pintura: a pintura, a fotografia, o cinema e a luz" In: Ismail Xavier (org.), O cinema no século. Rio de Janeiro, Imago Editora Ltda., 1996. PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente, 2º edição, Léo Christiano Editorial LTDA, 1980 HORIE, Ricardo Minoru. Utilizando o Adobe Photoshop 7, Editora Érica Ltda, 2003. SANTOS, Milton. Por uma outra Globalização do pensamento único à consciência universal. 9a edição, Rio de Janeiro, Editora Record, 2002. VILAS BOAS, Heloisa. Alfabetização: outras questões outras histórias. São Paulo. Ed Brasiliense, 1988. WATTS, Harris. On Câmera, Summus Editorial, 1990

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