Relatório Anual - Souza Cruz (2010)

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Relatório Anual 2010 Perfil Corporativo Visão do Negócio A Souza Cruz é um dos maiores grupos empresariais do País, líder nacional do mercado de cigarros e integrante da British American Tobacco (BAT), o mais internacional dos grupos de tabaco, presente em 180 países. Em 2010, exportou 93,2 mil toneladas de fumo e vendeu 71,9 bilhões de cigarros, obtendo a receita líquida de R$ 5,5 bilhões. A Companhia está entre os dez maiores contribuintes do País e, no ano, recolheu R$ 7,4 bilhões em tributos. A Souza Cruz está presente em todo o Brasil, com uma equipe de 7.100 colaboradores. Sua sede está localizada no Rio de Janeiro, e suas duas fábricas de cigarros situam-se em Uberlândia (MG) e Cachoeirinha (RS). Em Cachoeirinha, localizam-se o Regional Product Centre (RPC), responsável pelo desenvolvimento de produtos e análises químicas e físicas de tabaco e cigarros para a Souza Cruz e também para toda a Região Americas da BAT, e o Parque Gráfico, que produz as embalagens de cigarros com alto padrão de excelência, atendendo às constantes inovações da Empresa. A Companhia atua em toda a cadeia produtiva de forma verticalizada: da semente do fumo à distribuição dos cigarros nos pontos de venda. O processo tem início na produção das sementes de tabaco no Centro de Melhoramento de Fumo (CMF) da Souza Cruz em Rio Negro, no Paraná. O CMF desenvolve novas variedades de fumo, buscando melhoria da qualidade, da produtividade e maior resistência a pragas e doenças. A Souza Cruz conta, ainda, com Usinas de Processamento nas principais regiões produtoras de tabaco, em Santa Cruz do Sul (RS), Blumenau (SC), Rio Negro (PR) e Patos (PB). Estas usinas ajudam a garantir a qualidade do fumo que abastece as fábricas e é exportado para mais de 40 países nos cinco continentes. A atuação da Souza Cruz gera milhares de empregos em sua cadeia de valor e integra a atividade de 40 mil produtores de fumo, que trabalham no Sistema Integrado de Produção, que provê acesso facilitado a sementes e insumos, além de assistência técnica em todo o processo produtivo. A rede de distribuição da Companhia hoje conta com aproximadamente 260 mil varejistas, atendidos por cerca de 3,5 mil colaboradores. A Souza Cruz oferece ao consumidor adulto marcas com alto padrão de qualidade. As principais são: Dunhill, Free, Lucky Strike, Vogue, Hollywood e Derby.


Confira no mapa a presença nacional da atuação da Souza Cruz:

A atuação da Companhia não se restringe ao território nacional. Desde 1995, a Souza Cruz detém 50% da Brascuba, uma joint venture com o governo cubano para a produção e exportação de cigarros. A Brascuba detém cerca de 99% de participação do mercado em divisas estrangeiras, estimado em cerca de 13 bilhões de cigarros por ano, e é considerada uma das cinco empresas mistas mais bem-sucedidas naquele país, segundo o governo cubano. Em 2002, A Souza Cruz constituiu, em parceria com a Ambev, o Agrega, uma empresa de inteligência de compra que visa obter ganhos de escala na aquisição de materiais e serviços não específicos. Desde a sua fundação, o Agrega passou a prestar serviços a outras grandes empresas do cenário nacional. Em 2009, a iniciativa foi multiplicada para uma expansão internacional, uma joint venture entre BAT e ABInBev, o Agrega Global.


Princípios de Negócio Princípio do Benefício Mútuo Tendo como direção principal agregar valor para os acionistas a longo prazo, a Souza Cruz compreende e considera as necessidades de todos os segmentos da sociedade que influenciam direta ou indiretamente os negócios da Empresa. Princípio da Gestão Responsável do Produto Os produtos da marca Souza Cruz são desenvolvidos, manufaturados e comercializados de forma responsável, atendendo à legislação vigente e à demanda do consumidor adulto fumante com relação a um produto lícito cujo consumo está associado a riscos. Princípio da Boa Conduta Empresarial O sucesso do negócio traz consigo a obrigação de altos padrões de comportamento e a integridade em tudo o que a Companhia faz e onde opera. A Souza Cruz tem o compromisso de atuar de forma responsável, nos âmbitos social e ambiental, junto à sua cadeia produtiva e à sociedade em geral.

QuickView 40 mil produtores rurais integrados 260 mil pontos de venda 7,1 mil colaboradores 240 mil empregos gerados na cadeia produtiva 93,2 mil toneladas de fumo exportadas 71,9 bilhões de unidades de cigarros vendidos 62,3% de participação de mercado R$ 1,4 bilhão de lucro líquido R$ 7,4 bilhões em tributos sobre as vendas R$ 1,4 bilhão em remuneração aos acionistas 3 parques ambientais 96% de resíduos reciclados 60% da matriz energética renovável 85% das emissões de carbono neutralizadas e o restante compensado por práticas ambientais em áreas de preservação, parques ambientais e reflorestamento mantidos pela Companhia


Demonstração do Valor Adicionado (DVA) O cálculo do DVA objetiva demonstrar o desempenho socioeconômico de uma empresa, informando sobre a riqueza criada e a forma como foi distribuída. Em 2010, a Souza Cruz gerou um valor adicionado consolidado de R$ 10 bilhões, 13,4% superior ao de 2009 (R$ 8,8 bilhões) (vide gráficos).

2009 6,1% Colaboradores

0,4% Financiadores 0,6% Reinvestimento

16,2% Acionistas

76,7% Governo

2010 13,3% Acionistas 5,7% Colaboradores 0,6% Financiadores 1,2% Reinvestimento 79,3% Governo


Mensagem do Presidente

O ano de 2010 apresenta o nosso avanço quanto à consolidação da nossa estratégia suportada nas alavancas estratégicas – Crescimento, Produtividade, Responsabilidade, e Organização Vencedora –, fortemente respaldadas pela alta capacidade de execução de nossos talentos. O ano foi marcado pela inovação nas ofertas em grande parte das marcas de nosso portfólio. Destaco o sucesso da nova plataforma da marca Free, o ineditismo da versão Click&Roll de Lucky Strike, e a consolidação da marca Dunhill no Brasil, que contribuem para qualificar o resultado dos segmentos Premium e Internacional no mercado brasileiro. As inovações em nosso portfólio, aliadas às diversas ações realizadas com os varejistas e aos investimentos na nossa força de logística e distribuição,, contribuíram para consolidar nossa liderança de mercado com 62,3% de participação e 71,9 bilhões de cigarros comercializados. Essa liderança de mercado é pautada por uma atuação responsável da Souza Cruz em todas as suas atividades. Nesse sentido, é importante destacar nosso programa de sustentabilidade voltado ao pequeno varejo, com nosso suporte a boas práticas de gestão e apoio a campanhas de conscientização à proibição de venda de cigarros para menores de 18 anos. Ainda no ambiente do mercado de cigarros, cabe ressaltar que o mercado ilegal continua afetando fortemente a sociedade, com impactos negativos adicionais decorrentes da elevação da carga tributária. A ilegalidade acaba gerando um efeito perverso na sociedade, por deixar de arrecadar impostos, diminuir a geração de empregos e promover uma competição desleal com a indústria que cumpre com suas obrigações fiscais. Além disso, o preço muito mais baixo do produto ilegal é um estímulo ao jovem e ao público de menor poder aquisitivo a adquirir produtos que não foram submetidos aos controles sanitários exigidos por lei. Faz-se importante ressaltar que o cigarro brasileiro está entre os mais caros do mundo. No segmento tabaco, maximizamos os resultados através da contínua melhoria da qualidade de nosso fumo e gestão financeira eficaz, em que pese a forte valorização do real em 2010. Aliado a isso, houve a ampliação de ações direcionadas ao desenvolvimento sustentável do produtor rural e de sua propriedade, visando fortalecer, cada vez mais, o sistema integrado de produção.


Ainda no que se refere ao desenvolvimento sustentável, a Souza Cruz tem implementado ações que demonstram sua responsabilidade e preocupação com o meio ambiente. Há como exemplos disso a publicação do nosso balanço de emissões de carbono, que assegura que 85% de nossas emissões são neutras, sendo o restante compensado por ações de preservação ambiental, bem como nossas boas práticas na gestão da utilização da água, como o reuso de 100% dos efluentes líquidos da fábrica Uberlândia, e o fato de 59% de toda água consumida na Unidade de Cachoeirinha ser proveniente de água de chuva. Com relação à gestão de talentos, o ano de 2010 foi marcado por forte atuação no desenvolvimento de liderança e suas respectivas competências, garantindo a prática de nossos valores, a cultura de alta performance, e o ambiente de trabalho adequado para alcançarmos nossa visão. Ao concluir esta mensagem, expresso a certeza de que seguiremos investindo firmemente neste país, como fazemos há mais de um século. Construir a nossa sustentabilidade junto com o Brasil, em um ambiente de diálogo democrático e de regulamentação equilibrada, sempre será motivo de orgulho e motivação para os milhares de integrantes da nossa cadeia produtiva e para o nosso grupo de colaboradores.

Dante João Letti Presidente


Crescimento A Souza Cruz encerrou 2010 com 62,3% de participação no mercado, 0,3% acima do desempenho de 2009, e o faturamento proveniente da venda de cigarros cresceu para R$ 3,8 bilhões, 4% superior aos R$ 3,65 bilhões apurados no ano anterior, com destaque para o expressivo crescimento das marcas do segmento Premium, como Free, Dunhill e Lucky Strike. Além disso, continuou implementando diversas iniciativas no segmento Value for Money, a fim de aumentar sua competitividade no mercado e defender volume e market share em face da pressão do mercado ilegal de cigarros. Essas ações contribuíram para a Companhia atingir o volume de 71,9 bilhões de cigarros comercializados em 2010, 1,2% inferior aos 72,8 bilhões vendidos em 2009. O desempenho pode ser considerado excelente, dado o crescimento no preço médio dos cigarros para compensar o aumento de impostos ocorrido em 2009. As exportações de fumo totalizaram 93 mil toneladas, 17,8% inferior ao ano anterior em função dos cronogramas de embarques dos clientes e do efeito das movimentações recentes de verticalização no processo de produção de fumo. As receitas de exportação de fumo da Companhia totalizaram R$ 1.039,0 milhões (R$ 1.248,0 milhões no mesmo período de 2009), tendo sido impactadas pela apreciação do real em relação ao dólar (12% em 2010). Um melhor mix de produtos exportados garantiu, entretanto, um acréscimo de 14,5% nos preços praticados em dólar.

Desempenho das Marcas O ano da Souza Cruz foi marcado por um importante conjunto de inovações, que resultou em lançamentos inéditos no mercado. O constante investimento em modernização de seu parque industrial e na capacitação de seus colaboradores permitiu que a Companhia criasse novidades, formatos e versões para atender às expectativas do consumidor adulto fumante. Essa postura confirma a estratégia de desenvolver produtos de alta qualidade e liderar o mercado no segmento Premium. Merece destaque o desenvolvimento de cigarros em formato nano (mais finos, práticos e fáceis de levar), uma tendência introduzida no mercado em 2009 por Dunhill e que teve desdobramentos, com novas misturas de fumos, como as variações Master Blend (Dunhill Nanocut Red) e Swiss Blend (Dunhill Nanocut Black).


Além disso, ao longo do ano, o consumidor pôde experimentar edições limitadas, como o Dunhill My Mixture, feito à base de tabacos vindos de outras regiões do mundo. A migração da marca Carlton para Dunhill, iniciada em 2008, foi definitivamente concluída em 2010, e o nome Carlton passou a constar em apenas uma das versões da marca: Dunhill Carlton Blend. Outro bom exemplo do ímpeto inovador da Companhia foi o lançamento de Lucky Strike Click&Roll, com uma cápsula de mentol no filtro que pode ser clicada a qualquer momento para um sabor refrescante. A utilização desta tecnologia permite o benefício da escolha de converter um produto não mentolado em produto mentol e tornouse referência para outros mercados ao redor do mundo, com resposta positiva dos consumidores. A marca Vogue, outro destaque em cigarros mais finos no segmento Premium, também criou novas embalagens para as versões Bleue, Lilás e Menthe, com acabamento em relevo e metalizado. As inovações do ano não se restringiram ao segmento Premium. A Souza Cruz se adequou para atender os consumidores das classes C, D e E, cada vez mais exigentes e atentos, e buscou oferecer diferentes opções de acordo com cada região, sintonizadas com a geografia do Brasil. Ao agregar valor às suas marcas mais populares, a Companhia deixa ainda mais nítida para o consumidor a diferença entre seus produtos e aqueles ofertados pelo mercado ilegal. Derby apresentou nova plataforma de marca, com visual mais atual e imagens que remetem ao espírito do Brasil, com o conceito ”Derby, paixão de ser brasileiro”. As quatro versões de Derby ganharam novos nomes: Azul Autentico, Prata Brilhante, Vermelho Vibrante, Verde Marcante. Também em 2010, Derby Exclusivo, produzido com uma mistura equilibrada de tabacos selecionados, exclusiva do Brasil, trouxe elementos da Região Sul para sua embalagem, na cor amarela. Sucesso há quase oito décadas e a terceira marca de cigarros mais vendida no Brasil, Hollywood se renovou com mudanças na embalagem e uma nova plataforma de comunicação. O conceito “Sabor sem fronteiras” ganhou novo design, sem alterar o sabor. Eis o desempenho das principais marcas da Souza Cruz em 2010: • Dunhill – Apresentou desempenho positivo em 2010 e encerrou o ano com uma participação de 7,4% no mercado total. Na comparação entre os períodos, houve crescimento de 0,3 p.p., o que demonstra a forte resiliência da marca ao aumento de preços.


• Free – Teve performance excepcional em 2010 e sua participação no mercado total cresceu 0,5 p.p. em relação a 2009, tendo atingido 9,9% no fechamento do ano. As ações de marketing, associadas à nova plataforma da marca, lançada no segundo semestre de 2009, têm contribuído de forma significativa para esse desempenho. • Hollywood – Sua participação no mercado total encerrou 2010 com 9,8%, 0,6 p.p. inferior a 2009, em consequência da maior atratividade do comércio ilegal de cigarros, sobretudo após os aumentos de preços, em virtude da elevação de impostos. • Derby – Atingiu um volume de vendas de 32,5 bilhões de cigarros em 2010 e sua participação no mercado total foi de 28,1%, inferior à de 2009 em 0,2 p.p. Essa redução está associada diretamente às pressões exercidas pelo comércio ilegal de cigarros. • Lucky Strike – Apresentou excelente desempenho em 2010 em função do desenvolvimento de atividades de marketing no segmento FullFlavor e, principalmente, em decorrência do lançamento da versão Click&Roll. O volume comercializado em 2010 atingiu 727 milhões de unidades, 42% superior ao verificado em 2009. Lucky Strike Click&Roll já representa 40% do mix da família. • Vogue – Em 2010, a marca se consolidou no seu segmento como resultado da ampliação de sua distribuição. O volume e a participação de mercado se mantiveram praticamente em linha com aqueles verificados em 2009.

Trade Marketing e Distribuição Para atender com maior eficiência às demandas do mercado, a Souza Cruz ajustou seus processos de venda e distribuição a partir de uma ampla revisão de sistemas. Deste modo, conseguiu não só obter maior eficiência e competitividade, mas também reduzir custos da ordem de R$ 25,2 milhões/ano, reinvestidos na área de Trade Marketing e Distribuição. Atualmente, conta com uma equipe de 3,5 mil colaboradores que funcionam como “embaixadores” da Companhia, dedicados ao atendimento de 260 mil estabelecimentos em todo o País. Este time apresenta aos varejistas ferramentas e serviços, tais como capacitação de seus times, conhecimento de questões tributárias e técnicas de vendas, auxiliando-os a acompanhar o ritmo de inovação do segmento e transformando um relacionamento transacional em um engajamento relacional. Um bom exemplo é o Clube +, que oferece benefícios à rede de varejos Souza Cruz, por meio de acordos com diversas empresas que fornecem aos varejistas produtos a preços promocionais e com formas de pagamento diferenciadas.


Outra ferramenta importante é a revista Mais Varejo. Distribuída trimestralmente a todos os varejistas, ela apresenta informações relevantes ao seu negócio, como dicas de gestão financeira, recursos humanos e negócios, além de orientações sobre atitudes responsáveis, comprometidas com a sustentabilidade do varejo, como a conscientização sobre a proibição da venda de cigarros a menores de 18 anos. A Campanha de Conscientização sobre a Proibição da Venda de Cigarros para Menores de 18 anos, implementada em dezembro de 2009 e que atingiu cerca de 1,8 milhão de pessoas, gerou benefícios: pesquisa realizada no final da campanha, em 2010, apontou um expressivo aumento de varejistas que tomaram conhecimento da legislação e se sentiram mais embasados para negar a venda a menores de idade.

Preço, Tributação e Concorrência Desleal De acordo com estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), por conta da alta carga tributária, o cigarro brasileiro posiciona-se entre os cinco mais caros do mundo. Este fato torna bastante lucrativa a venda de cigarros contrabandeados, falsificados ou, ainda, fabricados no Brasil mas comercializados sem o devido pagamento de tributos, a preços inferiores ao praticado pelo mercado legalizado, gerando perdas de arrecadação para as esferas governamentais, reduzindo investimentos sociais e empregos que seriam gerados se a ilegalidade não estivesse presente. A apreciação do real verificada em 2010 favoreceu o contrabando ainda mais. O Paraguai é a principal fonte dos cigarros contrabandeados que entram no Brasil. O país produz anualmente cerca de 60 bilhões de cigarros - 20 vezes o seu consumo interno -, que são em grande parte contrabandeados para países da América do Sul. Estimase que, anualmente, cerca de 21 bilhões de cigarros produzidos no Paraguai entram ilegalmente no Brasil. As autoridades brasileiras vem tomando medidas importantes no sentido de coibir o contrabando, e, em 2010, os cigarros apreendidos e destruídos pela Receita Federal somaram R$ 96,1 milhões¹, valor 41% maior que o registrado em 2009. Dados da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) indicam que apenas no mercado de cigarros a perda de receita é de aproximadamente R$ 2 bilhões ao ano, com a prática ilícita correspondendo a mais de 26% do segmento. Esse dinheiro seria suficiente para construir cerca de 40 mil casas populares, sem falar em novos empregos e investimentos para o país. Além disso, o produto ilegal não passa pelos controles sanitários dos órgãos competentes. A Souza Cruz vem apoiando o poder público em ações que visem melhorar o ambiente de negócios, combater o mercado ilegal e reduzir o espaço para a prática da concorrência desleal.


O Scorpios (Sistema de Controle de Rastreamento da Produção de Cigarros) tornou-se ferramenta fundamental no combate da ilegalidade do setor. Com a inserção de selos fiscais nos maços do produto, a Receita Federal monitora online a fabricação de produtos e os valores de impostos devidos. Outra iniciativa que merece destaque é a implantação da Nota Fiscal Eletrônica, que agilizou a detecção e a tomada de medidas contra empresas que sonegam tributos e se consolidou como uma prática de mercado. A Souza Cruz é cofundadora do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), que estimula a prática de ações que evitem desequilíbrios concorrenciais causados pela ilegalidade. ¹

Fonte: Site da Receita Federal do Brasil http://www.receita.fazenda.gov.br/DestinacaoMercadorias/DestruCigarros/default.htm

Links Relacionados: ETCO: www.etco.org.br Fundação Getulio Vargas: www.fgv.br Receita Federal do Brasil: www.receita.fazenda.gov.br


Produtividade Reunir os melhores talentos, operando os mais modernos sistemas para desenvolver e entregar produtos de qualidade ao consumidor adulto, através de um modelo de logística e distribuição capaz de atingir pontos de venda em todo o Brasil, de forma responsável com o meio ambiente e comprometida com o desenvolvimento local nas comunidades onde atua. Esta é a filosofia da Souza Cruz, que busca, ainda, otimizar seus recursos em todas as fases da cadeia de valor, obtendo resultados com o menor custo. Na área de Fumo, o grande destaque de 2010 foi a consolidação da Plataforma Produtor Rural Sustentável, com avanços nos três pilares (econômico, social e ambiental), visando especialmente à maximização do uso da propriedade rural como negócio sustentável, à contribuição para a erradicação da mão de obra de crianças e adolescentes, e à melhoria socioambiental nas propriedades rurais integradas. A Companhia entende que o produtor precisa ter rentabilidade para reinvestir no seu desenvolvimento e de sua propriedade, obtendo boa qualidade de vida e cuidando do meio ambiente. Neste sentido, é de fundamental importância o trabalho dos orientadores agrícolas e dos técnicos de pesquisa da Souza Cruz, que atuam no treinamento dos produtores integrados, buscando maior produtividade, associada à preservação do solo e do meio ambiente. A inclusão digital no campo e a oportunidade de educação aos jovens rurais vêm sendo altamente estimuladas pela Companhia, por meio de programas como Computador Social e o Projeto Saber, que também contribuem para a erradicação da mão de obra infantil em atividades de contraturno escolar. Além de programas sociais, conscientização e ferramentas oferecidas no campo para viabilizar a sustentabilidade das famílias e as oportunidades ao jovem, a Souza Cruz estabelece que produtores que utilizam mata nativa ou mão de obra infantil deixam de ser elegíveis como seus fornecedores. Na área Industrial, o grande destaque de 2010 foi a capacitação da área de Operações para atender à estratégia da Souza Cruz de superar as expectativas dos consumidores através da diferenciação e de produtos de alta qualidade. Para que esta estratégia se realize, são necessárias: revisão permanente de processos, implantação de sistemas, inovações, preparação e valorização de recursos humanos. A produção de cigarros com cápsulas e em versão nano, por exemplo, foi possível graças ao investimento em novas máquinas e à gestão integrada de todo o processo industrial, além da interface com as demais áreas da Empresa. Assim, foi possível viabilizar essas inovações e garantir o mais alto padrão de qualidade (desde 2004, o número de reclamações no SAC da Companhia vem caindo progressivamente: saiu de 35 para o recorde de 8 reclamações/bilhão de cigarros.


Conheça, a seguir, os detalhes de todo o processo produtivo da Souza Cruz: Sistema Integrado de Produção de Fumo O Sistema Integrado de Produção de Fumo, implantado em 1918, garante que a Souza Cruz obtenha, com a máxima qualidade e sustentabilidade, sua principal matéria-prima para a composição de seus produtos. Pioneiro no mundo e exemplo para vários outros ramos do agrobusiness, o Sistema garante ao produtor assistência técnica em todas as fases da cultura, do fornecimento de insumos para o plantio a recomendações sobre boas práticas agrícolas e preservação ambiental, além de acompanhamento periódico em todo o processo de produção. A orientação da Souza Cruz a seus produtores integrados inclui o incentivo à diversificação de atividades, Além de melhorar a produtividade do agricultor, esta postura contribui para que ele faça correto uso do solo e de outros recursos, garantindo a qualidade de seu produto e a maximização do uso da sua propriedade. Na conclusão do processo, a Companhia se compromete em contrato a comprar toda a safra de fumo a um preço previamente negociado. Esta relação beneficia tanto o produtor rural quanto a Souza Cruz: o primeiro tem a garantia do recebimento dos insumos adequados e da assistência técnica apropriada para que tenha a melhor produção e o melhor rendimento possível; e a Souza Cruz tem a certeza de seu suprimento de fumo e a rastreabilidade do produto que será consumido. Pesquisa e Tecnologia de Fumo – PTF O ciclo produtivo da Souza Cruz tem início com a produção das sementes utilizadas pelos produtores rurais integrados à Companhia. Desde 1988, isto ocorre no Centro de Melhoramento de Fumo (CMF), em Rio Negro, no Paraná, onde também funciona, há 50 anos, uma das Usinas de Processamento de Fumo da Companhia, que desenvolve cultivares melhorados sem uso de transgenia, que são sementes testadas e aprovadas, prontas para comercialização. Além das sementes melhoradas, pesquisas em diversas áreas da agronomia, como controle de pragas e doenças, manejo de solo, fertilizantes, colheita e cura, e uso de melhores práticas agrícolas, geram recomendações que formam o Pacote Tecnológico de Produção de Fumo, garantindo maior produtividade e qualidade, e aumentando a renda dos produtores rurais integrados da Souza Cruz de forma sustentável. Para desenvolver este trabalho, a área de Pesquisa e Tecnologia de Fumo mantém parcerias com fornecedores, empresas públicas de pesquisa e universidades de renome nacional e internacional, buscando constantemente novidades científicas que possam ser utilizadas no Programa de Melhoramento. A atuação da área de PTF possibilitou que o cultivo de fumo ficasse entre os que menos


utilizam agroquímicos no País e que a Souza Cruz fosse a primeira empresa do Brasil a ter sementes certificadas pelo Sistema Oficial de Certificação de Sementes, reiterando a confiabilidade de seus produtos. Ao longo de mais de 35 anos de inovação, a área desenvolveu a tecnologia Float de produção de mudas, com eliminação do uso de brometo de metila; desenvolveu e patenteou no Brasil o modelo de estufa Loose Leaf, que reduziu a mão de obra e o uso de lenha na cura do fumo; adaptou a tecnologia de irrigação por gotejamento para uso em tabaco, de forma pioneira no mundo; e, através do Projeto BATech (Best Agronomical Techniques), promoveu, em mais de 140 seminários para 10 mil produtores integrados da Souza Cruz, a adoção das melhores práticas para plantio direto e cultivo mínimo. Usinas de Processamento de Fumo Uma vez colhido e curado pelos agricultores, o fumo é processado antes de ser encaminhado às fábricas para a produção de cigarros ou exportado. A Souza Cruz conta com Usinas de Processamento nas principais regiões produtoras de tabaco, em Santa Cruz do Sul (RS), Blumenau (SC), Rio Negro (PR) e Patos (PB). Em paralelo a todas as etapas de processamento, o controle de qualidade realiza testes para direcionar o processo e assegurar o atendimento às especificações dos clientes. Unidades Industriais Cachoeirinha Em Cachoeirinha (RS), encontra-se uma das fábricas da Souza Cruz, um dos mais modernos complexos industriais. Inaugurada em 2003, garante altos níveis de produtividade a baixos custos e pode produzir até 30 bilhões de cigarros por ano. Operando em capacidade máxima desde a sua fundação, a Fábrica pode se expandir até chegar à produção de 100 bilhões de cigarros ao ano. Cachoeirinha também abriga o moderno Regional Product Centre Americas (RPC), instalado em 2007, que cuida de todas as etapas da criação de novas marcas, centralizando as pesquisas científicas e o desenvolvimento de produtos e suas inovações para a Souza Cruz e também para toda a Região Americas da BAT. O ano de 2010 marcou a consolidação do Parque Gráfico, que reverteu em produtividade os investimentos realizados para sua implementação. O Parque Gráfico de Cachoerinha, transferido do Rio de Janeiro para a Região Sul em 2009, ocupa uma área de 20 mil m² e utiliza tecnologia de última geração. Atualmente, fabrica 180 tipos de produtos, como embalagens, estojos, rótulos, ponteiras, pacotes e forros. A concentração destas unidades na região assegura maior eficiência operacional, integração logística da cadeia de produção e aumento de produtividade da Souza Cruz.


Uberlândia A fábrica de Uberlândia é a maior da América Latina no gênero e campeã em volume de produção em todo o Grupo BAT, sendo responsável por 30% de toda a produção na Região Americas. Em operação desde 1978, produz 43 bilhões de cigarros por ano, com alta capacidade de lidar com as necessidades de inovação da Companhia. Bons exemplos são a nova encarteiradora, que permitiu o lançamento de diferentes versões de Free e Dunhill, e a tecnologia que assegura a produção do pioneiro Lucky Strike Click&Roll, com cápsula de mentol em seu filtro. A inovação tecnológica passa pela preocupação com o meio ambiente. Desde a sua fundação, a Fábrica conta com uma estação de tratamento de efluentes. Hoje, 100% da água utilizada é tratada e reutilizada sem devolução de esgoto para o meio ambiente. Leia mais no capítulo Responsabilidade. Brascuba A Brascuba – a mais moderna fábrica de cigarros de Cuba – completou 15 anos em 2010. Fruto de parceria entre a Souza Cruz e a União de Empresas de Tabaco de Cuba (Tabacuba), a empresa possui 300 funcionários e administração compartilhada por cubanos e brasileiros. É responsável pela produção e comercialização das marcas de cigarros Popular, H. Upmann, Romeo y Julieta, Cohiba, Hollywood e Lucky Star, e exporta para mais de 20 países. Trata-se de uma parceria com benefícios mútuos: a Souza Cruz teve a oportunidade de entrar num mercado promissor, e Cuba ganhou mão de obra capacitada e produtos de alta qualidade, substituindo importações e gerando divisas via exportação. O mercado cubano representou aproximadamente 12,7 bilhões de unidades de cigarros em 2010, dos quais cerca de 1,7 bilhão foi comercializado pelo mercado em divisas estrangeiras, onde a Brascuba detém cerca de 99% de participação.


RESPONSABILIDADE “Fomentar o empreendedorismo e a educação para a Sustentabilidade em toda a cadeia de valor, de forma alinhada com nossa essência e nossos princípios de negócios”. Esta é a estratégia de sustentabilidade da Souza Cruz, uma prioridade na condução de suas atividades. Por isso, a Companhia se antecipa e vai além das simples obrigações legais, atuando de forma socialmente responsável com seus colaboradores, parceiros, consumidores, investidores, governo e sociedade. A Souza Cruz implementa esta estratégia por meio de projetos realizados em quatro plataformas de atuação, que contemplam toda a sua cadeia de valor: Produtor Rural Sustentável, Companhia Sustentável, Varejo Sustentável e Sociedade Sustentável. Considerando, ainda, a educação para a Sustentabilidade, o Instituto Souza Cruz potencializa os territórios rurais, contribuindo para o empreendedorismo do jovem rural.

Produtor Rural Sustentável Jornada Escolar Ampliada Investimento, por meio de incentivos fiscais e através do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), em projetos que tenham por objetivo melhorar a qualidade do Ensino Fundamental e oferecer alternativas de ocupação e entretenimento educativo a crianças no contraturno escolar. Com isso, a Souza Cruz busca contribuir para a manutenção de crianças e adolescentes nas escolas e para a erradicação da mão de obra infantil. Em 2010, foram investidos cerca de R$ 2 milhões em 31 projetos dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente dos estados do Sul. Projeto Saber Este projeto oferece financiamento de computadores a produtores rurais integrados, sendo 50% do valor subsidiado pela Souza Cruz, visando proporcionar inclusão digital e acesso ao conhecimento no meio rural. Em 2010, 2 mil produtores foram beneficiados, atingindo o marco de 4 mil produtores beneficiados desde a criação do programa, em 2009. Computador Social Criação de núcleos de informática em escolas do meio rural, por meio da doação de computadores recondicionados da Souza Cruz e de parcerias com sindicatos, prefeituras e federações. Esta iniciativa é uma ferramenta complementar para a manutenção de crianças e adolescentes nas escolas. Em 2010, foram doados 298 equipamentos de informática (desktops, notebooks e impressoras), atendendo a 46 municípios em seis estados (RS, SC, PR, SP, RJ e PE).


Propriedade Sustentável Este projeto visa ao desenvolvimento sustentável da pequena propriedade rural, por meio de capacitação e treinamento dos produtores rurais integrados, tendo como base a capacitação do produtor em aspectos como gestão financeira e respeito às questões socioambientais. É desenvolvido em parceria com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Federação dos Trabalhadores Rurais do Estado do Paraná (Fetaep), Emater e Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul (Fetag). Em 2010, 110 famílias dos três estados do Sul participaram do programa. Amigos da Mata Nativa Esta iniciativa conta com a atuação dos orientadores agrícolas para conscientizar os produtores integrados e disponibiliza recursos financeiros para a aquisição de lenha reflorestada e de mudas de eucalipto para reflorestamento. Em 2010, todos os produtores integrados de tabaco curado em estufa foram atendidos pelo programa.

Companhia Sustentável Fonte de energia renovável A Souza Cruz possui três áreas dedicadas ao reflorestamento: a Fazenda Boa Vista (RS), a Fazenda Triângulo (SC) e a Fazenda Buriti da Prata (MG). As florestas fazem parte de um investimento em reflorestamento que tornou a Empresa autossustentável em lenha, uma fonte de energia renovável. Além disso, é utilizado pó de fumo, gerado no processo produtivo do cigarro, para geração de energia das fábricas. Outra iniciativa é a utilização de veículos movidos a gás natural e biocombustíveis (flex) na frota do Departamento de Fumo e da equipe de Vendas e Distribuição de cigarros. Em 2010, 391 toneladas de pó de fumo foram utilizadas para a geração de energia. O início da operação de um novo tipo de queimador de pó de fumo na unidade de Blumenau, que funcionará a plena carga em 2011, aumentará ainda mais a possibilidade de utilizar este resíduo como fonte de energia renovável. Reciclagem de resíduos A Souza Cruz realiza uma avaliação sistemática e contínua dos resíduos gerados em todas as unidades da Empresa para identificar áreas de oportunidade de reciclagem. Em 2010, a Companhia alcançou a marca de 96% de reciclagem de todos os resíduos gerados. Tratamento de esgotos e efluentes líquidos A Souza Cruz busca continuamente alternativas de reúso dos esgotos e efluentes líquidos tratados em suas unidades. As fábricas contam com estações de tratamento de efluentes líquidos, e todos os resíduos são destinados a processos de reciclagem, reutilização e/ou compostagem. Em alguns casos, o tratamento de efluentes líquidos já torna a água adequada


para utilização em sistemas de refrigeração, rega, lavagem de pisos e outros usos que não exigem água potável. Além disso, iniciativas como captação de água de chuvas e reutilização têm contribuído para reduzir o consumo de água nas operações. Em 2010, a Companhia reduziu seu consumo de água em 6% frente ao ano anterior. A geração de esgoto é 100% tratada e também foi reduzida. Cerca de 30% do esgoto tratado foi reutilizado nas dependências da Companhia. Gestão de mudanças climáticas – Balanço de carbono Em 2008, em estudo pioneiro no setor, a Souza Cruz iniciou o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa em sua cadeia produtiva. Esse estudo é assegurado e publicado anualmente. Em 2010, a Companhia publicou o balanço de carbono de 2009, que demonstra que 85% das emissões da Souza Cruz foram neutras na base, e os 15% restantes foram compensados pelas árvores plantadas e/ou preservadas nas áreas de preservação, parques ambientais e reflorestamentos mantidos pela Empresa. No ano, realizou-se também o registro público das emissões do balanço na plataforma do programa brasileiro GHG protocol. Programa de Desenvolvimento Universitário (PDU) A Souza Cruz patrocina parte da mensalidade de cursos de graduação universitária dos colaboradores, como forma de incentivá-los a concluir sua formação superior e estarem elegíveis a oportunidades de crescimento na Empresa. Em 2010, 433 colaboradores foram beneficiados. Sustentabilidade na cadeia de fornecedores Visando alinhar a base de fornecedores à política de Sustentabilidade da Souza Cruz e, assim, construir e manter uma parceria que adicione valor a todos os envolvidos, este programa tem como objetivo incluir critérios socioambientais na seleção, contratação e acompanhamento dos fornecedores da Empresa.

Varejo Sustentável Campanha de Conscientização sobre a Proibição da Venda de Cigarros para Menores de 18 anos A Souza Cruz apoia a campanha de conscientização realizada pelas principais entidades dos setores de hospitalidade, gastronomia, panificação, turismo e combustíveis, divulgando-a em 100% dos varejos que compõem sua rede de distribuição. Uma pesquisa realizada em 2010 apontou aumento de 14 p.p. no grau de conhecimento dos varejistas sobre a lei que proíbe a venda de cigarros para menores, quando comparado ao período anterior à implementação da Campanha.


Outro fato relevante apontado pela pesquisa após a Campanha foi o aumento na disposição do varejista em comprovar a idade do cliente antes de efetuar a venda de cigarros, uma vez que a iniciativa ofereceu mais argumentos e conhecimento para a aplicação da lei. Disseminação de práticas de responsabilidade social para varejistas A Souza Cruz utiliza seus canais de comunicação com os varejistas para divulgar temas como mitigação de impactos ambientais, atendimento e respeito ao cliente, gestão e princípios éticos no varejo. A revista Mais Varejo, distribuída bimestralmente aos mais de 260 mil varejistas que comercializam os produtos da Souza Cruz, também abordou conteúdos de sustentabilidade nas edições de 2010. As matérias divulgaram práticas já desenvolvidas por alguns estabelecimentos, como o estímulo ao uso de sacolas retornáveis em substituição às de plástico.

Sociedade Sustentável Programa e Portal Diálogos Universitários Este programa visa complementar a formação acadêmica, cultural e humanística dos universitários por meio da discussão de temas relevantes para este público nas principais universidades brasileiras. O Portal Diálogos Universitários (www.dialogosuniversitarios.com. br) é um espaço interativo e democrático de discussão e reflexão que busca contribuir para o empreendedorismo dos universitários, para a formação acadêmica e para uma consciência cívica, ética e responsável dos universitários. Em 2010, foram realizadas 19 edições do programa Diálogos Universitários em universidades de todo o País, contando com 11.150 participantes. O Portal Diálogos Universitários teve 949.162 acessos no ano. Voluntários Souza Cruz O Programa de Voluntariado da Souza Cruz estimula o envolvimento de seus colaboradores em causas sociais, reforçando a cultura de responsabilidade social da Companhia e o aprimoramento de seu relacionamento com as comunidades. Em 2010, foram realizadas 201 ações em 68 municípios, beneficiando cerca de 37,5 mil pessoas, por meio da atuação de aproximadamente 3 mil voluntários. Parques ambientais A Souza Cruz possui três parques ambientais abertos à visitação pública, integrados às unidades de Uberlândia (MG), Cachoeirinha e Santa Cruz do Sul (RS). Juntos, os parques correspondem a uma área de 290 hectares destinados à preservação e recuperação da biodiversidade das respectivas regiões e à conscientização e educação ambiental dos colaboradores e das comunidades adjacentes. Em 2010, os três parques receberam, no total, aproximadamente 10 mil visitantes.


Instituto Souza Cruz O Instituto Souza Cruz, que em 2010 comemorou dez anos, é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de abrangência nacional. Reconhecido pelo Ministério da Justiça como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), o Instituto está comprometido com a causa da sustentabilidade no campo e direciona esforços para a formação de jovens empreendedores nos territórios rurais, mediante iniciativas que contribuam para fortalecer a agricultura familiar brasileira. O Instituto trabalha com a convicção de que a educação é a chave para preparar jovens capazes de exercer um papel estratégico no desenvolvimento e prosperidade rural, aliando inovação técnica e respeito às tradições, utilizando o conhecimento de forma consciente, integrada e não agressiva ao meio ambiente. Confira a seguir algumas linhas de atuação do Instituto Souza Cruz: Programa Empreendedorismo do Jovem Rural (PEJR) É direcionado a jovens agricultores entre 16 e 29 anos, e busca ser um complemento à educação formal de jovens rurais, por meio de uma prática formativa que estimula a crítica, a reflexão, a criatividade, a ética e a cidadania. Objetiva preparar o jovem para exercer um papel de agente do desenvolvimento rural sustentável e solidário, por intermédio da identificação de oportunidades de geração de renda e melhoria de qualidade de vida nas comunidades rurais. Em 2010, após um processo de avaliação externa e independente realizada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), o programa foi ampliado, tendo beneficiado 156 jovens. Além das turmas mantidas na Região Sul em alianças com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e com o Cedejor, o PEJR iniciou turmas na Região Nordeste, em parceria com o Movimento de Organização Comunitária (MOC), na Bahia, e com a Agência de Desenvolvimento Local (Adel), no Ceará. A metodologia inovadora do PEJR foi reconhecida por organizações internacionais: em seminário organizado pela FAO/ONU (Food and Agriculture Organization), pela Fundação Ford e pelo Procasur, o programa foi apresentado e identificado como referência latinoamericana para educação de jovens do campo. O PEJR também contribuiu tecnicamente para o desenvolvimento de experiências brasileiras de educação do campo, notadamente por meio de apresentações demandadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (Salão Estadual da Juventude Rural do Paraná) e pelo Governo do Maranhão (Programa Geração Futura da Agricultura Familiar). Foram realizados o III Intercâmbio da Juventude Rural Brasileira e a Vivência Profissional Ações da Rede Jovem Rural, que reuniram 140 jovens e educadores rurais de 14 estados brasileiros para intercâmbio de metodologias educativas e produtivas.


Na área de produção e difusão de conhecimento, o Instituto lançou a 11a edição da revista Marco Social, cujo tema foi “Educação do Campo”.

Rede Jovem Rural Trata-se de um projeto coletivo formado por instituições dedicadas à educação e ao desenvolvimento integral dos jovens no campo. O objetivo da parceria é promover ações de cooperação que façam a defesa conjunta desta causa. Esta rede é formada pelo Instituto Souza Cruz e pelas seguintes organizações: Associação Regional das Casas Familiares Rurais do Sul do Brasil (Arcafar Sul), Centro de Desenvolvimento do Jovem Rural (Cedejor), Movimento de Educação Promocional do Estado do Espírito Santo (Mepes), Movimento de Organização Comunitária (MOC) e Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta). A rede, que busca articular atores e promover a troca de experiências, promove ações como a Jornada do Jovem Rural e o Intercâmbio da Juventude Rural Brasileira. Para conhecer com mais detalhes estas ações, acesse www.institutosouzacruz.org.br e www.jovemrural.com.br

Posicionamento sobre o ato de fumar A Souza Cruz reconhece que o consumo de seus produtos envolve riscos à saúde. Por ser uma empresa responsável, não poupa esforços para desenvolver produtos que possam representar menor risco potencial aos consumidores e está comprometida a trabalhar com todos os setores interessados nessa tarefa. A Companhia acredita que a decisão de fumar (ou não) é uma questão de livre escolha e deve ser tomada por adultos conscientes dos riscos à saúde associados. A única maneira de evitar os riscos à saúde associados ao ato de fumar é não fumar, e a melhor forma de diminuir esses riscos é parar de fumar. Regulamentação A Souza Cruz reconhece e apoia uma regulamentação sensata e equilibrada, que mantenha os consumidores adultos informados sobre os riscos à saúde e, ao mesmo tempo, considere o direito de optar por consumi-los. A Companhia acredita, também, que esta relevante atividade econômica deve ser desenvolvida apenas por empresas regularmente estabelecidas e que a regulamentação do tabaco deve ser regida por boas práticas legislativas, em que está incluída, necessariamente, a consulta àqueles que compõem o setor, como em qualquer outro ramo de atividade legal.


Considerando que o Brasil detém uma das mais severas legislações sobre o setor de tabaco, a imposição de novas e maiores restrições sem um estudo prévio de sua eficácia e impactos cria o risco de provocar a asfixia regulatória das empresas que atuam dentro da legalidade, abrindo espaço para o crescimento do mercado ilegal de cigarros. É possível citar como exemplo o caso da combinação das duas propostas de Resoluções contidas nas Consultas nº 112/2010 e 117/2010, emitidas pela Anvisa no final de 2010, as quais constituem, sem dúvida, medidas extremamente gravosas, cuja complexidade e consequências extrapolam o âmbito da própria Agência.

Pedidos Indenizatórios de Fumantes e Ex-Fumantes Nos últimos 15 anos, a Souza Cruz foi alvo de 620 ações de pedidos indenizatórios de fumantes e ex-fumantes (Product Liability – PLL) no Brasil. Apesar de um acervo de mais de 630 decisões de primeira e segunda instâncias favoráveis à Companhia, o STJ – a mais alta corte do País em questões relacionadas à interpretação de leis federais – ainda não havia apreciado o mérito de nenhum caso de PLL até o início deste ano. Em 27.4.2010 e 25.5.2010, a 4ª Turma do STJ, por votação unânime (3 x 0), acolheu os recursos da Companhia em três casos originariamente desfavoráveis e os reverteu no sentido de afastar os pedidos indenizatórios dos autores, que alcançavam valor aproximado de R$ 3,5 milhões. Tendo em vista que as decisões do STJ são orientadoras do posicionamento dos demais Tribunais, os resultados obtidos são fundamentais à obtenção de novas decisões favoráveis. Há, ainda, como efeito indireto desses resultados no STJ, o desestímulo à propositura de novas ações. Em síntese, os ministros confirmaram os seguintes argumentos de defesa para rejeitar os pedidos indenizatórios de fumantes e ex-fumantes: Licitude da Atividade & Government Awareness: “Em realidade, a própria Constituição Federal, no art. 220, § 4º, de forma explícita, chancela a comercialização do cigarro no território nacional, impondo restrição apenas à publicidade do produto, ciente o legislador constituinte dos riscos do seu consumo”. Public Awareness & Assunção de Risco: “Na verdade, cotidianamente a humanidade leva a efeito seu projeto de vida privada, o qual, até décadas muito próximas, foi encabeçado sim pelo cigarro, pelo álcool, assim como pelo sal, pela gordura animal e pela vida sedentária, todos relacionados a malefícios notoriamente reconhecidos”.


Livre-Arbítrio & Papel da Publicidade: “Não se pode emprestar às propagandas de cigarro, praticadas há décadas, um valor absolutamente decisivo na escolha da pessoa em se enveredar pelo tabagismo. (...) Afirmar que o homem não age segundo o seu livre-arbítrio em razão de suposta ‘contaminação propagandista’ arquitetada pelas indústrias do fumo é afirmar que nenhuma opção feita pelo homem é genuinamente livre”. Princípio da Legalidade e Contextualização da Boa-Fé: “Nas décadas de 50, 60 e 70, é forçoso reconhecer, não havia norma legal no Brasil que impusesse às indústrias do fumo qualquer restrição em relação às propagandas ou à prestação de esclarecimentos aos usuários acerca dos males que poderiam advir do hábito tabagista (...) não sendo possível, simplesmente, aplicar ao caso os princípios e valores hoje consagrados pelo ordenamento jurídico”. Ausência de Defeito no Produto: “(...) o defeito previsto no artigo não pode dizer respeito a uma capacidade própria do produto de gerar danos, presente em todas as unidades (...) não há cigarro que não seja um fator de risco à saúde, assim como não há bebida alcoólica que não embriaga e possa causar danos ao usuário e a terceiros, assim como não há medicamento fármaco ou agrotóxico que não tenha a aptidão de causar intoxicação. (...) resta firmada a premissa de ser o cigarro um produto de periculosidade inerente”. Neste mesmo tema, em 10.3.2010, a 2ª Seção do STJ, por maioria de votos (6 x 1), acolheu recurso da Souza Cruz para declarar que o prazo prescricional aplicável às ações que envolvem o consumo de cigarros é de cinco anos, previsto no CDC, afastando, por conseguinte, a tese defendida pelos consumidores de que o prazo aplicável seria de 20 anos. Essa decisão configura um importante precedente para reduzir o número de casos em curso e desestimular a propositura de novas ações por parte dos consumidores cujas enfermidades alegadas tenham sido diagnosticadas antes do prazo de cinco anos. Vale, ainda, mencionar que o posicionamento consolidado não se aplica somente às ações de PLL, mas também a todos os casos que envolvam relação de consumo, o que confere ainda mais relevância ao precedente.


Organização Vencedora A Souza Cruz entende que o investimento em pessoas é o que garante o alcance de todos os objetivos estratégicos traçados pela Companhia. Por isso, busca atrair e reter os melhores talentos do mercado e investe em um ambiente de trabalho que estimule as pessoas a exercerem o máximo do seu potencial. Neste sentido, quatro pilares norteiam a estratégia de Gestão de Pessoas: Garantir a capacidade de atração dos melhores talentos por meio do fortalecimento da marca Souza Cruz A Souza Cruz trabalha para oferecer um bom ambiente de trabalho, oportunidades de, desenvolvimento e carreira, além de uma remuneração competitiva. Isto se reflete em todos os níveis da organização e vem sendo reconhecido pelo fortalecimento da marca empregadora, com reflexos em premiações de mercado e no número de candidatos a vagas no programa de Trainee (no último ano houve cerca de 30 mil inscrições), principal porta de entrada de jovens talentos na Companhia. A Souza Cruz acredita que a boa repercussão do Programa de Trainee está ligada ao fato de este oferecer oportunidades de desenvolvimento em velocidade superior à média do mercado, devido ao treinamento especializado da Academia de Trainees, que, em parceria com a Coppead, ministra um robusto programa de especialização, nos moldes de um MBA. Anualmente, o turnover da Souza Cruz (percentual de funcionários que deixa a Companhia) é de cerca de 10%, taxa considerada benchmark no segmento de varejo. Proporcionar às pessoas oportunidades de carreira e desenvolvimento em todos os níveis, visando garantir o contínuo crescimento profissional A Academia do Crescimento, criada em 2008 a partir de um benchmark da BAT África do Sul, é um programa que tem por objetivo preparar os colaboradores para o pleno desenvolvimento profissional. O conceito engloba a integração dos processos de Gestão de Pessoas (performance, desenvolvimento e carreira) para outros níveis da Organização, a exemplo do que já ocorria com o grupo gerencial, potencializando a utilização do banco de talentos da Companhia. O ano de 2010 marcou a consolidação da Academia de Crescimento. Em 2009, já havia sido lançado o Programa de Gestão Empresarial (PGE Profissional), em parceria com a Fundação Dom Cabral, o que possibilitou maior preparação dos talentos da Companhia para alcançarem o nível gerencial. Em 2010, com o lançamento do Programa de Desenvolvimento de Idiomas (Prodi), no qual mais de 400 colaboradores são incentivados a se desenvolver em diversos idiomas, com patrocínio da Souza Cruz em até 80% do valor do curso, a Empresa avançou ainda mais no objetivo de oferecer capacitação para o crescimento profissional.


A meta para atender à demanda gerencial da Empresa é distribuída na razão de 40%/40%/20%, onde 40% dos recursos são oriundos de recrutamento interno, 40% do programa de Trainee e 20% de recrutamento externo. Em 2010, a Souza Cruz investiu cerca de R$ 20 milhões em treinamento e desenvolvimento de carreira. O compromisso de oferecer contínuo crescimento profissional é extensivo a todos os níveis da Organização. Programas como o “Praticar” e o “Qualificar”, que visam aprimorar o desenvolvimento técnico e a prática destes conhecimentos nas áreas industriais, são importantes exemplos desta diretriz.

Desenvolvimento

+

Carreira

=

Crescimento Profissional

Reforçar a cultura de alta performance e o orgulho de trabalhar na Souza Cruz por meio da prática dos valores Em 2010, a Souza Cruz conduziu nova rodada da YourVoice, uma pesquisa de percepção de clima organizacional conduzida em diversas empresas do Grupo BAT a cada dois anos. A pesquisa é realizada em parceria com a consultoria global ISR/Towers Perrin, e a apresentação dos resultados permite comparar a Companhia às demais empresas do Grupo e aos benchmarks externos. Esta última edição atingiu o mais alto nível de participação, e 99% dos colaboradores responderam aos questionários, demonstrando o elevado nível de engajamento da equipe Souza Cruz. Os resultados da YourVoice dão origem a planos de ações, e o indicador mais relevante é justamente a avaliação da implementação dos objetivos traçados. O grande desafio revelado pela YourVoice é a manutenção dos excelentes resultados que vêm sendo obtidos nos últimos anos. Garantir a alta competitividade do modelo de remuneração e benefícios em relação ao mercado A Souza Cruz trabalha com o permanente monitoramento de um painel de 20 empresas reconhecidas por sua reputação e boa condução de gestão de Recursos Humanos, de modo a garantir que a Organização esteja sempre alinhada às melhores práticas de gestão de pessoas, remuneração e benefícios.


Resultados Financeiros

Contexto do Negócio Mercado de cigarros O volume total de cigarros comercializados no mercado brasileiro em 2010, estimado em cerca de 115,5 bilhões de unidades, apresentou uma redução de 1,5% em relação a 2009 (117,3 bilhões de unidades). Esta redução decorre principalmente do aumento de preços dos cigarros promovido pelas empresas a fim de compensar a elevação das tributações do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), ocorrida em maio de 2009, e do PIS/Cofins, ocorrida em julho de 2009, em 23,5% e 72,5%, respectivamente. A forte carga tributária sobre a produção e venda de cigarros continua sendo o principal fator de incentivo à comercialização informal do produto no Brasil. Nos últimos anos, o Governo Federal vem adotando diversas medidas de combate a essas atividades ilegais, dentre elas: (i) fiscalização mais rigorosa; (ii) expansão da obrigatoriedade de emissão da nota fiscal eletrônica; (iii) informatização do ambiente contábil e fiscal no âmbito do Programa Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). Apesar do progresso obtido pelas autoridades brasileiras, estima-se que o mercado ilegal de cigarros no País, compreendido pelo contrabando e pela comercialização sem pagamento de todos os tributos, ainda represente mais de 26% do consumo brasileiro de cigarros e equivale a cerca de R$ 2 bilhões de evasão de impostos. A oferta de produtos contrabandeados, de baixa qualidade e não cumpridores das regulações e/ou oriundos da evasão fiscal, comercializados a baixos preços, é o principal fator de estímulo ao consumo por menores de 18 anos. A Souza Cruz tem apoiado todas as iniciativas governamentais que visam reduzir a concorrência desleal provocada pelo não pagamento de tributos no setor, além de incentivar fortemente a adoção de práticas de responsabilidade, como a campanha contra venda de cigarros a menores de 18 anos no varejo. Mercado de Fumo Os três estados da Região Sul respondem por mais de 90% da produção brasileira de tabaco. O Rio Grande do Sul tem a maior participação, com 49% da área plantada, seguido de Santa Catarina, com 34%, e Paraná, com 17%. Na safra 2009/2010, foram gerados em torno de R$ 4,4 bilhões em receita para os produtores de fumo dessa região (safra 2008/2009 – R$ 4,0 bilhões). (Fonte: Anuário Brasileiro do Tabaco 2010) Estima-se que a produção de fumo seja a fonte complementar de renda de cerca de 185 mil pequenos produtores rurais em mais de 700 municípios, com importante contribuição social, envolvendo direta e indiretamente mais de 2,5 milhões de pessoas no processo. (Fonte: Anuário Brasileiro do Tabaco 2010)


De acordo com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), a produção total da safra 2009/2010, na Região Sul, atingiu 687 mil toneladas, apresentando uma redução de aproximadamente 8% em relação à safra 2008/2009, quando foram produzidas cerca de 744 mil toneladas. O Brasil, além de ser o segundo maior produtor de tabaco do mundo, é o líder na exportação mundial do produto há mais de 15 anos. Em 2010, 506 mil toneladas de fumo foram exportadas, volume 25% inferior em relação a 2009.. Por outro lado, em decorrência dos melhores preços obtidos em dólares no mercado internacional, devido à melhor qualidade do fumo brasileiro, a redução no faturamento foi de cerca de 9%, tendo alcançado US$ 2,7 bilhões. (Fonte: Ministério da Agricultura) Principais clientes do fumo brasileiro (Fonte: SindiTabaco – 2009)


Desempenho Operacional Cigarros Ao longo de 2010, a Companhia manteve ações de marketing direcionadas notadamente às marcas do segmento Premium, dentre elas Free, Dunhill e Lucky Strike, com diversificações do portfólio, bem como ofertas de edições limitadas. Além disso, continuou a implementar diversas iniciativas no segmento Value for Money, para aumentar sua competitividade e defender volume e market share em face da pressão do mercado ilegal de cigarros. Essas ações contribuíram para a Companhia atingir o volume de 71,9 bilhões de cigarros comercializados em 2010, 1,2% inferior aos 72,8 bilhões vendidos em 2009. No entanto, esse desempenho pode ser considerado excelente, em razão do crescimento no preço médio dos cigarros em cerca de 11% para compensar os aumentos de impostos. Apesar da redução no volume de vendas, a participação da Souza Cruz no mercado total alcançou 62,3%, o que representou um aumento em 0,3 p.p. em relação a 2009, o que evidencia uma queda de volume inferior à verificada no mercado total. Nesse contexto, merecem destaque as marcas do segmento Premium, no qual a participação da Companhia cresceu 1,6 p.p.

Evolução da participação no mercado e do volume de vendas Volume (bilhões de unidades)

78,8

78,2

Participação no Mercado (%)

78,6 72,6

60,4

2006

60,9

2007

62,1

2008

(Fonte: Relatório de acompanhamento de mercado)

71,9 62,0

2009

62,3

2010


Exportação de Fumo As exportações de fumo no ano totalizaram 93,2 mil toneladas. Este volume foi 17,8% inferior ao obtido em 2009 (113,4 mil toneladas) em função do cronograma de embarques estabelecido pelos clientes. Além disso, a redução das exportações de fumo em 2010 está associada aos recentes movimentos de verticalização no processo de produção de fumo e à retração na demanda global de cigarros. Nesse contexto, a Companhia celebrou contrato para exportação de fumo com a British American Tobacco (GLP) Limited, empresa do Grupo BAT. Esse contrato foi firmado por longo prazo e passará a vigorar a partir de 2011, com garantia mínima de demanda e potencial para crescimento, dependendo da conjuntura preço/taxa de câmbio, de forma a garantir maior previsibilidade do fluxo de embarques. A celebração deste contrato possibilitará à Souza Cruz reduzir a imobilização de capital e contratar os fumicultores por longo prazo, contribuindo para a sustentabilidade do negócio de fumo no Brasil. As receitas de exportação de fumo da Companhia totalizaram R$ 1.039,0 milhões (R$ 1.248,0 milhões no mesmo período de 2009) e foram também fortemente impactadas de forma negativa pela apreciação do real em relação ao dólar em cerca de 12% na comparação dos períodos. Todavia, houve um acréscimo de 14,5% nos preços praticados em dólar, principalmente em função do melhor mix de produtos exportados. Evolução da participação no mercado e do volume de vendas

115,0

121,0

127,8 113,4 93,2

2006

2007

2008

(Fonte: Relatório de acompanhamento de mercado)

2009

2010


Desempenho Financeiro Receita líquida de vendas A receita líquida de vendas em 2010 foi de R$ 5.518,8 milhões, uma redução de 4,7% em relação ao ano anterior. No segmento de cigarros, a receita cresceu aproximadamente 4% em relação a 2009, como consequência dos melhores preços obtidos, notadamente, no mercado de marcas Premium. No segmento de exportação de fumo, apesar dos melhores preços praticados em dólares, as receitas foram influenciadas negativamente pela redução dos volumes embarcados e pela apreciação média do real em relação à moeda americana.

2007

2008

5.518,8

5.300,6

4.846,0

4.241,0 2006

5.792,7

Evolução da receita líquida de vendas (em R$ milhões)

2009

2010

Tributos sobre vendas A Souza Cruz está entre os dez maiores contribuintes de tributos no Brasil. Em 2010, gerou cerca de R$ 7.434,8 milhões de tributos sobre vendas – um aumento de 17,5% em relação a 2009 (R$ 6.328,6 milhões). Nos últimos cinco anos, somente esses tributos aumentaram em aproximadamente R$ 3 bilhões e totalizaram cerca de R$ 29 bilhões. Evolução dos tributos sobre vendas (em R$ milhões) 7.434,8

2010 6.328,6

2009

5.745,8

2008 2007 2006

5.111,3 4.458,5


Lucro operacional O lucro operacional consolidado antes do resultado financeiro foi de R$ 1.940,9 milhões, 2,7% superior ao registrado no ano anterior (R$ 1.889,6 milhões), refletindo principalmente: • Maiores preços dos cigarros em função dos aumentos praticados em abril de 2009 e em maio de 2010 para repassar a majoração da carga tributária de IPI, PIS e Cofins; • Menores volumes de fumo exportados parcialmente compensados por um melhor mix de produtos e maiores preços em dólar; • Apreciação média do real em relação ao dólar, o que impactou negativamente as receitas com exportações de fumo em 2010.

Lucro líquido do exercício O lucro líquido consolidado atingiu o montante de R$ 1.449,7 milhões, 2,4% inferior ao obtido no ano anterior (R$ 1.484,9 milhões). O gráfico a seguir apresenta a evolução do lucro operacional e do lucro líquido do exercício (em R$ milhões).

Lucro Operacional 1.889,6

Lucro Líquido 1.603,5 1.309,1 1.101,8

1.484,9

1.940,9 1.449,7

1.248,6

1.033,6

824,1

2006

2007

2008

2009

2010


EBITDA O EBITDA (lucro antes dos efeitos financeiros, impostos sobre a renda, depreciação e amortização) atingiu R$ 2.095,1 milhões, apresentando um crescimento de 3,0% em relação a 2009 (R$ 2.033,7 milhões), principalmente como consequência do crescimento no lucro operacional. Evolução do EBITDA e Margem EBITDA: 2.033,7

2.095,1

1.739,5 1.430,1 1.231,9

29,0%

29,5%

32,8%

35,1%

38,0% EBITDA (R$ Milhões) Margem EBITDA

2006

2007

2008

2009

2010

Geração de caixa A geração de caixa operacional continua sendo a principal fonte de recursos da Companhia e alcançou R$ 1.545,9 milhões em 2010, 4,3% inferior em relação a 2009. A forte geração de caixa continuou a permitir uma agressiva política de pagamento de dividendos. Evolução do fluxo de caixa (em R$ milhões) 1.545,9

2010 2009

1.615,8

2008

1.626,3 1.132,3

2007 2006

854,7


Investimentos Em 2010, os investimentos alcançaram R$ 171 milhões (R$ 188 milhões em 2009) e foram aplicados, principalmente, na modernização do parque industrial, na frota de veículos e em projetos para atualização de processos e da plataforma de marcas. Como parte destes investimentos, destacam-se: (a) as aquisições de maquinários em decorrência da diversificação do portfólio de marcas de cigarros, notadamente Dunhill, Free e Lucky Strike; (b) a renovação da frota de veículos de distribuição. Esses investimentos foram distribuídos da seguinte forma: Máquinas e equipamentos

9%

Hardware e software

12%

Edificios Veiculos

63%

Outros

14% 2%

Mercado de capitais A Souza Cruz é uma empresa de capital aberto desde 1946, e seu capital social é composto exclusivamente de ações ordinárias, que dão direito a voto a todos os acionistas. A Companhia é controlada pelo Grupo BAT, que detém 75,3% do capital. Os demais 24,7% das ações são negociados em mercado. No final de 2010, o valor de mercado da Souza Cruz totalizava R$ 27,6 bilhões, e suas ações estavam cotadas a R$ 90,39, 56,5% acima do valor de fechamento do ano anterior. Nos últimos três anos, as ações da Companhia vêm apresentando desempenho bastante acima do Ibovespa (vide gráficos). Períodos: Jan/08 a Dez/10 Souza Cruz

Ibovespa

jan.08 fev.08 mar.08 abr.08 mai.08 jun.08 jul.08 ago.08 set.08 out.08 nov.08 dez.08 jan.09 fev.09 mar.09 abr.09 mai.09 jun.09 jul.09 ago.09 set.09 out.09 nov.09 dez.09 jan.10 fev.10 mar.10 abr.10 mai.10 jun.10 jul.10 ago.10 set.10 out.10 nov.10 dez.10

Períodos Souza Cruz Ibovespa 12 meses 24 meses 36 meses

56% 105% 88%

1% 85% 8%


VOLUME DE NEGOCIAÇÃO DAS AÇÕES DA SOUZA CRUZ 32 27,6

28 24 17,7

20 14,7

16 12 8

13,5

11,6 8,9

10,1

8,3

BILHÕES

5,8

5,4

3,8

4

16,6

R$ US$

0 2005

2006

2007

2008

2009

2010

Remuneração aos acionistas A remuneração ao acionista é feita por meio de pagamento trimestral de juros sobre o capital próprio e dividendo semestral. Historicamente, a Companhia tem remunerado seus acionistas em valores próximos a 100% do lucro líquido, bem acima do padrão exigido pela legislação.

em R$ milhões 116% 100%

1.053

100% 1.204

99%

97%

1.436

1.406

2009

2010

823

2006

2007

2008


Em 31 de dezembro de 2010, a administração da Companhia propôs o pagamento de dividendos no montante de R$ 749,1 milhões com base no lucro apurado no exercício de 2010, a ser referendado pela Assembleia Geral de Acionistas. Assim, considerando os juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 29,8 milhões declarados em dezembro de 2010 e a remuneração intermediária (JCP e dividendos) de R$ 627,2 milhões pagos durante o ano, a remuneração total dos acionistas por conta dos lucros obtidos no exercício de 2010 totalizará R$ 1.406,1 milhões (cerca de R$ 4,60 por ação), representando 97% do lucro líquido consolidado do exercício de 2010. Os dividendos propostos e os juros sobre o capital próprio declarados serão atualizados pela taxa Selic a partir de 31 de dezembro de 2010 até a data dos respectivos pagamentos.


Governança Corporativa

Modelo de gestão A Souza Cruz atua com um Conselho de Administração desde a década de 1970. Ele é composto por oito membros, entre líderes de negócios e profissionais reconhecidos, sendo cinco deles independentes. O Conselho se reúne ordinariamente quatro vezes ao ano, e seus integrantes têm mandato de três anos, sendo eleitos pela Assembleia Geral, de acordo com a Lei das Sociedades Anônimas, com base na chapa indicada pelo controlador. O Conselho Fiscal da Souza Cruz existe desde 2008, composto por três membros independentes, com mandato renovado anualmente. Desde a década de 1980, a Companhia conta também com um Comitê de Auditoria, que atua com quatro membros externos de renome apontados pelo Conselho de Administração. O Comitê se reúne três vezes por ano em encontros que contam também com a presença de convidados. Juntos, eles discutem temas ligados a todos os riscos do negócio, como de crédito, cambial e de mercado. Já o Comitê de Responsabilidade Social Corporativa assessora a Diretoria na formulação de estratégias e diretrizes voltadas à responsabilidade social corporativa, ao meio ambiente e à ética empresarial. Este Comitê se reúne duas vezes ao ano e é composto por seis membros, incluindo o presidente da Souza Cruz e mais dois executivos da Companhia. Em março de 2010, foi renovado o mandato do Conselho de Administração, e as novidades em relação ao anterior foram a entrada do ex-ministro Pedro Malan e de Carlos Ivan Simonsen Leal como membros do Conselho. O ano também marcou mudanças na Diretoria. A Souza Cruz mantém a tradição de formar talentos em casa, estimular o intercâmbio com o Grupo BAT e criar oportunidades de carreira no processo sucessório. A composição da Diretoria é um reflexo destas características. A nova Diretora Jurídica, que há dez anos trabalha na Companhia, é Maria Alicia Lima. E a Diretoria Financeira e de Relações com Investidores recebeu Leonardo Senra, vindo da BAT Japão, onde desde 2008 exercia o cargo de Diretor de Finanças.


Conselho Fiscal

Assembleia Geral

Comite de Responsabilidade Social Comite de Auditoria

Conselho de Administração

Auditoria Independente

Diretoria

Grupos Funcionais

Auditoria Interna

Grupos e Sub-Comites Multifuncionais

Composição do Conselho de Administração em 2010 Conselho de Administração Presidente Mark Martijn Cobben Vice-Presidente Dante João Letti Conselheiros Carlos Ivan Simonsen Leal João Pedro Gouvêa Vieira Filho Luis Rapparini (até novembro de 2010) Luiz Felipe Palmeira Lampreia Pedro Sampaio Malan Rudolf Hohn Composição do Conselho Fiscal em 2010 Antonio Duarte Carvalho de Castro Humberto Casagrande Neto Carlos Alberto Pereira da Rocha (até novembro de 2010) Rafael Rodrigues Alves da Rocha


Diretoria Dante João Letti – Presidente Alex Barbosa – Diretor de Operações Industriais Dimar Frozza – Diretor de Fumo Fernando Pinheiro – Diretor de Assuntos Corporativos Fernando Teixeira – Diretor de Recursos Humanos Jorge Araya – Diretor de Marketing Leonardo Senra – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Maria Alicia Lima – Diretora Jurídica Dante João Letti – Presidente Formação acadêmica: Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina, com pós-graduação em Finanças na PUC-RJ. Experiência profissional: Iniciou sua carreira na Souza Cruz em 1980, onde exerceu diversos cargos na área financeira. Em 1994, foi transferido para a BAT Ukraine, responsável pelas áreas de Finanças e Informática. Desde então, foi transferido para a Nova Zelândia, como diretor de Finanças e TI, depois para Havana, em Cuba, onde negociou a formação e assumiu a copresidência da Brascuba. Foi, ainda, diretor de Finanças e TI na BAT Argentina, CFO da BAT Australia (Sydney), CFO – diretor de Finanças, Relações com Investidores e TI da Souza Cruz e Head of Mergers & Acquisitions da BAT GlobeHouse. Acumulou ainda a função de membro do Comitê de Auditoria da BAT Itália e da BAT Canadá. Em janeiro de 2008, foi nomeado presidente da Souza Cruz e regressou ao Brasil. Alex Barbosa – Diretor de Operações Industriais Formação acadêmica: Bacharel em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Uberlândia (MG), com pós-graduação em Administração pela Fundação Getulio Vargas (SP). Experiência profissional: Ingressou na Souza Cruz em 1978, na fábrica de Uberlândia. Depois de passar por várias unidades industriais no Brasil, trabalhou por seis anos para a BAT, nas operações do México, América Central & Caribe. Antes de voltar para a Souza Cruz, passou também pela regional para América Latina & Caribe (atual Americas). Dimar Frozza – Diretor de Fumo Formação acadêmica: Formado em Administração (Chapecó), com especialização em Finanças. Experiência profissional: Iniciou sua carreira na Souza Cruz em 1978, na cidade de Pinhalzinho (SC). Atuou em várias funções da Companhia, na área de Contabilidade e Finanças. Transferiuse para São Paulo em 1989, como Financeiro de Suprimentos, quando cursou Pós-Graduação em Finanças. Mais tarde, passou à área de Operações, onde atuou como gerente de Suprimentos e Industrial de Fumo (Blumenau, Rio Negro e Santa Cruz do Sul). Foi também gerente das fábricas de Uberlândia (MG) e Cachoeirinha (RS). Trabalhou três anos no exterior, coordenando em Londres as operações industriais da British American Tobacco (BAT) no Centro e Leste europeu. Posteriormente, dirigiu a área de Supply Chain da Europa até 2007, quando retornou ao Brasil para a Diretoria do Negócio Fumo, da Souza Cruz.


Fernando Pinheiro – Diretor de Assuntos Corporativos Formação acadêmica: Bacharel em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas (SP). Formação profissional: Iniciou a carreira como gerente de Contas no Citibank de 1989 a 1992. Ingressou na Souza Cruz em 1992, na área de Marketing, onde atuou como gerente distrital de Vendas. Trabalhou na área de exportação de cigarros como gerente territorial e, posteriormente, como gerente de Marca. Em 1995, participou do grupo negociador da joint venture em Cuba e foi apontado como diretor de Marketing da Brascuba. De 1997 a 2003, de volta ao Brasil, atuou no desenvolvimento das marcas de grande volume da Souza Cruz. Em 2004, assumiu a gerência da regional de Trade Marketing em São Paulo. Em janeiro de 2007, tornou-se gerente geral das marcas Souza Cruz e, em abril de 2008, assumiu a Diretoria de Assuntos Corporativos. Fernando Teixeira – Diretor de Recursos Humanos Formação acadêmica: Formado em Engenharia Civil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), com mestrado em Administração pela Coppead/UFRJ. Experiência profissional: Ingressou na Souza Cruz em 1989, tendo exercido diversos cargos gerenciais na área financeira. Em 2000, assumiu a Gerência Geral da Brascuba (empresa da Souza Cruz com o governo cubano, em Havana, Cuba). De volta ao Brasil, ocupou os cargos de gerente corporativo financeiro e coordenador da Agenda de Liderança Estratégica, de 2003 a 2005. Exerceu na BAT, em Londres, o cargo de gerente de Desenvolvimento Organizacional e, em abril de 2007, assumiu a Diretoria de Recursos Humanos. Jorge Araya – Diretor de Marketing Formação acadêmica: Formado em Engenharia pela PUC – Chile. Experiência profissional: Faz parte da BAT desde 1995. Iniciou sua carreira na BAT Chile, tendo passado por diversos cargos relacionados à gerência de marcas e produtos, incluindo uma passagem de três anos pela BAT México, até tornar-se diretor de Marketing da BAT Chile, em 2004. Em 2007, assumiu a Diretoria de Marketing.. Leonardo Senra – Diretor Financeiro e de Relações com Investidores Formação acadêmica: Bacharelado em Economia na Universidade de São Paulo, com MBA em Finanças na Coppead (UFRJ) e MBA na Fundação Dom Cabral. Experiência profissional: Ingressou na Souza Cruz em setembro de 1996 como trainee de Finanças, tendo ocupado diversos cargos nesta área até 2002. De 2003 a 2004, foi coordenador de Tesouraria para América Latina na Brown & Williamson, nos Estados Unidos. Em 2004, retornou à Souza Cruz como gerente de Planejamento Estratégico e Financeiro e, a partir de 2006, ocupou cargos de diretoria no Grupo BAT no Kenya, East África e Japão, voltando ao Brasil em 2010 para assumir a Diretoria Financeira e de Relações com Investidores.


Maria Alicia Lima Peralta – Diretora Jurídica Formação acadêmica: Formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), com pós-graduação em Propriedade Intelectual, na mesma universidade. Experiência profissional: Admitida na Souza Cruz em 2000, ocupou as funções de gerente Jurídico de Propriedade Intelectual; AIT; Operações; Marketing; Regulatório e Product Liability Litigation (PLL). Em 2007, trabalhou na BAT em Londres, como advogada de Marcas e Marketing. Em julho de 2010, foi nomeada diretora Jurídica. Comitê de Auditoria Rudolf Hohn – presidente Adir Pereira Keddi Ari Mattos Filho José Alfredo Lamy Comitê de Responsabilidade Social Corporativa Luis Felipe Lampreia – Presidente Carlos Ivan Simonsen Leal Carlos Leoni Siqueira Dante João Letti Fernando Pinheiro Marcos Sá Corrêa Ana Lucia Stockler (Secretária Executiva)


Premiações

As premiações recebidas pela Souza Cruz refletem o compromisso da Companhia com a sociedade e a excelência de sua atuação, dados seus altos padrões de qualidade, produtividade e governança. Conheça os prêmios concedidos à Souza Cruz em 2010: Prêmio de Responsabilidade Ambiental Prêmio SecurityLeader Prêmio Práticas de Gestão de Pessoas Prêmio Amauta para o Interaction Center da Souza Cruz Prêmio Respeito ao Investidor Individual Troféu Transparência 2010 Prêmio Época Mudanças Climáticas 2010 Prêmio Valor 1000, em Bebidas e Fumo Prêmio Senar – O Sul Troféu Onda do Prêmio Expressão de Ecologia Prêmio de melhor empresa do setor Bebidas e Fumo – revista Isto é Dinheiro Premiação no 8º Benchmarking Ambiental Brasileiro Seleção entre as 100 melhores no IDHO e também entre as 10 mais sustentáveis Melhor Empresa de Bens de Consumo no ranking da Exame As 100 empresas + ligadas do Brasil 38º Prêmio Exportação da ADVB/RS 11º prêmio Re[ha]bilita Rio Marcas de Quem Decide Destaque Agência Estado Empresas da Década 50 RHs mais Admirados do Brasil Fórum de Líderes Empresariais Executivo de Valor Prêmio Panificação Brasileira – Maiores e Melhores do Brasil

Prêmio de Responsabilidade Ambiental A Souza Cruz conquistou o prêmio de Responsabilidade Ambiental, concedido pelo Instituto Latino-Americano de Preservação Ambiental, pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul – através de sua Comissão do Meio Ambiente – e pela Associação Rio-Grandense de Imprensa (ARI). Pela sustentabilidade da produção e iniciativas de preservação do meio ambiente, o trabalho da Souza Cruz foi destaque durante o evento.


Prêmio SecurityLeader A Souza Cruz recebeu o prêmio SecurityLeader na categoria Empresa de Bens de Consumo. O projeto vencedor foi a campanha de conscientização sobre Segurança da Informação, coordenada pelo Departamento de Segurança Corporativa, que integrou de maneira inovadora diversas áreas da Souza Cruz, como IT, Cora e Dejur. Prêmio Práticas de Gestão de Pessoas A Souza Cruz foi reconhecida pela revista Gestão RH como uma das 150 melhores empresas em práticas de gestão de pessoas, tendo recebido o prêmio Destaque na categoria “Comunicação”. O objetivo da pesquisa foi reconhecer e identificar os diferenciais oferecidos pelas empresas a seus colaboradores. A análise se baseou no reconhecimento de práticas em cinco categorias: Liderança, Diversidade, Desenvolvimento de Carreira, Qualidade de Vida no Trabalho e Comunicação. Prêmio Amauta O Interaction Center da Souza Cruz foi agraciado, mais uma vez, com o Prêmio Amauta – reconhecimento máximo para o Marketing Direto e Interativo da América Latina, concedido pela Associação de Marketing Direto da América Latina (Almadi). A Companhia venceu na categoria “Customer Service” com o case “Suporte TPV da Souza Cruz resolve 95% das demandas e garante uma alta redução de custos para a Empresa”. Prêmio Respeito ao Investidor Individual A política de relacionamento e comunicação com seus investidores levou a Souza Cruz a ganhar, pelo sétimo ano consecutivo, o Prêmio Respeito ao Investidor Individual. Robert Dannenberg, presidente da TradeNetwork, entregou o prêmio a Jurema Mellone, gerente de Relações com Investidores da Souza Cruz, durante a ExpoMoney 2010 – evento focado na educação financeira e nos investimentos para a formação de investidores individuais. Troféu Transparência 2010 A Souza Cruz foi uma das empresas contempladas na 14ª edição do Troféu Transparência 2010, recebido em São Paulo. Concedido pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras (Fipecap) e a Serasa Experian, o prêmio selecionou as 20 companhias do País que apresentaram melhor transparência em suas demonstrações contábeis. Prêmio Época Mudanças Climáticas 2010 Pela terceira vez consecutiva, a Souza Cruz recebeu o Prêmio Época Mudanças Climáticas, da Editora Globo, que elege empresas líderes em políticas climáticas.


Prêmio Valor 1000, em Bebidas e Fumo Pela sétima vez, a Souza Cruz conquistou o prêmio Valor 1000, concedido pelo jornal Valor Econômico. Em cerimônia que marcou os dez anos do jornal, 25 empresas foram agraciadas com o reconhecimento, entre elas Vale, Votorantim, Garoto e Natura. Campeã na categoria “Bebidas e Fumo”, a Souza Cruz se destacou pela governança e sustentabilidade financeira. Prêmio Senar – O Sul A Souza Cruz foi premiada na oitava edição do Prêmio Senar – O Sul. Realizado na Associação Leopoldina Juvenil, em Porto Alegre, o evento reuniu políticos e autoridades locais. O diretor de Fumo da Souza Cruz, Dimar Frozza, recebeu o reconhecimento da Companhia na categoria “Parceria”, em função do trabalho desenvolvido no Programa SOL (Saúde, Organização e Limpeza Rural), realizado em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Troféu Onda do Prêmio Expressão de Ecologia A Souza Cruz recebeu o Troféu Onda Verde durante a 17ª edição do Prêmio Expressão de Ecologia, em Florianópolis. O case de recuperação de áreas degradadas, uma iniciativa realizada no Parque Ambiental de Santa Cruz do Sul (RS), recebeu o reconhecimento da maior premiação ambiental voltada para empresas, ONGs, institutos e entidades da Região Sul do País. Prêmio de melhor empresa brasileira do setor Bebidas e Fumo – revista IstoÉ Dinheiro A Companhia recebeu o prêmio de melhor empresa brasileira do setor Bebidas e Fumo, concedido pela revista IstoÉ Dinheiro. O prêmio “As Melhores da Dinheiro”, que elege anualmente as 25 empresas que se destacam por segmento de atuação, está em sua sétima edição, e a Souza Cruz agora é tetracampeã. Premiação no 8º Benchmarking Ambiental Brasileiro A Souza Cruz foi premiada no 8º Benchmarking Ambiental Brasileiro, promovido pela Mais Projetos, empresa de gestão e capacitação socioambiental, com os cases Otimização na Gestão de Resíduos Sólidos, realizado na Fábrica Uberlândia (MG), e a iniciativa de Ampliação do Retorno das Caixas de Papelão junto aos varejistas. As empresas selecionadas, no total de 27 cases, foram aquelas que apresentaram excelência em suas práticas, comprovando seu compromisso com os princípios da sustentabilidade. Seleção entre as 100 melhores no IDHO e também entre as dez mais sustentáveis A Souza Cruz ficou entre as 100 Melhores Empresas em Índice de Desenvolvimento Humano Organizacional (IDHO), segundo pesquisa da revista Gestão RH. A Companhia se destacou também entre as 50 melhores empresas em Sustentabilidade. Este prêmio é mais um reconhecimento do esforço da Souza Cruz na valorização do desenvolvimento sustentável em toda a sua cadeia produtiva.


Melhor Empresa de Bens de Consumo no ranking da Exame Na 37ª edição do prêmio As Melhores e Maiores da revista Exame, a Souza Cruz foi a primeira colocada entre as melhores empresas do setor de bens de consumo. Também ficou em quarto lugar entre as maiores do segmento e foi listada como a 29ª dentre as 500 Maiores Empresas da Exame, conquistando seis novas posições em relação ao ano passado. As 100 empresas + ligadas do Brasil A Souza Cruz obteve na pesquisa “As 100 empresas + ligadas do Brasil”, realizada pela revista Info Exame, da Editora Abril, a 30ª posição no ranking geral e o primeiro lugar entre as empresas de bens de consumo. As companhias contempladas pelo prêmio são as que aderiram ao desenvolvimento tecnológico em sua forma de gestão de negócios. 38º Prêmio Exportação da ADVB/RS A Souza Cruz recebeu, em 21 de junho, em Porto Alegre (RS), o Prêmio Exportação RS na categoria “Trajetória Exportadora Master”. Promovido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB/RS), em conjunto com entidades públicas e privadas do setor exportador, o evento reuniu cerca de 400 convidados, entre empresários, autoridades do RS e membros de secretarias e federações representativas do comércio, no Teatro do Bourbon Country. Homenagem às Empresas Certificadas em Conformidade com a Norma ISO 14001 A Souza Cruz recebeu a Homenagem às Empresas Certificadas em Conformidade com a Norma ISO 14001 em evento realizado pela revista Meio Ambiente Industrial, no Conselho Regional de Química de São Paulo. A Companhia foi prestigiada pelo seu trabalho pioneiro de mitigação das emissões de gases de efeito estufa de suas atividades. 11º prêmio Re[ha]bilita Rio Os programas Voluntários Souza Cruz e Computador Social foram premiados no 11º Prêmio Re[ha]bilita Rio. Em 2009, uma ação integrada das duas iniciativas resultou na doação de computadores ao Centro de Orientação e Reabilitação de Inhaúma (Corbi), localizado no Complexo do Alemão (RJ). Marcas de Quem Decide Na 12ª edição da pesquisa Marcas de Quem Decide, a Souza Cruz ficou entre as cinco empresas brasileiras mais lembradas pela preservação do meio ambiente. A pesquisa, realizada anualmente pelo Jornal do Comércio (RS) e pela QualiData Pesquisas e Conhecimento Estratégico, relaciona as marcas líderes de 102 setores da economia, incluindo a categoria especial “Preservação do Meio Ambiente”. Destaque Agência Estado Empresas da Década A Souza Cruz está entre as cinco maiores empresas do Brasil, tendo alcançado o segundo lugar no ranking da Agência Estado. O título foi conquistado no prêmio Destaque Agência Estado Empresas da Década. A condecoração é um reconhecimento às companhias que tiveram melhor desempenho do ponto de vista dos acionistas.


50 RHs mais Admirados do Brasil O prêmio destaca os gestores de RH mais admirados do Brasil. O diretor de Recursos Humanos da Souza Cruz, Fernando Teixeira, ficou entre os 50 eleitos. Fórum de Líderes Empresariais Homenageia os executivos que mais se destacaram no ano. O presidente da Souza Cruz, Dante Letti, foi eleito Destaque de 2010, por meio de votação direta de empresários. Executivo de Valor O jornal Valor Econômico elege os executivos que se destacaram em 24 setores da economia. Pela segunda vez, o presidente da Souza Cruz, Dante Letti, foi o vencedor da categoria “Bebidas e Fumo”. Prêmio Panificação Brasileira – Maiores e Melhores do Brasil A Souza Cruz recebeu o prêmio Panificação Brasileira – Maiores e Melhores do Brasil, no dia 1º de dezembro, no Hotel Renaissance, em São Paulo, por sua parceria com este tipo de varejo. A iniciativa homenageou as cem empresas que se destacaram no setor durante o ano de 2010. A Companhia foi premiada como Destaque do Ano na categoria de fornecimento de “Produtos Prontos”.


Informações Corporativas Souza Cruz S.A. Rua da Candelária, 66 Rio de Janeiro – RJ 20091-900 www.souzacruz.com.br O contato dos acionistas com a Souza Cruz pode ser feito através da Gerência de Relações com Investidores, pelos telefones (21) 3849-9808 e 9809, pelo Interaction Center, 0800 723 2221, ou pelas agências especializadas do Banco Itaú. Créditos – Relatório Anual Coordenação Geral Departamento de Assuntos Corporativos e Gerência de Relações com Investidores da Souza Cruz Projeto Gráfico e Programação Sirius Interativa Texto Debê Produções Revisão Fani Knoploch


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