DeepArt nº2

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Revista Mensal Gratuita - DeepArt - NĂşmero 2 - Setembro de 2012


TEMA - Dejรก Vu

ARTISTA - Filipe Veiga Ventura

SITE - www.manalokos.com


FICHA TÉCNICA Direção Inês Ferreira Tel: 966 467 842 direcao@deepart.pt Editor-in-chief Tiago Costa Tel: 965 265 075 direcao@deepart.pt Comunicação e Marketing Marisa Duarte Tel: 966 808 378 comunicacao@deepart.pt Design Gráfico e Direção Criativa Inês Ferreira design@deepart.pt Fotografia e Pós-Produção Tiago Costa fotografia@deepart.pt Colaboradores Vanessa da Trindade - Rita Trindade Joana Domingues - Ágata C. Pinho Rita Chuva - Rita Reis - Gustavo Mesk Thiago Ferreira - Pedro Carvalho Colaborações Especiais José António Tenente - João Carlos Fernando Alvim - Emmy Curl Isabel Queiroz do Vale - Pedro Marques João Lima - Nadiya Sabelkina Sara Correia

www.deepart.pt É proibido reproduzir total ou parcialmente o conteúdo desta publicação sem a autorização expressa por escrito do editor.

Revista Mensal Gratuita - Nº 2 - Setembro de 2012

Photo - Tiago Costa Make-up - Marisa Duarte Hair Styling - Isabel Queiroz do Vale Model - Nadiya Sabelkina @ Central Models

Site www.deepart.pt Facebook facebook.com/deepartmagazine Para outros assuntos: geral@deepart.pt

Propriedade Inês Ferreira Periodicidade Mensal Contribuinte 244866430 Sede de redação Rua Manuel Henrique, nº49, r/c, dto., 2645-056 Alcabideche Inscrição na ERC 126272


A Equipa DeepArt

Inês Ferreira - Diretora, Designer e Diretora de Arte

Tiago Costa - Editor-in-chief, Fotógrafo e PósProdutor

Marisa Duarte - Diretora de Comunicação e Marketing e Maquilhadora

Vanessa da Trindade - Colaboradora nas áreas de Trends e Lifestyle

Rita Trindade - Colaboradora nas áreas de Pride, Goodies e Lifestyle

Joana Domingues - Colaboradora na área de Lifestyle

Ágata C. Pinho - Colaboradora na área de Lifestyle

Rita Chuva - Colaboradora nas áreas de Trends e Goodies

Rita Reis - Colaboradora na área de Trends

Gustavo Mesk - Colaborador na área de Lifestyle

Thiago Ferreira - Colaborador na área de Trends

Pedro Carvalho - Colaborador na área de Lifestyle


Nota Editorial

DeepArt

Depois do Verão e em particular do escaldante mês de agosto, chega o momento de se pensar em regressar à rotina. Aliás, regressar à rotina para alguns, porque cada vez é mais comum as pessoas gozarem as suas merecidas férias de Verão no mês de setembro. No entanto, e porque queremos dar alento àqueles que se encontram na fase “pós Verão” aqui deixamos no nosso número dois da revista DeepArt, sugestões para este regresso à rotina ser menos “doloroso”. Poderão aqui encontrar de tudo um pouco para se organizarem e divertirem. Encontrarão desde malas com um design particular e repletas de compartimentos para os seus objetos do dia-a-dia, a peças para darem um novo ar à casa, a um conceito de restauração dedicado a petiscos, a um editorial com roupas requintadas para um evento ao final do dia ou noite, a um guia turístico que poderá ser sempre feito nos indispensáveis fins-de-semana, à história de vida e carreira de um conhecido fotógrafo, entre muitas outras coisas. Perante todas estas sugestões e novidades, não vale a pena ficar triste com um regresso à rotina, porque a rotina tem muitas vezes os seus inconvenientes, mas é também repleta de coisas boas. Tenha um bom regresso!


setembro

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Yayoi Kusama - para a Louis Vuitton Como combater (o temido) - regresso das férias Tendência - Tropical Caliente Tendência - Blue Ocean Tendência - Pulseiras Maxi Tendência - Sport Style Imagem - Pelos cabelos

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1 6 - Fernando Alvim - Trabalho ou prazer? 2 0 - João Carlos - 15 anos de fotografia 3 0 - Emmy Curl - No mundo da arte E D I T O R I A L

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3 2 - Editorial de moda - C’est Chic G O O D I E S

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5 0 - IKEA L I F E S T Y L E 5 6 6 6

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Cinema - Eduardo Mãos de Tesoura Cultura Urbana - Conteúdo sob pressão. Páteo do Petisco Cascais - Na terra dos tios e das tias...

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para a Louis Vuitton Por Rita Reis

A Louis Vuitton anunciou a sua mais recente parceria, desta vez com a artista plástica japonesa Yayoi Kusama, conhecida pela sua paixão pelas polka dots e pela influência da pop art no seu trabalho. Yayoi Kusama, que é conhecida por desenhar ‘bolinhas’ em todo o tipo de material, assina uma coleção que foi lançada neste mês de agosto nas lojas Louis Vuitton e que incluirá vestidos, casacos, carteiras, pijamas, sapatos e todo o tipo de acessórios em cores vibrantes. O lançamento da referida coleção coincide com a inauguração da primeira grande retrospetiva da artista, no Whitney Museum of American Art, em Nova Iorque. Nascida no Japão em 1929, Kusama viajou para os Estados Unidos em 1957 e rapidamente se viu no epicentro artístico de Nova Iorque. Bem conhecida pela sua obsessão artística por padrões densos de bolinhas e redes, bem como ambientes intensos em larga escala, Yayoi Kusama apresenta um trabalho extenso em pintura, desenho, filme, escultura, performance e instalação imersiva. Depois de alcançar a fama através de exposições inovadoras e arte, voltou para seu país natal em 1973 e é hoje um dos mais proeminentes artistas contemporâneos do Japão. Jacobs conheceu Kusama em Tóquio, em 2006. A sua relação conduziu à parceria com a marca Louis Vuitton e ao seu apoio financeiro para uma retrospetiva do seu trabalho no Museu Tate Modern em Londres este ano. Há uma década atrás, Jacobs e Louis Vuitton conseguiram um grande sucesso com uma colaboração com outro designer japonês Takashi Murakami na criação de uma série de produtos pop-art, cobertos de um estilo conjunto de monogramas e logotipos multicolor, que se tornaram peças must have no mundo da moda.

Fotos: site Louis Vuitton

Tendência Yayoi Kusama


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Como combater (o temido)

regresso das férias... Por Rita Chuva

Vamos ao segundo passo. Esteve em Paris nestas férias? Torne os pequenos-almoços um festim de reminiscências com o French Toast Stamp. Podendo também ser utilizado nas torradas ou nas tostas tradicionais, este carimbo com a torre Eiffel traduz-se na verdadeira french toast! Oh la la! A ansiedade começa a apertar, o tempo a urgir... sente-se inquieto? Nós temos a solução! Preencha um dos formulários do Self-Therapy Notepad, e garantimos melhorias instantâneas. Este bloco de auto-terapia vai ajudá-lo a sentir-se melhor com o que aí vem. E se isso não ajudar, faça o voto de usar unicamente o Positivity Glass que está sempre meio cheio, impedindo-o de ter pensamentos negativos. Desperte o positivismo que há em si! Quer uma ideia ainda melhor? Não há melhor remédio para esquecer a tristeza de regressar de férias como preparar as próximas! Porque não começar já a juntar dinheiro para o próximo destino? Com o Brain Bank vá amealhando sem dar cabo da cabeça! Desta forma, terá sempre o dinheiro na cabeça sem ter de pensar nele constantemente. Inteligente, não é? E como não há mais nada a fazer, a não ser enfrentar a (dura, ou não) realidade que se aproxima, nada como uma boa noite de sono descansado e revigorante. Ao melhor estilo de Hepburn no Breakfast at Tiffany’s, a Holly GoNightly Sleep Mask da prenuncia noites relaxantes, dando um novo significado ao sono de beleza! Que tal? Apostamos que já se sente diferente… Siga, passo a passo, estas recomendações para um retorno salutar ao trabalho! E, já agora, diga-nos se resultou...

Todos os artigos disponíveis na Fredflare.

Com o fim das férias à porta, para muitos, e antes de regressar à labuta, é tempo de por as ideias em ordem e, porque não, lembrar os bons tempos passados na época veraneante. Que tal começar por riscar do mapa os sítios que visitou? Poderíamos estar a falar metaforicamente, mas não estamos. Pelo menos, não apenas. Para além de terapêutico, é altamente viciante! Com o Scratch Map da vai poder riscar literalmente todo e qualquer sítio pelo qual tenha passado, qual raspadinha geográfica.

Fotos: sites Fredflare e Maiden.

Tendência

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TROPICAL CALIENTE Foto: Laranja e Leopardos

Brincos, €20, Bimba&Lola.

Camisola, preço sob consulta ASOS.

Calções bicolor, €19,95, H&M.

Colar, preço sob consulta, The Jewellery Room. Óculos, preço sob consulta, H&M. Calções, preço sob consulta, Zara.

Por Rita Reis


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BLUE OCEAN Brincos, €12, Bimba&Lola.

Foto: Salão da Praia

Mini mala de pele azul, €99,95, Uterque.

Colar com rosas e pedras, preço sob consulta, ASOS. Caderno Lexique mode femme, edição limitada, Pastel Party, €25, Fashionary.

Sandálias rasas, €110, La Botte Gardianne.

Saia estampada, €19,99, Pull&Bear.

Pulseira, €8, Mono&Me.

Sandália rasa com tiras de strass, preço sob consulta, Mango.

Mala com corrente, €23,56, Nine West.

Verniz St Tropez, €22, Dior. Por Rita Reis


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PULSEIRAS MAXI Pulseira com corrente banhada a ouro e tranças de algodão, €290, Aurélie Bidermann.

Foto: Blog do Elo 7

Pulseira, €50, Aurélie Bidermann.

Pulseira, €19,95, H&M.

Pack de 4 anéis, €4,95, H&M.

Pulseira, €480, Dezso.

Pulseira, €290, Mo by Monica.

Pulseira, €210, Venessa Arizaga. Pulseira, €70, Miansai.

Pulseira, €65, Hipanema.

Por Rita Reis


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Fotos: Adidas

SPORT STYLE

Casaco, €70, Adidas. Mochila, €19,95, Converse.

Mala, €36,95, Converse. Ténis, €102, Adidas.

Casaco, €122, Adidas.

Ténis, €92, Adidas. Por Rita Reis


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Imagem

Pelos cabelos “Os meus têm vida própria. Uso-os compridos com franjola e, modéstia à parte, sou uma morena gira. Até aqui tudo bem. O problema começa quando...” Por Vanessa Trindade

Os meus têm vida própria. Uso-os compridos com franjola e, modéstia à parte, sou uma morena gira. Até aqui tudo bem. O problema começa quando: 1) Me levanto de manhã e a franjola está a apontar para a lua de ontem e não há maneira de a baixar. Vai daí, há duas soluções: ou lavo a cabeça de novo ou vai à placa. 2) A meio do dia, a minha franjola mixed up com a oleosidade da minha zona T... um desastre, tenho de colocar um gancho. É por isso que nunca marco reuniões importantes para os fins de tarde, porque se quero ser levada a sério pela administração das empresas com quem me reuno... um gancho na cabeça dá um ar pueril. 3) Nas semanas de maior stress... o meu couro cabeludo abandona-me. Literalmente. Já me disseram que não é caspa, é nervos e receitaram-me Xanax (juro que não estou a brincar). Como eu fujo destas soluções como os vampiros dos alhos... entrego-me à meditação e chás de tília. 4) Há uns 6 meses começaram a aparecer-me um ou dois cabelos brancos que parecem irmãos da franjola e nascem para cima... muito mais grossos que os demais. Não os arranco, corto-os rentinho. 5) Dei-me conta que há 10 anos atrás tinha muito mais cabelo do que tenho. Continuo a ter imenso, não me entendam mal, mas a diferença é mesmo absurda (os elásticos agora dão 3 voltas).


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Nutrir o cabelo Com Potion 9 da Sebastian. Uso-o há anos e quando morrer quero que me coloquem uma embalagem desta preciosidade no caixão, por favor, ok? Nunca se sabe quem é que vou encontrar do outro lado e quero o meu cabelo bem nutrido. Acalmar o couro cabeludo Foi amor à primeira vista porque o que me levou a usar estes produtos, confesso, foi a embalagem. Os frascos âmbar escuro parecem saídos de uma farmácia antiga e os rótulos são lindas ilustrações, desenhadas à mão. E os produtos tanto o shampoo como as gotas são pura magia. Eliminam-me o problema numa aplicação. Alisar Com Placa Babyliss Curl pro230 que tem a dupla funcionalidade de alisar e encaracolar com placas de cerâmica. Uso com o Sebastian Halo Mist que é um produto trifásico acionado pelo quente dos secadores e placas. Nutre em profundidade e dá um super brilho. Transplantar E no limite, quando o stress me levar a melena, vou ter com estas três médicas do Master Group (www.transplantecapilar.pt) que é onde vão os meus amigos carecas fazer o transplante Capilar e só dizem bem. Elas são lindas e parecem tiradas da série Anatomia de Grey. São a equipa mais experiente a trabalhar em Portugal com mais de 1500 cirurgias feitas e são as únicas reconhecidas pela ISHRS (Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar).

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Fernando Alvim

Trabalho ou prazer? Fernando Alvim, além da rádio e televisão, tem inúmeros projetos em curso e prepara-se para o futuro, esperando que ”quando ele chegar esteja já num barquinho a navegar”. Por Inês Ferreira

DeepArt: Dizem por aí que és um pequenino prodígio da rádio... O que pensas sobre isto? Fernando Alvim: Acho que as pessoas acreditam em tudo o que ouvem e por isso é normal que boatos destes aconteçam. Não sou um pequeno prodígio, quando muito seria um grande, mas nem isso, sou um rapaz normal que sabe fazer de forma excepcional frango com cerveja. DA: O que aconselharias a um novato nesta área? FA: Que soubesse fazer o maior número de coisas possível, que faça muitas ao mesmo tempo. Querem um exemplo: a Cicciolina. Daí a poligamia ser defendida por tantos, isto é, falha uma tem-se outra. A monogamia é muito linda, mas falha a única coisa que temos e ficamos mais agarrados dos que os antigos habitantes do Casal Ventoso. DA: Há alguma coisa que ainda não tenhas tido coragem para perguntar a alguém? Ou algo que te tenham perguntado que te tenha deixado bastante envergonhado? FA: Honestamente não. Sou um perguntador, muito mais do que um respondedor. Se não sei, pergunto e quando não sei digo que não sei. Mas se tivesse que perguntar alguma coisa neste verão seria isto: Para que serve uma melga dentro de um quarto no Verão? DA: O que é que te fascina mais: a rádio ou a televisão? FA: Essa pergunta é um clássico, está na categoria, “ então e projetos para o futuro?” Ora, sejamos claros, não sou um purista, tanto gosto de Guardel como Piazola. E com a rádio e televisão também é assim. Gosto de ambos, sinto-me mais confortável a fazer rádio porque faço há mais tempo, mas gosto igualmente de televisão

porque me desafio e faz-me ficar mais curioso sobre a pressão que terei que enfrentar. DA: Quem foi a pessoa mais cómica com quem já trabalhaste? FA: Imensas, desde o Ricardo Araújo Pereira, ao João Moreira (Bruno Aleixo), Nuno Markl, João Quadro, Nogueira, Unas até outros que embora não sejam tão conhecidos são igualmente geniais, casos do Eduardo Brito e Pedro Santo. DA: Qual foi o projeto mais aliciante em que estiveste envolvido, aquele em que te deu mais prazer trabalhar? FA: É sempre o que virá a seguir. Não sou nada saudosista, estimo todos os projetos em que participei do mesmo modo e não tenho um filho que tenha gostado mais do que os outros. Os portugueses gostam imenso de falar dos Descobrimentos, mas isso foi há 500 anos. Desconfio muito das pessoas que falam imenso do passado e que passam o tempo a dizer “ eu já fiz isto, eu já fiz aquilo”. Com verdade, não tenho tempo para falar sobre o passado, até porque aí nada se pode alterar, já passou. Com o futuro e o passado tudo é ainda possível. E isso inquieta-me. DA: Conseguirias trabalhar em outra área, uma em que estivesses afastado do público? FA: Sim claro, porque não? Gosto imenso de trabalhar para o público ou para um público se preferirem, mas sei fazer imensas coisas e gosto bastante de variar, a tal ponto, que me obrigo a isso. Justamente para nunca me cansar de nada, para que não exista acomodação.


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DA: Há alguma coisa que te irrite verdadeiramente no teu trabalho? FA: Pessoas que passam a vida a dizer que estão muito indignadas com determinada situação, com isto e com aquilo e não fazem nada para alterar o que julgam estar errado. Uma pessoa assim merece ser alcatroada e coberta de penas de aviário. DA: Para os dias “te sorrirem”, o que não pode faltar? FA: O visionamento de um qualquer programa da Teresa Guilherme. Praia. A pessoa que mais gostamos a dizer para irmos para o sofá. DA: Há algum projeto na rádio ou televisão que queiras fazer de futuro? FA: Sim, já tenho uma televisão online (a speaky.tv) mas vou ter em breve uma rádio também online. Estou a preparar-me para o futuro que aí vem para que quando chegue já esteja de galochas e barquinho pneumático para navegar nele livremente.

Foto: Sérgio Rosário

DA: Como é que te imaginas quando fores velhinho? FA: Imagino-me um velhinho demente com as minhas filhas a irem-me buscar a jardins públicos para que eu largue as moças que passam.


“Help Save an Ass”

A Associação para a Preservação dos Burros- Burricadas (organização não-governamental), tem como objetivo a proteção desta espécie em Portugal. O Abrigo do Jumento (fundado pela Burricadas), é um centro para a proteção dos burros que se encontram abandonados, velhos ou doentes e aqui eles recebem todos os cuidados necessários. Esta Associação não recebe qualquer tipo de fundo do Estado ou subsídio, sendo todos os seus apoios, provenientes de doações, venda de merchandising e pequenas atividades que realizam. O fotógrafo João Carlos juntou-se a esta causa e contribuiu com o seu trabalho para a mesma, criando uma série de fotos que compilou num livro com o nome “Help Save an Ass”, revertendo parte dos lucros para esta Associação. Pedidos de livros e impressões podem ser feitos para o email: joaocarlosphoto@gmail.com


Saiba mais sobre este projeto em: donkeyshelter.org e www.facebook.com/ pages/Burricadas-O-Abrigo-do-Jumento/189322901183390


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João Carlos

15 anos de fotografia João Carlos, fotógrafo português que dá cartas lá fora, conta já com 15 anos de experiência, sendo detentor do Hasselblad Masters Award, um dos mais prestigiados prémios desta indústria. Numa entrevista intimista e informal, revelou a sua visão sobre muitos aspetos, tanto no que concerne à sua visão criativa, como ao seu percurso. Por Tiago Costa e Rita Chuva

DeepArt: O que achas do Instragram? São os novos “fotógrafos”? João Carlos: Não. O Instragram é como qualquer outra ferramenta. O facto de teres uma Canon ou uma Nikon não faz de ti um fotógrafo. Muito menos o facto de teres uma “APP“ num telefone “XPTO”, te faz um fotógrafo. Mas, obviamente, não deixa de ser uma ferramenta engraçada para se fazerem algumas coisas.

tintas no meu trabalho. Se fotografo mais moda? Acho que não. Penso que, neste momento, o meu trabalho está dividido em várias áreas distintas. Uma delas é a moda, outra a publicidade. O retrato tem um papel fundamental e também faço vídeo. Portanto, tanto a realização como a direção de fotografia, acabam por também ter um papel fundamental no meu dia-a-dia. É um mix, por assim dizer.

DA: Fotografas acima de tudo moda, pelo menos é o tipo de fotografia tua mais veiculada. Com que tipo de fotografia te identificas mais, ou qual preferes? JC: Eu acho que tenho duas linhas mais ou menos dis-

DA: Para ti, o mundo da fotografia é feito de ovelhas ou carneiros? JC: Eu acho que o mundo da fotografia é feito de ovelhas e de carneiros. Sempre houve alguns que fugiram à


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regra e esses são, talvez, os que conhecemos hoje em dia. Depois há pessoal que vai um bocado atrás da maioria das pessoas. Por exemplo, no meu percurso, não criei a minha identidade. Eu cheguei a um ponto em que olhei para trás e disse “bem, olha, estou aqui”. Penso que segui uma linguagem minha, uma linha bastante definida a nível de conceito e ideias. Mais cedo ou mais tarde, isso acaba por criar algo mais pessoal. DA: Achas que o trabalho de um fotógrafo em início de carreira deve ser sempre remunerado? Porquê? JC: Eu acho que um fotógrafo deve ser sempre remunerado. Pelo menos, se for um trabalho comercial, para fins comerciais. Agora, o preço em início de carreira não vai ser o mesmo quando se tem mais experiência, vai aumentando gradualmente. DA: Achas que quem está a começar e a assistir outros fotógrafos deve ser remunerado, ou achas que há troca de conhecimento, não existindo tanto a necessidade de ser remunerado? JC: Acho que depende dos conhecimentos. Por exemplo, eu tenho assistentes que trabalham comigo e, se o trabalho for pago pelo cliente, a maior parte das vezes eles são remunerados. Mas depois tenho projetos meus em que eles não são remunerados, mas em contrapartida, ajudo-os em produções deles, ou empresto equipamento. Tem que haver sempre uma troca e uma recompensa. Ninguém pode fazer nada “à borla”. Agora, a troca que há entre fotógrafos é importante que haja, de facto. Eu, na minha carreira, sempre tentei trabalhar com muita gente diferente e fomentar a entreajuda, penso que é uma troca necessária, porque é assim que aprendemos. Demora muito mais tempo aprender sozinho do que aprender com outra pessoa. DA: Tendo em conta que já fotografaste pessoas de inúmeras nacionalidades, sentes em cada nacionalidade uma atitude comum perante a câmera? Cada pessoa é diferente ou há algo comum em frente a uma câmera? JC: É tudo muito mais de acordo com o indivíduo, de pessoa para pessoa, e não tanto de país para país, ou de nacionalidade para nacionalidade, ou de raça para raça. Tanto que cada indivíduo tem uma maneira de estar diferente perante a câmera. O nosso papel, enquanto fotógrafos, é o de apanhar sempre o melhor perfil dessa pessoa, se for esse o caso. Se for uma foto em que é suposto o sujeito ficar mal, propositadamente, também é esse o nosso papel. Acho que depende do conceito.

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DA: Achas o coaching importante/indispensável para se conseguir um bom retrato? JC: Acho que sim, sem dúvida. Eu acho que o meu coaching vai à função daquilo que eu pretendo, daquilo que quero. Muitas vezes o coaching passa pelos sujeitos não fazerem nada, se for esse o objetivo. DA: Se pudesses escolher uma pessoa para fotografar, quem seria? JC: Tenho uma lista bastante grande, que inclui uma série de figuras públicas das áreas do cinema, da música e do teatro. Neste momento, o meu “celebrity crush” é, provavelmente, a Lana Del Rey. A Jessie J também acho que tem interesse. Acho que para a minha carreira, a Lady Gaga poderia ser bastante interessante. Penso que o Johnny Depp seria fabuloso, o Martin Scorsese ou o Michael Sheen. É uma lista que nunca mais acaba. Depois há também uma série de modelos de topo, outra lista infindável. DA: Somos nós que criamos as oportunidades, ou as oportunidades é que nos criam? JC: Eu acho que as oportunidades podem ser criadas por nós ou podem ser criadas pelos outros. Cabe-nos a nós depois agarrá-las. DA: Pode-se dizer que costumas pensar demasiado nas coisas? JC: Se penso demasiado, não sei. Gosto de refletir e ponderar. Meço os prós e os contras. Não sou pessoa para tomar decisões de “ânimo leve”. Posso dizer que todas as decisões que tenho tomado têm sido de alguma forma pensadas e fundamentadas, pelo menos para mim, mas isso também não significa que tenha feito as melhores opções, às vezes. Bem, afinal, talvez pense demais. DA: Achas que o facto de viajares muito te ajuda, de alguma forma, a criares as tuas imagens? JC: Sem dúvida. Viajar abre a mente. Vamos buscar outras fontes de inspiração. Viajar é quase tão importante como respirar, para mim. DA: Como é o mundo “lá fora”? Muda assim tanto a nossa visão? JC: Depende do sítio por onde andares. Nova Iorque, não tem nada a ver com Portugal. É mesmo uma questão de mentalidades, de pensamentos, que não tem semelhanças. Se calhar o sítio mais parecido com Portugal até foi o México.


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DA: Tens projetos em curso? JC: Projetos em curso tenho vários. Tenho um que será um documentário, um livro e uma exposição. É o primeiro documentário realizado por mim, que se chama “Alive Individual Able”. Basicamente, é um documentário sobre desporto adaptado, o desporto parolímpico. Estive um mês no Canadá, em Whistler, no festival de snowboard e de ski a filmar. Depois, na fotografia, tenho a continuação das “Tragédias de Amor”, além de mais dois ou três projetos de que não posso falar neste momento. Tenho ainda a série “I am Bunny”, que é uma série constante. E para já é o que eu tenho. DA: Para ti uma boa fotografia consegue mostrar de facto aquilo que a pessoa é? JC: Eu acho que uma boa fotografia conta uma história, ou apanha um momento. Depende do briefing. Por exemplo, já fotografei o Pedro Lamy, que transformei num lobo. Eu acho que o Pedro é assim na pista. Tento, quando fotografo alguém, que a minha marca fique na imagem, que se perceba que é uma imagem tirada por mim, mas ao mesmo tempo que haja algo mais de particular e interessante da pessoa. DA: A fotografia é mentirosa? JC: Pode ser, sem dúvida. A fotografia só conta aquilo que nós queremos que ela conte. DA: Quem são as tuas influências? JC: As minhas influências vêm do cinema, da pintura. Até são poucas as que vêm da fotografia. Foi muito importante, em parte do meu processo, o curso que eu tenho (Pintura). Não sou muito de ídolos. Tenho autores que, de facto, admiro e alguns nomes que acho importantes. Por exemplo, Meisel, Klein, Roversi, Solve Sundsbo, Mario Testino, Lebowitz, Weber, Ritts, Demarchelier, Avedon, Newton, Adams, Sabastiao Salgado. Eu gosto dos clássicos. Todos eles me influenciaram de alguma forma. Mas acho que, de facto, as minhas maiores influências vêm do cinema. Tens, por exemplo, Kubrick, Godard, David Lynch, Hitchcock, Roger Deakins, Janusz Kaminski, Christopher Doyle e os grandes Mestres da Pintura, como Caravaggio, Sorrola, Gustave Courbet ou Vermer, nomeando apenas alguns, de uma lista infindável.

DA: Conselhos para um jovem fotógrafo. JC: Tenho vários. Um deles é que temos que ser sempre verdadeiros com nós próprios e também com a nossa obra. Temos que ter paciência para o nosso próprio crescimento e para a obra crescer. Eu acho que a maturidade num artista ou num criador não é só técnica, portanto acho que é fundamental um fotógrafo transmitir aquilo que “vem de dentro”, mas também transmitir aquilo que é dele. Portanto, é importante que nos agarremos às nossas raízes e trazermos isso para a nossa obra. É o chamado “to have a heart”. A obra tem que ter coração. Há fotógrafos que são meramente intérpretes e outros que são compositores, e isso é um processo. Há que trabalhar muito. O pessoal às vezes tem a mania que basta acordar de manhã e as coisas vão aparecer, mas não vão. É preciso trabalho e dedicação. Se queres melhorar e alcançar os teus objetivos, tens que trabalhar para eles.


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Equipamento essencial para trabalho Sacos eu tenho vários, até porque acho que cada saco vai servir para uma função diferente de situação para situação. Mas o meu saco geral é um Think Tank. É um Airport TakeOff e é uma mala bastante versátil porque cabe dentro da cabine do avião, tem rodas e ainda porque se transforma em mochila. Dentro da mala tenho uma Canon 5D Mark II. Lentes tenho uma Canon EF 70-200mm F2.8 USM da série L, uma Canon EF 50mm f1.2 tambem da série L, e uma Canon EF 17-35mm f2.8 L. Tenho também uma Carl Zeiss 85mm f2.8 com baioneta Canon, e ainda tenho o Creative Effects System Kit da Lens Baby. Tenho um Minolta Flash Meter 4, sim ainda uso fotómetro. Para filmar tenho um hoodman loupe que também dá bastante jeito para fotografar em exterior, um monitor de 7 polegadas da Marshall e um handy recorder H4 da Zoom, utilizo sandisks extreme cards, e são na sua maioria de 64GB e 16GB. Depois tenho uma coisa interessante e engraçada que são umas correias para a câmera, da blackrapid. Tenho 3 diferentes e gosto imenso, tenho um pro speed belt, para fotografar coisas com mais movimento e afins. É uma cinta, com bolsos para lentes e máquinas e é bastante versátil. Tenho uma outra mala, think tank, retrospective 5 com uma Samsung mais pequena de 3/4 com uma série de lentes e acessórios, que é basicamente a maquina de férias. As 3 peças fundamentais no meu saco são um tripé que se transforma em monopé, (que é da 3 Legged Thing), um macbook pro de 15 polegadas, e por fim um refletor 6-1. Kit Base!

“ Poppy “ Up Tempo Magazine - out take Photo/Art Director: João Carlos Model: Katy Styling: JAY CEE Post: Gina Hernandez cap and swimsuit vintage: Outra Face da Lua glasses: Mercura NYC



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‘ALIVE INDIVIDUAL ABLE “TYLER MOSHER - Crosscountry skier & snow border Canadian paraolimpian


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Canadian Boxer “ Fight like a GIRL “

METROPOLIS - Client: NOBLE SALON - Sebastian Hair Hair: Robert Conte - Model: Katerina Lacore Make up: Guerline Fequiere Assistants: Eric Lacore , Gerard Carvalho and Rui Soares

Tribute to Ian Curtis - model: Jonathan Moron dos Santos @ Berta Models - styling: Jay Cee with A Outra Face da Lua and Nuno Gama - Make up: Elia Le - assistant: Bruno Melo

Portuguese Folklore Musician


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“ Poppy “ Up Tempo Magazine - out take Photo/Art Director: João Carlos Model: Katy Styling: JAY CEE Post: Gina Hernandez cap and swimsuit vintage: Outra Face da Lua glasses: Mercura NYC


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Modern Dandy - Umbigo magazine outtake Photo: João Carlos - Make-up & hair : Élia Lé assited by Boo Sandra - Styling: Vanessa Faria Portfolio Models: Jonathan Moron - Berta Models

Lucha Libre Masked Warriors Photo/Art Director: João Carlos Post: Gina Hernandez Graphic Design: Carla Tavares

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Emmy Curl

No mundo da arte Emmy Curl é uma verdadeira “poliglota das artes”, fazendo teatro, design de moda e música. Afirma no entanto, que se tivesse de optar, seria pela música. Por Inês Ferreira

DeepArt: Como começou todo o teu interesse por música, teatro e design de moda? Emmy Curl: Começou desde muito cedo, quase de uma forma inconsciente porque o ambiente em que cresci tinha um pouco de cada arte à volta. Quando tinha 10 anos a minha mãe compunha canções para peças de Teatro, então tive desde essa altura muita admiração por esse universo. A música surgiu naturalmente visto que também os meus pais são músicos autodidatas e aprendi a tocar guitarra dos 12 aos 15. Quanto ao canto, acho que sempre gostei de cantar e tenho fotos com 5 anos a segurar um microfone. Penso que todas as crianças nascem com uma necessidade enorme de se expressar de várias maneiras, depois depende do incentivo dos pais e do ambiente que as rodeia. Quanto ao design de moda, desde os meus 17 anos que tenho um fascínio por modificar a minha própria roupa e por a transformar. Em Aveiro, aos 20 anos encontrei uma peça de ouro no chão e decidi vendê-la para comprar uma máquina de costura à minha melhor amiga. Desde aí tenho experimentado vários moldes de vestidos e blusas que mando vir da América e de outras partes do mundo. Acedi ao Etsy para vender os meus produtos e até agora tenho vendido para muitos países diferentes. DA: Se te dissessem que poderias apenas optar por um deles, seria pela música? EC: Sim, seria pela música porque honestamente é o que eu sei fazer melhor. DA: Há uma relação direta entre todas as artes, ou achas que apenas se “complementam”? EC: São todas uma representação da nossa expressão.

Não penso que seja uma relação direta porque todas são diferentes à sua maneira. Acho que quando se interligam dão coisas fantásticas, daí a importância que eu dou à união dos artistas. Em Portugal as pessoas têm uma imaginação incrível por estarmos habituados a fazer coisas com muito poucos recursos. Tenho ouvido opiniões de pessoas de outros países acerca da arte que se faz por cá e ficam surpreendidos com a paixão que nós entregamos às coisas. DA: Quais são as tuas referências no mundo das artes? EC: Eu tento não conhecer muitas referências para conseguir, ou tentar criar coisas únicas, apesar de ser, hoje em dia, quase impossível! Por exemplo, na música deixei de ouvir coisas novas porque são tantas as bandas que aparecem que não tenho tempo para apreciar realmente nenhuma como deve ser. Tenho o exemplo de Little Dragon, uma banda sueca que me surpreendeu pela estética nipónica que sempre admirei. Mas assim de um ponto de vista geral, o que me inspira são universos que estão quase extintos: a arte nipónica, a vitoriana, a arte deco, a arte nova, os anos 20 e 80 e o universo onírico. DA: Qual foi a sensação ao atuares em festivais como o Delta Tejo e o Sudoeste, quando tantas pessoas tentam esse feito e não o conseguem? EC: Sinceramente, não foi das minhas melhores experiências porque, primeiro acho que foi cedo demais para o patamar em que estava (e em que ainda estou), além disso a minha música na altura era para auditórios e não para palcos ao ar livre com outras bandas atrás, a tocar com grandes volumes. Apesar disso aprendi bastante e soube a partir daí o que seria melhor para os meus concertos ao vivo.


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DA: Porquê Aveiro e não Lisboa, quando se diz que em Lisboa há “mais oportunidades no meio artístico”? EC: Por vezes é preciso “investirmos” a nossa energia para cuidar e não deixar morrer a arte da nossa cidade. Eu vivi até aos meus 18 anos em Vila Real e vim para Aveiro devido a muitas transformações na minha vida. Eu posso ainda ser jovem e não ter visto tudo, mas tenho a certeza que Aveiro é das cidades do país com mais gente talentosa junta e pronta a ajudar. DA: Qual é a maior dificuldade que sentes ao fazer carreira ligada às artes e especialmente em música? EC: A maior dificuldade é o tempo, tanto que estou há três anos à espera para gravar o meu primeiro álbum oficial. O mundo da música está cheio de mapas e vários destinos e por vezes é confuso e há várias maneiras de chegar ao sucesso e ao reconhecimento do público. DA: Qual foi a melhor experiência que tiveste com a tua música? Um momento que fique guardado para sempre. EC: Houve um momento e uma experiência que certamente não me vou esquecer. Foi quando estava a finalizar as gravações no meu ep “Birds Among The Lines” da Optimus Discos e convidaram-me para abrir Eels no Coliseu de Lisboa. Foi um dos momentos mais emocionantes que vivenciei até hoje.

DA: Achas que a música explica aquilo que ficou por dizer em alguma altura? Ou achas que ela apenas diz as mesmas coisas, mas de uma forma especial? EC: A minha música tanto fala do que ficou por dizer como também fala de histórias de personagens e situações nunca vividas. A música para mim é como um palco onde posso criar histórias mas sempre vindas do que vejo e sinto. Não há fingimento nos temas, por vezes penso que são fantasmas a contar a sua história pela minha voz. Mas também tenho músicas onde eu mesma sou o fantasma.

Foto: Tânia Carvalho

DA: Onde sonhas chegar um dia com a tua música? EC: Sonho um dia poder viver da música.


Photo Tiago Costa - Behind the Scenes Pedro Marques - HairStylist Isabel Queiroz do Vale - Assistant Jo達o Lima - Make Up Marisa Duarte - Models Sara Correia@ML Agency e Nadiya Sabelkina@Central Models




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Special Thanks to - Pousada de Cascais - JAT - Isabel Queiroz do Vale Todas as peças - Coleção 2012 José António Tenente - JAT atelier 214 827 220


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DISPONÍVEL NOS AGENTES AUTORIZADOS DA MARCA EM TODO O MUNDO INFORMAÇÕES: +351 21 425 72 00

Hypnotic Collection • 99 euro



Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira


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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

G O O D I E S

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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

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Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira


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SYDLIG Talheres de salada - 1,99€

Foto: Tiago Costa Direção de Arte: Inês Ferreira

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Cinema Eduardo Mãos de Tesoura O argumento é complexo, doentio e genial, mas, ao mesmo tempo explora o lado profundamente sexual e perverso do ser humano. Por Inês Ferreira

Eduardo Mãos de Tesoura


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L I F E S T Y L E Fotos: Trailer do Youtube

Este mês decidimos relembrar um clássico do cinema, datado de 1990, Eduardo Mãos de Tesoura. Decidimos retirar este “tesourinho” do baú, porque nunca é demais relembrar grandes histórias, principalmente quando estas são bem contadas. É assim que esta história nos transporta para dentro daquele bairro que tanto se assemelha a um mundo encantado, com casas em tons que tanto lembram marshmallows e personagens com características tão particulares. Edward (Johnny Depp) e Kim (Winona Ryder) personificam uma história de amor, um tanto ou quanto impossível, entre um rapaz cujas mãos são tesouras e uma adolescente, que perante a ingenuidade e generosidade deste muda a sua visão formatada daquilo que é importante, acabando por se apaixonar por Edward. Esta história contada pela genialidade do realizador Tim Burton, não poderia deixar de ser uma crítica encantadora da sociedade e dos valores da mesma.

Todas as ideias pré-concebidas relativamente à aparência de alguém acabam por cair por terra quando Tim Burton nos dá a conhecer a sua personagem Edward, que tanto tem de assustador (à primeira vista), como de generoso e profundamente inocente (como se revela ao longo de todo o filme). É no entanto o preconceito em relação ao mesmo que acaba por fazer com que este, sem culpa alguma do desenrolar dos acontecimentos, acabe invariavelmente por arcar com as consequências dos mesmos, acabando por se refugiar no local do qual tinha outrora saído. É não só pelo argumento, como também pelos cenários e banda sonora, como ainda pelos efeitos gráficos (bastante desenvolvidos para a época) que Eduardo Mãos de Tesoura merece ser visto e revisto.


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Cultura Urbana

Conteúdo sob pressão - parte 2 “-Ahh! Isto sim, pode chamar-se Graffiti... Agora aqueles rabiscos, disso já não gosto!” Por Gustavo Mesk

Fotos: gothamist.com - mymodernmet.com - senseslost.com

Fonte externa: grafitenoindustrial.blogspot.pt/2010/03/as-girias-do-grafite.html


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É sabido que o Hall of Fame, vulgo Graffiti legalmente pintado numa parede, é melhor recebido pela maioria da sociedade, mas há também quem encontre beleza no Bomb (ilegal), talvez por respeito ao facto desta ser a forma mais pura do Graffiti e do manifesto por este defendido, talvez pela coragem e mestria presente nos traços apressados que o desenham. Esta habilidade com a lata é conhecida por skill e este, por sua vez, determina o quão bom o writer (pintor de Graffiti) é, numa escala que começa pelo toy (iniciado) e termina no king ou legend. Os writers são também divididos entre oldschool e newchool, sendo esta separação meramente informativa do estilo de Graffiti com que mais se identificam. Pode também estar relacionado com o ano em que começou a pintar. O oldschool remonta aos pioneiros e a um estilo mais selvagem e confuso chamado wildstyle e ao 3D, no qual as peças ganham espessura enquanto o newschool traz a novidade e a experimentação da era digital. A seguir à qualidade, vem a quantidade e a dificuldade dos sítios ou spots alcançados. Geralmente, uma peça de Graffiti ilegal demora entre 5 a 15 minutos a ser concluída, dependendo claro da sua dimensão, enquanto que a conclusão de uma legal pode durar dias, pois naturalmente não existe qualquer preocupação com as autoridades e as multas adjacentes. Existem latas de spray para todos os casos, com alta e baixa pressurização, ou seja, que expelem mais ou menos tinta quando se pressiona o difusor, conhecido por cap, de diferentes tamanhos, que proporcionam uma linha mais fina ou mais grossa, consoante o que o artista pretender. Na anatomia de uma peça de Graffiti, é comum en- contrarmos o preenchimento ou fill-in, depois o traço que determina a sua forma, conhecido por outline e por vezes um traço de cor diferente posterior ao outline,chamado highline, que tem como objetivo, destacar a peça do fundo sobre o qual esta é pintada.

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Normalmente, ao lado da criação, o writer assina com a sua tag (pseudónimo do artista) e a da sua crew (equipa ou grupo de amigos que habitualmente pintam juntos e que representam todos o mesmo nome), havendo ainda quem deixe props (homenagens) para outros writers, amigos ou crews. Existe ainda o bite, uma expressão negativa que aponta a cópia ou plágio de outro artista e o cross, que é pintar por cima de outro artista. Contudo, existe o bom e o mau cross, segundo o “código de honra” do Graffiti, isto é, uma boa peça pode “crossar” tags e outras peças de nível inferior, enquanto o contrário é considerado uma falta de respeito para com o artista que foi “crossado”, tanto por lhe estragar a peça, como por desrespeitar o dinheiro do material e o tempo que este investiu na elaboração do Graffiti. Esta ofensa é muitas vezes levada a peito pelos writers, independentemente do país em que vivem ou pintam, e geralmente é motivo para represálias e rixas entre quem “crossa” e quem é “crossado”, podendo ainda alastrar e envolver os restantes membros da crew de cada um. Em Portugal, ainda nem todas as cidades estão fami- liarizadas com o Graffiti. Algumas aprenderam a acei- tálo e ainda tiram proveito do mesmo, reciclando camiões do lixo, vidrões e fachadas de edifícios devolu- tos, como é o caso de Lisboa (através da “Galeria de Arte Urbana – GAU”) ou Covilhã e Ponta Delgada que aco- lhem os festivais de arte urbana “Wool” e “Walk&Talk”, respetivamente. Outras como o Porto, repudiam esta vertente, de tal forma que preferem ter fachadas a cair de podre, a autorizar a reabilitação das mesmas através de pinturas que, a meu ver, acrescentam valor ao património cultural da cidade. Deixo aqui três links para os mais curiosos, e espero encontrar-vos desse lado para o próximo mês. www.gau-lisboa.blogspot.pt / www.walktalkazores. org / www.woolfest.org


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Páteo do Petisco A moda do petisco veio para ficar e afirma-se agora em força em Cascais com o Páteo do Petisco, bastante concorrido, pelos seus deliciosos petiscos e sobremesas caseiras. Por Inês Ferreira

“Choco, Bitoque, Prego, Teclado, Batatas, Camarão Frito ou Cozido...”

Fotos: Tiago Costa


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A moda do petisco veio sem dúvida alguma, para ficar! Após muitos anos “adormecida”, (sendo necessário ir aos bairros típicos lisboetas para se petiscar), volta agora a reaparecer em força em Cascais e também a aumentar em Lisboa, abrindo agora bastantes espaços dedicados ao petisco. Estivemos num destes espaços, mais precisamente no Páteo do Petisco, em Cascais, que não é apenas mais uma tasca ou adega para petiscar. Este restaurante, com ar de tasca tradicionalmente portuguesa, (não só pelos pratos, como também pela decoração), prima pela qualidade/preço e pelo facto de se poder petiscar tanto à tarde, como às horas tradicionais para refeições, como ainda até à meia-noite, coisa rara por estas paragens. Este restaurante, pertencente a quatro sócios tem de facto um páteo com “mesas corridas” ao estilo de cantina, onde se pode gozar os finais de tarde quentes, petiscando com amigos, ou caso seja mais friorento,

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pode sempre entrar nas suas salas com paredes de pedra, mas com uma particularidade bastante útil: áreas para escrever a giz, onde podem encontrar escritos todos os petiscos e maravilhosas sobremesas desta “casa portuguesa”. Talvez não muito amigo das calorias, mas certamente muito amigo da sua boa disposição, neste restaurante poderá deliciar-se com petiscos tais como: camarão frito, percebes, pregos, açorda de gambas, choco frito, entre muitos outros. No entanto (e porque no Páteo do Petisco pensam em refeições para todas as bocas), poderá também encontrar opções mais light como um belo bife grelhado, ou mesmo uma espetada de lulas. Mas conselho de amigo: vá à Travessa das Amoreiras, na Torre, em Cascais, esqueça-se da “linha” por um dia e prove todos os petiscos que conseguir. Valerá bastante a pena a experiência.


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Cascais

Na terra dos tios e das tias... Hoje vou provar que Cascais é muito mais que isso e pode ser um óptimo local para passar um fim-de-semana! Por Joana Domingues

Santini - Entre 2€ a 5€ Hotel Cascais Miragem - Entre 200€ a 500€

Vela Clube Naval - 5€ Galeão do Sal - Gratuito

Cascais é conhecida pelas praias, pelos gelados Santini, pelas tias e tios das festas que aparecem nas revistas e pelos betos de pólo... Hoje vou provar que Cascais é muito mais que isso e pode ser um óptimo local para passar um fim-de-semana! Ora vejamos:

praias de Cascais! Se apreciam locais bem decorados prestem atenção aos muitos detalhes deste espaço! O Miragem é também o local ideal para saborear uma refeição! Pode escolher dois restaurantes; o Restaurante Oasis que tem uma combinação de frescos ingredientes, apresentados num delicioso buffet com diversas sugestões. Se quiser algo mais requintado recomendo-lhe o restaurante Gourmet que é um dos mais elegantes espaços do Hotel! A sua carta apresenta-nos uma enorme variedade de pratos que combinam a cozinha tradicional portuguesa com influências internacionais!

Um bom hotel Poderia indicar-vos vários, mas se querem fazer a coisa à grande e à francesa experimentem o Hotel Cascais Miragem! E porquê? Imaginem um hotel desenhado a uma escala superior à do ser humano... O Hotel Cascais Miragem é esse local. Localizado naquele que foi, o retiro preferido de muitos Reis e Aristocratas, o Hotel Cascais Miragem surge numa atmosfera de requinte, com vistas deslumbrantes sobre o Atlântico e as já referidas belas

O que fazer Existem programas para todos os gostos em Cascais! Tanto pode ir comer o já referido gelado Santini como


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Fotos: Bruno Gascon

pode ir fazer uma aula de vela ao Clube Naval de Cascais! Ao longo de mais de 40 anos a escola foi responsável, com maior incidência na última década, pela formação de muitos velejadores portugueses, alguns com projeção nacional e internacional , sendo relevante não só a percentagem de velejadores do Clube que hoje pertencem às equipas pré-olímpicas portuguesas, como daqueles que mais recentemente têm obtido êxitos e classificações honrosas nas suas competições internacionais (viram os Jogos Olímpicos?). Se achar esta atividade demasiado agitada para si pode sempre optar por visitar os muitos museus da vila! Todos têm entrada gratuita! Recomendamos-lhe que visite o Museu do Mar onde se dá precisamente realce às Gentes do Mar, às Pescarias, e, sobretudo, à história e vivências da comunidade piscatória cascalense, pode-se ainda descobrir muito sobre aspetos de ordem histórica e técnica, dando também realce a temas de grande interesse e memória para Cascais, como a Vela e as Festas Navais, que tanto abrilhantaram esta linha de costa e, em especial a Baía. Ainda na onda dos temas marítimos recomendo-lhe uma visita ao Farol de Santa Marta! Pode visitar o edifício e descobrir tudo sobre a vida num farol através dos tempos. Bem perto existe um espaço maravilhoso, um palácio cujo jardim, ou pelo menos parte do jardim é precisamente uma praia! Falamos-lhe da Torre de S. Sebastião, atual Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, que data do início do século XX e foi edificada por iniciativa do aristocrata Jorge O’Neil. Obra notável da arquitetura romântica, a Torre de S. Sebastião fascina pela mistura de estilos e por um envolvente misticismo que faz imaginar histórias de outros tempos...

Para terminar o dia recomendamos-lhe que se faça ao mar e embarque num antigo galeão do sal de nome “Estou para ver Cascais”! Esta é a melhor forma de apreciar a costa e mesmo outras embarcações que revelam toda a nobreza deste mar e desta vila! O Barco “Estou para Ver Cascais” é uma das embarcações com tradição em Cascais. Convertida a partir de um antigo Galeão do Sal do início do Séc. XX, com cerca de 18 metros, é utilizada nos dias de hoje para a realização de passeios junto à costa Cascais/Estoril, de forma a proporcionar a visualização das mais belas paisagens que o concelho de Cascais tem para lhe oferecer. Mas há mais, muito mais para ver e fazer em Cascais! Não se espante se encontrar iniciativas culturais ao virar da esquina! Os concertos ao ar livre são uma constante e claro, se gostar de arriscar pode sempre passar pelo mítico Casino do Estoril! Não lhe vou falar das praias pois elas já são sobejamente conhecidas! Fica um alerta! Se quer espaço para a toalha recomendolhe que chegue bem cedo, os areais de Cascais não são pequenos, mas devido à grande procura muitas vezes é difícil vê-lo debaixo da maré de toalhas espalhadas em toda a sua área! Quanto aos betos, às tias e aos tios... Bem, a verdade é que eles fazem parte do quadro, não se espante com a sua presença... Cada um pode e deve apreciar Cascais do modo que muito bem entender! O importante é ir... E, sobretudo, desfrutar!


main collection fall/winter 2012


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