DeepArt nº15

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Revista Mensal Gratuita - DeepArt - NĂşmero 15 - Outubro de 2013


FICHA TÉCNICA Direção Inês Ferreira Tel: 966 467 842 direcao@deepart.pt Editor-in-chief Tiago Costa Tel: 965 265 075 direcao@deepart.pt Diretora de Comunicação Maria João Simões comunicacao@deepart.pt Design Gráfico e Direção Criativa Inês Ferreira design@deepart.pt Fotografia e Pós-Produção Tiago Costa fotografia@deepart.pt Colaboradores Ágata C. Pinho - André Albuquerque Andrea Ebert - Charly Rodrigues - Joana Domingues - Marcos Alfares - Nervos - Pedro Barão - Pedro Carvalho - Rita Chuva - Rita Reis - Rita Trindade - Rui Zilhão - Sandra Roda - Vítor Marques Colaborações Especiais Ana Burea - Ana Duarte - Bárbara Duarte - Daniela Hanganu - Élio Nogueira - Henry Maurício - Inês Lopes - José Luís Cunha - Marine Fernandes - Miguel Oliveira Patrícia Ferreira - Pedro Nicolau - Ricardo Aço - Ricardo Santos

Revista Mensal Gratuita - Nº 15 - Outubro de 2013

Fotografia - Ricardo Santos Modelo - Daniela Hanganu @ Central Models Styling - Ricardo Aço e Pedro Nicolau (assistente) Cabelos e Maquilhagem - Miguel Oliveira

Site www.deepart.pt facebook.com/deepartmagazine Para outros assuntos: geral@deepart.pt

Propriedade Inês Ferreira Periodicidade Mensal Contribuinte 244866430 Sede de redação Rua Manuel Henrique, nº49, r/c, dto., 2645-056 Alcabideche Inscrição na ERC 126272

É proibido reproduzir total ou parcialmente o conteúdo desta publicação sem a autorização expressa por escrito do editor.


Semelhança Algo semelhante pode ser absolutamente uma coincidência de acordo com o famoso ditado, ou nem tanto. Há muitas semelhanças que são propositadas por vezes, como forma de duas peças se complementarem, ou até mesmo por forma a criar algum tipo de confusão em quem observa ou disfruta de determinado objeto. Para cépticos da minha “estirpe” há que dizer que como não há coincidências, de facto toda e qualquer semelhança não são de todo uma coincidência, mas sim algo premeditado. Quantos são os gémeos, que por mais “fotocópia” que sejam um do outro, nada têm de semelhante no que toca a gostos, opiniões, personalidade? Há no entanto uma certa tendência de muitos pais tentarem exacerbar aquela semelhança, vestindo as crianças com a mesma roupa. Mas se há algo que não há maneira de contornar são depois os pequenos pormenores que fazem toda a diferença. O mesmo se pode dizer dos objetos, as imitações em relação aos reais. No design isto é algo f lagrante, um pouco na lógica dos gémeos! A roupagem é a mesma ou muitíssimo semelhante, no entanto a consistência, desempenho ou funcionalidades, nem tanto. Se há coisa que me fascina e também a mil e uma

pessoas, são os relógios! De facto para quem é um adepto acérrimo destas “máquinas do tempo”, muitos são aqueles que se encontram inalcansáveis ao seu bolso. Assim sendo, há que recorrer àquelas imitações, muitas delas perfeitas à primeira vista, mas que depois demonstram que só os ponteiros das horas e minutos mexem e não todos os desenhos de ponteiros que lá se encontram. O que poderemos então dizer de um sem fim de imitações de obras de arte que só ao final de muitos anos são descobertas como sendo falsas?! Aqui nem só a técnica está em questão, mas sim todo um património histórico que aquela peça carrega consigo. No entanto, muitas peças semelhantes complementam-se e não fariam sentido se não vivessem com os seus pares. Disto são exemplos muitas das peças de design que são modulares e permitem que cada pessoa faça a sua própria combinação. Nesta edição da DeepArt poderão comprovar aquilo de que falo e a título de exemplo temos os sinais Vintage Marquee Lights que, com um design semelhante permitem que possamos fazer várias combinações diferentes e personalizadas. Boa leitura!


outubro 2013

Goodies

Pride

008 - DESIGN - Design e comida 012 - DESIGN - Produto 024 - DESIGN - Nem tudo o que reluz é ouro...

036 - ENTREVISTA - Gonçalo F. Santos 056 - ENTREVISTA - Linda Martini 066 - ENTREVISTA - Iúri

Lifestyle 026 - STREET ART - “Cidade Cinza” parte 2 028 - ARQUITETURA - Semelhança 030 - STREET ART - Pedro - Uma questão urbana 046 - MÚSICA - Nervos - Stereoboy 048 - EMPRESA - Luxo é ser humano 050 - MÚSICA - After the Smoke 052 - ILUSTRAÇÃO - Tratas-me como um animal 060 - CARICATURA - EmCara 072 - BLOG - O melhor da moda é sentir-se bem

Editorial 076 - MODA - Resistence 088 - MODA - A Case of You 096 - MODA - Red at Night 104 - MODA - Ballerina

Trends 112 - MODA - New York Fashion Week 113 - MODA - 43ª Edição ModaLisboa 114 - MODA - Trends 118 - MODA - Menos restrição, mais inovação



Estúdio da Colina

Alugueres a partir de

60€/sessão O Estúdio da Colina fica localizado na zona do Areeiro (Lisboa). Para marcações: - 969 549 782 - estudiodacolina@gmail.com


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DESIGN

D esign e comida Ideias para abrir o apetite das mentes mais criativas. Por Rita Trindade

Design e comida – uma combinação que pode tomar as mais variadas formas e surgir nos mais diversos contextos. Este mês trago-vos um conjunto de conceitos, ideias e objectos que combinam estes dois temas de maneiras bem diferentes. Para começar, porque não o mais simples? Apesar de pouco complexo, nem por isso prima pelo comum: é uma série de mobiliário comestível sob o nome de The Austerity Collection, apresentado este ano. Leram bem: mobília que se come. Mas não se preocupem que não é como se fossem à procura de uma mesa, para depois a comerem e ficarem a precisar de outra. Na verdade, a parte comestível propõe-se a responder a necessidades nutricionais para aqueles que mais sofrem com a crise e se vêem rodeados de objectos decorativos que passam a ser supérf luos e inúteis num cenário de pobreza e novas prioridades. Deste modo, sempre que necessário, estas peças

de mobília e decoração apresentam uma solução alimentar, sendo que, depois de consumidas, revelam o verdadeiro objecto final. A autoria destes objectos é do estúdio Lanzavecchia + Wai e contam, entre outros, com uma mesa de café cujo tampo é um rebuçado (depois de comido, deixa à mostra três bases para chávenas de café), um banco envolto em chocolate branco (formando deste modo uma cadeira), e até mesmo um tampo de mesa apoiado em latas de carne e pegado a várias bolachas. Passando para a sustentabilidade como pano de fundo, temos um aquário de seu nome Local River, de 2008, da autoria do designer francês Mathieu Lehanneur, cuja funcionalidade é permitir às pessoas cultivarem os seus próprios alimentos dentro de casa. Esqueçam tudo o que sabem sobre hortas caseiras – isto está alguns passos


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mais à frente. Imaginem um aquário onde vivem peixes para consumo futuro e sobre os quais f lutuam vários vasos com legumes diferentes. Os legumes ajudam a purificar a água, absorvendo nitratos e minerais necessários ao seu crescimento, permitindo deste modo que os peixes vivam num ambiente puro e não poluído. O objectivo de Lehanneur é o de reduzir a poluição e permitir aos consumidores saberem exactamente de onde veio o que comem, já que são eles que o estão a produzir. Assim, em vez de um aquário decorativo, cada um pode ter um aquário funcional praticamente auto-sustentável que se baseia numa relação de simbiose. Continuando na linha de produzir os próprios alimentos, falo-vos agora de uma máquina criada pela Philips Design em 2009, sob o nome-tema Food Creation, cuja função é a de criar alimentos segundo as preferências dos consumidores. Funciona de maneira muito semelhante a uma máquina de prototipagem rápida e pretende permitir ao utilizador criar alimentos com consistências e formas à sua escolha, partindo de ingredientes correspondentes às necessidades nutricionais de cada pessoa. Inspirada na gastronomia molecular, esta criação tomou como rumo tendências cada vez mais populares, de entre as quais: a cada vez maior enfatização na medicina preventiva ao invés da medicina curativa, a crescente procura por ingredientes orgânicos, a modificação genética, a ameaça da falta de comida e o aumento de preço da mesma.


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DESIGN

Para terminar, guardei o conceito mais estranho e curioso. Em Junho deste ano, Minsu Kim, licenciada pelo Royal College of Art, apresentou um projecto chamado Living Food baseado em biologia sintética, que consiste em comida que se movimenta no prato do consumidor e se assemelha a seres vivos. Podemos ver neste conceito novamente uma inf luência por parte da gastronomia molecular: enquanto a gastronomia molecular passa por pegar em alimentos, desconstruí-los e conferir-lhes novas formas e texturas – apostando sempre no forte que é o sabor – o projecto Living Food pretende injectar movimento nos alimentos para que estes se comportem como criaturas vivas e dinâmicas que interajam com os próprios talheres e causem sensações na boca. Os três pratos mostravam movimentos de contorção, ondulação e ainda inchaço (como se a comida estivesse a respirar). Seja qual a funcionalidade final, a combinação entre comida e design é ampla e oferece espaço a várias ideias e conceitos interessantes e inovadores. É seguro dizer que cada vez mais iremos ver projectos que combinam os dois. Cada vez menos comemos apenas por necessidade e ainda bem – se é algo que temos de fazer todos os dias, mais vale que seja um prazer. Créditos imagens: The austerity collection - Lanzavecchia + Wai Local River - Mathieu Lehanneur Food Creation – Philips Design Living Food - Minsu Kim

Esta colaboradora/autora não escreve com o novo acordo.



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PRODUTO


Fotografia: Tiago Costa (www.tiagocostaphoto.com) Direção de Arte: Inês Ferreira

GROOVE UP

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PRODUTO

Um carro que não é simplesmente um carro, mas sim uma extensão de quem nele “habita” é um Groove Up com certeza! Capaz de despertar os ânimos dos mais insensíveis, esta edição especial Groove, através do seu sistema de som Fender com 300 watts de potência, irá com certeza proporcionar-lhe momentos “auditivamente” divertidos. Quem de nós poderá dizer que nunca pôs uma “musiquinha” bem alta no carro no meio do trânsito? No Groove Up isso não será com certeza um problema porque o som faz jus à marca do qual é proveniente, auxiliado ainda pelos seis altifalantes e um subwoofer de que dispõe. No que toca ao seu desempenho, o mesmo está disponível com o motor a gasolina de três cilindros 1.0 com 75 cv, tornando-se ainda intuitiva a sua condução graças à sua caixa automática ou sequencial. Também a sua côr, especial e dedicada a esta edição do Up, fará com que todos parem a olhar para este modelo, que não dispensa pormenores de “requinte e malvadez” no seu interior, desde pormenores nos bancos, tabliê, ou até mesmo nos tapetes, tantas vezes “negligenciados” pelas marcas. Algo que não poderia ser esquecido com tantas questões estéticas, são as jantes, vindo o mesmo com jantes Upsilon de 16 polegadas. Muito ainda poderia ser dito em relação a este citadino, mas vale a pena ver e experimentar por si mesmo! Sofrerá com certeza uma mudança na sua condução e disfrutará de uma experiência “transformadora”, ou não apresentássemos a seguir aquilo de que fomos alvo nesta jornada!

Óculos - Diesel Camisa - Levi’s Gorro - Gant; €89 Ténis - Lacoste; €105



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PRODUTO

Calças - Levi’s Ténis - Lacoste; €105




PRODUTO

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テ田ulos - Diesel


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PRODUTO

Carteira - Diesel; €75 Relógio - Komono; €94,95


Gorro - Gant; €89 Sapatos - Melissa; €170 Casaco - Lacoste; €180 Headphones - Nixon; €101,20


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PRODUTO



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DESIGN

N em tudo o que reluz é ouro... Por Rita Chuva

Jerrad e Machel Green, o casal por trás da marca, são ainda perfurados por uma miríade de pequenas luzes que brilham como estrelas minúsculas. Cada peça é única, sendo que tudo é feito artesanalmente. Podem ser grandes ou menos grandes, pequenas é que não. Satisfazem todos os gostos e ocasiões. Podem ser colocadas no interior ou no exterior. No interior, não se importam de pertencer à família dos candeeiros ou das peças de arte. Porque, no fundo, são um pouco de ambos. No exterior, peça decorativa ou chamariz para um negócio, porque não? E porque não um misto?

... e não há problema nenhum. Afinal, quem precisa de ouro quando algo tão simples como metal enferrujado briha mais do que metal precioso? Com tal semelhança, é normal confundirem-se os sinais luminosos Vintage Marquee Lights com autênticas peças de ouro, apesar de serem feitas a partir de metal com ferrugem, desgastado habilmente para lhes conferir um ar envelhecido e vintage. As letras e símbolos criados por

Há coisas que só podem ser ditas de forma especial e esta é uma forma gloriosa de o fazer. Receber a inicial do nosso nome das mãos do nosso mais que tudo e celebrar o aniversário de namoro através dos anos que nos juntam. Colocar um sorriso na cara de um feliz casal na sua boda através de um & que os unirá para sempre, e que tal uma estrela cintilante para celebrar o primeiro Natal passado a dois? A primeira letra do nome do bebé que está a chegar e cujo quarto queremos mimar de forma especial, ou uma seta iluminada a indicar que a festa é aqui, não há que enganar! Mostre aos seus amigos que tem mesmo um coração de ouro... literalmente. Um sem fim de ocasiões em que as Vintage Marquee Lights nos podem acompanhar, ao longo da vida. Porque há alturas em que precisamos de inspiração e de iluminação. E bem acompanhados, é garantido que nunca ficamos às escuras. Fonte e imagens: http://www.vintagemarqueelights.com


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Lifestyle 026

STREET ART

“C idade Cinza” Parte 2 Por André Albuquerque

Devido a algumas leis que têm entrado em vigor e certas atitudes por parte de certas câmaras municipais, que continuam a multiplicar-se, o texto deste mês constitui uma crítica, não contra um indivíduo nem contra uma lei, mas antes uma crítica contra mentalidades. No passado dia 23 de agosto foi implementada uma nova lei que visa a aplicação de coimas a todo o tipo de graffitis, citando “o regime aplicável aos grafitos, afixações, picotagem e outras formas de alteração, ainda que temporária, das caraterísticas originais de superfícies exteriores de edifícios, pavimentos, passeios, muros e outras infraestruturas”. As coimas variam entre os 100 e os 25.000 euros! Tendo em conta que muita gente que faz graffiti junta todos os trocos e materiais que consegue para poder pintar e realizar a sua arte, a meta dos 25.000 euros é, diga-se, “ligeiramente” alta! Qual será a restauração, seja de uma parede, uma janela ou uma carruagem que necessite de 25.000 euros para que esta volte a adquirir o seu estado de origem?! O objeto desta medida é, e passo a citar, “superfícies exteriores de edifícios, pavimentos, passeios, muros e outras infraestruturas, nomeadamente rodoviárias e ferroviárias, vedações, mobiliário e equipamentos urbanos, bem como de superfícies interiores e (ou) exteriores de material circulante de passageiros ou de mercadorias”. As infrações, denominadas contra-ordenações, como no código da estrada, serão divididas em leves e muito graves, sendo as leves coimadas entre 100 e 2.500 euros e as muito graves a partir de 1.000, ascendendo até 25.000 euros.

As leves são “quando descaraterize, altere, manche ou conspurque a aparência exterior do bem móvel ou imóvel, ou a aparência do exterior ou interior de material circulante de passageiros ou de mercadorias, mas sendo reversível por via da simples remoção, limpeza ou pintura”; já as muito graves “quando descaraterize, altere, manche ou conspurque, de forma permanente ou prolongada, a aparência exterior do bem móvel ou imóvel, ou a aparência do exterior ou interior de material circulante de passageiros ou de mercadorias, pondo em grave risco a sua restauração, pelo caráter definitivo ou irreversível do meio utilizado para a sua alteração”. Não é preciso dizer que isto não é uma medida para os artistas e os writers pintarem menos ou ficarem com medo, pois certamente que isso não irá acontecer, pois quem o faz é por gosto e continuará sempre a fazer algo que aumenta a sua felicidade. Esta medida é apenas para haver mais uma maneira de punir a criatividade… e mais não digo. Passo a apresentar uma série de medidas, na sequência desta lei, que foram postas em prática no Porto por Rui Rio, presidente da autarquia. A primeira consistiu em colocar 15 militares a pintarem uma parte do bairro da Bouça que continha paredes viradas para a estação da Lapa repletas de côr e graffiti e que agora são cinzento betão. E dias depois desta medida saiu a melhor de todas (para quem não percebe, ver o significado de ironia no dicionário de Língua Portuguesa) e mais caricata foi a que vou passar a apresentar.


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Com base na recente legislação (a caça à multa no graffiti), Rui Rio pensou que os artistas necessitariam de espaços legais para praticar o graffiti (evitando as multas pesadíssimas que passariam a ser aplicadas a quem fosse apanhado no acto de pintar uma parede que não lhe pertencesse). Até aqui tudo bem, já existem diversas paredes legais em diversas localidades cedidas ou pelas Câmaras ou pelos seus proprietários. Mas o que aqui interessa e me deixou realmente maravilhado (voltar ao dicionário) foi, logo à partida, o título da notícia divulgada, e passo a citar “Câmara do Porto quer cobrar pelo menos 40 euros para licenciar graffitis”. Posto isto acho que nem é preciso continuar a escrever sobre o assunto… Se à partida a notícia da nova lei que visa coimar os praticantes de graffiti possa ser defendida como um apelo e uma medida para acalmar o chamado vandalismo, sobre a alternativa encontrada pela Câmara do Porto não restam dúvidas que serve apenas um propósito, o enchimento do bolso que já não é nada vazio… No contexto do país em que vivemos ser presidente, vereador, deputado e todos os cargos políticos que sugerem e votam a favor de leis em Assembleia da República são apenas profissões. Ser presidente da câmara é também uma profissão e, no esquema social em que vivemos, de que nos servem as profissões se não para ganhar dinheiro? Fica a pergunta no ar, assim como a integridade e responsabilidade de cada profissional na sua área. Analisando mais profundamente esta notícia consegue-se perceber que os 40 euros cobrados pela autarquia são “pela emissão do alvará” de licenciamento dos graffitis “até oito metros quadrados”, acrescendo cinco euros “por cada metro quadrado a mais” e outro tanto “por cada período de 30 dias ou fracção”.

027 Lifestyle

Pagar para dar côr, cultura e movimento a uma cidade cinza e sem vida?! Correndo o risco de ser mal educado, a resposta só pode ser uma: “Vão à M****”. Ainda na notícia que apresenta esta nova lei se pode ler: “Rui Rio esclarece que o diploma legal que entrou em vigor a 1 de setembro atribui às autarquias competências para este licenciamento, “em locais previamente identificados pelo requerente” e “mediante a apresentação de um projeto e da autorização expressa e documentada do proprietário da superfície ou do seu representante legal, quando este exista”. A legislação estipula ainda que “as licenças em causa são emitidas nos termos do regulamento de taxas e isenções definido pelo município competente para o licenciamento”, acrescenta o presidente do município.” Ou seja, mesmo que a parede não seja da Câmara, mesmo que esta tenha um dono que queira que esta seja pintada, ele dá o seu consentimento ao artista e esse artista terá de se dirigir à Câmara para pedir um alvará e pagar o valor correspondente, ainda antes de comprar todo o material e perder horas de trabalho a dar côr e vida a essa mesma parede que a autarquia nem sabia que existia. O que mais resta dizer? Basta mantermo-nos calados e em fila, sem ideias e imaginação e tudo estará bem para os governantes deste país… A não ser que se pague. Sem mais para dizer despeço-me até ao próximo mês. Nota de autor: A edição deste mês não conta com qualquer imagem associada à mesma, como forma de protesto. Paredes cinzentas, papel branco.


Lifestyle 028

ARQUITETURA

S emelhança na reabilitação

Foto: http://www.urdesign.it/wp-content/uploads/2013/05/1-prettyvacant-installation-by-rietveld-landscape-at-centraal-museum.jpg

Por Pedro Carvalho Inception Architects Studio

Pretty Vacant Instalation no Central Museum, Utrecht – Rietveld Landscape Architects

SEMELHANÇA é a qualidade referente ao que é semelhante, ou que se parece com algo ou com alguém, como por exemplo, dois seres vivos ou dois objetos muito similares que aparentam ou têm algumas caraterísticas em comum… Para nós arquitetos, no que diz respeito aos ‘velhinhos’ edifícios de muitos dos nossos centros urbanos – esquecidos, degradados, devolutos - e à temática da Reabilitação e Regeneração Urbana, podemos afirmar que a reinterpretação e reformulação de que são muitas vezes alvo, se trata de um caso de semelhança ‘pura e dura’… O tema da Reabilitação Urbana é, atualmente, uma premissa incontornável das nossas cidades. Cada vez mais se abordam e se debatem questões inerentes à conservação e defesa do património histórico, ou relativas ao ordena-

mento do território e consequente coesão social, ou também mesmo quando se abordam assuntos como o desenvolvimento urbano sustentado e a sua respetiva qualificação ambiental. A Recuperação ou Reabilitação Arquitetónica e Urbana afirma-se como ferramenta essencial para a qualificação e desenvolvimento dos territórios construídos, na grande medida em que, partindo das anteriores políticas de salvaguarda do património cultural, se extrapola para novas temáticas e abordagens ao território e aos seus centros urbanos, procurando ágil resposta para problemáticas de âmbito social, cultural, económico e ambiental e urbano. O tema é aliás tratado atualmente num alargado processo de gestão e manutenção geral do território, apoiando-se no tecido urbano que compõe as nossas cidades como


ARQUITETURA

029 Lifestyle

Foto: http://www.swissmade-architecture.com/bilder/originale/herzog%20de%20meuron%20caixa%20forum%20madrid%2011.jpg

extensa base de trabalho inicial, onde os arquitetos, partindo do singular ou do pontual - como o restauro|recuperação do monumento ou edifício isolado - rapidamente passam ao plural, ao mais vasto, e assim à reabilitação das zonas históricas das cidades e centros urbanos, amplificando este espetro de acção para todas as áreas degradadas da cidade numa intensa procura por novos ritmos, nova vida, novas acções. A ‘ferramenta’ da reabilitação, recuperação ou restauro, é aquilo que permite aos arquitetos dotar, adaptar e ajustar o edifício, ou a área, que têm em mãos de uma nova existência mantendo, por vezes, estreitas semelhanças ou similaridades ao anteriormente existente. Ou seja, trata-se de lhes proporcionar uma 2ª vida ou uma 2ª oportunidade de, novamente, se perpetuarem e afirmarem no espaço urbano envolvente construído, mantendo as mesmas proporções e o mesmo traço, numa relação clara de semelhança com o que foram noutros tempos, reconstruindo-se pelo interior.

Foto: http://www.dsgnr.cl/wp-content/uploads/2013/02/ApartamentoJunqueira-Lisboa-Aspa-Arquitectos-2-550x612.jpg

Caixa Fórum Madrid, Madrid – Herzog & De Meuron

Num edifício semelhante ao inicial ou primitivo, adequam-se novas funções, novos usos, novas pessoas e novas experiências, com ideias, mentalidades e culturas diferentes às de outrora, muito embora agora num contexto mais de vanguarda, por vezes algo ‘retro-chic’, minimalista e recuperador, mas também atento e preocupado. Arquiteto e espaço/edifício intervencionado procuram, por outro lado, aliar-se e moldar-se a esta consciência premente, encarando a oportunidade concedida a estes estéreis espaços como uma forma dos mesmos se afirmarem no contexto urbano em que se inserem, numa nova arquitetura, numa nova modernidade, numa nova realidade, num novo uso. Recuperar e reabilitar é também para os arquitetos sinónimo de minimalismo, luz, afirmação, nobreza, arquitetura, modernidade, ecletismo, espacialidade, reintegração e unificação.

Apartamento na Junqueira, Lisboa – ASPA Arquitectos


Lifestyle 030

STREET ART

P edro Uma questão urbana

Fotos: Pedro Pedro

Por Inês Ferreira

Amália


STREET ART

031 Lifestyle

Q

Quando penso em Arte Urbana o meu imaginário é povoado por um manancial de imagens fortes, muitas delas coloridas e “intensas” que prendem o nosso olhar.

nhada e séries de animação.

A mensagem que este tipo de arte passa, tendo uma componente crítica da sociedade, ou apenas a imortalização de algo, faz com que ninguém fique indiferente e não raras são as vezes em que ao depararmo-nos com uma intervenção deste tipo, esboçamos um sorriso.

Mais tarde, inicia-se então no graffiti, onde é despertado o seu interesse por letras e possíveis tipografias, algo que se encontra visível até hoje nas suas obras. As mesmas são realizadas com colagens de jornais, revistas, entre outros, empregando diversas técnicas, que lhe permitem imortalizar toda uma série de acontecimentos já passados, nestes veículos de comunicação.

Muitos são os artistas que se iniciam devido ao seu gosto pelo desenho e este é precisamente o caso de Pedro, cujo “bichinho” nasceu devido ao seu gosto por banda dese-

Maioritariamente composta por retratos, a sua obra também aqui demonstra que a imortalização é algo que Pedro tem como constante preocupação.


Fotos: Pedro Pedro

Lifestyle 032

La Rage

STREET ART


STREET ART

La Rage

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Pride 036

ENTREVISTA

GONÇALO

F. SANTOS Gonçalo retrata todas as pessoas com o mesmo entusiamo e delas retira a sua “essência”, com um toque de humor. Assume que quando alguma fotografia lhe corre menos bem procura os “erros” durante muito tempo para não os voltar a cometer. Por Tiago Costa


S

Foto: Gonรงalo F. Santos


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ENTREVISTA

Gonçalo F. Santos, fotógrafo e “alfacinha de gema”, cedo iniciou o seu percurso na fotografia, aquando da oferta de uma camêra por volta dos seus tenros 12 anos de idade. Afirma que nesta altura tinha como único modelo o seu periquito e que após a morte do mesmo, entrou em “depressão” e voltou por este motivo a pegar na sua câmera apenas dez anos depois! Atualmente, colabora com várias publicações, criando para as mesmas retratos, onde capta a “essência” daqueles que fotografa, sempre com uma pitada de humor e sarcasmo à mistura. Afirma ainda que fotografa todas as pessoas com o mesmo entusiasmo e não consegue por isso eleger alguma que preferisse de momento fotografar, apesar de ter algumas que gostasse de conhecer. DeepArt: Existe alguma imagem que te tenha marcado em particular? Gonçalo Santos: Nunca penso muito no que já fiz, tento não me prender demasiado às imagens. As imagens que me ficam mais marcadas são aquelas em que eu não obtive o resultado que queria, são aquelas em que sinto que falhei. Fico durante imenso tempo a remoer sobre essas imagens e a pensar o que deveria ter feito e a tentar identificar todos os erros, por forma a não os repetir. DA: Com o teu portfólio, certamente que tens algumas situações caricatas para contar… Quais? GS: “What happens in a portrait stays in a portrait!” DA: Sei que fizeste fotojornalismo. A passagem para o retrato foi uma coisa natural? GS: Não diria natural. Saí da imprensa diária para ir para a Time Out Lisboa que estava a ser lançada. Ao trabalhar mais de perto com o diretor de arte, comecei a ter outra perceção de retrato bem como das necessidades que uma revista tinha. Quando trabalhas de perto com um diretor de arte podes pensar sempre as coisas de forma a obteres o melhor resultado nas páginas. O segredo para ter um bom retrato numa revista não é o tempo nem os meios que tens para o fazer, mas sim a relação que existe entre ti e a equipa que está a fazer o trabalho. Podes fazer em 2 minutos um retrato para a capa se souberes o que vais fazer. É mesmo muito importante perceber que é um trabalho de equipa e que trabalham todos para o mesmo fim.

DA: Para ti um bom retrato, tem como base a composição, ou a componente humana? É o olhar? É a expressão? O que te fascina nos retratos? GS: Cada vez mais, para mim, um retrato tem só e exclusivamente a ver com a pessoa que está a ser fotografada, tudo o resto são acessórios que complementam a imagem. DA: Como fotógrafo de retratos, já deves ter ouvido a expressão “coaching”. Achas o mesmo importante para conseguir um bom retrato? GS: Não conhecia a expressão! Como disse na pergunta anterior, o mais importante é a pessoa. Tens que criar uma situação confortável para a pessoa que estás a fotografar e garantir que o teu espaço para fazeres a fotografia está garantido. DA: Quem são as tuas inf luências? GS: Richard Avedon, Irving Penn e Helmut Newton. DA: Analógico ou digital? GS: Fotografar sempre em digital com uma mentalidade analógica. Não te serve de nada fazer 30 fotografias miseráveis se só precisas de uma boa fotografia, e não é a tentar fazer más fotografias que vais conseguir uma boa imagem. Trabalha e pensa melhor a imagem que queres fazer e não percas tempo que não tens. DA: Alguém que gostarias mesmo muito de fotografar... GS: Pergunta injusta! Francamente, fotografo todas as pessoas sempre com o mesmo entusiasmo. Claro que tenho pessoas que gostava muito de conhecer, mas para fotografar não sou esquisito! DA: Algum conselho para quem se inicia nesta área? GS: Perseverança! Se quiserem trabalhar em moda ou em retrato vão estagiar com um fotógrafo, se quiserem trabalhar em fotojornalismo vão estagiar para um jornal. Não tenham medo de contactar um profissional, o não já está garantido, só tem que trabalhar para o sim. Cuidado com os portfólios que enviam para as publicações! Um mau portfólio é o suficiente para ficarem com uma imagem errada do teu trabalho. DA: Que projetos tens para o Futuro? GS: Gostava muito de trabalhar noutros mercados! Quem sabe...


Foto: Ana Viegas

Gonรงalo F. Santos


Pride 040

ENTREVISTA


Fotos: Gonรงalo F. Santos


Pride 042

ENTREVISTA


Fotos: Gonรงalo F. Santos


Pride 044

ENTREVISTA


Foto: Gonรงalo F. Santos


Lifestyle 046

MÚSiCA

Foto: Ana Limão

Stereoboy


MÚSICA

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Stereoboy é o genuíno universo de Luís Salgado, músico natural de Tomar, hoje a residir na cidade Invicta. Por vezes convida amigos e bonitas vozes, que se juntam prontamente a embarcar em aventuras que passam por dois belíssimos EPs, Bubble Pop Core (2009) e M (2011), e apresentações ao vivo que recheiam salas de estar por todo o país. Nos anos 90 integrou os Simplex de Boozman e os Table of Random Numbers, coletivos onde pontificaram o rock experimental e as primeiras experiências eletrónicas. Nos U-Clic, que co-funda no início da década 00, soma essas duas vertentes e lança Console Pupils (2006). Paralelamente, e no conforto do seu quarto, foi crescendo como Stereoboy – projeto que prepara, até ao final do ano, mais uma série de viagens até ao íntimo da casa das pessoas. Em janeiro de 2013 é tempo de começar a trabalhar no primeiro longa-duração. www.nervos.pt/stereoboy


Lifestyle 048

EMPRESA

L uxo é ser humano Por Márcia Ávila

As raízes portuguesas estão fincadas no Brasil há mais de 500 anos. O berço da história deste belíssimo país continental está repleto de inf luências de Portugal. Os brasileiros cresceram e aprenderam, e hoje são emergentes nas mais diversas áreas. O país verde-amarelo “abençoado por Deus e bonito por natureza” está a provar, a cada dia, que é muito mais do que Carnaval, sensualidade e futebol. As empresas brasileiras estão-se a destacar pela criatividade, determinação para superar obstáculos e foco no talento dos seus integrantes.É exatamente nesse ambiente pulsante de empreendedorismo e inovação que está inserida a Costa & Ávila – Consultoria e Treinamentos Especializados, uma empresa dedicada a contribuir para a profissionalização e desenvolvimento de equipas.

A Costa & Ávila atua no mercado de consultoria empresarial e treinamentos especializados com o objetivo de contribuir para que as empresas brasileiras despertem a sua liderança e para que as equipas tenham uma nova consciência sobre mundo dos negócios e o papel relevante dos profissionais do século XXI para a competitividade das organizações. As empresas brasileiras estão a ser desafiadas a procurar respostas para um ambiente novo e complexo, que exige profissionais, cada vez mais, engajados, comprometidos, criativos e resilientes.

Fotos: Arquivo Pessoal

O objetivo da Costa & Ávila é oferecer aos líderes das empresas uma ref lexão sobre a importância das pessoas nas organizações e trabalha para provar que a qualidade é uma obrigação, que a tecnologia é uma ferramenta e que pessoas competentes são os verdadeiros diferenciais competitivos de uma empresa. A palavra luxo tem a sua raíz na palavra luz e a luz emana das pessoas, pois é a energia vital de uma equipa que energiza positivamente o clima organizacional. Luxo é ser humano!

Márcia Ávila

Com a velocidade das mudanças no mercado, as crises económicas constantes e as várias reestruturações necessárias nas empresas, ampliar os conhecimentos e habilidades de seus recursos humanos é sinónimo de fortificação dos diferenciais competitivos da organização. Nesse sentido a Costa & Ávila oferece treinamentos que


EMPRESA

049 Lifestyle

visam tornar os ambientes de trabalho mais saudáveis e as empresas mais fortalecidas. O sucesso é um processo contínuo do esforço para tornar-se maior. É a oportunidade de continuar a crescer emocional, social, espiritual, filosófica, intelectual e financeiramente, enquanto se contribui de alguma forma positiva para o crescimento das outras pessoas. É assim que pensa a Costa & Ávila, empresa criada pelos irmãos Maurício e Márcia Costa de Ávila – profissionais tão diferentes que se complementam de maneira única – unindo as suas experiências para acrescentar valor às empresas brasileiras. Márcia Ávila é Jornalista e Publicitária, com diversos cursos na área de Comunicação, pós-graduação em Gestão Organizacional (Administração de Empresas), Especialização em Inteligência Competitiva (Engenharia de Produção) e MBA em Gestão Empresarial. Trabalha fortemente com o setor supermercadista e atacadista distribuidor, e possui uma experiência de mais de 30 anos na área de comunicação, tendo atuado como jornalista, redatora de publicidade e editora de jornais e revistas. Recebeu prémios a nível nacional e editou a Revista “Profissionais & Negócios” no Estado do Rio Grande do Norte. Maurício Costa é Consultor de Negócios, graduado na área de Sistemas de Informação, com uma pós-graduação em Gestão Financeira e MBA em Gestão Empresarial. Com uma experiência de mais de 20 anos na área de Crédito Bancário, atuou como consultor para diversos bancos (SAFRA, BRADESCO, ITAÚ, CACIQUE, BVA, BANFORT, ZOGBI, FINASA, CREFISA, CITI BANK, BANCO FIBRA, BDMG – Banco do Desenvolvimento do Estado do Estado de Minas) desenvolvendo e implantando pelo país softwares para os segmentos de Atacado e Varejo em diversos produtos.

Costa & Ávila 55 84 8116 7131 – Vivo 9414 2163 – Claro 9688 4175 – Tim www.costaeavilatreinamentos.com.br marcia@costaeavilatreinamentos.com.br

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Lifestyle 050

MÚSiCA

After the Smoke

Originários da Flórida, os norte-americanos After The Smoke são um dos projetos mais sonantes no panorama musical da atualidade. A residir neste momento em Nova Iorque, Rob Coin músico e produtor e um dos fundadores deste duo, respondeu a algumas questões e desvendou os planos futuros deste grupo.

Fotos: http://afterthesmoke.tumblr.com

Por Marcos Alfares marcosalfares.tumblr.com www.facebook.com/killingelectronica


MÚSICA

051 Lifestyle

Bem, comecemos pelo início. Como é que vocês se conheceram e quando é que decidiram criar os After The Smoke? A escola nunca foi para mim. Nunca a achei difícil mas a sua estrutura não foi criada para uma pessoa como eu. Não queria continuar sem dinheiro; dormir no chão do apartamento de amigos não tinha piada nenhuma. After The Smoke surgiu quando decidi começar a levar o meu talento mais a sério e depois de considerar que não queria manter uma vida de rotina. Quais são as principais inf luências durante o vosso processo criativo? A música é a forma de arte mais vulnerável. Eu sempre quis criar arte que explorasse as minhas diferentes facetas, mesmo que fossem obscuras e perigosas. O meu processo começa sempre sendo honesto com o meu estilo e descobrindo onde quero ir. Não podes ter medo de “lixar tudo”. Algumas das melhores ideias provêm disso mesmo. É fácil entender como é que a vossa música e os vossos fãs cresceram à vossa volta, mas qual pensas ser a principal razão para este espetacular reconhecimento em todo o mundo? Honestidade. Sinto que hoje em dia é fácil criar música que está na moda. Sinto que faço música que é honesta a mim próprio. Acredito que os meus fãs se conectem a isso. Eles sabem que estão a lidar com uma pessoa real e não com um “tipo” qualquer fabricado pela indústria. Usas regularmente o Tumblr como uma forma de apresentar as notícias dos After The Smoke, a sua música, pensamentos. Como músicos, de que forma achas que as redes sociais vos ajudaram com a vossa música e quão importante isso é para a ligação entre os After The Smoke e o seu público? As redes sociais tornaram-se vitais para os artistas independentes. Quer vejas isso como algo local ou a um nível internacional, isso tornou-se o coração da tua conexão entre o teu público. Se não fossem as redes sociais e a ligação com pessoas por todo o planeta, eu estaria ainda a dar shows sozinho em Tallahassee. Os artistas já não estão à mercê de um contrato com uma grande companhia discográfica para poderem progredir. Quais são os planos futuros para os After The Smoke e para quando o lançamento de um novo trabalho? Nós acabámos de nos mudar para Nova Iorque. Felizmente posso dizer que já abrimos o nosso estúdio e espaço creativo em Manhattan e posso adiantar também que acabámos um novo projeto e estamos a preparar-nos para o lançar nas próximas semanas. Existem alguns planos para visitar a Europa em breve? Adoraria dar um show na Europa. Dêem-nos apenas o dia e o lugar e lá estaremos! Para aqueles que ainda não ouviram After The Smoke, como descreverias a vossa música em 3 palavras? Chill Wave Experience.


Lifestyle 052

ILUSTRAÇÃO

TRATAS-ME COMO UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO https://www.facebook.com/pages/Sandra-Roda-httpdesabitarblogspotpt/199059776807875?ref=hl

by Sandra Roda


ILUSTRAÇÃO

053 Lifestyle



ILUSTRAÇÃO

055 Lifestyle


Pride 056

ENTREVISTA

LINDA

MARTINI Com um espírito irreverente e já com uma longa carreira bem como uma “legião” de fãs, os Linda Martini acabam agora de lançar o seu mais recente álbum, “Turbo Lento”. Por Inês Ferreira


Foto: Dunya Rodrigues


Pride 058

ENTREVISTA

DeepArt: Como surgiram os Linda Martini? Linda Martini: Das “cinzas” das bandas anteriores que nós tínhamos partilhado. Éramos todos amigos. DA: Dez anos depois de terem formado os Linda Martini e de se terem tornado um sucesso para a legião de fãs que vos acompanha, conseguiriam ter na altura em que se formaram uma ideia da dimensão que atingiram? LM: Nem pensar! O nosso objetivo era tocar na ZDB, nos Maus Hábitos, na SHE, etc. De repente a “coisa rebentou” e não estávamos à espera. DA: O facto de serem uma banda com um estilo de música diferente na altura em que começaram, pode ser um dos grandes motivos para o sucesso que alcançaram? LM: Talvez por na altura existirem poucas bandas a fazer rock contemporâneo em português. Os Ornatos Violeta tinham acabado e tínhamos somente os Mão Morta e os OIOAI. Ainda estávamos a fazer o “desmame” do rock anglo-saxónico que herdámos dos anos 90. DA: Qual foi até hoje o concerto que mais vos marcou? LM: Foram muitos. Já fomos muito felizes em Paredes de Coura a tocar para uma plateia imensa e fomos igualmente felizes a tocar no Plano B e na Zé dos Bois. DA: Qual foi a sensação de terem ído em parceria com a banda “God is an Astonaut” numa tour fora de Portugal e serem tão bem recebidos, ainda com pouco tempo como Linda Martini? LM: Não foi bem uma tour. Foram 2 datas na Irlanda e 2 datas em Portugal. Eles tinham distribuição portuguesa

da mesma editora que nós. Surgiu naturalmente e foi uma ótima experiência. DA: Sente-se um forte apoio e gosto da parte dos leitores da Blitz e da Antena 3 pela vossa banda. Na vossa opinião, há em Portugal um grande apoio à música portuguesa? LM: Hoje em dia está tudo um pouco diferente do que era há 8 anos atrás. As pessoas perderam a vergonha de gostar de bandas portuguesas e as bandas portuguesas perderam a vergonha de assumir as suas diferenças. Não são um handicap; são um fator distintivo. E isso torna-se contagiante. Há hoje um maior apoio do que havia há 8 anos. Mas ainda precisamos de mais. DA: O que esperam passar com a vossa música aos fãs? LM: Aquilo que somos enquanto músicos. A nossa forma de interpretar música juntos. DA: Qual é a expetativa que têm com o lançamento do vosso mais recente álbum “Turbo Lento”? LM: Que as pessoas o recebam bem e que o possamos tocar bastante ao vivo. DA: Onde pretendem chegar com os Linda Martini? LM: A um lugar onde continuemos a ser felizes os quatro. Mais do que uma banda, somos um grupo de amigos de longa data.


Foto: Universal Music


Lifestyle 060

CARICATURAS

EmCara

by Rui Zilh達o

Bruce Willis - caricatura de Rui Zilh達o


CARICATURAS

J么 Soares - caricatura de Rui Zilh茫o

061 Lifestyle


Lifestyle 062

CINEMA

David Slade Hard Candy

E se o capuchinho vermelho comesse o lobo mau?

Foto: “Vulcan Productions [us]”

Por Pedro Barão

Alfred Hitchcock não podia ser mais assertivo quando afirmou que da aparente simplicidade de uma cena se pode construir uma vertiginosa escalada de suspense. Dá-nos o exemplo de uma sala. Nessa sala estão dois homens sentados à conversa, alheios ao facto de que debaixo deles, sob as tábuas do soalho de madeira, está uma bomba relógio em contagem decrescente. O que poderia ser à partida um conversa trivial, ganha logo uma intensidade única, à medida que vão discutindo sobre quem irá buscar cerveja à cozinha. A saída da sala é decisiva à sobrevivência de um deles - apesar de o desconhecerem com a bomba prestes a detonar, aumentando a tensão do

espectador, que mantém na cena uma fixação inconscientemente mórbida. Por isso não é de estranhar que David Slade consiga, com tão grande simplicidade, prender-nos durante um filme inteiro a uma longa conversa entre dois protagonistas. Uma conversa cheia de intenções, que nos deixa sempre no limite desconfortável do suspense, numa ansiedade de antecipar um desfecho que é, à partida, falacioso. Hayley Stark (Ellen Page) é uma adolescente de 14 anos e Jeff Kohlver (Patrick Wilson) um fotógrafo de 32. Depois de


063 Lifestyle

Fotos: “Vulcan Productions [us]”

CINEMA

três semanas a falar num chat online, decidem encontrar-se. Apesar da diferença de idades, Hayley depressa se deixa convencer a ir com Jeff até sua casa, e entre música, bebidas e alguns f lashes, algo corre terrivelmente mal. Se resvalasse para um filme convencional, Hard Candy poderia explorar de forma linear a história de uma rapariga indefesa que se deixa apanhar nas falsas intenções de um desconhecido pervertido. Mas a realidade que nos apresenta é bem mais perversa e o filme ganha um peso aliciante quando Jeff desmaia, apenas para acordar, horas mais tarde, amarrado a uma cadeira. Desconstruindo a sua aparência frágil, Hayley começa um jogo de tortura psicológico, acusando Jeff de pedofilia, tentando levá-lo a admitir os seus crimes e a sua natureza doentia. A temática está longe de ser leve, mas David Slade trabalha-a de forma sublime, em enquadramentos tão intimistas que são tão claustrofóbicos quanto cativantes, à medida que as intenções das personagens se revelam e o desespero, aliado à sede de vingança, ganha proporções demasiado grandes para ser abafado pela neutralidade da casa onde decorre a acção.

O sucesso do filme não podia esquecer a prestação brilhante dos dois actores, que mostraram a sua grandeza neste drama psicológico, muito antes de Juno ou Little Children - grandes blockbusters que os catapultaram para o sucesso. Sem perder para a óbvia obscenidade gráfica, é no guião de Brian Nelson que a perturbante questão central ganha forma, em sequências que confiam mais no poder das falas e expressões do que na imagem explícita e gratuita. Torna-se, com a história, fascinante apercebermo-nos quão f lutuantes são os nossos sentimentos perante as personagens, quando tudo se resume à essência humana, num jogo em que nos questionamos até que ponto más acções justificam outras e em que somos levados a equacionar o verdadeiro significado de vítima no espectro denso que abarca o julgamento da culpa. Com um desfecho controverso, que ata todas as pontas soltas, sem deixar no entanto uma abertura a especulações subjectivas, Hard Candy é um filme memorável, capaz de perpetuar uma ambiguidade de sentimentos muito depois dos créditos finais. Para ver e rever, sem perder um único segundo da bomba relógio que avança compassadamente a caminho do zero. Este colaborador/autor não escreve com o novo acordo.


Foto: “Vulcan Productions [us]”

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Pride 066

ENTREVISTA

IÚRI

O jovem criador Iúri, assume ser inf luenciado por diversos tipos de ciências e sente-se também devido a este fator, uma acentuada geometria nas suas criações, atualmente masculinas. Por Inês Ferreira

Fotos: Fotografia - Carolina Batista Modelos - Arthur Jacob e Luís Ribeiro Styling - Iúri Assistente de Styling - Diana Água-mel Cabelos e Maquilhagem - Maria Francisca



Pride 068

ENTREVISTA

DeepArt: Como surgiu o teu interesse pela moda, e em especial pela moda masculina? Iúri: A moda surgiu como forma de estimulação do pensamento, pela vontade de criar algo que se adaptasse ao corpo humano, que fosse útil e que possibilitasse uma comunicação não-verbal. O vestuário masculino surgiu por ser na minha opinião mais difícil, mais estimulante e menos explorado. DA: Sentes que há uma lacuna no campo da moda masculina, que ela é um pouco posta de parte quando comparada com a moda feminina? I: Sim, mas felizmente isso acontece cada vez menos. A moda masculina começa a ter mais impacto e a ganhar mais força junto da população em geral. DA: Quais são as tuas inf luências para as tuas criações? I: A desconstrução, enquanto forma de pensamento é uma das inf luências mais presentes nas minhas coleções. O ser humano, o corpo e os seus limites são algo que também me fascina e que está bastante presente, embora de forma súbtil. A filosofia, a história, a física, a química e a biologia são outras das minhas fontes inegáveis de inspiração. DA: Sente-se uma grande inf luência geométrica e de simetria nas tuas peças? A que se deve a mesma? I: É uma tentativa de desconstruir o vestuário, de questionar valores como a harmonia, o equilíbrio e a própria simetria e de mostrar uma nova perspetiva sobre a moda masculina, sobre as noções tradicionais da mesma. DA: O que é na tua opinião, proibido um homem usar? I: Nada. Tudo depende da forma como se usa e de todo o conjunto.

DA: Há perspetiva de criares coleções para mulher, ou por enquanto pretendes focar-te apenas em homem? I: Para já pretendo focar-me apenas na roupa masculina, mas não ponho de parte a possibilidade de criar uma coleção feminina. DA: Como foi a aceitação da tua coleção no Espaço Bloom no Portugal Fashion? I: Foi bem aceite e tive feedback bastante positivo. Algumas das peças apareceram em editoriais, o que não é nada mau para quem está apenas a começar. DA: E qual foi a sensação de representares a tua faculdade no Fashion5? I: Éramos cinco a representar a faculdade. Foi bastante interessante pois possibilitou-me estabelecer contactos e conhecer o trabalho de outros colegas de outras faculdades. DA: Como vês a evolução da moda em Portugal? I: A moda em Portugal está numa fase de crescimento, cada vez se dá mais importância aos criadores nacionais. Ultimamente têm surgido algumas iniciativas que pretendem mostrar o trabalho de novos criadores, o que eu considero bastante importante. DA: Que projetos tens em mãos para os próximos tempos? I: Por agora pretendo terminar o Mestrado, continuar a fazer coleções e tentar estabelecer uma marca própria. DA: Onde pretendes levar o teu nome, enquanto criador? I: O meu nome não sei, mas espero que o meu trabalho seja apreciado tanto a nível nacional como internacionalmente mesmo que a uma pequena escala. O que é importante é que as minhas peças sejam usadas. Quero perceber como as pessoas as conjugam com as restantes do seu guarda-roupa, como as incorporam no seu quotidiano.



Pride 070

ENTREVISTA



Lifestyle 072

BLOG

Fotos: Ana Gabriela Martins

O melhor da moda ĂŠ sentir-se bem


BLOG

A blogger Juliana Flor alimenta o Blog da Ju Flor com a sua visão desde a moda à decoração, passando por dicas de viagens e restaurantes. Juliana viaja bastante para atualizar o blog, além de se debruçar em pesquisas sobre as principais tendências do mundo da moda. A ideia é adaptar as tendências em desfile nas passerelles, ao dia a dia das pessoas comuns. Tudo numa linguagem informal, alegre e descontraída, como se estivesse a conversar com amigas. Juliana traz looks nas fotos tiradas na residência de verão num condomínio de luxo, Porto Brasil, com um projeto de ambientes da arquiteta Marília Bezerra, paisagismo de Gomes Júnior e obras de arte do artista plástico Demétrius Coelho. Para Juliana, a boa moda resume-se a sentirmo-nos bem; é usar roupas que valorizam o corpo e que sejam adequadas à região e ao clima da cidade.

073 Lifestyle

Ou seja: não adianta seguir a tendência só porque ela está na moda, se ela não tiver a sua personalidade. Segundo a blogger, o estilo tem muito mais a ver com a alma do que com a tendência em si. Outro aspeto incorporado no blog é o conceito abrangente nutrido por Juliana de que a moda tem inf luência importante em vários segmentos como a arte, a arquitetura e a decoração. Ela lembra que ao mesmo tempo que uma tendência aparece nas passerelles, surge também na decoração, através de papéis de parede, tecidos, almofadas e adornos. Grandes marcas como Missoni, Versace e Armani criaram a sua linha home e mostram que a moda está presente no quotidiano de todos. Vá a www.blogdajuf lor.com.br e fique por dentro das tendências de moda do momento.


Fotos: Ana Gabriela Martins

Lifestyle 074 BLOG


BLOG

075 Lifestyle

“O Blog da Ju Flor é um espaço virtual super descontraído que uso para falar de moda, beleza, vida saudável e viagens. Com uma linguagem bastante informal, trago várias tendências do mundo da moda de uma forma muito acessível. O melhor é que a moda tornou-se tão globalizada que uma tendência lançada em Paris num desfile internacional no mesmo dia está disponível por aqui. Como a moda está cada vez mais rápida, quase todos os dias têm novidades e looks para postar. Além disso, sou apaixonada por arquitetura e decoração e sempre que posso adoro postar matérias sobre este universo. Até porque a moda inf luencia bastante a decoração. Tenho visto várias tendências lançadas no mundo da moda que em seguida se tornam alvo de decoração. Para conhecerem um pouco mais do Blog da Ju Flor vão a www.blogdaju-f lor.com.br, ao instagram @blogdajuf lor e à página do facebook.”

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RESISTENCE Fotografia: Ricardo Santos Modelo: Daniela Hanganu @ Central Models Styling: Ricardo Aรงo Assistente de Styling: Pedro Nicolau Maquilhagem e Cabelos: Miguel Oliveira


MODA

Casaco - G.Sel Colar - Swarovski Calรงas - Henry Cottons Camisola - Malene Birger Sapatos - Aleksandar Protic by DKODE

077 Editorial


Editorial 078

MODA

Botas - DKODE Pulseiras - H&M Calรงas - Nuno Velez Poncho - Christophe Camisa - American Vintage



Vestido - Manoush


MODA

Casaco - G.Sel Colar - Swarovski Calรงas - Henry Cottons Vestido - Poems London Camisola - Malene Birger

081 Editorial


Editorial 082

MODA


Saia - Pinko Brincos - H&M Camisola - Pinko Luvas - American Vintage


Editorial 084

MODA

Calรงas - Twin Set Vestido - Manoush Casaco - Manoush Botas - Tommy Hilfiger


MODA

Gola - Twin Set Saia - Nuno Velez Casaco - Twin Set

085 Editorial


Editorial 086

MODA

Vestido - Manoush Casaco - Manoush Sapatos - Decenio Acess贸rios - H&M Cal莽as - Poems London


Camisola - Pinko Colar - Swarovski


A CASE OF YOU Fotografia: José Luís Cunha Modelo: Ana Burea @ Elite Lisbon Styling: Henry Maurício Maquilhagem: Marine Fernandes


MODA

Brincos - Crisálida Colete - Henry Maurício Body - Maison Martin Margiela for H&M Calças - Maison Martin Margiela for H&M

089 Editorial


Editorial 090

MODA

Top - Bruna Monteiro AnÊis - Roberto Cavalli Pulseira - Roberto Cavalli Calças - Mariana Morgado


Vestido - David Pinto Brincos, Anel e Pulseira - Pianegonda


Gola - Bimba & Lola Top - Roberto Cavalli Calรงas - John Galliano Brincos - Pianegonda


MODA

093 Editorial

Cinto - Mango Casaco - Fendi Brincos - Pianegonda Vestido - Poems London Body vintage - da produção



MODA

Body - Miss Sixty Brincos e Colar - Pianegonda

095 Editorial


RED AT NIGHT

Fotografia: Élio Nogueira Modelo: Bárbara Duarte @ Central Models Styling: Henry Maurício Maquilhagem e Cabelos: Ana Duarte


MODA

Top - D&G Anel - Verdegreen Brinco - Missoni Vintage

097 Editorial


Editorial 098

MODA

Casaco - Kenzo Colar e Brincos - Biju


Colar - Biju Saia - Kenzo Brincos - Biju Casaco - Kenzo Body - Primark Meias - Calzedonia


Broches - Biju Vestido - David Pinto e Rui Sousa


MODA

Brincos - Biju Vestido - Roberto Cavalli Vintage Casaco - Roberto Cavalli Vintage

101 Editorial


Editorial 102

MODA

Top - D&G Saia - Rapha Clutch - Armani Colar e Brincos - Biju Soutien - da produção


Brincos - Biju Casaco - Roberto Cavalli Vintage


BALLERINA Fotografia: Patrícia Ferreira Modelo: Inês Lopes @ Best Models Maquilhagem e Cabelos: Ana Duarte


MODA

Meias - Novalma; €15,90 Vestido - Bershka; €25,90

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Editorial 106

MODA

Body - Blanco; â‚Ź19,99



Editorial 108

MODA

Meias - Novalma; €15,90 Vestido - Bershka; €25,90


Body - Zara; €19,90 Pulseira - Parfois; €5,99 Meias - Novalma; €15,90


Editorial 110

MODA

Bra - Intimissimi; €11,90 Calções - Blanco; €15,99



Trends 112

MODA

New York Fashion Week Spring/Summer 2014 Por Rita Reis

Foto: Phil Oh

Mais uma vez, a New York Fashion Week fez desfilar pelas ruas de Manhattan o street-style internacional. Bloggers, grandes personalidades do mundo da moda e os principais criadores, reencontram-se na capital da moda, onde os olhos Victoria Beckham, BCBG Maxazria, Alexander Wang, Burberry Prorsum ou Jason Wu foram algumas das marcas e dos criadores que partiparam nos desfiles para a Primavera/Verão do próximo ano. Os desfiles de igual não tiveram nada. Silva Venturini Fendi apresentou vestidos de couro e organza com impressões gráficas em laranja, cobalto e vermelho. Rag&Bone numa mistura de sportswear com o conceitualismo japônes, trouxe vestidos românticos, camisolas over-sized com decote em V, ultra-profundas, onde o branco e o preto se uniram. No que toca a maquilhagem, os lábios tiveram especial destaque. Cores fortes como o laranja ou tons nude, duas opções opostas, mas a ter em conta para as mais diversas situações. Algo que hoje em dia acontece sempre é o desfilar das modelos fora do evento. Pousam de forma natural e espontânea com t-shirts grunge, mini shorts, ténis, boyfriend jeans ou com casacos aviador, sem qualquer tipo de preocupação. Os fotográfos não resistem.

Foto: Nasiba Adilova foto Diego Zuko

Só acontece na Big Apple!


MODA

113 Trends

43ª Edição ModaLisboa EVER.NOW Pre-view Por Rita Reis

A ModaLisboa Ever.Now está a chegar. Nos dias 11, 12 e 13 de outubro, a Lisboa Fashion Week instala-se, uma vez mais, no Pátio da Galé para apresentar ao público as coleções Primavera/Verão 2014 dos principais criadores de moda nacionais. O evento começa com uma novidade, o desfile coletivo de jovens designers que integram a plataforma Sangue Novo. Esta nova dinâmica está a suscitar especial curiosidade por parte de quem tem os olhos postos no principal evento de moda em Portugal. No âmbito do protocolo de intercâmbio com a FashionPhilosophy da Fashion Week Poland, o designer polaco Kamil Sobczyk foi convidado para fazer desfilar as suas ideias. Na plataforma LAB, assistimos à estreia inédita do designer Luís Carvalho, uma das grandes promessas do futuro da moda portuguesa. Em outubro veremos quais as sugestões da próxima estação!


Trends 114

MODA

Trends

Lisbonlovers Home made é o conceito base da gama de produtos gourmet da Lisbonlovers. A marca aposta na comercialização de produtos com uma qualidade extrema e feitos de forma artesanal, dando a conhecer as tão conhecidas bolachas de manteiga, aos apaixonados por Lisboa e a quem está de passagem pela cidade.

Gucci Numa interpretação muito própria do galã italiano, James Franco é o protagonista da nova campanha de eyewear da Gucci. Os Black Bamboo passeiam-se num descapotável vermelho, em imagens saturadas captadas por Mert Alas e Marcus Piggott. Por Rita Reis


MODA

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Zilian A coleção Outono/Inverno 2013/2014 da Zilian apresenta calçado em tons escuros, como o preto, cinza, lilás, encarnados, azuis e verde escuro em pele, veludo e nobuck. O estilo rock´n´roll marca presença, a par de opções mais femininas, como os peep toes e slippers. As tachas e o animal print são outros dos destaques para as estações mais frias do ano. O salto quadrado, salto plataforma, sabrinas com tacão pequeno e modelos bicudos são outras das tendências para o Outono/Inverno 2013/2014.

Beija-Flor Design

Happy Socks Uma coleção de meias que introduz uma série de novos estilos e cores. Com uma variedade de modelos quase infinita e repleta de padrões atraentes – cornucópias, riscas, animal prints, bolas, etc –, a Happy Socks apresenta uma vasta gama de combinações de cores, materiais e texturas, sempre a duplicar!

Beija-Flor Design é uma coleção criada pela designer Nicole Souto Vidal. Esta coleção tem como objetivo dar resposta à alergia aos metais que muitas mulheres vivem e que acaba por lhes limitar o uso de acessórios. Todas as peças são produzidas em silicone, um material que, além de hipoalergénico, é também muito leve, lavável e resistente tanto ao uso como ao manuseamento. A Gama de produtos estende-se a colares e pulseiras com diversas cores e design. O difícil é escolher! Encontra-se à venda em www.beijaf lordesign.pt ou na página de facebook https://www.facebook.com/ Beijaf lordesign?filter=1.

Por Rita Reis


Trends 116

MODA

PELCOR No mês de regresso às aulas a PELCOR lança a STROLL SATCHELS, uma linha que nos traz de volta as memórias tão portuguesas dos carteiros e das suas malas. A icónica mala dos carteiros portugueses e as memórias de outros tempos, foram o mote que levaram a PELCOR a propor-se à revitalização do famoso modelo satchel, apostando noutro material igualmente português como a pele de cortiça conjugada com cores vibrantes e acabamentos detalhados.

Original Lanyards Pelo terceiro ano consecutivo, a marca portuguesa Original Lanyards, foi escolhida para desenhar e desenvolver os lanyards que acompanharão os visitantes da 41ª edição da ModaLisboa.

Re.trato A Re.trato é uma marca portuguesa dedicada ao desenvolvimento de produtos nas áreas de design, decoração e técnicas de estampagem. Apresenta uma gama de produtos em madeira, num regresso da arte manual da serigrafia, num contexto contemporâneo. Ligada ao conceito de wood design, o objetivo é transformar este recurso natural e sustentável, que é a madeira, em objetos únicos e funcionais de decoração. Cruzetas para roupa de criança com a forma de animais, molduras estampadas, marcadores de livros ou mesmos os serra-livros são alguns dos produtos produzidos à mão pela marca. Conheçam o site em www.re-trato.pt. Por Rita Reis


MODA

117 Trends

Clinique O novo Dramatically Different Moisturizing Gel da Clinique é um gel extremamente leve e refrescante, ideal para peles tipo III e IV (com tendência a oleosas e oleosas) e que proporciona exatamente os mesmos benefícios da fórmula em loção.

Maria Cenoura

NIU NIU PETS A marca NIU NIU PETS foi criada em julho de 2013 e é totalmente dedicada aos nossos amigos de quatro patas. A ideia de criar chapas de identificação personalizadas, com design apelativo e cheias de cor, surgiu de uma necessidade de produtos únicos e diferentes no mercado português. As TAGS NIU NIU PETS são feitas à mão, protegidas por uma forte camada de resina, mantendo intacta a informação do seu animal de estimação e dando um splash de cor à coleira do seu cão ou gato. Ainda este ano terão mais novidades!

Os tablets e notebooks já têm bolsas personalizadas para que não haja riscos e até quedas mal intencionadas. Poderá proteger o seu amigo iPad, iPhone ou mesmo mac com as bolsas criadas pela Maria Cenoura especialmente para gadgets. A venda dos seus produtos online é através do etsy (https://www.etsy.com/ shop/MariaCenoura?ref=si_shop) e da página de facebook (https://www.facebook. com/amariacenoura).

Por Rita Reis


Trends 118

MODA

M enos restrição, mais inovação!

Fotos: Tommy Ton

Por Vítor Marques ourworldourstyle.blogspot.pt

A moda masculina tende a impor demasiadas regras sobre a forma como os homens se vestem. Aquela velha premissa de que os ‘homens não precisam de muita coisa, apenas de saber fazer escolhas corretas’, tem algo de verdade, mas não deixa de ser antiquada. É certo que no mundo da moda as mulheres têm mais liberdade, mas também elas andam há muito mais tempo que nós nele. Nós estamos apenas a começar a dar os primeiros passos, ainda que largos, os primeiros. Elas têm a capacidade de misturar sem qualquer problema padrões e cores, de forma a atingirem a perfeição e o equilíbrio. Combinar peças formais com peças informais, sem perder o equilíbrio que é exigido. É à semelhança daquilo que as mulheres fazem que devemos começar a reduzir as restrições que impomos na nossa forma de vestir. Não estou a dizer para nos vestirmos como elas ou com o vestuário delas, longe disso. O que pretendo transmitir é a ideia de inovar, de mudar mentalidades. Como? Por exemplo, considerar usar mais côr, não ser de uso exclusivo os

tons sóbrios e clássicos. Assim, para esta estação misture cores como o verde escuro, o azul claro, o mostarda e o claret como parceiro do preto, cinzento e azul navy. Não tenha medo de apostar em novas texturas. Uma das grandes tendências masculinas para nova estação são os acolchoados, assim como as malhas grossas e a ganga. Não dê uso privilegiado aos tecidos em algodão. Faça como elas e divirta-se a misturar texturas e côr. Os homens tendem a gostar de jogar pelo seguro no que diz respeito à aparência, pois sabem o que lhes convém e o que se encaixa no seu estilo de vida. Um dia elas podem usar algo mais formal ou dar um twist ao look e torná-lo em algo mais casual. Se estiver numa de mudar, comece com pequenas mudanças com base no seu estado de espírito, incorpore peças com padrões, como os f lorais ou os camuf lados, ou então uma côr mais vibrante.



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