Leiam-me. Boletim da Academia

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Boletim da Academia O f i c i n a d e E s c r i t a C r i a t iv a - Ac a d e m i a S é n i o r Mo n e t Ob l e t c t a n d o C r u z Ve r m e l h a P o r t u g u e s a - D e l e g a ç ã o d e F a r o / L o u l é 2015 / 16

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Leiam-me...


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B O L E T I M

D A

A C A D E M I A

L E I A M - M E . . .

Produções 8

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Quem sou eu – Descubram as autoras dos auto-retratos

Editorial Como se faz o Boletim

Textos de Opinião Textos de opinião – Conceitos sobre Escrita

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Quem sou eu?

Acrósticos Acrósticos- A partir dos nomes fazer auto retrato escrito


Leiam-me...

Leiam-me

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Acrósticos Cruz Vermelha

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Arraiolos de Letras e Frases

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Anagrama / Trava-Línguas

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Arraiolos na escrita…

Cruz Vermelha – Acrósticos variados

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Do anagrama de PORTA a TRAVA LÍNGUAS

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B O L E T I M

Leiam-me

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Anagrama Situação de Conflito Dos acrósticos dos nomes a diálogos com situação de conflito

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16

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História Verdadeira História verdadeira de Natal

Elogios sem Adjectivos Experimentem fazer elogios sem adjectivos…

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Aconteceu Poesia na Academia Aconteceu Poesia na Academia com Lúcia Horta


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Da Prosa à Poesia

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Produções Livres

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Aconteceu Poesia a partir da prosa com Manuela Grade

Produções Livres Algumas produções de livre escolha

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Diários A auto-avaliação ao longo da oficina – excertos dos Diários

As académicas entrevistam…Dina Dias e Alexandra Ferreira, da Cruz Vermelha Portuguesa


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Ficha Técnica Equipa redactorial Manuela Grade M a r i a J ó s e Va l a g ã o Maira da Paz Paquete Odete Xarepe

Editor Informático e Imagem Rui Francisco

Redactores principais C a t a r i n a Ap o l o L u r d e s Va l e Maria dos Santos Guerreiro Raquel Baião

O u t ro s c o la b o ra d o res Ana Paula Eduardo Martins Heloísa Fonseca Isabel Sotto Mayor Margarida Brito da Mana Maria João Murta Rosa Maria Sof ia Nascimento Te r e s a F e r n a n d e s Te r e s a Te i x e i r a

Coordenadores das produções escritas Manuela Grade M a r i a J ó s e Va l a g ã o Maria da Paz Paquete Odete Xarepe

C o n t r i b u t o s e s p e c ia i s ( r e s p o s ta à s e n t r ev i s ta s ) Dina Dias Alexandra Ferreira

E d i ç ão Oficina de Escrita Criativa

P r o d u ç ão C r u z Ve r m e l h a P o r t u g u e s a - D e l e g a ç ã o d e F a r o - L o u l é

D a t a d e E d i ç ã o : J u n h o 2 0 1 6 - Ti r a g e m 1 5 0 e x e m p l a r e s 6


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Editorial Era para ser um jornal trimestral mas o processo de escrita nesta oficina foi moroso e teve de ser motivado com propostas adaptadas de um livro muito inspirador – “Quero ser escritor” de Margarida F. Santos e outra. Só nos finais do 2º período, quando propusemos um questionário de auto-avaliação e se fez o respectivo tratamento de dados, (devolvido ao grupo) foi possível chegar a um consenso: o jornal ia sair mas seria boletim anual, a distribuir na festa de encerramento do ano. O contributo desta “disciplina” de Escrita Criativa para a comunidade é, portanto, além de um jogral, um produto de escrita com o objectivo de ser um retrato do processo de aprendizagem-ensino, vivenciado ao longo do ano. O que a comunidade contribuir em troca do Boletim, será devolvido à Cruz Vermelha para a ressarcir do investimento, na duplicação. Assim, ao fazer-se o plano do projecto do boletim, decidiu-se incluir uma amostragem de todas as actividades realizadas, inserir as prestações de académicos que frequentaram a oficina, mesmo que tivesse sido uma só sessão, fazer entrevistas sobre a Academia e a Cruz Vermelha, pedir a colaboração de responsáveis para a publicação e distribuição do Boletim. O título foi também escolhido em consenso do grupo mais assíduo, (Catarina, Lurdes, Mariazinha, Raquel) e é um apelo à leitura. Quem escreve almeja ser lido. Daí: LEIAM-ME … Em nome de todos os que colaboraram com trabalhos para este boletim, deixamos um agradecimento a quem o tornou possível, na forma gráfica e em “power point”: Dra Dina, Dra Alexandra, Dra Bárbara e professor de Informática Rui Francisco.

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Manuela Grade

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/ M a r i a J o s é Va l a g ã o / M a r i a P a z P a q u e t e / O d e t e X a r e p e

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- Sou agradável de aspecto, emocional, estatura média, fui decoradora, gosto de conviver, de pintar, não gosto de cozinhar…. - Sou alegre e lutadora, faço o possível para ser feliz.. Gosto de comer, ouvir música, não gosto de passar a ferro. Sou criativa, adoro jantar e ir ao cinema com amigos, andar na Academia Sénior e…flores! - Sou uma pessoa emotiva, o meu humor não é muito… Gosto de ler principalmente biografias de personagens históricas. Não gosto de conflitos mas reajo às injustiças e nem gosto de pessoas que se gabam do que fazem. Prefiro pessoas discretas…. - Sou morena, estatura média, olhos castanhos. Gosto muito de cinema, de música, de um bom espectáculo de ballet. Indispensável para mim: o sol, a música, a proximidade com o mar, a escrita. A escrita é para mim uma terapia…. - Sou uma pessoa calma, alegre, bem disposta. Fisicamente de olhos e cabelos castanhos, forte, altura média. Ocupo-me em: pintura em porcelana, ginástica, francês, inglês, informática, história… Não gosto de cozinhar, 1 mas muito de viajar…. - Como sou? Não sei bem dizer… Quem sou: uma pessoa com muita fé. Tento passar o tempo o melhor possível. Gosto muito de fazer trabalhos de croché, não gosto de passar a ferro, gosto muito de estar só, a ler…. Sou loura, mas não loura de todo. Considero-me exigente comigo, logo muito atenta a tudo o que me rodeia. Viajar, ler, criar, rir e dançar são práticas que não pretendo abrandar. Solidária e comunicativa, espelho nas minhas feições traços tão visíveis, como desenhados de um passado de gerações. Sim, sou assim. Mulher, menina, mãe e filha…. Tenho 65 anos 1,57m- altura, peso 65 kg., olhos esverdeados para o castanho, sou engraçada, alegre e divertida, regra geral sou simpática. Gosto de conviver, comer, adoro passear. Gosto de cozinhar sem ser por obrigação. Gosto de praia e do campo. Sou mesquinha no que toca a limpezas e arrumações. Também gosto de colaborar com tudo e todos. Não sou ciumenta nem vaidosa- Adoro a simplicidade tanto em mim como nas pessoas que me rodeiam. Adoro ver um bom filme e peça de teatro, gosto de ler e escrever. Enfim sou eu mesma.

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Mariazinha

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Romy

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R a q u e l Ba i ão

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Lurdes

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Margarida Mana

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Catarina Apolo

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Te r e s a Te i x e i r a

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Te r e s a F e r n a n d e s


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Te x t o s d e O p i n i ã o Conceitos de Escrita - Excertos Não consigo dissociar a palavra escrita do livro. É fundamental na transmissão de conhecimentos, de factos, valores, descobertas. Na intervenção política, a escrita é uma arma. Lamento que cada vez se escreva menos.

Ana Paula É fundamental e indispensável. É um meio de comunicação. Pode ser manual ou usada através de computador, telemóvel ou tab l e t . Te m m u i t o p o d e r , p o r que o que está escrito é um testemunho, uma prova. Considera-se um analfabeto quem não for capaz de se exprimir através da escrita.

Ana Paula É uma forma de se projetar o que se pensa, o que se vive, o que se quer dizer a alguém…É mais importante do que a palavra dita, falada, porque fica, testemunha factos, serve de prova mais consistente…

A escrita tem muita importância, em tudo na vida, só que poucos o fazem. Aplico-a em apontamentos que me são necessários para me lembrar das coisas…

Mariazinha Saber escrever é das coisas mais importantes da minha vida. É com a escrita que melhor dialogo quando quero transmitir, ao pormenor, tudo aquilo que me vai na alma. A escrita valoriza as palavras porque as perpetua.

Heloísa Fonseca A escrita dá-nos companhia, acalma-nos. Mas também pode ser perigosa quando usada para ferir alguém: o que fica escrito pode-se reler

Maria da Paz É uma forma privilegiada de express ão/comunicação. Pela escrita consigo libertar sentimentos, explicitar angústias, comunicar ideias, partilhar alegrias, e x o r c i z a r m e d o s … Te m p o der: quem domina a escrita pode chegar mais longe na intervenção comunitária, na defesa dos seus direitos, na compreensão do que os outros escrevem…

Foi o primeiro passo para eu poder conversar através das cartas com as pessoas que estavam longe de mim. Te m s i d o a m e l h o r c o i s a q u e eu aprendi…

Teresa Teixeira A escrita serve, sobretudo, para comunicar, s eja através de livros, seja através da informação diária dos jornais e revistas, seja para nos orientarmos em termos de organização no nosso dia a dia… É uma actividade de ocupação mental.

Romy É uma das melhores formas de comunicação, uma vez que, mesmo isolados, podemos participar a quem desejamos, o que nos vai na alma. Sempre me deu muito prazer o acto físico de escrever, aplicando-o muitas vezes na transcrição, para caderninhos que guardo com carinho, de coisas que leio

Maria José

Durante alguns anos, abandonei a leitura e a escrita, não só por motivos graves de saúde, mas também por falta de interesse e desapego pela vida. Aposentei-me, comecei por ajudar o meu marido na Firma que acabou por ir à falência. Na verdade a escrita nestes últimos meses tem dado uma reviravolta à minha vida. É muito importante, dado ter sempre apontamentos especialmente para não me esquecer do que preciso para o amanhã. Recordar artigos do passado e voltar a escrever bastante, hoje amanhã e sempre…

Escrita é um quadro em que se lê: sentidos, sensações, emoções, monólogos, ideais e tudo o que o nosso pensamento fabrica e nós tentamos materializar para o exterior, numa tentativa de sermos lidos. Como tudo, nada é suficiente. O material, neste caso as palavras, nem sempre é a matéria-prima que o Autor da obra precisa, para veicular as suas inspirações. Daí que, por vezes, as palavras escritas ou faladas sejam uma fonte de mau entendimento….

Catarina

Lurdes

Manuela

Odete Xarepe

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Acrósticos: Nomes Revolução Alegria Questionar União Evolução Liberdade

Mãe galinha, atenta e protetora Adora flores e jardinagem Realizou os três sonhos da sua vida Idealiza conhecer o Oriente Amiga incondicional dos seus amigos. João, nome masculino, mas é muito feminina Olhos verdes e nariz comprido Ã? Reconhecem isto em mim? Ouvir a opinião dos outros sobre si é muito importante.

Realmente, sou real Organizada? Assim, assim, Sorridente e social, Amiga até de mim. Misteriosa, serei… Atrevida, já não sei, Resolvida: tentei, Inigualável, pensei, Aguerrida fiquei!

Catarina, sociável, boa companheira Auxilia todas as pessoas, desde que possa, Ternurenta, gosta de animar a malta, Adora brincar com crianças e cria pequenos “grandes” amiguinhos. Ri muito e é divertida, Ideias animadas não lhe faltam. Não gosta de ver as pessoas tristes, nem de criticar, Atenciosa com tudo e todos. Almoça sempre por volta das 13 horas, Pontual, não gosta de chegar atrasada. Os óculos que usa são sempre por necessidade, Levanta-se de manhã, sempre por volta das 9 horas. Os cabelos já estão a ficar muito brancos.

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Meiga Arrojada Risonha Igual Amorosa Dá Os seus Sorrisos Sempre Amiga Nos Tempos Ousados Simples


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Acrósticos Cruz Vermelha

Casa Realmente Útil Zela Verdadeiramente E Realmente Melhoria Em Lutas Há realizações Ajuda às famílias

Caridade Retribuição União Zelosa Vital Entrega Reembolso Melhorar Enfermagem Lar Humanidae Aliviar

Raquel Baião

Romy

Cruz que Revela Uma forte Zona de “cautela!” Vermelha É a cor da atenção Remarcada pela ajuda Mais na hora de aflição! É também o caminho e o Lado que nos anima, saber que Haverá sempre disponível Alguém que nos estende a mão!

Manuela

Crise dos refugiados da Síria Revela-se que esta desgraça marca para toda a vida União Zelo com todos

Creio Rei do Universo Zeloso

Vamos prosseguir com fé, confiança, Esperança. Rastos deixam para trás Mãos que operam Esta é a solidariedade Levando amor, agasalhos, água Hora de sobreviver e morrer Agora precisam de ajuda de amigos, profissionais, civis…

Vejo Em pé Risos Muita Energia Louca Heróis Alegres

Margarida

Maria dos Santos

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Arraiolos de Frases e de Letras a Pares Proposta de escrita como se fosse um bordado: (a frase ou palavra seguinte começa pela última letra da anterior)

GGosto de frequentar as aulas de Escrita Criativa. Assim, deste modo, creio que posso ampliar os meus conhecimentos. Sinto inovação e criatividade em todas as colegas e professoras que nos estão a ensinar. Reconheço que nesta oficina estou a melhorar e a efectuar trabalhos que me eram desconhecidos. Sempre que uma aula acaba, sinto que enriqueci o meu saber.

Raquel e Mariazinha

GOntem Manuela apareceu urgentemente e emocionada a afirmar realmente entristecida. Alguém maltratara animais sem mágoa.

Romy e Teresa

Margarida antes sozinha alinhou ultimamente em manter revisitada a alegria anterior regressando optimista à aprendizagem maravilhosa, ativa, alegre.

Margarida, Heloísa, Ana

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D e A n a g r a m a s a Tr a v a L í n g u a s Ac t iv i d a d e p ro p o s t a : d e s c o b r i r o s a n a g ra m a s p o s s ív e i s d a p a l av ra struir um trava línguas

p o r t a e com eles con-

GAnagramas descobertos: PORTA, TROPA, PRATO, OPTAR, TRAPO, PARTO, RAPTO, TOPAR, POTRA. Estava à porta Vi um rapto Passou um tropa Da Guarda com um trapo Estava uma égua em parto Tive de optar Atirei com o prato Um velhinho ao topar Foi ajudar o parto da égua E nasceu uma potra.

Parto o prato sem topar a porta e sem optar pelo trapo que está na potra e pertence ao tropa que viu um rapto.

Margarida / M. Teresa

Eduardo e Mariazinha

A porta está aberta. E a tropa rapta a potra Quem está a topar? A mulher, que com o trapo Lava o prato. E que decide optar por calar Porque, na hora do rapto, Entra em trabalho de parto.

Maria José

Se o papa papasse papa, Se o papa papasse pão Se o papa tudo papasse, Seria uma papa pão

Vou optar pela tropa para topar o rapto da potra. Parto o prato ponho o trapo na porta

Romy / Sofia

Trava Línguas: -Jogo verbal para dizer com rapidez frases com efeitos sonoros

O pelo do peito do pé do Pedro é preto.

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Anagrama / Situação de Conflito / Diálogo Exemplo da proposta de trabalho: anagrama de Odete, situação – duas amigas estão zangadas, encontram-se no elevador que avaria, discutem e reconciliam-se.

O que fizeste? Isto não anda? Cá para mim, foi a tua má energia!... Deixa-me rir! Tu é que me mentiste e eu é que tenho má energia? Eu menti-te? Quem tal me difamou? E nem sequer tentaste dialogar para averiguares a minha versão… Tens razão nesse aspecto… Então esqueçamos o conflito e façamos as pazes!

Adaptado do Livro “Ser escritor”

Tr a b a l h o a P a r e s Melhor seria caminharmos primeiro ao logo da praia. Ainda não!... Ir ao banho seria melhor… Resolves tu ou eu? Irrita-me a tua forma de pôr a questão Até penso que estás contra mim! Julgas que quero mandar em ti? Olha que eu também quero dar a minha opinião Sei que nunca me dás ouvidos quando eu falo És uma pessoa muito especial Ralhas, ralhas e não me ouves Agora vamos tentar uma conversa séria Quem é que, desde sempre, esteve a teu lado mostrando ser tua amiga? Uma amiga em quem sempre confiei… Éramos sempre tão compreensivas nos nossos planos Leva-me contigo e estarei feliz porque a amizade entre nós não poderá ficar beliscada por um conflito tão fácil de ficar resolvido.

Maria José / Raquel

A sair dum parque de estacion a m e n t o , Te r e s a d á u m t o q u e noutro carro… e dialoga com Catarina:

Tás a ver, Teresa? És mesmo estúpida! Recuavas primeiro E depois Saías na boa! Agora desenvencilha-te, não contes comigo. Calma contigo! Atreves-te a insultar-me? Tás bastante irritada… Ainda agora começámos o dia, Resmungas por tudo e por nada. Invejas tudo o que tenho e o que faço. Não nos zanguemos por coisas sem importância, Amizade é o sentimento mais valioso que temos de conservar e estimar.

Teresa / Catarina 1 4


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H i s t ó r ia v er da d e i ra n o Na ta l Foi na véspera de Natal de 1958. Estávamos sozinhas há vários dias. A mãe estava internada no hospital, doente. Tinha eu na altura 8 anos e a minha irmã 13. Tínhamos sabido que o médico daria alta à mãe, para vir passar o Natal com as filhas. A mãe era o ganha pão da casa. Sabíamos que na altura não havia dinheiro. Logo, decidimos recorrer à Cruz Vermelha para pedir ajuda e fazer uma surpresa à mãe. Metemos pés a caminho e lá fomos bater à porta. Fomos atendidas por umas senhoras que, para dizer a verdade, além de não nos darem atenção por estarem muito ocupadas, deram-nos um NÃO muito grande. Voltámos para casa, como era de esperar, muito desiludidas e revoltadas por não nos ouvirem como merecíamos. Porém, e aí vem o velho ditado “Deus fecha a porta e logo abre uma janela”, a janela abriu: vieram alguns colegas e amigos da mãe com alimentos suficientes para o Natal e mais alguns dias. Desde essa altura, nunca mais quis saber da Cruz Vermelha nem de quem a representava. Acho que, após a morte da minha mãe, tinha eu na altura 20 anos, não quis ficar no Algarve e parti à deriva para Lisboa. A minha irmã também tinha partido, mas para França. Inscrevi-me num Centro de Emprego e fui chamada à experiência para o Ministério da Educação. Tive muita sorte pois entrei para o Quadro dois meses depois. Voltei para Faro em 2002. Após três anos aposentei-me, mesmo na altura certa. Um dia, no ano passado, falaram-me da Academia da Cruz Vermelha. Um pouco receosa, decidi inscrever-me. Não restam dúvidas que as pessoas com quem me deparei não têm nada a ver com as dos outros tempos. Foram simples, abertas, simpáticas. O ambiente que estou a viver na Cruz Vermelha está a fazer-me muito bem. Fazia-me falta, desde que me aposentei, esta actividade e este convívio. Agradeço do fundo do coração ao pessoal todo, desde o da Secretaria, aos colegas e às orientadoras, muito em especial. Um grande abraço para todos.

Catarina Apolo

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Elogios Sem Adjectivos Proposta: Escrever uma descrição de uma personagem sem usar adjectivos: pessoa, animal, objecto...

Quem é? Trata-se de uma personalidade sem igual que, desde os católicos aos que não professam qualquer religião, todos respeitam, admiram e até amam. Quais são, então, as características da sua personalidade (sem adjectivos!). Comunica facilmente com o povo! Respeita as pessoas, na sua identidade, independentemente da religião, cor, orientação no sexo, política… Apela ao amor e respeito pelas pessoas Dá o exemplo pela sua forma de viver sem ostentações, com simplicidade no vestir, na habitação, na alimentação, nas viagens… Ele está a actualizar o conceito de Papa para todo o mundo…

Manuela / Odete Oficina de Escrita 1 - O grupo de professoras que está a ministrar a oficina de Escrita na CRUZ VERMELHA está de parabéns. A experiência, a dinâmica, a criatividade são características que dão importância para o sucesso da oficina. A Odete, com o seu dinamismo, leva todo o grupo a avançar sem preguiça. A Manuela, com a sua simpatia, cria um ambiente cheio de alegria. A Zé Valagão e a Maria da Paz completam o grupo fazendo que todas tenham o nosso respeito e admiração. Em meu entender, a Cruz VERMELHA também está de parabéns com esta oficina e as formadoras que estão aposentadas podem “voltar ao activo”.

Maria João

2 - Todas as quatro, Odete, Manuela, Pazinha, Zé Valagão, ensinam bem a Escrita. Têm paciência para nos aturar. Gosto delas, por isso mesmo.

Mariazinha

A Nika A Nika é uma cadela cheia de esperteza. Provoca admiração no meio das crianças e adultos. Compreende sem dificuldade o que lhe dizem. Aprende todos os gestos com certa graça. Tem manchas que chamam a atenção pelo tamanho e sua cor.

Catarina Apolo

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Aconteceu Poesia na Academia... A Lúcia Horta, poetisa, declamadora e também “académica” noutros contextos, veio à oficina de Escrita e com ela alguns dos nossos poetas marcaram presença: Eugénio de Andrade, António Gedeão, Antero de Quental, Sebastião Leiria, Fernando Teixeira de Matos, As participantes desta sessão quiseram interagir com a Lúcia e enviaram-lhe uma carta com os seus depoimentos com cheiro a poesia. Ei-los: Convidada pela colega Odete, esteve connosco, a 26 de Fevereiro, a poetisa e declamadora Lúcia de Melo Horta. Trouxe com ela vários poemas de autores já conhecidos e outros que nos apresentou nesta altura, dizendo todos eles com muita emoção e um sentido amplo de gosto pela poesia. Contagiou os presentes, que ficaram muito entusiasmados e com vontade de continuar estas sessões. Quando puderes vem ter connosco, Lúcia! Tens muito para nos ensinar e serás sempre bem vinda. Feliz Páscoa! Maria José

Momentos de poesia Foi bom rever a Lúcia Ouvir a sua voz Ter a sua companhia Sentir que não estamos SÓS Ela trouxe-nos a poesia Despertou-nos emoções Saudade, ternura, alegria Embalou nossos corações Evocou alguns poetas Trouxe-nos recordações.

Maria da Paz / Maria João Murta

Agradecimento à poetisa Lúcia Melo Foi um momento inolvidável e ao mesmo tempo inesperado . Os nossos corações ficaram preenchidos com tantas palavras lindas. O dom da palavra é uma bênção de Deus e, quando declamada com sentimento e sabedoria, jamais serão esquecidas. Agradecemos com todo o afecto e carinho os momentos que passámos, endereçando, ao mesmo tempo, desejos de uma adocicada Páscoa, na Paz do Senhor.

Raquel Baião / Maria dos Santos Guerreiro

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Carta Aberta à Lúcia

Quantos anos já passados à minha lembrança voltou os momentos felizes de outrora Quantas saudades vieram bater no meu coração.

A 22/02/16 Na hora da Escrita Uma sessão diferente: A Lúcia de Melo Horta Acedeu ao nosso convite E declamou para a gente. Foram poetas e poetisas De cá, de lá, do mundo Desde Antero a Gedeão Eugénio e Sebastião A declamar e a conversar A Lúcia mostrou amar E ser capaz de mostrar Da poesia, a emoção. De todas nós, um obrigada E um convite a renovar Esta sessão de prazer Que a todas veio mexer Pelo que de poetisa temos dentro E nos faz emocionar Quando ouvimos recitar. Obrigada, Lúcia!!!

Odete

Poema à Lúcia

Foram anos que voaram como ave inspiradora fazendo a minha vida voltar e, esses anos abençoados recordar Era a linha de comboio e ele vinha a passar mas fui agarrada à vida Por meu amor me abraçar Foi a Lúcia ao acaso que trouxe a recordação ao declamar uns poemas que encheram o coração.

Catarina Apolo / Isabel Sotto Mayor

Abraçar a humanidade Olha o céu! Repara como Deus Encheu de beleza Todo o Universo! E, agora, humilde, Olha dentro de ti. O que vês? O que sentes? Que luz banha o teu olhar? Será que tens a singeleza De reconhecer tudo o que lá mora? O bem ou o mal, Angústia ou fé, Luz ou escuridão? 1 8

Que escondes, afinal No mar, Ora mais íntimo do teu coração? Precisas saber que não estás só E que, tal como o mar, Ora calmo, ora bravio, Outros como tu, à tua volta, Na terra onde vivemos (nosso lar) São vítimas da mesma incerteza. Todos nós, Só nos olhos dos outros encontramos O nosso próprio olhar.

Como pertencentes à família humanidade Temos que nos conhecer, uns aos outros, E envolver-nos Num imenso abraço de amizade Porque o coração do mundo Vive e palpita dentro de nós.

Maria Lúcia Melo Horta Alves


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Da prosa à poesia com Manuela Grade A Manuela explicitou o processo com exemplos de trabalho com crianças. A partir de um texto em prosa, o desafio era transformá-lo em poema. Lançaram mãos à obra e saíram poemas diferentes.

Um Copo - texto original Sou um copo, de vidro, provavelmente feito na Marinha Grande. Vim parar aqui a esta casa com mais 5 irmãos. Já só restamos 2. Tenho muito medo de cair e que aconteça o mesmo que aos outros: partir-me em mil pedaços. A minha vida aqui é boa, estou constantemente a ser usado por diversas mãos. Gosto do toque de certas mãos, principalmente umas pequeninas, mas essas só acontece de vez em quando. Sinto que são sempre as mesmas mãos a lavar-me e isso deixa-me sossegado, pois sei que assim, serei bem tratado e nada me acontecerá. Esta é a história da minha vida, simples.

Marieta

Adivinha quem sou?

O Copo

Feito na Marinha Grande Sou de vidro, transparente, Vim parar a esta casa Com cinco irmãos, de repente! Tenho medo de cair E partir-me em mil pedaços Porque só restamos dois Entre corridas e passos!

A minha vida é boa sempre a ser utilizado tinha mais 5 irmãos Mas quatro de fim azarado

A minha vida, aqui, é boa Quando estou a ser usado Por diversas mãos pequenas Que me deixam bem tratado!

Gosto da vida que tenho por ser muito utilizado usam-me e dão me banho Sinto-me maravilhado.

Sinto que são essas mãos Que me deixam bem lavado Na história da minha vida Isso deixa-me sossegado!

As mãos que me acariciam são finas e cuidadosas dão-me brilho com carinho E guardam-me orgulhosas

Manuela

Catarina

Fui feito de vidro fino sou sempre acarinhado tenho medo de cair E ser mais um acidentado

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Adivinha quem sou?

O Copo

Sou um copo de vidro Na Marinha Grande fui feito Tenho muito medo de cair E ficar com algum defeito.

Sou um copo de vidro Na Marinha Grande fui feito Vim para a esta casa Numa caixa embalado.

A minha vida aqui é boa Sou usado por diversas mãos Gosto das mais pequeninas Que são as dos dois irmãos.

Tenho medo de cair E partir-me em mil pedaços Gosto de mãos pequeninas E também dos seus abraços.

A lavar-me são sempre as mesmas E isso deixa-me sossegado Pois nada me acontecerá Se tiverem todo o cuidado

Somos cinco irmãos Comigo formávamos seis Já se partiram dois Os restantes são os reis.

Maria José

As mãos que me agarram Os lábios que me beijam O vinho que vai correndo Nas minhas veias se espalham

Raquel Baião

O Copo Sou um copo da Marinha Copo de vidro, em cristal Pertenço à minha madrinha Estou numa casa ideal Com os meus cinco irmãos De todos partiram três Passámos por muitas mãos Um dia, será minha vez O toque de certas mãos Deixam-me mais sossegado Mas é pelas pequeninas Que gosto de ser usado

Maria da Paz

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Produções Livres I Galeria da Baixa Depois de encerrado durante mais ou menos dois anos, eis que reabre ao público um café e esplanada, situados no Largo da Pontinha, em Faro. Mudou de nome de “Café Chocolate” para “Galeria da Baixa”. A minha surpresa foi positiva, pois não só o espaço está acolhedor, a esplanada bem concebida e agradável, como o seu interior, decorado com vários quadros e telas pintadas, que podem ser adquiridas pelos clientes, funciona ao mesmo tempo como galeria de arte. E a surpresa não fica por aqui. A encimar o interior do café, eis que os meus olhos brilham de orgulho, porque posso admirar uma fotografia do interior do nosso lindo e maravilhoso Teatro Lettes. Como é possível?! A imagem está nítida e linda, dando-me a sensação que escrevo estas linhas no interior do próprio Teatro, cuja existência na minha cidade de Faro, muito me muito orgulha. Será que estou a aguardar o começo de um espectáculo? A minha imaginação reporta-me para a festa de encerramento do nosso ano lectivo, na Academia Sénior da Cruz Vermelha, cuja realização se irá efectuar naquele palco e naquele teatro, onde irá haver não só representação, mas também danças, canto coral, jograis, poesia, canções e alguns apontamentos de cidadania. Antevejo momentos inolvidáveis e, para complementar este meu orgulho farense, partilho convosco uma foto deste espaço especial, para mais tarde recordar o nosso ano-lectivo 2015-2016.

Raquel Baião Recordando o colega António Rocha Paulo Embala no peito as maiores esperanças e ouve sempre o teu coração. Cada dia que vier, estará sempre o mais perto dos teus sonhos!

Raquel Baião 2 1


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Entrevistas Entrevista à Dina Dias P. Quando foi criada a Delegação de Faro da Cruz Vermelha Portuguesa?

C ATA R I N A A P O L O MARIA DOS SANTOS GUERREIRO

R. : Em 28 de Junho de 1947 P. Quando iniciou a sua actividade nesta delegação? R. No ano de 2001, em Janeiro. P. Quais são as suas principais actividades? Gosta do que faz? R. Coordeno as 13 Respostas Sociais que integram o Sector de Acção Social da Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação Faro – Loulé, da qual a Academia Sénior faz parte e que eu me orgulho muito e só foi possivel realizar através do trabalho em equipa à minha semelhança, Ama o que faz todos os dias. E, assim, penso ter respondido à vossa pergunta. Obrigada Entrevista à Alexandra Ferreira Doutora Alexandra, desde já agradecemos a sua disponibilidade para esta entrevista em que serão trocadas opiniões sobre a fundação e evolução da nossa Academia, que muito se ficou a dever ao seu apoio e entrega pessoal.

P. Primeiramente, em que ano surgiu e se concretizou este projeto? R. Este projeto iniciou-se em 2012. Contudo, já era uma ideia que vinha a crescer aos bocadinhos. Tornou-se realidade no dia 01 de Outubro de 2012. P. Em tudo o que projetou e tentou implementar, quais as dificuldades mais prementes que ultrapassou, para erguer tão ambiciosa obra como esta? R. Talvez encontrar o número certo de voluntários disponíveis para lecionar as aulas que pretendíamos, mas também não sabermos quantos académicos iriam aparecer…. P. A afluência e inscrição de alunos foi fácil? Ou teve os seus contornos, no âmbito da escolha de disciplinas e, ao mesmo tempo, de professores voluntários para as mesmas? R. Foi aos bocadinhos, uma após a outra. Fizemos muita divulgação no primeiro ano, mas foi no “passa-a-palavra” que chegaram mais académicos. A escolha das disciplinas foi uma inspiração noutras academias, conciliada com os voluntários disponíveis

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P. Hoje, passados anos, acha que este projeto deu frutos, tornou-se realmente num local em que os alunos e professores criaram os seus laços de amizade e união? R. Sem dúvida, é um projeto de que nos orgulhamos muito e que faz jus à nossa missão, enquanto instituição. Hoje sentimos que, mais que laços de amizade e união, somos uma família alargada ao nosso coração. P. Com altos e baixos a nível de frequência em algumas disciplinas, acha que nos devemos debruçar, agora falando como alunas, para melhorar esta lacuna? R. A forma de nos ajudar é, como sempre, trabalhar connosco. Dar-nos a vossa sincera opinião e ajudar a melhorar sempre. Este espaço é vosso, nós somos o pilar. Portanto, se existem altos e baixos nas frequências, digam-nos porquê P. Doutora, pelo que nos dá a perceber, visto lidarmos mais de perto com a maioria das alunas, as opiniões são várias, o que nos leva a filtrar as mais interessantes e que, talvez levadas a efeito, reunisse o consenso da maioria… porque não realizarmos, uma vez por mês, uma tarde de chá dançante, em que a Cruz Vermelha nos cederia o espaço e, com a confecção de doces e bolos, habilidade que nos alunos não falta,

fazíamos ao mesmo tempo uma venda solidária dos mesmos, cuja receita reverteria para a Cruz Vermelha. Que tal a ideia? R. - Parece-me uma ideia bastante interessante… reza a história que, em tempos, já realizaram “chás dançantes” neste espaço. Fica a sugestão, quem sabe, para o próximo ano P. Não nos querendo alongar mais na nossa entrevista, creio que os tópicos principais foram expostos à vossa consideração, fazendo votos para que a nossa Academia progrida e se torne num grande centro de lazer, divertimento, conhecimento e, ao mesmo tempo, podermos auxiliar os mais necessitados.

L U R D E S VA L E RAQUEL BAIÃO


Leiam-me...

Produções Livres II Ser Feliz

Ser feliz o que é? Ser feliz eu sou… Passeando pela vida, Acompanhada estou! E ser feliz o que é? Viver, sentir, sonhar. Que bom ser feliz… Ser feliz sem pensar.

História de Humor Duas amigas passeavam. Diz uma para a outra: - Olha aquela casa, toda em Azulejos. Que bonita! Diz a outra: - Eu não quero a minha casa em azulejos! Quero Verdelejos!

Mariazinha

Romy Receita: Creme de Batata com molho de alho negro . 0,5 kg de batatas . 1 cebola pequena . 4 c. (sopa) de azeite . 1 morcela de arroz . ¾ de litro de caldo de legumes

Molho de alho negro . 4 dentes de alho negro . a gordura que soltar da morcela . algumas colheres de caldo . sal, pimenta

Aqueça o azeite numa caçarola e refogue a cebola em rodelas e as batatas aos pedaços. Regue com o caldo de legumes a ferver, tape e cozinhe durante 20 minutos. Passe pelo passe-vite e junte mais caldo ou agua se necessário. Retifique os temperos. Frite a morcela às rodelas numa frigideira antiaderente untada. Rejeite a pele e reserve a morcela e a gordura. Molho de alhos negros: Triture os dentes de alho ou pise-os com a ajuda de um pouco de caldo e a gordura da morcela. Tempere com sal e pimenta. Congele ligeiramente o pão e abra-o em 2 ou 3 fatias no sentido horizontal. Corte depois em retângulos e seque no forno fraco, sem deixar alourar. Sirva o creme de batata quente com a morcela. Regue com o molho de alhos e disponha o pão como guarnição.

Mariazinha Alguns Pensamentos Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo que plantámos. Provérbio chinês Todo o homem que se vende, recebe muito mais do que vale.

Barão de Itararé

Errar é humano, mas quando a borracha se gasta mais do que o lápis, você está, positivamente, exagerando. J. Jenkis Os amigos não são para as ocasiões. As ocasiões é que fazem os amigos.

Raquel

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Dos diários à auto-avaliação (Excertos dos diários escritos e lidos semanalmente)

NÃO GOSTÁMOS

GOSTÁMOS 5/10 – Do modo como foi explicado e como irá decorrer o nosso “ano lectivo” em escrita criativa – Teresa 12/10 – Gostei e achei interessante o pedido de descrição do auto-retrato para identificarmos física e psicologicamente cada colega – Margarida 19/10 – Gostei da dinâmica e do espírito da turma, valeu pela intenção – Romy 2/11 – Gostei muito do exercício do “Arraiolos de Letras”a meias- Mariazinha,Teresa, Romy, Raquel, Muito boa aprendizagem esta hoje, o trabalho de grupo fantástico – Ana Paula 9/11– Do anagrama e do trava língua. É mesmo um bom exercício para os nossos neurónios – Romy, Teresa F. 16/11– Gostei da aula, exercita a mente e a criatividade. Não me importo de repetir dado que hoje foi a 1ª vez que fiz este trabalho – Aida De ter que puxar pela cabeça. É bom ser criativo – Paula 23/11 – Gostei do conteúdo da aula. As várias opiniões dão sempre os seus frutos – Raquel. Gostei da discussão que decorreu durante a aula (os temas abordados). É sempre bom clarificar alguns pontos – Romy 4/1/16 - …Gostei da qualidade de escrita dos textos apresentados e das propostas das autoras de reescrita – Odete 11/1 – Curioso como em todas as sessões vou trocando, aprendendo, gostando cada vez mais de vir e trabalhar com o grupo – Manuela Adorei (o debate sobre o conceito de adjectivo) – Mª João 1/02- Mais uma vez gostei muito da aula, teve bastante sentido e para mim está a ser muito importante a continuação dada a quantidade de matéria que tenho aprendido e que tinha esquecido - Catarina 14/2 – Da leitura dos poemas a partir do texto oferecido. Foram construídos poe-

mas muito diversificados o que se revelou muito interessante.. Mª José 22/2 – Foi uma aula encantadora. Enchi o “ego” de poesia e a colaboradora Lúcia Horta veio dar um grande contributo para a beleza da aula – Mª João Foi uma aula inesquecível, pelo seu conteúdo. Os nossos corações ficaram mais ricos e preenchidos – Raquel Foi excelente – Isabel Sotto Mayor 29/2 Gostei, foi a 1ª vez que vim a esta aula. Penso continuar – Umbelina 7/3 –Gostei muito da aula, foi uma aula diferente, muito intimista mas muito bonita e participativa – Mª João Foi uma aula com muita emoção, não há dúvida que estou encantada - Catarina 14/3 – As aulas de escrita criativa trazem sempre surpresas, esta foi uma delas, iniciando-se e trocando opiniões sobre o encerramento do nosso ano lectivo. Espero que se encontre um consenso para a nossa festa – Raquel Cada aula melhor que a outra. Gostei - Mariazinha 11/4 – Gostei da avaliação (dados)- Romy, Celeste 18/4 – Da dinâmica entre os elementos do grupo, bem como do “trabalho de casa” da Raquel – Manuela Achei muito giras as ideias para o nosso jornal – Catarina 16/4 – Gostei do jogral – Mº Paz, Mariazinha Também gostei dos jograis, das alterações que fizemos, foram bem selecionadas e ficou cada vez melhor – Parabéns ao grupo - Manuela

Este instrumento – Diário de formação – preenchido semanalmente através de uma responsável rotativa, contribuiu para gerir mais cooperativamente a planificação/avaliação das sessões, para analisar situações críticas, para se tomar consciência do grau de participação de cada académica no contexto da oficina. A auto-avaliação expressa no questionário preenchido no final do 2º período e respectivo tratamento de dados apresentados em “power-point”, complementou o processo de avaliação qualitativa e permitiu ao grupo identificar os pontos fortes e os críticos do seu desempenho e da organização das sessões e para se decidir em consenso o que quis apresentar como produção do seu trabalho no final do ano: 2 4

- Jogral a partir de um texto de Charlie Chaplin adaptado por Raquel - Boletim da oficina – LEIAM - ME

27/10 – De ter de escrever muito e bem num curto espaço – Heloísa Não sou muito amiga de escrever, gosto mais de ouvir os outros – Margarida 2/11 – Tenho dificuldade em trabalhar sobre pressão MªTeresa 9/11 – Achei difícil mas superável – Romy Muito difícil mas dá “pica”para se superar – MF 4/1/16 – Pouco tempo para realizar tudo o que se pretende – Romy e Teresa F. 1/02 – Poucas alunas – Judite 14/2 –Que a aula tivesse tão poucas pessoas presentes – Mª José. Fomos poucas mas chegou -Raquel 29/2 – Gostava de ver mais gente nas aulas… Catarina

QUEREMOS 19/10 - Quero que a minha presença seja válida e aceite no grupo – Romy 2/11 – Quero sempre aprender aquilo que nunca fiz – Margarida Quero que todos ganhemos confiança em passar ao escrito o que temos dentro de nós e a nossa visão de nós e do mundo – Odete 16/11 – Leituras de poemas ou de algumas passagens de livros de autores portugueses – Teresa F. 23/11 – Planear um pouco mais, na minha opinião, as intervenções espontâneas dos intervenientes pois o tempo passa muito depressa – Teresa F. 30/11 – Continuar com estes exercícios (acrósticos) que nos desenvolvem a criatividade e também o léxico – Mª José 7/12 – Mais exercícios deste género de “escrita livre” – Teresa F. 1/02 - Começarmos a compilar ideias, assuntos e temas que sejam agradáveis para todas as alunas para apresentação no nosso fim de ano lectivo – Raquel 22/2 – Gostaria que continuássemos com actividades deste género (poesia) – Isabel Sotto Mayor Mais destas aulas – Mariazinha 4/4 – Quero propor uma ficha de avaliação intermédia para aferir o grau de satisfação e poder melhorar o nível de participação no 3º Período – Odete Quero muito ver o jornal da oficina feito – Mª Paz Que o nosso jornal seja o retrato do que se passou ao longo do ano - Odete


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