Opúsculo "Leiam-me"
OFICINA DE ESCRITA - ACADEMIA SÉNIOR MONET OBLETCTANDO - DEZEMBRO 2019
MENSAGEM DE NATAL (TEXTO COLETIVO)
Somos a Oficina d’ Escrita cujo lema é escrever, há vários anos atrás fizemos o “Leiam-me” nascer. Connosco, vimo-lo crescer ano após ano, nas sessões, lemos com muito prazer todas as nossas produções. Com ele partilhámos textos, histórias, poesia e envolvemo-nos todos nas rondas p’la Academia. Agora passou de nível para outro patamar, continua a ter um cantinho p’ra a Oficina partilhar.
P’ra nossa Academia Sénior, trabalhadores e voluntários, oferecemos este opúsculo com votos solidários:
Um Natal partilhado com Amor e Alegria com todos os parentes e amigos do dia a dia!
Que o mundo seja melhor com muita paz e harmonia: - Votos de saúde e vida para a nossa Academia!!!
O GRUPO DA OFICINA DE ESCRITA 10.12.2019
Natal É Natal! Que coisa bestial! Vamos todos ao centro comercial. É gastar! Em coisas para oferecer, Para esbanjar e até comer. Os meninos pedem prendas patetas, Play stations e bicicletas. Ficamos todos piedosos, Com pena dos doentes, dos presos, dos piolhosos. Depois criticamos a sociedade de consumo, Fica bem ainda que não mudemos de rumo. É para o lado que melhor dormimos. Mas já viram o que acontece se não consumimos? Quantos iriam para o desemprego, com fome? Ainda bem que se consome!
Mas no fundo estão-se nas tintas, Para os outros, para os vizinhos.
Fazem-se almoços ou jantares de
E vamos à ceia:
empresas,
Bacalhau do melhor,
Ficamos ao pé das colegas, se
(Porque raio terá de ser este prato,
forem belezas.
Ou outro, que seja tradição?),
Lá fora há decorações feéricas. Trocam-se prendas pindéricas. Dá-se a jóia para a esposa, Ou casaco de peles sintéticas A imitar as de raposa. Uns chanatos para os velhotes. Um par de chapadas aos filhotes (Isso não que é agressão).
Fritos de massa de pão. Bolo - rei, broas, leitão. É só colesterol. Come-se e bebe-se, com chuva, com sol. E depois? Espera-se pelo fim do ano. Vai-se a vida pelo cano.
Uns vão à missa do galo.
Estou cansado desta repetição,
Galo, porquê? Qual a razão?
Cada doze meses sem imaginação,
Todos santos e santinhos,
Só porque é tradição.
03DEZ19