Ciclone Seroja - Relatório UMPCGDN Levantamento sumário das necessidades e estragos
Pesca -
Reabilitar os viveiros e infra-estruturas de aquacultura, fornecendo sementes, rações e medicamentos para a produção de espécies em aquacultura.
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Fornecer novos barcos em substituição dos que foram perdidos, redes e outros equipamentos de pesca.
4.2 Princípios de recuperação e reconstrução Esta seção recomenda princípios de recuperação e reconstrução que podem orientar e formar a base para o planeamento dos trabalhos de recuperação, descrevendo-os de acordo com os prazos imediato, médio e longo prazo aos quais se aplicam. Estes princípios orientadores foram desenvolvidos especificamente para este evento de inundação, com base em outros casos e experiências internacionais em recuperação e reconstrução.
RECUPERAÇÃO E RECONSTRUÇÃO A CURTO PRAZO
Numa primeira fase da recuperação e reconstrução é urgente a tomada de medidas de redução de risco de desastres. O acesso a serviços e infra-estruturas por parte da população é fundamental, sendo importante que nos esforços de reconstrução sejam incorporadas significativas melhorias aumentando a sua resistência e durabilidade. A restauração dos principais serviços e infra-estrutura possibilitará o regresso das comunidades a uma vida normal, o que, por sua vez, permitirá que a recuperação ocorra de forma eficiente.
RECUPERAÇÃO E RECONSTRUÇÃO DE MÉDIO A LONGO PRAZO
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É fundamental assegurar que o sistema de recolha de dados, seja eficaz e eficiente, permitindo a partilha da informação e a estimativa dos estragos causados, em termos financeiros. Para este efeito é importante o desenvolvimento de uma base de dados prépreenchida com custos unitários de reconstrução para as categorias de itens a serem incluídos na avaliação. As informações de localização sobre infra-estruturas destruídas e parcialmente danificadas, completas com fotografias, podem ser associadas aos dados de custo para que a estimativa dos danos e as necessidades de reconstrução possam ser realizadas mais rapidamente, com menor esforço e de forma consistente em todo o país.
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A consciencialização das comunidades sobre os riscos potenciais é fundamental, sendo que o conhecimento sobre a gestão de risco de desastres a nível local é a chave para melhorar a resposta das comunidades. Estando conscientes dos riscos potenciais de desastres naturais nas suas aldeias ou bairros, as comunidades estarão mais bem preparadas, e o sofrimento por perdas desnecessárias poderão ser evitados. A sensibilização das populações, com especial ênfase junto das lideranças comunitárias, com a realização de exercícios de identificação no terreno, efectuados regularmente, resultarão numa tomada de consciência efectiva sobre os riscos locais. De igual modo, a divulgação e comunicação alargada a toda a população, associada à educação das crianças, poderá constituir factor de uma maior consciência dos riscos de desastres naturais. Neste particular, conforme disposto no Art. 7.º, 3 da Lei da Proteção Civil, “Os programas de ensino, nos seus diversos graus, devem incluir matérias de proteção civil e de auto-proteção, incluindo conhecimentos práticos e regras de comportamento a adotar no caso de acidente grave ou catástrofe”. Página 48