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Everton Barbosa
PAPIRO
No Egito de antigamente antes do Cristo antes do Escrito a trama da fibra sustentava finas folhas verdes
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Dormitavam no caule delgado regado do Nilo sedimentos de Áfricas altas desertas de certas origens não ditas benditas desreveladas de cheio silêncio preenchendo o universo o anverso da folha afora
Fez-se então a folha branca lápide do verbo livro dos Mortos e o homem viu que era boa pois prendia o inapreensível inadvertida ilusão de saber do som mais do que os ouvidos
Everton Almeida Barbosa
É filho de nordestinos vindos da região rural da cidade de Pombal, no sertão da Paraíba, para Cuiabá na década de 70. Vive em Tangará da Serra/MT. Nasceu em Cuiabá e se especializou em Literatura, desde a graduação e mestrado na Universidade Federal de Mato Grosso, até o doutorado na Universidade Federal de Minas Gerais, sendo professor de Literatura na Universidade do Estado de Mato Grosso desde 2006. É também músico. Foi instrumentista e diretor musical da Cia. de Teatro Mosaico (Cuiabá) e membro do grupo vocal Candimba (Cuiabá). Hoje coordena o projeto Corpo & Cordas, de música, poesia e contação de histórias, na UNEMAT em Tangará da Serra.