ANO X – EDIÇÃO 81 – MAIO/JUNHO 2013 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
APCC ENTREVISTA
Wagner Gois, membro do Conselho Fiscal da APCC
ESTRESSE CORPORATIVO Como melhorar a qualidade de vida dentro do ambiente de trabalho
POSSE DA DIRETORIA DA APCC 2013/2014 Solenidade apresentou a chapa da nova diretoria e atraiu diversos profisisonais de compras
APCC ESPORTES | SEUS DIREITOS | MARKETING | CURIOSIDADES ELÉTRICAS | DICAS DE ETIQUETA
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EDITORIAL
A BUSCA CONTÍNUA POR MELHORIAS
PRESIDENTE Vicente de Paulo Torquato VICE-PRESIDENTE José Wagner Arrais Albuquerque
Senhores profissionais de compras, colegas de diretoria e parceiros colaboradores, estamos iniciando uma nova gestão e, como nova, é sempre tempo de renovar. No entanto, nossa gestão intensificará forças para o que sempre estivemos em busca: nosso almejado reconhecimento de uma profissão que é tão importante em uma empresa quanto a de qualquer outro profissional. Nesta edição apresentamos as fotos da solenidade na qual assumimos o compromisso de melhorar ainda mais a nossa querida APCC. Nossa administração será marcada, primeiramente, pela busca da sonhada regulamentação da profissão de comprador. Desde sua criação, este é o principal objetivo da Associação. Além disso, iremos em busca de convênios como planos de saúde, clubes de recreação e farmácias, a fim de trazermos mais benefícios para o associado e seus familiares. Nesta nova gestão, teremos um profissional permanentemente em nossa sede, que acompanhará todos os interesses dos nossos associados e estará sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos e ajuda que o profissional de compras necessitar. Uma das suas principais incumbências será contactar o maior número de compradores e torná-los associados, além de contactar também os atuais, no sentido de expor nossas próximas metas e fazer com que eles acreditem na nossa proposta de Associação.
Boa leitura a todos!
CONSELHO FISCAL Misael Barreto da Silva Carlos Eugênio Tavares João Batista do Carmo SUPLENTES José Alves Paulino Antonio Wagner Gois Carlos Alberto Firmino Rodrigues PROJETO GRÁFICO / DIREÇÃO DE ARTE Cristiano Abreu (85) 8899.4475 | ceadesign@hotmail.com JORNALISTA RESPONSÁVEL Karol Andrade (85) 8604.4441 | karolandradejornalista@gmail.com IMPRESSÃO Tecnograf
Enfim, senhores, eu os convido a aproximarem-se da nossa APCC, que tem o objetivo de fortalecer nossa profissão, unindo os profissionais da área na busca por melhorias constantes. Quaisquer dúvidas, entrem em contato conosco através do telefone 3204.1513 ou acessando o site www.apcc-ce.com.br para conhecerem melhor nossos trabalhos.
DIRETORES 1º Diretor Financeiro: José Maria Cunha 2º Diretor Financeiro: Francinildo Teixeira Victor 1º Secretário: Antonio Edgar Moreira da Silva 2º Secretário: Francisco Gledson da Silva Diretor Social: Arilaudo Ribeiro Melo Relações Públicas: Ednaldo Lima Tabosa Diretor de Patrimônio: Paulo André Marques Diretor Administrativo: Robeval Feitosa Goes
TIRAGEM 1.500 exemplares
VICENTE TORQUATO Presidente da APCC
O Jornal do Comprador é uma publicação da Associação dos Profissionais de Compras do Estado do Ceará – APCC: Av. Gomes de Matos, 648 • Sala 110 • Montese • Shopping Solaris • Fortaleza-CE • Fone/Fax: (85) 3204.1513 (85) 3091.7991 • www.apcc-ce.com.br • apcc@apcc-ce.com.br • apcc-ce@hotmail.com
ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE COMPRAS DO ESTADO DO CEARÁ VISÃO
Representar a classe dos profissionais de compras, atuando no âmbito Municipal, Estadual e Federal.
MISSÃO
Trabalhar para atingirmos nossos objetivos, baseados na ética, valorização humana e profissional, buscando sempre a excelência da profissão.
OBJETIVOS
Congregar e organizar a classe de profissionais de compras do Estado do Ceará, com vistas a defender os seus interesses, assim como representar e reivindicar junto aos poderes constituídos públicos e privados, a execução de medidas que lhes assegurem o apoio efetivo ao desenvolvimento das suas atividades de modo a lhes garantir melhores condições de trabalho e de vida; Regulamentação da classe junto aos órgãos e entidades e instituições competentes. Acesse o site www.apcc-ce.com.br e conheça mais sobre a Associação
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04 APCC 15 ANOS DE HISTÓRIA Confira as fotos e fatos que marcaram a gestão de Misael Barreto da Silva
SUMÁRIO 12
05 APCC E PARCEIROS Novas conquistas, mais motivação 06 APCC ESPORTES Racha de abril tem comemoração da nova diretoria com uma bela feijoada
08 APCC ENTREVISTA
Wagner Gois - Esforço e dedicação para vencer na vida
10 SEUS DIREITOS Direito de arrependimento 11 PERFIL Jameson da Rocha Paiva, auxiliar de compras da CEMAG
12 VALOR NOSSO DE CADA DIA
Nossos valores conduzem nossa existência em período integral
13 PLANEJAMENTO Ações da APCC definem estratégias para 2013
14 ESTRESSE CORPORATIVO
Como melhorar a qualidade de vida dentro do ambiente empresarial, que se mostra cada vez mais competitivo
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16 NOVA DIRETORIA DA APCC É EMPOSSADA
A regulamentação da profissão de comprador será a meta principal da nova gestão da Associação
20 CONCORRÊNCIA QUE NADA, EU INOVO!
Como construir uma boa imagem perante seus clientes
22 SUBCONSCIENTE: A CHAVE PARA O SUCESSO Só podemos influenciar nossas decisões se controlarmos as crenças que possuímos 23 SAÚDE EM DIA 10 dicas para contratar um plano de saúde
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24 FIQUE LIGADO Salve como rascunho 25 CARMEHIL Inaugurada nova loja do Grupo Carmehil na Aldeota
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26 MARKETING DE RELACIONAMENTO O uso da ferramenta como diferencial competitivo 27 DICAS DE FILMES Lincoln O último tiro 28 CURIOSIDADES ELÉTRICAS Disjuntores II: os protetores das instalações elétricas 29 DICAS DE LEITURA Se você pode sonhar, pode fazer! A estratégia do Oceano Azul 30 DICAS DE ETIQUETA Assegurar o nosso emprego
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30 COMO VIVER MELHOR Aprenda a julgar-se
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Chegamos a 8 de março de 2002, ano em que fomos novamente convocados a mais uma assembleia geral, dessa vez para eleger a terceira diretoria da APCC. Reunimo-nos na sede à rua Dr. José Lourenço, 2186, sala 06, bairro Aldeota. Novamente as expectativas se renovaram. A assembleia teve início com a primeira chamada às 19h. Às 19h30, a segunda chamada. A mesa foi presidida pelo Sr. Guilherme Zenaide, que conduziu dentro do que reza o estatuto. No início dos trabalhos, foi apresentada a chapa única, sendo a mesma eleita por voto direto e secreto, que ficou à frente da Associação dos Profissionais de Compras do Estado do Ceará durante o biênio 2002/2004. Foi eleito para
presidente, o Sr. Misael Barreto da Silva, gerente de suprimentos da Marquise e para vice-presidente, Sr. Carlos Eugênio Tavares, gerente de suprimentos da Mercurius. Foram mais dois anos de desenvolvimento para a APCC. Ocorreram várias reuniões, confraternizações, treinamentos, enfim, era a APCC crescendo e cuidando dos interesses de seus associados. Misael dirigiu a Associação até março de 2004. Abaixo, fotos que marcaram momentos de alegria em uma das festas realizadas em comemoração ao Dia do Comprador, com a presença de vossa Excelência, o senador José Pimentel. APCC, 15 anos com você! Robeval Goes – Diretor Administrativo
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APCC E PARCEIROS
Novas conquistas, mais motivação Com muito entusiasmo, a APCC retornou, no mês de maio, às visitas aos parceiros. Robeval Goes, representando a Associação, teve o privilégio de conhecer dois novos parceiros, Hidracor e
Scannefer, e visitou também o Baratão da Irrigação, parceiro da Associação há vários anos. "Para nós, foi um prazer conhecer os senhores David e Mário (marketing e comunicação da Hidracor), Paulo (Scannerfer) e
rever o senhor Aldemir (Baratão da Irrigação). A cada visita que fazemos, temos a certeza de que um belo trabalho está sendo feito. Isso nos motiva cada vez mais", enfatizou Robeval.
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01. Na mesa de reunião da Hidracor: Gledson, Mário, Robeval e David. 02. Paulo, da Scannerfer. 03. Aldemir, do Baratão da Irrigação.
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APCC ESPORTES As datas 27 de abril e 25 de maio foram os dias de mais dois encontros esportivos da APCC. Em ambos, predominaram a descontração, a alegria e muito futebol. Em abril, a tarde ficou marcada pela comemoração da eleição da nova diretoria, festejada com uma deliciosa feijoada organizada pelo diretor social, Arilaudo Ribeiro. Participaram dos encontros muitos compradores associados e convidados. Os patrocinadores foram: Aki Limpo, Madeireira São João, Mineração Minerabem e SV Elétrica. Venha participar conosco do nosso encontro esportivo todo último sábado de cada mês e seja bem-vindo!
Apoio:
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APCC ENTREVISTA
Esforço e dedicação para vencer na vida Wagner Gois, membro do Conselho Fiscal da APCC Nesta 1ª edição da nova diretoria, biênio 2013/2014, o convidado para entrevista foi o Sr. Antonio Wagner Gois, que logo em seu 1º emprego nas Organizações Gabriel (Orgal S.A), como almoxarife, foi convidado com apenas três meses de trabalho, pelo Sr. Vicente Gaspar (saudosa memória), para ingressar no setor de compras em substituição ao comprador que estaria indo trabalhar no BEC (Banco do Estado do Ceará). A partir daí tomou gosto pela profissão, sempre a valorizando, participando de seminários, palestras, cursos, visitas técnicas e workshops para aprimorar e adquirir novos conhecimentos, conforme as modernidades de tecnologias que a função exige. Suas habilidades na área de compras são vastas, pois atuou em vários segmentos, passando por empresas como a Orgal (almoxarife, comprador – assistência técnica e revenda de máquinas e equipamentos de terraplanagem e agrícola); Rodantec (gerente de serviços, comprador – manutenção e recuperação de material rodante de tratores); Indústria Del Rio (encarregado de expedição, confecção de moda íntima); Apiguana (comprador – vendas de ferramentas e diversos); Vilejack (comprador – confecção jeans); TBM (comprador – indústria têxtil); Têxtil União (comprador – indústria têxtil); Construtora Marquise (comprador pleno – construção civil); Unialimentar/ Coroa (CBA) (supervisor de compras – cestas de alimentos e merendas escolares). Uma de suas maiores conquistas e orgulho é ter participado das reuniões preliminares para criação e fundação da APCC, como 1º diretor financeiro da 1ª diretoria eleita e sempre presente nas outras diretorias como secretário e/ou conselho fiscal. JC – Wagner Gois, seja bem-vindo à nossa entrevista. WAGNER – Agradeço a oportunidade de participar e contribuir com esse meio de comunicação que informa e orienta os profissionais de compras. JC – Wagner, você que participou da fundação da APCC, como foi o seu ingresso na Associação? WAGNER – Dois anos antes de sua fundação, ainda na TBM, recebi uma ligação do Misael, convidando-me para participar das reuniões de articulação e preparação para criação de uma associação focada nos interesses do comprador. Após essas reuniões embrionárias, a necessidade de fundar a APCC ficou fortalecida, e como não havia mais como retroceder, criou-se o estatuto e a Associação foi fundada. Logo na 1ª diretoria eleita, participei como diretor financeiro e durante as demais diretorias venho participando em cargos de secretário e/ou conselho fiscal.
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JC – Em que a APCC tem contribuído para melhorar a classe dos profissionais de compras? WAGNER – Antes da APCC, nós, compradores, só nos encontrávamos em ocasiões de cursos, palestras, e existia uma barreira que nos limitava a falar de nossa função na empresa que trabalhávamos, pois se passássemos alguma informação poderíamos estar violando e prejudicando a empresa que estávamos. Depois da APCC houve uma quebra desse paradigma, os compradores de vários segmentos passaram a se conhecer melhor, trocando informações de conhecimentos práticos, técnicos e profissionais, inerentes à função na empresa em que atuavam, contribuindo com o seu desenvolvimento e novos conhecimentos, como também uma relação pessoal e social com o envolvimento de familiares nos eventos realizados pela Associação. Outro paradigma quebrado foi da relação negociador/comprador/fornecedor, resultando numa maior aproximação nas negociações, eliminando por vez o “ganha/perde”, onde uma das partes teria que perder para que houvesse sucesso nas negociações, e surgindo a negociação “ganha/ganha”, onde ambas as partes “cedem” para que a negociação seja benéfica a ambos. JC – Você acha necessário que os compradores tenham uma associação? Que importância você dá a essa entidade? WAGNER – Sim. Além de promover uma relação profissional e pessoal entre os compradores, ela dá um respaldo de respeito profissional entre os negociadores, comprador e fornecedor, pelo paradigma vencido e exposto na resposta acima. JC – Até o ano de 1997, ainda não existia a APCC. Na sua opinião, ela tem atendido aos anseios da categoria? WAGNER – O objetivo proposto na formação da Associação é o reconhecimento, a regulamentação e a regularização da profissão “comprador” por órgãos de estância Federal, como Ministério do Trabalho. Sabe-se que é um processo lento e que envolve políticas empresariais, executivas e judiciárias. Todas as diretorias da APCC fizeram e continuam fazendo articulações para que esse processo seja oficializado. Acredito que a diretoria eleita para o biênio 2013/2014 foque na conclusão desse objetivo. Nos demais anseios da categoria, a APCC tem se mostrado fiel
e responsável em suas atividades sociais, aglutinando um grande número desses profissionais. JC – A APCC está com nova diretoria. Quais as suas expectativas? WAGNER – Que as conquistas positivas da APCC sejam mantidas e incrementadas com novas ideias, vindas dos atuais diretores; que haja um foco maior para que possamos aumentar o quadro efetivo de associados e que os objetivos primordiais da APCC, reconhecimento, regulamentação e regularização, sejam conquistados. JC – A cada bimestre, a APCC publica o Jornal do Comprador. Você sempre lê? O que você mais gosta neste veículo de comunicação? WAGNER – Leio todo o jornal, do editorial a mais simples das matérias. Tudo é importante para nossa informação. JC – Qual a importância do profissional de compras numa organização? Em que ele contribui para o desenvolvimento de uma empresa? WAGNER – O profissional de compras exerce uma atividade estratégica e de muita importância, em função de sua atuação estar diretamente ligada aos resultados financeiros das organizações, como a redução do custo de compras, que é fundamental, pois nada será feito com sucesso no processo de vendas se o fator de redução dos custos não for realizado de forma inteligente. JC – Na sua opinião, o que é comprar bem? WAGNER – Comprar é uma arte, talvez das mais antigas, motivo pelo qual o padrão atual exige que o comprador possua qualificações bem mais avançadas em nível superior. Para satisfazer a esses objetivos, devem ser desempenhadas algumas funções básicas: determinar as especificações de compra: qualidade certa, quantidade certa e entrega certa (tempo e lugar); selecionar o fornecedor (fonte certa); negociar os termos e condições de compra (preços e formas de pagamentos). JC – Você tem uma vasta experiência na área e tem trabalhado em vários segmentos econômicos. Cite alguns desafios que um profissional de compras sempre enfrenta. WAGNER – Por ser uma profissão com dinâmicas diversificadas, os desafios são diários e ocorrem a cada negociação. O
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comprador tem que ser perceptível a esses desafios na negociação para bloquear e evitar futuras falhas e erros na conclusão do processo. JC – Um dos objetivos da APCC é a regulamentação da profissão. Você acha necessário que seja regulamentada? WAGNER – Sim. E reforço o que expus anteriormente: “acredito que a diretoria eleita para o biênio 2013/2014 foque na conclusão desse objetivo.” JC – Todos os anos a APCC promove uma confraternização, precisamente no mês de setembro, em comemoração ao Dia do Comprador (19/09). O que você acha desse evento? WAGNER – É um evento importante que deve ser mantido, pois é um momento onde podemos aproximar mais ainda os associados, nossos anunciantes colaboradores e comemorar o nosso dia. JC – Neste ano a APCC chegará aos 15 anos. Quais os seus sentimentos quanto a essa conquista? WAGNER – Que os objetivos e metas traçadas estão sendo alcançados, mesmo com as dificuldades que surgem no decorrer de cada gestão. JC – Deixamos você à vontade para fazer algum comentário. WAGNER – Não poderia deixar de enaltecer e agradecer as pessoas: do Eugênio, Batista, Guilherme, Misael, Sebastião e outras que tiveram a iniciativa e coragem de fazer nascer no meio econômico e social do nosso Estado uma associação do porte da nossa APCC. De uma forma geral, gostaria de parabenizar a todos os presidentes e diretores que estiveram à frente da APCC, bem como a diretoria eleita para o biênio 2013/2014, que não medirá esforços para comandar com brilhantismo a nossa Associação e aos associados pelos 15 anos da nossa existência. JC – Wagner, agradecemos sua participação nesta edição. Foi um prazer entrevistá-lo.
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SEUS DIREITOS
Direito de arrependimento Para as compras realizadas fora dos estabelecimentos comerciais existe a proteção do CDC Por Ana Karla Fonteles Cavalcanti Na sociedade em que vivemos, muitos consumidores se deparam com situações de extremo consumismo e, ao chegarem em casa, são corroídos pelo enorme sentimento do arrependimento. Mas para os que não sabem, o Código de Defesa do Consumidor pode ser bem útil. Muitas pessoas vão se identificar com o artigo. Já houve ocasiões em que você realizou uma compra e, ao receber o produto em sua casa, se arrependeu desta negociação? O artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê que todo consumidor que realizar uma compra fora do estabelecimento comercial, tem a possibilidade de se arrepender e desfazer o negócio. Este direito é conhecido como direito de arrependimento. A expressão “fora do estabelecimento comercial” abrange produtos ou serviços disponibilizados para o público por meio da internet, telefone, correios e catálogos. O prazo para fazer valer o direito é de 7 (sete) dias e este prazo só começa a ser contado no momento do recebimento do produto ou assinatura do contrato de serviço. Fator importante, pois existem alguns casos que a compra adquirida demora quase um mês para chegar à casa do consumidor. Deste modo, é fundamental que as empresas ou qualquer tipo de fornecedor avaliem com bastante prudência quando decidirem colocar à disposição do público produtos ou serviços, seja através da internet, telefone, correios e/ou vendas por catálogo. As Instituições Financeiras possuem maior risco, em razão de oferecerem
alguns serviços, nos quais os procedimentos podem trazer prejuízos imediatos e consideráveis aos consumidores. Se o consumidor se arrepender, terá o direito de receber o valor total de sua compra devidamente corrigido, e se a empresa a qual vendeu o produto se recusar a devolver o dinheiro, o consumidor deverá procurar o PROCON de sua cidade ou buscar diretamente a justiça por meio de um advogado ou da defensoria, podendo ainda valer-se dos juizados especiais cíveis e criminais, sem a contratação de um advogado, desde que o valor da ação não ultrapasse 20 salários mínimos, caso contrário, o acompanhamento de um advogado será obrigatório. Este dispositivo de arrependimento também pode possuir fundamento na preocupação do legislador quanto à propaganda enganosa, já que essa modalidade de arrependimento e devolução do produto ainda é de certo modo pouco utilizada, pois os consumidores muitas vezes não sabem que podem valer-se desse direito, bem como a grande maioria evita aborrecimentos, prevendo que a questão não será bem resolvida pelo vendedor ou empresa na qual adquiriu o produto, mas fica a dica de que a iniciativa deve ser tomada para fazer valer os direitos, por menor que seja a aquisição ou o valor da compra. Por fim, com a evolução tecnológica das mídias, pode ser que através de melhor qualidade de apresentação e visualização dos produtos e serviços, eventualmente, este artigo 49 do CDC, venha a ser modificado para se adequar aos novos tempos. Até lá, é importante que os fornecedores tenham especial atenção na venda pelos canais “fora de
loja/estabelecimento”, exatamente para evitar transtornos e perdas empresariais, não somente quanto aos aspectos financeiros da atividade, mas, sobretudo, quanto à imagem do seu produto ou serviço.
SE O CONSUMIDOR SE ARREPENDER, TERÁ O DIREITO DE RECEBER O VALOR TOTAL DE SUA COMPRA DEVIDAMENTE CORRIGIDO
Ana Karla Fonteles é advogada, especialista em direito processual do trabalho e em direito processual civil. fontelesk@hotmail.com | 8774.1183
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PERFIL
JAMESON PAIVA, AUXILIAR DE COMPRAS DA CEMAG Meu nome é Jameson da Rocha Paiva, sou formado em Redes de Computadores pela Estácio FIC, tenho 28 anos e nasci em Fortaleza-Ce. Iniciei minha vida profissional em 2003, servindo às Forças Armadas. Em seguida, no ano de 2004, entrei na Indústria Cemag Ltda., atuando na área de auxiliar de produção, onde sempre procurei aprender e conhecer todo o processo de fabricação. Em 2006, recebi uma proposta para trabalhar
na área de controle de qualidade, onde exerci essa atividade por 2 anos e sempre procurei aperfeiçoar meus conhecimentos. Em 2008, recebi uma nova proposta, em que fui indicado para atuar na área de reposição de peças, ficando por um período de 1 ano e, após atuar em todas essas áreas da empresa que sempre encarei com muita responsabilidade, surgiu o convite do Sr. Vicente de Paulo Torquato, gerente de suprimentos e atual presidente da APCC, para uma nova experiência profissional diferente das demais que sempre exerci, que estavam diretamente ligadas à produção: o departamento de suprimentos com o cargo de auxiliar de compras, onde tive que me adaptar a uma nova rotina e melhorar algumas habilidades que são fundamentais para um comprador, como a comunicação, habilidade de negociar, organizar e planejar. Aprendi que o comprador é responsável pela lucratividade e produtividade de uma empresa, pois
somos peças fundamentais para a garantia de resultados, tendo em vista que cada compra exige uma grande responsabilidade onde é preciso fazer uma análise detalhada de cada produto ou serviço a ser comprado. Sou grato a todos pela oportunidade que tive e venho obtendo na minha carreira profissional. Agradeço em especial ao Sr. Torquato, que me ensinou e me ensina com sua grande experiência profissional. Agradeço à APCC pela oportunidade de divulgar meu perfil neste conceituado jornal que tem como principal objetivo buscar melhorias para a categoria. Obrigado.
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Valor nosso de cada dia Por José Marcos de Souza
É
sempre importante termos a medida de valor correta nos mais diversos meios de interação em que estamos inseridos em nosso dia-a-dia. Quando vamos às compras, nos preocupamos com o valor monetário dos bens ou serviços que almejamos adquirir. Nesse mesmo contexto, também levamos em consideração outro tipo de "valor" que damos aos citados produtos, por exemplo: aos indivíduos que "valorizam" a imagem, desembolsar R$200,00 na aquisição de uma determinada calça é perfeitamente aceitável, fato que pode parecer uma extravagância desnecessária para outros indivíduos que "valorizam" uma maior estabilidade financeira. Da mesma forma um indivíduo que "valoriza" a família teria maior dificuldade em aceitar uma oportunidade de emprego em uma região distante, do que outro que "valoriza" a sua carreira profissional acima de tudo. Como podemos ver, nossos valores são como uma linha invisível que conduz nossa existência em período integral, sendo preponderante em nossas decisões diárias, não importando o grau de relevância que elas têm. Por serem como "insumos" de nossa existência, obviamente fica nítido que sofreram influência de nossa criação, do ambiente em que fomos inseridos, da cultura de nossa região, do tipo de informações que recebemos e das experiências pelas quais passamos ao longo de nossa vida. Pelo fato dos valores serem de natureza tão distinta, é ine-
vitável que possam ser geradores de conflitos entre as pessoas, pois são tão impregnados em nossa conduta que, em determinadas situações, simplesmente não temos condições de entender como algumas pessoas tomam certas decisões ou têm certos comportamentos, por isso não são raras as oportunidades em que deixamos o irracional sobrepor o racional. Saber discernir com retidão é uma grande habilidade que torna alguns indivíduos diferenciados, pois reter sobressaltos de nossas condutas em prol da coletividade é uma grande demonstração de bom senso capaz de destacá-las perante os demais. Contudo, essa abdicação tem que ser verdadeira e não oportunista, pois o oportunismo invariavelmente nos leva a hipocrisia e como diria Millor Fernandes "as pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades", portanto, para que não sejamos mal interpretados precisamos praticar a resignação com sinceridade, não como forma de barganha, lobby ou busca de popularidade. Não precisamos esquecer quem somos nem de onde viemos, e sim termos a grandeza de reconhecer que às vezes recuar não significa acovardar-se. Pense nisso.
José Marcos de Souza é formado em Administração, especialista em Finanças e Controladoria. Fonte: www.trabalharefacil.com
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PLANEJAMENTO
03. Robeval Goes e Karol Andrade 04. Wagner Albuquerque, Cristiano Abreu e Karol Andrade
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01 01. Diretoria da APCC em reunião sobre novos projetos 02. Momento de descontração entre os diretores
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No dia 8 de maio, a nova diretoria da APCC teve sua primeira reunião, na sede da Associação para discutir os diversos projetos para o ano de 2013, dentre eles, o planejamento da festa do comprador 2013. A reunião foi liderada pelo vice-presidente Wagner Albuquerque, com a presença dos diretores José Maria, Antonio Edgar, Francisco Gledson, Paulo Silveira, Ednaldo Tabosa e Arilaudo Ribeiro. Foi uma reunião bastante produtiva onde todos ficaram muito motivados com a nova gestão.
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Reuniram-se na manhã do dia 18 de maio, na sede da APCC, Robeval Goes (diretor administrativo), Cristiano Abreu (diretor de arte), Karol Andrade (jornalista) e Wagner Albuquerque (vice-presidente), para discutirem sobre a implementação de melhorias no Jornal do Comprador. O encontro foi um momento muito proveitoso, pois surgiram excelentes novas ideias para a publicação. O Jornal do Comprador saúda bem-vinda Karol Andrade, que já faz parte do time.
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Estresse corporativo Por Paulo Barreto dos Santos
C
om o processo social da globalização em escala global, principalmente econômica e comercial, com os países desenvolvidos buscando novos mercados e diante de um cenário de incertezas com o desaquecimento da economia, muito se tem falado sobre o estresse corporativo. Porém, alardeia-se a todo canto e todos têm conhecimento que a prática esportiva faz bem para a saúde e elimina o estresse corporativo. Diante da crise que assola o mundo, devemos ter o devido cuidado para entender, prever e nos prepararmos para novos desafios. Neste processo está, sem dúvida, a busca pela melhoria da qualidade de vida dentro do ambiente empresarial, que se mostra cada vez mais competitivo. Com o mercado competitivo, muito se exige das pessoas para atendimento rápido e eficaz: o cliente quer tudo para ontem, trazem processos, pedidos, cotações, contratos, processos trabalhistas, acordo de acionistas, com prazos exíguos para
solução, como se em um passe de mágica tudo pudesse ficar pronto imediatamente. E ainda, cobram para ontem!!! Uma grande armadilha é correr para entregar algo que é "urgente", mas que muitas vezes não é importante. Na prática, não se deve parar algo importante só porque há outro processo rotulado "urgente" ou o cliente ligou pedindo algo que está fora do escopo. Para evitar-se a armadilha, é importante um bom planejamento, priorizando o que é realmente importante. As cobranças de urgência, na medida em que requerem grande desgaste físico e emocional das pessoas, geram estresse. Percebe-se que a grande maioria sofre de estresse, uma doença do século XXI que avança pelas divisórias das salas e escritórios, atingindo todos os profissionais, qualquer que seja o posto ocupado na empresa. O profissional deste século trabalha em média 54 horas por semana, e o que é pior, não tem tempo para prática de atividade esportiva, acumulando ainda mais estresses por
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noites mal dormidas, péssima alimentação, maus hábitos e falta de conhecimento construtivo. Portanto, torna-se cada vez mais necessária a conscientização dos líderes, gerentes e diretores, para a criação de um novo modelo de negócio na gestão de pessoas e saúde corporativa, com o desenvolvimento de práticas e ações que minimizem as causas do estresse corporativo. As empresas se beneficiam com a integração de suas áreas, a troca de conhecimento e o fortalecimento da cultura organizacional. Um líder que não está humanamente interessado nas pessoas e que não dedica tempo para criar laços com elas, tende a não ter sucesso dentro da organização. Um laço é uma profunda ligação emocional, diferente de simplesmente gostar de alguém. As pessoas querem expandir suas habilidades e competências ao fazer seu trabalho. Algumas atitudes, tais como: treinamentos, feedbacks constantes e um acompanhamento meticuloso, são essenciais para garantir o sucesso empresarial. Colaboradores sem qualidade de vida no trabalho, sem saúde e sujeito às demandas do mundo globalizado produzem cada vez menos, o que é ruim para as organizações, que perdem em qualidade e competitividade. Portanto, prevenção é a palavra-chave. É necessário entender saúde e qualidade de vida dentro do ambiente não como custo, mas como lucro. Algumas empresas já vêm trabalhando fortemente em programas voltados para a melhoria da saúde e bem estar de seus colaboradores, implementando no seu negócio alguma atividade física, ginástica laboral, grupo de canto, academia, terapias, etc. Quando existe a participação de todos, do estratégico ao
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É NECESSÁRIO ENTENDER SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DENTRO DO AMBIENTE NÃO COMO CUSTO, MAS COMO LUCRO. operacional, a assiduidade aos programas passa a fazer parte da avaliação de desempenho. Fala-se muito na retenção de talentos, e as empresas querem profissionais qualificados e comprometidos com o seu negócio, com postura inovadora e criatividade empreendedora, que tragam mais soluções que problemas. Vamos transformar o ambiente de trabalho num local de prazer e realização. Prof. Paulo Barreto dos Santos é analista da Divisão de Compras da Prodesp, pós-graduado em Gestão Estratégica de Negócios, MBA em Negociação (INPG), professor universitário e palestrante motivacional. Fonte: www.artigonal.com
Presidente entrante
VICENTE TORQUATO
Senhoras e senhores, Hoje é um dia muito especial para mim, pois estou recebendo uma responsabilidade muito grande, a de presidir essa instituição que há algum tempo ajudei a constituir. A APCC, nesses 15 anos de existência, representa para nós, profissionais de compras, uma referência, uma casa de apoio, onde nos reunimos e trocamos ideias para o melhoramento da qualidade da nossa profissão. Tenho participado em todos esses anos das gestões da APCC, e agora fui incumbido do cargo maior. Tenho certeza que enfrentaremos muitos desafios, mas estou consciente de que sem eles não poderemos alcançar os objetivos que nos estão propostos. Graças ao esforço contínuo dos nossos gestores, temos alcançado grandes conquistas. Nesses dois anos de mandato, procuraremos dar continuidade ao nosso trabalho e buscaremos melhorias e inovações para que possamos avançar e alcançar os espaços que a APCC almeja. Continuamos contando com o apoio e a ajuda de todos os nossos diretores, associados, parceiros e principalmente de Deus, na certeza de que iremos atingir, a cada dia, o desenvolvimento que tanto almejamos. Agradeço a todos pela presença e obrigado pelos votos que me foram confiados. Muito obrigado!
Nova diretoria da APCC é empossada A regulamentação da profissão de comprador será a meta principal da nova gestão da Associação Aconteceu no dia 30 de abril, no auditório do CORE-CE/ SIRECOM-CE, a solenidade de posse da nova diretoria da APCC para o biênio 2013/2014. O evento foi marcado pelos dois discursos emocionantes dos diretores Robeval Goes (diretor sainte) e Vicente Torquato (diretor entrante), e também pelo comprometimento reafirmado pela nova diretoria para a tão sonhada regulamentação da profissão de comprador. A solenidade contou com a participação de diversos profissionais de compras, amigos e familiares. Confira nas páginas seguintes as fotos do evento e a composição da nova diretoria da Associação.
Presidente sainte
ROBEVAL GOES
Senhoras e senhores, Há quatro anos e três meses, precisamente dia 30 de janeiro de 2009, estávamos neste mesmo lugar, assumindo uma grande responsabilidade. Solenemente estávamos sendo empossados na presidência da APCC - Associação dos Profissionais de Compras do Estado do Ceará. Recebíamos naquela ocasião, a honra de conduzir, junto com os demais diretores, os trabalhos da nossa instituição, que há quinze anos nos representa nos âmbitos Municipal e Estadual. Trabalhamos no primeiro mandato até o ano de 2011, quando fomos reconduzidos para mais um mandato que hoje se encerra. Enfrentamos muitos desafios, mas Deus nos deu vitória em todos. Realizamos diversos eventos, palestras, viagens, encontros esportivos, reuniões de treinamento, conseguimos proporcionar uma melhor qualidade e visibilidade ao nosso jornal, e conquistamos muitos parceiros. Foram quatro anos de muito aprendizado. Dirigir a APCC foi uma excelente oportunidade para colaborar de uma maneira mais efetiva na administração da entidade que nos abriga e nos ajuda na conquista de nossos objetivos e nos une a cada dia, com o propósito de melhorarmos nossas condições profissionais, sociais e políticas. A APCC, nesses quinze anos de existência, tem muito que agradecer. Primeiramente a Deus, que sendo o Supremo Criador, nos deu a oportunidade do dom da vida. Aos fundadores, diretores, associados, apoiadores, parceiros, enfim, se não fosse a ajuda de vocês, não tínhamos chegado até aqui. Agradecemos aos nossos amigos, Francisco Filgueiras, presidente do CORE-CE, e Maia Júnior, presidente do SIRECOM, pelo carinho com que sempre nos recebe em sua casa. É com grande satisfação que estamos aqui congregados para passarmos a direção da nossa entidade para a nova diretoria. Desejamos ao presidente, Vicente de Paulo Torquato, ao vice-presidente, Wagner Albuquerque, e toda a diretoria, uma excelente administração! Que Deus vos abençoe na condução da nossa Associação. APCC, 15 anos com você. Muito Obrigado!
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COMPOSIÇÃO DA NOVA DIRETORIA PRESIDENTE – Vicente de Paulo Torquato VICE-PRESIDENTE – José Wagner Arrais Albuquerque DIRETORES – José Maria Cunha (1º Diretor Financeiro), Francinildo Teixeira Victor (2º Diretor Financeiro), Antonio Edgar Moreira da Silva (1º Secretário), Francisco Gledson da Silva (2º Secretário), Arilaudo Ribeiro Melo (Diretor Social),
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Ednaldo Lima Tabosa (Relações Públicas) e Paulo André Marques (Diretor de Patrimônio) CONSELHO FISCAL – Misael Barreto da Silva, Carlos Eugênio Tavares e João Batista do Carmo SUPLENTES – José Alves Paulino, Antonio Wagner Gois e Carlos Alberto Firmino Rodrigues
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Concorrência que nada, eu inovo! Por Leandro Tonelli Quando surgiu o primeiro automóvel, por volta de 1900, todos os carros eram idênticos. “O carro pode ter a cor que o cliente quiser, desde que seja preto!”, diziam os fabricantes da época. Com o passar dos anos, os fabricantes foram percebendo que os clientes não tinham apenas necessidade de se transportar em um automóvel, era preciso mais. Sugiram então novos modelos e cores diferenciadas. Porém, em pouco tempo, isso já não bastava, era preciso ainda mais. Essa análise do mercado automotivo, assim como outros mercados, tem uma evolução espantosa e nos dá uma dimensão da importância de inovar e atender as necessidades de nossos clientes a todo o momento. Necessidades estas que, de tamanha diversidade, abrem um leque enorme de concorrência para quase todos os seguimentos do mercado atual. Atualmente, no momento conhecido como a era do conhecimento, onde a informação deixou de ser uma ferra-
menta de poder no mercado, já não basta apenas oferecer serviços e/ou produtos personalizados e com qualidade, é preciso preocupar-se com a percepção do cliente, ou seja, o que ele percebe, como ele recebe e interpreta seu serviço e/ou produto. A percepção que o cliente tem é o que determina o sucesso de uma empresa em um mercado cada vez mais afunilado e concorrido. Mas, como lidar com essa situação desafiadora de construir uma boa imagem perante seus clientes? 1 – OPTE PELO DIFERENTE: É preciso ter sabedoria para perceber que melhor não existe. O que existe é o mais apropriado para cada cliente. Isso é percepção. Querer ser melhor em tudo elimina o foco estratégico, leva a contradições (por exemplo, querer vender o produto mais luxuoso e mais barato ao mesmo tempo) e tira a identidade dos produtos ou serviços. Por outro lado, o diferente já traz consigo a vantagem da surpresa, e gera associação de identidade para o cliente.
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2 – USE SEUS PONTOS FORTES: É muito mais fácil conquistar um cliente aproveitando os próprios pontos fortes do que tentar vencer usando os pontos fortes de outros. Em vez de despender energia invejando os pontos fortes dos concorrentes, tenha coragem e objetividade para detectar talentos específicos, aquilo que faz sua empresa única e insubstituível. 3 – USE A INTUIÇÃO E A PERCEPÇÃO: Como fazer seu cliente se interessar pelo seu negócio? Você está sendo exatamente o que seu cliente espera? Um cliente emite sinais do que vai agradá-lo. De forma dedutiva ou intuitiva, saiba captá-los. 4 – NÃO APONTE A CONCORRÊNCIA: Para vencer, não é preciso derrotar ninguém. Pelo contrário, ao criar um diferencial competitivo, você mostra à concorrência que existem outras possibilidades. 5 – CORRA RISCOS: Ninguém gosta de correr risco, mas qual risco é maior do que o de ser abandonado pelo cliente? Isto não significa que o risco não possa ser administrado. Seja tático e analise os resultados de suas ações, observando a reação de seus clientes a cada momento, ele é o termômetro do seu negócio. 6 – CRIE NOVAS NECESSIDADES: Quando você cria uma identidade de inovação, o cliente fica extremamente satisfeito, mas não saciado. Fica uma sensação de "quero mais", então é preciso inovar constantemente. 7 – CONTRIBUA PARA A VIDA DO CLIENTE: Amplie o seu leque de atuação, oferecendo ao cliente algo novo que agregue valor à sua vida. Talvez com isso você consiga atender uma necessidade que nem mesmo seu cliente ainda tinha percebido. 8 – CONTRIBUA PARA A SOCIEDADE: Toda inovação
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promove uma alavancagem. A cada invento nossa sociedade se sofistica, elevando-se para um patamar sem retorno. Isso nos torna mais abertos, mais criativos, mais exigentes. Isto é evolução. Contribua com esse processo e será lembrado. Em princípio, a concorrência nos parece algo excelente quando somos clientes e péssimo quando somos fornecedores. Mas o grande desafio não é ser o fornecedor eleito. Mais importante do que isso é ser visto pelo cliente como parte integrante de sua vida, algo muito além do que um simples fornecedor.
NINGUÉM GOSTA DE CORRER RISCO, MAS QUAL RISCO É MAIOR DO QUE O DE SER ABANDONADO PELO CLIENTE? Leandro Tonelli é graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), em Santos e especializado em Gestão Estratégica de Negócios. Fonte: www.artigonal.com
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Subconsciente:
A chave para o sucesso Por Simone Belquis A ciência já provou que nosso subconsciente é uma espécie de gravador perpétuo, tudo o que acontece é registrado em nossa mente. É certo que, conscientemente, não somos capazes de captar mais que alguns poucos estímulos de cada vez. E é melhor que seja assim, pois não suportaríamos o volume de informações. Nosso organismo, por exemplo, é regulado e regido pelo subconsciente. Afinal, como você se portaria se precisasse controlar a respiração, os batimentos cardíacos e dirigir seu carro ao mesmo tempo? Somos mentalmente programados desde o nascimento (ou até mesmo antes) e esses registros influenciam nossas vidas em qualquer fase. Se você foi educado para acreditar que só se ganha dinheiro através de um trabalho árduo e diário, dificilmente será tentado a jogar na loteria ou acreditar em sorte. No início do século XX, muitos autores pesquisaram a respeito da força do subconsciente e deram a esse conceito o nome de Pensamento Positivo. Já nos últimos anos vem se falando na Lei da Atração, que é apenas um novo nome para um antigo conceito. Pensamento Positivo ou Lei da Atração representam a capacidade que nosso cérebro possui de atrair para nossa realidade o produto de nossos pensamentos. Se você já leu algum conceito sobre isso, saberá que o subconsciente é muito impressionável e que todo o pensamento envolvido em um grau muito forte de emoção produz um campo de energia que provoca a criação deliberada desse mesmo
pensamento na dimensão física. Por exemplo, já aconteceu alguma vez de você sentir uma grande saudade de alguém e essa pessoa, de repente, entrar em contato? Isso significa que o pensamento dedicado a ela, unido à forte emoção da saudade, produziu o efeito de trazê-la para seu campo energético. Parece mágica? Mas, não é. É assim que a vida funciona. Nossa mente consciente tem como função analisar, ponderar e influenciar nossos pensamentos, mas não tem o poder de decisão. Embora muitos não acreditem, nossas decisões são tomadas inconscientemente. Só podemos influenciar nossas decisões se controlarmos as crenças que possuímos. Para que você possa entender o que estamos discutindo aqui, posso lhe perguntar: Você tem conseguido realizar seus maiores sonhos? Ou você não acredita que sejam possíveis? Para responder essa pergunta é preciso analisar (com a mente consciente) quais os padrões de pensamento que temos mantido em nosso dia a dia e também saber qual o grau de envolvimento emocional de cada pensamento. Então, para começo de conversa será preciso entender que nosso subconsciente é uma máquina com um imenso potencial de realizar muitos desejos, mas isso é apenas o começo. Aqui fica o convite para que você venha comigo nessa jornada rumo a uma nova forma de pensar. Simone Belquis é formada em Letras pela UFPR e atualmente escreve sobre autoconhecimento e reprogramação mental. Fonte: www.vocedeaaz.com
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SAÚDE EM DIA
10 dicas para contratar um plano de saúde 1. ESCOLHA UM PLANO COM SEU PERFIL De nada adianta um homem solteiro contratar um plano de saúde com obstetrícia, por exemplo; 2. PROCURE UM GRUPO PARA OBTER DESCONTOS Antes de fechar um plano individual, verifique se mais alguém da sua família tem interesse em ter um plano. Isso pode te dar bons descontos; 3. VERIFIQUE O MELHOR TIPO DE PLANO PARA VOCÊ Alguns planos, por exemplo, não dá direito a consultas em consultórios – apenas casos emergenciais; 4. CHEQUE AS OPÇÕES NO LOCAL ONDE MORA É importante saber se o plano de saúde que escolheu está disponível no local onde mora ou se atende em locais aonde vá frequentemente; 5. OBSERVE A REDE CREDENCIADA A rede credenciada é o conjunto de profissionais de saúde, clínicas, laboratórios e hospitais disponíveis no plano escolhido. É necessário verificar se a rede credenciada atende às suas necessidades;
6. DESCONFIE DE VALORES MUITO BAIXOS OU VANTAGENS EXAGERADAS Essas características variam de acordo com o seu perfil e opções de cobertura; 7. VERIFIQUE O PRAZO DE CARÊNCIA É importante que você tenha em mente o tempo que levará para poder utilizar alguns procedimentos cobertos pelo plano; 8. CUIDADO AO UTILIZAR A INTERNAÇÃO DE SEU PLANO Antes de contratar, busque em seu plano pelo menos dois ou três hospitais que sejam de sua confiança ou de indicação de seu médico; 9. ESCOLHA BONS LABORATÓRIOS Veja se o seu plano tem pelo menos dois laboratórios credenciados para análise e que seja de sua confiança; 10. CHEQUE OS DADOS DA OPERADORA NO SITE DA ANS (AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR) Isso serve para saber se a operadora é autorizada a vender qualquer serviço de saúde suplementar. Fonte: www.artigonal.com
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FIQUE LIGADO
Salve como rascunho Pensar antes de agir é a única maneira de externarmos nossas opiniões e decisões mais coerentes Por Márcio Alcântara Pinto No mundo corporativo, assim como na física, nada evolui sem atrito. A vida profissional nos lança, a cada dia, situações diversas e, muitas vezes adversas, as quais precisamos nos impor através de nossas convicções e valores. Frequentemente somos tomados por ocasiões onde nos são colocadas à prova nossas considerações e julgamentos pessoais que, via de regra, não tendem a ter o mesmo nível de reciprocidade das outras pessoas. O embate constante de ideias, motivado pela diversidade de pensamentos e experiências, remete a sucessivos momentos de construção e/ou destruição criativa da inteligência corporativa. Espíritos grandiosos sempre encontram oposição violenta de mentes medíocres, é verdade. E não há nada mais triste do que ver a ignorância em ação. Entretanto, em todas as situações, devemos dar lugar à razão ao invés do ímpeto e à convicção em contraponto à teimosia. Sábios nunca confiam na intuição. Eles confiam em testes. É nesse momento que precisamos estar lúcidos, a fim de nos distanciarmos do estigma de “dono da bola”, não levantando a nossa voz, mas, ao
contrário, melhorando e embasando nossos argumentos. Shakespeare certa vez disse que “em uma falsa briga não há valor verdadeiro”. E cultivar a paciência, hoje, não é só necessidade, é a única opção razoável. Por isso, o que se faz necessário fazer é, metaforicamente, “salvar como rascunho” tudo que, reativamente, nos venha à mente e, muitas vezes, enviar para a “lixeira” aquilo que não contribui e não é nutritivo ao convívio relacional. Após um tempo mínimo de reflexão, decidiríamos, então, pela melhor opção/ação no momento. Um respeitado ditado japonês anuncia que “o que quer que precise dizer, diga amanhã”, fazendo menção à nossa capacidade de raciocínio e pensamento lógico em detrimento à pura reação aos nossos instintos de defesa de nossos pontos de vista frente às situações diárias. A busca constante da unidade do grupo, sempre à frente do foco individual, deve ser o alvo primeiro das nossas disposições. Aquele que, por outro lado, não souber trabalhar em equipe, melhor será que continue em algum cargo menor, onde não fará muita diferença se apenas se concentrar no seu trabalho. Porque, quan-
to mais longe um homem for, mais essencial será que ele seja capaz de cooperar com outros homens. Portanto, em vez de buscar a racionalidade perfeita, devemos valorizar as imperfeições que nos beneficiam através do trabalho em equipe, aparando arestas e avaliando sempre com parcimônia e imparcialidade as possibilidades de atuação à nossa frente e salvando como rascunho tudo que é passível de análise para posterior decisão. Hoje, não há mais lugar para imposições, só para negociações!
Márcio Alcântara é Gerente Comercial da SV Elétrica
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Inaugurada nova loja do Grupo Carmehil na Aldeota
Com presença de mais de 200 convidados, o Grupo Carmehil inaugurou, na noite do dia 16 de abril, a Carmehil Network, loja localizada na Av. Antônio Sales, 3243, Aldeota. A Carmehil Network é uma unidade específica para o público que busca produtos do segmento de Rede de Dados, CFTV, Conectividade e Luminotécnica. A nova loja do Grupo dispõe de um moderno showroom, na qual possibilita que os clientes percebam de perto a qualidade dos produtos e a sua funcionalidade, antes de efetuar a compra. Com uma estrutura de 800m², dividido entre salão de vendas e espaço para realização de eventos e treinamentos, a Carmehil Network é a terceira unidade do Grupo e chega
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ao mercado cearense para potencializar a expansão nas vendas na área de tecnologia. “A Carmehil está expandindo e procurando consumidores em pontos importantes de Fortaleza. O nosso grande objetivo é trazer para o mercado soluções inovadoras aos consumidores da área de tecnologia”, explica o diretor comercial do Grupo Carmehil, Carlos Mendonça. Na noite da inauguração, parceiros, fornecedores, clientes e amigos prestigiaram o importante momento do Grupo Carmehil, entre eles, Robeval Feitosa, presidente da Associação dos Profissionais de Compra do Estado do Ceará (APCC); Misael Barreto da Silva e Pantaleão Nunes, diretores da APCC.
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01 – Pantaleão Nunes, Carlos Mendonça e Soraia Nunes | 02 – Veridiano Araújo, Misael Barreto, Carlos Mendonça e José Atanacío | 03 – Carlos e Vilma Mendonça
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MARKETING
Marketing de relacionamento O uso da ferramenta como diferencial competitivo Por Sibelle Moreira Goes De que maneira o marketing de relacionamento pode contribuir como diferencial competitivo nas empresas de tecnologia? Na era da interatividade, as organizações têm buscado estratégias para competir não sobre as regras de mercado comoditizado, e sim sobre regras novas e ousadas. Empresas que têm como atividade principal a tecnologia da informação enfrentam desafios para se colocar a frente da onda tecnológica que está tornando os produtos mais inteligentes. No mercado em que elas atuam o software não é mais o diferencial competitivo. Com o avanço da tecnologia, as empresas concorrentes conseguiram desenvolver soluções que atendem aos clientes de menor porte a um preço mais acessível. Assim, entende-se que as empresas que possuem preços de softwares mais elevados precisam mostrar aos seus clientes o valor agregado do seu serviço, não apenas no produto comercializado, mas também no atendimento de suas necessidades através de relacionamento. Kotler 2010, explica que estamos no marketing 3.0 voltado para os valores, cujo o objetivo é fazer um mundo
melhor. As forças propulsoras que afirmam essa nova visão é a nova onda tecnológica. As empresas veem o mercado como um ser humano pleno, com coração, mente e espírito. O novo marketing de interação é direcionado para uma colaboração um-para-muitos. Nos dias atuais, com a velocidade das informações e a tecnologia avançada, as organizações precisam encantar seus clientes com simplicidade, conseguir experiências autênticas que possam aumentar a parceria, colocar o cliente dentro da empresa e utilizar o novo marketing como diferencial competitivo. Em estudos científicos realizados, pôde-se observar a procura dos clientes por relacionamentos com as empresas fornecedoras de tecnologia da informação no processo decisório de compra, pois diante dos resultados notou-se que o fator que o cliente considera mais importante na escolha de uma empresa prestadora desses serviços, é o know-how do fornecedor no negócio de seu cliente. Conclui-se que o novo marketing, quando aplicado nos processos da empresa, traz a ela vantagem competitiva frente à concorrência, pois o valor agregado observado pelos consumidores na hora da compra, não a limita apenas aos tipos de produtos comercializados, mas como esses produtos serão comercializados.
ESTAMOS NO MARKETING 3.0 VOLTADO PARA OS VALORES, CUJO O OBJETIVO É FAZER UM MUNDO MELHOR
Sibelle Moreira Goes, aluna do curso de Administração da Faculdade 7 de Setembro
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DICAS DE FILMES
LINCOLN
O ÚLTIMO TIRO
Diretor | STEVEN SPIELBERG Duração | 149 MIN. Ano | 2012 País | EUA Gênero | BIOGRAFIA, DRAMA, GUERRA Classificação | 12 ANOS
Diretor | CHRISTOPHER MCQUARRIE Duração | 130 MIN. Ano | 2012 País | EUA Gênero | AÇÃO, CRIME, DRAMA Classificação | 14 ANOS
Daniel Day-Lewis dá vida ao 16º presidente dos Estados Unidos, durante o final de seu mandato, em uma época sangrenta. Em uma nação dividida pela guerra e por fortes ventos de mudança, o presidente Lincoln percorre um caminho de difíceis ações, a fim de terminar a guerra, unir o país e abolir a escravidão. Com coragem moral e força para obter sucesso, suas escolhas nesse período crucial mudam o destino das gerações que ainda estão por vir.
De Lee Child, autor campeão de vendas do The New York Times, surge um dos mais envolventes heróis que saem dos livros para a tela do cinema - o ex-investigador militar Jack Reacher (Tom Cruise). Quando um atirador tira cinco vidas com seis tiros, todas as evidências apontam para o suspeito que foi detido. Durante o interrogatório, o suspeito faz um único comentário: "Chamem Jack Reacher!". Assim começa uma extraordinária busca pela verdade, colocando Jack Reacher contra um inimigo inesperado, com habilidades para a violência e com um segredo a guardar.
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CURIOSIDADES ELÉTRICAS
Disjuntores II Os protetores das instalações elétricas Por Gouveia Neto Dando continuidade, da edição anterior, ao tema sobre os protetores das instalações elétricas, veremos nessa etapa final, como identificar a corrente nominal dos circuitos, qual corrente de curto circuito presumida no ponto de instalação do disjuntor e tipos de cargas. Para uma melhor compreensão do que será citado nesta edição, precisamos conhecer, ao menos, três grandezas elétricas. São elas: Corrente Elétrica: É o movimento ordenado dos elétrons livres através de um condutor. Sua unidade de medida é o Ampère, representada pela letra (A). Potência Elétrica: É a grandeza que mede a rapidez em transformar a corrente elétrica do circuito em energia (trabalho). Sua unidade de medida é o Watt (W). Tensão Elétrica: É a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. A tensão é a força responsável pela movimentação dos elétrons. Normalmente toma-se ponto que se considera tensão zero (neutro) e mede-se a tensão do resto dos pontos em relação a ele. Sua unidade de medida é o Volt (V). Antes de decidir sobre qual disjuntor especificar, o profissional técnico deverá, antes de tudo, avaliar a corrente nominal de cada circuito. Essa corrente nominal, medida em Ampére (A), será sempre encontrada através das cargas, identificada como potência, em Watts (W), dividida pela Tensão, essa conhecida em Volts (V). Assim, temos a fórmula: A = W / V. Depois de identificada a corrente nominal, em (A), especifica-se o disjuntor com amperagem mais próxima da
corrente encontrada, nos diversos fabricantes disponíveis no mercado, para a proteção deste circuito. Esta informação básica serve para se conhecer a corrente nominal, tanto em instalações monofásicas, bifásicas, como também em instalações trifásicas. Os tipos de cargas elétricas estão divididos em três categorias: resistivo, capacitivo e indutivo. A natureza imperfeita dos dispositivos como elétricos e electrônicos são construídos causam indutância, capacitância e resistência a ser parte integrante de muitos dispositivos. Carga resistiva nada mais é que uma especie de resistor, ou seja, um dispositivo que resiste ao fluxo de eletricidade. Desse modo, parte da energia elétrica é dissipada como calor. Exemplos destas são as lâmpadas incandescentes e os aquecedores elétricos. A corrente elétrica e a tensão em uma carga resistiva estão a ser dito “em fase” uns com os outros. Como a tensão sobe ou cai, a corrente também aumenta e diminui com ele. Resistência (R) é medida em ohms. Nas cargas capacitivas, trata-se de um capacitor que armazena energia elétrica. Duas superfícies condutoras estão separadas por um isolante não condutor. Quando uma corrente elétrica é aplicada a um capacitor, elétrons do atual se reúnem na placa anexada ao terminal para que a corrente elétrica seja aplicada. Quando a corrente for removida, os elétrons irão fluir através do circuito para atingir o outro terminal do capacitor. Capacitores são usados em motores elétricos, circuitos de rádio, fontes de alimentação e muitos outros circuitos. A capacidade de um capacitor de armazenar energia elétrica é chamada de Capacitância (C). As cargas indutivas podem ser qualquer material condutor. Quando uma alteração atual passa por uma bobina, induz um campo magnético em torno de si mesma. O in-
dutor se transformando em uma bobina aumenta o campo magnético. Uma entidade similar ocorre quando um condutor é colocado dentro de um campo magnético mudando. O campo magnético induz uma corrente elétrica dentro do maestro. Transformadores, motores elétricos e bobinas são exemplos de cargas indutivas. Dois conjuntos de campos magnéticos em um motor elétrico se oporem uns aos outros, forçando o eixo do motor a girar. Indutância (L) é medida em Henrys. Todo o exposto foi colocado para dar mais enfase à importancia desse equipamento em nossas intalações elétricas. Somos, agora, melhor informados sobre este assunto, desde a norma da ABNT, que rege a utilização dos mais diversos tipos de disjuntores, suas caractrísticas e capacidades, até os tipos de cargas existentes. No entanto, deve ser ressaltado que qualquer tipo de instalação, por menor que seja, deverá ser tratada por um profissional qualificado que conheça daquilo proposto por um projeto. Fiquemos ligados!
Gouveia Neto é vendedor na SV Elétrica. e-mail: neto@sveletrica.com Fonte: www.osetoreletrico.com.br
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DICAS DE LEITURA
SE VOCÊ PODE SONHAR, PODE FAZER!
A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL
Autor | IMAGINEERS DA DISNEY Editora | PANDA BOOKS Edição | 1 Ano | 2009 Especificações | BROCHURA, 208 PÁG. ISBN | 978-85-7888-016-3
Autor | W. CHAN KIM E STEPHEN DROTTER Editora | CAMPUS Edição | 13 Ano | 2005 Especificações | BROCHURA, 258 PÁG. ISBN | 978-85-3521-524-3
“Mesmo os melhores rebatedores de beisebol têm sucesso em apenas cerca de um terço de suas rebatidas”, diz um trecho do livro. Para Fernando Montero Capella, o livro vale a leitura. “A marca Disney é referência de qualidade e de criatividade em todos os setores em que atua. Os relatos das experiências que compõem o livro falam de assumir riscos, superar desafios , quebrar regras, superar medos, trabalhar a questão da automotivação, permitindo-se sonhar, buscando o novo e o que é inusitado, resolvendo problemas e situações difíceis e impulsionando para a vida”, diz ele.
A visão estratégica faz toda diferença na carreira. Isto é o que os autores mostram, a partir de exemplos reais. Conforme explica Mike Martins, da SLACoaching, o livro retrata o que grandes empresas e líderes fizeram para poder nadar no “oceano azul” e manter carreiras na rota do crescimento. “Durante a ascensão da carreira, temos que nadar com uma concorrência altíssima e precisamos de estratégias que possam nos fornecer um diferencial diante da competividade”, diz Martins.
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DICAS DE ETIQUETA
Assegurar o nosso emprego Realmente, neste 13º ano do Século XXI, parece que há uma guerra, uma batalha ou uma competição para tudo! Os colaboradores internos das empresas, tanto privadas quanto públicas, devem ter comportamento exemplar e procurar passar pelas fases eficiente, eficaz e experiente, com louvor e com a devida qualidade no que se propõem a executar. A rotatividade está assustadora, parece que ninguém quer mais assumir compromissos, tanto faz como tanto fez! Que pena! Saibam que é gratificante sermos reconhecidos pelos relevantes serviços prestados. E, para isso, não precisa decorar regras complicadas, apenas adotar atitudes de percepção com postura de um profissional atento aos
acontecimentos, sabendo respeitar seus colegas e a si mesmo. Vamos às dicas: 1) Pontualidade – mesmo que o relógio de ponto seja virtual, deve ser britânica; 2) Compromisso – atenção com agenda, principalmente com a do superior imediato; 3) Uniforme – é o retrato do perfil de um bom profissional; 4) Higiene pessoal – procure sempre apresentar um excelente visual, uma fragrância suave, naturalmente uma aparência agradável de convivência; 5) Patrimônio – procure ter zelo pelo ambiente de trabalho, pratique o famoso 5Ss; 6) Comportamento funcional – evitar o abuso das redes sociais, além de tirar a concentração da tarefa funcional, não está sendo fiel com o propósito trabalhista; 7) Conversas paralelas – procure diálogo
salutar, fugindo da bendita fofoca, que só traz complicações. Olho vivo! 8) Proatividade – busque ideias que possam fluir o desempenho funcional; 9) Alimentação – utilize a sapiência na escolha das refeições, não é o valor superfaturado que vai nutrir suas necessidades alimentares! Vale ressaltar, que hoje você é o subordinado, mas em um futuro bem próximo, poderá ser o empresário ou o chefe imediato.
Priscila Cavalcanti e Malu Cavalcanti são cerimonialistas e promotoras de eventos. www.priscilaeventos.com.br priscilaeventos@priscilaeventos.com.br (85) 3401.5216 | 9981.1786
COMO VIVER MELHOR
Aprenda a julgar-se Temos muita facilidade de julgar os atos de nossos semelhantes, mas, quando se trata de nossos malfeitos, quase sempre não lhes damos a atenção necessária. Ao nos conscientizarmos que cometemos determinados erros, costumamos arranjar mil desculpas tentando justificá-los.
Na verdade, somos muito rigorosos no julgamento das falhas dos outros e bastante tolerantes quando se trata de nossos próprios deslizes. É preciso aprendermos a ser juiz de nossas ações, de forma autêntica, fazendo uso de humildade e sabedoria, procurando observar o alerta feito por Cristo há mais de 2.000 anos, no que diz
respeito à facilidade de enxergarmos o argueiro do olho de nosso irmão, quando não somos capazes de perceber o que está no nosso.
Luis Gonzaga Cunha é funcionário aposentado da Caixa Econômica Federal.
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Av. Gomes de Matos, 648 • Sala 110 • Montese • Shopping Solaris • Fortaleza-CE • Fone/Fax: (85) 3204.1513 (85) 3091.7991 • www.apcc-ce.com.br • apcc@apcc-ce.com.br • apcc-ce@hotmail.com