apcc marco abril 2013

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ANO X – EDIÇÃO 80 – MARÇO ABRIL 2013 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

APCC ENTREVISTA Robeval Goes, presidente da APCC

DELEGAR NÃO É PEDIR NEM MANDAR Delegar, ao contrário, tem a ver com autoridade, liberdade e confiança

O QUE FAZ A OPINIÃO PÚBLICA Mídias Sociais ou Convencionais?

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Como está o seu relacionamento com os pares na empresa onde você trabalha?

NOVA DIRETORIA DA APCC | PERFIL | COMO VIVER MELHOR | FIQUE LIGADO | SAÚDE EM DIA


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EDITORIAL

A MELHORIA CONSTANTE É O NOSSO FOCO Amigo leitor, o Jornal do Comprador chega a mais uma edição e, como sempre, especial, repleto de novidades. A página de esportes, que até então cobria o encontro futebolístico mensal, agora está mais atrativa, pois abrimos espaço para outras categorias esportivas para atender as solicitações dos nossos estimados leitores. Em março, precisamente dia 12, participamos da eleição da diretoria para o biênio 2013/2014, foi mais uma oportunidade que tivemos com o objetivo de renovarmos os esforços para o comando da Associação. Parabenizamos a chapa eleita, presidida por Vicente Torquato e desejamos muito sucesso para nova administração. Como matéria de capa, abordamos nesta edição um assunto cada vez mais relevante no mundo corporativo: o relacionamento entre as pessoas. Você convive bem com seus colegas de profissão? Se comunica constantemente com eles sobre os assuntos relacionados ao trabalho? Respeita as diferenças de cada um? Cada vez mais as empresas têm valorizado aqueles profissionais que enxergam a comunicação e a boa convivência com o próximo como processos imprescindíveis para funcionamento de todo o trabalho. Nesta edição, mostraremos as práticas mais comuns existentes em parte das organizações e como melhorar e administrar uma boa relação com o próximo no ambiente corporativo. Afinal, muitas vezes passamos mais tempo com nossos colegas de trabalho do que com nossa própria família. Será que não merecemos conviver sempre em harmonia com essas pessoas? Pense nisso! Aproveitamos também para dar as boas vindas aos novos anunciantes. Tê-los em parceria conosco nos faz acreditar cada vez mais que estamos no caminho certo. Boa leitura!

PRESIDENTE Robeval Feitosa Goes VICE-PRESIDENTE Carlos Alberto Firmino Rodrigues DIRETORES 1º Diretor Financeiro: José Maria Cunha 2º Diretor Financeiro: Misael Barreto da Silva 1º Secretário: Carlos Eugênio Tavares 2º Secretário: Antonio Wagner Gois Diretor Social: Wagner Albuquerque Relações Públicas: Vicente de Paulo Torquato Diretor de Patrimônio: Antônio Edgar M. da Silva CONSELHO FISCAL (EFETIVOS) Pantaleão Lopes Nunes Filho José Alves Paulino Odilio Tavares Almeida Junior SUPLENTES João Batista do Carmo Expedito Farias Alencar Francinildo Teixeira Victor DIREÇÃO DE ARTE Cristiano Abreu (85) 8899.4475 | ceadesign@hotmail.com JORNALISTA RESPONSÁVEL Karol Andrade IMPRESSÃO Tecnograf TIRAGEM 1.500 exemplares

ROBEVAL FEITOSA GOES Presidente da APCC

O Jornal do Comprador é uma publicação da Associação dos Profissionais de Compras do Estado do Ceará – APCC: Av. Gomes de Matos, 648 • Sala 110 • Montese • Shopping Solaris • Fortaleza-CE • Fone/Fax: (85) 3204.1513 (85) 3091.7991 • Site: www.apcc-ce.com.br E-mail: apcc@apcc-ce.com.br Msn: apcc-ce@hotmail.com

ASSOCIAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE COMPRAS DO ESTADO DO CEARÁ VISÃO

Representar a classe dos profissionais de Compras, atuando no âmbito Municipal, Estadual e Federal.

MISSÃO

Trabalhar para atingirmos nossos objetivos, baseados na ética, valorização humana e profissional, buscando sempre a excelência da profissão.

OBJETIVOS

Congregar e organizar a classe de profissionais de compras do Estado do Ceará, com vistas a defender os seus interesses, assim como representar e reivindicar junto aos poderes constituídos públicos e privados, a execução de medidas que lhes assegurem o apoio efetivo ao desenvolvimento das suas atividades de modo a lhes garantir melhores condições de trabalho e de vida; Regulamentação da classe junto aos órgãos e entidades e instituições competentes. Acesse o site www.apcc-ce.com.br e conheça mais sobre a Associação


2013 MARÇO/ABRIL JORNAL DO COMPRADOR 3

SUMÁRIO 04 APCC 15 ANOS DE HISTÓRIA

Fatos e fotos da gestão de Sebastião Sleuvan

05 APCC ESPORTES

Fotos do racha e premiações de parceiros

06 NOVA DIRETORIA DA APCC

Confira as fotos que marcaram as eleições da Associação

08 SEUS DIREITOS Taxa de Abertura de Crédito 09 TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO Tecnologia: O que esperar deste recurso no futuro

10 APCC ENTREVISTA

Robeval Goes - Uma gestão que marcou a Associação

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12 O QUE FAZ A OPINIÃO PÚBLICA: Mídias sociais ou convencionais?

14 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

O poder das relações no ambiente de trabalho

16 DELEGAR NÃO É PEDIR NEM MANDAR Todo líder deve saber delegar 18 CRISE Risco e oportunidade

20 INTENÇÃO SEM AÇÃO É IGUAL A ILUSÃO

Por que a maioria não atinge os resultados esperados?

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21 PERFIL Alex Rocha, auxiliar de comrpas da WR Engenharia Ltda 22 FIQUE LIGADO Filosofia corporativa 23 DICAS DE ETIQUETA Perfumes

APCC ESPORTES

23 COMO VIVER MELHOR Os limites da tolerância 24 SAÚDE EM DIA Coma bem para enxergar bem

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25 DICAS DE FILMES A negociação | Para Roma com amor 26 CURIOSIDADES ELÉTRICAS Disjuntores: os protetores das instalações elétricas 27 DICAS DE LEITURA Vencer é ser você | Como fazer amigos e influenciar pessoas


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Passados dois anos da primeira gestão, satisfeitos com as conquistas, já era o momento de nos organizarmos para a segunda eleição. A sede era na rua Dr. José Lourenço, número 2185, sala 6, esquina com a avenida Antonio Sales, bairro Aldeota. Estávamos novamente reunidos para mais uma eleição, para escolhermos a diretoria para o biênio 2000/2002, com chapa única, tendo como diretor presidente, Sebastião Sleuvan de Freitas Menezes. A mesa foi presidida por Guilherme Zenaide Maia, que conduziu os trabalhos de votação no dia 10 de

março do ano de 2000. Sebastião presidiu a APCC, tendo como vice-presidente João Batista do Carmo, que continuava engajado, trabalhando pela nobre causa de conduzir a APCC rumo ao desenvolvimento. Foram muitas reuniões, palestras e confraternizações. Vivemos mais um período de desafios e conquistas. Na próxima edição, continuaremos trazendo mais detalhes da nossa história. Abordaremos os fatos históricos da gestão de Misael Barreto da Silva. APCC, 15 anos com você! Robeval Goes - Presidente da APCC


APCC ESPORTES Confira algumas fotos do último racha da APCC, ocorrido no dia 6 de abril, no Alpendre da Vila. Um grande número de associados e amigos compareceu a mais uma tarde descontraída. Após o racha, a turma se juntou para tomar aquela cervejinha e bate um papo. Logo em seguida, confira as duas premiações de parceiros da Associação, mostrando cada um o seu talento. Participe você também, enviando para a nossa redação algum acontecimento esportivo ou comemorativo que mostre a sua paixão por esporte! APCC, 15 anos com você!

Eliezer pereira, vendedor da SV Elétrica, foi um dos classificados da Etapa Nordeste de Kart, realizada em novembro de 2012 pela Ace Schmersal, indo disputar a final na cidade de São Paulo. “Foi uma grande oportunidade que tive de participar de um campeonato como este. É uma enorme emoção experimentar o esporte onde nosso grande ídolo Airton Senna começou tudo.”

No dia 10 de março, Cristiano Abreu, designer gráfico e parceiro da APCC, foi agraciado com uma bela camisa do seu time do coração, Flamengo, por meio de um concurso cultural promovido pela loja oficial do Clube aqui em Fortaleza. Em homenagem aos 60 anos do Zico, o concurso consistia em criar uma frase para o Galinho de Quintino. Apoio:


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APCC tem nova diretoria Vicente Torquato e Wagner Albuquerque são os novos gestores da Associação para o biênio 2013/1014 12 de março de 2013, mais um dia que ficará marcado no calendário da APCC. Nesta data, aconteceu na sede da Associação a eleição da diretoria para o biênio 2013/14. Foram momentos especiais onde os associados reuniram-se para escolher mais uma liderança que ficará à frente dos trabalhos da APCC. O Jornal do Comprador esteve presente e registrou todos os momentos. Parabéns aos novos diretores, especialmente aos eleitos Vicente Torquato e Wagner Albuquerque, presidente e vicepresidente, respectivamente.

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01 – Robeval Goes 02 – Odilio Junior 03 – José Alves Paulino 04 – Francisco Gledson 05 – Francinildo Teixeira 06 – Wagner Gois 07 – Carlos Eugênio 08 – Paulo Silveira 09– Misael Barreto 10 – Arilaudo Ribeiro 11 – Wagner Albuquerque 12 – Edgar Moreira 13 – Vicente Torquato 14 – Jameson Rocha 15 – José Maria Cunha 16 – Expedito Farias Alencar 15

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SEUS DIREITOS

Taxa de Abertura de Crédito Entenda a ilegalidade dessa taxa ainda tão comum nos dias de hoje e saiba como se prevenir Por Ana Karla Fonteles Cavalcanti Conhecida por muitos como TAC – Taxa de abertura de crédito, referidas taxas já ajudaram a complementar a riqueza de muitos bancos e financeiras, pois para muitos a dita taxa é absolutamente ilegal, mas para outros, trata -se apenas de práticas de mercado. Vale ressaltar que os bancos cobram essa taxa para analisar e aprovar o cadastro do consumidor. Os valores variam de acordo com cada banco, mas segundo a Febraban – Federação Brasileira de Bancos, as instituições financeiras estão desrespeitando uma regulamentação que entrou em vigor em 2008 e prevê que não seja cobrada em hipótese alguma a TAC. Referida taxa é considerada abusiva por ser uma despesa de obrigação do fornecedor do serviço e não algo que o consumidor deva arcar. No entanto, mesmo sendo uma despesa proibida, muitos bancos e financeiras ainda adotam tal prática, desrespeitando o consumidor e as leis. Algumas financeiras empregam dessas mesmas práticas, mas apesar de devidamente advertidas pelo banco central, continuam a cobrar a TAC a valores que só tendem a aumentar, e como se não bastasse, o fazem com diversos nomes, mas a sigla é a mesma. Apesar da decisão do STJ, alguns bancos e financeiras continuam a cobrar a taxa que muitos já entendem ilegal, já que quem deve arcar com tais encargos são as financeiras e bancos, tendo em vista que as taxas de juros, digam-se altíssimas, já englobam todos os custos dos mesmos, não devendo sobrar para os consumidores referida incumbência, uma

vez que os custos advindos legalmente da lucratividade dos bancos e financeiras já são suficientes para cobrir toda e qualquer despesa. Cumpre ressaltar que tais cláusulas que prevêem a cobrança, mesmo que previstas contratualmente, são manifestamente abusivas e passíveis de nulidade, conforme o Código de Defesa do Consumidor. A atribuição desse ônus ao consumidor, ora promovente, é incompatível com a legislação consumerista, nos moldes do art. 39, V, do Código de Defesa do Consumidor. Esclareço ainda que o Banco Central proíbe a cobrança da Taxa de Abertura de Crédito (TAC) devido as normas da resolução 3.518 do Banco Central (Bacen) padronizando a nomenclatura das tarifas bancárias. Em 2012 o STJ uniformizou as decisões para possibilitar que os bancos e financeiras possam ou não cobrar a taxa de cadastro ou de abertura de crédito, conhecida como TAC, nos contratos de empréstimos pessoais em geral, como os consignados e financiamentos de veículos. O tribunal também considerou legal a tarifa pela emissão de boleto bancário (TEC). A decisão uniformiza o entendimento da questão dentro do STJ, pois a Segunda Turma considerava abusivas as duas taxas e a Terceira Turma reconhecia a legalidade. A Segunda Seção reúne as duas turmas, que tratam de Direito Privado. O entendimento do STJ, porém, se aplica apenas aos contratos assinados até 06 de dezembro de 2007, quando havia norma do Banco Central (BC) permitindo a cobrança da TAC, ou até 26 de março de 2009, no caso de questionamento da taxa de emissão do boleto, data em que

esse encargo passou a ser proibido. Os consumidores que foram obrigados a pagar a TAC podem fazer uma DENÚNCIA do banco ou financeira para a ouvidoria do Bacen, e ainda que depois de recolhida a TAC, o cliente pode solicitar judicialmente sua devolução.

MESMO SENDO UMA DESPESA PROIBIDA, MUITOS BANCOS E FINANCEIRAS AINDA ADOTAM TAL PRÁTICA

Ana Karla é advogada, especialista em direito processual do trabalho e em direito processual civil. fontelesk@hotmail.com | 8774.1183


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TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO

Tecnologia O que esperar deste recurso no futuro Por Itamar Luiz Dizer que o avanço da tecnologia é incrivelmente rápido é estar em lugar comum. Já estamos acostumados a essa realidade e não nos deixamos mais assombrar com a quantidade de novidades que surgem a cada momento. Entretanto, o constante lançamento de novos produtos, plataformas e conceitos cria uma série de possibilidades e necessidades até então inexistentes em nossas vidas. Quem imaginava, há cinco anos, utilizar o aparelho celular para acessar a internet da mesma forma que era feita no computador? Além do surgimento de novos recursos, há a evolução daquilo que já conhecíamos. Basta lem-

brar como era seu computador no início dos anos 2000 e comparar com os modelos atuais, que esbanjam velocidade e desempenho. Isso sem falar dos próprios celulares que, de “tijolos”, se transformaram em pequenos centros de informação em seu bolso. Se a tecnologia avança tão rapidamente, por que não nos espantamos mais com isso? Pode parecer paradoxal, mas a mudança é tão constante que deixamos de ver as novidades com os olhos de quem nunca viu algo daquele tipo. Tudo isso porque já esperamos essas mudanças. Isso não quer dizer que, há dez anos, você soubesse que a internet de 100 Mbps fosse tão acessível, sendo que a discada ainda era absoluta no início da

década. Contudo, já vimos um salto com o surgimento da banda larga e velocidades cada vez maiores, o que nos dava uma ideia do que estava por vir. Essas “previsões” do futuro são bastante recorrentes no mundo da tecnologia. Quem nunca viu um conceito de como serão os computadores do futuro ou seu carro nos próximos vinte anos? Porém, nenhum deles se trata apenas de “chutes” ou adivinhação, mas palpites. Itamar Luiz é Gerente de Produtos Network da Inelsa Com. de Materiais Elétricos Ltda. +5585 3046 0402 | +5585 8888 1993 itamar.inelsa@hotmail.com

ANIVERSARIANTES DOS MESES

MARÇO 03 – João Batista do Carmo 10 – Djane Ponte Moura 11 – Eulizandro Barbosa Costa

11 – Francisco Gledson da Silva 12 – Francisco das Chagas Araújo 12 – José Maria Cunha

13 – Pantaleão Lopes Nunes 19 – Joselito Viveiros Nogueira 22 – Jose Liduino S. de Sousa

ABRIL 01 – Claudio Pelucio Torres Moreira 02 – Francisco Honorio de F. Neto 02 – José Ivan da Costa

02 – Marcio Barbosa Sobral 12 – Misael Barreto da Silva 03 – Francisco Neudson Costa Vieira 10 – Antônio Wagner Gois


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APCC ENTREVISTA

Uma gestão que marcou a Associação Robeval Feitosa Goes, presidente da APCC Nessa edição, recebemos em nossa redação, Robeval Feitosa Goes, presidente da APCC. Robeval iniciou sua carreira na área de compras ainda muito jovem, com 18 anos de idade, na CEMAG Ceará Máquinas Agrícolas, empresa do ramo metal mecânico, produtora de máquinas e implementos para agricultura. Foram 14 anos de aprendizado, passando por várias etapas, desde auxiliar de escritório, auxiliar de compras, comprador e supervisor de compras. No início da década de noventa, surgiram novas oportunidades e Robeval resolveu enfrentar novos desafios, aceitando o convite para trabalhar na Iracema Indústria de Caju. Depois de três anos de experiência na cajucultura, segue para TBM – Têxtil Bezerra de Menezes, fiação de algodão, onde trabalhou por um período de 15 anos. Além de trabalhar nas empresas citadas, ainda passou pelas áreas de avicultura (CIALNE), indústria farmacêutica, (ISOFARMA), recentemente trabalhou na Itaueira Agropecuária S/A, do ramo de agricultura, mais precisamente, produção de frutas. Atualmente, dedica a maior parte do seu tempo na administração da APCC. JC – Seja bem vindo ao APCC Entrevista. ROBEVAL – Agradeço ao convite, é um prazer ser entrevistado por este importante veículo de comunicação da nossa Associação. Para mim, é um grande privilégio. JC – Robeval, você trabalha na área de compras há quase 35 anos. Vários compradores já estiveram conosco e sempre temos a curiosidade de saber como iniciaram suas carreias. Conte-nos um pouco como iniciou a sua trajetória. ROBEVAL – Era final da década de 70, precisamente final de 1978, quando tive a oportunidade do meu segundo emprego, em uma empresa chamada CEMAG. Foi lá onde, com a idade de 18 anos, comecei a trabalhar em um escritório, no tempo da máquina de datilografia (risos). De início, exercia a função de auxiliar geral no escritório, porém, foi no início de 1979, quando a empresa mudou-se para a sede própria, que fui designado pela diretoria para o setor de compras. JC – Realmente você começou muito novo, quais foram os seus primeiros desafios? ROBEVAL – Foram muitos desafios para um jovem iniciante, porem, com fé em Deus, perseverança, boa vontade para aprender e


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com o apoio da chefia, conseguimos superá-los. Um dos grandes desafios foi enfrentar o público, principalmente fornecedores, e conseguir aprender a negociar, tarefa fundamental para um comprador. JC – Cite um fato que marcou a sua experiência nas empresas que trabalhou. ROBEVAL – Muitas coisas me marcaram e estão em minha memória como aprendizado da vida profissional. Uma fase que muito me marcou foi em 1986, em pleno plano cruzado, quando desdobrava-me em excesso para conseguir abastecer o almoxarifado da CEMAG, devido a dificuldade de compra em todo tipo de produto, mas dentre todos, o mais difícil era abastecer o refeitório. Enfrentava-mos longas filas para comprarmos frangos, peixes, carnes, leite etc. JC – Como você se sente, sendo um profissional de compras que já trabalhou em diversas empresas e segmentos variados? ROBEVAL – Sinto-me muito abençoado por Deus, por ter tido várias oportunidades de aprender em áreas diferentes, não somente pelo prisma do aprendizado profissional, mas também por conhecer vários ramos da economia. Isso me deu a condição de conquistar muitas amizades e me fez crescer nos relacionamentos sociais e políticos. Sempre sonhei em diversificar meus conhecimentos. Sinto-me muito feliz. JC – O que você acha fundamental em um profissional de compras? ROBEVAL – O profissional de compras é muito importante em todos os segmentos da economia, pois lida com os recursos financeiros da organização. Então ele precisa estar em sintonia com a administração da empresa, saber responder as demandas, reportar-se bem no mercado interno e externo. Precisa também aprofundar-se nas negociações, fazer o trabalho com esmero, para que cada compra seja bem sucedida, do ponto de vista financeiro e qualitativo, mantendo sempre a ética, necessária a todo trabalhador. Na minha opinião, todas essas qualidades são fundamentais para um bom profissional de compras. JC – Já falamos sobre muitos assuntos ligados a área de compras propriamente. Vamos falar um pouco sobre a APCC. Quando e como surgiu a oportu-

nidade de conhecer a APCC? ROBEVAL – Tive o privilégio de conhecer a APCC ainda na sua fase embrionária. Era setembro de 1997, trabalhando na TBM, quando recebemos o convite para participar de um evento de lançamento de um produto, onde seria também lançada a ideia da criação de uma organização para cuidar dos interesses da classe dos profissionais de compras. Aceitei o convite e estou até hoje fazendo parte. JC – Você pode nos dizer o que a APCC tem feito para representar a classe dos profissionais de compras desde a sua fundação? ROBEVAL – A APCC, desde que foi fundada, tem procurado unir os profissionais de compras por meio de encontros sociais, treinamentos, viagens etc. Temos o projeto de regulamentação da profissão que, apesar de ser tão importante, ainda não é regulamentada. Com certeza nós, profissionais de compras, estamos unidos e, com as ações que estão sendo efetuadas, vamos nos unir ainda mais. JC – O Jornal do Comprador foi fundado no mesmo ano da fundação da APCC. Em que esse veículo de comunicação tem ajudado no desenvolvimento da Associação? ROBEVAL – Eu considero que uma das maiores iniciativas do nosso primeiro presidente, João Batista do Carmo, foi a criação do nosso jornal. É uma ferramenta de comunicação altamente eficaz, pois é por meio desta publicação que estamos conseguindo alcançar muitos profissionais da nossa área. As matérias são de alta qualidade. Começamos em 1998 com 4 páginas, e hoje já alcançamos 28 páginas com perspectiva muito grande de crescimento e transformar a publicação numa revista. Muitos parceiros comerciais têm se interessado em anunciar. Com certeza o Jornal do Comprador tem a cara da APCC. JC – Você está encerrando o exercício de dois mandatos como presidente da APCC. Quais foram os seus maiores desafios enfrentados? ROBEVAL – No ano de 2008, quando fui convidado a me candidatar. De imediato, a minha vontade foi de recusar, porém, pensando melhor, cheguei a conclusão que jamais poderia abdicar o desafio de enfrentar o comando da Associação que me representa e que com muita honra ajudei a fundar. Presidir uma Associação de classe não é fácil, pois requer

muita perseverança e muita renúncia em prol de objetivos comuns. Portanto, posso dizer que o meu maior desafio foi encontrar coragem para assumir esta missão. Depois disso, graças a Deus as coisas foram acontecendo. JC – Agora, no final da sua gestão, o que você tem a dizer? Como é ser presidente da APCC? ROBEVAL – Ser presidente da APCC é confiar em Deus, trabalhar incansavelmente com perseverança, é estar sempre lendo o estatuto para não esquecer os objetivos pelos quais fomos criados, não esquecer a comunicação e tentar inovar cada vez mais. JC – O que você aprendeu no exercício da presidência? ROBEVAL – Aprendi que sempre é possível fazer alguma coisa a mais quando se tem boa vontade, aprendi que a APCC é uma escola de líderes, aprendi que vale a pena trabalhar para alcançarmos nossos sonhos. JC – Qual o recado que você deixa para o futuro presidente e associados da APCC? ROBEVAL – Desejo ao próximo presidente e toda a diretoria muito sucesso! Que Deus abençoe a nova gestão! Desejo aos associados que acreditem na ideia, vale a penar ter uma Associação que seja referência para nós. Participem! Colaborem! E veremos uma APCC bem organizada e solidificada para enfrentar os desafios profissionais, sociais e políticos. JC – O APCC Entrevista agradece a sua disponibiliade e o parabeniza pelo belo trabalho frente a Associação.

APRENDI QUE SEMPRE É POSSÍVEL FAZER ALGUMA COISA A MAIS QUANDO SE TEM BOA VONTADE


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O que faz a opinião pública Mídias sociais ou convencionais? Por Bette Romero

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s mídias sociais chegaram para ficar. Disso ninguém tem dúvida. Daí a preocupação das empresas em saber o que se fala nas redes sociais, atentas sobre como está sua a imagem neste espaço. Afinal, em um mundo globalizado, onde as notícias são transmitidas em tempo real e onde as mídias sociais têm um grande poder de influência, a imagem é um dos ativos mais preciosos de uma empresa, pessoa ou produto. Neste novo cenário de Web 2.0, ou seja, de interação, troca e divulgação exponencial, do boca a boca virtual capaz de gerar "buzz" (fenômeno de repercussão) como o da Luiza, que estava no Canadá e agora está em Londres, as empresas focam as mídias sociais e esquecem as mídias convencionais. Porém, as mídias mais antigas como mídia impressa, TV e rádio, não perderam seu lugar. Da mesma forma que a mídia impressa não deixou de existir com o surgimento da Internet,

nem foi decretada a morte do livro, com a criação do E-book, a partir das redes sociais as mídias convencionais se adaptaram aos novos tempos e consolidaram a sua posição. A prova disso é que todos estes veículos estão aí, com seu público cativo e alto faturamento publicitário. RETROALIMENTAÇÃO As mídias sociais tornam-se fonte de notícias das mídias convencionais que as ratificam. Porém, quando uma pessoa deseja se informar sobre um novo fato, como o a morte do Chico Anysio, eleição ou inflação, não é nas mídias sociais que vai buscar a informação e sim nas mídias convencionais. Como explica Silveira (1) "as mídias podem ser compreendidas como o novo campo de legitimidade, no qual os demais campos se refletem. As diversas áreas sociais lutam para tornar públicos os acontecimentos considerados relevantes e buscam, através da exposição


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na mídia, a aprovação da sociedade e sua legitimidade". Neste contexto, as mídias sociais e as convencionais se tornaram irmãs muito próximas. Uma alimenta a outra, que se retroalimenta. Assim, não é possível esquecer as velhas mídias, para focar apenas as mídias sociais, principalmente no que diz respeito ao diagnóstico da imagem pública das empresas e corporações. O diagnóstico da imagem pública das empresas/pessoas públicas/produtos está disponível, diariamente, através das noticias veiculadas nas mídias convencionais, complementarmente, nas mídias sociais. Porém, se as informações publicadas são percebidas apenas individualmente, serão como as peças de um quebra-cabeça que, se observadas em separado, não permitem a visão do quadro a ser formado quando reunidas em uma peça única.

A PARTIR DAS REDES SOCIAIS AS MÍDIAS CONVENCIONAIS SE ADAPTARAM AOS NOVOS TEMPOS E CONSOLIDARAM A SUA POSIÇÃO

ANÁLISE DE MÍDIA Aí é que entra a Análise de Mídia, ou seja, a análise deste material veiculado nas mídias. Através dacoletânea de notícias publicadas sobre a empresa, a análise vai aferir o espaço ocupado por ela em cada mídia. Após, é feita a avaliação qualitativa e as matérias são classificas pelo seu conteúdo, se positivo ou adverso, sob a ótica do público em geral, com relação a empresa em questão. A seleção de textos ainda é classificada pelos veículos de cada mídia. A partir deste trabalho, pode-se visualizar qual a imagem da Empresa que está chegando à população e aos públicos alvo através dos veículos de comunicação. Este conjunto de informações, articuladas, vão compor um instrumento de Marketing para a definição das estratégias de comunicação. Ao mesmo tempo, a Análise de Mídia vai resolver uma das grandes dificuldades das assessorias de imprensa e dos profissionais de Comunicação e Marketing: quantificar e qualificar os resultados obtidos nas mídias.

(1) SILVEIRA, A. C. M. Representações midiáticas e produção de sentido. A identidade gaúcha em questão. Bette Romero é mestre em Educação, professora de pósgraduação em Comunicação Corporativa, além de DiretoraExecutiva do Clube de Comunicação e Diretora do Sindicato dos Jornalistas do Município Rio de Janeiro (Comissão de Ética). Fonte: www.artigonal.com


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Relacionamento interpessoal O poder das relações no ambiente de trabalho Por Ronaldo Cruz da Silva

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omo está o seu relacionamento com os pares na empresa onde você trabalha? Acredito que boa parte das pessoas ainda convive com esse tipo de problema na organização onde atua; seria injusto generalizar e falar que todas as empresas têm algum tipo de conflito interno, causado pelos indivíduos que interagem diariamente no ambiente de trabalho, mas o fato é que no mundo empresarial eles existem e podem prejudicar o desempenho da equipe, assim como os resultados esperados pelas empresas, impactando inclusive no clima organizacional. Às vezes, os problemas de relacionamento não são visíveis, ficam mascarados e embutidos intrinsecamente em cada um, onde só podemos percebê-los por meio de ações, do comportamento e no modo de agir com os outros membros da equipe. A necessidade de trocar informações sobre o trabalho e de cooperar com a equipe permite o relacionamento entre os indivíduos, o que acaba sendo imprescindível para a organização, pois, as mesmas, valorizam cada vez mais tal capacidade; o relacionamento interpessoal é, sem sombra de dúvida, um dos fatores que

influenciam no dia-a-dia e no desempenho de um grupo, cujo resultado depende de parcerias internas para obter melhores ganhos. No ambiente organizacional é importante saber conviver com as pessoas, até mesmo por ser um cenário muito dinâmico e que obriga uma intensa interação com os outros, inclusive com as mudanças que ocorrem no entorno, seja de processos, cultura ou até mesmo diante de troca de lideranças. A contribuição dos pares e a forma que eles são tratados ajudam o colaborador atingir suas metas e desenvolver suas atribuições de maneira eficaz. Para isso, é necessário saber lidar com a diversidade existente na empresa, respeitando as diferenças e as particularidades de cada um; com isso, é possível conquistar o apoio dos demais e fazer um bom trabalho, afinal, ninguém trabalha sozinho. O papel do gerente nesse processo é de extrema importância, pois é de sua responsabilidade administrar os conflitos existentes entre as pessoas do time, e fazer com que o clima interno seja agradável, permitindo um ambiente sinérgico e que prevaleça a união e a cooperação entre todos. Essa forma de conduta está


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relacionada ao estilo de gestão que se aplica e suas ações, e pode influenciar no desempenho dos liderados; este gestor terá que dar o exemplo para os demais, saber como falar com seus colaboradores, pois a maneira com que irá tratá-los poderá refletir no relacionamento entre a gerência x colaborador e, conseqüentemente, nas metas e objetivos da empresa. No entanto, sabemos que tem gente que não consegue lidar com pessoas adversas e com opiniões diferentes da sua, e deixam se levar por uma impressão negativa sem ao menos procurar compreendê-las e conhecê-las mais detalhadamente. Outro vilão que pode prejudicar o relacionamento entre os membros de uma equipe é o mau humor; o que faz com que essas pessoas (mal humoradas) criem uma espécie de escudo e fiquem isoladas das demais. Isso impede que seus colegas se aproximem para pedir algum tipo de ajuda, ou até mesmo para bater um papo. Essa dificuldade de relacionamento acaba impactando no desempenho de uma pessoa em relação às tarefas que desenvolve na organização, pois ela irá evitar a sua exposição e nem sempre poderá contar com alguém para auxiliá-la, e devido a isso acaba fazendo, na maioria das vezes, seu trabalho de maneira individualizada. Deixa-se, também, de ouvir opiniões diferentes e de compartilhar escolhas e alternativas com os demais, o que pode causar certo risco dependendo da decisão tomada. Em outras palavras, o mau humor certamente causará prejuízos ao trabalho em equipe e, por tabela, aos resultados em geral. Quando a empresa enfrenta problemas de relacionamento, a área de Recursos Humanos junto à gerência tem a missão de sanar a dificuldade o quanto antes para não comprometer o clima de trabalho. É necessário identificar as causas para minimizar o efeito que este fator pode gerar, assim como sensibilizar os colaboradores para que eles não deixem que essa variável prejudique

o desenvolvimento das tarefas, pois os clientes interno e externo podem não ser atendidos com prontidão e eficácia, resultando em queda na qualidade do atendimento e na produtividade. As divergências e as “brigas” internas podem ser resolvidas com um bom treinamento e atividades grupais, procurando valorizar a integração e focar a importância de se ter um excelente relacionamento com os membros da equipe. O gerente também terá que fazer o seu papel, dando apoio, feedbacks e fazendo coaching com seus colaboradores, evitando, assim, qualquer tipo de atrito que possa ocorrer futuramente no time. Contudo, isso não depende somente do gestor: todos terão que estar envolvidos nesse processo. Os funcionários também têm um papel importante para a construção de uma ambiente saudável, pois depende de suas condutas e atitudes para acabar com problemas desse tipo. Para manter um clima agradável e sem manifestação de atritos, é necessário que as pessoas deixem de agir de forma individualizada e passem a interagir como uma equipe, promovendo relações amigáveis e fazendo com que cada um procure cooperar com o outro, mas, para isso, é preciso que cada um faça a sua parte, pois se todos não estiverem dispostos a contribuir, não iremos chegar a lugar algum. Pense nisso!

Ronaldo Cruz da Silva possui graduação em Administração de Empresas é especialista em Administração de Recursos Humanos, Psicologia Organizacional e atualmente cursa um MBA em Gerenciamento de Projetos, tem experiência de mais de 15 anos na área Administrativa/Recursos Humanos. É professor universitário e atua como consultor de RH em uma consultoria. Fonte: www.artigonal.com


Delegar não é pedir nem mandar Por Alexandre Aschenbach

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odo líder deve saber delegar. Essa é a linguagem corrente e não pretendo discutir isso. Na minha concepção é uma verdade, ao menos até o momento.Mas há uma confusão tremenda quando se fala em delegar. Alguns acreditam que delegar é pedir. Outros, por sua vez, creem piamente que delegar é mandar. Pior ainda quando entendem que delegar é entregar as tarefas menos nobres ou mais chatas aos subordinados. Delegar, ao contrário, tem a ver com autoridade, liberdade e confiança. É preciso delegar sim, entendendo que ao delegar estamos oferecendo, temporariamente ou não, certo nível de autoridade. Estamos transferindo uma porção de autoridade que

é nossa por direito para alguém. Estamos oferecendo poder, ainda que limitado. Quem delega e fica questionando e incomodando quem recebeu a delegação está, na verdade, mandando. Tem tanto medo do que possa acontecer que simplesmente não permite que a atividade se desenvolva. Nunca conhecerá realmente seu subordinado, pois coloca o dedo em tudo, centraliza demais. Por isso também que delegar é dar liberdade, ainda que temporária e limitada, a outrem. Dentro do escopo da atividade que foi delegada o profissional que recebe a delegação deverá ter liberdade para exercer a autoridade oferecida. E para conseguir "deixar" que a autoridade oferecida seja exercida com liberdade é preciso confiar. Se não houver um bom


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nível de confiança, novamente estaremos apenas mandando. E mandar dá muito trabalho, porque mandar significa que não há confiança no subordinado para que exerça livremente a autoridade oferecida, portanto quem manda tem que ficar sempre atento a cada passo dado em seu departamento. Viverá com medo. Note que é necessário sim manter-se atento, acompanhar as atividades, etc. mas isso não significa sufocar ninguém. Delegar, por outro lado, também não é pedir. Quando pedimos estamos dando o sentido de "favor". Quando, em sã consciência, um favor poderá ser cobrado? Um favor, um pedido, implica em total liberdade de ação, fugindo eventualmente do escopo da atividade e, ao mesmo tempo, sem oferecer a autoridade que talvez seja necessária para o bom andamento do trabalho "solicitado". Pedir, nesse caso, implica em um sacrifício. Sim, porque sem ter a autoridade o solicitado terá de revirar-se para conseguir atingir o objetivo. Entende que tem liberdade mas, como isso não foi explicitado então ele pode agir com mais ou menos liberdade do que imaginamos e ainda pode sentir-se amedrontado em exagerar ou tímido em arriscar. Nada disso oferece garantias. E, como cobrar um "favor"? Como podemos punir um erro? E como abrilhantar a ação se foi um favor apenas, e não uma tarefa? Bem, a punição também não terá medidas e o agradecimento pode parecer (ou ser realmente) exagerado, uma vez que se torna mais pessoal que profissional. Ainda há um ponto a se pensar: o que devemos ou não delegar? Mas isso fica para outro artigo. Em resumo, acredito que precisamos delegar sem pedir nem mandar. Delegar deixando claro o que desejamos, quais

QUEM DELEGA E FICA QUESTIONANDO E INCOMODANDO QUEM RECEBEU A DELEGAÇÃO ESTÁ, NA VERDADE, MANDANDO são as responsabilidades, qual o limite da autoridade e qual o nível de liberdade das ações necessárias para o cumprimento da tarefa. Precisamos nos colocar no lugar de quem recebe a delegação e tomar bastante atenção para garantir que todos os detalhes foram colocados na mesa. Precisamos confiar demonstrar essa confiança e ao mesmo tempo deixar o caminho aberto para que, em caso de dúvida ou problema, possamos ser acionados sem críticas ou julgamentos.

Alexandre Aschenbach é Técnico em Processamento de Dados, Bacharel em Análise de Sistemas pela Universidade São Francisco e Pós Graduado em Gestão da Tecnologia da Informação pela Fundação Getúlio Vargas. Fonte: www.artigonal.com


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Crise: risco e oportunidade Por Otávio A. L. Ventura Momentos de tensão como os que a economia global vive atualmente podem gerar novas possibilidades na mesma proporção em que geram temor. Os ideogramas que formam a palavra crise, em chinês, são dois: risco e oportunidade. Duas palavras aparentemente díspares, mas que nos faz refletir sobre a complexidade desse conceito em um momento em que parece que o mundo está ruindo a nossa volta. Diante do dilema da atual equipe econômica brasileira de estimular o crescimento ou controlar a inflação, é frustrante perceber que o governo parece focar no desaquecimento econômico. Depois de crescer 7,5% em 2010, alguns setores chegam a anunciar um crescimento econômico de apenas 3% como algo satisfatório para 2013. Se o próprio governo aposta nesse número, talvez ele seja menor ainda. O nível atual da inflação, de 6,3% ao ano, é elevado, mas ainda se situa um pouco abaixo do teto da meta estabelecida pelo BC, de 6,5%. Com a contenção dos preços dos alimentos e das commodities, o corte das tarifas de energia elétrica e as desonerações, espera-se que a taxa se aproxime vagarosamente do centro da meta, de 4,5%. Todos esses esforços, no entanto, não foram necessários para tirar o país do cenário em que se encontra.

Matéria publicada na revista Época, recentemente, afirma que o brilho do Brasil perdeu intensidade na arena global. A economia empacou. O mega investidor Mark Mobius, presidente da Templeton Emerging Markets, empresa com patrimônio de US$ 54 bilhões em mercados emergentes, US$ 4, 3 bilhões deles no Brasil, afirmou na reportagem que a ideia do Brasil decolando passou. Para o cientista político Christopher Garman, diretor da área de estratégia para mercados emergentes do Eurasia Group, uma consultoria americana especializada na análise de riscos políticos, a percepção do Brasil aos investidores, está no pior momento desde 2002. A revista norte-americana "The Economist" defendeu em editorial publicado recentemente a saída do ministro da Fazenda Guido Mantega, considerado-o inepto para garantir o crescimento de que o país necessita. O fraco desempenho da economia, no entanto, não foi um privilégio do Brasil no ano passado. Todo o grupo formado pelos grandes países emergentes conhecidos como Brics – Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, sofreu desaceleração no crescimento e perdeu influência na economia mundial. No entanto, o brasileiro é conhecido mundialmente pelo seu jogo de cintura, capacidade de driblar as situações mais difíceis


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e encontrar uma maneira de fazer da crise uma chance de encontrar novas oportunidades. Aquela sapiência necessária para descobrir como tirar o melhor proveito da ocasião. O negócio certo na hora certa. A Your Office, por exemplo, comemora a crise. A empresa criada há 18 anos, trouxe para o país o modelo de escritório inteligente. Contrapondo as incertezas envolvidas na decisão de alugar um espaço ou optar pelos serviços de um escritório inteligente há um aumento da ordem de 25% nos contratos. Prova de que o negócio não para de conquistar o mercado, o grupo Your Office registra índices de crescimento de 10% a 20% ao ano no país. Atualmente, qualquer solução que ofereça contenção de custos é um bom negócio, em comparação com os demais segmentos. Aqueles que já operam, mas enfrentam dificuldades para dimensionar a situação atual do mercado com a previsão de custo e retorno financeiro, têm como aspecto positivo a adaptação às necessidades específicas, sem a obrigatoriedade de contratos de longo prazo. Além disso, o serviço ainda oferece completa estrutura para quem não tem tempo a perder com criação de logística administrativa. Em resumo, mais flexibilidade para acompanhar as incertezas que a atual conjuntura nos apresenta. A redução da despesa mensal é um benefício que seduz a todos. Em relação a um escritório convencional, os usuários deste tipo de espaço economizam cerca de 30% a 70% ou mais. O Your Office investiu também na ampliação e reforma de sua unidade na Avenida Paulista, mudando layout, sistema de controle de acesso e estrutura. Com isso, prevê para o segundo semestre de 2013, um aumento de 25% em seu faturamento, em relação ao ano passado.

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Independentemente do que aconteça com as finanças globais, o importante para nós empresários, executivos e governantes é manter a cabeça acima da crise. Só assim podemos enxergar o que está por vir e tirar o máximo proveito disso.

RISCO E OPORTUNIDADE: DUAS PALAVRAS QUE NOS FAZEM REFLETIR SOBRE A COMPLEXIDADE DESSE CONCEITO EM UM MOMENTO EM QUE PARECE QEU O MUNDO ESTÁ RUNDO A NOSSA VOLTA

Fonte: www.artigonal.com


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Intensão sem ação é igual a ilusão Por Marcio Fachesi

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os dias de hoje, muitas pessoas sonham em mudar de vida, realizar seus objetivos pessoais e melhorar sua situação. Mas porque a maioria não atinge os resultados esperados? Isso ocorre, pois muitas vezes almejamos algo, planejamos tudo direitinho, mas simplesmente não tomamos iniciativa nenhuma, ficamos simplesmente parados, esperando que as coisas aconteçam, ficamos paralisados e sem ação. Vamos citar um exemplo, haviam somente cinco galinhas no galinheiro, e elas sabiam que seriam mortas no próximo final de semana, pois o dono do sítio iria fazer um almoço para toda a família. Diante dessa questão, a galinha líder do galinheiro resolveu fugir, e falou para as outras que fizessem o mesmo. No sábado o dono do sítio foi pegar as galinhas, e para sua surpresa notou que só restava uma galinha no galinheiro. Ele a matou e fez o almoço somente com ela. Agora adivinhem qual era a galinha que foi morta? Justamente a líder do galinheiro, que teve a ideia de fugir, convidou as outras galinhas para fugirem, mas simplesmente não agiu. Isso significa que faltou algo fundamental para aquela galinha cheia de intenção e boas ideias, faltou o fundamental: Ação. Muitas pessoas são assim, têm excelentes ideias, mas não as colocam em prática. Continuam estáticas, provavelmente com a mesma vida de sempre. Vivem almejando algo, mas não agem para realizar suas vontades. Provavelmente você conheça alguém assim, que vivem sempre adiando suas ações para amanhã.

Pessoas que não agem, jamais serão bem sucedidas num sistema de relacionamentos, onde um dia perdido é uma proposta de negócio ou uma venda a menos. Nunca confunda livre iniciativa, com falta de iniciativa, não adianta somente querer ser bem sucedido, é muito importante fazer e agir. Lembre-se sempre que intenção sem ação é ilusão! Um grande abraço e muito Sucesso!

PESSOAS QUE NÃO AGEM, JAMAIS SERÃO BEM SUCEDIDAS NUM SISTEMA DE RALACIONAMENTOS

Fonte: www.marciofachesi.com


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PERFIL

ALEX ROCHA, AUXILIAR DE COMPRAS DA WR ENGENHARIA LTDA Olá, sou Alex Rocha, trabalho na WR ENGENHARIA LTDA desde 2010 e vou contar parte da minha trajetória. Desde muito cedo comecei a trabalhar. Quando garoto, fui entregador de jornal e, nesta fase de minha vida, nunca imaginei que chegaria onde cheguei. Também fui agente de endemias para combater a Dengue, moto boy na Construtora Mendonça Aguiar, motorista na Marfa Engenharia, moto boy novamente na WR, e hoje sou auxiliar de compras na própria WR.

Por vir de família humilde, tudo pra mim sempre foi muito difícil. Contatos e influência de quem poderia me dar uma chance no mercado, com isso nunca pude contar, ou seja, amigos ricos não tenho. Conto com a ajuda de nosso Deus que está nos céus. Pra que ajuda melhor? Com muito esforço, força, trabalho, dedicação e vontade de crescer, fui sendo observado por meus gerentes e gestores diretos. Nesse momento, surgiu a oportunidade para o setor de suprimentos, um desafio muito grande para um mero moto boy e um risco, pois se não desse certo eu estaria desempregado. Mas como citado, com muita dedicação podemos vencer as barreiras e superar os obstáculos postos a nossa frente. Agradeço muito a Deus por ter me ajudado nesse grande desafio e também ao meu gestor direto Tiago Alencar, que com muita paciência me ajudou com sua experiência e conhecimento da área de compras. Até aqui já se passaram dois anos de experiência na área, estou cursando Teologia no seminário KALEO, que é um

grande sonho pessoal, e quando terminar quero fazer um curso de edificações que somará para meu currículo, assim estudando e sempre crescendo. No final de 2009 eu não tinha expectativa de crescimento dentro de um mercado tão competitivo como esse da construção civil, onde o nível superior não basta mais, uma vez que é preciso pós-graduação, MBA etc. Quero dizer que: AGINDO DEUS, QUEM IMPEDIRÁ? Continuarei capacitando-me e subindo degraus na minha carreira profissional. Quem sabe num próximo perfil deste conceituado jornal estarei contando o que conquistei novamente? Gostaria de agradecer a oportunidade de poder contar parte de minha trajetória nesta valiosa publicação, ao grande amigo Wagner Albuquerque, pela confiança e estima, e a Deus, por me dar a chance de contar o que Ele fez por mim. Obrigado!


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FIQUE LIGADO

Filosofia Corporativa Como a reflexão filosófica pode realmente nos ajudar a resolver os problemas diários Por Márcio Alcântara Pinto Em um mundo dominado pela técnica e pela urgência de produtividade, é raro encontrar pessoas que se dedicam a estudar as questões mais profundas da vida humana. Para tanto, a filosofia torna-se especialmente importante no contexto e ambiente corporativos, onde o desafio do relacionamento interpessoal é sempre colocado à prova. Filosofia é pensar de forma crítica sobre questões importantes em busca da verdade das coisas para a solução dos problemas. É a água que sacia e que, ao mesmo tempo, dá sede. É questionar os dogmas, preservando os valores essenciais. E isso, nos dias de hoje, nada tem a ver com a dedicação exclusiva dada à arte da contemplação reflexiva exercida com afinco por pensadores como Platão, Aristóteles e outros expoentes da filosofia antiga. “É preciso se habituar à luz do sol antes de ser capaz de vê-lo.” Com essas palavras, Sócrates, grande pensador antigo, tenta convencer seu discípulo Glauco de que a filosofia não é um conhecimento adquirido da noite para o dia. Ela requer, portanto, tem-

po de dedicação e adaptação para que se atinja um elevado nível de consciência e se aproxime da sabedoria. Porém, a maioria das pessoas se furta ao verdadeiro trabalho de pensar e perdem, com isso, grande oportunidade de resolverem seus problemas e avançarem um degrau na busca constante de melhoramento diário. Para muitos, é mais fácil deixar as coisas do jeito que estão sem perguntas complexas que aparentemente não têm solução, o que denota apatia, inércia e conformismo. A atitude de filosofar exige coragem. Antes de qualquer revolução visível, há sempre uma revolução mental que altera a característica do pensamento. É preciso, portanto, olhar para os mesmos fenômenos sob um novo prisma. Preciso de meu tempo de aprendizado e reflexão preservado, ou não crio. Isso é o caos criativo, e é também um colapso na rotina, hábitos e estruturas do conhecimento. E essa inquietação do saber é que torna o homem corporativo moderno um ser reflexivo, curioso e buscador incessante, que repugna sua condição de ignorância em busca de uma nova ordem de entendi-

mento. Da Vinci disse certa vez que “o mais nobre prazer da vida é a alegria do entendimento.” Já Sócrates falou que “a vida sem análise não é uma vida válida”. As perguntas movem o mundo e não as respostas. E o importante é nunca parar de questionar. Ser filósofo é trabalhar na tentativa de ir além do óbvio. Lidere perguntando, não respondendo. Use perguntas para entender, não para manipular. Faça perguntas abertas e reuniões sem pauta. Vá para a varanda, observe e abra sua mente para o grande espetáculo do novo!

Márcio Alcântara é Gerente Comercial da SV Elétrica

Márcio Alcântara é Gerente Comercial da SV Elétrica


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DICAS DE ETIQUETA

COMO VIVER MELHOR

Perfumes

Os limites da tolerância

O aroma é algo inigualável! O cheiro, mais ainda! Registra a lembrança humana, como também de lugares e épocas. O perfume é um item que completa um visual, mas temos que saber escolher a fragrância certa para cada ocasião e horário, pois deve ser sempre um aroma agradável. O uso do perfume tem boas histórias desde as antigas civilizações. Realmente a humanidade sempre gostou de aromas. O Museu do Perfume, em Grasse, e o Museu Louvre, ambos na França, são os mais indicados para uma visita. Sabe-se que a pele é um termômetro exato de composição química com o extrato de combinação, onde vai mostrar a acidez. Abaixo, algumas variação dos perfumes: QUENTES E PESADOS (INVERNO): Feitos a base de especiarias. Ex: cabochard; DOCES E VOLÁTEIS (VERÃO): Feitos a babe de flores ou frutas. Ex. Chanel nº 5; LEVES E FRESCOS (COTIDIANO): Feitos a base de folhas. Ex: Vent Vert; NEUTROS (NOTURNO): Feitos à base de raízes e madeira. Ex: Ópium Vale informar que quando for adquirir um perfume, experimente uma gota no pulso, esfregue, aguarde alguns minutos e verifique se realmente é a sua fragrância fatal! O grau de concentração depende do maior ou menor teor alcoólico, mais álcool volatiza mais rápido e menos álcool volatiza menos rápido. Saiba escolher o perfume que destaque sua presença e sua elegância.

Sabemos que virtudes como a caridade e o amor não têm limites. Quanto mais pudermos oferecer, maiores serão os benefícios. Já com a tolerância, é um pouco diferente. Quando a praticamos, precisamos ter a sensibilidade de avaliar até que ponto devemos ser tolerantes ou não. É claro que necessitamos tolerar as opiniões alheias, pois cada um tem o direito de pensar de acordo com o seu ponto de vista. Precisamos ser tolerantes com o credo religioso que cada um adota, da mesma forma como gostamos que os outros nos tolere quanto à religião eu professamos. Precisamos ser tolerantes com a opção políticopartidária que nosso semelhantes escolhe, do mesmo que apreciamos ser respeitados quando proferimos este ou aquele partido. Existem muitas outras situações semelhantes a estas, as quais necessitam de nossa tolerância. Há, no entanto, muitos casos em que tolerar, em vez de ser um ato de virtude, passam a ser uma ação negativa, contrária a qualquer princípio nobre. Não podemos, portanto, ser tolerantes com a injustiça, com o preconceito racial (ou qualquer outro tipo de preconceito), com os crimes contra a vida, com a corrupção (tão em moda atualmente) e com todos os atos que sejam contrários aos ensinamentos baseados no amor e na caridade. Enfim, na vida, nos deparamos com muitas situações em que a tolerância se faz necessária somente até um certo ponto. A partir de então, tolerar já seria concordar com o comportamento distorcido daquele que estamos procurando ajudar.

Priscila Cavalcanti e Malu Cavalcanti são cerimonialistas e promotoras de eventos. www.priscilaeventos.com.br priscilaeventos@ priscilaeventos.com.br (85) 3401.5216 | 9981.1786

Luis Gonzaga Cunha é funcionário aposentado da Caixa Econômica Federal.


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SAÚDE EM DIA

Coma bem para enxergar bem Por Dr. Renato Neves O depósito de cristais nas lentes de contato – que as danifica completamente – pode indicar altas taxas de colesterol no sangue. Na opinião do doutor Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, isso é resultado de uma dieta com excesso de proteína e gordura. "Em contrapartida, uma dieta bem elaborada, privilegiando alimentos antioxidantes, pode trazer grandes benefícios à saúde ocular, retardando doenças como a degeneração macular, catarata, olho seco e tantas outras". De acordo com o especialista, todas as dietas saudáveis devem incluir grandes quantidades de frutas, legumes e verduras frescas – que podem ser consumidas ao longo do dia. A ideia é aumentar a ingestão de vitaminas, minerais, proteínas saudáveis, ômega-3 e luteína. "Frutas de várias cores e verduras de tonalidade verde-escuro, como espinafre, couve e brócolis, contêm antioxidantes que protegem os olhos, reduzindo os danos provocados pelos radicais livres. Ovos, milho verde, mamão, laranja e kiwi também contêm luteína, substância fundamental no combate à degeneração macular relacionada à idade. A esses alimentos, acrescentamos cenoura e abóbora, que também são ricas em vitamina A e contêm muita vitamina C", diz Neves.

É importante, também, incluir na dieta fontes de ômega-3 e reduzir a ingestão de sódio. "Peixes, castanhas, óleo de linhaça e canola contribuem também para evitar a síndrome do olho seco – tão comum nas grandes cidades e na terceira idade. Mas, se alguns alimentos contribuem para a saúde dos olhos e para o bem-estar do paciente, o sódio pode colocar tudo a perder quando ingerido em altas quantidades, levando ao desenvolvimento de catarata. Por isso é tão importante ficar de olho nas embalagens e preferir comprar alimentos prontos com baixa quantidade de sódio", conclui o médico.

TODAS AS DIETAS SAUDÁVEIS DEVEM INCLUIR GRANDES QUANTIDADES DE FRUTAS Dr. Renato Neves é médico oftalmologista, diretor do Eye Care Hospital de Olhos (SP). Fonte: www.eyecare.com.br


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DICAS DE FILMES

A NEGOCIAÇÃO

PARA ROMA COM AMOR

Diretor | NICHOLAS JARECKI Produção | LAURA BICKFORD Duração | 107 MIN. Ano | 2012 País | EUA/POLÔNIA Gênero | DRAMA Classificação | 14 ANOS

Diretor | WOODY ALLEN Produção | LETTY ARONSON Duração | 107 MIN. Ano | 2012 País | EUA/ESPANHA/ITÁLIA Gênero | COMÉDIA Classificação | 12 ANOS

Às vésperas de vender sua empresa milionária, Robert Miller, um magnata da bolsa de valores, envolve-se em um acidente automobilístico causando a morte de uma pessoa. Para preservar sua imagem, ele esconde sua responsabilidade no caso. Mas um investigador está disposto a descobrir o verdadeiro culpado, sabotando todos os planos de Robert.

Um caleidoscópio de quatro histórias, numa das cidades mais encantadoras do mundo. Essas quatro histórias variam de um conhecido arquiteto americano revivendo sua juventude; um morador de Roma que de repente se vê como uma grande celebridade da cidade, um casal de jovens com encontros e desencontros românticos e uma diretora de ópera que tenta fazer um agente funerário cantar.


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CURIOSIDADES ELÉTRICAS

Disjuntores: Os protetores das instalações elétricas Por Gouveia Neto Obrigatório e definido pela NBR 5459 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o disjuntor é um dos principais instrumentos de proteção das instalações elétricas. É de fundamental importância para a segurança da edificação e sua função é conduzir correntes elétricas em condições normais no circuito, bem como interromper automaticamente suas passagens caso sejam identificadas ações de sobrecarga quando essas correntes se estabelecem muito acima do que os condutores podem suportar, ou de curtos circuitos. Impede com isso, por exemplo, o início de incêndios provocados pelo superaquecimento dos condutores. E, ao contrário dos fusíveis utilizados anteriormente, podem ser reutilizadas, em média, 3,9 mil vezes após os problemas de sobrecargas (curtos circuitos) serem solucionados. Todavia, seu uso é restrito a profissionais técnicos qualificados. Não se sabe identificar, ao certo, quem foi o inventor ou em qual data isso aconteceu. Mas identificamos que a fabricação em série, dos até então novos disjuntores protetores das instalações, era feita pelas mesmas empresas que fabricavam os utilizados fusíveis. Identificamos ainda que a primeira patente sobre disjuntores foi requerida pela Companhia americana Westinghouse, na década de 1920, sendo a primeira companhia a registrar a propriedade industrial de um equipamento com essas características. Apenas em meados de 1960, a General Eletric, também americana,

juntamente com a própria Westinghouse, iniciou a fabricação no Brasil. Anteriormente, todos os disjuntores vendidos no Brasil vinham de outros países, dentre estes os Estados Unidos, ainda hoje, classificados na norma UL. No mercado atual encontramos, basicamente, destinados para ambientes de baixa tensão com corrente de até 125 ampères, os disjuntores classificados na norma DIM, chamados de mini-disjuntores termomagnéticos de tecnologia utilizada nos seus mecanismos de detecção de sobre correntes. São, ao todo, dois mecanismos com duas tecnologias distintas: um mecanismo é responsável por perceber a corrente de sobrecarga, por meio de lâminas bi metálicas, e o outro mecanismo faz a detecção da corrente de curto-circuito, por meio da tecnologia de campo eletromagnético. A funcionalidade de um disjuntor acontece quando, em situação normal, ou seja, quando não há uma sobre corrente no circuito, a corrente entra pelo terminal superior, passa pela bobina magnética pelo contato fixo, pelo contato móvel e pelo bimetal, até sair, por final, no contato inferior. Como o bimetal é composto por dois ou mais metais trefilados com coeficientes de dilatação diferentes, quando a alta corrente elétrica aquece os condutores, por conseqüência, nos disjuntores, os metais sofrem uma deformação. Essa deformação, que encurva o bimetal, dispara e desliga os contatos fixo e móvel do disjuntor, interrompendo a passagem da corrente elétrica. A Classificação destes equipamentos se dá por meio do desempenho de um disjuntor que poderá ser observado a partir de gráficos da atuação, considerando o disparo magnético em situações de curto-circuito. Nos ensaios de pesquisa, esta atuação é mostrada em um gráfico chamado

de curva de disparo, avaliando-se o tempo que o disjuntor precisa para disparar sob qual corrente. Por se tratar de um assunto extenso e até certo ponto complexo, dividiremos nossas ‘Curiosidades Elétricas’ em duas etapas. Na próxima edição, daremos seguimento ao assunto dos disjuntores, reiterando esta abordagem inicial e complementando-a sobre: como identificar a corrente nominal do circuito e a capacidade de condução de corrente dos condutores a serem protegidos; a corrente de curto-circuito presumida no ponto de instalação do disjuntor; o tipo de carga presente no circuito, se indutiva, capacitiva ou resistiva; o tipo de local, se residencial e análogo ou industrial. Fiquemos ligados!

Gouveia Neto é vendedor na SV Elétrica. e-mail: neto@sveletrica.com Fonte: www.osetoreletrico.com.br


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DICAS DE LEITURA

VENCER É SER VOCÊ Autor | EDUARDO FERRAZ Editora | EDITORA GENTE Edição | 1 Ano | 2012 Especificações | BROCHURA, 176 PÁGINAS ISBN | 978-85-7312-780-5

Apesar de estarem aparentemente em lados opostos, líderes e liderados sofrem as consequências do mesmo grave problema: nem sempre as pessoas certas estão nos lugares certos. Isso gera inúmeros transtornos no dia a dia corporativo e na vida de muita gente, uma vez que indivíduos infelizes no trabalho tendem a sentir os efeitos negativos também em sua vida pessoal. A pergunta que surge é: Como e por que bons profissionais vão parar no lugar errado?

COMO FAZER AMIGOS E INFLUENCIAR PESSOAS Autor | DALE CARNEGIE Editora | COMPANHIA EDITORA NACIONAL Edição | 52 Ano | 2011 Especificações | BROCHURA, 262 PÁGINAS ISBN | 978-85-0401-802-8

Não é por acaso que, mais de setenta anos depois de sua primeira edição, depois de mais de 50 milhões de exemplares vendidos, Como fazer amigos e influenciar pessoas segue sendo um livro inovador, e uma das principais referências do mundo sobre relacionamentos, sejam no âmbito profissional ou pessoal. Os conselhos, métodos e as ideias de Dale Carnegie já beneficiaram milhões de pessoas, e permanecem completamente atuais. Carnegie fornece, nesse livro, técnicas e métodos, de maneira extremamente direta, para que qualquer pessoa alcance seus objetivos pessoais e profissionais.


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