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INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
DR. LÚCIO ALCÂNTARA Presidente do ICC
SEM LIMITES PARA CRESCER Em 2016, a conclusão das obras da Faculdade Rodolfo Teófilo foi, sem dúvida, um marco fundamental para o Instituto do Câncer do Ceará (ICC), por representar mais um braço pedagógico dessa instituição que já tem o DNA do ensino em seus corredores desde 2005, quando foi inaugurada a Escola Cearense de Oncologia (ECO). Boa parte dos profissionais e especialistas que trabalham no Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ) são exalunos e ex-residentes nossos, escolhidos entre os melhores egressos do Mestrado, do Doutorado e das residências Médica e Multiprofissional oferecidas. Quando for inaugurada, a Faculdade Rodolfo Teófilo receberá alunos de graduação dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social e Gestão Hospitalar. Trata-se de uma unidade de ensino superior que já nasce casada com um hospital de referência. Nesse ponto, não custa lembrar que o ICC recebe candidatos a vagas de trabalho oriundos de várias instituições, muitas vezes sem qualquer experiência no contato com o paciente, além de escasso conhecimento técnico em suas especialidades. A Faculdade Rodolfo Teófilo quer contribuir para a transformação dessa realidade – o que será detalhado no capítulo 2 desse Relatório pelo professor Manfredo Luiz Lins e Silva, superintendente da ECO. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
Gostaria apenas de acrescentar que, ao recebermos um paciente com câncer, jamais deixamos de considerar seu quadro geral de saúde, seu estado emocional e psicológico, sua situação familiar, suas dificuldades financeiras. É prestando atenção nas histórias de vida que conseguimos escrever belas histórias de cura, multiplicando resultados positivos. A Faculdade Rodolfo Teófilo já nasce com esse olhar abrangente, integrador e multiprofissional, que faz toda a diferença no processo de recuperação para o qual trabalhamos. O ICC tem mais de 70 anos. Em 1999, inaugurou o Hospital do Câncer, que em 2011 passou a se chamar Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ). Em 2015, deu início às obras do Anexo II, que prosseguem dentro do cronograma planejado. Em 2016, obteve novos avanços na área assistencial, educativa e de responsabilidade social. São essas conquistas que vamos celebrar no Relatório que ora apresentamos aos gestores, doadores, parceiros, profissionais da saúde e cidadãos cearenses. A Faculdade e outros projetos que estão surgindo vêm cimentar um novo degrau na oferta de mão de obra qualificada para a saúde, e em 2017 teremos concluído mais um capítulo primordial dessa história. Nada disso surgiu por acaso. Faz parte de um desejo acalentado pelo ICC há muitos anos. Prosseguimos, incansavelmente empenhados em melhorar, pois não há limites para a busca da excelência. 5
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DR. SÉRGIO JUAÇABA Vice-presidente do ICC
COMEÇANDOO CERTO Eu diria que, além da Faculdade Rodolfo Téofilo, o acontecimento mais importante de 2016 para o ICC diz respeito ao acolhimento, ou seja, à maneira como recebemos o paciente, especialmente aquele que vem do interior. Esse processo sofreu mudanças e foi aprimorado, de modo a evitar qualquer possibilidade de que alguém volte para casa sem ser atendido. Hoje, o paciente que chega já com biópsia ou com suspeita de câncer, não retorna sem que tenha sido visto pela equipe de triagem. A reorganização receptiva no Ambulatório Corina Parente é importantíssima, porque a demanda oncológica continua crescente e é preciso “alargar” a porta de entrada do HHJ, delineando com sabedoria cada etapa do atendimento. Quanto mais inteligência e racionalidade empregarmos neste primeiro momento, mais pacientes podem dar início ao tratamento – e isso fará toda a diferença em suas condições futuras. A ideia é que a pessoa possa resolver todos os encaminhamentos solicitados e exames pré-operatórios em um só dia, evitando idas e vindas que só aumentam a ansiedade e o desconforto das famílias. Empregamos neste trabalho uma equipe formada por um médico, duas a três enfermeiras e seis residentes multiprofissionais das áreas de Nutrição, Psicologia, Serviço Social, Farmácia, Enfermagem e Fisioterapia. Essa equipe atende diariamente cerca de 60 a 70 INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
pacientes. Alguns vêm pela primeira vez ao ICC, sem nenhum diagnóstico, apenas com sintomatologia, encaminhados por serviços de saúde da capital ou do interior. Outros já estão diagnosticados, mas, não raro, já fora de qualquer possibilidade terapêutica, devido ao estágio avançado da doença. Para esses casos temos os Cuidados Continuados, que incluem o serviço de home care. Estou formado há 40 anos e continuo vendo, dentro dos ambulatórios, o mesmo tipo de paciente que eu via quando saí da Faculdade, com diagnósticos muito tardios. Os tumores de mama, de próstata, de estômago e outros costumam chegar ao hospital em estágio avançado. O câncer é uma doença silenciosa, portanto, é necessário que haja vontade política para enfrentar o problema e, também, que se façam investimentos em saúde básica e prevenção. Sabemos que nas zonas rurais e nos municípios do interior o acesso ao especialista é dificílimo. Esse quadro reduz de forma brutal as chances de cura. Morei cinco anos em Oxford e doze meses em Nova York, estudando e praticando a medicina oncológica, logo depois de me formar e concluir a Residência no Brasil. Posso dizer que foram anos importantes, tão fundamentais quanto o que aprendi com o meu pai, Haroldo Juaçaba, um dos fundadores dessa instituição. Para ele, o que o médico tinha que fazer era muito simples: resolver o problema do paciente. Sem fugir da responsabilidade, sem postergar decisões, sem passar o caso adiante. É precisamente isso o que fazemos no ICC: resolvemos o problema de quem chega, encarando o paciente em sua integralidade e realizando cada etapa do tratamento com a mesma eficiência e vontade de acertar. 7
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PEDRO MENELEU
ALBERTO FIÚZA
CEO
Superintendente de Suporte Corporativo do ICC
SEM INOVAÇÃO NÃO HÁ DESENVOLVIMENTO O planejamento do ICC BioLabs, a estruturação do Programa de Trainee, os benefícios assegurados pelo Pronon e a ampliação da Radioterapia são alguns dos marcos de 2016, mas gostaria de ressaltar também o trabalho da área de Desenvolvimento e Inovação que, junto com a de Negócios, proporcionou a base das transformações ocorridas. Transformações estas que permearam todos os serviços do Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ), apoiandose na busca incansável por melhorias de processos e resultados. Em termos práticos, estamos falando, por exemplo, em como diminuir a fila da Tomografia e de que forma trabalhar para que não haja espera na Quimioterapia e outros setores fundamentais. Racionalização, abrangência e qualidade continuam sendo palavras-chave para o ICC – um dos maiores centros de saúde, ensino e pesquisa do Norte e Nordeste –, que só entende o crescimento quando unido à sustentabilidade. Hoje, é notável que a equipe de gestores já consiga traduzir esse conceito exemplarmente nas rotinas de trabalho. A visão de cada um deles sobre as próprias responsabilidades está cada vez mais panorâmica e, ao mesmo tempo, aprofundada. Se o profissional da saúde conhece o problema, ele deve entender que INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
é parte da solução. Usando uma linguagem metafórica: não se trata só de fazer o curativo, mas de entender os caminhos que este percorre. Colocando “a cabeça para fora” de um problema particular e setorizado, vislumbramos um horizonte mais amplo de benefícios globais. Aqui, não há espaço para a acomodação. Nas reuniões do Gestão em Pauta, evento que já se estabeleceu como rotina no ICC, discutimos uma série de questões ligadas a esse novo modelo que vê todo gerente como um gestor. Importante dizer que houve um aumento, no Ceará, de novos casos de câncer – foram quase 9.000 em 2016, bem acima dos 5.000 a 6.000 dos anos anteriores. Mais um motivo para estarmos bem preparados. A crise econômica pela qual passa o país, obviamente impactou o Instituto, mas há três anos nós já vínhamos fazendo o dever de casa corretamente e, por isso, tivemos fôlego para superar os momentos difíceis sem comprometer a qualidade do atendimento. Atravessamos essas águas turbulentas com a melhoria de todos os processos, o que nos permitiu aumentar o raio de atuação da Radioterapia, da Patologia e de outros serviços cujos custos fixos são altos, mas que passaram a atender mais, elevando a nossa margem de contribuição. Com o Programa Nacional de Apoio a Atenção Oncológica (Pronon), vamos levar adiante uma pesquisa na área de oncogenética que vai fortalecer a estrutura do ICC e o seu corpo de pesquisadores. Em apenas três dias, conseguimos captar, junto às empresas apoiadoras, R$ 4.217.000. Significa que cobrimos 100% do valor original do projeto e ainda superamos a meta estabelecida. Isto diz muito sobre a credibilidade construída pelo ICC ao longo dos anos. Encontrar a forma mais viável de financiar o tratamento do câncer é uma preocupação mundial, e não apenas brasileira. Acreditamos que, ao oferecer o tratamento integral, o ICC está dando uma inestimável contribuição à sociedade. Para isso, os investimentos em tecnologia, gestão e recursos humanos são fundamentais. Quanto mais passos empreendemos, mais certeza adquirimos de que esse é o caminho. Andar para a frente sem tropeços ou recuos é a nossa meta, ano a ano renovada. 9
ASSISTÊNCIA
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DR. REGINALDO COSTA
DR. HELANO NEIVA
Superintendente Clínico do HHJ
Superintendente de Processos e Qualidade HHJ
CONSOLIDANDO RESULTADOS Com um corpo clínico coeso e comprometido, estamos nos preparando para um momento muito importante da história do Instituto do Câncer do Ceará, que é a inauguração do novo Anexo do Hospital Haroldo Juaçaba, com dez andares e 28.000 m² de área construída, uma obra totalmente voltada aos pacientes do SUS. Nesse processo, não perdemos de vista o que realmente importa: as pessoas. Afinal, um hospital não é feito só de tijolos e de equipamentos, mas de profissionais capacitados para atuar, intervir, propor, resolver e propiciar mais qualidade de vida ao paciente. Em agosto de 2016, implantamos uma mudança no acolhimento ao paciente – da qual já tratou, neste Relatório, o Dr. Sérgio Juaçaba. Quero apenas acrescentar que o processo se tornou muito mais célere, e o resultado é que saímos de uma média de 448 cirurgias por mês para 556 e até 629 cirurgias mensais. Tivemos um ganho substancial em quantidade de intervenções, mas também um avanço qualitativo considerável, pois hoje o paciente chega melhor avaliado ao procedimento cirúrgico. O mesmo movimento de celeridade aconteceu dentro do setor de Radiologia, no que se refere aos exames de imagem. Com exceção daqueles que demandam algum preparo ou jejum prévio, todos eles podem ser feitos no mesmo dia. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
Importante registrar a reestruturação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, que produziu um impacto imediato na assertividade do uso de antibióticos e antifúngicos. Esse processo de aprimoramento começou no segundo semestre de 2015 e se consolidou em 2016. A Comissão adquiriu um caráter multiprofissional e ganhou mais autonomia na investigação, análise e tratamento dos casos. Colocamos o infectologista mais próximo ao paciente, ao mesmo tempo em que continuamos trabalhando nas políticas, normas e rotinas de prevenção da infecção dentro do HHJ. Também tivemos uma redução significativa, de 36,78%, na taxa de mortalidade na UTI, a menor desde 2012. E se considerarmos apenas as taxas de mortes institucionais, ou seja, aqueles óbitos ocorridos após 24 horas de internação, esse índice chega a 39,74%. No Hospital, em geral, tivemos uma redução média de 4,82% na taxa de mortalidade. Caiu também o índice de permanência, porém dentro do esperado. Outra vitória foi a redução de 45% no uso de antibióticos na UTI e de 90% no consumo de antifúngicos, também na UTI. Conseguimos obter esses números com a utilização mais racional dos insumos. Hoje, usamos um décimo da quantidade de antifúngicos que usávamos em 2015. E, o que é melhor: com significativa melhora assistencial. Evidentemente esses são os dados mais marcantes que podemos apresentar, mas continuamos trabalhando para que em 2017 tenhamos atingido patamares ainda mais satisfatórios. Daqui para frente, as metas são ainda mais desafiadoras, já que se tornam difíceis de serem superadas. 11
O PACIENTE EM PRIMEIRO LUGAR Reunindo ensino, pesquisa e assistência, o Instituto do Câncer do Ceará (ICC) é um moderno centro de excelência para o tratamento integral do câncer, onde o paciente encontra uma rede de cuidados que abrange a Oncologia Clínica, a Cirurgia, a Radioterapia e a Quimioterapia, juntamente com serviços diagnósticos como Patologia, Biologia Molecular e Análises Clínicas, Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Atualmente, o ICC conta DESTAQUE EM 2016 com uma equipe de 150 Prosseguem as obras do Anexo II, médicos e 33 residentes, que ampliará a área construída do que fazem, junto com HHJ de 16.500 m² para os colaboradores das diversas áreas, 24.000 atendimentos mensais. A uma estrutura totalmente dedicada ao instituição é formada pelo atendimento dos pacientes do SUS Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ), a Escola Cearense
44.500 m²
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de Oncologia (ECO), o Centro Oncológico São Mateus - ICC e a Casa Vida, que abriga pacientes vindos de outras cidades para realizar tratamento. No Hospital Haroldo Juaçaba, a assistência vai desde os exames preventivos e diagnósticos até os Cuidados Continuados, passando por terapêuticas individualizadas, com o apoio da mais avançada tecnologia. Numa busca incessante pelo aprimoramento, as equipes multiprofissionais, enxergam o paciente em toda a sua complexidade, abordando, em cada caso, as dimensões físicas, sociais, emocionais e psicológicas. Isso significa que, ao entrar no ICC, o paciente é conectado a uma cadeia de médicos, enfermeiras, nutricionistas, assistentes sociais, fonoaudiólogas, psicólogos e fisioterapeutas – profissionais que o acompanham ao longo do tratamento, todo este feito em um só lugar. Considerado um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), o Hospital Haroldo Juaçaba
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fechou o ano de 2016 com um total de 172.410 consultas realizadas, ou 14.368 consultas/mês. Foram 48.912 exames de imagem, sendo 4.076/mês, e 6.677 cirurgias/ ano, com média mensal de 599, bem acima do ano anterior. Na Radioterapia, um total de 73.647 pacientes foram tratados, somando 6.137 sessões/mês. Para se ter uma ideia da cobertura oferecida ao longo dos 12 meses, o HHJ realizou 32.925 quimioterapias/ano, sendo 25.127 em benefício dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), que perfazem 70% do público do ICC, uma instituição privada sem fins lucrativos, cuja missão é garantir o acesso ao que há de mais moderno, eficaz e seguro na área oncológica.
UMA NOVA MANEIRA DE GERENCIAR PROCESSOS Uma das medidas basilares de 2016 foi a consolidação da área de Desenvolvimento e Inovação do ICC, voltada para o planejamento de fluxos e processos, que analisa cada passo do negócio, sempre com foco em novas oportunidades e em uma maior adesão aos protocolos assistenciais. Traduzindo em ações: a equipe vai até o setor a ser melhorado, estuda os processos, detecta os problemas, treina pessoas, estabelece metas e traça as rotas a serem percorridas para a resolução de qualquer entrave. A primeira missão da área de Desenvolvimento e Inovação foi direcionada ao setor de Radioterapia, com um estudo que se estendeu por três meses e cujo objetivo foi localizar os gargalos existentes. Com as medidas adotadas para saná-los, foi possível diminuir a fila de espera – que antes podia chegar a um mês e meio – para apenas duas semanas. Esse fato teve consequências diretas no aumento da capacidade de atendimento do Hospital Haroldo Juaçaba. “Antes, quando todas as máquinas estavam funcionando, o setor conseguia tratar uma média de 260 pacientes/dia. Depois das intervenções, foi possível passar para 350 pacientes/dia, um aumento significativo em relação ao número anterior”, pontua Caio Juaçaba, gerente da área de Desenvolvimento e Inovação. A raiz mais profunda da mudança INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
encontra-se nos processos, que foram reestruturados levando em conta os perfis profissionais em ação. “Pois quando falamos em processos, estamos nos referindo muito mais às pessoas que aos equipamentos”, enfatiza Caio. Houve um importante trabalho de RH junto aos 40 técnicos do setor, visto que os bons índices só se mantém quando há engajamento. Uma vez identificadas e eliminadas as etapas que não agregavam valor, todo o funcionamento do setor foi 13
reorganizado a partir de um padrão de qualidade mais ágil e enxuto, que contou com o apoio da plataforma Tasy, um sistema de gestão hospitalar utilizado por organizações de saúde em todo o Brasil.
MUDANÇAS EM VÁRIAS ÁREAS Depois da Radioterapia, foi a vez de levar transformações para a Medicina Nuclear, o Ambulatório Corina Parente, o setor de Imagem (a começar pela Tomografia), o Laboratório de Patologia, a Quimioterapia e o Centro Cirúrgico. Diferentes objetivos foram perseguidos. Na Medicina Nuclear, por exemplo, uma área bastante técnica, que trabalha com insumos importantes, o foco foi na compreensão administrativa a ser adquirida pelos profissionais. Um trabalho minucioso e complexo, que foi concluído com excelência, resultando no aumento da quantidade de exames e na diminuição da fila de espera. Se a máquina antes parava às 14h, hoje trabalha até as 18h, o que melhora o fluxo no setor. Na Tomografia, o resultado de um exame, que antes era de um mês e meio, caiu para cinco dias – e a meta é diminuir para três. Na Quimioterapia, o tempo médio de espera para uma sessão foi reduzido de 55 para 25 minutos. 14
Quanto à Patologia, os processos, que já eram bastante enxutos desde 2015, passaram a ser cruzados com os da Imagem – e hoje qualquer biópsia tem seu laudo emitido em dois ou três dias úteis. São reduções que fizeram toda a diferença no sistema geral do Hospital e, o que é mais importante, no conforto do paciente. Porém, nenhuma mudança tão relevante socialmente quanto a realizada no Ambulatório Corina Parente.
NOVA PORTA DE ENTRADA Em 2016, várias melhorias foram implantadas visando humanizar ainda mais a linha de cuidado e a rapidez da assistência. A primeira teve foco na reorganização da sala de espera do Ambulatório Corina Parente, porta de entrada do paciente do SUS no ICC e o seu primeiro contato com o Hospital Haroldo Juaçaba. A unidade recebeu um painel de chamada eletrônica, proporcionando mais agilidade no atendimento dos pacientes agendados para consultas e demais procedimentos, bem como no consultório médico. Também, a partir dessas melhorias, todos os pacientes, tanto da capital como do interior, que saem dos consultórios médicos e/ou ambulatório pré-operatório, têm as suas necessidades atendidas no próprio Corina Parente. As INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
mudanças proporcionaram mais agilidade para o início dos tratamentos propostos. Outra característica do ICC é o acolhimento aos pacientes que chegam à instituição bem antes do horário da consulta, o que normalmente acontece com os que vêm do interior e dependem de transporte do município que residem. A Gerência de Acesso passou a facilitar e a organizar o ingresso dos pacientes agendados no período da tarde para consultas e exames no Ambulatório Corina Parente. Já os que chegam pela manhã para o atendimento que só ocorrerá à tarde, são acolhidos na Casa Vida.
TRANSVERSALIDADE E GESTÃO DE PESSOAS O ICC reconhece seus colaboradores como fundamentais para o desenvolvimento do negócio e, assim, procura motivar e reter seus profissionais, oferecendo sempre novas oportunidades de crescimento. Em 2016, foram realizados diversos treinamentos técnicos, contemplando tanto os colaboradores da assistência quanto os da área de apoio. Os programas procuraram aprimorar habilidades comportamentais (comunicação; desenvolvimento pessoal, coordenação e trabalho em equipe; negociação e flexibilidade; orientação para resultados, planejamento
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DESTAQUE EM 2016 e organização e tomada de decisões), bem como conhecimentos técnicos e habilidades específicas. Dentro da política do Núcleo de Inovação ICC BioLabs de retenção de talentos e valorização dos profissionais, o processo seletivo para o preenchimento de novas vagas prioriza os colaboradores, oferecendo oportunidades de desenvolvimento e de promoção. Em 2016, 20% das vagas divulgadas foram preenchidas por profissionais que já trabalhavam no ICC - percentual bem maior que o de 2015, que foi de 8%. Valorizando a diversidade e a inclusão, características indispensáveis para a composição de um time de sucesso, capaz de enxergar sob diferentes perspectivas, o Instituto possui programas específicos para pessoas com deficiência e jovens aprendizes. Em 2016, a cota mínima estabelecida por lei foi, inclusive, superada. A empresa encerrou o ano com 919 colaboradores, sendo que as mulheres representavam 70% do quadro total de empregados e 79% dos quadros de liderança. Além do crescimento, o turnover se manteve abaixo dos índices de mercado, garantindo a retenção dos nossos talentos. A segurança e o bem-estar dos funcionários é outra preocupação constante do ICC, que conta com o programa Viva Mais Saúde, cujo objetivo é prevenir doenças e promover um estilo de vida mais saudável e equilibrado.
Início da estruturação
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Em 2016, uma parceira com a operadora do plano de saúde permitiu o desenvolvimento de ações de reeducação alimentar e atenção à obesidade, com exames laboratoriais e a orientação de uma equipe DESTAQUE EM 2016 multiprofissional composta por psicólogo, nutricionista, enfermeira, médico e educador físico. Também foram realizadas campanhas para o primeiro Programa de vacinação para Hepatite de Trainee do Instituto B e Dupla Adulto e contra influenza H1N1, cobrindo 87% do quadro de funcional. Em palestras dirigidas a todos os colaboradores, a Semana Interna de Prevenção de Acidente (Sipat) esclareceu sobre os riscos de doenças ocupacionais, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e outras enfermidades. Também houve campanhas de esclarecimento sobre câncer de mama, diabetes e câncer de próstata, enfatizando a importância dos exames preventivos. As inovações empreendidas na gestão atingiram fortemente áreas como a de Enfermagem, que ganhou mais autonomia. Além disso, as responsabilidades deixaram de recair sobre a figura de um gestor para serem compartilhadas por toda a equipe. Transversalidade é um verbete fundamental nesse processo de mudanças orquestradas
Abertura das inscrições
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entre os vários setores. Afinal, quando se fala em gestão, não se trata apenas dos setores financeiro, contábil e de suprimentos, e sim de todos os “braços” do ICC, que deram as mãos para fortalecer o engajamento e o compromisso em prol da mesma causa. “Ficou estabelecido que nós, da direção, teríamos como meta investir pelo menos 40% do nosso tempo em ações relativas a recursos humanos e cerca de 20%, em ações focadas na melhoria de comunicação”, comenta o CEO Pedro Meneleu. Hoje, a participação da direção no comitê de comunicação interna é marcante. A circulação dos diretores no HHJ é muito mais proativa, no sentido de cobrar os colaboradores e promover medidas antes que determinado assunto se transforme em problema. Esse modelo é o inverso do esquema tradicional, em que os diretores pouco saem de suas salas.
GESTÃO EM PAUTA Com o propósito de estabelecer uma comunicação precisa com todos os gestores da organização, o Programa Gestão em Pauta, lançado em 2016, promoveu encontros sobre assuntos estratégicos ligados à gestão e ao INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
alinhamento de tendências, abordando o mercado, o financiamento do negócio, os desafios e a importância da inovação para a melhoria contínua do Instituto do Câncer. Pensando em conjunto, os diversos gestores puderam aperfeiçoar a qualidade do trabalho, encontrando soluções definitivas para as mais variadas situações. “Alinhamento, Tendências, Engajamento, Cultura, Mercado e Outras Pautas” foi o tema inicial do Gestão em Pauta, que acontece a cada dois meses, com mais de 60 participantes, entre gestores, diretores do Hospital, gerentes e coordenadores de todos os serviços, assistenciais ou não. “Temos urgência em aprimorar o entendimento desse novo conceito que coloca o gerente no papel de gestor, pois nossos profissionais precisam lidar com uma série intrincada de problemas no dia a dia, e tudo o que pudermos apresentar de metodologia e de soluções resultará em ganhos imediatos”, pontua Pedro Meneleu. Isso significa mostrar para uma enfermeira que custo não é simplesmente corte. É explicar a um engenheiro que o atraso de uma obra pode gerar problemas da linha de cuidados. É misturar competências, somar responsabilidades, compartilhar o conhecimento, preencher lacunas de compreensão e fazer com que, no mínimo, as pessoas se comuniquem melhor. Afora o Gestão em Pauta, as reuniões semanais continuam acontecendo. Na segunda-feira, os gestores, coordenadores, supervisores e outros membros de cada serviço apresentam um relato de tudo o que aconteceu em relação aos pacientes na semana anterior. Uma vez por mês, acontecem as chamadas reunião das chefias, em que também são discutidos vários temas. Porém, a tendência é que esses assuntos não precisem mais esperar a última sexta-feira do mês para serem postos na mesa, devido às substanciais melhorias obtidas por meio dos projetos da área de Desenvolvimento e Inovação e das provocações do setor de Negócios, juntamente com a superintendência Clínica e Geral.
aprimoramento. Nessa perspectiva, em 2017 serão consolidados dois projetos que começaram a ganhar vida em 2016, e que representam um salto de qualidade importante para o futuro. Um deles é o ICC BioLabs, primeiro programa nacional a unir incubação, aceleração, coworking e educação, consagrando o ICC como um dos expoentes no Brasil a fomentar a cultura da qualidade e da inovação na saúde. A ideia é compartilhar experiências com empresas aceleradoras como a Wave Accelerator (ex 85 Labs) e a Táquion Inovação, unindo metodologia, redes de relacionamentos, infra-estrutura, canais de distribuição e capital de risco para criar um arrojado e audacioso programa de aceleração de startups. Quando for lançado, o ICC BioLabs vai conectar, educar e inspirar empreendedores e inventores a desenvolverem tecnologias e soluções avançadas para o mercado da saúde, tendo como foco novos tratamentos, produtos e equipamentos que poderão beneficiar os
PLANEJANDO O FUTURO Pioneirismo, inovação e planejamento são palavras sempre presentes no dicionário corporativo do Instituto do Câncer do Ceará, que faz da mudança uma forma de INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
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pacientes. Já do ponto de vista interno, o programa vai ajudar a formar um novo perfil profissional no ICC, estimulando a equipe de colaboradores a pensar sem timidez, investir em novos caminhos, empreender com liberdade e encarar os desafios de uma maneira diferenciada, proporcionando, assim, um ambiente mais propício ao compartilhamento e à criatividade. O segundo projeto delineado em 2016 para acontecer em 2017 é o Programa de Trainee, que vem atender à crescente preocupação com a área de recursos humanos, ou seja, o interesse e a necessidade de formar mão-deobra especializada e consciente para atuar em áreas estratégicas do HHJ, melhorando a rotina hospitalar e estimulando a visão global da gestão em saúde. “Em 2016, arrumamos a casa para poder receber esses trainees em áreas que consideramos estrategicamente necessárias: Linha de Cuidados, Controladoria, Experiência do Cliente e Visão de Mercado”, explica o CEO Pedro Meneleu. O HHJ será o primeiro hospital do Norte e Nordeste a implantar um programa desse tipo. Podem participar candidatos que estejam cursando o último ano de faculdade ou que sejam formados há até dois anos, nos cursos de Administração, Economia, Engenharia e Gestão Hospitalar.
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ESPECIALIDADES Uma cadeia de cuidados perfeitamente sincronizados em prol da integralidade. É o que o Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ) vem construindo com o empenho de um corpo clínico preparado para oferecer o diagnóstico definitivo e o tratamento de todos os tipos de câncer. Trabalhando nas mais diversas áreas, a equipe de saúde multidisciplinar do HHJ atende a população do Ceará e de outros estados com o que há de mais moderno em Cancerologia Cirúrgica (Mastologia, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Urologia, Cirurgia Abdominal, Cirurgia Ginecológica, Cirurgia Plástica Reparadora e Pele e Tecido Ósseo), Oncologia Clínica, Radioterapia, Radioisotopoterapia, Medicina Nuclear, entre outras. Integram também o complexo hospitalar, os serviços de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Laboratório de Análises Clínicas, Anatomia Patológica, Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Biobanco juntamente com as terapias complementares (Psicologia, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Serviço Social, Terapia Ocupacional) e Cuidados Continuados.
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HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA: O QUE O PACIENTE ENCONTRA
ESPECIALIDADES MÉDICAS Oncologia Clínica | Hematologia | Cardiologia | Cirurgia Geral | Cirurgia Oncológica | Aparelho Digestivo | TOC - Pele, Osso e Partes Moles |
Projetado para ser um grande centro de diagnóstico, pesquisa e tratamento integral do câncer, o Hospital Haroldo Juaçaba oferece várias especialidades, entre elas:
Cirurgia Plástica | Dermatologia | Endocrinologia |
ESPECIALIDADES
Continuados | Cirurgia de Cabeça e Pescoço |
•Cancerologia cirúrgica (Cirurgia Abdominal, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Ginecológica, Cirurgia Plástica Reparadora, Mastologia, Pele e Tecido Ósseo e Urologia);
Cirurgia Torácica | Pneumologia |
Ortopedia/Traumatologia | Proctologia | Reumatologia | Mastologia | Pneumologia | Ginecologia | Clínica Médica | Cuidados
Otorrinolaringologia | Urologia | Fonoaudiologia | Psicologia | Fisioterapia | Nutrição
•Oncologia Clínica; •Medicina Nuclear (Iodoterapia); •Radioterapia (Braquiterapia, Radioterapia Intra-Operatória e Teleterapia); •Diagnóstico por Imagem; •Hematologia; •Hormonioterapia; •Laboratório de Análises Clínicas, Anatomia Patológica, Biologia Molecular e Imunohistoquímica; •Cuidados Continuados
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ANEXO II: OBRAS EM PLENO ANDAMENTO As obras do novo Anexo do Hospital Haroldo Juaçaba, que começaram no final de 2015, seguiram à risca o cronograma estabelecido e mantiveram-se dentro do fluxo financeiro esperado. A primeira etapa, que inclui toda a fundação, estrutura e revestimento, é um 19
investimento de aproximadamente R$ 30 milhões. Quando o prédio for inaugurado, o serviço de triagem passará a funcionar na base do Anexo, enquanto um setor completo voltado para Diagnóstico por Imagem vai para o primeiro andar. O Anexo II é uma obra de 28.000m2, totalmente voltada aos pacientes do SUS, que vai multiplicar a capacidade de atendimento do ICC. As instalações de hoje, que ocupam 16.500 m2, passarão a ter 44.500 m2 de área quando a nova estrutura se incorporar ao complexo. O Anexo II terá infraestrutura completa para atendimento ambulatorial e pronto atendimento, realização de exames e internação hospitalar. Todas as áreas sairão fortalecidas, com mais leitos de internação, UTI, Quimioterapia e Radioterapia. A previsão é que as obras se estendam até 2019, perfazendo 36 meses de trabalho. A Superintendência de Suporte Corporativo do ICC apresentou para a Secretaria da Fazenda do Estado uma pauta de desoneração do ICMS referente aos materiais a serem adquiridos para o Anexo 20
II. Essa pauta está sendo avaliada e deve ser aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, Confaz, em 2017. “É uma ação de captação de recursos não operacionais, mas que vem somar à atividade do Instituto. Isso é de fundamental importância, porque facilitará a aquisição de materiais para uma obra que vai quase triplicar a capacidade do Hospital Haroldo Juaçaba. Se hoje temos 150 leitos, logo contaremos com mais 280, alem de um Pronto Atendimento Oncológico”, comemora Alberto Fiúza, superintendente de Suporte Corporativo do ICC.
ALGUNS SERVIÇOS DO NOVO ANEXO • Pronto Atendimento Oncológico • Mais de 280 novos leitos de internação • Centro de Acolhimento e Triagem • Ambulatório de Oncologia Clínica • Centro de Diagnóstico por Imagem • Centro de Ensino e Pesquisa
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MODERNIZAÇÃO E COMPROMISSO O Ceará lida com uma demanda reprimida de atendimento do câncer, pois o estado possui apenas dois Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) – além do ICC, somente a Santa Casa de Sobral –, quando o ideal seria ter pelo menos mais dois. As estatísticas sugerem que cerca de 20.000 cearenses desenvolveram câncer em 2016, sendo que 7.000 deles não foram notificados, ficando, então, sem tratamento. Há muito o que ser feito e, quanto maior a crise, maior a responsabilidade do ICC. “Quando outros centros de saúde não atendem a contento, precisamos arregaçar as mangas com redobrada veemência. A integralidade é a única via segura para tratar o câncer, porque ela alia a melhoria dos cuidados com a diminuição de custos”, afirma o Superintendente Clínico do Hospital Haroldo Juaçaba, Dr. Reginaldo Costa. Em 2016, o Instituto do Câncer do Ceará continuou expandindo a implantação da metodologia Lean nos vários setores do HHJ. Criado pela Toyota, esse método aumenta a eficiência da produção pela eliminação consistente e completa de desperdícios. No que se refere ao Hospital, contribuiu
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DESTAQUE EM 2016 com toda a linha de cuidados, acompanhando a cadência dos processos e a compatibilização prescrições de quimioterapia entre uns e outros. “Com isso, utilizamos melhor os recursos disponíveis e aumentamos a nossa capacidade antes mesmo do Anexo II ser inaugurado”, reforça o CEO Pedro Meneleu. Investir nos avanços tecnológicos é uma preocupação constante do ICC, que, em 2013, introduziu a técnica de Radioterapia com Modulação da Intensidade de Feixe, conhecida como IMRT, e, em 2015, adquiriu um novo aparelho de braquiterapia de alta taxa de dose, indispensável no tratamento curativo dos tumores ginecológicos. Dentre outros aparelhos, o HHJ possui aceleradores lineares com colimadores robotizados gerenciados por computador, sendo o único serviço no Ceará que gerencia todas as etapas da radioterapia. Em 2016, a partir de uma doação do Governo do Estado, o Instituto recebeu outro acelerador linear, cujo bunker está em construção e deve entrar em operação em 2017. Também foi adquirido um novo equipamento na área de imunoquímica. Vale lembrar que o HHJ foi o primeiro hospital da região Nordeste a investir no diagnóstico por meio da Biologia Molecular.
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também por técnicos especializados em suporte (hardware e software), além do pessoal de redes e infraestrutura, sob a gestão de Edney Araújo. Ainda em 2016, teve início o novo padrão de Troca Eletrônica em Saúde Suplementar (TISS), que estipula que todas as trocas de mensagens entre prestadores e operadoras devem ser feitas por meio eletrônico, utilizando web services. Uma exigência da Agência Nacional de Saúde (ANS) que traz mais agilidade e maior controle nas contas. A equipe também deu continuidade à implantação da chamada eletrônico, tanto na recepção quanto no atendimento médico. A implantação do prontuário eletrônico prossegue no HHJ. Trata-se de um processo gradual que envolve um módulo bastante amplo e toda a equipe multiprofissional. A UTI, a Radioterapia, a Unidade de Intercorrência do Câncer (UIC) e o Ambulatório de Cirurgia do SUS já foram contemplados com a implantação, mas ainda é preciso avançar na prescrição eletrônica feita pelos médicos nos postos de internação e quimioterapia. Na parte de infraestrutura, o setor de TI se dedicou ao processo de modernização do Data Center do ICC, já prevendo as necessidades futuras do Anexo II e das empresas que estão vindo participar do ICC BioLabs. “Estamos trabalhando para poder disponibilizar, com a maior agilidade possível, um espaço seguro no nosso servidor para as empresa que chegarem”, explica o gestor Edney Araújo.
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) O setor de Tecnologia da Informação avançou em várias frentes. Houve grandes mudanças na Radioterapia, que otimizou o serviço através do melhor uso do software de gestão em saúde. “Ficou mais fácil de extrair informações e alimentar os indicadores que são apresentados”, DESTAQUE EM 2016 explica Jamile Oliveira, coordenadora de Desenvolvimento e Implantação. Além dela, consultas ao longo do ano, com três analistas de sistemas média mensal de 14.368 participam desse processo. O setor de TI é composto
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AUSTERIDADE NAS CONTAS Uma gestão planejada e austera significa mais pacientes sendo tratados. “Nós avaliamos os resultados como se o ICC fosse de uma companhia aberta. Fechando as contas com muito rigor nos resultados operacionais, as receitas não operacionais acabam fazendo com que tenhamos capacidade de investimento”, afirma o Superintendente de Suporte Corporativo do ICC, Alberto Fiúza. Em 2016, dentro do leque de receitas não operacionais – ou seja, de doação e de INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
projetos incentivados –, pela primeira vez o Instituto trabalhou com o Siconv, o sistema de convênios da plataforma de orçamentos, nesse caso a estadual. Foi feito um contrato com a Secretaria de Saúde do Estado por meio dessa plataforma, apresentando um projeto voltado à aquisição de medicamentos opióides, para que o ICC pudesse viabilizar mais consultas ambulatorias nos Cuidados Continuados e no tratamento da dor, beneficiando pacientes do SUS, que são os mais carentes. O objetivo é que eles tenham mais qualidade de vida.
ATENDIMENTO BEM ORQUESTRADO O Hospital Haroldo Juaçaba conta com uma gerência de Atendimento empenhada em fazer com que o Hospital, esta “orquestra” de diferentes instrumentos, funcione com a maior afinação possível. Para que tudo caminhe dentro do compasso, a gerente Susiane Magalhães cuida da gestão de acesso do pacientes do SUS e dos convênios, e coordena as recepções dos vários setores, acompanhando o processo de entrada no Ambulatório Corina Parente,
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no Centro Cirúrgico, na Radioterapia, na Quimioterapia, na Hormonioterapia, no Centro Oncológico São Matheus-ICC, na Unidade de Intercorrência de Câncer (UIC), etc. Uma equipe formada por 54 recepcionistas, arquivistas, auxiliares administrativos assistentes de relacionamento e jovens aprendizes são treinados para tornar a entrada e estadia dos pacientes mais fluida e confortável. A área de PABX, que atende o público externo, também está sob a responsabilidade da gerência de Atendimento, que mapeaia todos os processos, faz o cruzamento das agendas médicas e garante o ritmo constante do fluxo de pacientes, evitando que haja interrupções que prejudiquem a cadeia de cuidados.
PROCESSOS E QUALIDADE A superintendência de Processos e Qualidade do Hospital Haroldo Juaçaba acompanha os indicadores assistenciais das unidades que constituem o HHJ, tendo sob sua competência a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, a Comissão de Óbitos e o Núcleo de Segurança do Paciente. Em 2016, houve uma melhoria consistente no que diz respeito ao controle de infecção hospitalar,
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com redução significativa tanto na taxa de infecção quanto no consumo de antibióticos (45%) e antifungicos (90%) na UTI. A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar foi reestruturada, recebendo a Farmácia Química e representantes do Laboratório de Microbiologia, a fim de que houvesse o acompanhamento diário dos resultados das culturas. Hoje, a Comissão é formada por dois médicos, DESTAQUE EM 2016 duas farmacêuticas clínicas, um representante do Laboratório de Microbiologia, uma enfermeira e uma secretária. “Além das metas a serem atingidas, temos meios de aferição de benchmarking e utilizamos uma ferramenta de gestão dos indicadores de qualidade chamada Epimed, através do qual nos balizamos com mais de 150 hospitais de todo o Brasil”, detalha o superintendente de Processos e Qualidade do ICC, Dr. Helano Neiva. A Auditoria Clínica manteve bons patamares na avaliação qualitativa de eficácia dos processos de internação, com a redução de 36,78% da taxa de mortalidade
Ampliação da radioterapia
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na UTI. Bastante valorizada e cada vez mais utilizada em prol da segurança dos pacientes, a Auditoria Clínica (AC) analisa de forma multidisciplinar toda a linha de cuidados e processos relacionados ao paciente, levando em conta as interações existentes. Também é sua missão avaliar a qualidade da prática assistencial a partir da análise dos registros clínicos e da observação direta. A equipe acompanha a adesão aos protocolos gerenciados e aos protocolos de cuidado, delineando questões relacionadas à segurança do enfermo e identificando eventos adversos. O setor validou seu instrumento próprio de análise, adaptado ao perfil dos pacientes atendidos no HHJ. Antes trimestrais, as auditorias passaram a ter ciclos mensais, após treinamento dos colaboradores. Foram acompanhados 40 indicadores de qualidade, divididos em três grupos: 1) Acompanhamento de Registro em Prontuário; 2) Gerenciamento de Risco e 3) Gerenciamento de Processo Cirúrgico Seguro. Verificados mensalmente, esses grupos de indicadores tiveram um salto de 68,7% para 80,2% de eficiência na média geral. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
SUPRIMENTOS E NEGÓCIOS Responsável por identificar e atender as necessidades dos clientes, cuidando de todos os insumos utilizados, a área de Suprimentos tem como grande desafio acompanhar o crescimento constante do ICC, tomando como base os históricos de consumo anteriores. Atua em estreita relação com o setor de Negócios, que em 2016 foi delineado para trazer melhorias ao processo de mudanças empreendidas pela área de Desenvolvimento e Inovação. “Não dá para separar Negócios de Suprimentos. O nosso trabalho interage o tempo todo”, sublinham Edna Frota, gerente de Suprimentos e Júlia Vieira, gerente de Negócios. Apesar de nova, a gerência de Negócios já nasceu forte. Analisar rigorosamente os contratos e optar pelos mais rentáveis é uma de suas obrigações. O objetivo é que o pensamento do setor de Negócios permeie todo o ICC, desde o instante de avaliar as
condições contratuais de suprimentos até a hora de procurar novas oportunidades no mercado, passando pela análise da rentabilidade de produtos, convênios, medicamentos e serviços. “Já chegamos a ter cinco meses de estoque - hoje, temos menos de 14 dias. Os materiais giram muito mais rapidamente”, recorda o superintendente Alberto Fiúza. O CEO Pedro Meneleu acrescenta que, com as mudanças de gestão implementadas, o
DESTAQUES DAS ÁREAS DE SUPRIMENTOS E DE NEGÓCIOS EM 2016 • Manutenção do mix de estoque: 1.500 itens •Redução de saldo de estoque: 16,66% em relação a 2015 •Acréscimo de 2% do orçamento de compras mensal, porém com um crescimento de “30%” no atendimento (Ambulatório Corina e Imagem) •Acurácia do inventário: pouco mais de 1% •Nível de serviço: 97%. •Cobertura de estoque: 15 dias •Direcionamento do esforço para redução de estoque em excesso (-45%) •Centralização de compras de setores que anteriormente geravam compras diretas (Medicina Nuclear e Biologia Molecular), obtendo-se, com essa medida, maior controle e rastreabilidade •Aumento de contratos com fornecedores, garantindo fidelização e, sobretudo, maior segurança e menor risco de rupturas. Melhoria na negociação dos contratos com fornecedores, garantindo uma redução média de valores de 18%
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ICC cortou custos e diminuiu o desperdício. “Melhoramos o nível de serviço em 97% - ou seja, a cada 100 pedidos que o Hospital faz para a área de Suprimentos, ela devolve 97 respostas positivas. Antes, esse índice era de pouco mais de 70%. São melhorias como estas que nos deram condições de custear quatro a cinco meses de obras do Anexo II”.
ONCOLOGIA CLÍNICA Sendo um centro de referência no tratamento integral do câncer, o ICC reúne o tripé Oncologia Clínica, Radioterapia e Cirurgia. O serviço de Oncologia Clínica é formado por uma equipe de 10 oncologistas e quatro hematologistas. O leque de tratamentos inclui a quimioterapia, a hormonioterapia, a imunoterapia e as recentes terapias alvo. A meta é oferecer o que há de mais avançado e eficaz no
tratamento do câncer, sempre investindo em novas drogas e associações. O ponto de partida para a montagem do plano terapêutico é o estudo individualizado de cada paciente, levando-se em conta as peculiaridades biológicas do tumor, o histórico familiar e as doenças associadas. O quadro clínico dos enfermos é discutido em mesas redondas e reuniões da equipe da Oncologia Clínica, quando são abordados os possíveis caminhos do tratamento e todos os assuntos relevantes para a sua recuperação. O ICC conta também com o programa de Residência Médica em Oncologia Clínica, que é o único do estado, o mais importante do Nordeste e o quarto maior do Brasil. Oferecendo uma formação especializada de alto padrão em cancerologia, funciona desde 2001. Ao todo, o Instituto já formou 87 médicos especialistas em diferentes áreas, que hoje também incluem: Cancerologia Cirúrgica; Radiologia e Diagnóstico por Imagem; Radioterapia; Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Mastologia e Patologia.
RADIOTERAPIA: AMPLIAÇÃO E APRIMORAMENTO Em 2016, foram realizadas 11.222 consultas/ ano no setor, sendo 7.816 do SUS e 3.406 de convênios. O total de sessões foi de 73.647, com 3.327 pacientes tratados. O parque tecnológico de Radioterapia do ICC é o maior do Nordeste e reúne uma equipe médica e multidisciplinar especializada, como apoio de físicos médicos, residentes, técnicos, dosimetristas e profissionais da Enfermagem, Nutrição e Psicologia, que orientam e dão suporte assistencial ao paciente. Depois de receber seu quinto acelerador linear, o setor deu início às obras do novo bunker. Com a implantação da metodologia Lean, o atendimento/dia foi ampliado. Negociando contratos, o Instituto obteve uma redução de 50% no valor dos custos de manutenção. O sistema Tasy também trouxe melhorias significativas ao andamento das atividades, pois oferece total segurança no que se refere aos registros das informações dos pacientes e gera uma maior sinergia entre recepcionistas, técnicos de radioterapia, médicos e físicos. Porém, o maior destaque da 26
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Radioterapia é a preocupação que existe com a capacitação permanente de toda a equipe, que está sempre aprimorando conhecimentos e técnicas em busca dos melhores resultados. A melhoria no gerenciamento do fluxo do paciente dentro do Hospital pôde ser sentida desde a primeira consulta até a finalização do tratamento. As várias mudanças empreendidas resultaram em uma maior autonomia em relação ao percurso do paciente no HHJ Os aparelhos utilizados para radioterapia passaram a ser geridos pelo sistema, o que permitiu um acompanhamento diário do quantitativo de pacientes tratados, otimizando a disponibilidade de vagas e, consequentemente, reduzindo o tempo de espera.
O PARQUE TECNOLÓGICO DA RADIOTERAPIA CONTA COM: •Aceleradores Lineares de Partículas (Fótons e Elétrons) •Simulador •Tomógrafo Multislice - simulação e planejamento 3D/IMRT •Radioterapia Intraoperatória de Mama •Braquiterapia de alta taxa de dose IR-192 •IMRT
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RADIOIODOTERAPIA Único hospital do Ceará a oferecer Radioiodoterapia – modalidade terapêutica específica ao tratamento de algumas formas de tumores – o HHJ possui uma estrutura que envolve leitos específicos, em atendimento às normas reguladoras, e de profissionais com formação na área. A equipe de Física Médica do HHJ é responsável por criar as condições necessárias ao tratamento, bem como por fazer o controle radiométrico, com a manipulação e o fracionamento das doses que serão administradas aos pacientes. Com o aumento na incidência do câncer de tireoide observado nas últimas estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve também um aumento da demanda por essa terapia. Em geral, ela se aplica no pós-operatório e visa ao tratamento de focos não identificáveis da doença (doença residual microscópica), bem como na terapia adjuvante em casos de doença metastática. Hoje, parte dos pacientes é tratada em caráter ambulatorial, havendo um percentual de casos em que a internação é necessária. A terapia consiste na administração de uma dose de iodo radioativo calculada pelo médico especialista. 27
CENTRO ONCOLÓGICO SÃO MATEUS - ICC Em 2016, foram realizadas 5.132 consultas/ ano no Centro Oncológico São Mateus ICC, ou seja, 427 consultas por mês – um número bem superior ao registrado nos anos anteriores. O aumento revela o crescimento dessa unidade inaugurada em 2013 para dar mais conforto aos pacientes, oferecendo uma opção descentralizada de tratamento na zona leste de Fortaleza, Moderna e bem equipada, a unidade conta com uma equipe de mais de 20 oncologistas, urologistas, hematologistas, traumatologistas, mastologistas e cirurgiões, dentre outros profissionais que formam a equipe multidisciplinar. Em 2016, dois novos oncologistas vieram reforçar o quadro de atendimento. Além deles, duas nutricionistas e duas psicólogas passaram a fazer parte da equipe. “Isso representou um salto de qualidade enorme para os pacientes. Com a abordagem 28
psicológica, eles ganham um tratamento diferenciado. E com as nutricionistas, ficaram melhor assistidos em relação a dieta e alimentação. A chegada de um novo oncologista permitiu que houvesse consultas todos os dias da semana. São melhorias que estão só começando, mas que já fazem a diferença na vida de quem se trata”, explica a enfermeira da unidade, Nailena Filgueiras. Localizado numa área de 350 m², o Centro Oncológico São Mateus - ICC respondeu por 1.069 infusões de Quimioterapia em 2016. Além de quatro modernos consultórios, a unidade conta com 10 apartamentos individuais para sessões quimioterápicas.
SERVIÇOS OFERECIDOS Urologia | Radioterapia | Mastologia | Ginecologia | Hematologia | Oncologia Clínica | Ortopedia e Traumatologia | Cirurgia Oncológica | Cirurgia de Cabeça e Pescoço | Cirurgia Plástica | Cirurgia Torácica | Nutrição | Psicologia
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ENFERMAGEM: ELO ENTRE OS SETORES Responsáveis por uma série ações que contemplam cuidados preventivos, curativos e de reabilitação, os 276 profissionais de Enfermagem do ICC – sendo 47 enfermeiros e 229 (auxiliares e técnicos) – são fundamentais para o desdobrado bem sucedido da maioria dos procedimentos. No HHJ, a equipe atua em setores como: Acolhimento, Ambulatório Pré-operatório, Internação, UTI, Esterilização de Materiais Médico Hospitalares, Centro Cirúrgico, Recuperação pós anestésica, Oncologia Clínica, Radioterapia, UIC, home care, Gestão, Controle de Infecção Hospitalar e Auditoria Clínica. Foram lançadas ações de RH que trouxeram transformações pontuais e necessárias. “Basicamente, usamos de mais rigor e inteligência para redimensionar o quadro de colaboradores em cada setor, tanto os de nível superior quanto os de nível médio – ou seja, enfermeiros e auxiliares de enfermagem –, levando-se em conta a imensa complexidade do Hospital. Investimos também em capacitação, e temos um plano voltado para o setor, com ações que devem se desenrolar até 2017”, detalha o Superintendente Clínico do HHJ, Dr. Reginaldo.
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Por meio da Escola Cearense de Oncologia (ECO), o ICC já concluiu cinco turmas de Especialização em Enfermagem Oncológica, formando 34 profissionais, num curso com duração de 18 meses. Outra boa notícia é que, a partir do segundo semestre de 2017, o novo curso de graduação em Enfermagem vai ser um dos quatro oferecidos pela Faculdade Rodolfo Teófilo.
AMBULATÓRIO CORINA PARENTE O Ambulatório Corina Parente atende pacientes do Sistema Único de Saúde SUS, com suspeita ou diagnóstico de câncer. O acolhimento e a triagem de novos casos acontecem diariamente. A partir da sua primeira consulta, o paciente recebe o tratamento adequado conforme a especialidade, sendo então acompanhado por uma equipe multidisciplinar (médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, farmacêuticos, fonoaudiólogo entre outros profissionais) e, se necessário, é incluído em programas sociais, de orientação e/ou reabilitação.
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“O acolhimento tem como objetivo prestar um atendimento • Acolhimento e Triagem de qualidade, humanizado e de forma • Agendamento de exames e consultas individualizada. O • Ambulatório Pré-operatório paciente, quando chega (Enfermagem, Nutrição e Psicologia) ao ICC, é atendido • Consultas médicas inicialmente pela enfermeira e é avaliado • Tratamento psicológico previamente pelo • Tratamento fonoaudiológico médico e pela equipe • Atendimento de Serviço Social multiprofissional, realizando-se uma • Atendimento do serviço de clínica da Dor e anamnese de forma Cuidados Continuados integral, que leva • Exames e pequenos procedimentos (laringoscopia, em conta aspectos cistoscopia, curativos, pequenas cirurgias, biópsias, sócioeconômicos, exames ginecológicos) nutricionais, reabilitação, situações de enfrentamento e aceitação. Sempre tentamos priorizar o atendimento com o especialista para o mesmo dia, no intuito de garantir a acessibilidade rápida ao inicio do tratamento, quer seja ele cirúrgico, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia”, diz Silvia Elaine, Enfermeira responsável pela triagem. Em 2016, o horário de recepção aos novos pacientes, antes feita somente pela manhã, estendeu-se para os dois turnos. O médico da equipe de acolhimento, na intenção de dar mais celeridade ao diagnóstico, tem condições de agilizar, ele mesmo,
SERVIÇOS OFERECIDOS PELO AMBULATÓRIO
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procedimentos no Corina Parente, fazendo biópsias ou solicitando exames de tomografia, endoscopia, raio-X do tórax, hemograma – o que for preciso. Quando o paciente retorna com os exames solicitados, já pode se submeter ao procedimento cirúrgico. “Nós encolhemos todo esse processo, que antes era de 60 dias, para um mês somente. Em algumas especialidades – cabeça, pescoço e mama, por exemplo – em apenas 15 dias, já estamos operando o paciente”, pontua o vice-presidente do ICC, Dr. Sérgio Juaçaba, que está à frente desse processo desde a sua implantação, em agosto de 2016.
AMBULATÓRIO DE PRÉ-OPERATÓRIO Funciona no mesmo espaço físico do Ambulatório Corina Parente. Depois que a enfermeira faz o acolhimento inicial, que o prontuário é aberto, que o paciente é atendido pelo médico e que os exames são realizados, é hora de acionar o Ambulatório de Préoperatório, onde as enfermeiras reavaliam o quadro de saúde dos pacientes que vão passar por intervenções cirúrgicas. A checagem prévia de todos os aspectos que podem influir no resultado é fator determinante para o sucesso do procedimento.
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O Ambulatório de Pré-operatório do ICC propicia benefícios reais para os pacientes, que recebem um acompanhamento multidisciplinar para a avaliação dos aspectos clínico, nutricional e psicológico. O objetivo é criar o cenário mais favorável possível para a realização da cirurgia, definindo etapas conforme as necessidades individuais, de modo a não correr riscos que podem ser evitados com o acompanhamento adequado. A depender de cada caso, os pacientes são encaminhados tanto para o Ambulatório Préoperatório de Nutrição ou de Enfermagem.
NUTRIÇÃO CLÍNICA E AMBULATÓRIO PRÉOPERATÓRIO DE NUTRIÇÃO A nutrição tem um papel fundamental na evolução na recuperação do paciente, podendo reduzir complicações pósoperatórias e diminuir o tempo de internação. Garantindo o aporte de micro e macronutrientes necessários ao bom estado nutricional dos pacientes, o serviço de Nutrição do HHJ promove o acompanhamento nutricional ambulatorial de pacientes em quimioterapia, radioterapia, triagem, pré-operatório e pós-operatório. O Ambulatório de Nutrição é responsável pela avaliação e evolução nutricional, traçando planejamentos específicos com acompanhamentos a cada sete, dez ou 15 dias, de modo que o paciente esteja dentro dos parâmetros nutricionais adequados, minimizando os efeitos colaterais. O acompanhamento nutricional préoperatório é obrigatório para o paciente com perda de peso considerável, disfagia, presença de desnutrição moderada, grave, obesidade, uso de enteral e cirurgia do abdômen e cabeça-pescoço. O segmento nutricional individualizado trouxe grandes melhorias assistenciais: redução do uso de antibióticos, diminuição do tempo de internação e menores complicações pós-cirúrgicas. Houve, também, melhora nos indicadores de tolerância da nutrição enteral e melhor desfecho favorável do estado nutricional. “O câncer tem se consolidado como um problema de saúde pública em todo o INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
mundo. A desnutrição é muito prevalente no paciente oncológico e associa-se à diminuição da resposta ao tratamento específico e à qualidade de vida, com maiores riscos de infecção pós-operatória e aumento na morbimortalidade. Daí se pode perceber a importância da nutrição no tratamento, especialmente de certos tipos de câncer que são considerados de maior risco para complicações nutricionais: colorretal, esôfago, cabeça e pescoço, estômago, fígado, pulmão, pâncreas”, considera DESTAQUE EM 2016 Semíramis Silva Santos, gerente do Serviço de Nutrição. Ela explica que pacientes tratados com radioterapia o estado nutricional do paciente é avaliado segundo seguimento da triagem nutricional, sendo um dos parâmetros para medir a eficácia do plano de assistência. A equipe de Nutrição Clínica do HHJ é composta por oito profissionais, sendo um gerente de nutrição, três nutricionistas clínicos
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e quatro nutricionistas residentes. Segue as diretrizes do Consenso Nacional de Nutrição Oncológica (Inca), ASPEN e ESPEN. Os nutricionistas clínicos também são integrantes da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional do HHJ (EMTN), formada também por nutrólogo, enfermeira e farmacêutica. A EMTN é responsável pelo pareceres clínicos quanto à terapia nutricional de pacientes internados na instituição, promovendo melhor adesão ao tratamento clínico.
nos demais tratamentos, as intervenções fisioterápicas podem começar ainda no préoperatório, de modo que o paciente possa se preparar melhor para o procedimento, reduzindo as chances de complicações enquanto estiver internado. Sendo necessária em patologias diversas como o câncer de mama, pulmão, tecidos ósseos e conectivos, cabeça e pescoço, abdominais, em uroginecologia, Oncologia Clínica e doenças hematológicas, dentre outros, a fisioterapia oncológica é uma grande aliada no tratamento e na recuperação do paciente.
FISIOTERAPIA O serviço de Fisioterapia realizou, ao longo de 2016, um total de 34.656, sessões, numa média de 2.888 ao mês, sendo 2.263 SUS e 625 de pacientes provenientes de convênios. A equipe é formada por 11 fisioterapeutas e quatro residentes, sendo especializada em manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas, assim como em prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico. A Fisioterapia do HHJ realiza, diariamente, ações voltadas para assistência dos pacientes internados nas enfermarias e na UTI, tanto no pós-operatório quanto no tratamento clínico, além de atendimentos na UIC (Unidade de Intercorrência de Câncer), ambulatoriais e atividades de prevenção e educação em saúde. Da mesma forma que 32
PSICOLOGIA Desde 1998, uma portaria do Ministro da Saúde tornou obrigatória a presença de profissionais especialistas em Psicologia Clínica como um dos critérios para cadastramento de Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). O ICC sempre reconheceu a importância dos profissionais da área, que auxiliam no enfrentamento da doença e nas diversas situações de crise que perpassam o adoecimento. Atuando em conjunto com o paciente, a equipe e a família, o psicólogo procura dar novos significados ao câncer, oferecendo o suporte necessário para a superação das várias INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
etapas do tratamento. Hoje, já não é novidade que as condições emocionais e o equilíbrio psicológico influenciam na saúde física. Em 2016, foram feitos 6.448 atendimentos psicológicos, numa média mensal de 537, abrangendo pacientes clínicos e cirúrgicos internados nas enfermarias, UTI e UIC, Cuidados Continuados, ambulatórios do Corina Parente, Quimioterapia, Radioterapia e Casa Vida. Atualmente formado por cinco psicólogas e quatro residentes, o serviço de Psicologia integra a rede de serviços multidisciplinares do ICC atuando junto a médicos, enfermeiras, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e nutricionistas no processo de cuidados. A partir da escuta a psicologica e das possíveis ressignificaçoes em relação ao adoecimento aumentam-se as chances de adesão ao tratamento, com a consequente diminuição dos sintomas adversos associados ao câncer sendo possível atingir o objetivo, o cuidado ao paciente.
FONOAUDIOLOGIA Problemas na fala, na voz, na mastigação e na deglutição são tratados pelo serviço de Fonoaudiologia do HHJ, que realizou, ao longo de 2016, um total de 802 atendimentos, o que perfaz uma média de 67/mês. Todos
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DESTAQUE EM 2016 reconhecem a importância do setor para a celeridade da recuperação, especialmente no caso de pacientes provenientes do SUS acometidos de câncer de cabeça e pescoço. Isso porque o tratamento contra o câncer – incluindo aí a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia – pode promover alterações na cavidade oral, faringe, laringe e sistema nervoso. Embora mais raramente, alguns tipos de linfomas, tumores de pulmão e de mama também desencadeiam tais alterações. Em geral diagnosticado tardiamente, o câncer de boca é um dos que mais cresce no Brasil, país que tem a 3ª maior incidência do mundo, atrás apenas da Índia e da antiga Tchecoslováquia. As estimativas do Inca apontam para 15.490 novos casos anuais, sendo 11.140 homens e 4.350 mulheres, com mais de 4.000 mortes por ano. Como especialista, cabe ao fonoaudiólogo avaliar, diagnosticar e identificar o momento correto de sua intervenção, sempre em consonância com os cirurgiões oncológicos e oncologistas clínicos. O enfoque das sessões dirige-se às sequelas dos tratamentos utilizados para o combate ao câncer, embora o trabalho de Fonoaudiologia possa ser iniciado no pré-operatório, visando o preparo para o procedimento cirúrgico. Todas as ações empreendidas visam favorecer o bem-estar físico e mental dos pacientes.
70% dos pacientes
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SERVIÇO SOCIAL
FARMÁCIA CLÍNICA
O Serviço Social no HHJ intervém junto às expressões da questão social, atuando na compreensão do contexto socioeconômico ao qual o paciente está inserido, no intuito de apreender os condicionantes e determinantes de sua saúde. Nesse sentido, busca garantir um tratamento adequado através da intersetorialidade entre as políticas públicas, como assistência social, saúde e previdência social. Pacientes que se encontram internados ou em quaisquer procedimentos da terapêutica oncológica, bem como aqueles acolhidos pela Casa Vida, recebem a atenção das assistentes sociais. As ações desenvolvidas acontecem em diversos setores. Nelas, são priorizados o acolhimento e a escuta qualificada, visando a construção do vínculo paciente/equipe/ família e o estabelecimento de estratégias que proporcionem a continuidade do tratamento e do cuidado. Uma das ações diz respeito ao Grupo de Apoio Bem Viver, que tem o objetivo de resgatar a auto-estima e a qualidade de vida de pacientes em tratamento. Já no que concerne o ensino e à formação profissional em cancerologia, a equipe acompanha e orienta residentes e estagiários de Serviço Social da Instituição.
A Farmácia Clinica proporciona segurança aos processos assistenciais a partir do acompanhamento farmacoterapêutico individualizado, além de conferir uma terapia medicamentosa racional, minimizar custos e otimizar o monitoramento, acompanhando eficácia e segurança da terapia utilizada. Formada por cinco farmacêuticos - sendo dois exclusivamente manipuladores - e quatro residentes, a equipe de trabalho atua em diversos setores do HHJ antes mesmo da admissão do paciente, desde o acolhimento no Ambulatório de Pré-operatório, e durante todo o seu internamento. As atividades envolvidas são: reconciliação medicamentosa (processo em que é certificada a continuidade do uso hospitalar dos medicamentos de uso crônico), registro de alergias e queixas. Além disso, é realizada diariamente uma análise técnica de prescrição, que sinaliza possíveis interações medicamentosas. O uso racional de antimicrobianos também faz parte da rotina, sempre com foco na melhor escolha medicamentosa, acompanhando sua eficácia clínica e tendo por base os exames. Cabe ao farmacêutico analisar o histórico do paciente, considerando fatores como a relação entre as drogas,
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a influência de um fármaco sobre outro e a interação da alimentação com o tratamento, além de ouvir do próprio paciente considerações sobre terapia. Ao ampliar a qualidade do cuidado e a segurança em relação à terapia medicamentosa, a Farmácia Clínica visa promover maior conforto a quem se trata e reduzir o tempo de internação.
CUIDADOS CONTINUADOS Por meio do Serviço de Terapia da Dor e Cuidados Continuados, o ICC atua em três diferentes frentes: PROGRAMA DE ATENDIMENTO DOMICILIAR (PAD) com estrutura e funcionamento regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), através da RDC nº 11, de 26 de janeiro de 2006, o Atendimento Domiciliar é um benefício prestado aos pacientes do SUS que tenham prontuários cadastrados no HHJ e que se encontrem em fase avançada da doença. O objetivo principal é garantir mais qualidade de vida tanto aos pacientes quanto a seus familiares. O número de atendimentos varia com a demanda, mas a média é de 30 pacientes por mês. Conforme a necessidade de cada um deles, são disponibilizadas camas hospitalares, cadeiras INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
de rodas, cadeiras higiênicas, paradeiras, concentradores de oxigênio, aspiradores portáteis e aparelhos de nebulização. A equipe interdisciplinar que constitui o PAD possui médicos, enfermeira, assistente social e psicóloga. CLÍNICA DA DOR oferece atendimento ambulatorial no controle da dor aos pacientes do SUS, realizando mais de 200 consultas por mês. A equipe multiprofissional faz o atendimento conforme as demandas dos pacientes e de seus acompanhantes, investigando os aspetos físicos e emocionais envolvidos em cada caso. O ambulatório. funciona durante as manhãs de segunda, quarta e sexta e nas tardes de terças e quintas, disponibilizando receitas para a aquisição gratuita de medicamentos opióides para o controle da dor. ACOMPANHAMENTO HOSPITALAR O acompanhamento hospitalar é realizado por busca ativa e a partir de solicitações (pareceres) dos profissionais de saúde. Considerando o tempo de internação e a evolução da doença, a equipe do serviço verifica as possibilidades de intervenção. Caso o paciente resida em Fortaleza, ele pode receber acompanhamento domiciliar. Já os que vivem em municípios do interior são acompanhado pelo ambulatório da Clínica da Dor, desde que tenham possibilidades de locomoção. 35
SERVIÇOS DIAGNÓSTICOS DIAGNÓSTICO POR IMAGEM A interação da medicina diagnóstica com as demais especialidades, a partir de uma abordagem multiprofissional, permite que o paciente seja acompanhado em todas as etapas do tratamento, desde o diagnóstico. Conferindo maior efetividade e agilidade na definição da terapêutica, a unidade de Diagnóstico por Imagem, o Laboratório de Análises Clínicas, a Biologia Molecular e o Laboratório de Patologia são peças-chave na integralidade do atendimento oferecido pelo ICC. O serviço de Diagnóstico por Imagem oferece infraestrutura de ponta, recursos avançados e uma grande variedade de procedimentos, como mamotomia, cintilografia do miocárdio, biopsias de órgãos, colonoscopia e endoscopia. O parque tecnológico conta com serviços e equipamentos como: tomógrafo multislice, ultrason, mamografia digital, 36
intensificador de imagem e raio-X Digital. Na área de Medicina Nuclear, o ICC dispõem de dois equipamentos de Gama Camera, onde são realizados os exames de cintilografias, com destaque para as cintilografias de perfusão do miocárdio, principalmente nos paciente oncológicos com alto risco cirúrgico pré-operatório, e os exames de cintilografia óssea para estadiamento e reetadiamento de pacientes oncológicos. Além de estudos de imagens são realizados tratamentos utilizando radioisótopos para o tratamento de tumores neuroendócrinos e a iodoterapia para tratamento do câncer da tireóide. Em 2016, foram realizadas 608 colonoscopias, 1.060 endoscopias, 5.777 mamografias, 15.940 tomografias, 5.912 ultrassonografias, 7.153 raio-X e muitos outros, resultando em 48.912 exames de Imagem, além de 83.846 exames de Anatomia Patológica. Junto com os exames de Análises Clínicas, eles são fundamentais para a detecção do câncer, servindo como ponto de partida para os tratamentos adequados a cada caso. O serviço de Imagem é formado por 64 colaboradores, dentre ao quais médicos radiologistas, residentes e técnicos em Radiologia, médico nuclear, cardiologista, anestesistas, físico médico, enfermeiras e técnicos de Enfermagem. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
PROCEDIMENTOS DIFERENCIADOS (RADIOLOGIA)
PROCEDIMENTOS DIFERENCIADOS (VÍDEO DIAGNÓSTICO)
• Braquiterapia de Próstata dirigida por Ultrassonografia (interação com Radioterapia)
• Endoscopia
• Mamotomia guiada por Ultrassonografia e por Mamografia
• Retossigmoidoscopia
• Core biopsy guiada por esterotaxia • Ablação Guiada por Ultrasom e Tomografia Computadorizada de Tumores, nódulos hepáticos e renais (procedimento cirúrgico)
• Colonoscopia - Dilatação Esofágica* - Gastrostomia via endoscópica* *(ambos são procedimentos menos invasivos que substituem a cirurgia, proporcionando ao paciente uma recuperação mais rápida).
• Nefrostomia percutânea guiada por Imagem/ TC • Drenagem percutânea das vias biliares • Mamografia com biópsias e marcação pré-cirúrgica estereotáxicas • Ultrassonografias Gerais e Especializadas (Doppler) • Ultrassonografia intraoperatória • Radiografias Convencionais e Contrastadas • Tomografia Multislice • Tomografia computadorizada para Planejamento de Radioterapia Conformacional • Marcação pré-cirúrgica guiada por Ultrassom e Esterotaxia
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LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS O Laboratório de Análises Clínicas é um importante diferencial do atendimento integral oferecido pelo ICC. Garante atendimento humanizado e suporte ao diagnóstico e tratamento médico, por meio de exames laboratoriais seguros. Conta com um núcleo técnico operacional de excelência e equipamentos automatizados. A eficiência dos processos e a agilidade na prestação dos serviços, permitem que o
37
laudo de alguns exames sejam finalizados e entregues em até duas horas após a coleta. Para melhorar a comodidade aos pacientes, o Laboratório dispõe dos resultados de exames pela internet, através do site www.icc.org.br
LABORATÓRIO DE PATOLOGIA Mantendo uma estreita colaboração com o Centro Cirúrgico, o Laboratório de Patologia do ICC realiza exames fundamentais para a definição da terapêutica, como biopsias, imunohistoquímica e citologias. O serviço é composto por seis patologistas, quatro residentes e 26 colaboradores, dentre os DESTAQUE EM 2016 quais macroscopistas e técnicos em Histologia e em Imunohistoquímica. cirurgias realizadas durante o ano “Nosso grande diferencial está em termos
6.667
38
profissionais com grande experiência tanto no setor médico como na área técnica, além do nosso parque de equipamentos de Imunohistoquimica ser referência no Norte e Nordeste”, informa Ítalo Firmino, gerente de Diagnóstico. Outro diferencial são os procedimentos de congelação, em que o médico-cirurgião, em conjunto com o patologista, realiza a biópsia e o diagnóstico no ato da cirurgia. “No procedimento chamado de congelação, o material retirado do paciente é enviado para a Patologia, onde, em aproximadamente 15 minutos, o médico patologista libera um pré-laudo para o cirurgião. Com isso, o cirurgião tem o laudo do paciente em tempo real, conduzindo a cirurgia de acordo com o diagnóstico que acaba de ser enviado. Isso representa um ganho enorme, pois garante cirurgias mais seguras, minimizando as chances de reabordagens posteriores”, explica o gerente de Diagnóstico. O Laboratório de Patologia do Hospital Haroldo Juaçaba realizou, em 2016, um total de 83.846 procedimentos de anatomia patológica, tendo registrado 31.377 exames
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ao longo do ano. Desde 2015, a Patologia empreende uma série de transformações com vistas a melhorar os seus processos, abarcando dinâmicas internas importantes, como o tempo de laudo. Em 2016, houve a consolidação dessa jornada em busca dos melhores resultados. Cabe ressaltar a integralização dos sistemas de Imagem em momento real com todo o corpo clinico da instituição - ou seja, por meio de um sistema interno, todos os médicos têm acesso ao laudo e imagem do paciente, independentemente do setor onde este esteja sendo atendido.
não, e ainda em quais órgãos estão presentes, em que dimensões, em quais tipos de tumores e se estão ativos. Entre os tratamentos realizados pela Medicina Nuclear do HHJ, destaca-se a Iodoterapia, terapia com iodo radioativo usada no controle de tumores na glândula tireóide. O HHJ continua sendo a única instituição no Ceará a oferecer esta terapêutica para pacientes do Sistema Único de Saúde – SUS.
CINTILOGRAFIA •DO MIOCARDIO REPOUSO E STRESSE
MEDICINA NUCLEAR Na área de Medicina Nuclear, o ICC dispõe de dois equipamentos de Gama Camera, onde são realizados os exames de cintilografias, com destaque para as cintilografias de perfusão do miocárdio, principalmente nos paciente oncológicos com alto risco cirúrgico pré-operatório, e os exames de cintilografia óssea para estadiamento e reetadiamento de pacientes oncológicos. Além de estudos de imagens são realizados tratamentos utilizando radioisótopos para o tratamento de tumores neuroendócrinos e a iodoterapia para tratamento do câncer da tireóide. Parte integrante dos serviços oferecidos no núcleo de Diagnóstico por Imagem, a Medicina Nuclear é a especialidade médica que avalia a fisiologia e o metabolismo do corpo, mediante o registro da radioatividade em pequena porção, tanto para fins de diagnóstico como para fins de tratamento. Diferente das técnicas de imagem convencionais, tem como base a análise da função dos tecidos e de órgãos. Portanto, não avalia as doenças pelo modo como elas se apresentam do ponto de vista anatômico e estrutural, e sim pela forma como a doença atua no âmbito funcional, bioquímico, farmacológico e até molecular. Os tecidos do corpo que são afetados por doenças como o câncer, podem absorver mais (ou menos) de um radiofármaco do que o tecido normal. Equipamentos captam o padrão de radioatividade do corpo, criando imagens que mostram o percurso do radiofármaco e o local onde se acumula, se houve a concentração em órgãos doentes ou INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
•COM ANÁLOGO DE SOMATOSTATINAOCTREOSCAN •COM GÁLIO •DE PARATIREÓIDE •DE TIREÓIDE •DE FÍGADO E BAÇO •DE FÍGADO E VIAS BILIARES • DO MIBG •ÓSSEA •PULMONAR DE PERFUSÃO •RENAL-QUANTITATIVA E QUALITATIVA •SINCRONIZADA
TRATAMENTO COM IODO, LUTÉCIO, GÁLIO E SAMÁRIO • TRATAMENTO DE METÁSTASE ÓSSEA (SAMÁRIO) • TRATAMENTO DE CÂNCER DE TIREÓIDE • TRATAMENTO DE HIPERTIREOIDISMO GRAVES E PLUMER • TRATAMENTO DE TUMOR NEUROENDÓCRINO COM LUTÉCIO • ESTUDO RENAL DINÂMICO COM OU SEM DIURÉTICO • LINFOCINTILOGRAFIA • PESQUISA DE MESTÁSTASE DO CORPO INTEIRO (PCI) • SANGRAMENTO DIGESTIVO • HEMÁCIA MARCADA • DOSE AMBULATORIAL
39
“ Rayanna Gomes, paciente Hospital Haroldo Juaçaba - HHJ
Há um ano comecei a suspeitar que havia algo de errado comigo. Estava muito cansada e com uma tosse seca, por isso achava que fosse uma pneumonia. Foi só quando emagreci 30 kg em menos de dois meses que vi que era grave. Eu tinha linfoma não-Hodgkin. Moro no Aracati e foi uma batalha para chegar ao ICC. Entrei debilitada para a primeira consulta, com a doutora Andreia. Ela me deu uma ‘levantada’. A partir daquele momento, tudo mudou. Sai renovada. Eu era cheia de preconceitos e tabus em relação ao câncer. Meus amigos fizeram um movimento na internet para me ajudar. Aracati se mobilizou na campanha “Todos pela Ray”. No ICC, criei vínculos para toda a vida. Tive o maior apoio possível e serei sempre grata por isso. Fiquei comovida com a atuação dos profissionais. A doença veio me dar um norte. Eu curso Serviço Social e quero trabalhar na área da saúde, com pacientes com câncer. Se Deus quiser, ainda serei residente do HHJ.
“
40
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“ Elisabeth Camelo, paciente Centro Oncológico São Mateus - ICC
Eu estou em tratamento contra o câncer de mama com metástase óssea desde 2013, quando tive o diagnóstico. Desde então, me trato com a Dra. Marcela Monteiro, no Centro Oncológico São Mateus - ICC. Ela caiu do céu eestá sempre ao meu lado. No início, tive que ficar 38 dias no HHJ, pois estava muito debilitada. O atendimento foi o mais atencioso impossível, a ponto do nutricionista vir falar comigo, na tentativa de me fazer comer algo. Comecei a quimioterapia no HHJ, mas prossegui no Centro Oncológico São Mateus - ICC, por ser mais perto de casa. Lá, conheço todos, do recepcionista aos especialistas, são meus anjos. Meu ânimo sempre foi positivo. Nunca senti dor depois da quimioterapia. Sei que só houve um caso de cura no mundo para o meu tipo de câncer, no estágio em que está. Pois eu serei o segundo. Não penso em morte. Espero ver meu filho mais novo formado e ainda vou conhecer meus netos. Estamos protelando uma viagem para a Disney, mas no próximo ano irei.
“
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41
ASSISTÊNCIA EM NÚMEROS RADIOTERAPIA CONSULTAS
PRESCRIÇÕES QUIMIOTERAPIA
TOTAL
SUS
Ñ. SUS
JANEIRO
1.173
855
318
74
FEVEREIRO
1.029
745
284
569
80
MARÇO
1.154
864
290
1.885
495
80
ABRIL
823
595
228
2.639
2.026
527
86
MAIO
905
606
299
JUNHO
2.726
2.055
572
99
JUNHO
891
586
305
JULHO
2.721
2.049
559
113
JULHO
808
552
256
AGOSTO
3.024
2.286
620
118
AGOSTO
999
690
309
SETEMBRO
2.707
2.036
570
101
SETEMBRO
895
586
309
OUTUBRO
2.841
2.226
541
74
OUTUBRO
852
552
300
NOVEMBRO
2.899
2.273
550
76
NOVEMBRO
888
610
278
DEZEMBRO
2.984
2.321
581
82
DEZEMBRO
805
575
230
TOTAL
32.925
25.127
6.729
1.069
11.222
7.816
3.406
MÉDIA MENSAL
2.744
2.094
561
89
935
651
284
TOTAL
SUS
Ñ. SUS
SM
JANEIRO
2.671
1.963
622
86
FEVEREIRO
2.498
1.901
523
MARÇO
2.755
2.106
ABRIL
2.460
MAIO
RADIOTERAPIA PACIENTES TRATADOS
MÉDIA MENSAL
CIRURGIAS REALIZADAS
TOTAL
CONSULTAS CONVÊNIO/ PARTIC.
TOTAL
TOTAL
JANEIRO
5900
JANEIRO
507
JANEIRO
4691
FEVEREIRO
5647
FEVEREIRO
319
FEVEREIRO
3.760
MARÇO
7077
MARÇO
533
MARÇO
4.336
ABRIL
6017
ABRIL
629
ABRIL
3.872
MAIO
6921
MAIO
631
MAIO
4.327
JUNHO
6335
JUNHO
598
JUNHO
4.146
JULHO
3449
JULHO
588
JULHO
4.240
AGOSTO
6173
AGOSTO
581
AGOSTO
4.246
SETEMBRO
6801
SETEMBRO
559
SETEMBRO
4.033
OUTUBRO
6299
OUTUBRO
582
OUTUBRO
3.751
NOVEMBRO
6804
NOVEMBRO
551
NOVEMBRO
4.160
DEZEMBRO
6224
DEZEMBRO
599
DEZEMBRO
3.868
TOTAL MÉDIA MENSAL
42
TOTAL
73.647 6.137
TOTAL MÉDIA MENSAL
6.677 556
TOTAL MÉDIA MENSAL
49.430 4.119
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
EXAMES LAB. DE ANÁLISES CLÍNICAS
QUIMIOTERAPIA CONSULTAS Ñ. SUS (1ª VEZ)
TOTAL
TOTAL
SUS
Ñ. SUS
JANEIRO
3.028
2.109
919
JANEIRO
12.236
FEVEREIRO
3.013
2.169
844
FEVEREIRO
9.618
MARÇO
3.374
2.405
969
MARÇO
11.084
ABRIL
3.009
2.201
808
ABRIL
11.376
MAIO
3.161
2.251
910
MAIO
12.134
JUNHO
3.160
2.289
871
JUNHO
12.911
JULHO
3.090
2.228
862
JULHO
13.493
AGOSTO
3.528
2.538
990
AGOSTO
14.199
SETEMBRO
3.236
2.295
941
SETEMBRO
14.057
OUTUBRO
3.138
2.222
916
OUTUBRO
14.732
NOVEMBRO
3.418
2.422
996
NOVEMBRO
15.252
DEZEMBRO
3.301
2.387
914
DEZEMBRO
16.379
TOTAL
38.456
27.516
10.940
MÉDIA MENSAL
3.205
2.293
912
771
TOTAL MÉDIA MENSAL
145.235 12.103
N� DE PACIENTES LAB. ANÁLISES CLÍNICAS
HORMÔNIOTERAPIA CONSULTAS
CENTRO ONCOLÓGICO SÃO MATEUS - ICC QTS
TOTAL
TOTAL
TOTAL
JANEIRO
2.634
JANEIRO
346
JANEIRO
86
FEVEREIRO
2.197
FEVEREIRO
367
FEVEREIRO
74
MARÇO
2.491
MARÇO
374
MARÇO
80
ABRIL
2.462
ABRIL
377
ABRIL
80
MAIO
2.649
MAIO
367
MAIO
86
JUNHO
2.654
JUNHO
414
JUNHO
99
JULHO
2.751
JULHO
421
JULHO
113
AGOSTO
2.983
AGOSTO
406
AGOSTO
118
SETEMBRO
2.827
SETEMBRO
400
SETEMBRO
101
OUTUBRO
2.992
OUTUBRO
422
OUTUBRO
74
NOVEMBRO
3.014
NOVEMBRO
404
NOVEMBRO
76
DEZEMBRO
3.215
DEZEMBRO
407
DEZEMBRO
82
TOTAL
30.235
TOTAL
MÉDIA MENSAL
2.520
MÉDIA MENSAL
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
4.705 392
TOTAL MÉDIA MENSAL
1.069 89
43
PROCED. DE ANATOMIA PATOLÓGICA
TOTAL DE EXAMES ANATOM. PATOLÓGICA
TOTAL
TOTAL
TOTAL
JANEIRO
5.590
JANEIRO
2.163
JANEIRO
1.254
FEVEREIRO
4.826
FEVEREIRO
1.965
FEVEREIRO
1.098
MARÇO
6.796
MARÇO
2.809
MARÇO
1.563
ABRIL
6.163
ABRIL
2.155
ABRIL
1.182
MAIO
7.756
MAIO
2.919
MAIO
1.757
JUNHO
7.062
JUNHO
2.697
JUNHO
1.620
JULHO
7.366
JULHO
2.551
JULHO
1.395
AGOSTO
7.756
AGOSTO
2.821
AGOSTO
1.568
SETEMBRO
7.339
SETEMBRO
2.784
SETEMBRO
1.526
OUTUBRO
8.042
OUTUBRO
2.781
OUTUBRO
1.836
NOVEMBRO
7.715
NOVEMBRO
3.132
NOVEMBRO
1.770
DEZEMBRO
7.435
DEZEMBRO
2.600
DEZEMBRO
1.406
TOTAL
31.377
TOTAL
17.975
MÉDIA MENSAL
2.615
MÉDIA MENSAL
1.498
TOTAL MÉDIA MENSAL
83.846 6.987
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
TERAPIA NUTRICIONAL ORAL
TOTAL
FONOAUDIOLOGIA
TOTAL
TOTAL
JANEIRO
140
JANEIRO
4.814
JANEIRO
43
FEVEREIRO
238
FEVEREIRO
3.768
FEVEREIRO
55
MARÇO
259
MARÇO
3.909
MARÇO
47
ABRIL
217
ABRIL
3.384
ABRIL
47
MAIO
259
MAIO
3.216
MAIO
57
JUNHO
343
JUNHO
3.339
JUNHO
74
JULHO
329
JULHO
3.279
JULHO
51
AGOSTO
329
AGOSTO
3.178
AGOSTO
66
SETEMBRO
315
SETEMBRO
3.055
SETEMBRO
73
OUTUBRO
371
OUTUBRO
3.282
OUTUBRO
104
NOVEMBRO
343
NOVEMBRO
3.690
NOVEMBRO
85
DEZEMBRO
280
DEZEMBRO
2.779
DEZEMBRO
100 802
TOTAL MÉDIA MENSAL
44
TOTAL DE BIÓPSIAS ANATOM. PATOLÓGICA
3.423 285
TOTAL
41.693
TOTAL
MÉDIA MENSAL
3.474
MÉDIA MENSAL
67
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
TOTAL DE ATENDIMENTOS
EXAMES DE IMAGEM
PSICOLOGIA TOTAL
TOTAL
TOTAL
JANEIRO
478
JANEIRO
3.478
JANEIRO
21.501
FEVEREIRO
396
FEVEREIRO
2.903
FEVEREIRO
19.629
MARÇO
437
MARÇO
3.719
MARÇO
22.773
ABRIL
444
ABRIL
3.518
ABRIL
21.316
MAIO
480
MAIO
4.269
MAIO
23.333
JUNHO
605
JUNHO
4.396
JUNHO
23.976
JULHO
458
JULHO
4.490
JULHO
22.772
AGOSTO
512
AGOSTO
4.402
AGOSTO
24.471
SETEMBRO
647
SETEMBRO
4.346
SETEMBRO
23.039
OUTUBRO
506
OUTUBRO
4.422
OUTUBRO
22.709
NOVEMBRO
691
NOVEMBRO
4.464
NOVEMBRO
23.682
DEZEMBRO
794
DEZEMBRO
4.505
DEZEMBRO
23.147
TOTAL
48.912
TOTAL
272.348
MÉDIA MENSAL
4.076
MÉDIA MENSAL
22.696
6.448
TOTAL MÉDIA MENSAL
537
EXAMES DE IMAGEM
FISIOTERAPIA TOTAL
BIÓPSIAS
3.082
EXAMES COLONOSCOPIA
608
ECG
492
TOTAL
SUS
Ñ. SUS
JANEIRO
2.399
1.897
502
FEVEREIRO
1.808
1.450
358
MARÇO
2.434
1.719
715
ABRIL
2.722
2.011
711
ENDOSCOPIA
1.060
MAIO
2.761
1.937
824
MAMOGRAFIA
5.777
JUNHO
2.774
2.045
729
MARCAÇÕES PRÉ CIRÚRGICAS
484
JULHO
2.857
2.295
562
AGOSTO
3.313
2.522
791
SETEMBRO
3.172
2.506
666
OUTUBRO
3.381
2.881
500
NOVEMBRO
3.658
3.109
549
DEZEMBRO
3.377
2.786
591
MEDICINA NUCLEAR
8.404
RAIO X
7.153
TOMOGRAFIA
15.940
ULTRASSONOGRAFIA
5.912
TOTAL
48.912
TOTAL
34.656
27.158
7.498
MÉDIA MENSAL
4.076
MÉDIA MENSAL
2.888
2.263
625
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
45
TOTAL DE CONSULTAS
CENTRO ONCOLÓGICO SÃO MATEUS ICC CONSULTAS
TOTAL
TOTAL
ONCO/ HEMATO
OUTRAS
JANEIRO
408
127
281
FEVEREIRO
415
143
272
MARÇO
443
158
285
ABRIL
427
153
274
MAIO
449
159
290
JUNHO
496
192
304
HORMONIOTERAPIA
4.705
JULHO
371
127
244
CORINA CONSULTA MEDICA
57.157
AGOSTO
532
201
331
SETEMBRO
473
174
299
CORINA CONSULTA 1ª VEZ
6.308
OUTUBRO
332
84
248
445
143
302
SÃO MATEUS
5.132
NOVEMBRO DEZEMBRO
341
117
224
TOTAL
5.132
1.778
3.354
MÉDIA MENSAL
428
148
280
QUIMIOTERAPIA
38.456
RADIOTERAPIA
11.222
CONSULTÓRIOS CONV/PART
49.430
MULTIPROFISSIONAL
41.906
TOTAL
172.410
MÉDIA MENSAL
14.368
CONSULTAS SUS
46
TOTAL
CONSULTAS
1ª VEZ/ CORINA
JANEIRO
5.073
4.638
435
FEVEREIRO
4.563
4.126
437
MARÇO
5.309
4.745
564
ABRIL
5.297
4.789
508
MAIO
5.588
5.033
555
JUNHO
5.608
5.055
553
JULHO
5.406
4.863
543
AGOSTO
5.946
5.337
609
SETEMBRO
5.135
4.615
520
OUTUBRO
5.142
4.565
577
NOVEMBRO
5.395
4.879
516
DEZEMBRO
5.003
4.512
491
TOTAL
63.465
57.157
6.308
MÉDIA MENSAL
5.289
4.763
526
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
TAXA DE OCUPAÇÃO HOSPITALAR TOTAL
SUS
CONVÊNIO
UTI
JANEIRO
40,51%
59,09%
16,45%
43,99%
FEVEREIRO
27,33%
35,08%
16,90%
35,11%
MARÇO
38,15%
51,77%
21,77%
39,88%
ABRIL
42,61%
53,39%
30,58%
48,18%
MAIO
40,94%
58,73%
21,37%
30,21%
JUNHO
41,25%
58,62%
22,17%
32,12%
JULHO
44,17%
59,55%
27,02%
41,06%
AGOSTO
42,88%
55,81%
26,53%
49,56%
SETEMBRO
44,58%
62,70%
23,42%
44,24%
OUTUBRO
48,55%
64,93%
26,53%
60,41%
NOVEMBRO
49,19%
64,60%
28,42%
55,45%
DEZEMBRO
45,35%
56,63%
35,00%
40,18%
MÉDIA MENSAL
42,13%
56,74%
24,68%
43,37%
INTERNAÇÃO CLÍNICA CIRÚRGICA/UTI TOTAL
SUS
Ñ SUS
UTI
JANEIRO
539
318
175
46
FEVEREIRO
326
151
147
28
MARÇO
532
337
162
33
ABRIL
620
413
163
44
MAIO
601
391
168
42
JUNHO
599
405
143
51
JULHO
626
404
167
55
AGOSTO
552
423
126
3
SETEMBRO
616
421
145
50
OUTUBRO
589
396
143
50
NOVEMBRO
612
403
166
43
DEZEMBRO
571
382
150
39
6.783
4.444
1.855
484
565
370
155
40
TOTAL MÉDIA MENSAL
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
47
INDICADORES DE PRODUÇÃO E ASSISTENCIAIS TAXA DE MORTALIDADE GERAL X ESPERADA NA UTI DE 2012 A 2016 50% 38,80%
40% 30%
38,07%
36,63%
29,6%
26,6%
35,33%
26,7%
31,67%
24,9%
20%
15,09%
10% 0%
2012
2013
2014
2015
2016
TAXA DE MORTALIDADE GERAL X ESPERADA PELO APACHE II NA UTI
28,89% 22,86% 12,50%
15,81%
Taxa de Mortalidade Geral da UTI
Mortalidade Esperada pelo APACHE II
Nov/16
Out/16
Ago/16
Jul/16
Jun/16
Mai/14
Abr/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
7,32%
6,00%
3,23%
48
19,57%
14,89% 14,55%
Dez/16
15,24%
Média
21,95%
Set/16
22,73%
Média de 2 anos
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
TAXA DE OCUPAÇÃO 70%
64,2%
Set/16
49,5%
50,1%
48,9%
45,2%
44,4%
Média de 2016
43,7%
45,5%
Média de 2015
44,9%
Ago/16
38,3%
41,5%
Jun/16
40%
40,8%
Mai/14
42,9%
42,6%
Abr/16
50%
Jul/16
60%
29,0%
30% 20% 10%
Média de 2014
Dez/16
Nov/16
Out/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
0%
TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO HHJ - 2016 5%
5,0% 4,5% 4,0%
3,6%
3,5% 3,0%
3,4%
3,2%
3,2%
3,00%
2,9%
2,70%
2,7%
2,8%
2,5% 2,0% 1,9%
1,5%
1,8% 1,5%
1,0% 0,5%
Taxa de infecção Hospitalar no HHJ em 2016
Média de 4 anos
Média de 2015
Média de 2016
Dez/16
Nov/16
Out/16
Set/16
Ago/16
Jul/16
Jun/16
Mai/14
Abr/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
0,0%
EFICÁCIA GERAL DOS PROCESSOS ASSITENCIAIS 90% 80,5% 74,0%
80% 68,7%
70%
71,2%
80,2% 76,9%
73,5%
77,3%
73,2%
68,7%
60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1o Ciclo Jul/14
2o Ciclo Out/14
3o Ciclo Mar/15
4o Ciclo Jan/16
5o Ciclo Fev/16
6o Ciclo 7o Ciclo 8o Ciclo 9o Ciclo 10o Ciclo Março/16 Abril/16 Maio/16 Set/16 Dez/16
GIRO DE LEITOS GERAL 8,0 7,0 6,0
6,7
6,6 6,0
5,9
5,6
5,2
6,2 5,8
5,6
5,6
6,1
6,1
5,7
4,9
5,0
6,1
4,9
5,1
5,5 4,9
5,9 5,5
5,8
6,0 5,6 5,6
5,8
5,4
4,0 3,2 3,0 2,0 1,0
50
Média de 2016
Média de 2015
Média de 2014
Dez/16
Nov/16
Out/16
Set/16
Ago/16
Jul/16
Jun/16
Mai/16
Abr/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
Dez/15
Nov/15
Out/15
Set/15
Ago/15
Jul/15
Jun/15
Mai/15
Abr/15
Mar/15
Fev/15
Jan/15
0,0
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
PERMANÊNCIA - GERAL 6,0 5,0 5,1 4,6 3,6
3,6
3,5
3,6
3,6
4,0
3,8
3,4 3,5
3,5
Jul/16
3,7
4,0
4,1
Jun/16
4,0
4,5
Dez/15
3,0
4,0
4,6
4,2
Nov/15
4,0
4,4
4,1
4,2
3,6
4,0 4,0 3,9
2,0 1,0
TAXA DE INFECÇÃO HOSPITALAR EM CIRURGIAS LIMPAS NO HHJ - 2016 1,8
1,7
1,6 1,4 1,2
1,1
1
0,9
0,8 0,5
0,4
0,4
Média de 4 anos
Média de 2016
Dez/16
Ago/16
Taxa de infecção Hospitalar em Cirurgias limpas no HHJ em 2016
0,2
0,2 Nov/16
0,2
Out/16
0,2
Set/16
0,2
Jul/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
Mai/14
0,0
0
Jun/16
0,2
0,2
Abr/16
0,6
Média de 2015
DENSIDADE DE INCIDÊNCIA DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO HHJ - 2016 12,0 10,0
10,60
9,00
8,70
7,30
8,0
8,60
7,90
6,0
7,34
7,00
5,30
4,0
7,20
7,90
4,80
2,0
3,80
Densidade de incidência de infecção hospitalar no HHJ em 2016
Média de 4 anos
Média de 2016
Dez/16
Nov/16
Out/16
Set/16
Ago/16
Jul/16
Jun/16
Mai/14
Abr/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
0,0
Média de 2015
Média de 2016
Média de 2015
Média de 2014
Dez/16
Nov/16
Out/16
Set/16
Ago/16
Mai/16
Abr/16
Mar/16
Fev/16
Jan/16
Out/15
Set/15
Ago/15
Jul/15
Jun/15
Mai/15
Abr/15
Mar/15
Fev/15
Jan/15
0,0
INDICADORES FINANCEIROS
INDICADORES DE SITUAÇÃO FINANCEIRA PATRIMONIAL ESTRUTURA PATRIMONIAL
2016
2015
CAPITAL DE TERCEIROS / CAPITAL PRÓPRIO
0,16
0,13
COMPOSIÇÃO DE ENDIVIDAMENTO
0,91
0,88
ENDIVIDAMENTO GERAL
0,14
0,11
IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO
0,34
0,25
SOLVÊNCIA
2016
2015
LIQUIDEZ GERAL
5,07
7,59
LIQUIDEZ CORRENTE
5,27
7,59
INDICADORES DE GESTÃO DE RECURSOS
52
ROTAÇÃO DOS RECURSOS
2016
2015
GIRO DOS ESTOQUES TOTAIS
14,74
9,79
GIRO DAS DUPLICATAS A RECEBER
6,98
4,44
GIRO DO ATIVO CIRCULANTE
1,53
1,48
GIRO DO ATIVO FIXO
5,15
4,80
GIRO DO ATIVO OPERACIONAL
1,03
1,08
PRAZOS MÉDIOS
2016
2015
PRAZO MÉDIO DE ESTOCAGEM
15,60
18,52
PRAZO MÉDIO DE CONTAS A RECEBER
51,56
81,16
PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO A FORNECEDORES
54,46
52,36
CICLO FINANCEIRO
12,69
47,31
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
INDICADORES DE RENTABILIDADE MARGEM DE LUCRATIVIDADE
2016
2015
MARGEM BRUTA
40%
35%
MARGEM OPERACIONAL
7%
5%
MARGEM LÍQUIDA
16%
11%
MARK-UP GLOBAL
67%
53%
TAXA DE RETORNO
2016
2015
RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO TOTAL
16%
11%
RETORNO SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
18%
13%
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
53
ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO
54
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
Dsc. Manfredo Luiz Lins e Silva Superintendente da Escola Cearense de Oncologia - ECO
ENTUSIASMO PARA ENSINAR E APRENDER No exercício correspondente ao ano de 2015, ficamos bastante satisfeitos com as pesquisas e capacitações realizadas pela Escola Cearense de Oncologia (ECO), mas 2016 foi um ano ainda mais especial. Um período realmente extraordinário, em que comeZçamos a colher os frutos que plantamos lá atrás, com muito esforço e planejamento. Um dos motivos do nosso entusiasmo é, sem dúvida, a estruturação da Faculdade Rodolfo Teófilo, cujas obras foram concluídas. Equipamos todos os laboratórios, preparamos as salas de aula, cuidamos do acervo da biblioteca, finalizamos os projetos pedagógicos e instalamos a rede de TI. Com essas e outras providências, atendemos às solicitações do MEC, que em 2017 – se tudo sair conforme o previsto - deve nos conceder a certificação necessária, após as visitas de avaliação. Uma equipe enxuta, empolgada e vibrante dedicou-se a esse trabalho com o maior afinco possível. Unimo-nos para pensar os projetos de extensão, o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), os projetos pedagógicos dos cursos, as políticas de pesquisa e de educação, o regimento interno, enfim, todo o arcabouço regulatório da instituição. No segundo semestre de 2017, o Ceará já vai poder contar com essa nova unidade de ensino exclusivamente voltada à ciência da saúde e ciências sociais aplicadas, INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
que abre suas portas com quatro cursos de graduação: Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social e Gestão Hospitalar. O ICC é uma instituição de vanguarda. Desde a sua fundação, esteve sempre alguns anos – talvez até algumas décadas – a frente de seus pares. Foi esse espírito inovador que nos habilitou a investir na educação superior, uma vez que já temos uma universidade corporativa, que é a ECO, onde formamos mestres, doutores e especialistas. A Escola também oferece iniciação científica e tem um Centro de Pesquisa Clínica que é pioneiro no Nordeste desde 1997, com mais de 70 estudos finalizados. Isso nos inspirou a compartilhar nossa experiência. Os alunos da Faculdade Rodolfo Teófilo terão a disposição uma imensa sala de aula formada pelo HHJ, a Casa Vida e a própria ECO. São diferenciais que não se encontram com facilidade no mercado de formação superior. O nosso pioneirismo, a nossa história e a nossa experiência nos habilitam a investir na graduação, colocando no mercado um produto da mais alta qualidade. O ano de 2016 também foi favorável a outras iniciativas da ECO. O programa de Iniciação Científica prosseguiu com toda a força, e já está indo para a sua oitava turma. Continuamos com o incentivo da FUNCAP para 14 bolsas, além das quatro bolsas “da casa”. Esses projetos estão dando apoio ao Dinter, que é o doutorado interinstitucional que realizamos em parceria com o A. C. Camargo Cancer Center. Ao todo são 20 alunos. O Dinter, aliás, encaminha-se para a sua etapa final. Esperamos que até março de 2017, todas as teses estejam defendidas. Em suma, as decisões firmes e atitudes ousadas do Instituto do Câncer do Ceará nos últimos anos – em termos de tecnologia para o tratamento do câncer, investimentos, educação e pesquisa – viabilizaram as melhorias de hoje e prometem grandes novidades para amanhã. 55
GERAR E DIFUNDIR CONHECIMENTO
31 alunos
na Residência Médica
56
“Gerar e difundir conhecimento técnicocientífico em cancerologia”. Em uma única linha, é essa a missão para a qual nasceu a Escola Cearense de Oncologia (ECO), cujo credenciamento junto ao Ministério da Educação se deu no dia 9 de junho de 2005. Nesses 11 anos de atuação, a ECO mostrou que veio para ficar e ultrapassar fronteiras, renovando continuamente suas metas sem tirar o foco da sua missão. Primeiro, com a implantação da Residência Médica em Oncologia, que se expandiu para outros programas, tornando-se o quinto maior do país. Depois, com a oferta de cursos de PósGraduação Lato Sensu e programas de Pós-Graduação Stricto Sensu. O Doutorado e o Mestrado Interinstitucional em Oncologia, feito em parceria com o A. C. Camargo Cancer Center, organizou suas primeiras turmas em 2008 e já formou mais de 10 mestres e doutores. A produção de monografias, dissertações, teses e publicações em periódicos DESTAQUE EM 2016 científicos relevantes passou a integrar a rotina da Escola. Mais tarde, a Residência Multiprofissional em Cancerologia veio alargar o leque de opções para quem busca experiência e aprimoramento em Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Serviço Social. Na ECO, a preocupação em oferecer treinamento, capacitação e qualificação profissional nas diversas áreas da cancerologia caminha lado a lado com o incentivo à pesquisa e produção científica do ICC. O Centro de Pesquisa Clínica traz a marca do pioneirismo e o programa de iniciação científica prossegue aprimorando vocações. O senso de responsabilidade acadêmica e a consciência das mudanças a serem empreendidas para que a população tenha o que há de mais eficaz na prevenção e combate ao câncer são os motores que movimentam as engrenagens da Escola Cearense de Oncologia – referência de qualidade reconhecida nas formação de mestres, doutores e especialistas. A ECO conta com uma estrutura organizacional composta por uma
Superintendência, três divisões operacionais (Ensino, Pesquisa e Extensão), Comissão de Ética em Pesquisa – CEP, Comissão Própria de Avaliação, Núcleo de Apoio à Pesquisa, órgãos colegiados, secretaria Acadêmica e biblioteca.
APOIO PARA AVANÇAR Um dos grandes destaques para a ECO em 2016 foi a aprovação de mais um projeto pelo Programa Nacional de Apoio a Atenção Oncológica (Pronon). A partir do Pronon – programa federal de apoio a oncologia que permite doações por meio da destinação de 1% do Imposto de Renda devido de empresas e pessoas físicas que decidirem apoiar determinado projeto – o ICC captou recursos que vão viabilizar uma importante pesquisa na área de oncogenética. Vale dizer que, em apenas três dias, o total levantado junto às empresas (R$ 4.217.000) ultrapassou em 20% o valor designado para o projeto, que era de R$ 3.543.000. Ou seja, o INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
resultado foi superior ao esperado. “Tivemos a aprovação técnica do Ministério da Saúde e fomos extremamente bem sucedidos na captação de recursos. Já celebramos o termo de compromisso, depois de ter feito a readequação do projeto devido à captação acima do que prevíamos. Logo teremos os recursos liberados para a execução, provavelmente a partir de junho de 2017”, explica Alberto Fiúza, Superintendente de Suporte Corporativo do ICC. Intitulado “Rastreamento de mutações nos genes BRCA1, BRCA2, MLH1, TP53, MSH2 e MSH6 em pacientes com câncer de mama ou colorretal e potencialmente portadores de síndromes neoplásica hereditárias – bases para o aconselhamento genético racional no estado do Ceará”, o projeto trata de síndromes neoplásicas hereditárias do câncer de mama e do câncer colorretal. É um estudo na área de oncogenética que só encontra similar no eixo Sul-Sudeste. Seu objetivo é determinar a incidência de mutações nos genes citados em uma amostra de pacientes do ICC, no período de 2017 a 2019. O projeto vai beneficiar a população ao aumentar a chance de cura para familiares de pacientes com propensão hereditária ao desenvolvimento dessas neoplasias antes que elas se manifestem. Importante dizer que o Brasil é um país de dimensões continentais que ainda não possuía nenhuma estatística nesse campo voltada para o Norte e Nordeste. Portanto, o trabalho servirá, também, para
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
orientar a política nacional oncológica desenvolvida pelo Ministério da Saúde. Sete pesquisadores com titulação de doutorado estarão envolvidos na pesquisa, que tem prazo de execução de 36 meses.
DESTAQUE EM 2016
24 alunos
na Residência Multiprofissional
DOUTORADO (DINTER): MOMENTO IMPORTANTE Em 2016, o Programa de Doutorado Interinstitucional (Dinter), realizado em parceria com o A. C. Camargo Cancer Center, contou com 10 alunos regulares e um aluno concludente. Pioneiro no Nordeste na área de cancerologia, o programa vem trabalhando desde 2008 na formação de pesquisadores e doutores do mais alto nível. “O Dinter encaminha-se para a sua etapa final. Imaginamos que até março de 2017, todas as teses estejam defendidas. Em 2016, houve a defesa de uma tese, e para o próximo ano esperamos a defesa de outras 11”, informa o Superintendente da Escola Cearense de Oncologia, professor Manfredo Luiz Lins e Silva. Aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Profissionais de Nível Superior (CAPES) e reconhecido pelo
57
58 projetos de pesquisa
DESTAQUE EM 2016
Ministério da Educação e Cultura (MEC), o Dinter é um curso temporário que atrai especialistas locais e de cidades próximas, habilitando-os ao desenvolvimento de atividades relacionadas à pesquisa e à prática docente. Para o ICC e a ECO, investir na preparação adequada é avançar na busca de soluções. E isso gera benefícios que vão muito além dos limites acadêmicos, alcançando aqueles que mais precisam: os pacientes com câncer.
RESIDÊNCIA MÉDICA: A PRÁTICA LEVA À EXCELÊNCIA Em 2016, a Residência Médica em Cancerologia contou com 31 alunos, quatro a mais que no ano anterior, divididos em sete especialidades: Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Cancerologia Clínica, Cancerologia Cirúrgica, Radioterapia, Mastologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Patologia. Até hoje, já foram formados quase 100 médicos 58
especialistas em diferentes áreas da cancerologia por meio do programa. A Residência Médica do Instituto do Câncer do Ceará – ICC, em conformidade com o Decreto nº 80.281, de 05 de setembro de 1977, constitui modalidade de ensino de pós-graduação, cuja finalidade é o treinamento dos alunos em âmbito ambulatorial, hospitalar e cirúrgico, ajudando a desenvolver as aptidões dos novos profissionais médicos. Todos os programas são credenciados pelo MEC e possuem atividades supervisionada pela ECO. Trata-se do quinto maior programa de Residência Médica em cancerologia do país, atraindo alunos do Ceará e de outros estados do Brasil. Tido como uma referência no tratamento do câncer, o Hospital Haroldo Juaçaba representa uma valiosa oportunidade de amadurecimento profissional para os residentes da ECO, pois, ao mesmo tempo em que estudam e adquirem proficiência técnico-científica, eles têm a oportunidade de participar, na prática, do atendimento aos pacientes da unidade de saúde. A formação especializada e o desempenho de excelência dos novos profissionais são a principal finalidade do programa, por meio do qual o ICC reafirma o seu compromisso de formar especialistas plenamente preparados para os desafios da profissão. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL: NOVAS PERSPECTIVAS Com duração de dois anos, a Residência Multiprofissional em Cancerologia da ECO já formou três turmas, oferecendo, anualmente, 24 vagas em seis áreas: Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia e Serviço Social. Divididos em equipes multiprofissionais, os residentes ganham a chance de desenvolver na prática o que sabem em teoria, atuando junto aos vários serviços do HHJ, sob a supervisão dos profissionais da casa. Eles também cumprem um mês de estágio em postos de saúde de Fortaleza, a fim de complementar a formação em atenção primária, e realizam estágio eletivo em qualquer outra instituição hospitalar ligada à cancerologia. Em 2016, 24 alunos estiveram ocupando as seis áreas oferecidas pela Residência Multiprofissional, sendo quatro alunos para cada área. São 60 horas semanais de prática, que se dividem entre estágios de percurso, rodízio por linhas de cuidado e estágio eletivo. Por ser uma instituição com características muito peculiares, já que se trata de uma entidade filantrópica dedicada à cancerologia, o ICC sentiu necessidade de criar um modelo próprio de gestão pedagógica, considerando as características da formação necessária, do tratamento do paciente acometido pelo câncer e dos profissionais da Residência Multiprofissional. Por isso, depois de uma bem-sucedida parceria com a Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP/CE), a ECO se prepara para entrar em uma nova fase, lançando a própria Residência Multiprofissional. “A Escola de Saúde Pública foi muito importante para o desenvolvimento da Residência Multiprofissional. Atravessamos três anos de intensa cooperação, mas, em 2017, a ECO vai começar a caminhar com os seus próprios pés. Considero que esse voo solo faz parte de um processo natural, especialmente dentro dessa perspectiva que está se criando para os próximos cinco anos, com a abertura da Faculdade Rodolfo Teófilo”, considera o superintendente Manfredo Luiz Lins e Silva. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Despertar a vocação científica, ordenar as boas ideias e incentivar os melhores talentos são os principais objetivos do Programa de Iniciação Científica da ECO, DESTAQUE EM 2016 que em 2016 contou com 11 bolsistas e um voluntário. Orientados por pesquisadores qualificados, eles no Programa de Iniciação Científica investiram seu tempo, seu conhecimento e suas habilidades para aprofundar as investigações sobre diferentes campos da área oncológica,
12 bolsistas e voluntários
59
é coordenado por um comitê externo, nomeado pela ECO, que avalia as propostas e as encaminha para o Comitê Institucional de Iniciação Científica.
SESSÃO CLÍNICA Foram 49 Sessões Clínicas com 2.025 participantes em 2016. Os temas abrangeram importantes questões como ética, tumor board, técnicas cirúrgicas, novos medicamentos, biologia molecular, inovações, atuação multiprofissional, dentre outros; com intenso envolvimento dos participantes, tanto residentes quanto profissionais do Hospital Haroldo Juaçaba (HHJ), que se uniram para expandir conceitos e compartilhar informações. Realizadas semanalmente há 17 anos, as Sessões Clínicas ajudam a difundir dados, informações e pesquisas avançadas sobre o câncer.
XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DO HOSPITAL HAROLDO JUAÇABA
dando também apoio ao Dinter. Os trabalhos em andamento recebem o apoio de bolsas concedidas pela FUNCAP e pelo ICC. A seleção para as quatro bolsas oferecidas pelo ICC DESTAQUE EM 2016 aconteceu no início de 2016, com a entrega dos 49 sessões clínicas com projetos de pesquisa e planos de trabalho dos candidatos à Secretaria Acadêmica da ECO. No valor de R$ 400 mensais, as bolsas têm a duração de 12 meses e o aluno deve dedicar 20 horas semanais ao programa. O processo seletivo
2.025 participantes
60
Em abril de 2016, a ECO promoveu a 17ª edição do Simpósio Internacional do Hospital Haroldo Juaçaba, cujo tema foi “Apresentação de Casos Cirúrgicos nas Áreas de Urologia e Abdômen”. Os especialistas presentes debateram sobre as novas pesquisas relacionadas ao câncer de próstata, tumor renal e tumor de junção esôfago gástrico, entre outros assuntos fundamentais para o avanço das linhas de pesquisa. Um dos destaques da extensa programação foi a presença do médico cearense com carreira internacional na área de urologia, Dr. Edson Pontes, que veio acompanhado dos médicos norte-americanos Donald Weaver M. D., reconhecido por sua vasta contribuição no campo da cancerologia e Weal Sakr M. D., reconhecido médico patologista da Wayne State University. Com 112 participantes em sua edição mais recente, o Simpósio Internacional INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
do Hospital Haroldo Juaçaba é fruto de uma parceria entre a ECO e Detroit Internacional Research and Education Foundation (DIREF).
I SIMPÓSIO DE FERIDAS E ESTOMIAS O I Simpósio de Feridas e Estomias do HHJ teve a participação de 153 profissionais da equipe multiprofissional e colaboradores do Instituto, contando, também, com a presença de profissionais renomados no cenário de enfermagem dermatológica, como a presidente da Sociedade Brasileira de Enfermagem em Feridas e Estécias (SOBENFeE), Mara Blanck. Durante o Simpósio, foram discutidos temas relevantes para a área, como as novas tecnologias e métodos de atenção ao paciente oncológico, nos mais variados aspectos relacionados a feridas e estomias. Toda a equipe de Enfermagem do ICC foi contemplada com a inscrição.
são obtidas de pacientes que utilizam um determinado serviço de saúde, onde geralmente são submetidos a procedimentos cirúrgicos. Para isso, o paciente deve ser consultado previamente ao procedimento cirúrgico e dar o consentimento de guarda do material a partir do termo de consentimento livre e esclarecido. Existem 41 biobancos nos Brasil. Apenas nove armazenam tumores, sendo dois no Nordeste. O marco regulatório sobre o tema é composto de regulamentações do Conselho Nacional de Saúde, Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
CENTRO DE PESQUISA BIOBANCO Várias pesquisas importantes dependem de informações obtidas por meio de materiais biológicos, que devem ser coletados, armazenados e administrados em estruturas adequadas para fins específicos de pesquisa, obedecendo a normas técnicas, éticas e operacionais pré-definidas. Diante da necessidade de utilização de amostras biológicas para o desenvolvimento da ciência humana, surgiu a necessidade de criação de Biobancos, que são considerados coleções de amostras de material biológico (tecidos, sangue, fluidos corporais) e seus dados clínicos associados. Essas amostras INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
61
Criado em 2011, o Biobanco do ICC é o primeiro banco de tumores do Nordeste, e possui um estoque de amostras tumorais, tecido normal, plasma e buffy coat (creme leucocitário) que já chega a 5.376 amostras. O serviço conta com uma equipe multidisciplinar DESTAQUE EM 2016 composta por médico patologista, biólogo, enfermeiro e técnico de enfermagem, que se dedicam à organização e controle do material coletado.
269 visitas técnicas de alunos da Unifor
O Biobanco do ICC guarda o material genético congelado de várias linhas tumorais. Esse material é proveniente de pacientes atendidos na instituição, com consentimento no momento pré-cirurgico e sem necessidade de procedimento cirúrgico adicional. A coleta do material deve seguir protocolos padronizados, garantindo a preservação do DNA e RNA do mesmo. Após a coleta, esse material é acondicionado em tubos específicos e passa a ser identificada por códigos de barra, garantindo o anonimato, e preservado em sistema de congelamento que assegura a qualidade do material por muitos anos. As amostras armazenadas nos biobancos podem ser utilizadas para vários fins, ajudando a identificar possíveis cânceres ou tumores que têm correlação hereditária e verificando as possíveis epidemiologias genéticas de determinada região, dentre outros benefícios. O ICC tem participado de pesquisas internacionais por meio da Escola Cearense de Oncologia (ECO) e testado novos quimioterápicos, sendo Biobanco uma frente avançada para tratamentos menos mutiladores.
BIOLOGIA MOLECULAR O Laboratório de Biologia Molecular (BioMol) do ICC atua prestando serviço na assistência ao paciente com câncer e na pesquisa científica. O papel do Laboratório é identificar a presença de mutações que possam ser alvos terapêuticos já utilizados na medicina personalizada. Dessa forma, o paciente se beneficia do tratamento oncológico baseado em suas características moleculares. Este serviço foi criado no Laboratório de Patologia Livino Pinheiro por meio da aquisição do equipamento COBAS Z 480 da Roche Molecular Diagnostics. Trata-se do único laboratório de Fortaleza que possui esse equipamento e tecnologia, primando sempre pela agilidade e compromisso com a qualidade no atendimento ao paciente com câncer. A avançada tecnologia da reação em cadeia da polimerase em tempo real (realtimePCR), utilizada para testes moleculares, 62
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
possibilita a identificação de mutações em certos genes, permitindo uma abordagem clínica direcionada das opções terapêuticas. Mutações em genes importantes para o processo tumorigênico, como EGFR, KRAS e BRAF podem direcionar terapias alvo-específicas para o câncer de pulmão, colorretal ou melanoma metastático, respectivamente. Desde janeiro de 2012, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prevê em seu rol de cobertura os testes EGFR e KRAS, desde que seguidas as orientações de utilização previamente determinadas. Recentemente, o HHJ firmou uma parceria que possibilita que o teste de rastreamento da mutação do EGFR seja feito sem custos para o paciente diagnosticado com adenocarcinoma de pulmão, representando uma conquista para os cearenses. Nesse sentido, o laboratório de BioMol segue com perspectivas promissoras e está buscando implementar, também sem custos para esse paciente, o exame de biópsia líquida, que investiga mutações utilizando DNA de células tumorais coletado a partir do sangue, sendo estratégia menos invasiva. Adicionalmente, o laboratório de BioMol foi selecionado pelo Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON) INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
como um local para o estabelecimento de um centro de oncogenética, que buscará a identificação de mutações hereditárias em pacientes e familiares com câncer de mama e câncer colorretal. DESTAQUE EM 2016 Com especialistas e profissionais altamente capacitados, os testes realizados no serviço de de 1.857 pacientes BioMol do HHJ estão no Biobanco de Tumores franqueando a entrada do Hospital na era genômica e na medicina personalizada, possibilitando tratamentos direcionados, a partir das mutações pesquisadas.
5.376 amostras
REAÇÕES DE RASTREAMENTO DE MUTAÇÃO: Total: 89, sendo 78 para assistência e 11 para pesquisa do Dinter intitulada “Perfil ClínicoPatológico, Molecular e Viral do Câncer de Pênis em Pacientes Atendidos em um Centro de Referência no Nordeste Brasileiro”. Adicionalmente, foram realizadas para a pesquisa intitulada “Perfil histopatológico e molecular de melanomas cutâneos no Estado do Ceará”, 37 reações para extração de DNA, sem correspondência com a reação de detecção de mutação no ano de 2016. Vale salientar que esta etapa é indispensável para as reações posteriores da Biologia molecular. 63
EXAMES OFERECIDOS PELO LABORATÓRIO: • EXAME HISTOPATOLÓGICO DE ROTINA:
- Biopsias simples - Peças cirúrgicas simples - Peças cirúrgicas complexas • CITOLOGIA EM GERAL
• EXAME DE CONGELAÇÃO • IMUNOISTOQUÍMICA
- Painel de IHQ de fatores prognósticos do câncer - Painel de IHQ para imunofenotipagem de tumores malignos - Painel de IHQ para detecção de sítio primário de neoplasia metastática • PESQUISA DE HER-2 • SISH • BIOLOGIA MOLECULAR
TOTAL DE REAÇÕES REALIZADAS PARA RASTREAMENTO DE MUTAÇÕES: • 78 EXAMES ASSISTÊNCIA, SENDO:
- 05 BRAF (Mutação V600E) no exon 15 - 73 EGFR (Busca 41 mutações nos éxons 18, 19, 20 e 21) • 11 EXAMES PESQUISA PARA OS SEGUINTES ALVOS:
- 11 EGFR (Busca 41 mutações nos éxons 8, 19, 20 e 21)
PESQUISA CLÍNICA Comprovadamente, as instituições que investem em pesquisa clínica melhoram os processos de assistência, beneficiando de forma direta o paciente ao tornar possível o contato com as mais recentes terapêuticas em câncer. Produzindo conhecimentos essenciais, essa atividade científica consiste numa extensa e cuidadosa investigação em laboratório, onde os pesquisadores desenvolvem e testam novos fármacos em quatro fases sucessivas e necessárias. É por meio da pesquisa clínica que se desenvolvem e validam inovações capazes de prevenir, detectar, diagnosticar, controlar 64
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
e tratar doenças, sob supervisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Primeiro do Norte e Nordeste, o Centro de Pesquisa Clínica do Instituto do Câncer do Ceará realiza estudos clínicos de fase II, III e IV, assim como de acesso expandido, em âmbito nacional e internacional. Treinados a partir das diretrizes do Good Clinical Practice, os profissionais envolvidos seguem os parâmetros éticos estabelecidos para a matéria, adotando práticas que se baseiam em evidências científicas efetivas e seguras para o paciente.
466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). O Conselho mantém reuniões periódicas para avaliar o cumprimento das normas técnicas e éticas dos projetos relatados, normalmente, as reuniões mensais ocorrem na última quinta feira de cada mês. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) é cientificada da aprovação dos projetos por meio da Plataforma Brasil.
LINHAS DE PESQUISA • CLÍNICA E CIRÚRGICA
- Aspectos Especiais na Terapia do Câncer - Biologia Celular e Molecular de Tumores - Efeitos Adversos da Terapia Oncológica - Qualidade de Vida em Pacientes Oncológicos • EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER
- Fatores de Risco do Câncer - Mortalidade e Morbidade por Câncer
PESQUISA ACADÊMICA Não é possível manter-se na vanguarda do conhecimento sem investir em pesquisa acadêmica. No caso da ECO, os pesquisadores atuam em diversas áreas ligadas à cancerologia, seja com estudos próprios ou a partir de parcerias firmadas com instituições de ensino superior - tais quais: UFC, UECE, Unichristus e A.C. Camargo Cancer Center, as atividades de pesquisa da instituição recebem apoio de fomento de diversas agências, em 2016 o apoio recebido, através de projetos aprovados em editais da FUNCAP, foi significativo. A atividade é importante na condução dos programas de pós-graduação da ECO e se organiza em grupos registrados no CNPq.
COMITÊ DE ÉTICA E PESQUISA (CEP) Criado em 22 de outubro de 2003, o Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto do Câncer do Ceará (CEP) é uma organização independente, de natureza técnico-científica e deliberativa, que tem por finalidade acompanhar, avaliar e supervisionar as pesquisas envolvendo seres humanos realizadas por iniciativa do ICC. Nove membros titulares e dois suplentes formam o grupo interdisciplinar do CEP, que a exemplo dos órgãos colegiados dessa natureza é amparado na Resolução INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
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“ Dra. Heloisa Magalhães, ex-residente do ICC, aluna do programa de Dourado da ECO e médica mastologista do HHJ
Formei-me pela Universidade Federal do Ceará, em 2006. Havia feito minha primeira Residência Médica em Cirurgia Geral no HGF. O ICC me surpreendeu com o nível de organização, digno das excelentes assistências privadas conhecia, e isso tudo disponível também para o SUS. Além disso, me impressionou o corpo de médicos preceptores, unidos em prol do serviço e com bom estímulo à área de treinamento científico, não apenas na assistência. Isso tudo foi fundamental para que eu fizesse uma segunda Residência lá. O ICC tornou-se minha casa, onde amadureci como profissional e como ser humano. Tive um maior contato com pesquisas científicas e aprendi a dar conferências, o que antes era um grande desafio para mim. Os preceptores tinham uma atitude de acolhimento, demonstrando prazer em ensinar. Hoje, são importantes amigos. Os colegas também me marcaram e foram fator de motivação nos estudos, além de verdadeiros amigos. Ao terminar a residência, passei a fazer parte do corpo clínico. O Doutorado na ECO. foi fundamental para meu amadurecimento científico. Passei na seleção com o projeto “Imunoexpressão da via de sinalização Notch no carcinoma invasor da mama e sua associação prognóstica”, iniciado em 2013.
“
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INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
“ médico radioterapeuta, ex-residente do ICC
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
“
Dr. Carlos Heli Bezerra Leite,
Graduei-me pela UFC em 2001. Ainda como estudante, cursando a disciplina de Oncologia, tive contato com o ICC e percebi minha afinidade pela área e pela instituição. Sua grandeza, sua importância histórica, a competência do corpo clínico e o compromisso com o ambiente acadêmico foram os motivos que me levaram a fazer Residência Médica no ICC, após um processo seletivo competitivo e cansativo. Já no staff da instituição, fui, por quase quatro anos, coordenador da Residência Médica, função esta que muita honra me trouxe, além da responsabilidade de prezar pela formação de profissionais que atuariam numa área tão relevante, que é a cancerologia. Um sentimento de orgulho é inevitável ao vermos ex-residentes nossos passando a compor o corpo clínico de forma tão segura e brilhante. Foi embalado pelo espírito acadêmico do ICC e motivado por grandes nomes da casa, como o saudoso Dr Ronaldo Riberio, Dr. Fernando Bastos e Dr. Marcos Venício Alves Lima, dentre outros, que mergulhei no programa de Doutorado Interinstitucional, que culminou com a minha defesa, em janeiro de 2017, da tese que teve como foco a retite actínica. Enfim, a rotina no ICC é árdua, mas as dificuldades são atenuadas pela excelente relação com as mais diferentes áreas, e pelo revigorante sentimento de gratidão por parte dos pacientes.
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NÚMEROS DA ECO EM 2016 DIVERSOS DINTER
11 alunos (10 alunos regulares e 1 concludente)
RESIDÊNCIA MÉDICA
31 residentes
RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL
24 residentes
PROJETOS DE PESQUISA
58 projetos
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA
12 alunos (11 bolsistas e 1 voluntário)
BIOBANCO DE TUMORES
5.376 amostras com 1.857 pacientes
SESSÃO CLÍNICA
49 sessões com 2.025 participantes
PROGRAMA DE APRIMORAMENTO EM FÍSICA MÉDICA
Encerrado
CURSOS CURSOS
TÍTULO
CURSO DE EXTENSÃO
Curso de Oncologia Básica
54
CURSO INTERNO
I Curso de Metodologia da pesquisa na área da saúde
28
Curso de Diagnóstico Histopatológico dos Tumores Mesenquimais
10
TOTAL DE INSCRITOS
92
TOTAL
SIMPÓSIO TÍTULO
TOTAL DE INSCRITOS
XVII Simpósio Internacional do Hospital Haroldo Juaçaba - ICC
112
I Simpósio de Féridas e Estomias do Hospital Haroldo Juaçaba
153
TOTAL
256
ESTÁGIOS ÁREAS AFINS CURSOS
68
TOTAL DE ALUNOS
ENFERMAGEM FAMETRO 2016.1
27
ENFERMAGEM FAMETRO 2016.2
14
TOTAL
41
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
ESTÁGIOS SERVIÇO
ELETIVO/RESIDÊCIA
INTERNATO/GRADUAÇÃO
URO-ONCOLOGIA
3
0
MASTOLOGIA
4
0
ONCOLOGIA CLÍNICA
3
2
GINECOLOGIA
30
5
TOC
8
1
UTI
0
0
RADIOLOGIA
6
1
RADIOTERAPIA
3
0
CIRURGIA ABDOMINAL
5
0
CABEÇA E PESCOÇO
0
0
CIRURGIA PLÁSTICA
4
0
TOTAL
66
9
ESTÁGIOS DE FUNCIONÁRIOS CURSOS
TOTAL DE ALUNOS
TÉCNICO EM RADIOLOGIA
3
SEGURANÇA DO TRABALHO
1
PSICOLOGIA/RH
1
LABORATÓRIO ANÁLISES CLÍNICAS
1
TOTAL
6
VISITAS TÉCNICAS CURSOS VISITAS TÉCNICAS UNIFOR
TOTAL DE ALUNOS 269
VISITAS TÉCNICAS E ENTREVISTA COM PROFISSIONAIS
41
LIGA DE ONCOLOGIA - UECE
2
LIGA DO CÂNCER - UFC
3
PET MEDICINA - UFC
1
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
69
RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO SOCIAL
70
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
Dra. Lúcia Alcântara
Débora Boni
Presidente da Rede Feminina do ICC
Superintendente de Responsabilidade Social do ICC
MUITOS PLANOS, COM NOVAS TRANSFORMAÇÕES Imagine uma casa ideal. Qual seria? Certamente, um lugar com móveis novos e funcionais. Com cadeiras, camas, tevê, quartos limpos, cozinha bem equipada. Tudo o que uma pessoa precisa para se sentir bem. É assim a Casa Vida, que desde 2015 ocupa uma nova e ampla sede, em frente à Lagoa do Porangabussu, e que em 2016 ganhou o mobiliário que faltava para complementar as transformações. Isso foi possível graças aos recursos do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que nos permitiram guarnecer todas as acomodações com a mobília mais adequada à uma instituição cuja missão é acolher. Foi um salto gigantesco de qualidade, que viabilizou a promoção de um número maior de atividades. Hoje, quando os visitantes chegam à Casa, ficam encantados. Porém, ninguém está feliz mais feliz do que nós do ICC, que trabalhamos para que isso acontecesse. A Casa Vida, como todos sabemos, é um grande centro de acolhimento há mais de 40 anos. Além de hospedar os pacientes do interior que fazem quimioterapia, radioterapia ou algum tipo de tratamento no Hospital Haroldo Juaçaba, acolhe pessoas que vêm a Fortaleza apenas para realizar um exame. Os chamados pacientes-dia estão aumentando cada vez mais, por isso INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
trabalhamos fortemente para dar-lhes conforto e suporte. Como dependem das ambulâncias contratadas pelos municípios para retornarem às suas cidades, eles têm a opção de aguardar a hora do retorno na Casa Vida, onde encontram uma estrutura confortável e todo o apoio possível. Isso já era feito, mas em 2016 pôde ser reforçado, abrindo espaço para as melhorias que virão em 2017. Qualidade de vida é a expressão que mais trabalhamos junto aos hóspedes. Procuramos humanizar a acolhida e suavizar a estadia dos que estão conosco – muitas vezes enfrentando momentos dolorosos para toda a família. Oficinas de trabalho manual, aulas de arte, laboratório de maquiagem e outras formas de entreter, instruir e inspirar são costumeiramente ofertadas. Em 2016, dois professores se voluntariaram para dar aulas de alfabetização. Foi uma experiência muito boa, apesar do pouco tempo que alguns pacientes ficam conosco. Eles saíram da Casa levando consigo a faísca do aprendizado e podem prosseguir em seus municípios, pois já viram que aprender a ler é um sonho possível. A partir disso, nós incluímos no projeto do Pronon a montagem e organização de uma biblioteca. Conhecemos outras instituições similares, e podemos dizer, sem medo de errar, que a Casa Vida é extremamente organizada e dinâmica. Aqui, criou-se uma cultura – que hoje está disseminada entre pacientes, acompanhantes e voluntários – de limpeza, cuidado e esmero no ordenamento, para que todos tenham o conforto que merecem. Conseguimos manter este padrão, porque todos se sentem responsáveis. A Casa Vida é nossa, e prossegue cada vez mais aberta a quem dela precisa. É esse o preceito definidor da Rede Feminina do ICC, fundada por Heloisa Juaçaba e Dolores Alcântara para manter acesa a chama da solidariedade e do afeto. 71
ACOLHENDO MELHOR A Casa Vida ocupa uma sede de quatro andares e 3.800 m2, seis vezes maior que a anterior. Ela foi criada para acolher pacientes e acompanhantes vindos do interior que não tenham condições financeiras nem suporte de hospedagem em Fortaleza. O processo de ingresso é simples e começa com o médico responsável pelo tratamento no HHJ, que encaminha o paciente para o Serviço Social do ICC, a fim de que possam ser coletados os seus dados e conferido o seu perfil. Depois disso, o paciente já é recebido pela Casa. Durante todo o tempo em que durar o tratamento, ele tem direito a um acompanhante. Ambos recebem seis refeições por dia. Em 2016, foram oferecidas um total de 12.102 refeições. Para ser erguido, o novo prédio contou com a colaboração da Receita Federal, empresas privadas, diversos setores da sociedade civil e voluntários. Todas as janelas dos quartos se abrem para a Lagoa do Porangabussu, e as instalações são amplas, aprazíveis e bem iluminadas. Dos quatro andares, três são para internação e um para atividades ao ar livre. A estrutura inclui refeitório e salas de convivência para jogos, atividades e terapias. Nos espaços multiuso, são promovidos eventos nas datas comemorativas, como o
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Dia da Mulher, Natal e Dia das Mães, assim como festas de aniversário, oficinas de arte e eventos culturais. Aqui, muitas histórias de dor se transformam em momentos de partilha, esperança, apoio, incentivo e força.
CUIDADOS MULTIPROFISSIONAIS Os nutricionistas, farmacêuticos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas que formam a Equipe Multidisciplinar do ICC fazem visitas regulares e avaliações semanais aos pacientes hospedados na Casa Vida, reforçando a teia de cuidados cujo coração é o tratamento realizado no HHJ. Além de um abrigo onde pode comer, dormir, tomar banho, conviver com outras pessoas na mesma situação e atravessar com segurança todo o período do tratamento, o paciente encontra na Casa Vida um “bolsão” de acolhimento plenamente conectado ao Hospital Haroldo Juaçaba. Em 2016, uma novidade foi introduzida para trazer ainda mais conforto ao paciente e proatividade ao tratamento. Agora, os hóspedes da Casa Vida que estão utilizando o serviço de Radioterapia podem fazer
INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
o tratamento à noite, sendo levados e recolhidos por um veículo com motorista. Essa medida aumentou a capacidade de atendimento no setor. Com 10 funcionários, a “alma” da Casa Vida continua sendo o grupo formado por 250 a 300 voluntários, que ajudam nas mais diversas atividades e viabilizam uma logística de funcionamento bastante organizada.
GRUPO DE APOIO BEM VIVER Emoção e compartilhamento são duas palavras que acompanham o Grupo de Apoio Bem Viver desde o início. A ideia de reunir mulheres mastectomizadas em tratamento no Hospital Haroldo Juaçaba resultou em encontros cheios de histórias, solidariedade, conforto mútuo e superação. Com o acompanhamento de uma psicóloga e de uma assistente social, as rodas de conversa trabalham aspectos sociais, emocionais e de autoconfiança, estabelecendo pontes de apoio a partir da troca de experiências. O diálogo estabelecido permite às mulheres terem uma nova visão do tratamento e das mudanças que o acompanham. Sentindo-se plenamente aceitas e compreendidas, a tendência das pacientes é combater a ansiedade, recuperar o ânimo e focar em atitudes que tragam bem estar e qualidade de vida.
MINGAU DO BEM Um mingau que faz o bem e que, às vezes, é a primeira ou única refeição do paciente que acaba de chegar do interior para uma consulta ou tratamento. Apelidado de “mingau do bem”, ele é servido diariamente pela equipe de voluntários no Ambulatório Corina Parente, nos ambulatórios de Radioterapia e Quimioterapia e na Casa Vida. Um gesto simples que serve para restaurar o ânimo abatido, trazer mais disposição e propiciar um sentido de acolhimento que traduz a essência do compromisso social assumido pelo ICC. O processo de produção é tocado pela equipe de Nutrição da casa de apoio, INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
que utiliza mensalmente 10.000 copos descartáveis, 1.300 litros de leite, 20 de açúcar e cerca de 300 latas de produtos como Mucilon e Farinha Láctea.
A ARTE DE SE DOAR Em 2016, o número de voluntários da Casa Vida se manteve estável. São consideradas voluntárias as pessoas que dedicam um dia da semana ao Instituto do Câncer do Ceará. Com diferentes profissões e classes sociais, 73
PRÉ-REQUISITOS PARA SER VOLUNTÁRIO DO ICC • Ter mais de 18 anos; • Ter tempo disponível (quatro horas, uma vez por semana); • Não desenvolver atividade profissional na área da saúde ou afins; • Não ter interesse em trabalhar como profissional remunerado do ICC.
atender determinados requisitos. Para desempenhar suas funções de acordo com o padrão de acolhimento da Casa Vida, todos passam por capacitações e treinamentos, ajudando a manter a ordem, a limpeza e o bom funcionamento da unidade.
REDE FEMININA
são cidadãos que trazem em comum o desejo de ajudar o próximo, oferecendo conforto, aliviando a dor, ouvindo e contando histórias, ensinando uma nova habilidade e garantido que a estrutura interna funcione bem. “Os voluntários trabalham fortemente o reforço da imagem dos pacientes e a organização da Casa Vida. Sem eles, não conseguiríamos fazer tudo o que fazemos. Eles se doam de forma impressionante e, para nós, são imprescindíveis”, afirma a Superintendente de Responsabilidade Social do ICC, Débora Boni. Disponíveis, dedicados e engajados, os voluntários não são remunerados e precisam 74
Criada em 1954, a Rede Feminina do ICC já nasceu solidária. As fundadoras Heloísa Juaçaba e Dolores Alcântara estabeleceram como missão apoiar o paciente com câncer a partir de campanhas educativas e eventos de arrecadação de recursos. O foco sempre esteve no auxílio às pessoas carentes, e o caminho escolhido passa pela sensibilização da sociedade, com destaque para empresários e instituições públicas e privadas. Um dos primeiros trabalhos da Rede Feminina aconteceu no dia 13 de novembro de 1954, quando um desfile de moda foi organizado no Ideal Clube para arrecadar recursos para o ICC. Essa promoção viabilizou a compra de materiais específicos para atendimento de pacientes com câncer de colo uterino, o tumor maligno de maior incidência na época. Depois disso, as ações se expandiram e conquistaram novas frentes, culminando com a inauguração da Enfermaria Carmem Prudente, hoje conhecida como Casa Vida. “Atualmente, as ações da Rede Feminina do ICC estão voltadas para o atendimento realizado na Casa, que está sempre procurando acolher mais e com melhor estrutura. Nós sabemos o quanto o tratamento contra o câncer pode abalar a INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
confiança e a disposição de uma pessoa – e não só dela, mas também de toda a sua família. Por isso, estamos cada vez mais convictos da importância de continuar buscando novas fontes de recursos e parcerias”, comenta a Dra. Lúcia Alcântara, atual presidente da Rede Feminina do ICC.
PROJETOS DE DESTAQUE EM 2016 PRONON: RECURSOS VIABILIZAM GRANDES MUDANÇAS Instituído pela Lei 12.715/12 do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon) tem como finalidade captar e canalizar recursos para a prevenção e o combate ao câncer. Pessoas físicas e jurídicas que contribuírem com INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
doações para projetos nessas duas áreas poderão se beneficiar de deduções fiscais no Imposto de Renda. O programa funciona voltado às instituições de saúde, que podem captar doações via dedução fiscal. Em 2015, A Casa Vida foi contemplada pelo Pronon. Intitulada “Projeto Nova Casa Vida: Ampliação e Qualificação da Casa de Apoio do ICC”, a proposta apresentada teve como objetivo gerar mais conforto e contribuir para o apoio psicossocial de 120 hóspedes da nova Casa Vida. O ICC conseguiu captar para o projeto a quantia de R$ 2.494,828,99. Os recursos foram alocados em 2016, a partir da doação das seguintes empresas: Vivo, Santander, Instituto Avon, Banco do Nordeste, Café Três Corações, Construtora Marquise, Ecofor, Ecosasco e M Dias Branco. Com uma demanda sempre além de sua capacidade instalada, a Casa Vida realizou o sonho de uma nova sede após cinco anos de obras e muito empenho. Depois de erguida a estrutura, porém, fazia-se necessário equipar, mobiliar e manter o novo lar. O Pronon possibilitou que isso acontecesse. Com o aumento da capacidade instalada, a Casa passou a hospedar 120 pessoas com conforto e qualidade. O quadro funcional foi acrescido de novos colaboradores, e o grau de satisfação dos pacientes tornou-se visível. A nova infraestrutura também afetou diretamente o Hospital Haroldo Juaçaba, 75
que pôde aumentar sua capacidade de atendimento em radioterapia, recebendo os pacientes hospedados na Casa Vida no período noturno, um novo turno criado. Agora, esses pacientes se deslocam com segurança num veículo com motorista, responsável pelos traslados diários. Paralelamente, há uma equipe organizada para recebê-los na volta à Casa. Um segundo veículo viabilizou a busca ativa de doações, o que antes não acontecia. A nova cozinha recebeu equipamentos compatíveis com o trabalho de uma grande casa de acolhimento. “Não perdemos mais os insumos por falta de uma geladeira
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no tamanho ideal, e a qualidade das refeições melhorou sensivelmente”, garante a superintendente Débora Boni, complementando que o espaço melhor equipado possibilitou aumentar a demanda para atender os chamados pacientes-dia. “Eles vêm para um exame ou consulta e voltam para suas cidades no mesmo dia, não precisando de hospedagem. Antes, ficavam horas aguardando nas salas de espera e arredores do Hospital, muitas vezes sem recursos para alimentação, já que a prefeitura de suas cidades os traz logo cedo e retorna à noite, independente do seu horário de agendamento com o hospital”.
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AUTOESTIMA EM DIA Uma parceria firmada com a ONG Internacional ABHIPEC, que tem uma filial sediada em São Paulo, possibilitou que a Casa Vida recebesse kits de maquiagem – com protetor solar, batom, blush, rímel e outros itens de primeira linha – para distribuição entre as internas. As voluntárias do grupo de apoio Bem Viver foram treinadas por uma equipe que veio de São Paulo especialmente para ensinar como dar aulas de maquiagem. Esse é um pequeno exemplo de como a Casa Vida trabalha no fortalecimento da autoestima das pessoas, uma medida que traz alívio imediato e influencia nas condições gerais de saúde. Todos os meses, uma nova oficina de maquiagem é oferecida gratuitamente, com direito a café da manhã e capacidade para 12 alunas. Em 2016, foram realizadas seis oficinas. Fortaleza foi a segunda cidade nordestina a receber o projeto De Bem com Você - a Beleza Contra o Câncer, que tem como origem um projeto norte-americano lançado na década de 1980. Os atendimentos recebem a contribuição de empresas patrocinadoras, com o apoio da Sociedade Brasileira de Cancerologia e a Sociedade Brasileira de Dermatologia, entre outros.
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Importante também citar a campanha de doação de perucas para pacientes com queda de cabelo decorrente da quimioterapia. “Já doamos 25 perucas através de ações de autoestima”, comenta Débora Boni, chamando a atenção para a arrecadação de cabelo para a confecção das perucas a serem doadas.
CAMPANHAS QUE CONSCIENTIZAM E INFORMAM OUTUBRO ROSA O Outubro Rosa marca a luta mundial da contra câncer de mama, enfermidade que, somente no Ceará, apresenta mais de 2.000 novos casos por ano. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. Esse tipo de câncer é o que mais mata mulheres no
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Brasil e, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é segundo tipo mais frequente no mundo, respondendo por 22% dos novos casos a cada ano. Para enfatizar o empoderamento da mulher – que deve cuidar da saúde para viver mais e melhor – o Instituto do Câncer do Ceará lançou, em 2016, a Campanha Outubro das Poderosas: Previna, Cuide e Inspire,com uma vasta programação que se desdobrou durante todo o mês e que teve grande adesão de mulheres de todas as idades. Entre as diversas atividades ligadas à promoção da saúde, qualidade de vida e bem estar, destacaram-se palestras, distribuição de material informativo, oficinas de culinária saudável, automaquiagem, aulas de yoga, oficina de pilates, alongamento, customização de camisetas, bate papos e vídeos com especialistas. Uma das grandes novidades dessa edição aconteceu no dia 13 de outubro, quando o ICC, em parceria com o RioMar Fortaleza, lançou o Espaço Rosa, com uma Mostra Interativa que teve exposição fotográfica, pocket shows e o lançamento da Pulseira Laço de Amor, criada pela Doratto em prol da campanha. Da abertura até 23 de outubro, ações de conscientização e autoestima foram promovidas em parceria com os apoiadores. Sucesso em 2015, o Passeio Rosa aconteceu novamente, repetindo a parceria do ICC com o Instituto Avon. Os interessados puderam adquirir o kit com camiseta, protetor solar, esmalte e viseira do passeio, a venda INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
nos Mercadinhos São Luiz, Lojas Despojada, Doratto, Salão Rituale It Space e academias Central do Corpo Training Club. Com saída às 7h da manhã do dia 23 de outubro na Avenida Beira Mar, o II Passeio Rosa reuniu mais de 3.000 pessoas, que pedalaram do Aterro da Praia de Iracema à Praça dos Estressados. O evento contou com trio elétrico e a animação do grupo Unidos das Cachorras, Di Ferreira e Super Banda. Durante todo o mês de outubro, o Instituto realizou palestras em diversas empresas e promoveu eventos alusivos ao tema. Ações de apoio ao paciente, como sessões de automaquiagem, embelezamento e musicoterapia aconteceram no Hospital Haroldo Juaçaba e na Casa Vida. Mais de 1.000 camisetas da campanha foram confeccionadas em dois modelos exclusivos e postos à venda no ICC e no Espaço Rosa.
NOVEMBRO AZUL Na campanha Novembro Azul, voltada para a prevenção do câncer de próstata, o Instituto do Câncer do Ceará (ICC), em parceria com a Central do Corpo e apoio da Cagece, promoveu a primeira edição do Passeio Azul. A intenção foi chamar a atenção para o câncer de próstata, que é o mais comum entre os homens, mas que pode ser facilmente evitado 79
com exames periódicos. A desinformação ainda é o principal empecilho para a redução do número de casos, daí a importância das campanhas de prevenção. Com concentração de ciclistas e famílias no Shopping Center Iguatemi, no dia 27 de novembro, a partir das 7h. o evento contou com equipe de apoio com carro de som, ambulância e batedores controlando o trânsito. Os participantes puderam adquirir o kit personalizado do evento com antecedência nos pontos de venda (academias Central do Corpo, Lojas Crocs e Supplements do Iguatemi e ICC). Para marcar o final do Passeio, foi programado um aulão de ritmos. “O ICC sabe da importância de promover ações que unam conscientização e promoção da saúde. Queremos conscientizar os homens sobre o valor da prevenção do câncer de próstata, da importância de adotar hábitos saudáveis e ir ao médico regularmente para realizar os exames que podem detectar a doença precocemente”, ressalta Vanessa Benigno, Gerente de Marketing do ICC, para quem o primeiro Passeio Azul tem tudo para ganhar mais força a cada ano. 80
AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E RH DISTRIBUIÇÃO DE KITS ESCOLARES No início de 2016, os colaboradores do ICC que têm filhos em idade escolar foram beneficiados pelo Projeto Kit Escolar do ICC. As crianças entre três e seis anos receberam tesoura, canetinhas, cola, lápis de cor, giz de cera e massa de modelar. Já os meninos e meninas de sete a 12 anos, receberam tesoura, régua, lápis de cor, apontador, borracha, cola, lápis, canetinhas, cadernos grandes e folhas de ofício. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
Iana Dinis, Gerente de RH resume a relevância da iniciativa: “Este projeto permeia a busca pela satisfação dos nossos colaboradores, entendendo que esta ação está diretamente relacionada com algo muito valioso, a maior herança que os pais podem deixar para seus filhos: a educação”.
UM NATAL INESQUECÍVEL Todos os anos, o ICC e seus voluntários unem esforços para manter vivo o espírito natalino entre pacientes, familiares e colaboradores. Em 2016, no dia 14 de dezembro, um almoço especial de Natal movimentou a Casa Vida, ao mesmo tempo em que diferentes comemorações aconteciam em outros setores do Instituto. O Coral do ICC se apresentou durante todo o dia em variados locais da instituição, e os pacientes que estavam no setor de Radioterapia, no Núcleo de Atendimento Complementar (NAC) e no setor de Oncologia Clínica se divertiram com musicoterapia, distribuição de presentes e café da manhã. Além do almoço especial, os pacientes hospedados na Casa Vida e seus acompanhantes participaram da confraternização e receberam presentes dos voluntários da entidade que, por meio de um mutirão, conseguiram arrecadar produtos de higiene e cestas básicas.
aberta a colaboradores, voluntários, pacientes, acompanhantes e demais interessados. Durante os dois dias de programação, houve palestras sobre nutrição e saúde do intestino, degustação de produtos saudáveis, momentos de relaxamento com aulas de Tai Chi Chuan, oficina de páes artesanais e – o que é mais importante – muita troca de informação.
COSTUME SAUDÁVEL Lançada pelo Instituto do Câncer do Ceará nos dias 09 e 10 de julho, a campanha “Cuidar é Nosso Costume” propôs uma troca de informações com o público do Festival Costume Saudável, promovido pelo Mercadinhos São Luiz no estacionamento do Shopping RioMar. Mais uma vez, o objetivo enfatizar o trabalho do ICC como instituição que previne, diagnostica e trata o câncer de forma efetiva, eficiente e humanizada. Com uma grande estrutura de 6.753,48 m2 adaptada para receber um público de mais de 10 mil pessoas, a nova edição do Festival Costume Saudável contou com talk-shows, palestras, feira de produtos orgânicos, palco cultural e outras atrações. Uma camiseta com a marca “Cuidar é Nosso Costume”, foi elaborada como forma de
PRINCIPAIS EVENTOS 7ª SEMANA VIVA + SAÚDE Nos dias 04 e 05 de agosto, em comemoração ao Dia Nacional da Saúde, o ICC organizou a 7ª Semana Viva + Saúde, INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
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dialogar com o público do Festival que recebeu cartas escritas por colaboradores, médicos e pacientes do ICC, com mensagens sobre o significado do “cuidar”. Num gesto de estímulo à interatividade, as cartas poderiam ser respondidas, mostrando que a troca cuidados e informações gera benefícios para todos.
FEIRA MASSA Mais uma vez, o Instituto do Câncer do Ceará levou uma vasta programação para os participantes da V Edição da Feira Massa, que aconteceu entre os dias 1° e 7 de agosto, na Praça Hermes Ferreira, na comunidade da Barra do Ceará. Dentre as atividades realizadas pela Caravana ICC, que se faz presente desde a primeira edição do evento, podemos destacar a Oficina da Saúde Conversando Sobre o Câncer, que capacitou agentes comunitários de saúde, promovendo, também, visitas guiadas ao Instituto, para que os agentes pudessem conhecer as instalações, a história da instituição e a estrutura oferecida aos pacientes. Além da Oficina de Saúde, houve atividades interativas, como aulões de alongamento, festival de sucos naturais e brincadeiras para todos os públicos. A Feira Massa é uma excelente oportunidade para 82
chegar cada vez mais perto das comunidades, levando informações importantes. sobre o câncer e seus sintomas, tratamentos, diagnósticos e prevenção.
TELEMARKETING: CONTATO SOLIDÁRIO Desde 1999, o serviço de Telemarketing do Hospital Haroldo Juaçaba é um aliado indispensável para a arrecadação de doações que garantem o tratamento de um enorme número de pacientes. Já são 17 anos de um trabalho diário e bem orquestrado, em que os operadores se empenham em divulgar o trabalho do ICC, sensibilizar a população e convidar as pessoas a fazerem parte dessa boa causa, na medida de suas possibilidades, por meio de um valor mensal ou de auxílios esporádicos. As doações podem ser realizadas através dos mensageiros ou descontadas na conta de energia, graças à parceria com a ENEL no Programa Conta Comigo. A doação pelo boleto da luz tem a vantagem de poder ser feita de qualquer município do Ceará. Os valores arrecadados se destinam às várias etapas e setores de atendimento, como diárias de internação e sessões de radioterapia. INSTITUTO DO CÂNCER DO CEARÁ RELATÓRIO ANUAL 2016
COMUNICAÇÃO EM 2016 A comunicação é uma premissa estratégica para o ICC. São vários os canais utilizados para o alinhamento interno, junto aos colaboradores, equipe de saúde e voluntários, bem como para o mercado. Para cada público, são desenvolvidas ações, campanhas e eventos que resguardam e expressam os valores e missão do Instituto. O Jornal ICC Comunica é uma das principais ferramentas de comunicação interna, juntamente com o Comitê de Comunicação, formado por mais de vinte colaboradores de várias áreas, que se reúnem mensalmente sob a coordenação da gerência de Marketing. Com quase dez anos de atuação, é um canal de troca de informações já consolidado entre a alta gestão e os colaboradores para a atualização e o alinhamento de assuntos que vão desde a melhoria da comunicação até as estratégias ligadas ao futuro do negócio. A cada ano, damos a oportunidade para que novos colaboradores participem do Comitê para que as equipes se mantenham coesas, integradas e engajadas em todas as ações internas e de mercado. Eles são os multiplicadores das informações e têm papel estratégico num processo de comunicação transparente e sem ruídos. Importante veículo de comunicação
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com a sociedade e DESEMPENHO DO ICC com o mercado, a NAS REDES SOCIAIS Revista Conexão ICC • Pessoas alcançadas: 2.110.460 é semestral e tem uma tiragem de 2.000 • Curtidas: 33.782 exemplares. Com 18 • Compartilhamentos: 11.110 edições já publicadas, traz temáticas • Curtidores: 20.838 sobre atualidades • Posts produzidos: 522 na oncologia, pesquisas, entrevista, interdisciplinaridade, gestão, esclarecimento de dúvidas sobre os vários tipos de câncer, além de um panorama sobre as novidades que acontecem no Hospital Haroldo Juaçaba, Escola Cearense de Oncologia e Casa Vida. Em 2016, o ICC esteve presente em importantes eventos, desde os científicos, como o VII Breast Cancer Weekend, até os mais populares, como a Feira Massa, da plataforma Vós. As mídias sociais são canais de comunicação do Instituto para se relacionar com o pacientes e a população, no intuito de engajá-los nos cuidados com a saúde, proporcionar um espaço para compartilhamento de histórias e atualizá-los sobre as atividades e novidades da instituição. Com uma atuação diversificada, interativa e informativa as redes sociais do ICC alcançaram números expressivos. Na fanpage foram 2.110.460 pessoas alcançadas através dos 522 posts produzidos. O ICC também está presente
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QUADRO-RESUMO DE INSERÇÕES NA MÍDIA Janeiro: 49 Fevereiro: 50 Março: 43 Abril: 56 Maio: 43 Junho: 35 Julho: 76 Agosto: 15 Setembro: 9 Outubro: 189 Novembro: 125 Dezembro: 34 TOTAL: 724
no Instagram, Twitter e YouTube. Um novo site já está sendo preparado e, dentre as inovações, os pacientes e visitantes terão a possibilidade de realizar pré-agendamento de consultas e exames, entender o passo a passo para o tratamento no ICC e sobre a linha de cuidado, buscar por especialistas do corpo clínico e informar-se sobre horários de visita, enviar mensagens para os pacientes internados e fazer doações através do paypal e pagseguro. O novo portal proporcionará uma aproximação mais efetiva entre o HHJ e seus clientes “O site será mais moderno, interativo e funcional, incorporando novas tendências de design. O resultado será um ambiente visualmente clean, com navegação ágil e intuitiva e linguagem objetiva”, afirma Vanessa Benigno, Gerente de Marketing do ICC.
Durante todo o ano, as ações realizadas pelo Instituto do Câncer do Ceará tiveram divulgação e grande visibilidade em importantes espaços da mídia local. Em janeiro, houve inserções nos principais veículos de comunicação sobre o livro do Dr. Haroldo Juaçaba, o ICC na Feira Massa e o treinamento dos voluntários. No mês seguinte, os assuntos de destaque foram a Sessão Clínica com o médico americano Omer Kuck e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Em março, o Dr. Ércio Ferreira Gomes concedeu uma entrevista para a televisão sobre o VII Breast Cancer Weekend e o professor Manfredo Lins falou sobre a Iniciação Científica da ECO. Abril e maio foram meses fundamentais para o planejamento de mídias sociais, com reunião da equipe de comunicação, pesquisa de temas e produção de textos. Também divulgou-se amplamente o Simpósio de Feridas e Estomias e o Dia Mundial de Combate ao Câncer (celebrado em 08 de abril). No período seguinte, entre junho e agosto, foi produzido conteúdo sobre o andamento das obras do Anexo II, a doação de fraldas para a Casa Vida, o projeto De Bem com Você e a participação do ICC em eventos como o Costume Saudável e a Feira Massa. Finalmente, nos quatro últimos meses do ano, o Instituto divulgou maciçamente a programação do Outubro Rosa, do Novembro Azul e dos festejos natalinos, conclamado a conscientização e a participação solidária de todos.
PRÊMIO RIOMAR MULHER Médica formada em 1971 pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e primeira radioterapeuta do estado, a Dr. Lúcia Alcântara recebeu em 2016 o Prêmio RioMar Mulher, que está em sua 2° edição e prestigia mulheres que são exemplos de sucesso e determinação em diversos setores. Tendo entrado para a equipe de Radioterapia do Instituto do Câncer do Ceará em janeiro de 1975, Lúcia Alcântara tornouse uma referência na instituição - tanto é que, em 2012, o Centro de Radioterapia do ICC foi batizado com o seu nome. Com mais de 40 anos dedicado à luta contra o câncer, Lúcia discursou em nome das outras nove homenageadas pelo Prêmio. 84
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“ Francisco de Assis Severiano de Sousa, paciente do ICC e hóspede da Casa Vida
Eu descobri muito repentinamente que estava doente. Comecei a sentir dores, fui ao médico, fiz os exames e foi constatado que era câncer de próstata. Isso faz pouco mais de um ano. Como sou de Sobral, comecei o tratamento aqui mesmo. Fui encaminhado para a cirurgia, mas, para a minha surpresa, o PSA continuou muito alto. Tomei injeções, e índice permaneceu alterado. Meu médico me mandou para o ICC, onde tive uma ótima recepção. Devido ao tratamento, que incluía radioterapia, fiquei três meses na Casa Vida, onde fazia seis refeições por dia e fui muito bem acolhido. Fui com a minha esposa, Maria, que passou por tudo o que passei. Meu tratamento ainda não terminou. Tenho retorno marcado para o ICC no dia 20 de dezembro. Eu encaro naturalmente a doença, sem preconceito e com confiança. Quero ficar bom para continuar minha vida normal. Tenho seis filhos e espero ver meus nove netos crescerem.
“
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