ANO XIV – EDIÇÃO 101 – AGOSTO/DEZEMBRO 2017 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
RE FOR MA TRA BA LHIS TA 15 FRASES QUE FAZEM AS PESSOAS DESCONFIAREM DE VOCÊ
DIRETORIA DA APCC MARCA PRESENÇA NO OPORTUNIZA 2017
COMPRAS PELA INTERNET DEVEM SUPERAR AS COMPRAS FEITAS EM LOJAS FÍSICAS NESTE NATAL
2 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
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EDITORIAL
Dedicação, sempre! Caros leitores, É com satisfação que chegamos a edição 101. A equipe de produção tem se dedicado ao máximo para trazer informações atuais que nos ajudem no dia a dia profissional, político, social e econômico. Estamos enfrentando uma das maiores crises no Brasil e para enfrentarmos qualquer crise temos que ter fé em Deus, perseverança e trabalhar arduamente. E os resultados começam a aparecer para a Associação. E por falar em trabalho, parte de nossas páginas estão dedicadas às alterações nas leis trabalhista, que entraram em vigência a partir do dia 11 de novembro, através da lei 13467, aprovada em 13 de julho e publicada no diário oficial da união em 14 de julho de 2017. Muita coisa mudou e é importante atentarmos para essas mudanças. Outros temas relevantes que trazemos nesta edição dizem respeito às compras pela internet e o domínio da língua inglesa. Sobre comprar pela internet, o que há bem pouco tempo era uma pequena fatia do mercado, agora deve superar o método tradicional de compras em lojas físicas neste ano. É o mercado seguindo a tecnologia com fórmulas práticas para melhorar as compras e vendas. Já sobre a língua inglesa, sabemos que os negócios globais envolvem estratégias especiais. E aprender esse idioma faz parte destas estratégias para as boas negociações. Hoje, quem domina o inglês tem mais chances no mercado de trabalho. Veja também nesta edição tudo o que aconteceu no Oportuniza 2017, evento realizado pela Associação Empresarial de Indústrias (AEDI), e que contou com a presença da diretoria da APCC.
PRESIDENTE Arilaudo Ribeiro de Melo VICE-PRESIDENTE José Alves Paulino DIRETOR FINANCEIRO Ronaldo Barbosa SECRETÁRIO Paulo André Marques DIRETOR SOCIAL E RELAÇÕES PÚBLICAS Carlos Eugênio DIRETOR DE PATRIMÔNIO Wagner Gois CONSELHO FISCAL João Batista Misael Barreto Wagner Albuquerque SUPLENTES Ednaldo Lima Tabosa Vicente de Paulo Torquato Francinildo Teixeira PROJETO GRÁFICO / DIREÇÃO DE ARTE Cristiano Abreu (85) 9 8899.4475 | ceadesign@hotmail.com JORNALISTA RESPONSÁVEL Sheryda Lopes Borges (85) 9 9706.2568 | CE 2488 JP IMPRESSÃO Expressão Gráfica TIRAGEM 1.500 exemplares A Revista do Comprador é uma publicação da Associação dos Profissionais de Compras do Estado do Ceará – APCC: Rua Jorge Severiano, 900 • Vila União • Fortaleza-CE • Fone/Fax: (85) 3085.5775 - (85) 9 8872.7359 • apcc.ceara@gmail.com •
Esses e outros assuntos interessantes você encontra nesta edição. Boa leitura e até a próxima!
ARILAUDO RIBEIRO DE MELO Presidente da APCC
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4 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
SUMÁRIO 16
06 16 ANOS DO JORNAL DO COMPRADOR O importante para o departamento de compras (parte 2)
08 15 FRASES QUE FAZEM AS PESSOAS DESCONFIAREM DE VOCÊ
Quem costuma falar a verdade deve evitar certas expressões
14
11 CONFRATERNIZAÇÃO DA DIRETORIA DA APCC Mais um ano de desafios e conquistas
14 OPORTUNIZA 2017
Um grande evento realizado pela Associação Empresarial de Indústrias (AEDI)
16 ENTRA EM VIGOR A NOVA REFORMA TRABALHISTA
Confira alguns destaques da nova legislação que merecem atenção
11
20 POR QUE BONS PROFISSIONAIS NÃO CONSEGUEM SE RECOLOCAR NO MERCADO DE TRABALHO? Dicas importantes para sair desta situação
22 DIA A DIA Compras pela internet devem superar as feitas em lojas físicas neste Natal
23 PERFIL
Cleudelvan Rodrigues, comprador na SV Elétrica
24 CARREIRA
A importância da execução
26 GESTÃO
20
08
Governança corporativa e empresas familiares
28 CARREIRA II Como a fluência do inglês pode impactar nos negócios?
30 EMPREENDEDORISMO 6 lições que você pode aprender com o filme “Fome de Poder”, que conta a história do McDonald’s
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6 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
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8 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
15 Frases que fazem as pessoas desconfiarem de você
Quem costuma falar a verdade deve evitar as expressões desta lista. Algumas palavras e expressões indicam quando as pessoas estão mentindo.
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ão há segredo: mentir não é uma boa ideia. Tanto na vida pessoal quanto nos negócios, omitir a verdade não costuma dar certo. No entanto, ser honesto nem sempre é suficiente para que as pessoas confiem em você. É preciso tomar cuidado com algumas palavras e expressões. Elas podem passar a impressão errada. Pensando nisso, separamos algumas das frases que mais fazem as pessoas desconfiarem de você. Portanto, evite as expressões abaixo – ou cuidado quando ouvi-las de alguém.
1. “HONESTAMENTE...” Pessoas que estão mentindo têm o costume de usar as palavras “honesto” e “honestidade” com bastante frequência. A técnica é uma forma de encorajar quem ouve a acreditar naqueles que falam. Então não use do artifício e fique atento quando ouvir a expressão.
2. “ACREDITE EM MIM.” O mentiroso normalmente pede para que acreditem nele. Por isso, é importante evitar este tipo de solicitação e tomar muito cuidado para não acreditar nas mentiras alheias.
3. “ATÉ ONDE EU SEI...” Talvez você esteja tentando ser preciso, mas a verdade é que o seu interlocutor provavelmente vai assumir que você não tem certeza do que está falando – ou pior, de que está mentindo. Portanto, foque somente no que você tem certeza e sabe que é verdade.
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4. “PELO QUE ME LEMBRO...”
12. RESPOSTAS CURTAS
A memória pode ser algo complicado. Se o ouvinte não sentir firmeza na sua afirmação, ele vai assumir que está mentindo. Fale o que realmente lembra e se não tiver certeza, informe.
Pessoas que estão mentindo normalmente não dão longas respostas. A técnica permite que ele evite cometer erros. Então se você começar a dar respostas muito curtas, as pessoas vão desconfiar de você.
5. “O REAL PROBLEMA É QUE...”
13. EVITAR A PALAVRA “EU”
Como muitas pessoas não gostam de mentir, é comum que elas usem frases evasivas que levem a conversa para um novo tópico. Fazer isso não passa confiança para quem está ouvindo. Se há outro assunto a ser discutido, termine o anterior antes.
Quem mente costuma se distanciar. Para isso, é comum utilizar a terceira pessoa. Por exemplo: “o vaso quebrou” em vez de “eu quebrei o vaso”. Por isso, utilize “eu” sempre que apropriado.
6. “O FATO É...”
Fazer esta pergunta é muito comum entre os mentirosos. Isso é fácil de notar, porque quem está falando a verdade normalmente tende a assumir que as pessoas acreditarão nele. Então não faça essa pergunta a não ser que tenha uma boa razão.
É muito comum que as pessoas usem esta frase antes de um assunto delicado. Mas assim como “honestamente”, o interlocutor vai achar que você está querendo enganá-lo.
7. “PRA FALAR A VERDADE...” Ou seja, tudo que foi dito antes era mentira? Cuidado ao usar este tipo de afirmação. Pode confundir o ouvinte e deixá-lo desconfiado.
8. “EU NUNCA FARIA.” Esse tipo de afirmação também é sinal de mentira, porque passa ao interlocutor a impressão de futuro. Não significa que já não tenha feito alguma vez na vida. Vale o cuidado.
9. REPETIR A PERGUNTA Não é uma frase em si, mas um ato que pode passar desconfiança à conversa. Muitas pessoas repetem as questões para ganhar tempo e pensar em uma resposta evasiva.
10. “O QUÊ?” A não ser que realmente não tenham ouvido a sua questão, perguntar “o que?” é uma técnica utilizada por pessoas que estão na defensiva. É bom evitar.
11. “VOCÊ PODE ESCLARECER ISSO PRA MIM?” Da mesma forma que a anterior, pode ser a busca por precisão ou realmente falta de compreensão. Mas passa a ruim impressão de que você não quer responder aquela pergunta.
14. “VOCÊ ACREDITA EM MIM?”
15. “COMO VOCÊ PODE DUVIDAR DE MIM?” Mentirosos ficam irritados quando as pessoas começam a desconfiar deles. Já quem está sendo honesto não precisa investir tanto para que acreditem em sua palavra. Afinal, eles estão falando a verdade. Fonte: www.revistapegn.globo.com
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CONFRATERNIZAÇÃO DA DIRETORIA DA APCC
No dia 15 de dezembro a APCC promoveu a tradicional confraternização de fim de ano para os diretores da Associação. Além do momento de descontração, o encontro teve também como propósitos o balanço dos trabalhos realizados em 2017 e o agradecimento a Deus por mais um ano de sonhos, vitórias e realizações.
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18 ANOS E MUITAS CONQUISTAS A Revista do Comprador é uma publicação bimestral da APCC - Associação dos Profissionais de Compras do Estado do Ceará. Repleta de matérias e artigos relevantes sobre o mundo corporativo, a Revista do Comprador registra também as principais atividades da APCC, a fim de manter os compradores associados e o público em geral bem informados. Com tiragem de 1.500 exemplares, a publicação circula nas principais empresas de diversos segmentos econômicos, proporcionando novas oportunidades de negócios e estreitando as relações comerciais. O que antes era um folheto de quatro páginas, hoje se tornou uma revista conceituada no segmento em que atua, com várias páginas e vários anunciantes. E muito mais está por vir! Entre em contato com a gente e faça parte desse grande time!
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EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO TAMBÉM SE MEXE: SEMPRE CABE MAIS UM CRAQUE.
ARILAUDO RIBEIRO Presidente
CARLOS EUGÊNIO
JOSÉ ALVES PAULINO Vice-Presidente
WAGNER GOIS
Diretor Social e Relações Públicas
Diretor de Patrimônio
WAGNER ALBUQUERQUE
EDNALDO LIMA TABOSA
Conselho Fiscal
Suplente
RONALDO BARBOSA
PAULO ANDRÉ MARQUES
Diretor Financeiro
Secretário
JOÃO BATISTA
MISAEL BARRETO
Conselho Fiscal
Conselho Fiscal
VICENTE TORQUATO
FRANCINILDO TEIXEIRA
Suplente
Suplente
SEJA UM ASSOCIADO. FAÇA PARTE DESSE TIME VOCÊ TAMBÉM!
14 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
A
OPORTUN
APCC esteve na segunda edição do Oportuniza, evento realizado pela Associação Empresarial de Indústrias (AEDI), em parceria com a II Feira Multissetorial de Negócios da Região Metropolitana de Fortaleza. Organizada pelo Instituto Paju nos dias 20 e 21 de Setembro de 2017, no SESI Clube da Parceria de Maracanaú/CE, o evento teve apoio do Governo do Estado do Ceará. Foram 60 expositores que receberam o público de empresários, diretores, gerentes, compradores e fornecedores de vários setores, que contaram com um espaço de Rodada de Negócios para apresentarem seus serviços e produtos, além de participar de várias palestras oferecidas pelo Sebrae.
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NIZA 2017 A mesa de abertura do Oportuniza 2017 abordou a integração da Região Metropolitana de Fortaleza. Participaram o presidente da AEDI, José Mozart Martins, o coordenador Executivo do Instituto Paju, Eudasio Alves, o Subsecretário da Fazenda Sr. João Marcos, que falou sobre as Perspectivas da Economia Cearense, e o Prefeito de Eusébio, Dr. Acilon Gonçalves. Também estiveram presentes os secretários de Desenvolvimento Econômico Antônio Filho, de Maracanaú, Dulcynardo Honorato, de Itaitinga, Vera Lúcia, de Horizonte, Moziah Torgan, de Fortaleza, e George Valentin, presidente do INESP. Representando a APCC, participaram: Arilaudo Ribeiro de Melo (presidente), Vicente de Paulo Torquato e Robeval Feitosa Goes (diretores).
16 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
Entra em vigor a nova Reforma Trabalhista No último dia 11 de novembro, entraram em vigor as alterações previstas na Reforma Trabalhista, que alteraram a relação entre empregadores e empregados. Confira alguns destaques da nova legislação que merecem atenção.
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o último dia 11, entraram em vigor as novas alterações previstas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e, consequentemente, na relação entre empregadores e empregados, conforme Lei 13.467, sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 13 de julho de 2017. Estamos falando da tão citada Reforma Trabalhista. Dadas as circunstâncias políticas e econômicas do país, somadas aos desafios inerentes à realidade das empresas, esse assunto pode estar passando despercebido para muitos empresários, porém é de suma importância que sejam dedicados tempo e estudo nessa
matéria tão importante e que trará uma maior flexibilidade e maturidade às relações já existentes. Deixando de lado ideologias políticas e tratando exclusivamente de questões técnicas, é notório que haverá a preservação dos direitos dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, um freio ao processo sistematizado de geração de processos trabalhistas, cujas causas muitas vezes são incoerentes, fazendo referência à necessidade de atualização e adaptação da legislação à realidade prática das relações no mercado de trabalho. Para que todos estejam cientes, seguem algumas importantes alterações da legislação:
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INTERVALO INTRAJORNADA Significa dizer que a empresa poderá, mediante acordo coletivo ou convenção coletiva, reduzir, por exemplo, o intervalo para refeição dos empregados de 1 hora para 45 minutos ou para 35 minutos (limitado a 30 minutos), considerando a adequação da escala de serviços ou de produção, sem a necessidade de interferência do Ministério do Trabalho. A redução do intervalo intrajornada para até 30 minutos poderá ser reduzida por acordo individual, no caso de empregado ser portador de diploma de nível superior e que receba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Até hoje isso é motivo de muita dor de cabeça por parte de empregadores, visto a arbitrariedade e parcialidade da Justiça do Trabalho no julgamento de muitos casos.
BANCO DE HORAS Prevê que o banco de horas poderá ser negociado também por acordo individual entre patrão e empregado. Atualmente o banco de horas é feito por meio de negociação coletiva com o sindicato. No caso de negociação direta com o patrão, a compensação das horas extras deve ser feita no prazo máximo de (6) seis meses, com
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acordo individual por escrito. A nova lei permite também a compensação das horas, independente de acordo escrito, no mesmo mês. Se for negociada por convenção coletiva, a compensação da jornada deve ser realizada em no máximo 1 (um) ano.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL Primeiramente, a equiparação salarial foi restringida a empregados do mesmo estabelecimento. Outra alteração importante é que além da exigência da diferença de tempo na função entre o trabalhador de salário menor e aquele de salário maior ser inferior a dois anos, agora também não pode haver diferença de tempo de vínculo de emprego superior a quatro anos. Exemplificando: Se “X” foi contratado em 2010 e “Y” foi contratado em 2015, existindo diferença de tempo superior a quatro anos do vínculo de emprego, pode haver diferença salarial.
PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS Com a nova Lei, o plano de carreira poderá ser negociado entre patrões e trabalhadores sem necessidade de homologação nem registro em contrato, podendo ser mudado constantemente. Em resumo, a empresa pode instituir livremente suas regras e diretrizes, organizadas em um plano de cargos e salários, que além de servir como base para a remuneração, retenção e políticas de treinamento e desenvolvimento internas, será aceita pela Justiça em caso de futuras reclamações trabalhistas.
RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS O trabalhador que entra com ação contra a empresa fica responsabilizado pelo pagamento dos honorários periciais caso perca a ação. Hoje, ele não arca com custos que são cobertos pelo Poder Público. Agora, o benefício da justiça gratuita passará a ser concedido apenas aos que comprovarem insuficiência de recursos e, mesmo com esse benefício, o empregado pagará as custas em caso de revelia – alguém que não comparece no julgamento ou comparece e não apresenta defesa.
MÁ-FÉ EM PROCESSOS JUDICIAIS A chamada de condenação por litigância de má-fé. O novo texto prevê punições para as pessoas que agem com má-fé em processos judiciais na área trabalhista, seja ela o reclamante, o reclamado ou interveniente. Será considerada de má-fé quem alterar a verdade dos
fatos, usar o processo para conseguir objetivo ilegal, entre outros. O juiz poderá aplicar uma multa de 1 a 10% do valor da causa, além de honorários e despesas da outra parte.
REGISTRO DO PONTO De acordo com a CLT, empresas com mais de 10 trabalhadores precisam obrigatoriamente manter algum dispositivo manual, mecânico ou eletrônico para o ponto. A reforma trabalhista condiciona essa obrigatoriedade a um acordo firmado entre sindicatos e empresas. Em resumo, por mais que muitos defendam a utilização do sistema de ponto eletrônico como o ideal para o controle, acabou a imposição do uso exclusivo do equipamento. Analisando esse aspecto, existem dois pontos que estão sendo discutidos com veemência: por um lado, especialistas em Direito do Trabalho demonstram preocupação com a dificuldade de fiscalização do cumprimento da carga horária e, por outro lado, especialistas afirmam que haverá desburocratização e redução de custos. Fazendo uma referência ao passado, muitos de vocês lembrarão da Lei que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1999, obrigando o uso do kit de primeiros socorros em veículos. Vocês lembram do ‘incrível’ estojo com gase, atadura, esparadrapo, um par de luvas e uma tesoura? Não estou comparando a utilidade real e necessidade de ambas as exigências, mas esse exemplo é simplesmente para mostrar que muitas vezes somos obrigados e desobrigados a cumprir o que é determinado na lei, sendo que ninguém se preocupa com o bolso do empresário.
LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL OU SINDICAL DO TRABALHADOR Com a reforma, esta contribuição passa a ser opcional, cabendo ao funcionário que tiver interesse em contribuir com seu sindicato, se manifestar claramente sobre isso. Essa mudança é benéfica tanto às empresas quanto aos colaboradores, uma vez que desobriga o pagamento aos sindicatos que, por vezes, não fazem bem seus papéis. Para os sindicatos é uma alteração difícil, já que eles provavelmente deixarão de ter boa parte de sua renda anual. Ao mesmo tempo é um incentivo para que muitos sindicatos se profissionalizem e que façam realmente o papel que devem fazer, de forma coerente, ética e responsável.
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DANO MORAL Anteriormente à mudança prevista em lei, o dano moral era medido com critérios totalmente subjetivos. Agora a reforma cria quatro categorias de ofensas: de natureza leve (até três vezes o último salário do ofendido), média (até cinco vezes o último salário), grave (até vinte vezes o último) e gravíssima (até cinquenta vezes o último salário). Assunto extremamente polêmico, pois está vinculando à indenização a um salário e não ao dano.
RESCISÃO POR MÚTUO CONSENTIMENTO A reforma trabalhista introduziu a possibilidade de as partes encerrarem o contrato de trabalho por mútuo consentimento, hipótese em que serão devidos 50% do valor do aviso prévio indenizado e 20% de multa sobre os depósitos no FGTS. Dessa forma, mesmo que o contrato de trabalho tenha sido firmado antes de a reforma entrar em vigor, se as partes resolverem, por mútuo consentimento, encerrar a relação jurídica depois que a reforma trabalhista estiver vigente, poderão se valer da rescisão contratual por mútuo consentimento. Em resumo, além dos aspectos citados, existem muitos outros pontos de alteração que devem ser devidamente compreendidos e adaptados ao dia a dia das empresas. Provavelmente, isso trará maior flexibilidade e qualidade as relações, preservando direitos e obrigações para ambas as partes. Porém, esse é um tema que será objeto de muita discussão entre os especialistas, portanto muitos temas serão passíveis de mudança. Neste caso, é imprescindível que tudo seja tratado com extrema prudência e muito estudo, visto que muitos pontos ainda carregam alguma insegurança jurídica. Fonte: www.administradores.com.br
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uitos profissionais qualificados, com boa formação e uma experiência considerável, estão há meses tentando a tão sonhada vaga de emprego. E mesmo com bons sinais de aquecimento do mercado de trabalho, essas pessoas estão encontrando dificuldades. Se você está passando por alguma das situações abaixo, veja algumas dicas e reflexões:
VOCÊ ESTÁ ENVIANDO CURRÍCULO PARA VÁRIAS VAGAS E NÃO ESTÁ NEM SENDO CHAMADO PARA ENTREVISTAS? Você está sendo específico ao enviar seu currículo para vagas condizentes ao seu perfil? Aqui, de nada adianta mandar seu CV para toda e qualquer vaga disponível no mercado (se a vaga é de analista financeiro, por exemplo, e você não tem experiência ou não atende aos requisitos informados na divulgação, você acaba perdendo tempo). Os recrutadores vão escolher os currículos aderentes ao perfil, e se o processo de triagem for automatizado, o próprio sistema não classificará o seu currículo neste caso. Então fique atento, mesmo que nessa condição as possibilidades se reduzam, você será mais assertivo quando tiver o foco correto. Está encaminhando seu currículo da forma mais adequada? Aqui as boas práticas consideram: envio personalizado (nada de envio em massa, para vários recrutadores ao mesmo tempo), inclusão de breve apresentação do seu trabalho, envio do documento em anexo (preferencialmente via PDF, que não tem risco de desconfiguração), e também o envio dentro do perfil e requisitos exigidos, entre outros detalhes. Você atualizou o seu currículo e conferiu se nele estão todas as informações necessárias? Dados de contato são básicos, o telefone deve estar sempre atualizado, deixe mais números para recado, e também um e-mail que veja com frequência. E claro, suas informações profissionais bem claras e objetivas, para que no primeiro contato com seu currículo, o recrutador já tenha despertado o interesse em entrevistar você.
Por que profission consegu recolocar n de trab
ue bons onais não uem se no mercado balho?
2017 AGOSTO/DEZEMBRO REVISTA DO COMPRADOR 21
VOCÊ ATÉ TEM PARTICIPADO DE ENTREVISTAS, MAS NÃO CHEGA A SER CONTRATADO PARA NENHUMA DAS VAGAS? Você já conseguiu ser visto e ter um diferencial frente aos concorrentes, mas ao participar do processo seletivo algo não está acontecendo como deveria. Pense nas últimas entrevistas que participou e reflita: - Suas respostas foram satisfatórias ou você percebeu alguma situação em que pode melhorar? - Você se sentiu preparado para realizar a entrevista? - Ao conversarem sobre as atividades, salário, local de trabalho, horário, estava tudo alinhado com suas possibilidades também? Como foi? - Você soube responder com segurança todas as perguntas que lhe foram feitas? Ou deixou algumas a desejar? - Se a entrevista foi em grupo, você se lembra de como os demais profissionais se comportaram? Lembra de alguém que se destacou? Que tipo de postura ele teve? E se você já fez tudo isso e ainda assim não está tendo retorno, é possível uma ajuda de forma personalizada com um Coach de carreira. É possível fazer uma simulação de entrevista e verificar todos os pontos em que você pode melhorar, além de trabalhar os demais pontos estratégicos para uma recolocação efetiva. Compartilhe também com as pessoas que você conhece, para que essas dicas possam ser úteis para eles também. FERNANDA MASSOTE Psicóloga, Coach de carreira, performance e inovação profissional. Atua com desenvolvimento de lideranças, preparação para promoções e sucessão, transição de carreira, orientação profissional e assessoria para recolocação profissional e empregabilidade. Há mais de 10 anos atuando na gestão de RH. fernandamassotecoach
Fonte: www.administradores.com.br
22 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
DIA A DIA
Compras pela internet devem superar as compras feitas em lojas físicas neste Natal O número indica que as compras pela internet devem superar as feitas em centros comerciais, estimadas para este ano em 37% Por Daniel Mello As vendas pela internet devem crescer em 2017, tornando o comércio virtual o principal meio de compras do Natal, segundo pesquisa divulgada no dia 8 de novembro pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento feito nas 27 capitais brasileiras indicou que 40% dos consumidores pretendem adquirir presentes pela rede. Desses, 54% disseram que pretendem comprar mais da metade das lembranças de fim de ano dessa forma. O número indica que as compras pela internet devem superar as feitas em centros comerciais, estimadas para 2017 em 37%. Em 2016, os centros comerciais, como os shoppings centers, responderam por 41% das vendas de Natal, enquanto o comércio eletrônico correspondeu a 32%. Em 2017, 37% dos consumidores ainda pretendem ir a lojas de departamento, 26% a lojas de bairro e 13% a shoppings populares. Sobre a escolha dos locais de compra, 58% dos consumidores disseram que escolhem o local pelo preço, 50% pelas ofertas e promoções, 27% pela diversidade de produtos e 20% pelo atendimento. Para a economista-chefe do SPC,
Marcela Kwauti, o crescimento do comércio eletrônico é uma tendência que deve, inclusive, pressionar as lojas físicas a disputar a preferência dos consumidores. “Isso em algum momento ia acontecer, por conta da crise ou mesmo que a gente não tivesse tido a crise. A internet vem ganhando espaço e isso não tem volta”, enfatizou. Dentro do comércio virtual, as páginas de grandes empresas são a opção de 68% dos compradores, seguida pelos sites de classificados de compra e venda (42%) e os especializados em roupas, calçados e acessórios (34%). ESTABILIDADE De forma global, o levantamento do SPC estima vendas de Natal em um patamar semelhante ao do ano passado. Em 2016, a projeção apontou para um movimento de cerca de R$ 50 bilhões, enquanto em 2017, o montante deve chegar a R$ 51,2 bilhões. Segundo o estudo, 110 milhões de consumidores têm a intenção de dar presentes neste fim de ano. Os dados mostram ainda que 26% dos que vão comprar presentes querem gastar menos do que em 2016 – 32% apontam a situação financeira ruim como razão –, enquanto 33% pretendem gastar o mesmo va-
lor que no ano passado e 19% têm a disposição de gastar mais. A média de gastos deve ficar em R$ 461,91, distribuídos em quatro ou cinco itens. Cerca de um terço dos consumidores (34%) pretende comprar à vista no dinheiro, 19% com o cartão de débito e 31% parcelar no cartão de crédito. Na avaliação de Marcela, os números refletem o cenário econômico atual. “É o Natal do início da recuperação da economia, mas o consumidor ainda não tem dinheiro no bolso para comprar como ele comprava antes da crise”, resumiu. Ela ressaltou que existem alguns sinais de melhora, mas em outros há apenas indícios de retomada. “O que a gente já tem de recuperação são juros menores, inflação controlada. Você começa a ver o crédito se recuperar, os primeiros sinais de desemprego em queda e vendas no varejo começar a crescer”, completou. O retorno da economia brasileira aos patamares pré-crise, semelhantes ao de 2013, deve acontecer, segundo as projeções da economista, somente em 2020.
Fonte: www.administradores.com.br
2017 AGOSTO/DEZEMBRO REVISTA DO COMPRADOR 23
PERFIL
CLEUDELVAN RODRIGUES COMPRADOR NA SV ELÉTRICA COMÉRCIO DE MATÉRIAS ELÉTRICOS Minha vida profissional teve início em agosto de 2008, na empresa Joongbo química, na função de auxiliar de produção. Após ter chegado à função de
operador 1, recebi o convite do então comprador na época, o sr. Lauristone Rodrigues, para ser seu auxiliar no setor de compras. Imediatamente aceitei o convite. Após meu ingresso na área administrativa, abri minha mente para a minha qualificação profissional, ingressando no curso de Logística, na faculdade Ateneu e, em paralelo, fazendo cursos de aperfeiçoamento, o qual considero mais importante o curso de Gestão de compras e negociação, com fornecedores na UNIFOR. Fiz também PCP (planejamento e controle de produção) na instituição GMGB e Excel avançado no SENAI. Após sair da Joongbo, fui contratado pela SV Elétrica, onde
fiquei responsável por realizar cotações e compras urgentes para a equipe de vendas. Após 1 ano e 6 meses fui promovido ao cargo de comprador, tendo meu trabalho reconhecido pela gerência e equipe de vendas, principalmente por minha coordenadora, sra. Rubia Coelho, pessoa maravilhosa a quem tive o prazer de conhecer. A função de comprador na SV Elétrica é bastante dinâmica, de forma que me faz apaixonar-me cada vez mais por minha profissão. Agradeço a Deus pela oportunidade de trabalhar com a família SV elétrica, a quem atribuo ainda mais o meu crescimento profissional.
24 REVISTA DO COMPRADOR AGOSTO/DEZEMBRO 2017
CARREIRA
A importância da execução Existe um ditado que diz que, se
estratégia porque não teve tempo, basta
não aprendemos pelo amor, apren-
substituir a palavra tempo por priorida-
demos pela dor. Este ditado está bem
de e verá que isso vai provocar um maior
consolidado para o mundo empresa-
incômodo. Sim, a prioridade é que deter-
rial em nossos dias atuais, já que a dor
mina as sua ação de execução do novo e
provocada pelos desafios impostos no
necessário.
mercado vem fortalecendo a necessidade de partir para a execução.
Saber e não fazer é algo tão comum, que por incrível que pareça permeia o
O momento mostra que algumas
mundo dos negócios com certa naturali-
teorias passaram a ser regra de negó-
dade. O gestor, hoje, tem conhecimento
cios, e que ter conhecimento passou
vasto sobre gestão de clientes, gestão de
a ser fundamental para a tomada de
pessoas, gestão de processo e gestão fi-
atitude rápida e assertiva, até porque
nanceira. O gestor hoje tem disponibilida-
sem executar, você não consegue re-
de de ferramentas diversas de gestão (ERP,
sultados satisfatórios.
BI, BSC etc..) assim como boas assessorias
Cresce o interesse de empresários e gestores por cursos, palestras, literatu-
contábeis, fiscais, trabalhistas, financeiras e mercadológicas.
ras e consultorias diversas. A busca por
Não é aceitável justificar que os insu-
conhecimento é fortalecida pela neces-
cessos empresariais são exclusivamente
sidade de encontrar caminhos para for-
provocados pelas variações do ambiente
talecimento das organizações, isso pelo
externo, que todo o momento atual de
fato de que os negócios não possuem
dificuldade é simplesmente culpa da crise
mais gorduras que permitam a permis-
política e econômica. Verificando o nível
sividade, a improdutividade ou mesmo
de execução você vai poder medir o nível
o erro na estratégia, pois isso gera um
de diferença competitiva.
preço muito alto para as organizações.
Importante destacar que a execução
Atrelado ao ganho do conheci-
é a segunda etapa do ciclo PDCA e que
mento, surge o diferencial que é a exe-
somente com ela o processo passará por
cução, uma barreira entre conhecer o
melhoria contínua. É por meio da execu-
novo e quebrar os velhos hábitos, e
ção de novas estratégias que a empresa
colocar em prática o que necessaria-
pode aprender e melhorar seus serviços
mente gera resultado. É o momento da
aos clientes.
mudança. Quando você se depara com a justificativa de que não executou a nova
NÃO É ACEITÁVEL JUSTIFICAR QUE OS INSUCESSOS EMPRESARIAIS SÃO EXCLUSIVAMENTE PROVOCADOS PELAS VARIAÇÕES DO AMBIENTE EXTERNO, QUE TODO O MOMENTO ATUAL DE DIFICULDADE É SIMPLESMENTE CULPA DA CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA.
Uma dica é: aprenda cada dia mais o que o mercado vem exigindo, mas.... EXECUTE. Sucesso!!!
Cláudio Araújo é Consultor da Êxito Consultoria claudioaraujo@secrel.com.br www.exitotreinamento.com.br
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GESTÃO
Governança corporativa e empresas familiares Falar de empresas familiares é um assunto delicado, pois além de negócio envolve indivíduos, famílias e sócios. Nesse sentido, percebe-se que há diversos interesses, de diferentes categorias e intensidades que esse sistema necessita atender. Com isso, as empresas familiares lidam com muitos conflitos, que surgem pela incompreensão de papéis. Deste modo são necessárias ferramentas que auxiliem na harmonização desses interesses, que são relacionados a diversos tipos de agentes, tais como: familiares que não atuam na organização e nem na propriedade; sócios-proprietários que não são administradores e nem familiares; gestores que não são proprietários e nem familiares; familiares proprietários que não são gestores; administradores que não são membros da família e nem proprietários e, por fim, familiares gestores e proprietários. Nesse sentido, os desafios nas empresas familiares são constantes, pois é preciso integrar todos os seus agentes de forma que as dimensões família, sócios, negócios e indivíduos evoluam, tornando assim a companhia mais competitiva, a família mais harmonizada, os sócios com maior retorno de investimento e os indivíduos mais competentes, proporcionando uma perpetuidade do sistema que envolve as empresas familiares.
As principais problemáticas envolvendo esse tipo de empresa relaciona-se com a sucessão; a transparência nas prestações. A governança corporativa envolve práticas e princípios que auxiliam nas relações de poder entre membros da família, indivíduo, propriedade e gestão de contas; o tratamento igualitário para os acionistas; a não confiança dos investidores, quando existe algum membro da família na gestão; a retenção de mão de obra qualificada para que assumam cargos de gestão; a relação entre profissionais pertencentes à família e os não pertencentes, o gerenciamento da empresa, para que seja feito de forma eficiente e direcionando-a para o sucesso; a manutenção dos interesses da família, do fundador e dos outros shareholders, alinhados ao longo de anos; ausência de critérios racionais nas decisões de investimento; e supervalorização das decisões afetivas. Assim, a governança corporativa (GC) tem o objetivo de evoluir as empresas familiares para que as dimensões se harmonizem. A presença dos mecanismos de governança nas empresas familiares auxilia na definição dos estágios, que variam conforme a implementação de mecanismos, como: conselhos de administração, conselho de auditória, conselho de sócios, conselho de família e family offices, por exemplo. Além disso a governança corporativa envolve práticas e princípios que auxiliam nas relações de poder entre membros da família, indivíduo, proprie-
dade e gestão. As empresas familiares necessitam do reconhecimento dos conflitos envolvendo essas quatro dimensões para que, assim, concentrem seus recursos para a implementação de práticas de GC. Com isso, há a necessidade de se implantar soluções que integrem os interesses da família, do indivíduo, dos negócios e dos sócios e, portanto, de se trabalhar a governança corporativa. Para quem busca conhecer mais sobre essa área, o Instituto Empresariar (instituição brasileira especializada na profissionalização de empresas familiares, sediada no Nordeste) há mais de uma de década vem desenvolvendo e implementando metodologias com êxito no Brasil, visando viabilizar e perpetuar as empresas familiares.
Camilla Cruz de Carvalho é Doutoranda em Governança em Empresas Familiares e Consultora em Governança Corporativa. camilla@institutoempresariar.com.br
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CARREIRA II
Como a fluência do inglês pode impactar nos negócios? O domínio do inglês é ausente nas diversas camadas da hierarquia, não apenas nas mais baixas Por Luiza Meneghim No Brasil, a língua inglesa ainda é
glês é baixo, como motivar o estudo da
pouco difundida: segundo uma pes-
segunda língua? Dados que mostram
quisa realizada pela British Council,
quanto o país deixou de faturar pela
apenas 5% dos brasileiros falam o
ineficiência na comunicação podem ser
idioma, e menos de 3% têm fluência
alarmantes: em 2016, estima-se que fo-
no mesmo. Outro estudo, realizado
ram U$22,5 bilhões. Um exemplo claro
pela Education First Corporate Lan-
de como a comunicação precária pode
guage Learning Solutions, mostra que
arruinar os negócios é o da empresa ja-
75% das empresas brasileiras consi-
ponesa Sharp. Em um anúncio sobre o
deram o uso de inglês muito útil no
faturamento do semestre, a empresa di-
dia a dia, porém, esta é a mesma por-
vulgou estar com “sérias dúvidas” sobre
centagem de empresários que perdem
seu futuro, o que fez com que as ações
oportunidades de negócios devido à
tivessem uma redução de 10%. Porém, a
falta de comunicação e dificuldades
incerteza nas finanças da companhia era
em expressões específicas do mundo
apenas um erro de tradução. Mesmo com
corporativo.
as ações voltando a subir, o estrago já es-
O domínio do inglês é ausente nas
tava feito.
diversas camadas da hierarquia, não
Nas empresas, algumas ações que po-
apenas nas mais baixas. Uma pesquisa
dem ser feitas para aumentar a fluência
realizada com 100 diretores de Recur-
de outro idioma são, por exemplo, o re-
sos Humanos no país mostra que, entre
embolso total ou parcial dos gastos com
eles, 20% dos entrevistados dizem ter
estudo de inglês, ofertas de bolsas de es-
nível avançado, 45% nível intermediá-
tudos, minicursos e workshops dentro das
rio e 35% dos entrevistados têm nível
empresas para os colaboradores, maiores
básico ou nenhum conhecimento, mes-
bonificações para empregados com domí-
mo 80% afirmando que a fluência do
nio da língua, etc. Estas ações beneficiam
idioma é importante para os negócios.
ambos os lados: os funcionários, com o
Se mesmo entre os diretores das empresas o nível de fluência em in-
crescimento profissional, e as companhias, com uma maior rede de negócios.
75% DAS EMPRESAS BRASILEIRAS CONSIDERAM O USO DE INGLÊS MUITO ÚTIL NO DIA A DIA, PORÉM, ESTA É A MESMA PORCENTAGEM DE EMPRESÁRIOS QUE PERDEM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOS DEVIDO À FALTA DE COMUNICAÇÃO E DIFICULDADES EM EXPRESSÕES ESPECÍFICAS DO MUNDO CORPORATIVO. Fonte: www.administradores.com.br
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EMPREENDEDORISMO
6 lições que você pode aprender com o filme “Fome de Poder”, que conta a história do McDonald’s A rede de lanchonetes McDonald’s é quase uma entidade. A rede está presente em mais de 120 países e tem quase 37 mil lojas. Porém, nem sempre o McDonald’s foi uma enorme rede de franquias. Seu começo foi simples e o filme Fome de Poder, estrelado por Michael Keaton, conta a história da empresa, passando pela sua origem na cidade de San Bernardino, Califórnia, até alcançar milhares de unidades. O filme não fala somente sobre a rede. Ele tem em seu roteiro o empreendedorismo como fio condutor. Confira as seis lições que você pode aprender com o filme. 1 – VOCÊ PRECISA SER CORAJOSO Durante o filme, os irmãos Richard e Maurice McDonald, fundadores do primeiro restaurante da marca, tiveram várias oportunidades para expandir o seu negócio. Eles não tiveram coragem de dar o próximo passo sozinhos. No final, Ray Kroc, que foi o responsável pela enorme expansão da rede, teve a coragem que faltou aos irmãos e acabou comprando a marca deles. Ele chegou a hipotecar a sua casa para poder financiar o seu sonho.
2 - SE VOCÊ TEM UMA IDEIA INOVADORA, APROVEITE-A AO MÁXIMO A primeira coisa que chamou a atenção de Ray Kroc foi o sistema de atendimento chamado Speedee. Ele consistia em um modelo de serviço extremamente rápido, que atualmente é padrão nos restaurantes fast-food, mas em 1948 era uma grande inovação. Os irmãos McDonald limitaram o seu inovador sistema a apenas dois restaurantes. Ray Kroc viu o potencial do sistema e foi capaz de expandir a rede de franquias. 3 – SE CERQUE DE PESSOAS CAPACITADAS E PEÇA AJUDA Em seu caminho para chegar a ser dono do McDonald’s, Ray Kroc passou por diversos problemas. Ele pediu ajuda para sua esposa, amigos e funcionários para transpor as barreiras que iam aparecendo pelo caminho. Com a ajuda de outras pessoas, Kroc conseguiu estabelecer o modelo de negócio que permitiu que ele ganhasse muito dinheiro. 4 – SEJA PERSISTENTE Ray Kroc é um exemplo de persistência. Você pode não concordar com todas as atitudes que ele toma no filme, mas é inegável a sua vontade de ter sucesso. Ele já havia tentado empreender com diversas invenções e viu
no restaurante dos irmão McDonald a oportunidade de chegar ao topo. Ele insistiu até conseguir ser o dono da marca e se tornou um bilionário. 5 – ESTEJA PREPARADO PARA FAZER ALGUNS SACRIFÍCIOS Tanto os irmãos McDonald como Ray Kroc precisaram abrir mão de muitas coisas para fazer as franquias comecarem a funcionar. Kroc acabou se divorciando e criando vários inimigos no caminho, além de quase ter perdido a sua casa. Empreender não significa perder todas essas coisas, mas o preço do sucesso pode causar danos na sua vida pessoal e você precisa estar pronto para lidar com isso. 6 – IDADE É APENAS UM NÚMERO Ray Kroc já tinha passado dos 50 anos quando conseguiu construir um império do fast-food. Não fique pensando que você está velho demais para correr atrás dos seus sonhos.
Fonte: www.administradores.com.br
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