Ponto de Ônibus para os Jogos Olímpicos de 2016

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE PRODUTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

RAFAEL MARQUES DE ALMEIDA

Ponto de Ônibus para os Jogos Olímpicos de 2016

VOLTA REDONDA 2011


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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DE PRODUTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Ponto de Ônibus para os Jogos Olímpicos de 2016

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design do Unifoa como requisito à obtenção do título de bacharel em Design de Produto.

Aluno: Rafael Marques de Almeida

Orientador: Prof MSc. Moacyr Ennes Amorim VOLTA REDONDA 2011


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FOLHA DE APROVAÇÃO

Aluno: Rafael Marques de Almeida Título do Trabalho de Conclusão de Curso: Ponto de Ônibus para os Jogos Olímpicos de 2016 Orientador: Professor Mestre Moacyr Ennes Amorim Banca Examinadora: Professora Mestre

Professor Mestre

Professor Mestre


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SUMÁRIO 1 - Introdução .............................................................................................................. 7 2 - Justificativa........................................................................................................... 10 3 - Objetivo ................................................................................................................ 11 3.1 – Objetivo Geral ............................................................................................... 11 3.2 – Objetivo Específico ....................................................................................... 11 3.3 – Objetivo Operacional..................................................................................... 11 4 - Problema .............................................................................................................. 12 5 – Público Alvo ......................................................................................................... 17 6 – Os Jogos Olímpicos ............................................................................................ 18 7 – Rio de Janeiro ..................................................................................................... 20 8 – Design para Todos .............................................................................................. 28 8.1 – Os sete princípios do Design Universal ........................................................ 28 9 - Sustentabilidade ................................................................................................... 30 10- Tecnologia Assistiva ........................................................................................... 33 11 - Materiais............................................................................................................. 35 11.1 – Vidros .......................................................................................................... 36 11.1.1 – Gorilla Glass............................................................................................. 36 11.1.1.1 – Características ...................................................................................... 36 11.1.2 – Vidro Temperado ..................................................................................... 36 11.2. – Aço ............................................................................................................. 38 11.2.1 – Aço Inox ................................................................................................... 38 11.2.1.1 – Propriedades do Aço Inox ..................................................................... 40 11.3 – Madeira ....................................................................................................... 41 11.3.1 – Madeira Plástica ou Policog .................................................................... 41 11.3.1.1 – Propriedades da Madeira Plástica ........................................................ 42 11.4 – Pisos ........................................................................................................... 43 11.4.1 – Pisos Táteis.............................................................................................. 43 11.4.2 – Piso Vinílico.............................................................................................. 44


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11.5 – Energia Renovável ...................................................................................... 45 11.5.1 – Placas de captação de energia solar ou painel solar fotovoltaico ............ 45 11.5.1.1 – Células Fotovoltaicas ............................................................................ 47 11.5.2 – Iluminação ................................................................................................ 49 11.5.2.1 – Lâmpada de Led Tubular ...................................................................... 48 11.5.2.2 – Lâmpada Fluorescente ......................................................................... 50 12 – Pesquisa de Similares .................................................................................... 52 13 – Síntese ........................................................................................................... 54 14 – Geração de alternativas ................................................................................. 56 14.1 – Desenvolvimento ......................................................................................... 56 14.2 – Análise das Alernativas ............................................................................... 57 15 – Desenvolvimento do produto final .................................................................. 59 15.1 – Características gerais ................................................................................. 59 15.2 – Materiais ..................................................................................................... 60 15.3 – Identidade Visual......................................................................................... 60 16 – Desenho técnico e rendering ......................................................................... 61 17 – Análise das Alernativas .................................................................................. 57 18 – Conclusão ...................................................................................................... 68


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Fig. 1 – Logo dos Jogos Olímpicos de 2016 ............................................................... 7 Fig. 2 – Exemplo de Mobiliário Urbano ....................................................................... 7 Fig. 3 – Ponto de ônibus em péssimas condições ................................................... 12 Fig. 4 – Ponto de ônibus sem cobertura .................................................................... 12 Fig. 5 – Usuários do ponto de ônibus ........................................................................ 17 Fig. 6 – Símbolo Olímpico ......................................................................................... 18 Fig. 7 – Rio de Janeiro .............................................................................................. 20 Fig. 8 – Carnaval ....................................................................................................... 22 Fig. 9 – Pão de Açúcar .............................................................................................. 23 Fig. 10 – Pictograma ................................................................................................. 25 Fig. 11 – Piso tátil ...................................................................................................... 34 Fig. 12 – Gorilla Glass ............................................................................................... 35 Fig. 13 – Porta de Vidro Temperado ......................................................................... 37 Fig. 14 – Corrimão de aço inox ................................................................................. 38 Fig. 15 – Madeira plástica ......................................................................................... 41 Fig. 16 – Modelo de piso tátil com bolinhas .............................................................. 43 Fig. 17 – Piso Vinílico ................................................................................................ 44 Fig. 18 – Painel Solar ................................................................................................ 45 Fig. 19 – Célula Fotovoltaica ..................................................................................... 47 Fig. 20 – Lâmpada de Led tubular............................................................................. 49 Fig. 21 –Lâmpada Fluorescente ................................................................................ 50 Fig. 22 – Primeira Alternativa .................................................................................... 57 Fig. 23 – Segunda Alternativa ................................................................................... 58 Fig. 24 – Terceira Alternativa .................................................................................... 58 Fig. 25 – Produto Final .............................................................................................. 66 Fig. 26 – Rendering ambientado ............................................................................... 67


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1 – Introdução No dia 2 de outubro de 2009 foi feito um anúncio pelo presidente do COI1, Jacques Rogge, foi o início de uma caminhada de grandes oportunidades e desafios.

Logo dos Jogos Olímpicos de 2016

A cidade do Rio de Janeiro foi eleita para sediar o maior evento esportivo do planeta, os jogos Olímpicos de 2016. A infra-estrutura necessária para a realização dos jogos impressiona. Serão mais de 100 mil pessoas envolvidas diretamente na organização, incluindo 70 mil voluntários, e milhões impactados na cidade, no país e no continente. São esperados mais de 10.500 atletas de cerca de 205 nações ao redor do mundo, além de milhares de profissionais de imprensa, de apoio, apaixonados pelo esporte e turistas de todos os cantos do globo2. Os Jogos Olímpicos podem proporcionar um significativo avanço econômico para a cidade e o país-sede do evento. Embora o fato de se candidatar ao “mega-evento” 1

Comitê Olímpico Internacional

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Fonte: http://www.rio2016.org.br/os-jogos/o-evento


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exija uma série de responsabilidades, principalmente em relação à infra-estrutura das cidades-candidatas, os benefícios econômicos gerados pelos jogos são bem maiores do que os próprios investimentos para sua realização. A projeção da cidade e do país-sede do evento é tamanha, que é capaz de provocar profundas e permanentes mudanças socioeconômicas positivas. A atração de turistas de diversas partes do mundo faz com que melhorias estruturais permanentes sejam feitas, como rede de transporte, moradia e instalações esportivas. Sem contar nos inúmeros novos postos de trabalho que são gerados direta ou indiretamente através do evento. Portanto para tal evento será necessário que a cidade do Rio de Janeiro passe por uma transformação geral. Uma das modificações necessárias na cidade será no mobiliário urbano dos locais que serão escolhidos para ocorrer os jogos.

Exemplo de Mobiliário Urbano

A legislação brasileira, por meio da Lei 10.098/2000, define o termo mobiliário urbano como “conjunto de objetos presentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da


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edificação (BRASIL, 2000). Já a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) considera mobiliário urbano “todos os objetos, elementos e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de natureza utilitária ou não, implantados mediante autorização do poder público em espaços públicos e privados” (ABNT, 1986, p.1). São exemplos de mobiliário urbano, de acordo com essa norma, abrigos de ônibus, acessos ao metrô, esculturas, painéis, play-grounds, cabines telefônicas, postes e fiação de luz, lixeiras, quiosques, relógios e bancos, entre outros. Ainda, pode-se ressaltar que o termo mobiliário, mesmo tratando-se de elementos incluídos nos espaços internos das edificações, não possui apenas um caráter decorativo. Segundo (Mourthe: 1998. P.7) “Neste século com todas as mudanças no ritmo de vida das grandes cidades e com as diversas inovações tecnológicas ocorridas, mudaram-se padrões de tratamento do espaço público. Com essas mudanças na estrutura urbana, surgem novas necessidades”. Assim sendo, este projeto visa desenvolver um ponto de ônibus multifuncional.


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2- Justificativa Observando a nova demanda de modificações e soluções de problemas que a cidade do Rio de Janeiro irá necessitar durante o período que antecede os jogos olímpicos o desenvolvimento de um ponto de ônibus que visa à acessibilidade, a funcionalidade, que atenta aos requisitos ergonômicos e apresente uma estética agradável de acordo com o os jogos olímpicos de 2016.


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3 - Objetivo 3.1 Gerais O presente projeto visa elaborar um ponto de ônibus multifuncional, no entanto observa-se-a as normas da ABNT NBR 9050 relativas à deficiência, ao desenho universal, pisos, tecnologia assistiva, parâmetros antropométricos, além de ter um baixo impacto ambiental, onde serão consideradas as estratégias do ecodesign e que seja acessível a todos os usuários que estarão na cidade do Rio de Janeiro durante os jogos das olimpíadas de 2016 incluindo os cidadãos portadores de necessidades especiais bem como os turistas de diferentes países. 3.2 Específicos Desenvolver o projeto a partir de materiais com mais durabilidade, resistência e que não agridam ou que gerem menor impacto ao meio ambiente. Aplicar ao projeto design, ergonomia e funcionalidade. Trabalhando também com o uso de pictogramas que indicarão aos usuários de forma objetiva e correta o que o ponto de ônibus tem a oferecer. Trabalhar com formas estéticas fazendo alusão a identidade visual criada para os jogos olímpicos de 2016. 3.3 Operacionais Para o projeto faz-se necessário analisar os pontos de ônibus do Rio de Janeiro,

buscando

os

problemas

que

apresentam.

Após

encontrá-los,

desenvolver um ponto de ônibus que solucione os problemas observados.


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4- Problema

Ponto de ônibus sem cobertura

A partir de uma breve análise observa-se que os pontos de ônibus não atendem as necessidades dos usuários no que tange as questões de usabilidade, conforto, segurança e proteção as intempéries em especial aos cidadãos portadores de necessidades especiais.

Ponto de ônibus em péssimas condições


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Para definir os requisitos, utilizou-se o sistema de avaliação de Moraes (1993), que visa a utilização das definições Sensório-formais, Significação, Usabilidade, Espaciais, Ecossistêmicos, Resistência, Estruturais e Moventes, Produtividade e Manufaturabilidade e de Custo e Análise de Valor ao criar um produto.

- Adotar as normas do manual de aplicação de mobiliário urbano para definir as dimensões permitidas; - Favorecer superfícies lisas para facilitar limpeza;

Sensório-formais

- Usar de modo harmônico as cores das olimpíadas em todo o conjunto ou em apenas algumas peças; - Utilizar madeira plástica para que passe a sensação de ser outro material além de plástico; - Criar uma forma inovadora no mercado; - Materiais agradáveis ao toque; - Indicar a utilização da tecnologia usada no ponto de ônibus.

- Ser cativante e belo; Significação

- Temático; - Atemporal; - Ter forma diferente sem perder o entendimento do que é o objeto.

Usabilidade

- Facilitar o acesso às informações referentes ao itinerário dos ônibus; - Proteger os passageiros das intempéries da natureza


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como, chuva, vento e sol; - Permitir acesso a todos os usuários sendo portadores de necessidades especiais ou não; - Garantir conforto aguardando;

aos

passageiros

que

estão

- Facilidade na manutenção e limpeza do ponto de ônibus.

Espaciais

- Interação com o espaço arquitetônico já existente no local que será instalado.

- Utilizar um sistema de captação de energia solar para produzir a quantidade de energia necessária para manter o ponto de ônibus ativo;

Ecossistêmicos

- Usar ao máximo a madeira plástica por se tratar de um produto que é formado por plástico reutilizado; - Manter o ponto de ônibus translucido fazendo o uso de vidros em sua composição para que haja a menor utilização de iluminação interna; - Considerar outras a utilização de lâmpadas de led para iluminação interna.

- Possibilidade de instalação em áreas sujeitas ao tempo; Resistência

- Resistência a impactos; - Materiais utilizados na composição do ponto de ônibus são altamente duráveis;

Estruturais e Moventes

- Estruturação do sistema elétrico juntamente ao


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sistema de captação de energia solar; - Definição de dimensionamento dos sistemas; - Limitação de áreas acessíveis e inacessíveis à intervenção dos usuários;

- Avaliação de produção frente ao modelo escolhido;

Produtividade e Manufaturabilidade

- Preferência do material policog ou madeira plástica por seus atributos e garantida viabilidade de produção; - Alteração de design baseado principalmente em novas configurações de estilo e conceito; - Preferência pela utilização de tecnologias inovadoras, que não são de conhecimento do público em geral.

- Peças para a reposição que ofereçam valores atraentes para a manutenção; Custo e Análise de Valor

- Demonstrar que trata-se de um produto inovador onde vale investir nas tecnologias que serão aplicadas; - Valor ainda indefinido por utilizar tecnologia e matérias que ainda não estão disponíveis em larga escala;

Também é necessário atentar as restrições pertinentes ao projeto como: Para o desenvolvimento do ponto de ônibus é necessário ter conhecimento das normas de aplicação de mobiliário urbano da cidade do Rio de Janeiro.

“A implantação do mobiliário urbano em espaços públicos deve considerar a natureza das atividades existentes nas edificações lindeiras e o seu impacto no cotidiano do lugar. O local também deve ser analisado segundo seu contexto urbanístico, distinguindo-se as especificidades de cada setor ou bairro da cidade, centros históricos, áreas turísticas, orlas litorâneas, áreas comerciais ou residenciais, assentamentos de populações de baixa renda,


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etc., assim como a sua diferenciação interna.” (Manual para Implantação de Mobiliário Urbano na cidade do Rio de Janeiro, 1996, p.14)

Segundo o Manual de Implantação de Mobiliário Urbano os pontos de ônibus “Somente poderão ser implantados em calçadas com largura superior a 4.50m, de modo a garantir a faixa mínima exigida para circulação de pedestres de 2.00m de largura e uma distância mínima de 0.50m do meio-fio”. Eles devem ser instalados próximos a pontos geradores de tráfego, como escolas, fábricas, hospitais, etc. Não podem ser instalados em locais que prejudiquem a visibilidade do trânsito de veículos. Também não deverão ser instalados em frente às casas comerciais construídas no alinhamento das ruas, que tenham marquises e já sirvam de abrigo. Deverá ter acesso a rede de luz e depósitos para lixo.


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5- Público Alvo O uso diário do transporte público é feito por grande parte da população do Rio de Janeiro dentro deste grupo temos estudantes, profissionais de diversas áreas, portadores de necessidades especiais e etc.

Usuários do ponto de ônibus

Com os jogos de 2016 o setor de turismo e serviços do Rio de Janeiro vai precisar de aproximadamente 100 mil novos profissionais até 2016, ou seja, há uma necessidade de criar pontos de ônibus adequados para esta nova demanda de turistas que visitarão a cidade neste período. A proximidade dos jogos olímpicos está aumentando o fluxo de turistas na cidade e são esperados 5,5 milhões de visitantes, 10% a mais que no ano passado, de acordo com a Embratur3.

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Fonte: http://m.esporte uol.com.br/rio-2016/ultimas-noticias/2011/04/26/rio-precisara-de-mais-de100-mil-novos-profissionais-de-hotelaria-e-servicos-ate-2016.htm


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6- Os Jogos Olímpicos Os Jogos Olímpicos são um grande evento internacional, com esportes de verão e de inverno, em que milhares de atletas participam de várias competições. Atualmente os Jogos são realizados a cada dois anos, em anos pares, com os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno se alternando, embora ocorram a cada quatro anos no âmbito dos respectivos Jogos sazonais. Originalmente, os Jogos Olímpicos da Antiguidade foram realizados em Olímpia, na Grécia, do século VIII a.C. ao século V d.C. No século XIX, o Barão Pierre de Coubertin fundou o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1894. O COI se tornou o órgão dirigente do Movimento Olímpico, cuja estrutura e as açõe s são definidas pela Carta Olímpica.

Símbolo Olímpico

A Carta Olímpica, atualizada pela última vez em 7 de julho de 2007, é um conjunto de regras e guias para a organização dos Jogos Olímpicos, e para o comando do Movimento Olímpico. Adotada pelo Comitê Olímpico Internacional, é


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o código dos Princípios Fundamentais, Regras e Estatutos. Francês e inglês são as línguas oficiais da carta4. O Movimento Olímpico utiliza símbolos para representar os ideais consagrados na Carta Olímpica. O símbolo olímpico, mais conhecido como os anéis olímpicos, é composto por cinco anéis entrelaçados, representando a união dos cinco continentes habitados (considerando as Américas do Norte e do Sul como um continente único). A versão colorida dos anéis, azul, amarelo, preto, verde e vermelho sobre um fundo branco, forma a bandeira olímpica. As cores foram escolhidas porque cada nação tinha, pelo menos, uma delas em sua bandeira nacional. O lema olímpico é "Citius, Altius, Fortius", uma expressão latina que significa "mais rápido, mais alto, mais forte”

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Fonte: http://www.britannica.com/EBchecked/topic/428005/Olympic-Games/59589/The-ancientOlympic-Games 5

http://www.olympic.org/olympic-games

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http://www.la84foundation.org/5va/reports_frmst.htm


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7- Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

A cidade é mencionada oficialmente pela primeira vez quando a segunda expedição exploratória portuguesa, comandada por Gaspar lemos, chegou em Janeiro de 1502, à baía, que o navegador supôs, compreensivelmente, ser a foz de um rio, por conseguinte, dando o nome à região do Rio de Janeiro. Porém só em 1530 a corte portuguesa mandou uma expedição para colonizar a área, em vez de continuar usando-a simplesmente como uma parada em suas aventuras marítimas. Os franceses, por outro lado, tinham estado no Rio de Janeiro e arredores desde o começo do século e estavam dispostos a lutar pelo domínio da região. Em 1560, depois de uma série de escaramuças, os portugueses expulsaram os franceses. O começo da cidade como tal foi no Morro de São Januário, mais tarde conhecido como Morro do Castelo, e depois na Praça Quinze até hoje centro vital do Rio.


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O Rio de Janeiro desenvolveu-se graças à sua vocação natural como porto. Na mesma época em que ouro foi descoberto no Estado de Minas Gerais, no final do século XVII, o Governador do Brasil foi feito Vice-Rei. Salvador era capital da colônia, mas a importância crescente do porto do Rio garantiu a transferência da sede do poder para o sul, para a cidade que se tornaria, e ainda é, o centro intelectual e cultural do país. Em 1808 a família real portuguesa veio para o Rio de Janeiro, refúgio escolhido diante da ameaça de invasão napoleônica. Quando a família real voltou para Portugal e a independência do Brasil foi declarada em 1822, as minas de ouro já haviam sido exauridas e dado lugar a outra riqueza: o café. O crescimento continuou durante quase todo o século XIX, inicialmente na direção norte, para São Cristóvão e Tijuca, e depois na direção da zona sul, passando pela Glória, pelo Flamengo e por Botafogo. No entanto, em 1889, a abolição da escravatura e colheitas escassas interrompeu o progresso. Esse período de agitação social e política levaram à Proclamação da República. O Rio, então chamado Distrito Federal, continuou sendo o centro político e a capital do país. No começo do século XX surgiram as ruas largas e construções imponentes, a maioria no estilo francês fin-de-siècle. O Rio de Janeiro manteve sua posição até a inauguração de Brasília como capital da república em 1960. Capital do Estado do Rio de Janeiro, a cidade continua sendo o centro social e cultural do país. Títulos Conquistados pelo Rio de Janeiro - O Cristo Redentor foi eleito uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo. - A praia de Copacabana foi eleita pelo site AskMen, com 5 milhões de leitores, como a praia mais bonita do mundo. - Uma pesquisa promovida pelo site The Blue Sky Explorer,(o explorador do céu azul) escolheu, entre 19 concorrentes em seis continentes, o céu do Rio de Janeiro como o céu mais azul do mundo seguindo os critérios do NPL-The


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Nacional Physical Laboratory.

- Sede definitiva do Congresso e Exposição da ABAV no Riocentro que se firmou como o maior e melhor Centro de Convenções da América do Sul. - O Carnaval foi eleito pelos Internautas do Site Fun Party como a Melhor Festa do Mundo.

Carnaval

- O Rio por Vuitton – O Rio de Janeiro é a sexta cidade escolhida pela empresa francesa Louis Vuitton para integrar a série carnets de voyages. - Pão de Açúcar em Marte. O Rio ganhou uma homenagem a 200 milhões de quilômetros de distância, em Marte. O cientista brasileiro Paulo Souza, da Nasa, batizou uma rocha marciana de Pão de Açúcar. Agosto, 2004. - A revista canadense En Route, publicada pela Air Canadá divulgou em Novembro de 2004 uma pesquisa curiosa onde mostra que o Rio de Janeiro é


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considerada a cidade mais civilizada do mundo. Os índices utilizados foram a facilidade de consumo de refrigerante/ cerveja, petiscos frescos e apetitosos, aparência

fashion

dos

habitantes,

facilidade

de

locomoção

e

coisas

interessantes de se encontrar na rua. - A revista Forbes-Traveler compilou uma lista em 2007, que inclui o Rio de Janeiro, entre dez outras cidades no mundo, como a melhor cidade para passar um longo fim de semana divertido e diferente. - A Academia dos Recordes Mundiais concedeu o certificado à empresa Fireworks do Brasil de “Maior Show Pirotécnico Embarcado Mundo” no Réveillon 2008 que iluminou os 4km da Praia de Copacabana no Rio de Janeiro, por 22 minutos. - O Rio de Janeiro foi escolhido o melhor destino na América do Sul segundo concurso do World Travel Awards 2009.Ipanema ficou com o título "A melhor praia do continente". Síntese Geográfica

A cidade do Rio de Janeiro, constituída por paisagens de excepcional beleza cênica, tem na água e na montanha os regentes de sua geografia exuberante.

Pão de Açúcar


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A diversidade topográfica do Rio de Janeiro se estende à cobertura vegetal. Florestas recobrem encostas e espécies remanescentes de mata atlântica são preservadas no Parque Nacional da Tijuca. Mata de baixada, restingas e manguezais são preservadas nas áreas de proteção ambiental de Grumari e Prainha. Embora a cidade tenha se tornado uma das maiores áreas urbanas do mundo, cresceu em volta de uma grande mancha verde, que responde pelo nome de Floresta da Tijuca, a maior floresta urbana do mundo, que continua mantendo valiosos remanescentes de seus ecossistemas originais, mesmo tendo sido replantada no século XIX. Foi o primeiro exemplo de reflorestamento com espécies nativas. A interferência do homem trouxe ainda mais natureza para a cidade com a construção de parques, praças e jardins. Aos poucos os ecossistemas foram sendo protegidos pela legislação ambiental e uma grande quantidade de parques, reservas e área de proteção ambiental foram sendo criados para garantir sua conservação. Posição Geográfica A cidade do Rio de Janeiro está situada a 22º54'23" de latitude sul e 43º10'21" de longitude oeste, no município do mesmo nome: é a capital do Estado do Rio de Janeiro, um dos componentes da Região Sudeste do Brasil. Ao norte, limitase com vários municípios do Estado do Rio de Janeiro. É banhada pelo oceano Atlântico ao sul, pela Baía de Guanabara a leste e pela Baía de Sepetiba a oeste. Suas divisas marítimas são mais extensas que as terrestres. Área Metropolitana A Região Metropolitana do Rio de Janeiro é composta por outros 17 municípios Duque de Caxias, Itaguaí, Mangaratiba, Nilópolis, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Maricá, Niterói, Paracambi, Petrópolis, São João de Meriti, Japeri, Queimados, Belford Roxo, Guapimirim - que constituem o chamado Grande Rio, com uma área de 5.384km. Dimensões


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A área do município do Rio de Janeiro é de 1.255,3 Km², incluindo as ilhas e as águas continentais. Mede de leste a oeste 70 km e de norte a sul 44 km. O município está dividido em 32 Regiões Administrativas com 159 bairros.

Relevo O relevo carioca está filiado ao sistema da serra do Mar, recoberto pela floresta da Mata Atlântica. É caracterizado por contrastes marcantes, montanhas e mar, florestas e praias, paredões rochosos subindo abruptamente de baixadas extensas, formando um quadro paisagístico de rara beleza que tornou o Rio mundialmente conhecido como a Cidade Maravilhosa. O Rio de Janeiro apresenta três importantes grupos montanhosos, mais alguns conjuntos de serras menores e morros isolados em meio a planícies circundadas por esses maciços principais. Rios O maior rio genuinamente carioca é o Cabuçu ou Piraquê que deságua na Baía de Sepetiba após um percurso de 22km. Os mais conhecidos são: Carioca, primeiro a ser utilizado no abastecimento da população, rio histórico, hoje quase totalmente canalizado e o Cachoeira, por ser o formador das mais belas cascatas da Floresta da Tijuca, como a Cascatinha Taunay e o Salto Gabriela. O rio Guandu, originário de município vizinho, é o curso d'água de maior importância e, abastece de água potável a cidade. Lagoas São poucas, pequenas e costeiras. A maior delas, a de Jacarepaguá, tem cerca de 11km² de área, conhecida também por Camorim e Tijuca. A de Marapendi tem 3.765m² de superfície e está separada da anterior pela restinga de Jacarepaguá e do oceano pela restinga de Itapeba. Além dessa, encontra -se na Baixada de Jacarepaguá a Lagoinha, com cerca 172m².


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A Lagoa Rodrigo de Freitas, antiga de Sacopenapã, uma das paisagens mais bonitas do Rio, é constituída por um espelho d'água com aproximadamente 2,4 milhões de metros quadrados na forma de um coração, que se tornou famoso e conhecido como o "Coração do Rio". Suas margens, cercadas por parques, quadras de esportes, quiosques para alimentação, pistas para caminhadas e para passeios de bicicleta, são um dos principais pontos de atração da cidade. Litoral Com extensão calculada em 246,22km divide-se em três setores: Baía de Guanabara, Oceano Atlântico propriamente dito e Baía de Sepetiba. O primeiro dos citados é o maior, o mais recortado e o de mais antiga ocupação. Vai da foz do Rio São João de Meriti até o Pão de Açúcar. É baixo, tendo sido muito alterado pelos aterros aí realizados. Numerosas ilhas enfeitam essa seção do litoral carioca. Outros acidentes importantes nele encontrados são: as Pontas do Caju e Calabouço, ambas aumentadas por aterros. Algumas praias importantes encontram-se nesse trecho: Ramos, Flamengo, Botafogo e Urca. O segundo setor vai do Pão de Açúcar até a Barra de Guaratiba A costa é alta quando as ramificações dos Maciços da Tijuca e da pedra Branca se aproximam do litoral; é baixa quando elas se afastam. Torna-se retilínea nas regiões planas, onde aparecem belas praias de restingas, e recortada junto às regiões montanhosas. Do Leblon para leste a faixa litorânea é mais densamente ocupada pela população urbana; para oeste é mais explorada para turismo e lazer; contudo a ocupação humana dessa área vem ultimamente sofrendo acréscimo. As atrações turísticas propiciaram a concentração de hotéis de alta categoria nesse trecho. Destacam-se no litoral oceânico duas praias: a primeira por sua extensão, 18km ao longo da avenida Sernambetiba, desde o pier da Barra da Tijuca até o Recreio dos Bandeirantes e Copacabana (4,15 Km), pela beleza de fama internacional. O terceiro setor vai da Barra de Guaratiba até a foz do Rio Guandu. É pouco recortado e apresenta um único acidente importante - a Restinga de Marambaia. Nele se destacam três praias: Sepetiba, Pedra de Guaratiba e Barra de Guaratiba. A ocupação humana desse trecho é menos densa, não só por


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causa da distância que o separa do centro da cidade, como também porque apresenta grandes áreas pantanosas, cobertas de manguezais. É zona de colônias de pesca. Clima É do tipo tropical, quente e úmido, com variações locais, devido às diferenças de altitude, vegetação e proximidade do oceano; a temperatura média anual é de 22º centígrados, com médias diárias elevadas no verão (de 30º a 32º); as chuvas variam de 1.200 a 1.800 mm anuais. Nos quatro meses do chamado alto verão - de dezembro a março - os dias muito quentes são sempre seguidos de tardes luminosas, quando em geral caem chuvas fortes e rápidas, trazendo noites frescas e estreladas. O Rio de Janeiro está localizado no estado de mesmo nome, na Região Sudeste do Brasil, e é limitado pelo Oceano Atlântico e por três outros estados da Federação: Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. A cidade é a mais visitada do Hemisfério Sul, conhecida pelas paisagens de tirar o fôlego e pelo espírito único de seu povo. É ainda a segunda maior cidade do Brasil e a 26ª do mundo. As montanhas, lagoas e o oceano marcam a exuberância natural e todo o colorido típico da Cidade Maravilhosa. A boa energia da recepção dos cariocas é percebida nas ruas, nos bares, na praia, onde o pôr do sol é uma experiência rara, a ser vivida de coração aberto pelos visitantes 7.

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Fonte: http://www.rio.rj.gov.br/web/smtr/exibeconteudo?article-id=87129


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8- Design para Todos O design acessível é um subconjunto do design universal. Segundo Vanderheinden (apud Baranauskas, 2007) o design acessível foca nos princípios que estendem o processo de design padrão para aquelas pessoas com algum tipo de limitação. Outra definição, segundo The Center for Universal Design: The Principles of Universal Design (apud Baranauskas, 2007), é o design de produtos e ambientes para serem usáveis por todas as pessoas, na maior extensão possível, sem a necessidade de adaptação ou design especializado. Em vez de buscar soluções específicas que adaptem a uma incapacidade específica, o Design Universal busca pensar a criação de produtos para todos, sem discriminar e a fim de promover um ambiente de Inclusão. É necessário salientar que criar produtos segundo os princípios do Design Universal não implica em, necessariamente, um produto único para todos. Na maioria das vezes, o objetivo é o de atender o máximo de princípios do Design Universal. O design universal possui sete princípios: 8.1- Os sete princípios do Design Universal 8 1º Princípio: Igualdade de uso O que significa: Que todos, independentemente do grau de dificuldade De locomoção, devem ter o direito de ir e vir e de utilizar o espaço como os demais. Exemplo: Rampa que comece no mesmo ponto que a entrada para os demais moradores da casa. 2º Princípio: Flexibilidade de uso O que significa: Dar opções de métodos de uso de espaços e objetos, de acordo com as necessidades do usuário. Exemplo: Colocar campainhas e telefones em alturas que todos consigam tocar. 3º Princípio: Uso simples e intuitivo 8

Fonte: http://www.ncsu.edu/www/ncsu/design/sod5/cud/about_ud/udprinciplestext.htm


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O que significa: Acabar com a complicação desnecessária e permitir que o usuário use a intuição. Exemplo: escadarias com pequenas luzes ao longo dos degraus. 4º Princípio: Informação perceptível O que significa: Melhora a legibilidade de informações essenciais. Exemplo: Se há degraus pequenos, sinalizá-los e demarcá-los. 5º Princípio: Pouco esforço físico O que significa: Que nem todo mundo precisa ser ginasta para poder andar em sua casa. Exemplo: Tomadas mais altas que as habituais (45 centímetros em vez de 30 centímetros a partir do chão) e bancos dentro de elevadores empresariais. 6º Princípio: Dimensões e espaços para aproximação e uso O que significa: Que todos podem ficar confortáveis independentemente do jeito que pegam as coisas. Exemplo: Evitar colocar um gabinete fixo debaixo da pia da cozinha ou do banheiro, pois alguém em cadeira de rodas não conseguirá se colocar em frente e utilizar a torneira. 7º Princípio: Tolerância a erros O que significa: Chamar a atenção para perigos e prover características de segurança. Exemplo: Escadas e anteparos sinalizados em espaços públicos.


30

9– Sustentabilidade Para a concepção do ponto de ônibus é necessário levar em conta se o produto

é

sustentável,

ou

seja,

se

ele

é

ecologicamente

correto,

economicamente viável e culturalmente diverso. Barbero e Cozzo em (Barbero; Cozzo; 2009. p.10-11) citam que o sistema econômico em que vivemos tem alterado progressivamente as relações entre os recursos materiais, energéticos e humanos. Simultaneamente, o impacto da produção industrial sobre o ecossistema aumenta de forma exponencial. É absolutamente imprescindível que as considerações acerca do impacto ambiental que os produtos terão quando introduzidos no mercado sejam tidas em conta no momento da ideação e da projetação sustentável. O eco design acompanha o princípio de que a forma está a serviço da função. Os produtos assim idealizados são flexíveis e duráveis, modulares ou multifuncionais, adaptáveis ou recicláveis. De acordo com Manzini et al. (2002 apud MALAGUTI, 2005), o eco design trata-se de uma atividade de design que visa ligar o que é tecnicamente possível ao ecologicamente necessário, de modo a criar novas propostas cultural e socialmente aceitáveis. Segundo Fiksel (1996, apud NASCIMENTO, 2006), trata se de considerar no desempenho do projeto de produtos uma relação que estabeleça objetivos ambientais, de saúde e segurança; e ainda, realizar uma análise do produto ou do processo ao longo de seu ciclo de vida, tornando -os eco eficientes. Para sua realização, Manzini et al. (2002 apud MALAGUTI, 2005) indica a existência de quatro níveis de interferência. Esses níveis permitem chamar a atenção para o importante papel do designer no desenvolvimento de projeto de produtos, pois suas as escolhas são aquelas que vão determinar o desempenho do produto ao longo de todo seu ciclo de vida. O primeiro deles refere-se a uma melhor eficiência no que diz respeito ao consumo de matéria-prima e de energia, a facilitação da reciclagem de seus materiais e a reutilização dos seus componentes. Essas alterações delim itam o caráter técnico de atuação, não necessitando das mudanças de estilos de vida e de consumo. (MANZINI et al., 2002).


31

O segundo nível considera a necessidade de uma boa prestação de serviço, e de uso dos produtos, quando esses são ecologicamente mais favoráveis em relação aos outros. Tais como, os produtos que emergem da integração de novas soluções tecnológicas ou da realização de iniciativas empresariais particularmente orientadas para o mercado verde (MANZINI et al., 2002). O terceiro nível requer que o novo mix de produtos e serviços propostos seja socialmente apreciável. Neste sentido, a organização deve investir em um produto cujo mercado ainda está sujeito a verificações (...), pois vão ter a possibilidade de abrir um mercado novo e diferente de tudo aquilo que existia (MANZINI et al., 2002). No quarto nível, os autores propõem desenvolver atividades no plano cultural que tendam a promover novos critérios de qualidade e assim, modificar a maneira de buscar resultados. Para tal, é preciso que a atuação dos projetistas seja um fator de estímulo de idéias socialmente produtivas. Portanto,

esta

ferramenta

possibilita

a

integração

de

requisitos

socioambientais às etapas de ciclo de vida de produtos. Entre outras palavras, permite conceber diversas estratégias para cada etapa de ciclo de vida, como os seguintes exemplos citados por Nascimento (2006): Na etapa de pré-produção, evitar o uso de materiais escassos ou em risco de extinção; utilizar materiais biodegradáveis, mais leves e reciclados e de fontes locais; a desmaterialização pela utilização de matérias-primas que possam ser mais facilmente separadas, sem perder suas características originais, entre outras estratégias. No âmbito da fase de produção, o eco design considera as estratégias de redução do uso de energia na produção, por meio de programas de redução de consumo energético; uso eficiente de matéria-prima como a redução dos materiais utilizados e os desperdícios tal como, evitar as sobras inutilizáveis; e a reciclagem em circuito fechado.


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Cabe na fase de distribuição, a facilidade para a desmontagem de um produto; o uso de embalagens retornáveis, a otimização do transporte, entre outras. Para a fase de uso, o autor sugere estratégias que visam produtos de uso compartilhado ou coletivo e na criação de produtos multifuncionais. Por fim, a fase de eliminação, definida por alguns autores como “fase de descarte ou reutilização”, prevê no eco design a possibilidade da reutilização dos componentes ou materiais do produto para uma reintrodução em um novo, o que para tal pressupõem transformações. De acordo com Nascimento (2006), no final de sua vida útil, quanto mais o produto mantém suas características originais, mais benefícios ambientais ele possui, pois necessita de menos energia e gera menos resíduos nas transformações em novos produtos.


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10- Tecnologia Assistiva Tecnologia assistiva é um termo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com necessidades especiais e consequentemente promover vida independente e inclusão. Segundo Cook e Hussey (1995) a definição para tecnologia assistiva é uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências. O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como tecnologia assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e que foi renovada em 1998 como AssistiveTechnology Act de 1998 (- P.L. 105-394, S.2432). Ela compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam. A tecnologia assistiva ou ainda autoajudas podem ser definidas por Hogetop e Santarosa (2001) como o conjunto de recursos que, de alguma maneira, contribuem para proporcionar às pessoas com necessidades especiais, maior independência, qualidade de vida ou inclusão social, potencializando suas capacidades. De acordo com Gasparetto (2000), pode ser simples como uma lupa de mão, de apoio ou montada em óculos, a bengala ou mais complexos como os teclados em braile, sintetizadores de voz e sistemas computadorizados para comunicação. Existem várias tecnologias assistivas, algumas chamam atenção pelo fato de poderem ser aproveitadas na projeção de um ponto de ônibus, estas proporcionaram mais conforto e segurança a população que apresentam alguns tipos de restrições e algumas serão utilizadas até mesmo por todos, são elas: Pisos Táteis ou Podo táteis.


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Piso Tátil é o piso diferenciado com textura e cor sempre em destaque com o piso que estiver ao redor. Deve ser perceptível por pessoas com deficiência visual e baixa visão. É importante saber que o piso tátil tem a função de orientar pessoas com deficiência visual ou com baixa visão, de acordo com a norma da ABNT NBR 9050 p.39 o piso tátil deve ser cromodiferenciado ou deve estar associado à faixa de cor contrastante com o piso adjacente.

Piso Tátil.


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11- Materiais 11.1- Vidros 11.1.1- Gorilla glass O Gorilla Glass é usado por mais de 30 grandes marcas e foi implantado em mais de 400 modelos de produtos. Hoje existem mais de 300 milhões de dispositivos com este tipo de vidro sendo utilizados por consumidores em todo o mundo.

Gorilla Glass

Ele apresenta características de resistência ao dano excepcional, tanto para os arranhões, quedas e colisões cotidianos. É fino, frio ao toque, e limpa facilmente. E é sensível o suficiente para permitir que os aplicativos touch screen mais sofisticados funcionem perfeitamente. É fabricado usando o processo de fusão exclusivo da Corning 9.

9

Fonte: http://www.corninggorillaglass.com/


36

Este vidro ainda apresenta uma nitidez impressionante o que o torna ideal para a definição em HD e a televisão 3-D. 11.1.1.1- Características O Gorilla Glass proporciona excepcional desempenho e proteção, com vantagens sobre outros materiais como o vidro comum ou o vidro temperado. Resistência ao dano: O vidro é quimicamente reforçado através de um processo de troca iônica, que cria uma camada de compressão profunda sobre a superfície do substrato de vidro. Esta camada funciona como blindagem para reduzir a introdução de falhas por usuários finais. Fator da forma: Dependendo das especificações de aplicação e do fabricante, o gorilla glass pode ser produzido em espessuras que variam de 0,5 a 2 mm. Qualidade de superfície inigualável: O processo de fusão da Corning dá ao gorilla glass uma excepcional superfície limpa, lisa, plana, nítida e resistente.

11.1.2- Vidro temperado O vidro temperado consiste no aquecimento da matéria-prima (cristal ou vidro impresso) submetido a um tratamento térmico de têmpera à temperatura de 650/700ºC, recebendo logo após, choque térmico provocado por jatos de ar. Esta brusca mudança de temperatura gera uma compressão das faces externas e expansão na parte interna, adquirindo neste processo características de resistência muito maior do que as do vidro comum. O processo térmico de temperatura melhora consideravelmente as propriedades do produto, conferindo ao vidro temperado uma resistência muito maior que a do vidro comum. A finalidade da têmpera é estabelecer tensões elevadas de compressão nas zonas superficiais do vidro, e correspondentes altas tensões de tração no centro do mesmo.


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O vidro temperado conserva as qualidades do vidro comum, como transparência, resistência química e durabilidade, com o acréscimo de serem cinco vezes mais resistentes. Quando se quebra, apresenta fragmentos pequenos, não pontiagudos e sem arestas cortantes. Por isso, é chamado de vidro de segurança. Uma grande vantagem do vidro temperado são as várias opções de cores e espessuras, o importante é identificar a necessidade. Outra vantagem é que quando fraturado se fragmenta em pequenos pedaços, com arestas menos cortantes que o vidro comum. Tem resistência mecânica cerca de quatro a cinco vezes superiores.

Porta de Vidro Temperado

No entanto, o vidro temperado não pode ser cortado ou partido. Os orifícios para hastes ou parafusos e até mesmo o polimento das arestas ou lapidação de suas bordas deve ser feito antes da têmpera, pois qualquer dano feito em sua superfície pode resultar no estilhaçamento completo da peça.


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Apesar de sua dureza e rigidez, ele é menos flexível que o vidro comum ou o vidro laminado 10. 11.2. Aço 11.2.1.Aço Inox O aço inoxidável é uma liga de ferro e crómio, podendo conter também níquel, molibdénio e outros elementos, que apresenta propriedades físico químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação sua principal característica. As principais famílias de aços inoxidáveis, classificados segundo a sua microestrutura, são: ferríticos, austeníticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e duplex 11.

Corrimão de aço inox

Os aços inoxidáveis são utilizados principalmente para cinco tipos de mercados:

10

Fonte: http://www.vidrotemperadosp.com.br/

11

http://www.worldstainless.org/About+stainless/


39

•Eletrodomésticos: Grandes eletrodomésticos e pequenos utensílios domésticos. •Automotores: produção de peças para veículos automotores como, por exemplo, canos de descarga. •Construção: edifícios e mobiliários. •Indústria: alimentação, produtos químicos e petróleo. •Setor de Serviços: fachadas e placas de sinalização visual. A sua resistência à corrosão, as suas propriedades higiênicas e estéticas fazem do aço inoxidável um material muito atrativo para satisfazer diversos tipos de demandas. Como mencionado anteriormente, podemos classificar o aço inox nos grupos: ferríticos, austeníticos, martensíticos, endurecíveis por precipitação e Duplex. A composição química junto com o processamento termo-mecânico confere aos aços inoxidáveis propriedades diferentes. Assim, cada grupo de aço inox tem uma aplicação. Abaixo, temos algumas aplicações dos aços inoxidáveis. •Austenítico (resistente à corrosão). •Equipamentos para indústria química e petroquímica. •Equipamentos para indústria alimentícia e farmacêutica. •Construção civil. •Baixelas e utensílios domésticos. •Ferrítico (resistente à corrosão, mais barato por não conter níquel). •Eletrodomésticos.


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•Balcões frigoríficos •Moedas. •Indústria automobilística. •Talheres. •Sinalização visual - Placas de sinalização e fachadas. •Martensítico (dureza elevada). •Cutelaria. •Instrumentos cirúrgicos como bisturi e pinças. •Facas de corte. •Discos de freio especiais. 11.2.1.1. Propriedades do Aço Inox •Alta resistência à corrosão. •Resistência mecânica adequada. •Facilidade de limpeza/Baixa rugosidade superficial. •Aparência higiênica. •Material inerte. •Facilidade de conformação. •Facilidade de união. •Resistência a altas temperaturas. •Resistência a temperaturas criogênicas (abaixo de 0 °C).


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•Resistência às variações bruscas de temperatura. •Acabamentos superficiais e formas variadas. •Forte apelo visual (modernidade, leveza e prestígio). •Relação custo/benefício favorável. •Baixo custo de manutenção. •Material reciclável. •De boa fabricação. •Densidade média = 8000 kg/m³. 11.3- Madeira 11.3.1- Madeira plástica ou Policog A Madeira plástica é um material composto produzido através do reciclo de polímeros, inclusive do lixo, em especial o polietileno de alta densidad e adicionado de outros materiais, tais como serragem de madeira, carbonato de cálcio, caulim, pigmentos e plastificante, além de algum teor se conveniente de polietileno de baixa densidade e poliestireno, conforme as propriedades finais de resistência a flexão, compressão, rigidez ou flexibilidade sejam desejadas.

Madeira plástica


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Ela nasce e desenvolve-se como produto da preocupação com a responsabilidade com o meio ambiente, com o crescimento da reciclagem de materiais, visando substituir madeira em diversos fins, como bancos de praça, instalações para lixo, escadas, corrimãos e etc. Pode ainda ser usado para móveis

escolares,

construções

diversas

na

indústria

onde

substitua

adequadamente a madeira ou metal. 11.3.1.1- Propriedades da Madeira Plástica A madeira plástica apresenta vantagens em relação a determinadas propriedades da madeira. •Resistente à corrosão, podendo ser exposta a sol, chuva, poeira, manter contato com o solo. •É imune à pragas, como cupins, insetos e roedores; não mofa, não cria fungos e não absorve umidade. •Não forma farpas, não racha, nem empena pelo secamento ou envelhecimento. •Não necessita ser pintada, é pigmentada com diversos tipos de pigmentos e materiais corantes em diversas cores e texturas adequadas a diversas aplicações. •Visualmente, pode ser idêntica a madeira convencional. •Maior agarre a pregos e parafusos, não apresentando, por exemplo, as rachaduras quando nela penetram pregos ou parafusos, pois não possui uma orientação de "fibras" como da madeira 12 13.

12

Fonte: http://www.wisewood.com.br/

13

http://www.ecowoodrio.com.br/


43

11.4- Pisos 11.4.1- Pisos táteis Os pisos táteis também são conhecidos como podotáteis.

Modelo de piso tátil com bolinhas

Podo: pé Tátil: tato (sentido). Assim dando o significado de sensação através dos pés. Estes pisos têm como função auxiliar a caminhada das pessoas, sejam elas deficientes visuais, crianças, idosos e até mesmo turistas. Como revestimento de chão, os pisos táteis não funcionam sozinhos e sim com uma composição de peças que caracterizam uma caminhada segura e com autonomia. Portanto deve ser levado em consideração o desenho universal deste produto,

lembrando

que

o

seu

significado

deve

ser

evidente

e

fácil

reconhecimento, tendo uma linguagem simbólica onde quer que os encontre. No Brasil existem duas tipologias dos pisos táteis, os mesmos são descritos pela NBR 9050 como sinalização tátil do piso: Piso direcional conhecido como guia que tem como função guiar a pessoa através de uma trilha. Pisos alerta que tem como serventia alertar a pessoa de perigo e obstáculos oportunos, como mobiliário urbano 14.

14

Fonte: http://www.reformafacil.com.br/seguranca-com-pisos-antiderrapantes


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11.4.2- Piso Vinílico É amplamente utilizado em shoppings, academias, escolas, quadras de esportes e ambientes públicos. Devido sua alta durabilidade e resistência, são utilizados em locais onde há um alto fluxo de pessoas. Possui altíssima durabilidade e resistência. Fácil de limpar, não possui fendas, portanto não acumula sujeiras entre um piso e outro, como acontece com o piso de taco, por exemplo. Oferece um ótimo isolamento acústico 15.

Piso Vinílico

15

http://modoconstrucao.blogspot.com/2010/02/tipos-de-piso-vantagens-e-desvantagens.html


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11.5- Energia Renovável 11.5.1- Placas de captação de energia solar ou painel solar fotovoltaico

Painel Solar

Os painéis solares fotovoltaicos são dispositivos que convertem a energia da luz do Sol em energia elétrica. Eles são compostos por células fotovoltaicas, ou seja, elas criam uma diferença de potencial elétrico por ação da luz (seja do Sol ou não). As células solares contam com o efeito fotovoltaico para absorver a energia do sol e fazem a corrente elétrica fluir entre duas camadas com cargas opostas. A grande maioria dos painéis fotovoltaicos é feitos à base de cristais de silício. Há 3 tipos de painéis: Painéis Monocristalinos •Taxa

de

conversão

elevada

14%

a

18%

(23%

em

condições

laboratoriais). •São mais caros, já que o processo de fabrico é tecnicamente difícil. •Requerem muita energia para serem produzidos.


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•Painéis Policristalinos. •Taxa de conversão entre 11% a 14% (18% em condições laboratoriais). •Custos de produção mais baixos que os monocristalinos. •Painéis Amorfos. •Mais baratos e fáceis de produzir. •Ideais para pequenas aplicações (ex: calculadoras) •Reagem melhor a luz difusa e fluorescente, menor perda em altas temperaturas. •Taxa de conversão entre 8% a 10% (13% em condições laboratoriais). •A sua baixa eficiência restringe o seu uso comercial em micro geração.


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11.5.1.1- As Células fotovoltaicas

Célula fotovoltaica

Quando os painéis são expostos à radiação solar, os fotões contidos na luz transmitem a sua energia aos materiais semicondutores que libertam electrões da união P-N para o circuito exterior da união P-N, produzindo assim corrente elétrica. O menor módulo de um painel fotovoltaico capaz de produzir eletricidade é a chamada célula fotovoltaica. Estas células fotovoltaicas são combinadas de maneira a produzir a potência e voltagem pretendida. Estes conjuntos de células ligadas sobre um suporte adequado e com uma cobertura que as protejam do exterior formam um painel fotovoltaico. Potência: Volts x Amperes = Watts Cada célula produz uma voltagem de aproximadamente 0.5 volts, para obter voltagens mais elevadas devem-se ligar as células em série, quanto maior a célula maior a corrente (medida em amperes), também se podem ligar as células em paralelo para aumentar a corrente.


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A voltagem pode ser comparada a pressão de água numa mangueira. Se a força dos electrões não for suficiente a eletricidade não pode entrar na bateria ou circuito elétrico. A voltagem pode descer por várias razões sendo a principal a temperatura elevada, ao contrário de painéis solares térmicos os painéis fotovoltaicos perdem produtividade quando aquecem demais. Tal como a voltagem pode ser comparada à pressão numa mangueira a corrente pode ser comparada com a quantidade de água (neste caso electrões) que lá passa. Um painel que produza 10 amperes envia o dobro de electrões de outro que produza 5. No entanto quando se fala em painéis fotovoltaicos fala-se principalmente na sua potência. VOLTS X AMPERES = WATTS Um painel de 12 volts que produza 4 amperes tem 48 watts de potência. Dois destes painéis poderiam ser ligados em série ou paralelo. Dois painéis de 48 watts podem ser conectados em série adicionando a sua voltagem sem que a corrente se altere ficando com 24 volts e 4 amperes e 96 watts ou conectados em paralelo adicionando a corrente, 12 volts, 8 amperes com os mesmos 96 watts. Um metro quadrado de painéis solares pode produzir até 160 watts de eletricidade sem necessidade de manutenção por cerca de 25 anos, os painéis funcionam até com luz difusa e em dias de céu nublado no entanto com menos produção. A voltagem permanece mais ou menos a mesma nas várias condições atmosféricas variando apenas a corrente e a potência. A intensidade solar máxima por hora é de cerca de 1000 W/m2 ou seja um painel com um metro quadrado e uma eficiência de 15% produzira no máximo 150 w/h. No entanto o mesmo painel produzira apenas 75 w/h se a luminosidade


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for reduzida para metade (500 W/m²). Luz difusa a passar através de nuvens representa cerca de 300 W/m2, em más condições atmosféricas com nuvens escuras a intensidade luminosa pode descer a 100 W/m2 produzindo neste exemplo de painel apenas 15 w/h 16. 11.5.2- Iluminação 11.5.2.1- Lâmpada de Led Tubular

Lâmpada de Led tubular

A tecnologia do led é bem diferente das lâmpadas de filamento incandescente e das lâmpadas fluorescentes. A lâmpada de led é fabricada com material semicondutor semelhante ao usado nos chips de computador. Quando percorrido por uma corrente elétrica, emite luz. O resultado é uma peça muito menor, que consome menos energia e tem uma durabilidade muito maior. Enquanto uma lâmpada comum tem vida útil de 1.000 horas e uma fluorescente de 10.000 horas, a led rende entre 20.000 e 100.000 horas de uso ininterrupto. Uma lâmpada incandescente converte em luz apenas 5% da energia elétrica que consome. As lâmpadas LED convertem até 40%. Essa diminuição no desperdício de energia traz benefícios evidentes ao meio ambiente.

16

Fonte: http://www.paineisfotovoltaicos.com/funcionamento.php


50

Nos países em que a eletricidade é produzida a partir da queima de combustíveis fósseis, essa economia significa nove vezes menos gases do efeito estufa na atmosfera. Se metade de toda a iluminação mundial fosse convertida à tecnologia

led

até 2025,

seria

possível economizar 120

gigawatts de

eletricidade17. 11.5.2.2- Lâmpada Fluorescente

Lâmpada Fluorescente

As lâmpadas fluorescentes funcionam de modo semelhante aos tubos de descarga de gás néon, possuem um par de elétrodos em cada extremo. O tubo de vidro é coberto com um material à base de fósforo, este, quando excitado com radiação ultravioleta gerada pela ionização dos gases produz luz visível. Internamente são carregadas com gases inertes a baixa pressão, as mais comuns utilizam o árgon. 17

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/energia/conteudo_264235.shtml


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Além de serem de duas a quatro vezes mais eficientes em relação às lâmpadas incandescentes, as fluorescentes chegam a ter vida útil acima de dez mil horas de uso, chegando normalmente à marca de vinte mil horas de uso, contra a durabilidade normal de mil horas das incandescentes. E também geram uma economia de 80% com uma lâmpada de 15 W fluorescente comparada a uma lâmpada incandescente de 60 W 18.

18

Fonte: http://ecotubobrasil.com.br/pagina.asp?id=10


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12- Pesquisas de Similares Para a composição do ponto de ônibus se fez pertinente a analise de alguns similares para que possam ser percebidas suas melhores características para serem adicionados ao projeto e seus defeitos para que não ocorram no mesmo.


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13- Síntese O projeto é em sua essência, o desenvolvimento de um novo ponto de ônibus com conceitos estéticos dos jogos olímpicos de 2016, visando acessibilidade, funcionalidade e sustentabilidade. A questão não é apenas de criar um novo mobiliário para um grupo específico, mas sim aplicar o design universal para que todos os usuários compreendam, interajam com o ponto de ônibus e que o momento em que esperam o ônibus não seja tão incomodo, com um olhar ecológico sob o projeto pode-se limitar os impactos ambientais causados pelo ponto de ônibus, de maneira a escolher os materiais que melhor se adéquam a utilização e tipos de fontes de energias limpas elaborando um produto inovador que agrade aos seus usuários e que atenda todas as necessidades dos mesmos. Após as pesquisas realizadas ao longo do projeto, foi decidido que sua estrutura será produzida com aço inox, as laterais e a parte traseira com placas de vidro temperado, haverá dois painéis com gorilla glass na parte frontal, o piso será vinílico com piso podotátil, o ponto de ônibus também contará com duas lixeiras de aço inox em seu interior, seus bancos serão feitos com polico g ou madeira plática, terá uma área exclusiva para portadores de necessidades especiais bem no centro do ponto de ônibus, também será utilizado iluminação com lâmpadas de led tubular e como fonte de energia renovável será utilizada a energia solar. O design do ponto de ônibus será feito, seguindo os padrões ergonômicos, funcionais e estéticos, aliados ao eco design. Seguindo as normas e legislações brasileiras, o ponto de ônibus terá as medidas antropométricas corretas para seus usuários visando seu conforto, bem como terá opções diversas de acessibilidade para portadores de necessidades especiais.


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O desenho do ponto de ônibus seguirá a identidade visual dos jogos olímpicos de 2016, remetendo-se às formas da logomarca desenvolvida para o evento e os pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro.


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14- Geração das Alternativas 14.1- Desenvolvimento Para desenvolver as alternativas do produto final, foi utilizado o método de brainstorming, onde foram inicialmente desenhados alguns modelos para o ponto de ônibus, em algumas das alternativas foram seguidos padrões já conhecidos, nas outras, a criatividade seguiu caminhos diversos, aplicando nas formas elementos orgânicos, ficou definido como sendo, um ponto mais simples pelo para que não haja nenhuma desarmonia com o ambiente que ele será instalado, lembrando que trata-se de um ponto temático ou seja após os jogos olímpicos terem ocorrido basta retirar os itens que estarão no mobiliário para que fique como um ponto de ônibus comum. Além da logo dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro, as cores utilizadas também se remetem aos jogos. A ergonomia torna-se um dos principais elementos para a formulação das alternativas, uma vez que surge a importância de desenvolver o ponto para que seja acessível a todos os usuários. Para a parte visual do projeto adotou-se, a logo dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro na parte externa superior, as cores referentes aos jogos em lugares específicos, os pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro como tema de fundo na parte posterior interna do ponto. Os materiais selecionados para o desenvolvimento do produto final passaram por analises para que fossem escolhidas as melhores maneiras de utilizá-los, trabalhando sempre com materiais que causam menos impactos ao ambiente logo buscando aqueles com características que estejam dentro dos conceitos de sustentabilidade. A questão não é apenas de criar um novo mobiliário para um grupo específico, mas sim aplicar o design universal para que todos os usuários compreendam, interajam com o ponto de ônibus e que o momento em que esperam o ônibus não seja tão incomodo, com um olhar ecológico sob o projeto


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pode-se limitar os impactos ambientais causados pelo ponto de ônibus, de maneira a escolher os materiais que melhor se adéquam a utilização e tipos de fontes de energias limpas elaborando um produto inovador que agrade aos seus usuários e que atenda todas as necessidades dos mesmos.

14.2- Análise das Alternativas Após o desenvolvimento das alternativas, foi feita uma análise das mesmas onde foram definidos seus pontos positivos e negativos, bem como o local em que os materiais seriam mais bem aplicados.

Primeira Alternativa


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Segunda Alternativa

Terceira Alternativa


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15- Desenvolvimento do Produto Final Após o desenvolvimento das alternativas, foram selecionadas características de alguns desenhos, para que fosse criado o ponto de ônibus.

15.1 Características Gerais

A busca por uma forma, que pudesse juntar funcionalidade, ergonomia e design, fez com que os desenhos escolhidos fossem desenvolvidos com o objetivo de manter e aprimorar essas características unidas, trabalhando com formas, cores e materiais. O conceito sustentável do ponto de ônibus dá-se pelo fato de gerar a própria energia que será utilizada para o funcionamento do ponto, também por usar vidro nas laterais e na frente eliminando assim a necessidade de muitas lâmpadas estas por sua vez trata-se de lâmpadas de led que são muito mais econômicas e duráveis que as lâmpadas fluorescentes. O ponto apresenta um estilo de acordo com os jogos olímpicos e com a identidade visual do evento. O ponto de ônibus foi desenvolvido visando tornar-se um ponto comum após os jogos por tanto o tema dos jogos olímpicos pode ser retirado bem como podem ser colocados quais quer outros temas no ponto respeitando os espaços determinados para os elementos.


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15.2 Materiais

Um dos fatores que influenciaram na escolha dos materiais foi o fato de terem características sustentáveis, logo diminuindo os impactos ambientais causados na utilização dos mesmos, outro fator importante foi a durabilidade e a resistência que os materiais poderiam oferecer e por fim, porém não menos importante, a aplicação de um novo material chamado gorilla glass juntamente com uma nova tecnologia que vai permitir que o usuário interaja com o ponto de ônibus e obtenha as informações que desejar. Foi utilizado várias placas de vidro temperado, material ecológico, 100% reciclável, que possui a durabilidade e a resistência necessárias para a aplicação no ponto de ônibus. O aço inox foi usado para a estrutura devido a sua estética, resistência, durabilidade e a facilidade da sua manipulação. Através de analises foi inserido o policog para ser utilizado como banco no ponto de ônibus, conhecido também como madeira plástica e é altamente sustentável por ser feito a partir do lixo plástico, que seria descartado no lixo, além de sua estética que se assemelha a madeira e suas ótimas características mecânicas e físicas.

15.3 Identidade visual e tema Para que o ponto de ônibus seguisse a identidade visual dos jogos olímpicos, foi instalado na parte superior externa a logo dos jogos olímpicos na cidade do Rio de Janeiro em 3D, também foi utilizado as silhuetas dos pontos turísticos da cidade do rio de janeiro como, cristo redentor, o pão de açúcar e a pedra da gávea todos aplicados em aço inox e colocados na parte posterior do mobiliário proporcionando a estética necessária e mais uma forma de proteção do ponto de ônibus contra atos de vandalismo.


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16. Desenho Técnico e Rendering Os desenhos técnicos a seguir demonstram a planificação das vistas: frontal, lateral, superior com o teto e superior sem o teto. Todas as imagens estão cotadas em milímetros e estão representadas no 3º diedro, com medidas sem muito detalhamento específico, macro medidas. O rendering foi desenvolvido da maneira que mostrasse o formato do ponto de ônibus ao mesmo tempo, que representassem a forma, cores e texturas dos materiais reais que foram utilizados ao longo do desenvolvimento do projeto, como o vidro temperado, o policog e o aço inox.


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Produto final


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Rendering Ambientado


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17. Conclusão

Dentro do contexto que vivemos hoje em dia, a demanda da sociedade por produtos sustentáveis e ecologicamente corretos está cada vez maior, e é por isso que se faz necessário a criação de produtos para suprir esta demanda, cada vez mais empresas e indústrias estão investindo em processos limpos, e menos agressivos ao meio ambiente. O projeto conclui-se de maneira satisfatória quanto às questões sugeridas na proposta inicial, uma vez que trabalha com as questões de acessibilidades para que todos os usuários possam utilize-lo e faz o uso de materiais ecológicos e aplica um novo conceito de ponto de ônibus na cidade do Rio de Janeiro e torna a cidade mais próxima de estar apta a receber todo o publico que virá em 2016 participar e assistir os jogos olímpicos. Embora o projeto esteja focado para ser aplicado na vila olímpica aonde irão ocorrer os jogos, o ponto de ônibus pode ser aplicado em diversos outros locais da cidade, uma vez que trabalha com as medidas padronizadas do manual de aplicação de mobiliário urbano da cidade do Rio de Janeiro. A presença de um designer dentro deste projeto, trás diversos benefícios à criação do mesmo, pois através de estudos consegue adequar à aplicação de diferentes materiais, desenhos, conceitos de ergonomia e estética.


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REFERÊNCIAS

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