UTENSÍLIO DOMÉSTICO – CORTADOR DE CEBOLA

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FUNDAÇÃO OSWALDO ARANHA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOLTA REDONDA CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESENHO INDUSTRIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

UTENSÍLIO DOMÉSTICO – CORTADOR DE CEBOLA

TCC apresentado ao Curso de Design do UniFOA como requisito à obtenção do título de bacharel em Design.

Aluno: Vinicius Fonseca Medeiros

Orientador: Prof. Luis Cláudio Belmonte dos Santos

VOLTA REDONDA 2011


SUMÁRIO

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INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4

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PROPOSTA .................................................................................................................... 5 2.1 OBJETIVO............................................................................................................................ 5 2.2 OBJETIVO OPERACIONAL ................................................................................................. 5

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JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 6

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METODOLOGIA ........................................................................................................... 11

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CRONOGRAMA ........................................................................................................... 12

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PROBLEMATIZAÇÃO................................................................................................... 13 6.1 RECONHECIMENTO ..........................................................................................................13 6.2 DELIMITAÇÃO ...................................................................................................................13 6.3 FORMULAÇÃO ...................................................................................................................14

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LEVANTAMENTO DE DADOS ..................................................................................... 15 7.1 CARACTERÍSTICAS DOS USUÁRIOS ...............................................................................15 7.2 CEBOLA..............................................................................................................................15 7.3 MATERIAIS .........................................................................................................................20 7.3.1 POLÍMEROS ...............................................................................................................20 7.4 BISFENOL A .......................................................................................................................25 7.5 LEVANTAMENTO DE SIMILARES ......................................................................................30

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ERGONOMIA................................................................................................................ 37

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ANÁLISE DOS DADOS LEVANTADOS ....................................................................... 42 9.1 PRODUTO ..........................................................................................................................42 9.2 ANÁLISE DO SIMILAR MAIS RELEVANTE .........................................................................42 9.2.1 ÁRVORE .....................................................................................................................43 9.2.2 ANÁLISE DAS TÉCNICAS ..........................................................................................44 9.2.3 ANÁLISE DOS MATERIAIS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO .................................44 9.2.4 ANÁLISE ESTÉTICA ...................................................................................................44 9.2.5 ANÁLISE ERGONOMICA ............................................................................................44 9.2.6 ANÁLISE PÚBLICO ALVO ..........................................................................................45

10 SÍNTESE ...................................................................................................................... 46 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 94

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LISTA DE ANEXO

Anexo 01 .........................................................................................................................48 Anexo 02 .........................................................................................................................66 Anexo 03 .........................................................................................................................77

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1. INTRODUÇÃO

Buscando solucionar problemas, esta pesquisa desenvolve uma metodologia para o manuseio facilitado do usuário. O tema do presente trabalho é: UTENSÍLIO DOMÉSTICO – CORTADOR DE CEBOLA. A ideia é abordada nessa pesquisa com um sentido prático e funcional. O gênero foi desenvolvido nesta pesquisa, com o intuito de facilitar o corte da cebola e acabar com a irritação nos olhos. O produto a ser projetado se destina a um grupo de pessoas que, por profissão ou por prazer, se dedicam a culinária, ao uso de temperos e sendo assim ao manuseio da cebola. A fim de tornar pratico o desenvolver do processo de corte da cebola, este projeto de forma mecânica, trás rapidez, higiene e comodidade. Portanto, firmamos o conceito do Design, este que presa simplificar operações antes difíceis, que através de um projeto bem elaborado, tornam-se mais acessíveis e prazerosas.

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2. PROPOSTA

2.1 Objetivo Desenvolver um dispositivo para uso na cozinha que tenha as seguintes características: a- facilite o corte da cebola; b- impeça a propagação do gás chamado sin-propanetial-Sóxido, que promove a irritação dos olhos; c- evite que o usuário fique com cheiro do alimento na mão e d- seja de fácil manutenção.

2.2 Objetivos Operacionais � Levantar informações provenientes do alimento (cebola) que será utilizado do produto; � Pesquisar sobre: a história do alimento; tipos do alimento; a produtividade média no país, o percentual das safras; as vantagens e desvantagens que o alimento trás para a saúde; � Pesquisar o motivo do choro no momento do corte do alimento; � Descobrir como evitar a irritação nos olhos e como tirar o cheiro dacebola das mãos; � Observar as necessidades do público alvo escolhido; � Levantar dados sobre materiais que podem manter contato com o alimento sem que altere sua química; � Levantar informações sobre o local de uso do produto; � Estudar similares; � Desenvolver alternativas; � Detalhamento técnico; � Testar usabilidade; � Montar a apresentação e � Produzir o protótipo.

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3. JUSTIFICATIVA

A história da cebola teve origem na Ásia, vindo para o ocidente atingiu a Pérsia onde se irradiou para a África e por toda Europa. Nas Américas a cebola chegou junto de seus colonizadores, sendo introduzida no Brasil principalmente pelo Rio Grande do Sul. No país não existiam grandes propriedades onde se fazia o plantio da cebola, sendo assim essas propriedades eram caracterizadas como de pequeno e médio porte, estimando que 70% da produção seriam originadas de propriedades familiares. Desde modo, não existia entressafra no Brasil, com isso todo o mercado interno podia ser abastecido pela safra nacional. Naquela época devido a fatores climáticos, existiam períodos de excesso e escassez de oferta do produto, com esse fator o preço da hortaliça variava na mão dos fornecedores, causando assim a dificuldade do abastecimento da mercadoria em algumas áreas. Com essa escassez no mercado interno, o país precisava importar o produto, tendo essa importação feita basicamente pela Argentina. Onde na década de 90, a Argentina exportou cerca de 96% da cebola para o país e os outros 6% vindos do Chile e outros países. Na mesma década, o país começa suas safras e começa a aumentar seu percentual nas colheitas, podendo assim começar a exportar, onde em 1995 o papel muda e o Brasil inicia sua exportação para a Argentina. Alguns anos depois, durante 1998 e 2000 o produto brasileiro chega ao mercado norte-americano. A cebola no Brasil aparece como a terceira hortaliça mais importante economicamente. “O valor bruto médio da produção de cebola curada no Brasil tem gerado em torno de US$ 200 milhões/ano, equivalente a 8% do valor bruto das hortaliças. A produção média de 1 milhão de toneladas/ano, em 65 mil hectares/ano, está concentrada nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Destina-se ao consumo “in natura” e atende principalmente ao mercado interno. A produtividade média brasileira é de 17,57 toneladas/hectare com diferenças regionais marcantes.” Ressaltam-se acréscimos gradativos e constantes no rendimento nos principais produtores.

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Sendo a cebola um dos temperos mais utilizados na culinária, tem-se como significado as vantagens que ela pode nos trazer. O Instituto de Pesquisa Farmacológica Mario Negri, em Milão, na Itália, avaliou que uma pessoa que come em média uma cebola por semana tem a probabilidade de 14% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. Em outro teste do Instituto, avaliou-se que comendo 2 (duas) cebolas semanais é o suficiente para diminuir em 56% o câncer de laringe, 43% o câncer de ovários e 25% o câncer de rins. E pessoas que tem o costume de comer anéis de cebola na salada durante o almoço e o jantar, totalizando uma cebola inteira por dia, tem 56% a menos de adquirir um câncer colorretal e 88% o câncer de boca.

Inúmeras vantagens para nossa saúde podem ser encontradas na cebola, sendo elas: � Elimina substâncias tóxicas pelos rins, o que resulta em sais minerais, ajudando o organismo contra infecções; � O caldo da cebola misturado e fervido com mel é bom para resfriados, gripes, tosse, bronquite e asma; � Abre o apetite, ajuda em casos de inchaços, problemas de pele, garganta e ossos; � Aumenta o volume e o grau do fluxo urinário, sendo assim diurética. � O suco de cebola é muito bom para as picadas de aranhas, abelhas e vespas; � A hortaliça é a pior inimiga dos vermes que atuam no nosso intestino; � Cebola ajuda também a prevenir infarto.

O alimento age como: antioxidante, anti-inflamatório, antitumoral, antiviral, faz a atividade imunológica e ainda reduz os efeitos na formação de catarata em casos de diabetes.

Cebola crua Após a fase de cozimento, as propriedades fermentativas da cebola se perdem deixando assim o alimento mais suave. O consumo exagerado do alimento, principalmente crua, pode aumentar a formação de gases e assim gerar o desconforto gastrintestinal. Sendo assim, quem sofre de acidez no estômago não é recomendado a fazer uso do alimento cru.

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Porém, o consumo de cebola crua melhora o equilíbrio da flora intestinal e reduz o risco de surgimento do câncer do colo retal. Tipos de cebola Existe uma variedade de tipos de cebola podendo ser encontrada pelo mundo, onde as diferenças estão no tamanho, cor e no aroma. Elas podem ser, amarelas, brancas, roxas ou rosadas, e também a encontramos em tamanho: pequeno, médio e grande. Encontramos as cebolas no mercado em 3 (três) tipos: fresca, em pasta ou em flocos. Aqui estão os tipos de cebola encontrados: Cebola Pera

Cebola branca

Cebola pérola

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Cebola chalota

Cebola roxa

Porque a cebola faz chorar As cebolas são divididas em camadas, e em suas camadas existem as células, onde ela possui duas secções, uma com enzimas nomeadas de alinases e a outra com sulfuretos (sulfóxidos deaminoácidos). Na hora do corte, as suas células são quebradas e com isso suas enzimas se decompõem, gerando o ácido sulfônico.Esse ácido é instável e se decompõe formando um gás volátil chamado sim-propanetial-S-óxido. O gás dissipa-se pelo ar e com isso chega aos olhos, onde reage com a água dos nossos olhos, gerando uma solução muito fraca de ácido sulfúrico. O ácido causa irritação nas terminações nervosas dos olhos, gerando ardência. Com a irritação agindo, as glândulas lacrimais respondem diluindo e lavando a irritação. Os mesmos compostos que nos fazem chorar, são os que dão o sabor característico da cebola e o aroma quando cozinhada. Existem diferentes espécies de cebolas, portanto diferentes níveis de gás e liberação do mesmo, com isso, diferentes tipos de irritação.

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Como evitar o choro Pesquisando encontrei alguns métodos para evitar o choro. 1- Para a redução do gás, o mais recomendado é descascar o alimento sobre água corrente ou ate mesmo embaixo d’água, embora este modo não seja muito praticado.Tomando o cuidado de lavar a cebola e as mãos antes do corte, conseguimos reduzir o efeito do gás, pois o mesmo irá reagir com a água das mãos e da cebola, deixando de reagir com os olhos. 2- Na hora da ação do corte, recomenda-se respirar pela boca, assim como a quantidade de ar inalado pela boca é bem maior do que pelo nariz, maior parte do gás será ingerido. 3- Utilizar faca bem afiada danifica menos as células da cebola, liberando menor quantidade de gás. 4- Esfriar a faca durante 2 (dois) minutos no frízer, e usar cebolas frias, tiradas de frigorífico provocarão menos irritação, pois com baixas temperaturas ocorre a inibição da difusão do gás. 5- Não cortar a cebola em rodelas. Cortar sentido raiz-folha ou vice-versa, dessa forma fere menos as cápsulas onde se encontram as substâncias voláteis. Basta cortar a cebola pela metade, apoiar a parte plana que ficou na tábua de corte e cortar e tiras longas de preferências com uma faca bem afiada.

Como evitar o cheiro nas mãos O mais indicado seria a utilização de luvas próprias para a culinária, mais isso não é costume de todos, portanto para a remoção do cheiro nas mãos: utiliza-se limão na hora da lavagem ou apenas lavar as mãos em água corrente por alguns instantes sem esfregar uma mão na outra.

Com essas informações levantadas, o projeto tem como objetivo desenvolver um dispositivo para uso na cozinha que facilite o corte da cebola impeça a propagação do gás chamado sin-propanetial-S-óxido, que promove a irritação dos olhos, evite que o usuário fique com cheiro do alimento da mão e que seja de fácil manutenção. 10


4. METODOLOGIA

Com a finalidade de organização e detalhamento das etapas encontradas nos objetivos operacionais, a metodologia encontrada no projeto segue os pensamentos de Gui Bonsiepe. Onde começa com as pesquisaspre-determinadas, absorvendo o máximo de informações, seguindo para a etapa de estudo das informações adquiridas e finalizando com o desenvolvimento das alternativas apresentadas. Com o tema do projeto escolhido, começa a busca em bibliografias para levantar informações provenientes da cebola, alimento que será utilizado no produto. Levantar dados sobre: a história do alimento, a produtividade média no país, o percentual das safras e as vantagens e desvantagens que o alimento pode trazer para a saúde. Descobrir o motivo do choro no momento da ação do corte do alimento; encontrar a solução para a irritação nos olhos e como tirar o cheiro do alimento que fica nas mãos. Depois de levantar informações sobre o alimento em questão, partiremos para observação das necessidades do público alvo escolhido e em seguida, realizar a coleta de dados sobre materiais que podem manter contato com o alimento sem que altere sua química e obter informações sovre o local que o produto sera utilizado.Serão levantado dados sobre: público alvo, modelos similares existentes, normas técnicas e legislações, todo o material tirado de livros e da internet. Com todas essas informações levantadas e estudadas, seguimos com a pesquisa das dificuldades encontradas em produtos similares existentes, reconhecendo, delimitando e estudando uma solução para os problemas encontrados nos mesmos. Será feito um estudo de análises do produto, estudando: funções, estrutura, materais, relação do mesmo com o meio ambiente e análise relacionada aos usuários. Com a conclusão da síntese de todo o material aproveitado, começamos a próxima etapa do projeto, dando início a geração de alternativas, estudando acertos e erros de gerações com a finalidade de decidir a combinação exata e assim ter uma alternativa escolhida. Com essa informação, entramos na parte de produçao do protótipo e elaboração da apresentação do projeto.

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5. CRONOGRAMA

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6. PROBLEMATIZAÇÃO

6.1 Reconhecimento

Com base na pesquisa realizada até o momento, foi analisado que há quem goste muito da culinária mas na hora de cortar a cebola fica difícil e todos gostam de escapar. Porquê, um tão grande problema com um vegetal simples e tão utilizado nos temperos. Evidentemente que é por causa do seu cheiro e lacrimejar na hora de descascá-las e cortar. Apesar do gosto pela confecção dos alimentos há quem deixe esta parte para os maridos ou filhos ou quem sofra menos com este problema. Segundo Jacqueline Mendonça Lopes de Faria, oftalmologista da Unicamp, responde na edição de número 38, de Abril de 2005, da revista Mundo Estranho, porque choramos ao descascar cebola, o que faz a gente chorar são os gases que a cebola libera na hora em que alguém passa a faca no vegetal. Em contato com a água dos olhos, eles reagem e formam um ácido que irrita o globo ocular. Aí, para se livrar do incômodo, o organismo contra-ataca, produzindo um rio de lágrimas. Sendo assim, a funcionalidade é um desafio a ser superado na produção de um equipamento que seja leve, prático e fácil de usar, que leve à sua cozinha mais higiene, praticidade e segurança na hora de preparar suas refeições, muito mais agilidade e estilo em sua vida.

6.2 Delimitação

Com base na problemática, classificamos diferentes aspectos do manuseio da cebola, tais como: Agilidade e Eficiência, Higiene e Segurança, Funcionalidade e Manuseio. Agilidade e Eficiência: Nota-se a fuga no momento de cortar a cebola, devido ao incomodo gerado pela liberação de seus gases, com isso, além de tornar essa tarefa lenta, seu

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corte manual não trás eficiência, fazendo com que seus pedaços não fiquem regulares, não dando o visual imaginado, no caso de um prato decorativo. Higiene e Segurança: A utilização de utensílios cortantes no preparo manual da cebola gera a falta de segurança, como vemos em vários acidentes domésticos.Outra coisa desagradável do contato com este vegetal é deixar um cheiro desagradável e difícil de sair. Funcionalidade e Manuseio: O manuseio do corte da cebola, no preparo de grandes refeições, pode interferi na estética do prato. Tratando-se do caráter economia, perde-se também significativamente, tanto no alimento quanto no tempo do seu preparo.

6.3 Formulação

Buscando maior praticidade na execução do corte da cebola, nosso produto deverá possuir dimensionamento ergonômico, tratando com segurança e higiene o processo do corte. Deverá ter algumas regulagens devido a variados tamanhos e tipos de cebola. Sua lamina, que possuirá faca em posição livre e funcionará com um sistema de giro automático, deverá ser removível para facilitar a limpeza. Com isso, o produto será destinado tanto para o preparo básico de temperos, quanto a execução de pratos refinados. Seu manuseio será seguro, já que sua lamina ficará sem acesso, será higiênico, pois todo o processo se dará dentro de um compartimento plástico, inibindo o gás e o cheiro.

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7

LEVANTAMENTO DE DADOS

7.1 Características do Usuário

O produto em questão supre a necessidade do público encontrado nas classes B e C, destinado a donas de casa, domésticas e pessoas solteiras, que procuram agilidade e eficiência, evitando o cheiro nas mãos e a irritação nos olhos na hora do preparo do seu prato, utilizando a cebola.

7.2 Cebola

Valor nutricional Cada 100 gramas de cebola (Allium cepa) contém: �

Calorias - 33 kcal

Proteínas - 1,5 g

Gorduras - 0,3g

Vitamina A - 125 U.l.

Vitamina B1 (Tiamina) - 60 mcg

Vitamina B2 (Riboflavina) - 45 mcg

Vitamina B3 (Niacina) - 0,15 mg

Vitamina C (Ácido ascórbico) - 10 mg

Potássio - 180 mg

Fósforo - 45 mg

Cálcio - 35 mg

Sódio - 16 mg

Silício - 8 mg

Magnésio - 4 mg

Ferro - 0,5 mg

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Tipos de cebola Existe uma variedade de tipos de cebola podendo ser encontrada pelo mundo, onde as diferenças estão no tamanho, cor e no aroma. Elas podem ser, amarelas, brancas, roxas ou rosadas, e também a encontramos em tamanho: pequeno, médio e grande. Encontramos as cebolas no mercado em 3 (três) tipos: fresca, em pasta ou em flocos. Aqui estão os tipos de cebola encontrados:

Cebola Pera

Este tipo de cebola é a que o brasileiro mais conhece e usa, sendo encontrada como cebola amarela. Normalmente é a cebola de maior porte, com sua polpa tendo um sabor mais intenso e ácido, boa para consumo quando refogada. Não possui um sabor suave para ingerir crua.

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Cebola branca

De diversos formatos, sua característica principal é sua casca bem branca, também tem um sabor bem forte e é melhor quando usada para se cozinhar, a não ser que você queira este sabor intenso.

Cebola pérola

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É aquela cebola pequena que conhecemos para usar em conservas. Também se pode encontra-las como cebola bebê. Têm um sabor mais delicado e doce, são ótimas como guarnição. Cebola chalota

Cebola com um sabor incrível, bem diferente das outras, muito mais adocicada, com baixíssima acidez. Tem seu corpo mais alongado do que a pérola e no Brasil é dificílimo encontrar. Quando encontradas, normalmente seu preço é bem elevado. São ótimas para pratos delicados e sofisticados.

Cebola roxa

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Cebola de sabor bem adocicado, sendo assim classificado como a melhor cebola para se comer crua. É possível utilizar as cebolas em praticamente todos os tipos de pratos culinários, usando-a em saladas e passando por molhos, conservas, temperos, pratos assados ou ainda cozidos. Como o sabor do alimento é forte e marcante, é preciso que os chefes de cozinha tenham cuidados para evitar que o sabor da cebola se destaque nos pratos que estão sendo preparados.

Significados Simbólicos Com fonte no livro Dicionário de Símbolos, escrito por Jean Chavalier e Alain Cheerbrant“a cebola possui importância simbólica em algumas culturas e cultos espalhados pelo mundo, tendo sido inclusive objeto de culto em uma seita”. Ramakrishna compara a estrutura folhada do bulbo, que não chega a nenhum núcleo, à própria estrutura do ego, que a experiência espiritual debulha camada por camada até a vacuidade. A partir daí nada mais constitui obstáculo ao espírito universal, à fusão com Brama. No plano mágico os egípcios se protegiam de certas doenças com hastes de cebola. Os latinos, segundo Plutarco, proibiam o uso do bulbo, porque acreditavam que ele crescia quando a lua diminuía. Quanto ao cheiro, provocava um sentimento de força vital. Virtudes afrodisíacas lhe são igualmente atribuídas, tanto por sua composição química quanto por suas sugestões imaginativas.

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7.3 MATERIAIS

7.3.1 Polímeros

Polímeros são materiais compostos por macromoléculas. Essas macromoléculas são cadeias compostas pela repetição de uma unidade básica, chamada mero. Daí o nome: poli (muitos) + mero. Os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar. Uma macromolécula assume formato muito semelhante ao de um cordão. Alguns polímeros podem ser constituídos da repetição de dois ou mais meros. Neste caso, eles são chamados copolímeros. Por exemplo, a macromolécula da borracha sintética SBR é formada pela repetição de dois meros: estireno e butadieno:

Como são produzidos os polímeros? A matéria prima que dá origem ao polímero chama-se monômero. No caso do polietileno (PE) é o etileno (ou eteno). Por sua vez, o monômero é obtido a partir do petróleo ou gás natural, pois é a rota mais barata. É possível obter monômeros a partir da madeira, álcool, carvão e até do CO2, pois todas essas matérias primas são ricas em carbono, o átomo principal que constitui os materiais poliméricos. Todas essas rotas, contudo, aumentam o preço do monômero obtido, tornando-o não competitivo. No passado, os monômeros eram obtidos de resíduos do refino do petróleo. Hoje o consumo de polímeros é tão elevado que esses “resíduos” de antigamente tem de ser produzidos intencionalmente nas refinarias para dar conta do consumo!

Os polímeros podem e elastômeros (borrachas).

ser

divididos

em termoplásticos, termorrígidos (termofixos)

Termoplásticos: São os chamados plásticos, constituindo a maior parte dos polímeros comerciais.

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A principal característica desses polímeros é poder ser fundido diversas vezes. Dependendo do tipo do plástico, também podem dissolver-se em vários. Logo, sua reciclagem é possível, uma característica bastante desejável nos dias de hoje. As propriedades mecânicas variam conforme o plástico: sob temperatura ambiente, podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis. Estrutura molecular: moléculas lineares dispostas na forma de cordões soltos, mas agregados, como num novelo de lã. Exemplos: polietileno (PE), polipropileno (PP), poli(tereftalato de etileno) (PET), policarbonato (PC), poliestireno (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC), poli(metilmetacrilato) (PMMA)...

Termorrígidos (Termofixos): São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado a altas temperaturas promove decomposição do material antes de sua fusão. Logo, sua reciclagem é complicada. Estrutura molecular: na verdade, os cordões estão ligados fisicamente entre si, formando uma rede ou reticulado. Eles estão presos entre si através de numerosas ligações, não se movimentando com alguma liberdade como no caso dos termoplásticos. Pode-se fazer uma analogia com uma rede de malha muito fina. Exemplos: baquelite, usada em tomadas e no embutimento de amostras metalográficas; poliéster usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, etc., na forma de plástico reforçado (fiberglass).

Elastômeros (Borrachas): Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão, de forma análoga aos termorrígidos. Estrutura molecular: a estrutura é similar à do termorrígido, mas neste caso há menor número de ligações entre os “cordões”. Ou seja, é como se fosse uma rede, mas com malhas bem mais largas que os termorrígidos. Exemplos: pneus, vedações, mangueiras de borracha.

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Propriedades físicas dos polímeros Leves Mais leves que metais ou cerâmica. Ex: PE é 3 vezes mais leve que o alumínio e 8 vezes mais leve que o aço. Motivação para uso na indústria de transportes, embalagens, equipamentos de esporte... Propriedades Mecânicas Interessantes: � � � � � � �

Baixas temperaturas de processamento; Ajuste Fino de Propriedades através de Aditivação; Baixa Condutividade Elétrica; Baixa Condutividade Térmica; Maior Resistência a Corrosão; Porosidade; Reciclabilidade

Alguns polímeros de importância industrial Certos plásticos se destacam por seu baixo processamento, o que incentiva seu uso em larga escala.

preço e grande

facilidade

de

São os chamados plásticos ou resinas commodities, materiais baratos e usados em aplicações de baixo custo. São os equivalentes aos aços de baixo carbono na siderurgia. Os principais plásticos commodities são: Polietileno (PE), Polipropileno (PP), Poliestireno (PS), Poli (cloreto de vinila) (PVC), Poli (tereftalato de etileno) e Policarbonato.

Propriedades de materiais: Alguns plásticos

Tabela I -

Policarbonato

Policloreto de vinila (PVC)

Polietileno de alta Polietileno de densidade baixa densidade

Resistência química Ácidos concentrados Ácidos diluídos Agentes oxidantes Álcoois Aldeídos

Baixa Boa Baixa Boa Regular

Boa Excelente Boa Boa Baixa

Boa Boa Regular Excelente Boa

Boa Boa Regular Excelente Boa 22


Bases Cetonas Ésteres Hidrocarbonetos alifáticos Hidrocarbonetos aromáticos Hidrocarbonetos halogenados Óleos minerais Óleos vegetais Resistência a processos Esterilização em autoclave Esterilização c/ gás Esterilização seca a quente Esterilização com raios gama Esterilização química Outros dados Temperatura máxima ºC Temperatura mínima ºC Transparência Flexibilidade Permeabilidade nitrogênio Permeabilidade dióxido carbono Permeabilidade oxigênio Massa específica kg/m3 Resistividade ohm m Constante dielétrica Ponto de fusão ºC Absorção de água %

Baixa Baixa Baixa

Excelente Baixa Baixa

Excelente Boa Boa

Excelente Boa Excelente

Baixa

Excelente

Boa

Regular

Baixa

Baixa

Boa

Regular

Baixa

Baixa

Regular

Baixa

Excelente Boa

Boa Boa

Boa Boa

Regular Boa

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

Sim

130

60

120

100

-50

-10

-80

-25

Claro Rígido

Claro Rígido

Translúcido Rígido

Translúcido Boa

3

0,4

3

20

85

10,2

45

280

20

1,2

10

60

1100-1340

1340-1380

950-960

920

>1012 2,9-3,2 150 0,35

>1014 s/ dado 80 0,06

>1015 2,28 130-137 <0,01

>1015 2,28 120 <0,01 23


Coeficiente expansão 6,5 10-5 1/ºC Calor específico kJ/kg 1,5-2,5 ºC Rigidez dielétrica 15-70 kV/mm

8

6-11

9

0,96-1

0,55-0,7

0,55-0,7

18

>22

>20

Tabela II Resistência química Ácidos concentrados Ácidos diluídos Agentes oxidantes Álcoois Aldeídos Bases Cetonas Ésteres Hidrocarbonetos alifáticos Hidrocarbonetos aromáticos Hidrocarbonetos halogenados Óleos minerais Óleos vegetais Resistência a processos Esterilização em autoclave Esterilização c/ gás Esterilização seca a quente Esterilização com raios gama Esterilização química Outros dados Temperatura máxima ºC Temperatura mínima ºC Transparência Flexibilidade Permeabilidade nitrogênio Permeabilidade dióxido carbono

Polimetilmetacrilato

Polipropileno

Boa Baixa Baixa Baixa Boa Regular Baixa Baixa Boa Baixa Baixa Excelente Baixa

Boa Excelente Regular Excelente Boa Excelente Boa Boa Baixa Baixa Baixa Regular Regular

Não Sim Não Sim Não

Sim Sim Não Não Sim

-6 80 Transparente Rígido s/ dado s/ dado

135 -25 Translúcido Semirrígido 4,4 0,92 24


Permeabilidade oxigênio Massa específica kg/m3 Resistividade ohm m Constante dielétrica Ponto de fusão ºC Absorção de água % Coeficiente expansão 10-5 1/ºC Calor específico kJ/kg ºC Rigidez dielétrica kV/mm

s/ dado 1160-1180 >1012 2,8-4 100 0,3 s/ dado 1,47 17

28 905 1016 2,25 170 <0,02 10-17 2 >32

7.4 BISFENOL A

É um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente. É o monômero mais comum entre os policarbonatos empregados em embalagens de alimentos. O bpa é também um dos componentes da resina epóxi (plástico termo fixo que endurece quando misturado a um agente catalisador ou “endurecedor”), presente, por exemplo, no revestimento interno de latas para evitar a ferrugem. Apesar do plástico ser considerado estável, já se sabe que as ligações químicas entre as moléculas do bpa são instáveis, permitindo que o químico se desprenda do plástico e contamine alimentos ou produtos embalados com policarbonato ou resina epóxi. No caso de aquecimento do plástico, a contaminação por bpa é ainda maior. Onde encontramos o bisfenol-a? Em grande parte das mamadeiras de plástico; em embalagens plásticas para acondicionar alimentos na geladeira, copos infantis, materiaismédicos e dentários; nos enlatados, como revestimento interno; em garrafas reutilizáveis de água (squeeze), garrafões de 5l;

Consequências do bisfenol a

O bisfenol-a está presente em produtos no mercado por mais de 120 anos. Estudos demonstram que o bpa não só é um composto onipresente nos seres humanos (alcançou 93% dos voluntários em uma ampla pesquisa americana), mas também uma potente toxina mesmo em doses muito baixas. A maioria das pesquisas que afirma a seguridade do bpa foi patrocinada pela indústria que o produz. 25


Considerado um interferente endócrino, o químico age como alguns dos hormônios presentes no corpo humano e pode comprometer a saúde. Estudos sugerem que a parte mais afetada é o sistema reprodutivo, sendo fetos e bebês os mais vulneráveis à sua exposição. Estudos realizados associaram o bisfenol-a a uma maior incidência de obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer na próstata e mama, puberdade precoce e tardia, abortos, anormalidades no fígado em adultos e também problemas cerebrais e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos. O químico também foi associado a problemas sexuais em homens como a diminuição da qualidade e da quantidade de esperma.

A polêmica do bisfenol a Cientistas, fabricantes e órgãos reguladores concordam em quatro pontos: � � � �

Pessoas do mundo civilizado estão em constante exposição ao bpa. Bebês são os mais vulneráveis à exposição, vinda principalmente das mamadeiras de policarbonato. O bpa age como estrogênio. Alguns estrogênios sintéticos causam câncer e infertilidade.

A polêmica envolve a metodologia de alguns estudos já publicados e a definição da quantidade segura para o consumo.

Riscos à saúde Câncer A maior parte das pesquisas com bisfenol-a menciona sua relação com o câncer de próstata e de mama. Neste ano, o químico recebeu atenção especial no relatório anual de combate ao câncer nos estados unidos. Disfunções sexuais O químico está associado às disfunções sexuais como a diminuição da qualidade e quantidade de esperma em homens adultos, puberdade precoce e tardia em adolescentes. Transferido da mãe ao feto pela placenta, estudos já associaram a exposição ao bpaa certas mudanças epigenéticas em fetos e bebês comprometendo a reprodução. Devido ao metabolismo frágil, bebês estão muito mais vulneráveis aos tóxicos. Apesar do efeito concentrado em fetos e bebês, as doenças se revelam na puberdade ou na fase adulta. Obs.: no Brasil, a maior parte das mamadeiras plásticas e copos infantis feitos com policarbonato utilizam bisfenol-a. Os efeitos negativos do bpa são tão evidentes nas pesquisas feitas com crianças que os países que proibiram o químico, vetaram sumariamente o uso de policarbonato em mamadeiras e copos infantis. 26


Outras doenças associadas ao bisfenol-a: • hiperatividade; • autismo em crianças e adolescentes; • problemas cardíacos; • diabetes. BPA – Brasil A diretiva da Anvisa (agência nacional de vigilância sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008) e baseia-se em lei da comunidade europeia de 2004 (comission directive 2004/19/ec). Para o bisfenol-a, o limite de migração específico (lme) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico. Em junho de 2011, a câmara municipal de Piracicaba, importante cidade localizada no interior de São Paulo a 160 quilômetros da capital, à comercialização de mamadeiras, chupetas, alimentos e bebidas que contenham o químico bisfenol-a. A lei aguarda apenas a sanção do prefeito. Duas semanas depois, a câmara municipal de americana, no interior de são Paulo, também apresentou projeto semelhante para ser votado na casa. Em Curitiba, o vereador AladimLuciano (pv) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-a (bpa). Além disso, está em tramitação na câmara dos deputados, em Brasília, um projeto de lei que propõe a proibição do bisfenol a em mamadeiras e embalagens de alimentos em todo o território brasileiro.

Produtos que podem conter bisfenol

Plástico de policarbonato (65%): - revestimento resistente ao impacto (vidros) - luminárias externas - componentes de eletrodomésticos - componentes de artefatos elétricos e eletrônicos. 27


- cds - componentes automotivos - garrafas reutilizáveis - recipientes para alimentos e bebidas - óculos escuros - prateleiras de geladeiras - utensílios alimentares

Resina epóxi (30%): - revestimentos - revestimento para recipientes de alimentos e bebidas - laminados elétricos para placas de circuito impresso - composites - adesivos - tintas - esmalte de unha

Outros (5%): - pesticidas - antioxidantes - materiais não inflamáveis - fluído de freio

Estabilizador de borracha e pvc: Canos Selador dental Aditivo de papel térmico Filtros de água Canos reforçados 28


Pisos

Aço Inoxidável Principais Características do Aço Inox. Abaixo estão relacionadas algumas das qualidades conquistadas com anos de pesquisa e investimentos tecnológicos. Por isso, o aço inox é um material tão requisitado por engenheiros, decoradores, designers, projetistas e arquitetos. Custo-Benefício – Baixo custo na manutenção e custo-benefício excelente. Conformação – Grande capacidade de flexiblidade, moldado facilmente, facilidade de união, facilidade de trabalho nos processos de soldagem, estampagem, dobramento, curvamento, corte, etc, acabamentos superficiais e formas variadas. Durabilidade – Ciclo de vida longo. Tudo que é feito em inox é feito para durar bastante tempo. Higiene e Limpeza – Facilidade de limpeza e conservação, permitindo total higiene e assegurando qualidade na assepsia. Tratando-se de um material inerte não deixa gosto, não deixa cheiro e não desprende metais. Estética – Possui forte apelo visual (beleza e modernidade). Resistência – Alta resistência a corrosão, alta resistência a temperaturas elevadas. Mantém suas propriedades mesmo quando submetidas a elevadas temperaturas e a baixas temperaturas (criogênicos). Conformidade Ambiental – O reaproveitamento não intefere na qualidade,o que ajuda a preservar o meio ambiente, pois é 100% reciclável. Os objetos de aço inoxidável nunca se tornam lixo ao final de sua vida útil, pois, separados e recuperados, o ferro, cromo, níquel e molibdênio que compõem a liga do inox entram novamente no processo de fabricação.

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7.5 LEVANTAMENTO DE SIMILARES

Cortador de cebola Gefu

Características:

� Design de alta qualidade. � Lâminas extra-afiadas para um corte fino. � Com base antiderrapante � Copo com tampa para armazenamento. � Aço inoxidável. � Pode ir à lava-louças

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Cortador de cebola Best Cook

Material: Plástico cromado

Tamanho: 22 cm x 11 cm x 10.5cm

Informações técnicas: Não vai à lava louça, não utilizar material abrasivo.

Características gerais: Corta cebola e vegetais em um movimento rápido; Reduz o vapor da cebola para minimizar as lágrimas; Confeccionado em plástico e lâminas em aço inoxidável; Pode ser desmontado para facilitar a limpeza.

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Cortador de cebola Le Creuset

Características: Os produtos Le Creuset da linha "CleverFiends" foram desenvolvidos para atender aos mínimos detalhes. Não são somente bonitos e de design arrojado, mas também ergonômicos, práticos e de ótima qualidade.

O cortador de cebola possui faca em posição livre e funciona com um sistema de giro automático, o que facilita o corte e a limpeza do aparelho.

Produtos únicos, sofisticados e de excelente manuseio.

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Cortador de cebola – triturador

Dimensões aproximadas: �

Diâmetro: 8,5 cm

Comprimento 22,5 cm

Largura: 8,5 cm

Descrição do produto: Corpo em plástico monobloco ABS, super-resistente Lâminas em aço inox, com mecanismo rotativo Contentor transparente com fundo de plástico.

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Cortador de cebolas Prince Castle

Descrição do produto:

Cortador de cebolas – 13 navalhas Altura: 25 cm Largura: 25 cm Comprimento: 40 cm

Características:

Uso em restaurantes e lanchonetes. Agiliza muito o trabalho de preparação. Ganho de tempo no preparo. Em boa conservação, necessita de afiação nas navalhas ou troca.

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Cortador de Cebola - Brinox

Descrição do Produto: Cortador de cebolas extremamente eficiente. Possui lâminas afiadas que facilitam o corte.

Características do Produto Material: Polipropileno Quantidade de peças: 1 Pode ser levado a lava-louça Fácil de limpar Não pode ser levado às micro-ondas

Dimensões Aproximadas do Produto Altura: 23,50 cm Largura: 9,80 cm Profundidade: 9,80 cm Peso: 313,00 g 35


Cortador de cebola

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ERGONOMIA

Segundo o site http://www.designergonomia.com.br, Ergonomiaé o recurso utilizado no estudo das relações entre o homem e seu meio, pode ser considerada como tecnologia por seu caráter prático e aplicativo. Apesar disso, não existem estudos de ergonomia que fiquem somente no papel. Ele deve necessariamente ter um objetivo. Alguns pesquisadores conceituam a ergonomia como uma ciência, enquanto geradora de conhecimentos, já que possui um grande arsenal teórico. Até porque para aplicarmos tecnologia no produto final, teremos que estudar todas as possibilidades, ou seja, a ergonomia é um produto que mescla sempre teoria e prática. Seu campo de intervenção será sempre o trabalho. Profissionais da área atuam no planejamento, projeto e execução de inúmeros produtos, serviços e ambientes visando sempre à adaptabilidade dos usuários com as suas necessidades. Seguramente, a utilização da ergonomia ligada ao Design torna-se uma das mais poderosas ferramentas do mercado contemporâneo. Quando aplicada corretamente, originará benefícios aos usuários e uma resposta imediata na produção da empresa. Abaixo, um estudo sobre ergonomia:

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38


Manejos Segundo (NAPIER,1983), manejo é uma forma particular de controle, onde há um predomínio dos dedos e da palma das mãos, prendendo, pegando ou manipulando alguma coisa. A mão humana é uma das “ferramentas” mais completas, versáteis e sensíveis que se conhece. Características do Manejo Manejo fino: é executado com a ponta dos dedos. Também chamado manejo de precisão. Os movimentos são transmitidos, principalmente, pelos dedos, sem ação da palma da mão e do punho. Caracteriza-se pela grande velocidade e precisão, com pequena transmissão de força. Manejo grosseiro: é o manejo de força. É executado com o centro da mão. Os dedos têm a função de prender, mantendo-se relativamente estáticos enquanto os movimentos são realizados pelo punho e pelo braço.

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Analogia Mecânica dos Manejos

Diâmetro da Pega (GARCIA,2001) O grau de adaptação entre pegas e mão pode ser avaliado pelas suas áreas de contato.

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Pega Geométrica Segundo (GARCIA,2001), a pega geométrica é aquele se assemelha a uma figura geométrica regular, como cilindros, esferas, cones, paralelepípedos e outras. Essas figuras, sendo um tanto quanto diferentes da anatomia humana, apresentam relativamente pouca superfície de contato com as mãos. Tem a vantagem da flexibilidade de uso, permitindo variações de pega e adaptando-se melhor às variações faz medidas antropométricas. Mas tem a desvantagem de concentrar as tensões em alguns pontos da mão e transmitir menos força. Portanto, o desenho geométrico, embora seja menos eficiente, pode ser mais adequado quando não se exigem grandes forças. Nesse caso, pode resultar em trabalho menos fatigante para operador. Pega antropomorfa O desenho antropomorfo da pega geralmente apresenta uma superfície arredondada, conformando-se com a anatomia da parte do organismo usada no manejo. Geralmente possuem depressões ou saliências para encaixe da palma da mão, dos dedos ou das pontas dos dedos. Por esta razão, as formas antropomorfas são conhecidas como “anatômicas”. Apresenta maior superfície de contato, permite maior firmeza de pega, transmissão de maiores forças, com concentração menor de tensões em relação à pega geométrica. Entretanto, pode ser mais fatigante em um trabalho prolongado, pois limita o manejo a uma das posições. Portanto, o desenho antropomorfo pode ser usado vantajosamente quando: o trabalho é de curta duração; quando a pega exige poucos movimentos relativos; há necessidade de maiores forças; e quando a população de usuários apresenta poucas variações nas medidas antropométricas. (PRUNER,1995) Aplicação das pegas geométrica e antropomorfa em muletas

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9

ANÁLISE DE DADOS LEVANTADOS

9.1 O produto

O produto foi desenvolvido para atender ao grupo B e C, que são as donas de casa, domésticas e pessoas solteiras. Não são somente cortadores, além de desempenharem seu papel na praticidade no corte da cebola, com ergonomia, segurança, higiene e estética, também são bonitos e de design arrojado, perfeito para compor a decoração de uma cozinha.

9.2 Análise do similar mais relevante Cortador de cebola Le Creuset O similar em questão apresenta característica relevante, tal como:Sistema de corte: Por pressão, ao leve contato com a palma da mão na sua parte superior, o cortador em posição livre funciona com um sistema de giro automático, o que facilita o corte e a limpeza do aparelho.

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9.2.1 Árvore

Botão de acionamento para corte

Corpo do aparelho

Base Removível

estrutural

COMPONENTES Botão de acionamento para corte

FUNÇÕES Ao pressiona­lo, a lamina gira fazendo o corte na cebola.

Corpo do aparelho

Onde encontra­se a lamina, em aço inox, removível para limpeza e a cebola.

Base removível

Local por onde coloca­se a cebola inteira e a retira picada.

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9.2.2 Análise das técnicas

O cortador de cebola possui faca em posição livre e funciona com um sistema de giro automático, o que facilita o corte e a limpeza do produto. O aparelho possue em sua parte superior um botão de formato cilíndrico que ao pressionado faz com que sua lamina gire, cortando a cebola que encontra no interior do seu corpo, logo após retira-se sua base removível e com isso a cebola já picada.

9.2.3 Análise dos materiais e processos de fabricação

Os materiais levantados foram: Polipropileno (PP) e o Ácido Inoxidável. O PP é o termoplástico com características de grande resistência a impactos, de fácil coloração, boa estabilidade técnica, baixo custo, elevada resistência química e a solvente e fácil moldagem. O Aço Inox, encontrado na lamina possui grande capacidade de flexibilidade, pode ser moldado facilmente, facilidade nos processos de moldagens, estampagens, dobramento, curvamento, corte, acabamento superficiais e formas variadas. 9.2.4 Análise estética

Confeccionado em plástico e lâminas em aço inoxidável. Transmite um visual inovador, sofisticado e totalmente clean. Pode ser desmontado para facilitar a limpeza.

9.2.5 Análise ergonômica

Pega geométrica: se assemelha a uma figura geométrica regular, como cilindros, esferas, cones, paralelepípedos e outras. Apresenta relativamente pouca superfície de contato com as mãos, tem a vantagem da flexibilidade de uso, permitindo variações de pega e adaptando-se melhor às variações das medidas antropométricas. Mas tem a desvantagem de concentrar as tensões em alguns pontos da mãos e transmitir menos força. Portanto, o desenhogeométrico, seja menos eficiente, pode ser mais adequado quando não se exigem grandes forças. Nesse caso, pode resultar em trabalho menos fatigante para o operador.

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9.2.6 Análise do público alvo

Pessoas do grupo B e C, que são as donas de casa, domésticas e pessoas solteiras. Que buscam praticidade e rapidez no preparo das refeições.

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10 SÍNTESE

Serão apresentados aspectos relevantes, pré-definidos, do novo produto através de características relacionadas às funções práticas de uso, função de linguagem, normas, materiais e ecologia. Obtendo de todas as análises feitas, elementos primordiais para construção de um produto que atenda as necessidades do usuário e agregue valor diante ao mercado. De acordo com as funções prática de uso, o produto deve atender as seguintes características: � � � � � � � � �

Resistência a produtos químicos; Estrutura selada, proteção contra vazamento interno; Estrutura leve, para facilitar a locomoção; Fácil fixação ao plano de apoio; Fácil limpeza; Fácil desmontagem; Fácil manutenção; Quantidade mínima de componentes, evitando problemas na operação; Adequação ergonômica, possibilitando a pega geométrica, favorecendo assim o conforte nas mãos.

De acordo com as questões de linguagem, com relações as questões de estética, o produto atenderá as seguintes características: � Faixa etária: adolescente, jovem e adulto; � Formas simplificadas; � Linhas orgânicas, para facilitar o processo de fabricação e obter mais conforto ao usuário; � Cores neutras; � Acabamento liso, evitando acúmulo de resíduos; � Aparência leve,

De acordo com as normas apresentadas pela abnt o produto seguirá as seguintes características: � O local de armazenamento dos ingredientes deve ser protegido e limpo para evitar contaminação;

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� Os ingredientes devem ser armazenados em recipientes confeccionados de material liso, resistente, impermeável e lavável. Protegidos de contaminantes e do acesso de vetores e pragas; � O aparelho não deve servir de local para armazenamento; � O aparelho deverá ser de material que não transmita substâncias tóxicas, adoressabores indesejáveis, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser de fácil limpeza e resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza. � O equipamento não poderá ter ranhuras, rachaduras, ferrugem e outras alterações. Devem ser limpos e protegidos após o uso, afim de minimizar a contaminação do alimento. Em relação aos materiais verificados, as possibilidades que existe são de usar um material plástico, de alta resistência e leveza, e um material estruturado, podendo ser o aço inoxidável para o corte do alimento. A demanda de produção deverá ser alta devido número de usuários no mercado e a praticidade oferecida pelo utensílio. Deve-se escolher matérias de baixo custo para que não encareça a produção, tais como o Polipropileno (PP) e o aço inoxidável, atendendo assim o público alvo da classe B e C. Porém, ocorrerá também a possível utilização de alguns materiais complementares, tais como: silicone acrílico e borracha.

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ANEXO 1

POLÍMEROS Polímeros são materiais compostos por macromoléculas. Essas macromoléculas são cadeias compostas pela repetição de uma unidade básica, chamada mero. Daí o nome: poli (muitos) + mero. Os meros estão dispostos um após o outro, como pérolas num colar. Uma macromolécula assume formato muito semelhante ao de um cordão. Logo, pode-se fazer uma analogia: as moléculas de um polímero estão dispostas de uma maneira muito semelhantes a um novelo de lã. É difícil extrair um fio de um modelo de lã. Também é difícil remover uma molécula de uma porção de plástico, pois as cadeias “seguram-se” entre si. Por exemplo, o polietileno (ou, abreviadamente, PE) - plástico extremamente comum usado, por exemplo, em saquinhos de leite - é composto pela repetição de milhares de unidades da molécula básica do etileno (ou eteno):

onde n normalmente é superior a 10.000. Ou seja, uma molécula de polietileno é constituída da repetição de 10.000 ou mais unidades de etileno. O parâmetro n é definido como sendo o Grau de Polimerização do polímero, ou seja, o número de meros que constitui a macromolécula.

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Vejamos agora a definição formal de polímero: materiais, cujo elemento essencial é constituído por ligações moleculares orgânicas, que resultam de síntese artificial ou transformação de produtos naturais. Alguns polímeros podem ser constituídos da repetição de dois ou mais meros. Neste caso, eles são chamados copolímeros. Por exemplo, a macromolécula da borracha sintética SBR é formada pela repetição de dois meros: estireno e butadieno:

Para enfatizar que um polímero é formado pela repetição de um único mero, ele é denominado homopolímero.

COMO SÃO PRODUZIDOS OS POLÍMEROS? A matéria prima que dá origem ao polímero chama-se monômero. No caso do polietileno (PE) é o etileno (ou eteno). Por sua vez, o monômero é obtido a partir do petróleo ou gás natural, pois é a rota mais barata. É possível obter monômeros a partir da madeira, álcool, carvão e até do CO2, pois todas essas matérias primas são ricas em carbono, o átomo principal que constitui os materiais poliméricos. Todas essas rotas, contudo, aumentam o preço do monômero obtido, tornando-o não competitivo.

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No passado, os monômeros eram obtidos de resíduos do refino do petróleo. Hoje o consumo de polímeros é tão elevado que esses “resíduos” de antigamente tem de ser produzidos intencionalmente nas refinarias para dar conta do consumo!

COMO SE DIVIDEM OS POLÍMEROS? Há diversas maneiras de se dividir os polímeros. A classificação conforme as características mecânicas talvez seja a mais importante. Ela decorre, na verdade, da configuração específica das moléculas do polímero. Sob

este

aspecto,

os

polímeros

podem

ser

divididos

em termoplásticos, termorrígidos (termofixos) e elastômeros (borrachas).

Termoplásticos: São os chamados plásticos, constituindo a maior parte dos polímeros comerciais. A principal característica desses polímeros é poder ser fundido diversas vezes. Dependendo do tipo do plástico, também podem dissolver-se em vários solventes. Logo, sua reciclagem é possível, uma característica bastante desejável nos dias dias de hoje. As propriedades mecânicas variam conforme o plástico: sob temperatura ambiente, podem ser maleáveis, rígidos ou mesmo frágeis. Estrutura molecular: moléculas lineares dispostas na forma de cordões soltos, mas agregados, como num novelo de lã. Exemplos: polietileno (PE), polipropileno (PP), poli(tereftalato de etileno) (PET), policarbonato (PC), poliestireno (PS), poli(cloreto de vinila) (PVC), poli(metilmetacrilato) (PMMA)...

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Termorrígidos (Termofixos): São rígidos e frágeis, sendo muito estáveis a variações de temperatura. Uma vez prontos, não mais se fundem. O aquecimento do polímero acabado a altas temperaturas promove decomposição do material antes de sua fusão. Logo, sua reciclagem é complicada. Estrutura molecular: na verdade, os cordões estão ligados fisicamente entre si, formando uma rede ou reticulado. Eles estão presos entre si através de numerosas ligações, não se movimentando com alguma liberdade como no caso dos termoplásticos. Pode-se fazer uma analogia com uma rede de malha muito fina. Exemplos: baquelite,

usada

em

tomadas

e

no

embutimento

de

amostras

metalográficas; poliéster usado em carrocerias, caixas d'água, piscinas, etc., na forma de plástico reforçado (fiberglass).

Elastômeros (Borrachas): Classe intermediária entre os termoplásticos e os termorrígidos: não são fusíveis, mas apresentam alta elasticidade, não sendo rígidos como os termofixos. Reciclagem complicada pela incapacidade de fusão, de forma análoga aos termorrígidos. Estrutura molecular: a estrutura é similar à do termorrígido mas, neste caso, há menor número de ligações entre os “cordões”. Ou seja, é como se fosse uma rede, mas com malhas bem mais largas que os termorrígidos. Exemplos: pneus, vedações, mangueiras de borracha.

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PROPRIEDADES FÍSICAS DOS POLÍMEROS . Leves Mais leves que metais ou cerâmica. Ex: PE é 3 vezes mais leve que o alumínio e 8 vezes mais leve que o aço. Motivação para uso na indústria de transportes, embalagens, equipamentos de esporte...

. Propriedades Mecânicas Interessantes Alta flexibilidade, variável ao longo de faixa bastante ampla, conforme o tipo de polímero e os aditivos usados na sua formulação; Alta resistência ao impacto. Tal propriedade, associada à transparência, permite substituição do vidro em várias aplicações. Quais seriam? lentes de óculos (em acrílico ou policarbonato), faróis de automóveis (policarbonato), janelas de trens de subúrbio, constantemente quebradas por vândalos (policarbonato); Note-se, contudo, que a resistência à abrasão e a solventes não é tão boa quanto a do vidro. Lentes de acrílico riscam facilmente e são facilmente danificadas se entrarem em contato com solventes como, por exemplo, acetona!

. Baixas Temperaturas de Processamento Conformação de peças requer aquecimento entre Tamb e 250oC. Alguns plásticos especiais requerem até 400oC. Disso decorre baixo consumo de energia para conformação. E também faz com que os equipamentos mais simples e não tão caros quanto para metais ou cerâmica.

. Ajuste Fino de Propriedades através de Aditivação 52


Cargas inorgânicas minerais inertes (ex. CaCO3) permitem reduzir custo da peça sem afetar propriedades. Exemplo: piso de vinil/cadeiras de jardim (PP), que contém até 60% de cargas. Uso de fibras (vidro, carbono, boro) ou algumas cargas minerais (talco, mica, caolim, wolastonita) aumentam a resistência mecânica; As cargas fibrosas podem assumir forma de fibras curtas ou longas, redes, tecidos. Negro de fumo em pneus (borracha) e filmes para agricultura (PE) aumentam resistência mecânica e a resistência ao ataque por ozônio e raios UV. Aditivos conhecidos como plastificantes podem alterar completamente as características de plásticos como o PVC e borrachas, tornando-os mais flexíveis e tenazes. A fabricação de espumas é feita através da adição de agentes expansores, que se transformam em gás no momento da transformação do polímero, quando ele se encontra no estado fundido.

. Baixa Condutividade Elétrica Polímeros são altamente indicados para aplicações onde se requeira isolamento elétrico. Explicação: polímeros não contém elétrons livres, responsáveis pela condução de eletricidade nos metais. A adição de cargas especiais condutoras (limalha de ferro, negro de fumo) pode tornar polímeros fracamente condutores, evitando acúmulo de eletricidade estática, que é perigoso em certas aplicações. Há polímeros especiais, ainda a nível de curiosidades de laboratório, que são bons condutores. O Prêmio Nobel de Química do ano 2000 foi concedido a cientistas que sintetizaram polímeros com alta condutividade elétrica.

. Baixa Condutividade Térmica

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A condutividade térmica dos polímeros é cerca de mil vezes menor que a dos metais. Logo, são

altamente

recomendados

em

aplicações

que

requeiram isolamento

térmico,

particularmente na forma de espumas. Mesmo explicação do caso anterior: ausência de elétrons livres dificulta a condução de calor nos polímeros.

. Maior Resistência a Corrosão As ligações químicas presentes nos plásticos (covalentes/Van der Walls) lhes conferem maior resistência à corrosão por oxigênio ou produtos químicos do que no caso dos metais (ligação metálica). Isso, contudo, não quer dizer que os plásticos sejam completamente invulneráveis ao problema. Ex: um CD não pode ser limpo com terebentina, que danificaria a sua superfície. De maneira geral, os polímeros são atacados por solventes orgânicos que apresentam estrutura similar a eles. Ou seja: similares diluem similares.

. Porosidade O espaço entre as macromoléculas do polímero é relativamente grande. Isso confere baixa densidade ao polímero, o que é uma vantagem em certos aspectos. Esse largo espaçamento entre moléculas faz com que a difusão de gases através dos plásticos seja alta. Em outras palavras: esses materiais apresentam alta permeabilidade a gases, que varia conforme o tipo de plástico. A principal conseqüência deste fato é a limitação dos plásticos como material de embalagem, que fica patente no prazo de validade mais curto de bebidas acondicionadas em garrafas de PET. Por exemplo, o caso da cerveja é o mais crítico. 54


Essa permeabilidade, contudo, pode ser muito interessante, como no caso de membranas poliméricas para remoção de sal da água do mar.

. Reciclabilidade Alguns polímeros, como termorrígidos e borrachas, não podem ser reciclados de forma direta: não há como refundí-los ou depolimerizá-los. A reciclagem de polímeros termoplásticos, apesar de tecnicamente possível, muitas vezes não é economicamente viável devido ao seu baixo preço e baixa densidade. Compare com o caso do alumínio... Somente plásticos consumidos em massa (PE, PET, ...) apresentam bom potencial econômico para reciclagem. Problema adicional: o plástico reciclado é encarado como material de segunda classe, ao contrário do que ocorre com aço ou mesmo o alumínio. Nos casos em que a reciclagem do polímero não for possível, sempre é possível queimá-lo, transformando-o em energia, em incineradores ou alto-fornos. Esta última saída é mais favorável, pois o carbono do polímero seria usado na redução do minério. Contudo, plásticos que contém halogêneos (PVC e PTFE, por exemplo) geram gases tóxicos durante a queima. Solução: identificação desse material, que deve ser encaminhado para dehalogenação antes da queima.

ALGUNS POLÍMEROS DE IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL Certos plásticos se destacam por seu baixo preço e grande facilidade de processamento, o que incentiva seu uso em larga escala. São os chamados plásticos ou resinas commodities, materiais baratos e usados em aplicações de baixo custo. São o equivalente aos aços de baixo carbono na siderurgia.

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Os principais plásticos commodities são: polietileno (PE), polipropileno (PP), poliestireno (PS) e o policloreto de vinila (PVC). A distribuição da produção desses plásticos no Brasil, em 1998, pode ser vista no gráfico abaixo:

. Polietileno (PE) �

Mero: etileno (designação antiga do eteno):

G.P. = 50.000 a 300.000

Principais propriedades: o

Baixo custo;

o

Elevada resistência química e a solventes;

o

Baixo coeficiente de atrito;

o

Macio e flexível;

o

Fácil processamento;

o

Excelentes propriedades isolantes;

o

Baixa permeabilidade à água; 56


o

Atóxico;

o

Inodoro.

Há quatro tipos básicos: o

Polietileno de Baixa Densidade (PEBD): 0,910-0,925 g/cm3. Apresenta moléculas com alto grau de ramificação. É a versão mais leve e flexível do PE. É utilizado basicamente em filmes, laminados, recipientes, embalagens, brinquedos, isolamento de fios elétricos, etc. Produção brasileira em 1998: 652.647 t.

o

Polietileno de Baixa Densidade Linear (PEBDL): 0,918-0,940 g/cm3. Apresenta menor incidência de ramificações, as quais se apresentam de forma mais regular e são mais curtas que no PEBD. Suas propriedades mecânicas são ligeiramente superiores ao PEBD em termos de resistência mecânica. Seu custo de fabricação é menor. Sua flexibilidade e resistência ao impacto recomenda sua aplicação para embalagens de alimentos, bolsas de gelo, utensílios domésticos, canos e tubos. Produção brasileira em 1998: 175.053 t.

o

Polietileno de Alta Densidade (PEAD): 0,935 - 0,960 g/cm3. Apresenta estrutura praticamente isenta de ramificações. É um plástico rígido, resistente à tração, com moderada resistência ao impacto. Utilizado em bombonas, recipientes, garrafas, filmes, brinquedos, materiais hospitalares, tubos para distribuição de água e gás, tanques de combustível automotivos, etc. Produção brasileira em 1998: 692.864 t.

o

Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular (PEUAPM): G.P. da ordem de 3.000.000 a 6.000.000. Alta inércia química, alta resistência à abrasão e ao impacto, baixo coeficiente de atrito, alta maciez. Praticamente infusível, processado com grande dificuldade, geralmente através de sinterização. Aplicações: engrenagens, componentes para bombas de líquidos corrosivos, implantes de ossos artificiais, isolamento de fios e cabos, mancais, revestimentos de pistas, trilhos-guias, etc. O Brasil ainda não produz este tipo de plástico.

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. Polipropileno (PP) �

Mero: propileno (designação antiga do propeno):

Propriedades muito semelhantes às do PE, mas com ponto de amolecimento mais elevado.

Principais propriedades: o

Baixo custo;

o

Elevada resistência química e a solventes;

o

Fácil moldagem;

o

Fácil coloração;

o

Alta resistência à fratura por flexão ou fadiga;

o

Boa resistência ao impacto acima de 15oC;

o

Boa estabilidade térmica;

o

Maior sensibilidade à luz UV e agentes de oxidação, sofrendo degradação com maior facilidade.

Aplicações: o

Brinquedos;

o

Recipientes para alimentos, remédios, produtos químicos;

o

Carcaças para eletrodomésticos;

o

Fibras;

o

Sacarias (ráfia);

o

Filmes orientados;

o

Tubos para cargas de canetas esferográficas;

o

Carpetes;

o

Seringas de injeção;

o

Material hospitalar esterilizável; 58


o

Autopeças (pára-choques, pedais, carcaças de baterias, lanternas, ventoinhas, ventiladores, peças diversas no habitáculo).

o �

Peças para máquinas de lavar.

Atualmente há uma tendência no sentido de se utilizar exclusivamente o PP no interior dos automóveis. Isso facilitaria a reciclagem do material por ocasião do sucateamento do veículo, pois se saberia com qual material se estaria lidando.

Produção brasileira de PP em 1998: 702.795 t.

. Poliestireno (PS) �

Mero: estireno:

Termoplástico duro e quebradiço, com transparência cristalina.

Principais propriedades: o

Fácil processamento;

o

Fácil coloração;

o

Baixo custo;

o

Elevada resistência a ácidos e álcalis;

o

Semelhante ao vidro;

o

Baixa densidade e absorção de umidade;

o

Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries.

Produção brasileira em 1998: 129.879 t (excluindo isopor).

Há quatro tipos básicos:

59


o

PS cristal: homopolímero amorfo, duro, com brilho e elevado índice de refração. Pode receber aditivos lubrificantes para facilitar processamento. Usado em artigos de baixo custo.

o

PS resistente ao calor: maior P.M., o que torna seu processamento mais difícil. Variante ideal para confecção de peças de máquinas ou automóveis, gabinetes de rádios e TV, grades de ar condicionado, peças internas e externas de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos, circuladores de ar, ventiladores e exaustores.

o

PS de alto impacto: contém de 5 a 10% de elastômero (borracha), que é incorporado através de mistura mecânica ou diretamente no processo de polimerização, através de enxerto na cadeia polimérica. Obtém-se desse modo uma blenda. Muito usado na fabricação de utensílios domésticos (gavetas de geladeira) e brinquedos.

o

PS expandido: espuma semi-rígida com marca comercial isopor(R). O plástico é polimerizado na presença do agente expansor ou então o mesmo pode ser absorvido posteriormente. Durante o processamento do material aquecido, ele se volatiliza, gerando as células no material. Baixa densidade e bom isolamento térmico. Aplicações: protetor de equipamentos, isolantes térmicos, pranchas para flutuação, geladeiras isotérmicas, etc. Produção brasileira em 1998: 10.000 t.

. Poli(cloreto de vinila) (PVC) �

Mero: cloreto de vinila:

60


Principais propriedades: o

Baixo custo;

o

Elevada resistência a chama, pela presença do cloro;

o

Processamento demanda um pouco de cuidado.

Restrições: o

O monômero é um potente cancerígeno; deve haver controle do teor residual que permanece no polímero, particularmente em aplicações em que o polímero vai entrar em contato com alimentos.

o

Plastificantes (aditivo usado para tornar o polímero mais flexível) a base de ftalatos também são considerados cancerígenos. O Greenpeace vem promovendo ampla campanha para banir o uso do PVC que contenha esse aditivo, particularmente em brinquedos e produtos que ve-nham a entrar em contato com alimentos.

Produção brasileira em 1998: 649.840 t.

Há quatro tipos básicos: o

PVC rígido, isento de plastificantes. Duro e tenaz, com excelentes propriedades térmicas e elétricas. Resistente à corrosão, oxidação e intempéries. Usado na fabricação de tubos, carcaças de utensílios domésticos e baterias.

o

PVC flexível ou plastificado, que contém de 20 a 100 partes de plastificante por 100 de polímero. Usado no revestimento de fios e cabos elétricos, composições de tintas (látex vinílico), cortinas de banheiros, encerados de caminhão (sanduíche filme de PVC + malha de poliéster + filme de PVC), etc.

o

PVC transparente, isento de cargas.

o

PVC celular ou expandido.

também

os

chamados plásticos

de

engenharia,

que

são

resinas

que

apresentam propriedades superiores às chamadas resinas commodities. Seu preço, porém, é bem mais elevado. Seriam os equivalentes aosaços-liga da siderurgia. A seguir estão listados os mais comuns.

61


. Poli(tereftalato de etileno) �

Plástico da família do poliéster.

Mero: ácido tereftálico ou tereftalato de dimetila e glicol etilênico.

Principais propriedades: o

Boa resistência mecânica térmica e química;

o

Boas propriedades de barreira: absorção de oxigênio é de 10 a 20 vezes menor que nos plásticos “commodities”;

o

Fácil reciclabilidade.

Produção brasileira em 1998: 143.000 t.

Trata-se de um polímero de engenharia que, graças ao contínuo aperfeiçoamento de seu processo de fabricação e à enorme aceitação na fabricação de garrafas de refrigerante, acabou mudando de status: passou de plástico de engenharia para commodity.

Aplicações: o

Como garrafas para bebidas carbonatadas, óleos vegetais, produtos de limpeza, etc.;

o

Na forma de fibras, sob marcas Tergal ® (ICI) ou Dracon ® (Du Pont), apresentam excelente resistência mecânica e ao amassamento, bem como lavagem e secagem rápida;

o

Na forma de películas transparentes e altamente resistentes, sob marca Mylar ®, mas algo caras. São usadas em aplicações nobres: isolamento

62


de capacitores, películas cinematográficas, fitas magnéticas, filmes e placas para radiografia; o

Resina para moldagem com reforço de 30% de fibra de vidro, sob marca Rynite ® (Du Pont), usada na fabricação de carcaças de bombas, carburadores, componentes elétricos de carros, etc.

. Policarbonato �

Plástico da família dos poliésteres aromáticos.

Monômeros: fosgênio e bisfenol A. Há suspeitas de que o bis-fenol A mimetizaria efeitos de hormônios humanos, o que po-deria causar distúrbios endócrinos. Contudo, elas não foram confirmadas até o momento.

Principais propriedades: o

Excelente resistência ao impacto;

o

Excelente transparência: 96%;

o

Boa estabilidade dimensional e térmica;

o

Resistente aos raios ultravioleta;

o

Boa usinabilidade;

o

Alta temperatura de deflexão;

o

Boas características de isolamento elétrico.

Produção brasileira em 1995: 10.000 t.

Este importante plástico de engenharia foi acidentalmente descoberto em 1898 na Alemanha, mas só em 1950 é que seu desenvolvimento foi retomado, passando a ser comercializado a partir de 1958. 63


Aplicações: o

Compact-Discs (CD’s);

o

Janelas de segurança (por exemplo, em trens de subúrbio);

o

Óculos de segurança;

o

Carcaças para ferramentas elétricas, computadores, copiadoras, impressoras...

o

Bandejas, jarros de água, tigelas, frascos...

o

Escudos de polícia anti-choque;

o

Aquários;

o

Garrafas retornáveis.

Que tal vermos a cotação desses materiais? Em dezembro de 1998, o preço por quilo em reais era �

PEBD: 1,19

PEAD: 1,15

PP: 1,17

PS: 1,18

PET: 1,20

HIPS: 1,18

PS Exp.: 1,78

PVC rígido: 1,38

PVC flexível: 1,38

PC: 6,85

Contudo, a crise cambial ocorrida no início de 1999 provocou acréscimo de preços de até 50% no preço das resinas, de acordo com manifesto da Abiplast em fevereiro daquele ano. A figura abaixo mostra, de forma aproximada, como se distribuem as aplicações dos plásticos. Note-se que aqui não estão incluídos alguns polímeros importantes, como as borrachas.

64


65


ANEXO 2

O QUE É BISFENOL A? O bisfenol-A (BPA), cuja formula é (CH3)2C(C6H4OH)2, é um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente. É o monômero mais comum entre os policarbonatos empregados em embalagens de alimentos. O BPA é também um dos componentes da resina epóxi (plástico termofixo que endurece quando misturado a um agente catalisador ou “endurecedor”), presente por exemplo no revestimento interno de latas para evitar a ferrugem. Apesar do plástico ser considerado estável, já se sabe que as ligações químicas entre as moléculas do BPA são instáveis, permitindo que o químico se desprenda do plástico e contamine alimentos ou produtos embalados com policarbonato ou resina epóxi. No caso de aquecimento do plástico, a contaminação por BPA é ainda maior. ONDE ENCONTRAMOS O BISFENOL-A? Em grande parte das mamadeiras de plástico; Em embalagens plásticas para acondicionar alimentos na geladeira, copos infantis, materiais médicos e dentários; Nos enlatados, como revestimento interno;

66


Em garrafas reutilizáveis de água (squeeze), garrafões de 5L;

CONSEQUÊNCIAS DO BISFENOL A O bisfenol-A está presente em produtos no mercado por mais de 120 anos. Estudos demonstram que o BPA não só é um composto onipresente nos seres humanos (alcançou 93% da voluntários em uma ampla pesquisa americana), mas também uma potente toxina mesmo em doses muito baixas. A maioria das pesquisas que afirma a seguridade do BPA foi patrocinada

pela

indústria

que

o

produz.

Considerado um interferente endócrino, o químico age como alguns dos hormônios presentes no corpo humano e pode comprometer a saúde. Estudos sugerem que a parte mais afetada é o sistema reprodutivo, sendo fetos e bebês os mais vulneráveis à sua exposição. Estudos realizados associaram o bisfenol-A a uma maior incidência de obesidade, problemas cardíacos, diabetes, câncer na próstata e mama, puberdade precoce e tardia, abortos, anormalidades no fígado em adultos e também problemas cerebrais e no desenvolvimento hormonal em crianças e recém-nascidos. O químico também foi associado a problemas sexuais em homens como a diminuição da qualidade e da quantidade de esperma.

A POLÊMICA DO BISFENOL A Cientistas, fabricantes e órgãos reguladores concordam em quatro pontos: �

Pessoas do mundo civilizado estão em constante exposição ao BPA.

Bebês são os mais vulneráveis à exposição, vinda principalmente das mamadeiras de policarbonato.

O BPA age como estrogênio.

Alguns estrogênios sintéticos causam câncer e infertilidade.

A polêmica envolve a metodologia de alguns estudos já publicados e a definição da quantidade segura para o consumo.

67


PODEMOS FALAR DE DOSE SEGURA?

Por muito tempo cientistas acreditaram que a solução para o uso de certas substâncias tóxicas era a definição de uma dose segura. Essa filosofia é bem descrita pela frase: a dose é o veneno (the dose isthepoison – Paracelsus). O problema é que os químicos classificados como interferentes endócrinos, como por exemplo o BPA, ftalatos e dioxinas não se encaixam nessa definição. Vários estudos comprovaram que mesmo em doses abaixo da recomendada por órgãos reguladores eles causam algum dano à saúde. O FDA montou um painel de discussão sobre o assunto. De mais de 100 estudos independentes, 90% comprovaram os efeitos negativos do bisfenol-A. Dos 14 estudos patrocinados por empresas químicas, nenhum atestou os efeitos prejudiciais da substância. Vale ressaltar que só nos Estados Unidos a venda do BPA gera cerca de US$ 6 bilhões ao ano. Não é a toa que as empresas produtoras investem nessa batalha. Estados Unidos e Europa possuem abordagens diferentes em relação a químicos. Nos Estados Unidos para que a substância seja proibida é necessário que seja provado que oferece algum risco. Ou seja, é inocente até prova em contrário. Já na Europa, o princípio utilizado é o de precaução, onde é possível proibir o uso de substâncias se existir a suspeita de que são prejudiciais a saúde. Cabe àindustria a prova de que são seguras. Essa foi a abordagem utilizada tanto pela Dinamarca como pela França para a proibição do químico. É importante salientar que ambos os países procuraram basear suas decisões em pesquisas científicas.

HISTÓRICO (O TAO DO BISFENOL) O Bisfenol foi sintetizado pela primeira vez em 1891. Foi pouco utilizado até a década de 30, quando cientistas descobriram que o BPA poderia ser empregado como um estrogênio artificial (Dodds 1938). Mais tarde outro novo composto sintético foi considerado mais efetivo, DES – dietilestilbestrol , no entanto sua utilização foi proibida pelo fato do DES ser associado ao câncer no sistema reprodutivo de recém-nascidas do sexo feminino cujas mães consumiram DES durante a gestação. Esse fato deveria ter servido de alerta para a possibilidade do Bisfenol também apresentar propriedades tóxicas, o que depois foi confirmado. 68


Em 1950 um outro emprego foi descoberto para o Bisfenol. Na produção de plástico sua adição torna o material mais maleável e menos propenso a rachaduras. Entre 1980 e 2000, a produção de Bisfenol nos Estados Unidos cresceu 500%. Hoje é um componente onipresente em plásticos produzidos a partir de policarbonato transparente e é um negócio altamente lucrativo. Em 2010, a utilização do Bisfenol está sendo seriamente questionada em vários países após estudos o relacionarem a uma série de problemas de saúde.

RISCOS À SAÚDE Câncer A maior parte das pesquisas com bisfenol-A menciona sua relação com o câncer de próstata e de mama. Neste ano, o químico recebeu atenção especial no Relatório Anual de Combate ao Câncer nos Estados Unidos (President’sCancerPanel). Disfunções Sexuais O químico está associado à disfunções sexuais como a diminuição da qualidade e quantidade de esperma em homens adultos, puberdade precoce e tardia em adolescentes. Transferido da mãe ao feto pela placenta, estudos já associaram a exposição ao BPA à certas mudanças epigenéticas em fetos e bebês comprometendo a reprodução. Devido ao metabolismo frágil, bebês estão muito mais vulneráveis aos tóxicos. Apesar do efeito concentrado em fetos e bebês, as doenças se revelam na puberdade ou na fase adulta. Obs: No Brasil, a maior parte das mamadeiras plásticas e copos infantis feitos com policarbonato utilizam bisfenol-A. Os efeitos negativos do BPA são tão evidentes nas pesquisas feitas com crianças que os países que proibiram o químico, vetaram sumariamente o uso de policarbonato em mamadeiras e copos infantis. Outras doenças associadas ao bisfenol-A • Hiperatividade; • Autismo em crianças e adolescentes; 69


• Problemas cardíacos; • Diabetes. Muitos estudos são realizados em animais de laboratórios e por isso refutados, já que os efeitos em humanos não são sempre os mesmos. Por outro lado é comum iniciar o estudo de substâncias químicas potencialmente tóxicas em animais e só depois expandí-los para humanos. Foram realizados alguns estudos referentes a absorção do bisfenol-A e o tempo que o corpo leva para processar e expelir o químico. A permanência do bisfenol-A é bem maior do que se esperava, sugerindo que o alto nível de BPA presente nas pessoas não tem como fonte somente as embalagens plásticas relacionadas à alimentação.

BISFENOL A NO MUNDO Nos Estados Unidos, quatro estados (Minnesota, Washington, Connecticut e Wisconsin) e algumas cidades, incluindo Chicago e Rockford, proibiram sua utilização em produtos infantis. Tanto o FDA quanto o EPA declararam o bisfenol-A preocupante e estão revisando sua posição em relação ao uso do BPA. Sucessivas pesquisas realizadas em universidades norte-americanas continuam divulgando conclusões sobre os malefícios que o químico pode causar à saúde. Canadá, Costa Rica e Dinamarca já proibiram seu uso. Recentemente, a União Europeia e a China também proibiram a fabricação e a comercialização de mamadeiras que contenham o bisfenol-A.

BPA – USA No que concerne aos padrões de consumo estabelecidos pelo governo nos Estados Unidos, o FDA publicou uma nova análise em janeiro de 2010 onde manifesta preocupações sobre possíveis riscos à saúde provocados pelo bisfenol-A: “Estudos utilizando testes de toxidade confirmaram que o nível baixo de exposição ao BPA não era prejudicial à saúde. No entanto, considerando testes recentes onde novas bordagens 70


foram

realizadas,

levando

em

conta

efeitos

colaterais

mais

sutis,

tanto

o

NationalToxicologyProgramattheNationalInstitutesof Health quanto o FDA demonstram preocupação sobre os possíveis efeitos do BPA no cérebro, no comportamento e na próstata de fetos, bebês e crianças”. O FDA está dando os primeiros passos para reduzir a exposição ao BPA em produtos alimentares. Esse passos incluem: �

Apoiar ações de indústrias para interromper a produção de mamadeiras e copos infantis, para o mercado americano, que possuam BPA em sua composição;

Incentivar o desenvolvimento de alternativas ao BPA para a parte interna de latas de leite destinadas a bebês;

Apoiar tentativas de substituição ou diminuição dos níveis de BPA em outros tipos de latas.

Apoiar uma mudança mais severa na regulamentação do BPA;

Buscar a participação da população e também opiniões externas nas pesquisas sobre o BPA;

Apoiar as recomendações do Departmentof Health andHuman Services no que diz respeito à alimentação de bebês e a preparação de comida para a redução da exposição ao BPA.

O FDA não está recomendando que famílias deixem de usar leite ou alimentos para bebês pois os benefícios de uma nutrição balanceada ultrapassam o risco potencial da exposição ao BPA. A cidade de Chicago, em maio de 2009, e Rockford, em março de 2010, proibiu a venda de mamadeiras

e

copos

infantis

com

BPA.

Também

de Washington, Minnesota, Wisconsin e Connecticut também mamadeiras

e

copos

infantis

com

BPA.

Em

esse

ano,

proibiram abril

de

os

estados

a

venda

2010,

o

de EPA

(Environmental ProtectionAgency) também divulgou que está reavaliando o uso do bisfenolA. O jornal Journal Sentinel de Milwakee(Wisconsin) mantém uma seção discutindo o assunto. 1998 - Governo canadense declara o bisfenol-A uma substância tóxica.

71


BPA – CANADÁ Março, 2010 O país decide proibir a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros artigos para bebês que contenham plásticos com bisfenol-A. Há 12 anos as lojas do Walmart no país não vendem produtos para alimentação infantil que contenham BPA. Outras empresas do ramo seguiram a mesma iniciativa. O movimento no Canadá contra o bisfenol-A impulsionou o debate ao redor do mundo e se transformou em um case de sucesso na luta a favor de melhor regulamentação de químicos. Ver

o

conteúdo

oficial

da

proibição

em: Order Amendign Schedule

I

to the Hazardous Produts Act (bisphenol-A) Para acessar o tema: Toxic Nation

FRANÇA Junho, 2009 A AFFSA (Anvisa francesa) é instruída para reexaminar a aprovação do BPA. Na Dinamarca, em maio de 2009, o parlamento já tinha aprovado uma resolução pedindo a proibição do BPA em mamadeiras. Março, 2010 Senado francês aprova lei proibindo o uso do BPA em embalagens alimentícias, principalmente em mamadeiras. Os políticos afirmam que a publicação de inúmeros estudos alertando sobre os problemas de saúde causados pela presença do policarbonato foi o que os incentivou a fazer a proposta. Abril, 2010 A AFFSA conclama a indústria alimentícia a divulgar no rótulo a presença do bisfenol-A. No mesmo mês,o BPA foi proibido na Dinamarca. Na Inglaterra a polêmica ganha força com artigos muito críticos ao bisfenol-A do jornal Independent.

BPA – EUROPA Junho, 2008 Comissão Européia publica um relatório atualizado da União Européia sobre o levantamento de risco do bisfenol-A. O documento conclui que produtos com BPA – como o 72


plástico de policarbonato e resinas epóxi – são seguros para o consumo e para o meio ambiente quando utilizados corretamente. Outubro, 2008 A EFSA (European Food Safety Authority) declara que após a publicação dos resultados da pesquisa de Lang – Associação da concentração de bisfenol-A com problemas de saúde e anormalidades em laboratório em adultos– não havia motivos para a revisão da dose diária tolerável (TDI – Tolerable Daily Intake) para o BPA de 0.05 mg/kg de peso corporal. 2009 Estudo científico critica os processos do relatório de risco da exposição à disruptores endócrinos, incluindo o BPA. Dezembro, 2009 O Ministério do Meio Ambiente da União Européia publica um relatório expressando preocupação com os resultados de pesquisas recentes que demonstraram efeitos nocivos da exposição a disruptores endócrinos. O documento incentiva novas pesquisas sobre o tema. Novembro, 2010 A União Europeia anuncia a proibição do químico bisfenol-A em mamadeiras

plásticas

Março, 2011 Entra em vigor a proibição do uso de bisfenol-A na fabricação de mamadeiras plásticas produzidas em território europeu. Junho, 2011 Entra em vigor a proibição de importação e comercialização de mamadeiras que contenham o bisfenol-A.

CHINA Em junho de 2011, o Ministério da Saúde da China, juntamente com cinco outras entidades governamentais, anuncia a proibição imediata do uso de bisfenol-A na produção de mamadeiras. Além disso, anuncia para setembro que também será proibida a importação e a venda de mamadeiras que contenham o químico dentro do país. Quem infringir a lei estará sujeito à condenação da pena de morte. Representantes governamentais chineses também pediram mais rigidez por parte das agencias de alimentos na fiscalização dos fabricantes de mamadeiras para garantir que se adaptem à medida. 73


BISFENOL – BRASIL A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (Resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008)

e

baseia-se

em

lei

da

Comunidade

Européia

de

2004

(Comission Directive 2004/19/EC). Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico. Em junho de 2011, a Câmara Municipal de Piracicaba, importante cidade localizada no interior de São Paulo a 160 quilômetros da capital, aprovou a lei que proíbe a comercialização de mamadeiras, chupetas, alimentos e bebidas que contenham o químico bisfenol-A. A lei aguarda apenas a sanção do prefeito. Duas semanas depois, a Câmara Municipal de Americana, no interior de São Paulo, também apresentou projeto semelhante para ser votado na Casa. Em Curitiba, o vereador Aladim Luciano (PV) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na Câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-A (BPA). Além disso, está em tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília, um Projeto de Lei que propõe a proibição do bisfenol A em mamadeiras e embalagens de alimentos em todo o território brasileiro.

PRODUTOS QUE PODEM CONTER BISFENOL Plástico de policarbonato (65%) - Revestimento resistente ao impacto (vidros) - Luminárias externas - Componentes de eletrodomésticos 74


- Componentes de artefatos elétricos e eletrônicos. - CDs - Componentes automotivos - Garrafas Reutilizáveis - Recipientes para alimentos e bebidas - Óculos escuros - Prateleiras de geladeiras - Utensílios alimentares Resina Epóxi (30%) - Revestimentos - Revestimento para recipientes de alimentos e bebidas - Laminados Elétricos para placas de circuito impresso - Composites - Adesivos - Tintas - Esmalte de unha Outros (5% ) - Pesticidas - Antioxidantes - Materiais não inflamáveis - Fluído de freio Estabilizador de borracha e PVC Canos 75


Selador dental Aditivo de papel térmico Filtros de água Canos reforçados Pisos Isolante elétrico A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (Resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008)

e

baseia-se

em

lei

da

Comunidade

Européia

de

2004

(Comission Directive 2004/19/EC). Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico. No momento, o Projeto de Lei do deputado Beto Faro (PT-PA), que está sendo analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, tramita em caráter conclusivo. O Projeto proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactantes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição o bisfenol-A. Em Curitiba, o vereador Aladim Luciano (PV) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na Câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-A (BPA).

76


ANEXO 3

RESOLUÇÃO-RDC N° 216, DE 15 DE SETEMBRO DE 2004

Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o art. 11, inciso IV, do Regulamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovado pelo Decreto n.º 3.029, de 16 de abril de 1999, c/c o art. 8º, inciso IV, do Regimento Interno aprovado pela Portaria nº 593 de 25 de agosto de 2000, em reunião realizada em 13 de setembro de 2004, considerando a necessidade de constante aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos visando a proteção à saúde da população; considerando a necessidade de harmonização da ação de inspeção sanitária em serviços de alimentação; considerando a necessidade de elaboração de requisitos higiênico-sanitários gerais para serviços de alimentação aplicáveis em todo território nacional; adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação: Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Art. 2º A presente Resolução pode ser complementada pelos órgãos de vigilância sanitária estaduais, distrital e municipais visando abranger requisitos inerentes às realidades locais e promover a melhoria das condições higiênicosanitárias dos serviços de alimentação. Art. 3º Os estabelecimentos têm o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data da publicação, para se adequarem ao Regulamento Técnico constante do Anexo I desta Resolução. Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Fica revogada a Resolução CNNPA nº 16, publicada no Diário Oficial da União em 28 de junho de 1978. Art. 6º A inobservância ou desobediência ao disposto na presente Resolução configura infração de natureza sanitária, na forma da Lei n° 6437, de 20 de agosto de 1977, sujeitando o infrator às penalidades previstas nesse diploma legal. CLÁUDIO MAIEROVITCH PESSANHA HENRIQUES 77


ANEXO REGULAMENTO

TÉCNICO

DE

BOAS

PRÁTICAS

PARA

SERVIÇOS

DE

ALIMENTAÇÃO 1 - ALCANCE 1.1. Objetivo Estabelecer procedimentos de Boas Práticas para serviços de alimentação a fim de garantir as condições higiênicosanitárias do alimento preparado. 1.2. Âmbito de Aplicação Aplica-se aos serviços de alimentação que realizam algumas das seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao consumo, tais como cantinas, bufês, comissarias, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, delicatéssens, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e congêneres. As comissarias instaladas em Portos, Aeroportos, Fronteiras e Terminais Alfandegados devem, ainda, obedecer aos regulamentos técnicos específicos. Excluem-se deste Regulamento os lactários, as unidades de Terapia de Nutrição Enteral TNE, os bancos de leite humano, as cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde e os estabelecimentos industriais abrangidos noâmbito do Regulamento Técnico sobre as Condições Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação paraEstabelecimentos Produtores/Industrializadores de Alimentos. 2- DEFINIÇÕES Para efeito deste Regulamento, considera-se: 2.1 Alimentos preparados: são alimentos manipulados e preparados em serviços de alimentação, expostos à venda embalados ou não, subdividindo-se em três categorias: a) Alimentos cozidos, mantidos quentes e expostos ao consumo; b) Alimentos cozidos, mantidos refrigerados, congelados ou à temperatura ambiente, que necessitam ou não de aquecimento antes do consumo; c) Alimentos crus, mantidos refrigerados ou à temperatura ambiente, expostos ao consumo. 2.2 Anti-sepsia: operação que visa a redução de microrganismos presentes na pele em níveis seguros, durante a lavagem das mãos com sabonete anti-séptico ou por uso de agente antiséptico após a lavagem e secagem das mãos.

78


2.3 Boas Práticas: procedimentos que devem ser adotados por serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação sanitária. 2.4 Contaminantes: substâncias ou agentes de origem biológica, química ou física, estranhos ao alimento, que sejam considerados nocivos à saúde humana ou que comprometam a sua integridade. 2.5 Controle Integrado de Vetores e Pragas Urbanas: sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do ali-mento. 2.6 Desinfecção: operação de redução, por método físico e ou agente químico, do número de microrganismos em nível que não comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento. 2.7 Higienização: operação que compreende duas etapas, a limpeza e a desinfecção. 2.8 Limpeza: operação de remoção de substâncias minerais e ou orgânicas indesejáveis, tais como terra, poeira, gordura e outras sujidades. 2.9 Manipulação de alimentos: operações efetuadas sobre a matéria-prima para obtenção e entrega ao consumo do alimento preparado, envolvendo as etapas de preparação, embalagem, armazenamento, transporte, distribuição e exposição à venda. 2.10 Manipuladores de alimentos: qualquer pessoa do serviço de alimentação que entra em contato direto ou indireto com o alimento. 2.11 Manual de Boas Práticas: documento que descreve as operações realizadas pelo estabelecimento, incluindo, no mínimo, os requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, a manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado. 2.12 Medida de controle: procedimento adotado com o objetivo de prevenir, reduzir a um nível aceitável ou eliminar um agente físico, químico ou biológico que comprometa a qualidade higiênico-sanitária do alimento. 2.13 Produtos perecíveis: produtos alimentícios, alimentos “in natura”, produtos semipreparados ou produtos preparados para o consumo que, pela sua natureza ou composição, necessitam de condições especiais de temperatura para sua conservação.

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2.14 Registro: consiste de anotação em planilha e ou documento, apresentando data e identificação do funcionário responsável pelo seu preenchimento. 2.15 Resíduos: materiais a serem descartados, oriundos da área de preparação e das demais áreas do serviço de alimentação. 2.16 Saneantes: substâncias ou preparações destinadas à higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento de água. 2.17 Serviço de alimentação: estabelecimento onde o alimento é manipulado, preparado, armazenado e ou exposto à venda, podendo ou não ser consumido no local. 2.18 Procedimento Operacional Padronizado - POP: procedimento escrito de forma objetiva que estabelece instruções seqüenciais para a realização de operações rotineiras e específicas na manipulação de alimentos. 3. REFERÊNCIAS 3.1 BRASIL. Decreto-Lei nº 986, de 21 de outubro de 1969. Institui Normas Básicas sobre Alimentos. 3.2 BRASIL. Lei nº 6360, de 23 de setembro de 1976. Dispõe sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, e dá outras providências. 3.3 BRASIL. Lei n° 6437, de 20 de agosto de 1977, e suas alterações. Configura infrações a legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas e dá outras providências. 3.4 BRASIL, Ministério da Saúde. Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Produtos Saneantes Domissanitários. Portaria nº 15, de 23 de agosto de 1988. Normas para Registro dos Saneantes Domissanitários com Ação Antimicrobiana. 3.5 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria Nacional de Organização e Desenvolvimento de Serviços de Saúde. Programa de Controle de Infecção Hospitalar. LAVAR AS MÃOS: INFORMAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE. 39 páginas na Impressão Original, il. - Série A: Normas e Manuais Técnicos - 11, 1989. 3.6 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 1.428, de 26 de novembro de 1993. 80


Regulamentos Técnicos sobre Inspeção Sanitária, Boas Práticas de Produção/ Prestação de Serviços e Padrão de Identidade e Qualidade na Área de Alimentos. 3.7 BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 152, de 26 de fevereiro de 1999. Regulamento Técnico para Produtos destinados à Desinfecção de Água para o Consumo Humano e de Produtos Algicidas e Fungicidas para Piscinas. 3.8 BRASIL, Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 3.523, de 28 de agosto de 1998. Regulamento Técnico contendo Medidas Básicas referentes aos Procedimentos de Verificação Visual do Estado de Limpeza, Remoção de Sujidades por Métodos Físicos e Manutenção do Estado de Integridade e Eficiência de todos os Componentes dos Sistemas de Climatização, para garantir a Qualidade do Ar de Interiores e Prevenção de Riscos à Saúde dos Ocupantes de Ambientes Climatizados. 3.9 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução n° 105 de 19 de maio de 1999. Aprova os Regulamentos Técnicos: Disposições Gerais para Embalagens e Equipamentos Plásticos em contato com Alimentos 3.10 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 211, de 18 de junho de 1999 Altera os dispositivos das Normas para Registro dos Saneantes Domissanitários com Ação Antimicrobiana. 3.11 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ResoluçãoRDC nº 18, de 29 de fevereiro de 2000. Dispõe sobre Normas Gerais para Funcionamento de Empresas Especializadas na Prestação de Serviços de Controle de Vetores e Pragas Urbanas. 3.12 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ResoluçãoRDC nº 277, de 16 de abril de 2001. Altera os dispositivos do Regulamento Técnico para Produtos destinados à Desinfecção de Água para o Consumo Humano e de Produtos Algicidas e Fungicidas para Piscinas. 3.13 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. ResoluçãoRDC nº 91, de 11 de maio de 2001. Aprova o Regulamento Técnico - Critérios Gerais e Classificação de Materiais para Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos constante do Anexo desta Resolução.

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3.14 BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Orientação Técnica Elaborada por Grupo Técnico Assessor sobre Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de Uso Público e Coletivo. 3.15 BRASIL, Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 518, de 25 de março de 2004. Estabelece os Procedimentos e as Responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano e seu Padrão de Potabilidade. 3.16 BRASIL, Ministério do Trabalho e Emprego. Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho. Norma Regulamentadora nº 7. Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional. 3.17 CODEX ALIMENTARIUS. CAC/RCP 1-1969, Rev. 4, 2003. Recommended International Code of Practice General Principles of Food Hygiene. 3.18 CODEX ALIMENTARIUS. CAC/RCP 39-1993. Code of Hygienic Practice for Precooked and Cooked Foods in Mass Catering. 3.19 WORLD HEALTH ORGANIZATION. Genebra, 1999. Basic Food Safety for Health Workers. 4 BOAS PRÁTICAS PARA SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO 4.1 EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 4.1.1 A edificação e as instalações devem ser projetadas de forma a possibilitar um fluxo ordenado e sem cruzamentos em todas as etapas da preparação de alimentos e a facilitar as operações de manutenção, limpeza e, quando for o caso, desinfecção. O acesso às instalações deve ser controlado e independente, não comum a outros usos. 4.1.2 O dimensionamento da edificação e das instalações deve ser compatível com todas as operações. Deve existirseparação entre as diferentes atividades por meios físicos ou por outros meios eficazes de forma a evitar a contaminação cruzada. 4.1.3 As instalações físicas como piso, parede e teto devem possuir revestimento liso, impermeável e lavável. Devem ser mantidos íntegros, conservados, livres de rachaduras, trincas, goteiras, vazamentos, infiltrações, bolores, descascamentos, dentre outros e não devem transmitir contaminantes aos alimentos. 4.1.4 As portas e as janelas devem ser mantidas ajustadas aos batentes. As portas da área de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotadas de fechamento automático. As 82


aberturas externas das áreas de armazenamento e preparação de alimentos, inclusive o sistema de exaustão, devem ser providas de telasmilimetradas para impedir o acesso de vetores e pragas urbanas. As telas devem ser removíveis para facilitar a limpeza periódica. 4.1.5 As instalações devem ser abastecidas de água corrente e dispor de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica. Quando presentes, os ralos devem ser sifonados e as grelhas devem possuir dispositivo que permitam seu fechamento. 4.1.6 As caixas de gordura e de esgoto devem possuir dimensão compatível ao volume de resíduos, devendo estar localizadas fora da área de preparação e armazenamento de alimentos e apresentar adequado estado de conservação e funcionamento. 4.1.7 As áreas internas e externas do estabelecimento devem estar livres de objetos em desuso ou estranhos ao ambiente, não sendo permitida a presença de animais. 4.1.8 A iluminação da área de preparação deve proporcionar a visualização de forma que as atividades sejam realizadas sem comprometer a higiene e as características sensoriais dos alimentos. As luminárias localizadas sobre a área de preparação dos alimentos devem ser apropriadas e estar protegidas contra explosão e quedas acidentais. 4.1.9 As instalações elétricas devem estar embutidas ou protegidas em tubulações externas e íntegras de tal forma a permitir a higienização dos ambientes. 4.1.10 A ventilação deve garantir a renovação do ar e a manutenção do ambiente livre de fungos, gases, fumaça, pós, partículas em suspensão, condensação de vapores dentre outros que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento. O fluxo de ar não deve incidir diretamente sobre os alimentos. 4.1.11 Os equipamentos e os filtros para climatização devem estar conservados. A limpeza dos componentes do sistema de climatização, a troca de filtros e a manutenção programada e periódica destes equipamentos devem ser registradas e realizadas conforme legislação específica. 4.1.12 As instalações sanitárias e os vestiários não devem se comunicar diretamente com a área de preparação e armazenamento de alimentos ou refeitórios, devendo ser mantidos organizados e em adequado estado de conservação. As portas externas devem ser dotadas de fechamento automático. 4.1.13 As instalações sanitárias devem possuir lavatórios e estar supridas de produtos destinados à higiene pessoal tais como papel higiênico, sabonete líquido inodoro anti-séptico

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ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico e toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro para secagem das mãos. Os coletores dos resíduos devem ser dotados de tampa e acionados sem contato manual. 4.1.14 Devem existir lavatórios exclusivos para a higiene das mãos na área de manipulação, em posições estratégicas em relação ao fluxo de preparo dos alimentos e em número suficiente de modo a atender toda a área de preparação. Os lavatórios devem possuir sabonete líquido inodoro anti-séptico ou sabonete líquido inodoro e produto anti-séptico, toalhas de papel não reciclado ou outro sistema higiênico e seguro de secagem das mãos e coletor de papel, acionado sem contato manual. 4.1.15 Os equipamentos, móveis e utensílios que entram em contato com alimentos devem ser de materiais que não transmitam substâncias tóxicas, odores, nem sabores aos mesmos, conforme estabelecido em legislação específica. Devem ser mantidos em adequando estado de conservação e ser resistentes à corrosão e a repetidas operações de limpeza e desinfecção. 4.1.16 Devem ser realizadas manutenção programada e periódica dos equipamentos e utensílios e calibração dos instrumentos ou equipamentos de medição, mantendo registro da realização dessas operações. 4.1.17 As superfícies dos equipamentos, móveis e utensílios utilizados na preparação, embalagem, armazenamento,transporte, distribuição e exposição à venda dos alimentos devem ser lisas, impermeáveis, laváveis e estar isentas de rugosidades, frestas e outras imperfeições que possam comprometer a higienização dos mesmos e serem fontes de contaminação dos alimentos. 4.2 HIGIENIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS 4.2.1 As instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser mantidos em condições higiênicosanitárias apropriadas. As operações de higienização devem ser realizadas por funcionários comprovadamente capacitados e com freqüência que garanta a manutenção dessas condições e minimize o risco de contaminação do alimento. 4.2.2 As caixas de gordura devem ser periodicamente limpas. O descarte dos resíduos deve atender ao disposto em legislação específica. 4.2.3 As operações de limpeza e, se for o caso, de desinfecção das instalações e equipamentos, quando não forem realizadas rotineiramente, devem ser registradas.

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4.2.4 A área de preparação do alimento deve ser higienizada quantas vezes forem necessárias e imediatamente após o término do trabalho. Devem ser tomadas precauções para impedir a contaminação dos alimentos causada por produtos saneantes, pela suspensão de partículas e pela formação de aerossóis. Substâncias odorizantes e ou desodorantes em quaisquer das suas formas não devem ser utilizadas nas áreas de preparação e armazenamento dos alimentos. 4.2.5 Os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados pelo Ministério da Saúde. A diluição, o tempo de contato e modo de uso/aplicação dos produtos saneantes devem obedeceràs instruções recomendadas pelo fabricante. Os produtos saneantes devem ser identificados e guardados em local reservado para essa finalidade. 4.2.6 Os utensílios e equipamentos utilizados na higienização devem ser próprios para a atividade e estar conservados, limpos e disponíveis em número suficiente e guardados em local reservado para essa finalidade. Os utensílios utilizados na higienização de instalações devem ser distintos daqueles usados para higienização das partes dos equipamentos e utensílios que entrem em contato com o alimento. 4.2.7 Os funcionários responsáveis pela atividade de higienização das instalações sanitárias devem utilizar uniformes apropriados e diferenciados daqueles utilizados na manipulação de alimentos. 4.3 CONTROLE INTEGRADO DE VETORES E PRAGAS URBANAS 4.3.1 A edificação, as instalações, os equipamentos, os móveis e os utensílios devem ser livres de vetores e pragas urbanas. Deve existir um conjunto de ações eficazes e contínuas de controle de vetores e pragas urbanas, com o objetivo de impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou proliferação dos mesmos. 4.3.2 Quando as medidas de prevenção adotadas não forem eficazes, o controle químico deve ser empregado e executado por empresa especializada, conforme legislação específica, com produtos desinfestantes regularizados pelo Ministério da Saúde. 4.3.3 Quando da aplicação do controle químico, a empresa especializada deve estabelecer procedimentos pré e póstratamento a fim de evitar a contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios. Quando aplicável, os equipamentos e os utensílios, antes de serem reutilizados, devem ser higienizados para a remoção dos resíduos de produtos desinfestantes. 4.4 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

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4.4.1 Deve ser utilizada somente água potável para manipulação de alimentos. Quando utilizada solução alternativa de abastecimento de água, a potabilidade deve ser atestada semestralmente mediante laudos laboratoriais, sem prejuízo de outras exigências previstas em legislação específica. 4.4.2 O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado a partir de água potável, mantido em condição higiênico-sanitária que evite sua contaminação. 4.4.3 O vapor, quando utilizado em contato direto com alimentos ou com superfícies que entrem em contato com alimentos, deve ser produzido a partir de água potável e não pode representar fonte de contaminação. 4.4.4 O reservatório de água deve ser edificado e ou revestido de materiais que não comprometam a qualidade da água, conforme legislação específica. Deve estar livre de rachaduras, vazamentos, infiltrações, descascamentos dentre outros defeitos e em adequado estado de higiene e conservação, devendo estar devidamente tampado. O reservatório de água deve ser higienizado, em um intervalo máximo de seis meses, devendo ser mantidos registros da operação. 4.5 MANEJO DOS RESÍDUOS 4.5.1 O estabelecimento deve dispor de recipientes identificados e íntegros, de fácil higienização e transporte, em número e capacidade suficientes para conter os resíduos. 4.5.2 Os coletores utilizados para deposição dos resíduos das áreas de preparação e armazenamento de alimentos devem ser dotados de tampas acionadas sem contato manual. 4.5.3 Os resíduos devem ser freqüentemente coletados e estocados em local fechado e isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos, de forma a evitar focos de contaminação e atração de vetores e pragas urbanas. 4.6 MANIPULADORES 4.6.1 O controle da saúde dos manipuladores deve ser registrado e realizado de acordo com a legislação específica. 4.6.2 Os manipuladores que apresentarem lesões e ou sintomas de enfermidades que possam comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos devem ser afastados da atividade de preparação de alimentos enquanto persistirem essas condições de saúde. 4.6.3 Os manipuladores devem ter asseio pessoal, apresentando-se com uniformes compatíveis à atividade, conservados e limpos. Os uniformes devem ser trocados, no mínimo, diariamente e usados exclusivamente nas dependências internas do estabelecimento. As 86


roupas e os objetos pessoais devem ser guardados em local específico e reservado para esse fim. 4.6.4 Os manipuladores devem lavar cuidadosamente as mãos ao chegar ao trabalho, antes e após manipular alimentos, após qualquer interrupção do serviço, após tocar materiais contaminados, após usar os sanitários e sempre que se fizer necessário. Devem ser afixados cartazes de orientação aos manipuladores sobre a correta lavagem e antisepsia das mãos e demais hábitos de higiene, em locais de fácil visualização, inclusive nas instalações sanitárias e lavatórios. 4.6.5 Os manipuladores não devem fumar, falar desnecessariamente, cantar, assobiar, espirrar, cuspir, tossir, comer, manipular dinheiro ou praticar outros atos que possam contaminar o alimento, durante o desempenho das atividades. 4.6.6 Os manipuladores devem usar cabelos presos e protegidos por redes, toucas ou outro acessório apropriado para esse fim, não sendo permitido o uso de barba. As unhas devem estar curtas e sem esmalte ou base. Durante a manipulação, devem ser retirados todos os objetos de adorno pessoal e a maquiagem. 4.6.7 Os manipuladores de alimentos devem ser supervisionados e capacitados periodicamente em higiene pessoal, em manipulação higiênica dos alimentos e em doenças transmitidas por alimentos. A capacitação deve ser comprovada mediante documentação. 4.6.8 Os visitantes devem cumprir os requisitos de higiene e de saúde estabelecidos para os manipuladores. 4.7 MATÉRIAS-PRIMAS, INGREDIENTES E EMBALAGENS 4.7.1 Os serviços de alimentação devem especificar os critérios para avaliação e seleção dos fornecedores de matérias-primas, ingredientes e embalagens. O transporte desses insumos deve ser realizado em condições adequadas de higiene e conservação. 4.7.2 A recepção das matérias-primas, dos ingredientes e das embalagens deve ser realizada em área protegida e limpa. Devem ser adotadas medidas para evitar que esses insumos contaminem o alimento preparado. 4.7.3 As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser submetidos à inspeção e aprovados na recepção. As embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes devem estar íntegras. A temperatura das matérias-primas e ingredientes que necessitem de condições especiais de conservação deve ser verificada nas etapas de recepção e de armazenamento. 87


4.7.4 Os lotes das matérias-primas, dos ingredientes ou das embalagens reprovados ou com prazos de validade vencidos devem ser imediatamente devolvidos ao fornecedor e, na impossibilidade, devem ser devidamente identificados e armazenados separadamente. Deve ser determinada a destinação final dos mesmos. 4.7.5 As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados em local limpo e organizado, de forma a garantir proteção contra contaminantes. Devem estar adequadamente acondicionados e identificados, sendo que sua utilização deve respeitar o prazo de validade. Para os alimentos dispensados da obrigatoriedade da indicação do prazo de validade, deve ser observada a ordem de entrada dos mesmos. 4.7.6 As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens devem ser armazenados sobre paletes, estrados e ou prateleiras, respeitando-se o espaçamento mínimo necessário para garantir adequada ventilação, limpeza e, quando for o caso, desinfecção do local. Os paletes, estrados e ou prateleiras devem ser de material liso, resistente, impermeável e lavável. 4.8 PREPARAÇÃO DO ALIMENTO 4.8.1 As matérias-primas, os ingredientes e as embalagens utilizados para preparação do alimento devem estar em condições higiênico-sanitárias adequadas e em conformidade com a legislação específica. 4.8.2 O quantitativo de funcionários, equipamentos, móveis e ou utensílios disponíveis devem ser compatíveis com volume, diversidade e complexidade das preparações alimentícias. 4.8.3 Durante a preparação dos alimentos, devem ser adotadas medidas a fim de minimizar o risco de contaminação cruzada. Deve-se evitar o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-preparados e prontos para o consumo. 4.8.4 Os funcionários que manipulam alimentos crus devem realizar a lavagem e a anti-sepsia das mãos antes de manusear alimentos preparados. 4.8.5 As matérias-primas e os ingredientes caracterizados como produtos perecíveis devem ser expostos à temperatura ambiente somente pelo tempo mínimo necessário para a preparação do alimento, a fim de não comprometer a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. 4.8.6 Quando as matérias-primas e os ingredientes não forem utilizados em sua totalidade, devem ser adequadamente acondicionados e identificados com, no mínimo, as seguintes informações: designação do produto, data de fracionamento e prazo de validade após a abertura ou retirada da embalagem original. 88


4.8.7 Quando aplicável, antes de iniciar a preparação dos alimentos, deve-se proceder à adequada limpeza das embalagens primárias das matérias-primas e dos ingredientes, minimizando o risco de contaminação. 4.8.8 O tratamento térmico deve garantir que todas as partes do alimento atinjam a temperatura de, no mínimo, 70ºC (setenta graus Celsius). Temperaturas inferiores podem ser utilizadas no tratamento térmico desde que as combinações de tempo e temperatura sejam suficientes para assegurar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. 4.8.9 A eficácia do tratamento térmico deve ser avaliada pela verificação da temperatura e do tempo utilizados e, quando aplicável, pelas mudanças na textura e cor na parte central do alimento. 4.8.10 Para os alimentos que forem submetidos à fritura, além dos controles estabelecidos para um tratamento térmico, deve-se instituir medidas que garantam que o óleo e a gordura utilizados não constituam uma fonte de contaminação química do alimento preparado. 4.8.11 Os óleos e gorduras utilizados devem ser aquecidos a temperaturas não superiores a 180ºC (cento e oitenta graus Celsius), sendo substituídos imediatamente sempre que houver alteração evidente das características físico-químicas ou sensoriais, tais como aroma e sabor, e formação intensa de espuma e fumaça. 4.8.12 Para os alimentos congelados, antes do tratamento térmico, deve-se proceder ao descongelamento, a fim de garantir adequada penetração do calor. Excetuam-se os casos em que o fabricante do alimento recomenda que o mesmo seja submetido ao tratamento térmico ainda congelado, devendo ser seguidas as orientações constantes da rotulagem. 4.8.13 O descongelamento deve ser conduzido de forma a evitar que as áreas superficiais dos alimentos se mantenham em condições favoráveis à multiplicação microbiana. O descongelamento deve ser efetuado em condições de refrigeração à temperatura inferior a 5ºC (cinco graus Celsius) ou em forno de microondas quando o alimento for submetido imediatamente à cocção 4.8.14 Os alimentos submetidos ao descongelamento devem ser mantidos sob refrigeração se não forem imediatamente utilizados, não devendo ser recongelados. 4.8.15 Após serem submetidos à cocção, os alimentos preparados devem ser mantidos em condições de tempo e de temperatura que não favoreçam a multiplicação microbiana. Para conservação a quente, os alimentos devem ser submetidos à temperatura superior a 60ºC 89


(sessenta graus Celsius) por, no máximo, 6 (seis) horas. Para conservação sob refrigeração ou congelamento, os alimentos devem ser previamente submetidos ao processo de resfriamento. 4.8.16 O processo de resfriamento de um alimento preparado deve ser realizado de forma a minimizar o risco de contaminação cruzada e a permanência do mesmo em temperaturas que favoreçam a multiplicação microbiana. A temperatura do alimento preparado deve ser reduzida de 60ºC (sessenta graus Celsius) a 10ºC (dez graus Celsius) em até duas horas. Em seguida, o mesmo deve ser conservado sob refrigeração a temperaturas inferiores a 5ºC (cinco graus Celsius), ou congelado à temperatura igual ou inferior a -18ºC (dezoito graus Celsius negativos). 4.8.17 O prazo máximo de consumo do alimento preparado e conservado sob refrigeração a temperatura de 4ºC (quatro graus Celsius), ou inferior, deve ser de 5 (cinco) dias. Quando forem utilizadas temperaturas superiores a 4ºC (quatro graus Celsius) e inferiores a 5ºC (cinco graus Celsius), o prazo máximo de consumo deve ser reduzido, de forma a garantir as condições higiênico-sanitárias do alimento preparado. 4.8.18 Caso o alimento preparado seja armazenado sob refrigeração ou congelamento deve-se apor no invólucro do mesmo, no mínimo, as seguintes informações: designação, data de preparo e prazo de validade. A temperatura de armazenamento deve ser regularmente monitorada e registrada. 4.8.19 Quando aplicável, os alimentos a serem consumidos crus devem ser submetidos a processo de higienização a fim de reduzir a contaminação superficial. Os produtos utilizados na higienização dos alimentos devem estar regularizados no órgão competente do Ministério da Saúde e serem aplicados de forma a evitar a presença de resíduos no alimento preparado. 4.8.20 O estabelecimento deve implementar e manter documentado o controle e garantia da qualidade dos alimentos preparados. 4.9 ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DO ALIMENTO PREPARADO 4.9.1 Os alimentos preparados mantidos na área de armazenamento ou aguardando o transporte devem estar identificados e protegidos contra contaminantes. Na identificação deve constar, no mínimo, a designação do produto, a data de preparo e o prazo de validade. 4.9.2 O armazenamento e o transporte do alimento preparado, da distribuição até a entrega ao consumo, deve ocorrer em condições de tempo e temperatura que não comprometam sua 90


qualidade higiênico-sanitária. A temperatura do alimento preparado deve ser monitorada durante essas etapas. 4.9.3 Os meios de transporte do alimento preparado devem ser higienizados, sendo adotadas medidas a fim de garantir a ausência de vetores e pragas urbanas. Os veículos devem ser dotados de cobertura para proteção da carga, não devendo transportar outras cargas que comprometam a qualidade higiênico-sanitária do alimento preparado. 4.10 EXPOSIÇÃO AO CONSUMO DO ALIMENTO PREPARADO 4.10.1 As áreas de exposição do alimento preparado e de consumação ou refeitório devem ser mantidas organizadas e em adequadas condições higiênico-sanitárias. Os equipamentos, móveis e utensílios disponíveis nessas áreas devem ser compatíveis com as atividades, em número suficiente e em adequado estado de conservação. 4.10.2 Os manipuladores devem adotar procedimentos que minimizem o risco de contaminação dos alimentos preparados por meio da anti-sepsia das mãos e pelo uso de utensílios ou luvas descartáveis. 4.10.3 Os equipamentos necessários à exposição ou distribuição de alimentos preparados sob temperaturas controladas, devem ser devidamente dimensionados, e estar em adequado estado de higiene, conservação e funcionamento. A temperatura desses equipamentos deve ser regularmente monitorada. 4.10.4 O equipamento de exposição do alimento preparado na área de consumação deve dispor de barreiras de proteção que previnam a contaminação do mesmo em decorrência da proximidade ou da ação do consumidor e de outras fontes. 4.10.5 Os utensílios utilizados na consumação do alimento, tais como pratos, copos, talheres, devem ser descartáveis ou, quando feitos de material não-descartável, devidamente higienizados, sendo armazenados em local protegido. 4.10.6 Os ornamentos e plantas localizados na área de consumação ou refeitório não devem constituir fonte de contaminação para os alimentos preparados. 4.10.7 A área do serviço de alimentação onde se realiza a atividade de recebimento de dinheiro, cartões e outros meios utilizados para o pagamento de despesas, deve ser reservada. Os funcionários responsáveis por essa atividade não devem manipular alimentos preparados, embalados ou não. 4.11 DOCUMENTAÇÃO E REGISTRO

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4.11.1 Os serviços de alimentação devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados. Esses documentos devem estar acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido. 4.11.2 Os POP devem conter as instruções seqüenciais das operações e a freqüência de execução, especificando onome, o cargo e ou a função dos responsáveis pelas atividades. Devem ser aprovados, datados e assinados pelo responsável do estabelecimento. 4.11.3 Os registros devem ser mantidos por período mínimo de 30 (trinta) dias contados a partir da data de preparação dos alimentos. 4.11.4 Os serviços de alimentação devem implementar Procedimentos Operacionais Padronizados relacionados aos seguintes itens: a) Higienização de instalações, equipamentos e móveis; b) Controle integrado de vetores e pragas urbanas; c) Higienização do reservatório; d) Higiene e saúde dos manipuladores. 4.11.5 Os POP referentes às operações de higienização de instalações, equipamentos e móveis devem conter as seguintes informações: natureza da superfície a ser higienizada, método de higienização, princípio ativo selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos e ou físicos utilizados na operação de higienização, temperatura e outras informações que se fizerem necessárias. Quando aplicável, os POP devem contemplar a operação de desmonte dos equipamentos. 4.11.6 Os POP relacionados ao controle integrado de vetores e pragas urbanas devem contemplar as medidas preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a proliferação de vetores e pragas urbanas. No caso da adoção de controle químico, o estabelecimento deve apresentar comprovante de execução de serviço fornecido pela empresa especializada contratada, contendo as informações estabelecidas em legislação sanitária específica. 4.11.7 Os POP referentes à higienização do reservatório devem especificar as informações constantes do item 4.11.5, mesmo quando realizada por empresa terceirizada e, neste caso, deve ser apresentado o certificado de execução do serviço. 4.11.8 Os POP relacionados à higiene e saúde dos manipuladores devem contemplar as etapas, a freqüência e os princípios ativos usados na lavagem e anti-sepsia das mãos dos manipuladores, assim como as medidas adotadas nos casos em que os manipuladores 92


apresentem lesão nas mãos, sintomas de enfermidade ou suspeita de problema de saúde que possa comprometer a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos. Deve-se especificar os exames aos quais os manipuladores de alimentos são submetidos, bem como a periodicidade de sua execução. O programa de capacitação dos manipuladores em higiene deve ser descrito, sendo determinada a carga horária, o conteúdo programático e a freqüência de sua realização, mantendo-se em arquivo os registros da participação nominal dos funcionários. 4.12. RESPONSABILIDADE 4.12.1. O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser o proprietário ou funcionário designado, devidamente capacitado, sem prejuízo dos casos onde há previsão legal para responsabilidade técnica. 4.12.2. O responsável pelas atividades de manipulação dos alimentos deve ser comprovadamente submetido a curso de capacitação, abordando, no mínimo, os seguintes temas: a) Contaminantes alimentares; b) Doenças transmitidas por alimentos; c) Manipulação higiênica dos alimentos;

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. MICHAELI, W. e outros. Tecnologia dos Plásticos. Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 1995. Introdução e Lição 1, p. 1 a 13. 2. ANON. Curso Básico Intensivo de Plásticos. Jornal de Plásticos, Niterói, 1997. Itens 4.3.1. – Polietileno, 4.3.2., Polipropileno, 4.3.3. – Poliestireno, 4.3.4. – Poli (cloreto de vinila), 4.9.1.Poli (tereftalato de etileno) e 1.9.5. Policarbonato. 3. RETO, M.A.S. Polietilenos Expandem Enquanto Demanda Retrai, Plástico Moderno, Nov. 1998, 26-40. 4. STRONG, A.B. Plastics – Materials and Processing, Prentice Hall, Columbus, 1996. ThermoplasticMaterials (Commodity Plastics), p. 153-174. 5. RODRIGUEZ, F. Principles of Polymer Systems, Taylor & Francis, Washington, 1996. Introduction, p. 14-19. 6. ALGRANTI, Márcia. Pequeno Dicionário da Gastronomia. Rio de Janeiro: Record, 2000. 7. FLANDRIN, Jean Louis; MONTANARI, Massimo. História da Alimentação. 2ª ed. São Paulo: Estação Liberdade, 1999. 8. GOMENSORO, Maria Lúcia. Pequeno Dicionário de Gastronomia. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. 9. http://www.mspc.eng.br/ciemat/cmat310.shtml 10. http://www.otaodoconsumo.com.br/bisfenol 11. http://comunidade.bemsimples.com/saude/w/saude/O-PODER-DE-CURA-DACEBOLA.aspx 12. http://www.cnph.embrapa.br/sistprod/cebola/colheita_e_pos.htm#topo 13. MICHAELI, W. e outros. Tecnologia dos Plásticos. Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 1995. Introdução e Lição 1, p. 1 a 13. 14. ANON. Curso Básico Intensivo de Plásticos. Jornal de Plásticos, Niterói, 1997. Itens 4.3.1. – Polietileno, 4.3.2., Polipropileno, 4.3.3. – Poliestireno, 4.3.4. – Poli(cloreto de vinila), 4.9.1. Poli(tereftalato de etileno) e 1.9.5. Policarbonato. 15. RETO, M.A.S. Polietilenos Expandem Enquanto Demanda Retrai, Plástico Moderno, Nov. 1998, 26-40. 94


16. STRONG, A.B. Plastics – Materials and Processing, Prentice Hall, Columbus, 1996. ThermoplasticMaterials (Commodity Plastics), p. 153-174. 17. RODRIGUEZ, F. Principles of Polymer Systems, Taylor & Francis, Washington, 1996. Introduction, p. 14-19.

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