Revista Destaque Imobiliário

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O valor da prevenção A tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro serviu para comprovar com fatos a deficiência da Defesa Civil brasileira. Provas concretas de que é possível minimizar os efeitos dos inevitáveis desastres naturais acontecem com frequência mundo a fora. Em comparação recente estão as tempestades que atingiram três estados da Austrália - Queensland, Nova Gales do Sul e Victoria. Embora tenham sido as mais fortes em cinco décadas, a eficiência da Defesa Civil australiana foi de causar inveja. Uma das maiores inovações ocorreu no dia 19 de janeiro, quando cerca de 2.500 habitantes do norte de Victoria estavam em risco e receberam torpedos de celular com orientações para deixar suas casas imediatamente. Antes, ainda no mês de novembro, quando as tempestades estavam perto de

chegar, os órgãos responsáveis começaram a alertar a população das regiões que seriam afetadas, com tempo suficiente para que praticamente todos se preparassem. A forma de agir da Defesa Civil australiana é baseada na prevenção e na ação rápida, ágil e eficiente: antes, durante e depois da tragédia. Embora as chuvas tenham durado cerca de dois meses, milhões de pessoas tenham sido afetadas pelos alagamentos, milhares de casas tenham sido invadidas pela água, apenas 32 pessoas perderam seu bem mais valioso: a vida. Por mais que se trate da morte, o número é de causar inveja se comparado as cerca de 900 pessoas que morreram recentemente no Rio de Janeiro. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a falta de comunicação e de um plano de emergência foram os principais fatores para que a tragé-

dia brasileira tomasse essas proporções. A reportagem “A solução é prevenir” mostra porque esses desastres naturais acontecem e fala sobre o Sistema Nacional de Prevenção de Acidentes, que está sendo implantado pelo Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). São iniciativas que salvam vidas, mas parece que o Brasil, há muito tempo, vem perdendo alguma coisa no meio do caminho. Boa leitura!





Agenda

Feicon BatiMat 2011 A 19º edição da Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon), acontece entre os dias 15 a 19 de março no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Paulo. A feira é o maior salão latino-americano do setor de construção civil, reúne as principais marcas do mercado brasileiro, 750 expositores, de 21 países, ocupando uma área de 85 mil metros quadrados. Paralelo ao evento acontece a Feira de Produtos e Serviços para Obras de Infraestrutura (SP Infraestrutura) que apresenta produtos, soluções e serviços para obras de infraestrutura. Mais informações: www.feicon.com.br

Casa Cor Santa Catarina A Casa Cor Santa Catarina deste ano terá foco na tecnologia, mostrando tendências e produtos de última geração, além de homenagear os 25 anos da mostra e a imprensa catarinense. A mostra estará aberta a partir do dia 19 de março, na sede do antigo Jornal O Estado, em Florianópolis, e abrirá o calendário da grife Casa Cor na América Latina. Mais informações: www.casacor.com.br/santa_catarina

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ExpoRevestir e Kitchen & Bath Entre os dias 22 e 25 de março as duas feiras internacionais acontecem simultaneamente no Transamérica Expo Center, em São Paulo. A Feira Internacional de Revestimentos (ExpoRevestir) apresenta novas tendências e tecnologias, produtos sustentáveis e designs inovadores. A Feira Internacional de Produtos e Acessórios para Cozinha e Banheiro (Kitchen & Bath) traz lançamentos e tendências em cozinhas e banheiros e é indicada para designers, arquitetos, decoradores, engenheiros, construtores e lojistas. Mais Informações nos sites: www.exporevestir. com.br e www.kitchenbathexpo.com.br Fotos divulgação

Outros eventos:

Movelpar 2011 - 8ª Feira de Móveis do Estado do Paraná Abimad Verão 2011 - Feira Brasileira de Mó- Data: 14 a 18 de março de 2011 Local: Pavilhão Expoara Centro de Evenveis e Acessórios de Alta Decoração tos - Arapongas - PR Data: 16 a 19 de fevereiro de 2011 Local: Centro de Exposições Imigrantes - São Mais informações: www.movelpar.com.br/ Paulo - SP MóvelSul Brasil 2011 - Feira de Móveis Mais informações: www.abimad.com.br Data: 22 a 26 de março Local: Parque de Eventos – Bento Gonçal18ª Craft Design Descrição: produtos de decoração e design ves - RS Mais informações: www.movelsul.com.br Data: 12 a 15 de março de 2011 Local: Centro de Convenções Frei Caneca CONEXPO-CON São Paulo - SP Descrição: construção pesada, concreto, Mais informações: www.craftdesign.com.br tecnologia aplicada, equipamentos leves e pesados, maquinários e utilitários. Gift Fair - Brazilian International Gift Fair Descrição: artigos para a casa, decoração e Data: 22 a 26 de março Local: Las Vegas, EUA design Mais informações: Data: 14 a 17 de março / 2011 www.conexpoconagg.com Local: Expo Center Norte - São Paulo - SP Mais informações: www.giftfair.com.br


Acontece

A marca Sabbia chega ao mercado catarinense no mês de março Instalada em Tijucas, a empresa Sabbia é especializada em banheiras de imersão e hidromassagem e traz uma tecnologia exclusiva no Brasil. A teconologia Sandstone, desenvolvida em parceria com uma empresa europeia, expressa o toque e a resistência da pedra por ser essencialmente composta por materiais minerais (principalmente areia). Durante a próxima Feira Kitchen & Bath, que acontece no mês de março em São Paulo, a Sabbia fará seu lançamento oficial cializar seus produtos em lojas especializa- de Balneário Camboriú, Joinville e Tubarão, no mercado nacional e começará a comer- das em ambientes de banho nas cidades além de Curitiba, no Paraná.

Estudo prevê alargamento da praia de Balneário Camboriú No mês de janeiro a prefeitura de Balneário Camboriú assinou um contrato com a empresa norte-americana, Coastal Planning & Engineering, para fazer a busca e o estudo de jazidas de areia para iniciar o alargamento da Praia Central. A empresa já realizou mais de 100 alargamentos nos Estados Unidos e terá seis meses encontrar a jazida compatível e elaborar projeto de extração. Caso a empresa não encontre areia compatível com a da praia o alargamento não será executado. “É preferível um gasto menor do que gastar milhares de reais no futuro, agora, com a contratação deste estudo, se a obra for feita com uma areia errada 10

para a praia”, explicou Lindino Benedet, presidente da empresa no Brasil.


Criação de novos empreendimentos em Blumenau bate recorde No mês de janeiro Blumenau registrou o melhor ritmo de expansão de abertura de novos empreendimentos dos últimos sete anos. De acordo com o boletim de alvarás divulgado pela Praça do Cidadão o crescimento é de 88% em comparação com janeiro de 2010. Foram 160 novos empreendimentos contra os 85 do ano anterior.

Turismo nas alturas Quem já experimentou os 100 metros de altura da Big Tower com toda certeza poderá falar da beleza que cerca o Beto Carrero World. Nos últimos meses, muitos turistas têm ampliado essa visão através de um sobrevoo de helicóptero. A atração tem operado desde o mês de junho e, a partir de então, o Parque construiu um heliponto e um spot para comportar o pouso das aeronaves que partem e pousam em frente ao Castelo das Nações. A rota dura 6 minutos e sobrevoa o Beto Carrero, Praia Vermelha, Praia Grande, Trapiche e Praia da Armação. Além desses pontos, a rota de 11 minutos segue até Balneário Piçarras.

Loja comercializa jet-skis em Balneário Camboriú A Speed Motors, concessionária da Kawasaki catarinense, aproveitou o potencial do mercado náutico da região e resolveu investir na venda de jet-skis na loja de Balneário Camboriú. Em uma parceria com a Marina e Oficina By Dente, a loja traz para Santa Catarina serviços de apoio e manutenção com

todo o suporte e pós-venda aos clientes. São vendidos três modelos da linha Ultra Kawasaki, importados dos Estados Unidos e do Japão. Os “brinquedinhos” têm potência de 260 cavalos, deck de desembarque retrátil e design ergonômico. Fotos: Divulgação




VENDAS 47 3055.3009



Giro imobiliário

Brasil tem a maior valorização imobiliária do mundo Pesquisa feita pela Global Property Guide, em 36 países, mostrou a situação do mercado imobiliário mundial. Os dados foram contabilizados em períodos de 24 e 12 meses (com data final em 30 de setembro de 2010) e trazem o Brasil como campeão na lista de lugares com a maior valorização imobiliária do mundo. Os valores foram calculados em moeda local, sem descontar a inflação. No Brasil foram pesquisados os valores do metro quadrado de lançamentos em São Paulo.

Um ano de obras no Shopping Park Europeu Área total construída de 106 mil metros quadrados, área bruta locável de 33 mil metros quadrados e investimento de R$ 160 milhões são alguns números do Shopping Park Europeu, em Blumenau. As obras na Via Expressa Paul Fritz Kuenhrich completam um ano, com um total de 35% concluído. Com as etapas dentro do cronograma previsto, o Vale do Itajaí deve receber a megaestrutura em novembro deste ano, já que as próximas etapas da obra são mais rápidas. Cerca de 300 pessoas trabalham no local, com previsão de aumento significativo nos próximos dias. Atualmente, trabalham no canteiro de obras 11 empresas catarinenses, gerenciadas pela João Fortes Engenharia. 16

O Shopping O empreendimento da Shopinvest (Grupo João Fortes Engenharia) e do grupo catarinense Ghislandi terá 180 lojas, incluindo cinco âncoras, seis megalojas, cinco salas de cinema de última geração e 1.700 vagas de estacionamento. Conforme a Shopinvest, aproximadamente 73% da área bruta locável já está comercializada no Shopping Park Europeu.


Shopping Breithaupt vai duplicar de tamanho Em Jaraguá do sul o projeto é de ampliação. O Shopping Breithaupt, único na cidade, deve duplicar de tamanho até 2012 em um investimento de aproximadamente R$ 90 milhões. O projeto, que está sendo analisado pela prefeitura, prevê a ocupação da

Breithaupt Ferragens e do terreno da antiga boate Notre Dame ampliando a Área Bruta Locável (ABL) de 13 mil metros quadrados para 27,2 mil metros quadrados. O espaço será suficiente para abrigar 155 lojas (hoje são 77). A ideia é trazer

grandes redes como a Marisa, Renner e Mac Donald’s, já que a região tem crescido muito, assim como a circulação de pessoas no shopping, que subiu 17%, em comparação com 2009.

Prédio de 62 andares está em estudo em Balneário Camboriú A FG empreendimentos está realizando um estudo de viabilidade para a construção de um edifício de 62 andares em Balneário Camboriú. Embora seja apenas um estudo, a informação já gera discussões. De acordo com o secretário de Planejamento do município, Auri Pavoni, em princípio a altura do edifício não é impedimento. “Balneário Camboriú nunca teve regulamentação que determine a altura ou tamanho dos edifícios. Mas é claro que é preciso fazer uma análise criteriosa sobre o impacto de vizinhança, saneamento, entre outras coisas”, afirmou. Em 2015, a FG Empreendimentos já entregará um edifício de 45 andares e 140 metros de altura. O Alameda Jardins Residence ficará a 150 metros do mar e terá uma área de 14 mil metros quadrados de preservação.

Burj Khalifa Dubai é o maior prédio do mundo. Com 828 metros de altura e 160 andares, foi inaugurado em 2010, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Desde 1966 o Mirante do Vale, em São Paulo, é o prédio mais alto do Brasil. São 170 metros e 50 andares. Em 2015 a construtora FG vai entregar o Alameda Jardins, que será o prédio mais alto de Balneário Camboriú, com 140 metros e 45 andares.


FRANCINE MIRELE

Tecnologia

Site usa tecnologia do YouTube para oferecer imóveis Com menos de um mês, portal House Tube já tem mais de doze mil acessos e promete revolucionar o mercado imobiliário do estado

A ideia parece simples: um site de busca de imóveis para comprar, locar ou passar a temporada. Agora imagine “visitar” o imóvel sem sair de casa? Este é o maior diferencial do portal House Tube, que em menos de um mês já obteve mais de 12 mil acessos. Ao invés de fotos, todos os imóveis anunciados possuem vídeos que permitem um passei virtual por dentro, e até por fora deles, facilitando a procura e a visualização de detalhes importantes para o cliente. Simples, fácil de navegar e com opções de busca avançada, o maior obje-

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tivo é fazer com que o cliente saia satisfeito. “O site reúne várias opções de imóveis. Atualmente 95% das pessoas que procuram imóveis utilizam a internet como a primeira ferramenta de busca”, justifica o idealizador do site, Glauber dos Santos Laus. É mais ou menos um YouTube do setor imobiliário e é exatamente esta alusão que o nome House Tube quer fazer. “A tecnologia utilizada é a mesma do YouTube, temos um MidiaCentro, um grande computador que armazena os vídeos e possibilita todo o gerenciamento de conteúdo. Acredito que seja o único no país”, explica Laus. A proposta dos vídeos é diferente das TVs imobiliárias, que possuem making off e uma equipe de filmagens profissionais. No House Tube a empresa recebe os vídeos dos próprios clientes, edita o material em um programa profissional e faz a publicação. “Estou mudando os hábitos das imobiliárias e construtoras, os meus clientes ganham uma câmera filmadora digital, de boa quali-

dade e recebem um treinamento para usar o pequeno equipamento, aproveitar ângulos interessantes, filmar a vizinhança, além de outras dicas. Assim, eles começam a deixar as câmeras fotográficas de lado”, afirma. Além de empresas, pessoas físicas também podem publicar o seu imóvel. Um contrato de anúncio de um produto, durante trinta dias, custa R$ 30, com preços diferenciados para pacotes maiores. Por enquanto o portal abrange a região que vai de Itapema até Garopaba. Mas a empresa, que já fechou parceria com a Cyrela – uma das maiores incorporadoras do país – está em expansão. “Estamos abrindo uma filial em Curitiba, e muito em breve estaremos em todo o estado de Santa Catarina”, prevê o empresário.



CARLO ENRICO BRESSIANI

Economia

Investimento Imobiliário Imóveis sempre são um bom negócio. Isso nós já ouvíamos de nossos avós e eles já tinham aprendido com os seus. Mas, realmente, imóveis são hoje um bom negócio? É com esta pergunta que estreamos a coluna de economia da Revista Destaque Imobiliário. Aqui conversaremos sobre investimentos, principalmente imobiliários. Discutiremos a forma como os ativos flutuam de valor, o que é muito instigante. Por que um imóvel se valoriza 30% em um ano? O que faz um apartamento de uma construtora ser avaliado 20% abaixo dos concorrentes similares? Qual é a região da cidade se valorizará nos próximos anos? Estas são algumas das perguntas que quem gosta de estudar imóveis se faz diariamente. O que, afinal, determina o sucesso ou o fra-

casso de um empreendimento? A resposta básica é a localização e a qualidade da obra. Será simples assim? Na verdade não. Há muitos outros aspectos a serem analisados, além daqueles que não nos alcança a análise. O que encontramos no mercado imobiliário atualmente? No dia de hoje – seja qual seja, neste primeiro semestre de 2011 – muita gente está sonhando em comprar seu primeiro, segundo, terceiro imóvel. Será uma boa hora para comprá-lo? O investimento em imóveis é quase sempre substancioso e deve ser tratado como tal. A primeira dica que deixo nesta coluna é: Comprar imóveis é muito prazeroso, mas dá trabalho. Pesquise, pesquise e, quando você estiver cansado, é hora de con-

tinuar pesquisando. Gaste sola de sapato, vale muito a pena. Conforme adentramos nas entranhas do mercado, conseguimos entender se um imóvel está caro, justo ou barato. Atualmente, para quem não conhece o mercado, os imóveis estão caros. Será que é isso mesmo? A dois anos as pessoas achavam que os imóveis estavam caros, a quatro anos atrás elas achavam a mesma coisa. Desde então os imóveis tem se valorizado, salvo raras exceções, acima da inflação, ano após ano. Quer dizer que em 2011 os imóveis continuarão sua curva de alta? Não quer dizer nada. O passado serve para explicar o passado, os investimentos refletem o futuro. Se você ainda não é da área, bem-vindo aos investimentos imobiliários. Vamos tentar entender os aspectos importantes – controláveis – e as tendências – incontroláveis – do mercado de imóveis. Carlo Enrico Bressiani é engenheiro civil com MBA em Gestão de Empresas Industriais e doutorado em Administração de Empresas. É consultor, diretor administrativo financeiro e professor de pós-graduação. bressiani@institutoade.com.br

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FRANCINE MIRELE

Mercado de luxo

Apartamento em Londres é o mais caro do mundo Cobertura no condomínio One Hyde Park custa R$ 375 milhões de reais

Em quantidade nem é tão “exclusivo” assim, o One Hyde Park, em Londres, é um condomínio de quatro prédios com um total de 80 apartamentos. Já o preço faz entender o porquê de tanta exclusividade. Por 6,5 milhões de libras (16 milhões de reais) - o que parece dinheiro suficiente para comprar uma mansão por aqui - é possível comprar um apartamento no local: o mais barato, com apenas um dormitório. Agora imagine o que você faria com R$ 374 milhões (140 milhões de libras).

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Este é o preço de uma cobertura no One Hyde Park, que passou a ser considerada o apartamento novo mais caro do mundo. Cada uma das quatro coberturas mede 2,78 mil metros quadrados e ocupa os dois últimos andares de cada prédio. Obras de arte, móveis milionários e revestimentos com mais de 15 tipos de pedras importadas, fazem parte da luxuosa decoração. A diversão fica por conta do cinema, piscina, sauna, academia, sala de relaxamento, adega de vinhos, quadra de squash, simulador de golfe e sala de jogos virtuais - tudo exclusivo, dentro do próprio apartamento. Para a segurança dos moradores, leitores de retina que permitem o acesso ao prédio apenas para pessoas autorizadas, vidros blindados, abrigo antibomba. Entre os serviços: manobristas, mordomos, seguranças e profissionais de limpeza 24 horas por dia.

Segundo os sócios do empreendimento, o primeiro-ministro do Qatar e os irmãos Christian e Nick Candy (donos de uma empresa especializada na decoração de luxo para apartamentos milionários), cerca de 60 unidades já foram vendidas. Luxo, mordomia, conforto e segu-

rança, talvez não justificassem tanto dinheiro, não fosse a localização: bem no meio da parte mais nobre da cidade, com vista para o Lago Serpentine, no famoso Hyde Park, um dos endereços mais cobiçados do Planeta.


FRANCINE MIRELE

Mercado

Imóveis comercias Eles têm rentabilidade maior e inadimplência menor que os imóveis residenciais. Saiba como fazer a escolha certa

Com a boa fase que a economia brasileira vem passando, o nascimento de novas empresas e a expansão das já existentes, o mercado de imóveis comerciais - que há alguns anos era instável - vem ganhando força. Seja para comprar, ou para obter ren-

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da por meio dos aluguéis, esse tipo de imóvel pode resultar em um ótimo negócio. Para o presidente de Sindicato da Habitação de Balneário Camboriú (Secovi), Sérgio Luiz dos Santos, apenas a valorização imobiliária já justifica o investimento. “Penso

no imóvel comercial como um investimento, independente do percentual de renda que ele pode gerar”, afirma. Para quem pensa em alugar, o perfil do locador também é um atrativo. Em geral, imóveis comerciais têm uma taxa de inadimplência menor, e os contratos tem duração superior. Enquanto nas residências a locação dura, em média, dois anos, nos empreendimentos comerciais esse período varia de cinco a dez anos. “Se o produto para locação estiver em um valor justo, dentro da realidade do mercado, ele estará sempre locado” afirma o corretor de imóveis, Eduardo Cantidio Fernandes. Mas não é tão simples assim, Santos explica que antes de fazer um investimento é preciso estar atento aos detalhes. “O investidor, ou aquele que vai construir área de locação, precisa pesquisar o desenvolvimento regional, saber quais são as necessidades daquela região, se são galpões, pequenas salas comerciais ou grandes casas corporativas, verificar pontos de alimentação e estacionamento ao


redor, entre outros detalhes”, ensina. Para Fernandes é preciso observar a liquidez (facilidade de venda), valorização e a rentabilidade do espaço para avaliar qual é o melhor negócio. Os

imóveis comerciais geralmente são mais caros que os residenciais, mas a diferença costuma compensar. “A tendência é que os comerciais valorizem um pouco mais que os residenciais. O valor do aluguel também

costuma ser mais caro. Em média uma sala comercial de 30 metros quadrados, em Itajaí, é alugada por R$ 600”, diz Fernandes.

optaram por instalar suas sedes na cidade. Ela está em franco desenvolvimento, e sente falta de imóveis corporativos”, diz. Fabiano Seixas, proprietário de uma construtora de Itajaí, observou a falta de imóveis comerciais na cidade e resolveu atender esta necessidade. “A região central tinha poucos prédios para fins comerciais, assim, no final de 2009 construímos um prédio inteiro de salas comerciais”, conta. O preço médio de cada sala de 40 metros quadrados foi de R$ 130 mil e o comprador poderia unificá-las horizontalmente, ocupando as cinco salas do pavimento. O resultado foi positivo. Em menos

de um ano a construtora vendeu todas as 61 salas construídas. Os compradores eram em sua maioria profissionais liberais de diversas áreas, dentistas, advogados, entre outros. Além deles, 10% das salas foram vendidas para investidores. “Hoje eu não arriscaria fazer outro tipo de empreendimento igual a este, já que outras construtoras também estão construindo imóveis semelhantes, mas observar e atender a demanda da cidade foi um ótimo negócio”, finaliza.

Encontre o lugar certo Um bom negócio pode ser difícil de encontrar, como exemplo de Balneário Camboriú. “Muitos investidores constroem esse tipo de imóvel para usar como fonte de renda. Edifícios inteiros de salas comerciais e corporativas em pontos estratégicos são muito valorizados”, explica. “Assim, o investidor particular quase não encontra esse tipo de mercadoria para comprar”, completa. Segundo Santos, em Balneário Comboriú, para a locação, a oferta desse tipo de imóvel é abundante, pois muitos investimentos já foram feitos nessa área. Já na cidade vizinha a situação é diferente. “Itajaí é voltada mais para grandes empresas que Dicas

Vantagens dos imóveis comerciais

• Pesquise quais são as necessidades do local, que tipos de imóveis estão em falta, qual tamanho é necessário, entre outros. • Avalie a relação entre o custo do imóvel e sua possibilidade de valorização e rentabilidade. • Opte por locais que tenham boa infraestrutura de transporte e de alimentação. • Procure locais movimentados, mas não congestionados

• Valorização (principalmente se comprado na planta). • Maior facilidade de locação. • Contratos de locação mais duráveis. • Maior rentabilidade no valor do aluguel. • Menor inadimplência. Desvantagens dos imóveis comerciais • No caso de crise são os que correm o maior risco de ficarem vazios. • Nas crises são os que tem menor liquidez.


LEONARDO PAPP

Jurídico

Incorporação imobiliária e venda de unidades “na planta”

Em razão da complexidade e da ex-

cado imobiliário. Mais do que isso, não raramente, a

pressiva soma de recursos financeiros necessários,

inadequada compreensão da legislação relativa ao

do registro da incorporação e do respectivo Cartório

empreendimentos imobiliários para a construção de

tema pode levar à prática de atividades que pode-

de Registro de Imóveis conste em todo impresso,

apartamentos ou casas, formando os conhecidos

rão ser consideradas irregulares, acarretando riscos

publicação, propostas, contratos, ou anúncios (com

condomínios edilícios, normalmente envolvem a atu-

para aqueles envolvidos na implantação de tais em-

exceção de classificados), a fim de que os adquiren-

ação de uma pessoa (física ou jurídica) responsável

preendimentos imobiliários.

tes possam ter acesso às informações relativas ao

por formular a ideia da edificação, planejar o negó-

incorporador e ao empreendimento incorporado.

cio, mobilizar os recursos necessários à construção

Lei de Incorporações está relacionada à venda

e comercialização das unidades imobiliárias das edi-

antecipada de unidades imobiliárias (ou seja, na

tância, a legislação prevê uma série de possíveis

ficações, entre outras.

planta ou durante a construção), pois a legisla-

conseqüências para o incorporador que promo-

Justamente em razão da importância

ção exige que o incorporador promova o “registro

ver a venda antecipada de unidades imobiliárias

prática de tal função é que o Direito se preocupou

da incorporação”, junto à matrícula do terreno no

(na planta, ou durante a construção) sem o prévio

em discipliná-la, denominando essa atividade de

Cartório de Registro de Imóveis. Importante des-

“registro da incorporação”. Tais consequências

“incorporação imobiliária”. Sob o aspecto jurídico,

tacar que, embora ainda subsista alguma discus-

variam desde a paralisação das obras e vendas,

portanto, incorporação imobiliária envolve a “[...]

são, o entendimento que vem se consolidando no

passando pela aplicação de uma multa em fa-

coordenação e consecução de empreendimento

Poder Judiciário é no sentido de que o “registro

vor do adquirente (no montante de até 50% da

imobiliário, compreendendo a alienação de unida-

da incorporação” é requisito necessário para a

quantia que o incorporador houver recebido) e

des imobiliárias em construção e sua entrega aos

venda antecipada de unidades em todos os regi-

podendo chegar, em situações mais graves, até

adquirentes, depois de concluídas, com a adequa-

mes de construção (preço global, por empreita-

mesmo à instauração de processo criminal con-

da regularização no Registro de Imóveis competente”

da, ou por administração).

tra o incorporador, pela prática de crime ou de

(CHALUB, 2005), podendo tal atividade ser desempe-

contravenção contra a economia popular.

nhada, na condição de incorporador, pelo proprietário

a apresentação de uma série de documentos

ou promitente comprador do terreno, pelo construtor ou,

definidos na legislação, que tem o objetivo de

ainda, por corretor de imóveis.

comprovar a regularidade das obras perante os

Embora a Lei de Incorporações (Lei

órgãos competentes, explicitar todas as caracte-

Federal 4.591/64) esteja em vigor há mais de 46

rísticas do empreendimento e conferir segurança

anos, os aspectos jurídicos relacionados à incor-

jurídica aos adquirentes das unidades quanto a

poração imobiliária, não raramente, ainda suscitam

discussões envolvendo o incorporador e o terre-

pontos de dúvida para os diversos atores do mer-

no onde se pretende construir.

Uma das principais exigências da

O “registro da incorporação” envolve

CHALHUB, Melhim Namem. Da incorporação imobiliária. 2ª edição revista e atualizada. Rio de Janeiro:RENOVAR, 2005.

A legislação exige, ainda, que o número

Justamente em razão da sua impor-

Leonardo Papp é doutorando em Direito Socioambiental na PUC/PR, mestre em Direito Ambiental pela UFSC, especialista em Direito Imobiliário pela PUC/PR, professor universitário e advogado. Atua nas áreas de meio ambiente, negócios imobiliários e patrimônio e é sócio da Papp Advocacia e Consultoria. leonardo@papp.adv.br



Indústrias moveleiras

Salvação

“verde e


amarela” Crise internacional faz moveleiras de Santa Catarina mudarem de estratégia e apostarem cada vez mais no consumidor brasileiro

Desde a crise internacional, iniciada em 2008, a indústria moveleira do país vem passando por altos e baixos e em Santa Catarina não é diferente. Até o ano passado, o estado ocupava o posto de maior exportador de móveis do Brasil, ficando com 34% do total de exportação do setor em 2010, um total que entre janeiro e novembro somou US$ 247,9 milhões dos embarques feitos pelo segmento. Porém, tal resultado não representa um bom sinal para as moveileiras. Isso porque em 2009 Santa Catarina exportou US$ 260 milhões em móveis. O número representou 31% do total exportado pelo setor no país. Já em 2005, esta participação representava mais de 40%, revertendo para as indústrias de móveis catarinenses, um valor próximo aos US$ 449 milhões. Para o presidente do Sindicato

das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil), Daniel Lutz, a tendência para o setor em 2011, em termos de exportação, ainda é de pessimismo. “Pode haver uma elevação de preço dos concorrentes asiáticos, o que equilibraria um pouco a competitividade mundial. Mas a política do governo federal para o mercado externo deve se manter, o que indica uma condição totalmente desfavorável ao desenvolvimento da indústria brasileira”, justifica. Porém, se o cliente internacional não pode ou não quer comprar os móveis feitos em solo tupiniquim, os clientes brasileiros, estão podendo e querendo comprar. A explicação para isso se dá, principalmente, pelo aquecimento da construção civil e do mercado imobiliário. Dois fatores que abriram as portas para que as empresas moveleiras investissem cada vez mais no mercado inter-

no. Uma mudança que já começa a dar seus reflexos. Em 2010, até outubro, a expansão de vendas para o mercado interno chegou a 20%, se comparada ao mesmo período do ano anterior. No ano anterior, 2009, não foi diferente e o crescimento das vendas no mercado interno foi de 5,2% em comparação com 2008. Segundo o estudo setorial, feito pelo Sindusmobil, em 2009 as vendas das indústrias moveleiras de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre já comprovaram a força do mercado interno: as vendas cresceram 98% sobre 2008 e representam mais da metade de toda a produção do setor na região. “Embora as exportações estejam fragilizadas, o setor está encontrando alternativas viáveis para sua manutenção e desenvolvimento”, diz Lutz.


Barreiras do mercado internacional A política cambial ainda é um entrave para as negociações internacionais. As empresas vêm procurando formas de reduzir seus custos e ganhar produtividade, mas no momento da negociação a cotação da moeda interfere negativamente. Contudo, para o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras, Moveleiras e Similares (Simovale) e da Associação de Madeireiros e Moveleiros do Oeste Catarinense, (Amoesc) Osni Verona, o setor encontra desafios que vão além da valorização do real em relação ao dólar. “Os custos no Brasil não param de aumentar, começam com a matéria-prima, mão de obra, logística, entre outros. Assim os resultados financeiros das empresas despencam e elas perdem competitividade”, explica. Para ele, o governo não tem dado o devido apoio ao comércio internacional. “O governo federal, infelizmente, vem de-

sestruturando o comércio internacional das empresas brasileiras. Além dessas questões, uma reforma tributária e trabalhista (diminuindo custos) seriam essenciais para tornar as relações mais flexíveis e eficientes, também gerando maior competitividade às empresas em geral”, completa Lutz. Neste cenário, outro critério que também preocupa é o crescimento da importação de móveis pelo país. Em dados gerais, a balança comercial catarinense reafirma uma tendência causada pela queda do dólar, em 2010 a diferença entre exportações e importações realizadas no Estado (em todos os setores) ficou negativa em cerca de US$ 2,64 bilhões. As importações, que somaram US$ 11,91 bilhões, subiram quase 68% em relação a 2009, quando o montante foi de US$ 7,23 bilhões, ou seja, estamos importando muito mais do que exportando.

Osni Verona, presidente do Sindicato das Indústrias Madereiras, Moveleiras e Similares da Associação de Madereiros e Moveleiros do Oeste Catarinense.

Origem das exportações Brasil por estados JAN /SET 2010

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Mercado interno aquecido Com tanta dificuldade de exportar, voltar-se para o Brasil e aproveitar o aquecimento expressivo da construção civil e do mercado imobiliário foi fundamental para que muitas empresas pudessem sobreviver. Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul (Sindusmobil), Daniel Lutz, esta tendência vai continuar. “Ainda não temos os dados relativos a 2010, mas informalmente sabemos que o crescimento é significativo”, diz. Para Verona, a migração de mais de 40 milhões de brasileiros para a classe

C, foi o fator que mais impulsionou a venda de móveis. “A classe C está comprando mais que as classes A e B juntas. Eles não param de consumir e é em alta escala”, afirma. De acordo com ele, os consumidores estão mais informados e exigentes, querem produtos com qualidade, garantia, e conforto. “Isso acontece com todos os tipos de móveis, seja com uma linha de modulados ou de alto padrão de decoração. O acesso à internet e a busca constante em pesquisa fez com que ficassem cada vez mais inteligentes e seletivos”, explica Verona.

Daniel Lutz, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul.

Casa Biomóvel, exposta na última edição da Móvel Brasil. Os produtos possuem o selo ecológico Biomóvel, que é inédito e exclusivo do polo moveleiro do Planalto Norte Catarinense.


APL e Biomovel Em meio a este cenário as indústrias de móveis do Alto Vale do Rio Negro (São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre) criaram o Arranjo Produtivo Local (APL) das fábricas do setor. Por meio da estratégia, 62 empresas se uniram para negociar preços de venda de seus produtos e de compra com os seus fornecedores. No Planalto Norte outra ação foi o lançamento, no mercado brasileiro, do Biomóvel. É uma cultura de produção de móveis sustentáveis, ajustando processos de produção, minimizando recursos e aumentando a vida útil do produto, para criar móveis ecologicamente corretos e que tenham qualidade e bom gosto. As empresas que se adaptam a todos os critérios recebem o direito de usar o Selo Biomóvel em seus produtos. A estratégia do Biomóvel integra todos os níveis de desenvolvimento do produto, associando vantagens competitivas em termos de poupança dos materiais utilizados, redução dos resíduos de produção e também de marketing. A proposta é que o consumidor possa adquirir um produto com o mesmo preço de um similar, com a mesma qualidade e com a diferença de contribuir para o desenvolvimento de um modelo econômico e social sustentável.


O mercado interno não é tão simples Voltar-se aos clientes nacionais, no entanto, pode não ser uma tarefa tão fácil. “Por mais que o mercado imobiliário esteja aquecido a mudança de clientela e logística requer custo para as empresas que tinham uma estrutura focada para uma produção em massa” explica o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Rio Negrinho (Sindusmóbil) Felipe Kmiecik, que é proprietário da Atlanta Móveis, empresa que sempre trabalhou somente com o mercado interno. A principal diferença está na exigência de cada consumidor e do que eles

esperam de cada produto. A maioria das fábricas acostumou-se a produzir peças para vender no exterior, feitas com madeira maciça de reflorestamento. “Há uma possibilidade do mercado interno não responder, em curto prazo, as expectativas dos empresários que decidiram mudar seu nicho de atuação. O produto de exportação é diferente do consumido no Brasil, além disso, parte desse mercado é dominado pelos móveis que contém MDF em soluções sob medida”, explica Kmiecik. De acordo com ele as empresas da região, que usavam outras matérias primas, agora estão se adaptando. “Elas

não medem esforços para atuar de igual para igual com outras que estão a mais tempo na estrada”, completa. Lutz destaca que, além da adaptação de produtos e materiais para atender um novo consumidor, as empresas estão buscando diferenciais competitivos. “Elas estão investindo fortemente em design e ações mercadológicas. Utilizando madeira maciça renovável, acabamentos sofisticados e o alto padrão de qualidade”, afirma.

cambial totalmente inadequada a um país que deseja ampliar sua presença no mercado mundial”, diz Lutz. Para ele o ideal é que o setor encontre o equilíbrio entre os dois mercados.

“Temos que trabalhar para voltarmos a ser referência em móveis no Brasil e mantemos uma atuação forte também no mercado internacional”, justifica.

Futuro do setor O Brasil tem 2% do mercado de móveis do mundo, o que mostra o enorme potencial de crescimento. Para Lutz ainda existe espaço no exterior, mas é preciso que as empresas descubram novos nichos e novas regiões, que busquem não apenas preço, mas produtos diferenciados e de maior valor agregado. “São nichos de mercado que priorizam o design, a qualidade e a visão ambiental, onde a região possui um forte diferencial por utilizar madeira renovável e práticas ambientalmente corretas”, observa. Nos anos 1990, com a abertura do país ao mercado internacional, as empresas do setor moveleiro começaram a investir neste mercado conseguindo, ao longo dos anos, representatividade comercial e a conquista de muitos clientes internacionais. “Isso não pode se perder apenas por uma política


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De acordo com a lei nº 4591/64, informamos que as ilustrações contidas neste material possuem apenas caráter ilustrativo e de sugestão. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento representados nas ilustrações e plantas, não constituem parte integrante do contrato. O apartamento será entregue conforme indicado no memorial descritivo podendo haver modificação do projeto estrutural sem aviso prévio.

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FRANCINE MIRELE

Entrevista

Lino Rohden Presidente do Grupo Rohden fala sobre as empresas do Grupo, seu relacionamento com o mercado externo e interno e as características de cada público

Com muita experiência adquirida ao longo dos anos, Lino Rohden é o presidente de uma empresa com mais de 70 anos. Filho de Samuel Rohden - que em 1938 começou a produzir móveis, portas e janelas em uma pequena cidade chamada Salete, localizada no Alto Vale do Itajaí – o empresário recorda, em meio a risadas, cenas de sua infância vivida na fábrica da família. “Não tinha estufa, as madeiras eram secas ao tempo, ficavam de seis meses até um ano secando e eu ajudava a empilhar. Ajudava da forma que podia”, lembra. O trabalho manual e as máquinas rudimentares, unidas com muito esforço da família, transformaram a pequena fábrica em uma grande empresa. Atualmente o Grupo Rohden se configura como um dos maiores empregadores do Alto Vale. Possui mil funcionários e um faturamento anual que ultrapassou os R$ 60 milhões em 2010. É composto por três fábricas: em Salete (Rohden Artefatos de Madeira), em Taió (Rohden Vidros) e em Pouso Redondo (Rohden Portas e Painéis), onde o 36

presidente do grupo recebeu a Revista Destaque Imobiliário para esta entrevista. Revista Destaque Imobiliário: Quem é o principal cliente da Rohden, o mercado interno ou externo? Lino Rohden: A empresa de vidros trabalha 100% para o mercado interno. Cerca de 10% da produção atende o próprio grupo, para a produção de portas de madeira com vidro, e os outros 90% são destinados ao mercado brasileiro. Para a construção civil fornecemos produtos para o ramo mobiliário e produtos domésticos como box para banheiro. Contudo, estamos voltados principalmente para a produção de um o vidro mais técnico para as empresas de refrigeração. Nas empresas de portas trabalhamos com uma parte significativa voltada para a exportação. RDI: Quais são os principais clientes do mercado externo e o que eles querem? Rohden: Os principais clientes são os Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Polônia, Bélgica e Holanda. O mercado externo quer

Lino Rohden, presiente do grupo Rodhen produtos muito bem acabados com serviço de usinagem perfeito. Quer mercadorias de boa qualidade, mas sem acabamento e sem pintura, diferente do mercado interno que preza pelo acabamento final, resultante da pintura. RDI: Em números, como ficou dividida a produção depois da crise mundial de 2008? Rohden: Mudou bastante. As empresas de portas trabalhavam com 100% de exporta-


ção. Depois da crise o mercado externo está com um pouco menos da metade do potencial que tinha antes, tanto nos EUA quanto na Europa. Assim, nossa produção para exportação passou a representar 60% do volume produzido nas fábricas e esse número deve baixar para 50%. RDI: Foi por causa da crise que vocês passaram a atender o mercado interno? Rohden: Não. Nós já vínhamos planejando estratégias para entrar no mercado interno, porque a construção civil estava aquecendo cada vez mais. Com a crise este processo foi acelerado. Vimos que a exportação estava diminuindo e mudamos de estratégia. RDI: Como está o mercado interno? Rohden: O mercado interno tem mudado bastante, principalmente pelo aumento significativo da demanda. Mas a mudança de perfil também é interessante. Antes as construtoras buscavam encontrar fornecedores que fizessem etapas separadas de cada processo, porém com a falta de mão de obra e aumento dos custos, agora elas visam em-

presas que entreguem os produtos já acaba- nal. Quando a empresa acaba toda a parte de dos, aglomerando assim as várias etapas de construção e de pintura e está no último estágio cada processo, gerando economia tempo e da obra nós instalamos a porta e entregamos a dinheiro.

O consumidor brasileiro, em sua maioria, quer o menor preço e não valoriza todo o processo ambiental envolvido

RDI: O que foi feito para atender esta demanda? Rohden: As fábricas estão fornecendo o “kit porta pronta”, que já vem com acabamento fi-

fechadura para o cliente, reduzindo o tempo de instalação e principalmente os custos. RDI: É o principal produto para o mercado interno? Rohden: Sim, o “kit porta pronta” é o nosso carro-chefe. São quatro modelos que podem ter uma grande variedade de acabamentos, com pintura de fundo, acabamento final em madeira tingida, ou em cores, com cortes frisados, entre outros detalhes. Se o cliente quiser detalhes diferenciados, produzimos com exclusividade, já que nosso maquinário permite trabalhar de acordo com o que o cliente quer. RDI: Quais são as suas expectativas para o


mercado interno? Rohden: São boas. Deve ter continuidade de crescimento por muitos anos, em função principalmente da melhoria da renda do consumidor, o que também é contínuo e vai permitir que ele melhore a sua residência constantemente, assim teremos um crescimento duradouro por muitos anos. RDI: O que Santa Catarina representa nas vendas internas da empresa? Rohden: Santa Catarina representa cerca de 10%. O mercado aqui está crescendo muito, porém, nosso produto ainda é relativamente novo para ele. Atendemos também os estados do Paraná e o Rio Grande do Sul, mas Kit Porta Pronta é o principal produto para o mercado interno.” estamos centrados nos estados de grande circulação. São Paulo representa 40% nas foi o que mais aumentou no Brasil no últimos anos. tendo muito cuidado com essas florestas, vendas. RDI: Para uma empresa que tem a madeira objetivando madeiras de maior qualidade como principal matéria-prima, pensar em e rendimento na indústria moveleira. Além RDI: Com a demanda reduzida fica mais di- sustentabilidade ambiental é algo primordial. dos reflorestamentos próprios, compramos fícil se manter no mercado externo? O que é O que pode destacar? madeiras de terceiros, devidamente manepreciso fazer? Rohden: Por muitos anos trabalhamos com jadas. Assim obtivemos os certificados neRohden: É preciso melhorar processos, manter a madeira nativa. No entanto já faz vinte anos cessários, como por exemplo, o FSC (Forest qualidade e diminuir o custo da mão de obra, que que substituímos pela madeira de plantio, Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, na tradução), que certifica a empresa com a responsabilidade dos cuidados do manejo florestal. RDI: O consumidor do mercado externo está muito preocupado com as questões ambientais? Rohden: Sim, os clientes externos das grandes cadeias de consumo dos EUA e da Inglaterra vem constantemente para a empresa fazer auditoria para ver se a estamos em dia com nossa responsabilidade ambiental. Como a Rohden possui todas as certificações nunca tivemos problemas.

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RDI: E os brasileiros, também apresentam esta preocupação? Rohden: Ainda não é tão forte. O mercado interno quer melhor preço e desconsidera um pouco as questões ambientais. RDI: Mas acredita que as empresas começaram a acordar para as questões de sustentabilidade e este cuidado tem crescido?

de obra especializada. Porque o senhor acha que isso acontece? Rohden: O principal problema é a cultura do brasileiro, o ensino não é valorizado nem na família e nem na sociedade e isso faz com que as pessoas não se dediquem. É preciso ter uma mudança da sociedade para que haja uma melhor qualificação dos profissio nais. A empresa é um exemplo desta cultura.

A intenção da Rohden é entrar no varejo distribuindo mercadorias para lojas do setor ainda este ano

Rohden: Elas não começaram a acordar, elas foram acordadas. Foram forçadas pelo mercado para cumprir requisitos de sustentabilidade. É algo que vai muito além da consciência ambiental. A diferença é que o próprio comprador do imóvel, o consumidor brasileiro, em sua grande maioria quer o menor preço e não valoriza todo o processo ambiental envolvido.

Quando temos um programa de treinamento metade dos colaboradores desistem na metade, assim, também perde oportunidades de crescer na própria empresa.

RDI: No início o senhor comentou que a madeira ficava ao tempo mais de seis meses para secar. O que hoje não acontece. De lá para cá quais foram os principais avanços do setor madeireiro? RDI: Uma das principais queixas dos empre- Rohden: A indústria madeireira está cada vez sários é a quantidade de impostos pagos. A mais automatizada. O Brasil avançou muito empresa buscou alguma alternativa para di- nos últimos anos, mas ainda está atrás da minuir seus custos ? tecnologia existente em outros locais, onde a Rohden: A empresa detém todos os proces- mão de obra é extremamente cara e as másos de produção. É muito amplo, começa quinas devem ter alta tecnologia, para reprodesde o plantio, o cuidado de reflorestamen- duzir os mais diversos processos manuais. to, colheita, transporte, serraria, secagem, beneficiamento, montagem e pintura, até RDI: Para 2011 um dos projetos da empresa é entregar para a construtora. Isso gera uma entrar no varejo. Como isso vai acontecer? redução de custos e conseguimos evitar a Rohden: Estamos finalizando alguns estudos cadeia de impostos que é absurda no Brasil, este mês. A intenção é entrar no varejo distrise comparada com outros países. buindo mercadorias para lojas do setor ainda RDI: Outra queixa frequente é a falta de mão este ano, abrangendo as regiões Sul e Sudeste.


SAMIRA MORATTI

Prevenir

A solução é prevenir Geólogo esclarece dúvidas sobre medidas a serem tomadas para prevenir desastres naturais

Mais uma vez os brasileiros se deparam com tragédias envolvendo chuva, enchentes, queda de barreiras e deslizamentos em vários cantos do país. Na região serrana do Rio de Janeiro cerca de 900 pessoas morreram, fora as que ainda estão desaparecidas e desabrigadas. Já em Santa Catarina cinco pessoas perderam a vida e mais de 25 mil ficaram desabrigadas ou desalojadas. Ao todo, 70 municípios decreta-

ram situação de emergência de acordo com a Defesa Civil catarinense. Entre as cidades está Jaraguá do Sul, no norte do estado. Segundo dados da Prefeitura Municipal, aproximadamente 16 mil residências foram afetadas por enxurradas, atingindo 120 mil pessoas e deixando mais de 180 desabrigadas. O problema também comprometeu a economia da cidade: 62 empresas – entre indústrias, estabelecimentos comerciais e

prestadores de serviços – foram afetadas e somam prejuízos. Mal se passaram dois anos desde a última tragédia no estado catarinense, que matou 135 pessoas, deixando 35 mil desalojados. Em meio a tanta destruição e vítimas, em um curto espaço de tempo, muitos se perguntam: o que fazer para prevenir os desastres naturais?

Causas dos desastres Vários fatores contribuem para a ocorrência desse tipo de tragédia, sendo classificados como naturais e antrópicos, ou seja, que resultam da ação humana. A ação do clima na formação do relevo, com a incidência de calor, frio, ventos, água e ação mecânica de raízes nas montanhas, por exemplo, além da alteração de rochas e minerais e chuvas ácidas, são fatores naturais que colaboram com a degradação do meio. Conforme dados do Ministério da Ciência e Tecnologia e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/ INPE), dos desastres naturais ocorridos no Brasil, 11% são deslizamentos e 58% en-

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chentes. Para o geólogo Rodrigo Sato muitos destes desastres ocorrem mesmo sem a intervenção humana. “O que o homem faz é acelerar em meses ou dias um processo natural que poderia levar anos, décadas ou séculos para acontecer. O fator humano é recente em nosso planeta e mesmo assim bastante presente, porém não o suficiente para receber a alcunha de grande vilão da natureza”, afirma. Sato é representante do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (CREA-SC) no Grupo Técnico Científico de Prevenção de Catástrofes Naturais (GTC), criado pelo Governo do Estado em virtude da tragédia ocorrida em 2008. O grupo reúne diversas instituições com o objetivo de pesquisar e auxiliar as ações tomadas pela Coordenação da Defesa Civil em casos de catástrofes. O fator humano é um dos principais quando se trata de erosões e inundações.

“Isso se deve em parte a questões culturais, econômicas e sociais, principalmente com a ocupação de encostas, sem ajuda técnica qualificada. É apenas uma questão de tempo para acontecer uma tragédia”, explica Sato. Quando chove, as construções irregulares causam erosões que são transformadas em enxurradas (a junção entre solo

e água) e deslizamentos com grande poder destrutivo e de transporte, levando rochas, casas, árvores e lixo para os rios que acabam assoreados (rasos). Segundo o geólogo, isso faz com que o poder de escoamento diminua e assim a água contida na calha do rio não suporta e extravasa, causando inundações.

No entanto, outras medidas podem ser aplicadas na ausência destas ferramentas, como é o caso da fiscalização das construções irregulares em áreas perigosas. “O Poder Público deveria ser mais rigoroso na fiscalização e proibição de construções em áreas de risco, fazendo a derrubada de casas irregulares e monitoramento rigoroso, inclusive delimitando as áreas proibidas com marcos visíveis e orientando moradores para auxiliar na fiscalização”, diz Sato. Em quatro anos o Governo Federal espera implantar o Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais, plane-

jado pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com a proposta de mapear as zonas de risco espalhadas pelo país e alertar quando da ocorrência de catástrofes. Até lá os governos estaduais devem buscar soluções emergenciais e de longo prazo. “Sou da opinião que cada estado tenha recursos investidos em seus centros de pesquisa, muitos deles de ótima qualidade, mas que carecem apenas de recursos ou melhores equipamentos. A base de uma boa prevenção encontra-se no mapeamento de risco. Esta deveria ser uma prioridade, pois sem conhecer os riscos não se pode prevenir”, avalia Sato.

Ações preventivas Para tentar minimizar as ações naturais e humanas, medidas de prevenção e conscientização devem ser tomadas em uma ação conjunta envolvendo os governos em âmbito municipal, estadual e federal, além da própria população. Dispositivos como as imagens captadas por satélites para prever as condições climáticas, a utilização de radares para medir a quantidade de água carregada pelas nuvens e o uso de pluviômetros para avaliar a quantidade de chuva, já são utilizados no Brasil, apesar de não atingir todos os territórios considerados de risco.


Sistema Nacional de Alerta e Prevenção de Desastres Naturais • Em quatro anos o Governo Federal pretende concluir um sistema para prever enchentes e deslizamentos. Desastres poderão ser previstos com até seis dias de antecedência, mas o tempo de previsão varia em cada caso. Na pior das hipóteses será possível avisar a população em risco com duas horas de antecedência.

• 500 áreas de risco em encostas e 300 de risco de inundações serão mapeadas em convênio com universidades e centros de pesquisas. Assim, as prefeituras saberão quais são as áreas que devem ser desocupadas ou ter construções proibidas.

• A partir daí a defesa civil, polícia, bombeiros e demais autoridades envolvidas podem alertar a população e entrar em ação quando for necessário. O custo total para a execução do projeto não foi divulgado e os primeiros alertas poderão ser dados no final deste ano.

• O sistema vai utilizar satélites, radares, pluviômetros e um moderno computador.

Radares: Indicam a quantidade de chuva que está caindo, em que locais e para onde está se deslocando. Eles são instalados na terra e alcançam cerca de 200 quilômetros. O Brasil possui 20 equipamentos e deve adquirir mais 15.

Satélites: São os principais instrumentos para a previsão do tempo. Atualmente o Brasil utiliza dados de um satélite americano. Um satélite próprio custa cerca de R$250 milhões, mas fornece informações muito mais precisas.

Pluviômetros: Medem a quantidade de chuva e são importantes para calcular o risco de enchentes e deslizamentos. Cerca de 700 pluviômetros devem ser instalados em áreas de risco.

Supercomputador: com base nos dados enviados pelos equipamentos o supercomputador indicará as áreas que estão em perigo. O equipamento já foi adquirido, custou R$ 50 milhões e é considerado o 29º computador mais rápido do mundo. Fonte: g1.globo.com

O Brasil já possui vinte radares, mas necessita de mais 15 para conseguir moniotorar a chuva em todas as áreas de risco 42



FRANCINE MIRELE

Aluguel

Nova Lei do Inquilinato completa um ano Após um ano, regras ainda não atingiram a meta, mas reflexos da mudança da legislação começam a ser sentidos pelo mercado imobiliário

Embora as inovações da Lei do Inquilinato, que completaram um ano dia 25 de janeiro, ainda não tenham alcançado todas as expectativas do mercado imobiliário, as mudanças da Lei começam a mostrar reflexos positivos principalmente nas relações entre o locatário e o locador. “Houve uma evolução muito gran-

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de. Já sentimos isso na questão de retomada de imóvel por inadimplência, na contratação de locações, conseguimos mais flexibilidade no processo de locação formatando, inclusive, contratos sem fiador”, justifica o presidente do Sindicato da Habitação de Blumenau (Secovi), Rogério Isnar Patrício. Tantas facilidades, e principalmen-

te a garantia do locador com a facilidade do despejo por inadimplência, não foram suficientes para causar o efeito mais esperado pela nova Lei: o aumento na oferta de imóveis para a locação. A expectativa é que no Brasil cerca de 3 milhões de imóveis, que estavam fechados, entrassem para a locação, mas o número foi bem menor, alcançando apenas 500 mil. Contudo, estima-se que a facilidade de crédito imobiliário tenha feito com que muitos destes imóveis fossem colocados à venda. Ainda assim, Patrício acredita que a oferta de imóveis deve aumentar aos poucos. “Algumas pessoas ainda tëm receio, mas a locação ficou mais atraente e nós estamos orientando da maneira que é possível. Vejo que as pessoas estão investindo mais em imóveis para alugar”, afirma. Para ele, este ano os efeitos da nova legislação serão sentidos com mais intensidade.


Despejo por inadimplência Para o presidente do Secovi, a principal mudança após a nova legislação foi a diminuição da inadimplência, já que a nova Lei reduz o prazo de despejo de inquilinos inadimplentes. Antes uma ação de despejo poderia tramitar por anos e o inquilino permanecer sem pagar o aluguel. A nova Lei diz que após a primeira notificação, a Justiça dará 30 dias para o inquilino deixar o imóvel e este tempo diminui para 15 dias, nos contratos sem fiador.

Do ponto de vista jurídico, embora o Judiciário ainda não consiga acompanhar as ações com a rapidez propostas pela Lei, os efeitos foram sentidos. “Na prática, esta redução está se materializando mais pela atitude dos locatários, que procuram fazer acordo com os locadores, para não correrem o risco de serem despejados em um prazo abreviado, do que propriamente pelas ações judiciais”, explica o advogado Willian Garcia de Souza, especialista em direito imobiliário.

Após 18 anos sem alterações, há pouco mais de um ano, a Lei do Inquilinato sofreu significativas mudanças. Confira o que mudou:


BRUNA GAMBA

Marketing

O básico de hoje: empreendimentos sustentáveis Os efeitos do aquecimento global e a redução de recursos naturais, como a água, fez com que a humanidade ficasse em alerta e ocasionou consequentes mudanças nos hábitos comuns do dia a dia. Com tamanha relevância, esta preocupação ecológica também atingiu o setor da construção civil, já que esse é um dos setores vistos como vilões do meio ambiente, devido ao descaso que algumas construtoras possuem ao liquidar os resíduos de suas obras e também pelo desmatamento de áreas verdes.


Observando o mercado, algumas empresas enxergaram uma oportunidade que pode ser transformada em um diferencial e lançaram o conceito de empreendimentos sustentáveis. Infelizmente, em alguns casos, os compradores perceberam que o rótulo de sustentável era apenas “fachada”. Com informações sobre o que realmente são empreendimentos sustentáveis e conhecimento sobre as características que eles devem possuir, para que possam ser assim denominados, a ação malfeitora de enganar os compradores está desaparecendo. Mesmo assim, ainda falta informação para que as pessoas percebam os benefícios que esses empreendimentos podem trazer para a sua qualidade de vida e, o que é ainda melhor: economia. Atualmente as obras são projetadas e executadas com a fundamental preocupação de diminuir a agressão ao meio ambiente, utilizando materiais de fontes certificadas e de reaproveitamento ou, no caso das madeiras, reflorestamento. O reaproveitamento da água das chuvas, maior aproveitamento da iluminação natural e captação de energia solar, assim como o tratamento e destinação correta de esgoto e lixo (tanto na execução da obra quanto do resíduo produzido pelos moradores), são algumas características que devem possuir para serem certificados como empreendimentos sustentáveis, segundo a ISO 14001. Contudo, os custos operacionais para a conclusão dessas obras é maior, elevando o preço de venda em comparação com empreendimentos convencionais. Em longo prazo esse custo se pa-

gará pela economia que os adeptos de moradias sustentáveis terão, principalmente nas contas de água, luz e gás. Essas economias, juntamente com o apelo ecológico que esses empreendimentos trazem no seu projeto, atraem principalmente consumidores com maior poder aquisitivo, esclarecidos com as preocupações ambientais sustentáveis. Pode-se afirmar com total segurança que os empreendimentos imobiliários preocupados com a qualidade de vida de seus respectivos ocupantes, e que interferem o menos possível no meio ambiente, são o futuro da construção civil. Aos poucos, tais empreendimentos devem se tornar padrão deixando de ser um diferencial para venda. Por isso, as empresas que se adiantarem em oferecê-los com mais frequência terão vantagem competitiva. Para que isso aconteça é preciso que elas informem e esclareçam cada vez mais o significado de empreendimentos sustentáveis e os benefícios que eles trazem em longo prazo, tanto para o meio ambiente quanto para o próprio consumidor. Estas informações são essenciais para que esses empreendimentos imobiliários sustentáveis se tornem grandes sucessos de marketing e de vendas, assim que forem projetados e lançados no mercado, com uma nova forma de morar consciente e responsável.

Bruna Gamba é formada em Administração e Marketing e atua nas áreas de marketing e comercial em uma construtora de Brusque. buki_gamba@hotmail.com


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Esquadrias de PVC + Alumínio A Weiku lança no Brasil um produto inovador. É a linha TitanTec, que une as vantagens das esquadrias de PVC com as vantagens do alumínio. O lançamento é fabricado com tecnologia alemã e proporciona liberdade e flexibilidade para o design e projetos de arquitetura, com todos os benefícios já conhecidos das esquadrias de PVC, como isolamento térmico e acústico. O grande diferencial do mix de materiais inteligentes é o acabamento externo de alumínio, clicado sobre a esquadria. As portas e janelas da linha TitanTec, da Weiku do Brasil, também podem receber pintura em todas as cores (RAL), atendendo diferentes ideias de projeto, incluindo pintura metálica. Além disso, o acabamento

pode ser polido e/ou escovado, dando liberdade de desenho. Confiante na qualidade da linha TitanTec, a Weiku concede 20 anos de garantia para a superfície dos perfis.

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Museu

Restauração mostra 130 anos de história Casarão histórico resgata a trajetória da Cia. Hering, uma das mais antigas companhias do Brasil

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Fotos: Charles Steuck


Um casarão enxaimel, tombado pelo Patrimônio Histórico, abriga passado, presente e futuro, numa mostra interativa que resgata a trajetória de 130 anos da Cia. Hering, e concretiza um sonho de mais de trinta anos do ex-presidente Ingo Hering. Depois de um projeto de restauro - feito pela Ornato Arquitetura, de Florianópolis – finalizado em agosto do ano passado, o Museu Hering ficou pronto para receber o acervo: teares e máquinas de costura, tecidos, peças de roupa e aviamentos, painéis expositivos sobre a história de Blumenau e da Hering, equipamentos multimídia e atrações interativas. Localizado no Bairro Bom Retiro, em Blumenau, abriga em seus 435 metros, um centro de memória, uma exposição permanente de equipamentos e instrumentos têxteis e um espaço cultural que será utilizado com o objetivo de democratizar a educação e o lazer a todas as pessoas.

O projeto de implantação do Museu foi desenvolvido pela especialista Marília Xavier Cury, da Universidade de São Paulo, e segue a linha da dualidade, que, segundo ela, marca o perfil dos irmãos Hermann (empreendedor) e Bruno Hering (humanista) e

acompanha a empresa em sua evolução. Esta dualidade está presente na composição do acervo. Uma das linhas de informação é a história da família Hering, com biografias, fotos, genealogia e documentos. A outra é a história da empresa e seus desafios, fundadores, maquinários, tecnologias e as primeiras peças produzidas.


Restauro A casa que abriga o Museu Hering foi construída no final do século 19, quando a família transferiu a malharia da Rua XV de Novembro para o Bairro Bom Retiro. O imóvel havia passado por um restauro no ano 2000 e agora recebeu nova intervenção, especialmente para adaptar a estrutura às necessidades do projeto do Museu. De acordo com o arquiteto Jonathan Marcelo Carvalho, foram corrigidos problemas como trincas nas paredes, feito o isolamento térmico no telhado, o piso frontal e um redimensionamento das instalações elétricas e hidráulicas. Todos os ambientes estão climatizados e preparados para o acesso de pessoas com necessidades especiais, com rampas, elevador hidráulico, sanitários especiais e aberturas mais largas. Na parte externa, a abertura de um deck e o paisagismo criaram um espaço de convivência agradável, que também será usado para promoções culturais. Carvalho afirma que o projeto respeitou as características originais da casa - tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado em 2002 - e, ao mesmo tempo, trouxe diferenciais de conforto e tecnologias para comunicação. “Desde o início foi um trabalho integrado entre arquitetos, engenheiros e museólogos, pensando no circuito do Museu”.



FRANCINE MIRELE

Arquietura e gastronomia

fotos: Studio 1 Edson Belini

Um pedaço do oriente na orla de Balneário Camboriú Eleito o segundo melhor bar do Brasil, Taj reúne música e gastronomia em um ambiente inesquecível

Localizado na Avenida Atlântica, em Balneário Camboriú, a fachada oriental de frente para o mar chama a atenção de quem passa. Seguindo os padrões da matriz curitibana, o Taj traz a decoração e a gastro-

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nomia inspiradas em países como Tailândia, Índia, Indonésia, Vietnã e Laos. Com um ambiente cheio de requinte e exclusividade, a casa trouxe um novo conceito para a região: é uma mistura de restaurante com balada - comandada por

DJ, som lounge, grooves eletrônicos e pitadas de música étnica oriental – mas sem pista de dança. “Queremos oferecer um ambiente agradável, para um happy hour, um jantar a dois ou mesmo para tomar um chopp e curtir um som com os amigos”, explica Gustavo Ferreira um dos sócios da casa.


Com menos de um ano, o TAJ foi eleito, pela Cool Awards, o segundo melhor bar do Brasil. “Nossa proposta é oferecer aos clientes uma experiência sensorial com música, gastronomia, decoração e incensos para completar a ambientação”, afirma Ferreira.

Projeto arquitetônico O projeto arquitetônico é cheio de requinte e sofisticação. “A ideia foi aproximar a atmosfera do Taj - Curitiba da descontração e astral beira-mar de Balneário Camboriú, com um lugar focado na temática indo-asiática, sendo elegante, despojado, perfeitamente integrado a praia”, explica o arquiteto Marco Nogara. Com cerca de 1,7 mil metros quadrados, a casa tem capacidade para 700 pessoas. O restaurante tem dois ambientes: o salão principal e o deck com um sushi-bar.


O pĂŠ-direito de seis metros permitiu trabalhar os efeitos de luz natural e artificial criando um elegante projeto de paisagismo. 56


Vários lustres, móveis e objetos de decoração foram trazidos de Bali. Assim como o símbolo da casa, um Buddha de 1,8 metros de altura.


Gastronomia Em um ambiente onde praticamente tudo lembra o oriente, o cardápio não poderia ficar para traz. Os pratos japoneses, tailandeses e indianos ganham um toque “abrasileirado”. Saquê, jasmim, gengibre, gergelim, curry entre outros, marcam o sabor da comida servida no local. Entre as receitas que se destacam está o Khao Pad Gonng, um arroz de jasmim frito com camarão, uvas passas e castanha de caju servido no abacaxi e o Maharajah Prawn Curry, prato com camarões grelhados ao molho indiano à base de leite de coco, iogurte e especiarias. 58



VALSI VOIGT

Paisagismo

O Jardim da “Oma” Um amplo e belo jardim carregado de personalidade. A peculiaridade deste jardim vem do desejo da cliente de criar um ambiente romântico, com muitas roseiras e diversas variedades de plantas, um típico jardim das “omas” (avó em alemão). O desafio era atender a este pedido e ao mesmo tempo harmonizá-lo com o jardim do lote vizinho, que pertence à filha dos proprietários. A extensão do terreno facilitou, de um lado foi pensado na harmonia entre os jardins e no outro extremo o jardim romântico foi criado. Toda a parte técnica para a implantação deste jardim foi feita por Zilda Quaio. Já a execução é da Esquina das Flores que também decidiu pela maior parte das espécies utilizadas, organizou os pequenos espaços e os canteiros de antúrios e rosas – as plantas preferidas da moradora. Para a satisfação da cliente, embora tenha sofrido muito com a remoção de algumas plantas, seu jardim ficará sempre florido. Há muitas flores sazonais e outras perenes.

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O orquidårio no centro do novo jardim foi planejado para ser um divisor dos dois tipos de implantação.


As roseiras e uma grande horta não foram removidas, por opção da cliente, o que trouxe vivacidade e alegria para o jardim. 62


Para integrar estas รกreas, e principalmente para incentivar os passeios pelo jardim, foi criado um calรงadรฃo que engloba todo o entorno.


Jรก existia uma entrada de pedestres para a casa. Para valorizรก-la, foi criado um pergolado e uma moldura de butiรกs gigantes. 64


Os moradores adoram a presença de pássaros e borboletas no jardim. Para chamá-los de volta depois da obra, foram plantados pés de jabuticaba grandes, já produzindo frutos, e outras flores como as ixórias.


Na parede que esconde a área de varal foi criado um jardim vertical, os vasos com petúnias fixados na parede quebraram a cor monótona do cimento e deram mais elegância à parede. 66


Em frente ao orquidĂĄrio, uma brincadeira de flores e verduras, emolduradas por buxinhos. Pedrinhas brancas no passeio valorizam estes canteiros.

Valsi Voigt ĂŠ arquiteta e urbanista. sivoigt@matrix.com.br


Decoração moderna

FRANCINE MIRELE

O antigo cimento na decoração contemporânea Pisos cimentícios industrializados aliam durabilidade ao despojamento e praticidade do cimento queimado

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O uso de cimento na decoração vem conquistando fãs por onde passa. Se antigamente era uma opção de baixo custo usada principalmente em casas do interior, agora passa a ser uma opção elegante em quase todos os ambientes como cozinhas, banheiros, áreas externas, projetos comerciais, entre outros. Além de versátil, o aspecto clean, e a facilidade de limpeza, são outros atrativos deste material. O cimento queimado - aquele piso lisinho, e sem emendas que é feito diretamente no local - é a técnica mais antiga, con-

tudo, os pisos cimentícios industrializados passam a ser uma alternativa viável e vem ganhando cada vez mais espaço. “Por aqui ainda falta mão de obra especializada para aplicar cimento queimado. É difícil encontrar um profissional de confiança com experiência para executar o trabalho”, explica a arquiteta Luciana Fulte Gugelmin, de Itajaí, que optou pelo uso de piso cimentício em uma de suas obras. Tão elegante e despojado como o cimento queimado esses pisos geralmente possuem formatos grandes o que reduz o tempo de colocação, alguns podem ser

aplicados também em áreas externas. O tamanho das peças faz com que o ambiente ganhe um resultado muito semelhante ao cimento tradicional. “De longe não tem diferença, de perto a única diferença são os rejuntes”, afirma. De acordo com a arquiteta outra grande vantagem dos pisos industrializados é a facilidade na manutenção. “Quando o cimento queimado apresenta problemas, como rachaduras e porosidades, é preciso refazer, já as placas podem ser substituídas como um piso comum”, explica.

Aplicação É preciso observar as indicações de cada fabricante e tipo de produto, quanto ao uso de argamassa, espaçamento de rejunte e definição de impermeabilizante a ser usado. Em geral o contrapiso deve estar nivelado, limpo, seco e curado, além de tomar cuidado para não manchar o piso antes da aplicação do impermeabilizante.

Ideal para aplicação em qualquer ambiente, o piso Afrodite, da Palazzo, está disponível em diversas cores. As placas podem ser de 50x50 cm, 75x75 cm, 100x50 cm, 100x100 cm, em diversas cores.


Liso, o piso cimentício City, da Portobello, ganha acabamento natural e tem a opção de superfície polida. Nos tamanhos 60x60, 60x120 e 90x90 cm, a peça ainda permite a escolha de diferentes tons: Caramel, Cement, Fendi, Off-White e Straw.

Com relevo suave, o porcelanato Bauhaus, da Portobello, o é vendido em cinco versões: Cement, Concrete, Desert, Lime e Road no formato 60x60 e Lime e Desert no formato 60x120 cm. 70


O piso Apolo, da Palazzo, é utilizado principalmente em ambientes externos como áreas de piscinas. Não esquenta exposto ao sol, e posui textura antiderrapante. Disponível em diversas cores e nas mesmas metragens do piso Afrodite.

garantir a total durabilidade do produto, já que as trincas podem ser causadas pelas Sozinho ou combinado com ce- trepidações da rua e manchas de café, óleo râmicas, pastilhas de vidro, ladrilho hidráu- e outros alimentos podem ser irreversíveis. Já a manutenção é bem simples. lico, madeira ou pedras, o cimento quei- mado é uma opção de revestimento muito Deve ser lavado com pano úmido, sabão em pó e desinfetantes diluídos, sem água sanitária. versátil. Para facilitar o trabalho, algumas É muito utilizado no chão e até em pare- des dos mais diversos ambientes, criando empresas fabricam a massa de cimento projetos diferenciados. A sensação clean queimada pronta. Embora o produto seja de do “lisinho” de um piso sem emendas, que baixo custo, em relação aos outros revestié feito diretamente no local, é a vantagem mentos, a mão de obra especializada costuma custar mais caro. que ganha sob os pisos industrializados. “Queimar”, significa espalhar o cimento em pó sobre a massa ainda úmida, alisando a superfície com desempenadeira. Na aplicação, a laje receberá quatro camadas: contrapiso, adesivo (cola), massa de cimento queimado (de até 10 milímetros de espessura) e por último, com o piso seco, liso e limpo, demãos de verniz à base d’água. Parece fácil, mas é preciso encontrar mão de obra qualificada para evitar problemas. Mesmo assim não é possível

Cimento Queimado

Foto: Priscinla Fernades


Produto

Conforto no escritório Escolher a cadeira correta é essencial para manter o conforto no escritório. Para quem trabalha longas horas sentado, mais do que uma questão de conforto escolher a cadeira certa é uma questão de saúde. O ideal é que além da regulagem de altura a cadeira tenha descanso para os braços, um encosto que permita ajustá-la para frente e para traz e uma reclinação de até 30 graus. Prefira as que tenham base com cinco pernas, já que reduzem o risco de queda. Conheça alguns modelos:

Escritório completo A linha corporativa é novidade na Meu Móvel de Madeira (MMM). O conjunto de escritório Sintonia II é uma ótima opção para Home Office. Feito com móveis de madeira maciça de reflorestamento e acabamentos arredondados em todos os cantos que dão um charme a mais para os móveis da linha. Os móveis podem ser vendidos separadamente. O conjunto custa R$ 2.419,00 e pode ser comprado pela internet. 72

Da Tok & Stok a cadeira executiva tem regulagem de altura a gás e é giratória, com estrutura em tubo de aço cromado e assento/encosto em madeira compensada multilaminada. O revestimento é feito com espuma e couro sintético. Custa R$ 755.


Com um design mundialmente conhecido a cadeira Charles Eames, criada por Charles e Ray Eames em 1956, ainda é sinônimo de requinte e sofisticação. As chapas de madeira curva com acabamento em fórmica laminada são o diferencial. É giratória e estofada com couro ecológico. Não possui regulagem de altura. Custa R$ 2.835.

Para esta cadeira conforto é a palavra de ordem. O encosto e assento são cobertos com uma espuma de 120 milímetros. Possui braços em tubo circular cromado com acabamento em couro, que conferem elegância ao produto. Tem mecanismo sincronizado com trava para a escolha de múltiplas posições, além de sistema de regulagem de altura. Custa R$ 2.199.

Com uma elegante mistura de cores e um design moderno, a cadeira tipo presidente da Pelegrin possui braço em nylon, regulagem de altura a gás, estofamento com madeira multilaminada, espuma com densidade controlada e couro. Custa R$ 847.

Dicas para uma boa postura na frente do computador A cadeira Tulipa, com design Pierre Paulin, possui base giratória em alumínio fundido e polido além de regulagem de altura a gás. Para o revestimento, além da opção de cores, é possível escolher o material entre couro, couríssimo e suede. Custa R$ 1.300.

Para alegrar os ambientes a Cadeira Gipsi combina com ambientes modernos e de bom gosto. É giratória e possui concha em acrílico, contudo o assento laminado é de estofado. Custa R$ 1.825.

Preços consultados no mês de fevereiro nas lojas online obravip.com, moderinidademoveis.com, tokstok.com e lojaskd.com, meumoveldemadeira.com e casasenador.com, com entrega para todo o Brasil. Sujeito a alterações.

- Mantenha o topo da tela ao nível dos olhos e distante cerca de um comprimento de braço; - Mantenha a região lombar (as costas) apoiada no encosto da cadeira e a cabeça e pescoço em posição reta, além de ombros e braços relaxados; - Antebraços, punhos e mãos devem ficar em linha reta em relação ao teclado e os cotovelos junto ao corpo; - Mantenha o ângulo igual ou superior a 90 graus para as dobras dos joelhos e do quadril e deixe um espaço entre a dobra do joelho e a extremidade final da cadeira; - Os pés devem ficar apoiados no chão ou em descanso para os pés. Fonte: orientacoesmedicas.com.br


Apartamentos

Uma nova forma de escolher Seja solteiro, recém-casado, separado ou com família, ou até para fazer algum investimento, ao “iniciar a vida” começa também uma difícil busca para encontrar um apartamento que supra as nossas necessidades. Apesar da enorme demanda de opções, diferentes preços, modelos, espa-

ços, nem sempre é possível encontrar algo que nos agrade completamente. Assim, o mercado teve que então evoluir, arquitetos, construtores, investidores, corretores tiveram que pensar mais além. Todos querem qualidade de vida e aconchego. Nascemos com desejos de calor

humano, de beleza e funcionalidade. Nem sempre tivemos isso, mas todos queremos um ninho feliz e completo. Pensando nesta procura, surgem novas propostas com novos conceitos que, acima de tudo, estão inseridos em nosso mundo atual, em nosso tempo. Além de mui-

Fotos: Divulgação Max Haus 74


to design, alguns novos empreendimentos trazem consigo o conceito de planta livre em unidades limpas para a personalização. A proposta já é conhecida há vários anos em outros países e está começando a ser difundida no Brasil. A ideia é bem simples: um residencial com unidades de apartamentos em que o usuário configura o espaço interno da maneira que preferir. Cada morador pode “desenhar” seu apartamento do jeito que bem entender, criando ambientes com ou sem o auxílio de divisórias ou paredes. Tudo fica absolutamente flexível, através do piso elevado e forro de gesso, não limitando as possibilidades de layout. Outra flexibilidade é a possibilidade de unir mais de uma unidade, na vertical ou horizontal. Assim o apartamento passa a ter o tamanho do sonho e do bolso do cliente. O resultado final são apartamentos com a cara do dono, refletindo claramente o estilo de vida de cada um. Os desejos são enormes e os pro-

dutos para realizá-los estão se tornando mais comuns. Preencher as prioridades de cada indivíduo é uma forma mágica, cheia de satisfação para quem vai viver o espaço. Para os arquitetos a decoração de interiores nesses ambientes é uma fonte fantástica. Projetar um lar de verdade, que agrade e seja um berço de realização do cliente, onde o estilo é livre e a única limitação é a criatividade de cada um. Na decoração as possibilidades

são imensas, pode-se criar um ambiente clean ou sofisticado, usar piano de calda ou uma simples rede, cozinha integrada ou cozinha fechada e até colocar um ofurô bem no meio da sala. Satisfação do cliente, satisfação do arquiteto. Viver bem está presente em nossos sentidos e emoções, vivenciar um ambiente com estilo que emoldure nosso jeito de ser, de viver e crescer é algo que o ser humano quer, é algo que está dentro de nossos corações.

Arquitetos Raphael e Kiedy ninho@keidyeraphael.com.br 47 9919-5130 479969-4207


Dolce Vitta Residence

Apartamento modelo

Moderno, prático e confortável

Localizado na Avenida Brasil, 2.260, em Balneário Camboriú, o apartamento decorado do Dolce Vitta Residence, da FG Empreendimentos, foi projetado para agradar o maior número de pessoas, possibilitando que o cliente imagine-se usufruindo dos ambientes. 76

O conceito utilizado na decoração segue uma linha modernista onde o conforto e a praticidade, aliados à estética, são o ponto principal. A utilização de cores sóbrias e linhas retas contrapondo com detalhes contrastantes dão charme e elegância ao aparta-

mento. Além disso, as cores claras remetem ao frescor que deve haver em uma casa de praia. Entre os móveis da Florence, merece destaque a lamina autobrilho utilizada no painel do home da sala, pois confere sofisticação ao ambiente.


Jantar O tampo de vidro incolor da mesa de jantar garante leveza ao espaรงo, enquanto as laminas de madeira das cadeiras e o estofado preto trazem aconchego ao ambiente.


Cozinha Os móveis da cozinha foram feitos na cor para harmonizar com os ambientes de estar e jantar, já que estão integrados. Além disso, a lamina branca com textura facilita a limpeza e garante a praticidade que um apartamento de praia deve ter.

Estar Em função da integração dos espaços, a decoração utilizada faz com que os ambientes “conversem” entre si, o que oferece uma sensação de amplitude maior ao espaço. Essa integração foi feita pelas cores claras: branco, feindi, palha, etc. Contudo, em cada ambiente é possível identificar detalhes singulares como a cor vermelha que aparece na sala de estar trazendo descontração e alegria para o espaço. 78


O uso de espelho nas portas dos armários além de funcional dá a sensação de amplitude no ambiente. Quarto das meninas Esse quarto foi projetado pensando no uso de duas meninas, por isso ganhou um toque romântico nas cortinas e colchas.

Quarto do rapaz O uso da lamina de madeira traz a esse ambiente uma referência masculina que aparece também nos detalhes da colcha. Novamente o espelho aparece na porta do armário como detalhe e efeito decorativo.


Quarto do casal A ideia primordial foi garantir o conforto dos usuários. Com uma cama fofa, armários espaçosos e televisão à vista, o espaço torna-se um convite ao descanso e relaxamento.

Banheiro do casal Uma cuba espaçosa e um tampo em silestone se harmonizam com o armário revestido de espelho, e também remetem ao conforto. 80

Vanessa Schmidt é arquiteta da FG Empreendimentos, em Balneário Camboriu. arquitetura@fgempreendimentos.com.br



Apartamento modelo

Las Dunas

Um oásis no coração


da cidade Em sintonia com as tendências arquitetônicas internacionais, a Embraed oferece empreendimentos com estilo neoclássico perfeitos para morar. Localizado na Rua 2.450, em Balneário Camboriú, o Las Dunas é um exemplo. As esquadrias com sistema de PVC semiacróstico, que reduzem a quantidade de ruídos externos, oferecem a tranquilidade e conforto que os moradores merecem. Possui também sistema de automação de persianas e vidros verdes que impedem o calor excessivo nos ambientes. Com o mesmo luxo, requinte e elegância do empreendimento o apartamento decorado quer transmitir o que existe de melhor para bem viver. A aconchegante sala de jantar apresenta distribuição de móveis perfeita para a circulação e aproveitamento dos espaços. Seguindo a tendência europeia, o apartamento traz uma imponente parede totalmente fechada com espelho, que além de tornar o ambiente ainda mais belo, propicia a sensação de amplitude do espaço.


A suíte master merece evidência. As paredes revestidas com papel de parede compõem um fundo harmônico. A combinação de cores sóbrias e o azul trazem a sensação náutica que um apartamento localizado no litoral merece ter. 84


O papel de parede utilizado neste ambiente remete Ă renda harmonizando perfeitamente com o criado mudo em madeira rendada.


Portas Imponentes e belíssimas, as portas esculpidas em madeira encontradas nos ambientes Embraed, são exclusivas, fabricadas por um departamento de marcenaria da própria construtora, que produz verdadeiras obras de arte.

Aline S. Sestrem, arquiteta da Embraed Home, Marcus Aguilar, arquiteto da Embraed e Rosane Gonçalves, designer de interiores, também da Embraed Home, em Balneário Camboriú. aline.home@embraed.com.br marcus@embraed.com.br rosane.home@embraed.com.br

Acabamento em Gesso Os acabamentos em gesso são também uma marca registrada. Sancas, colunas e apliques nas paredes compõem os magníficos cenários.

Os objetos de decoração remetem ao clima tropical unido a muito requinte. Os detalhes na decoração de cada ambiente são visíveis. Peças exclusivas, pinturas e texturas especiais tornam cada ambiente único. 86



. A C R A M R S O E H R L E O H M . L S A ME TO OS CON S E D

Promoção válida enquanto durarem os estoques es e para produtos identificados no interior da loja. Entrega conforme disponibilidade de estoque e produção.

o açã d i iqu gn al L esi n d e o ci oo tos d a lo adi o r n t la bel .T a e o p t u c o r Po por ego llo Sh os os Ch e c d i b de âm nto. rto . Po lida cer a s co ado u t s o i t q e lim en ed ea stim 0% d tempo e v 5 re or até Ép m . o e c eit rov Ap

BLUMENAU - 3326 2111 - RUA SETE DE SETEMBRO, 2.291 - CENTRO (PRÓX. BIG/ANGELONI)

JARAGUÁ DO SUL - 3055 2022 - RUA BARÃO DO RIO BRANCO, 333 - CENTRO


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