Revista Destaque

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Editorial Direção Armandio do Nascimento armandio@destaqueimobiliario.com (47) 9104-7233 Jornalista Responsável Francine Mirele da Silva (3317-SC) jornalismo@destaqueimobiliario.com (47) 9156-7289

Desde que deixou de ser nômade o homem começou a desenvolver

uma relação intrínseca com a sua casa. A forma como ocupa e usa a sua moradia está diretamente ligada à cultura de um povo e revela muito mais que seus hábitos e costumes: está ligada ao clima e as características naturais de uma determinada região.

Em um país de proporções gigantescas como o Brasil, fica difícil

dizer que existe um único jeito brasileiro de morar. Contudo, muitos traços apontam hábitos comuns no modo viver por aqui, que demonstram que a

Direção de Arte Stephen Bellotto diagramacao@destaqueimobiliario.com Comercial Mário Junior comercial@destaqueimobiliario.com (47) 9205-0007

relação dos brasileiros com a sua casa é a mesma do Norte ao Sul.

Contudo, o jeito como moramos está em constante transformação,

Administrativo e financeiro

e acompanha o ritmo de nossa sociedade. Famílias menores, mais indepen-

Carolina Tolentino

dência financeira e a liberdade sexual dos filhos são apenas alguns dos fa-

destaque@destaqueimobiliario.com

tores que mostram que estamos vivendo o auge de uma revolução na forma de nos relacionarmos com nossa casa. A matéria “O jeitinho brasileiro de

Circulação

morar”, traça essas mudanças e arrisca indicar as tendências do “doce lar”

Norte - SC - Vale Europeu e Litoral

do brasileiro.

Falando em relacionamento, é com base nele que o consultor imo-

biliário Plínio Neto solidifica sua carreira. Empresário, investidor, motociclista e piloto de aeronaves, ele conhece e conquista seus clientes criando laços de confiança e amizade. Na entrevista deste mês, ele fala conta mais sobre o

Periodicidade - Mensal Assinaturas assinaturas@destaqueimobiliario.com Fone: (47) 3022.1441 Editora Top Ltda - Rua Reinoldo Rau,

seu trabalho e sobre investimentos em imóveis no estado de Santa Catarina.

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‘‘Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’’. (Mateus 6:33)

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Sumário 32

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IMOBILIÁRIO

12 Agenda 14 Giro 20 Investimento 24 Marketing 26 Jurídico 28 Economia 32 Matéria de Capa 38 Entrevista 44 Sustentabilidade 46 Leilão Privado 48 Verão - Piscinas 52 É um luxo 54 Destaque Social

DECORAÇÃO

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56 Revestimentos 66 Vitrine 68 Mostra 72 Artista 74 Urbanismo 78 Apartamento Modelo 88 Vitrine 90 Arquitetura Comercial 94 Vitrine 96 Design



Agenda Ronaldo Fraga e Marcelo Rosenbaum em Pomerode

Pomerode é o ponto de en-

contro de Diálogos Criativos, evento promovido pelo Orbitato – Instituto de estudos em Arquitetura, Moda e Design, em 19 de novembro, das 10h às 18h. A rica composição cultural do Brasil é a fonte de inspiração de Ronaldo Fraga e Marcelo Rosenbaum, convidados desta edição, cujo tema é Identidade e Cotidiano.

Ronaldo Fraga, estilista, um

dos nomes mais importantes da moda brasileira, é conhecido por suas criações poéticas, narrativas que nos conectam com histórias da nossa história. Marcelo Rosenbaum, designer,

possuem um forte trabalho que tran-

e professor MSC. Carlos Perrone, co-

desenvolve produtos para diversas

sita entre o industrial, o artesanal e

nhecido por reapresentar conteúdos

empresas e atua com projetos liga-

o autoral, criado sempre a partir de

de maneira surpreendente, e por pon-

dos a ações sociais, à arquitetura e

elementos aparentemente simples do

tuar elementos importantes que tran-

à decoração. É também o criativo do

cotidiano como referência.

sitam pela história da visualidade. Os

quadro “Lar Doce Lar”, do programa

ingressos já estão à venda, por lotes,

Caldeirão do Hulk, da Rede Globo.

acerca dos termos Identidade e Co-

a partir de R$ 295.

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ou uma camiseta estampada, ambos

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Para abertura dos debates

Feira: Expoacabamento + Congresso de Arquitetura e Design Hans Donner e Ruy Ohtake (foto), são alguns dos nomes dos palestrantes que estarão em Porto Alegre, de 27 até 30 de outubro, durante o Congresso de Arquitetura e Design. O congresso acontece paralelamente a Expoacabamento - Feira de Materiais para Acabamento que vai apresentar tendências e soluções para projetos em arquitetura. Mais informações: www.expoacabamento.com.br

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Feira Construir Rio

A Construir Rio – Feira Internacional

da Construção foi idealizada para unir em um mesmo local, durante quatro dias, todos os segmentos da indústria da construção civil, com o objetivo de apresentar as novidades do setor, principais tendências, produtos e as mais modernas soluções. Durante o evento acontece o Fórum Construir, um conjunto de mostras e palestras, e o Prêmio Construir, que homenageia aquelas empresas que se sobressaíram e contribuíram para o desenvolvimento da construção civil no ano.

Batimat 2011 - Salão Internacional da Construção A cada dois anos, a principal feira da construção do mundo acontece em Paris, França. Este ano o evento acontece entre os dias 7 e 12 de novembro e traz tudo o que há de mais inovador em estrutura, carpintaria, acabamentos e decoração, material e ferramentas, durabilidade dos edifícios, informática e serviços empresariais. Na edição 2011 o Brasil é convidado de honra e terá espaço para seminários e conferências sobre as oportunidades de negócios com a Copa de 2014. Mais informações: www.batimat.com

Acontece de 16 até 19 de novembro

no RioCentro e reunirá mais de 300 empresas do segmento. Mais Informações: www.feiraconstruir.com.br

Casa Cor Rio Segue até o dia 16 de novembro no palacete Linneo de Paula Machado, em Botafogo, a 21ª edição da Casa Cor Rio que vai reviver o glamour do Rio de Janeiro do século 19, época da construção do casarão, mas com a tecnologia do século 21. Mais informações: www.casacorrio.com.br

Festa da Regional Blumenau do NCD

ração, promove na noite de terça-feira, 08 de novembro, sua festa de encerramento. Com o tema “O Espetáculo”, o evento acontece às 20h30 no Obs Bar, com coquetel, DJ, bebidas, premiação de profissionais, e outras atrações. A festa é fechada pra 400 convidados, entre empresários, lojistas, imprensa e os profissionais especificadores da regional. A Regional Blumenau atua há mais quatro anos e atualmente conta com 20 lojas associadas que movimentam cerca de 20% de toda a pontuação do NCD.

Fairtec

Brusque recebe entre os dias 8 e 13 de novembro a Fair-

tec, Feira Tecnológica da Construção Civil, trazendo novidades e tecnologias de produtos e serviços de mais de 100 expositores do segmento da construção civil. A programação contará com apresentações (lançamentos) de novos produtos e workshops, com palestrantes que são referência no setor, entre várias outras atrações. Mais Informações: www.fairtec.com.br

A Regional Blumenau, do Núcleo Catarinense de Deco-


Giro Implementação do BIM no Brasil Joinville - Novas regras para imóveis tombados

A Prefeitura protocolou na Câmara de Vereadores o PLC

nº 22/11 e o PLC nº 48/11, com o objetivo de flexibilizar as regras para os imóveis tombados pelo patrimônio histórico de Joinville. O primeiro dispõe sobre deduções e isenções tributárias para imóveis cadastrados no Inventário do Patrimônio Cultural de Joinville (IPCJ). O segundo projeto cria o Inventário do Município.

O projeto sobre o IPCJ vem sendo discutido há cerca de

cinco anos com a participação de vários segmentos organizados da sociedade. Representantes da Fundação Cultural apresentaram aos vereadores, no início de outubro, detalhes do projeto que agora precisa de aprovação na Sessão Ordinária.

Com as regras propostas, o dono de um imóvel cadas-

trado no IPCJ poderá pedir a revisão do bem a cada 10 anos. Assim, pode assegurar incentivos fiscais para melhorias no local. No caso de tombamento, isso não seria possível. Outro ponto de destaque é que com o Inventário serão concedidas isenções de impostos para fomentar o uso dos imóveis de preservação. Moradia unifamiliar será isenta do pagamento de IPTU. A instalação de comércio e prestação de serviços terá isenção na taxa de alvará de licença e funcionamento. Todos os imóveis inventariados não pagam taxa de alvará de reforma.

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O SindusCon-SP, por meio de seus Comitês de Tecnologia e Qualidade e de Meio Ambiente, realizará o 2º Seminário BIM (Building Information Modeling, ou Modelagem da Informação da Construção), no dia 20 de outubro. O BIM é uma ferramenta virtual tridimensional, totalmente parametrizada, que inova a maneira de projetar e executar obras. Ela gerencia online todas as informações das disciplinas de projetos envolvidas na atividade da construção, permitindo a visualização imediata dos desdobramentos arquitetônicos, técnicos e financeiros de qualquer alteração introduzida por novos dados ou mudanças no projeto original. Segundo o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, “o BIM torna-se cada dia mais relevante para a construção, uma vez que a complexidade dos empreendimentos imobiliários, o valor dos investimentos, a velocidade de produção e a escassez de profissionais qualificados trazem desafios adicionais para a produtividade e a manutenção da qualidade requerida”. O seminário trará profissionais internacionais que apresentarão cases bem sucedidos de implementação do BIM em todo o mundo e discutirá a necessidade de bibliotecas com a descrição das características dos insumos nacionais, o que possibilitará a adoção generalizada do BIM no Brasil.


Novo show do Cirque du Soleil é presente para clientes do Grupo Riviera

Clientes e parceiros do Grupo Riviera poderão assistir o espetá-

culo “Varekai”, que marcou a volta do Cirque du Soleil ao Brasil, em primeira mão. A ação de marketing funciona da seguinte forma: os clientes e parceiros aniversariantes recebem em casa um presente que contém um DVD original do espetáculo. O show é uma adaptação da história de Ícaro e está passando por oito capitais brasileiras desde setembro.

Assim como as apresentações anteriores, o espetáculo mistura

teatro, dança, música e acrobacias circenses. “A nossa proposta é sempre surpreender o público de forma inovadora e lembrando a data do aniversário que é tão importante. Esse show é um entretenimento para a família. É uma celebração da energia e da vida. E este também é o espírito da nossa empresa”, destaca o diretor do Grupo Riviera, Evandro Dal Molin.

O Grupo Riviera acaba de entregar o condomínio Palazzo Del

Mare, em Balneário Camboriú, e está construindo o empreendimento Riviera Business, entre Balneário Camboriú e Itajaí. A emporesa ainda assina o empreendimento de luxo Porto Riviera, na Praia Brava, e lançará novos projetos até o final de 2011.

Encerramento da V SIPAT é marcada pelo aniversário de 27 anos de construtora

Rogério Rosa, presidente da Embraed durante a comemoração dos 27 anos da empresa.

Mais de mil colaboradores da Embraed Construtora participaram da V Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) realizada no período de 26 a 30 de setembro, quando também foi comemorado o aniversário de 27 anos da empresa. O evento foi realizado cada dia em uma das obras e abrangeu diversas atividades, entre elas: palestras sobre segurança do trabalho na construção civil, orientações financeiras e palestras motivacionais. Todos os dias houve vacinação antitetânica e tríplice viral para os colaboradores, além de coffee break e sorteio de prêmios. No encerramento da V SIPAT, todos os parceiros e colaboradores se reuniram no terreno da obra do Residencial Manhattan, futuro lançamento da Embraed. Como forma de agradecimento pelo empenho e dedicação, os colaboradores com mais tempo de empresa foram homenageados. A comemoração do aniversário foi simbolizada com um bolo de 27 andares, além de fogos de artifício, churrasco e muita música.


Salão do Imóvel – Casa e Construção movimenta R$17 milhões em negócios Milhares de pessoas passaram pelo Salão do Imóvel – Casa e Construção, organizado pela Episteme Eventos, no Expocentro Edmundo Doubrawa, em Joinville, no último fim de semana. A estimativa é de que pelo menos 120 imóveis tenham sido comercializados, o que gerou uma movimentação de R$ 17 milhões em negócios. “Por ser a primeira edição do evento, consideramos este resultado bastante positivo e muitos expositores já sinalizaram a intenção de repetir o evento no ano que vem”, declarou a diretora da Episteme Eventos, Marcia Alberton. A feira contou com 1,4 mil metros quadrados de área e com a participação de 42 expositores, que apresentaram à maior cidade do Estado o que é tendência no setor da construção civil, principalmente, nos segmentos de móveis, decoração, arquitetura e engenharia. Renomadas imobiliárias e construtoras da região estiveram presentes e simulações de financiamentos foram feitas na hora.

Curitiba ganha imobiliária boutique

Acaba de se instalar em Curi-

tiba a Trend Brokers, primeira imobiliária boutique da capital paranaense. O nome Trend Brokers traduz-se em uma nova tendência para o mercado, ancorada por três renomados executivos do segmento, os sócios Márcio Souza, Rubens Bocuti Jr. e Edilson Faust. Além de priorizar a qualidade superior de atendimento tanto para clientes, quanto para incorporadoras e parceiros, a Trend está alinhada com as atuais exigências do segmento imobiliário.

Localizada no bairro Água Ver-

de (Av. Água Verde, 660), a infraestrutura da imobiliária boutique destaca um lounge para recepcionar clientes e realizar eventos em petit comité; sala de aula e/ou eventos; o Trend Café; uma brinquedoteca para entreter as crianças enquanto os pais são atendidos e salas de atendimento equipadas com notebook e televisão de 40 polegadas.

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Grupo Pão de Açúcar ingressa no mercado imobiliário A ideia agora é lucrar com os prédios. Para vitaminar ainda mais o faturamento da rede varejista Grupo Pão de Açúcar, o empresário Abilio Diniz aposta no segmento imobiliário e quer aproveitar o espaço excedente nos terrenos de suas lojas. Em parceria com incorporadoras, o grupo cria um novo formato imobiliário, onde prédios residenciais e comerciais dividem espaços com as instalações da varejista. Além dos cerca de 1,5 milhão de metros quadrados disponíveis em terrenos do grupo que já abrigam lojas, a ideia é sempre comprar áreas maiores do que o espaço que usam para construir e usá-las para rentabilizar o espaço. O primeiro empreendimento com a formatação ‘varejo imobiliária’ é o Thera Faria Lima Pinheiros. Com um VGV (Valor Geral de Vendas) que deve alcançar os R$ 500 milhões, o projeto é resultado de uma parceria entre o GPA e a Cyrela. Localizado em uma região nobre na capital paulista, o empreendimento de 972 unidades será construído em um terreno da rede varejista que estava desocupado. Para o jornal Brasil Econômico o CEO da GPA Malls&Properties, braço imobiliário do Grupo Pão de Açúcar, Caio Mattar ressaltou que não existem investimentos iniciais. “Só vamos trabalhar com o que já temos, já investimos há muitos anos. Os terrenos são nossa moeda e os parceiros vão cuidar da incorporação”, disse. “Portanto, só teremos lucro e vamos usar esse capital para comprar mais terrenos”, afirmou. A receita será destinada para acelerar o processo de expansão da rede, que prevê abertura de 16 lojas em 2011, 80 em 2012 e outras 120 em 2013.


SindusCon-SP lança o ConstruData

Em parceria com FGV, SindusCon-SP (Sindicato da Indús-

tria da Construção do Estado de São Paulo) reunirá em seu site os principais dados e análises sobre o desempenho da economia e da construção.

O ConstruData oferecerá ampla base estatística de dados

que interessam à cadeia da habitação, contemplando todos os seus segmentos com análises periódicas dos principais indicadores, produzidas pela FGV, e publicação eletrônica da revista Conjuntura da Construção.

Os indicadores serão setoriais, demográficos, com contas

nacionais e regionais e pretende beneficiar jornalistas, empresários da construção e economistas já que todas as informações que hoje estão dispersas pela internet, estarão em um único site.

O ConstruData disponibilizará também estatísticas da in-

dústria de materiais de construção, da construção civil, dos serviços financeiros e da comercialização de imóveis de diversas fontes.

CNI/CBIC divulgam sondagem da construção de outubro

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), com apoio da Câ-

mara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), divulgou no final de setembro a Sondagem da Indústria da Construção. De acordo com a pesquisa, a expectativa para os próximos seis meses da indústria da construção é a menos favorável desde o início da Sondagem (janeiro de 2010). Embora positiva (indicadores acima de 50 pontos), todos os quatro indicadores de expectativa para os próximos seis meses caíram em relação aos meses anteriores. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador de expectativa do nível de atividade, por exemplo, caiu 9,1 pontos. Com relação ao desempenho desse segmento industrial em agosto, os resultados também não foram muito favoráveis. O nível de atividade ficou praticamente estável (indicador de evolução do nível de atividade de 50,1 pontos) e situou-se abaixo do usual para os meses de agosto: indicador de nível de atividade efetivo-usual de 48,4 pontos, ou seja, abaixo da linha divisória de 50 pontos. A pesquisa amostral foi realizada de 1º a 19 de setembro junto a 417 empresas, sendo 205 de pequeno porte, 164 médias e 48 grandes.

Santa Catarina é referência nacional em desenvolvimento econômico e social De acordo com os números publicados pelo Santa Catarina em Dados 2011, anuário publicado pela Federação das Indústrias (Fiesc), Santa Catarina é referência entre os estados brasileiros em desenvolvimento social e econômico. Entre os dados é possível avaliar que o estado é o maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país, possui a maior expectativa de vida ao nascer (75,8 anos), e se destaca por uma população predominantemente urbana (quase 84%), com acesso a serviços básicos como energia elétrica e abastecimento de água. A publicação da Fiesc traz dados nacionais, estaduais e regionais sobre emprego, indicadores sociais, e industriais de todos os segmentos, colaborando para a consulta de empresários. Os números apontam Santa Catarina como líder nacional na produção de carne suína, com 22,9% do mercado no país e como vice-líder na produção de frango. Já a indústria de transformação catarinense se destaca como a quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores.


Alunos da Furb desenvolvem projeto de captação de energia por meio do aproveitamento solar Os alunos do mestrado em Engenharia Elétrica da Universidade Regional de Blumenau (Furb), Renan Diego de Oliveira Reiter e René Alfonso Reiter, tiveram aprovação do programa Sinapse da Inovação e receberam R$ 50 milhões para desenvolverem um projeto de energia limpa. A ideia é gerar energia por meio do aproveitamento solar, fotovoltaico. O projeto é coordenado pelo professor Sérgio Vidal Garcia Oliveira. Consiste em um sistema fotovoltaico isolado, em que painéis fotovoltaicos capturam a luz solar e geram energia em tensão alternada, própria para ligar equipamentos com alimentação em corrente alternada. O sistema é isolado porque é instalado em áreas distantes de redes elétricas. O principal benefício que o sistema oferece é o fornecimento de energia elétrica para diversas localidades afastadas dos grandes centros urbanos, onde não é viável a construção de linhas de transmissão para levar a energia até essas regiões.

De acordo com o professor Sérgio, ainda existe os sistemas fotovoltaicos conectados à rede. Neste caso, a energia fornecida pelos painéis fotovoltaicos é diretamente injetada à rede de distribuição. Esse tipo de sistema se aproveita de áreas construídas como casas, fachadas de prédios e estacionamentos. Assim, cada residência produziria energia para o próprio consumo.

Fonte: Noticenter

Tabela de Indicadores econômicos

*Valor acumulado.

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Investimento

FGT$,

poupança para a casa própria Saques do FGTS para pagar a moradia crescem 57% em relação a 2008. Saiba como e por que usar Usar o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para dar entrada ou comprar a casa própria é prática que vem se tornando comum no mercado nacional. Os saques para esta finalidade saltaram 57,2% no acumulado do ano até julho, em relação ao mesmo período de 2008. Comparado com 2010, o aumento foi de 13%. Para o presidente do Instituto FGTS Fácil, Mário Avelino, o momento que vive o Brasil foi oportuno para o crescimento “O aquecimento do mercado imobiliário, o crédito farto e os incentivos do governo para combater o déficit habitacional, são fatores que explicam este aumento”, afirma. Mas não é só no ato da compra do imóvel residencial, seja ele pronto ou em construção, que o FGTS entra no mercado imobiliário. É possível utilizá-lo para pagar parte do saldo devedor (amortização) ou liquidar a dívida imobiliária com o banco, e até dar lances em consórcios de imóveis, desde que estejam dentro das regras de uso. Para ter direito ao saque, existem algumas regras. Em qualquer um dos casos, o trabalhador precisa

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ter contribuído, no mínimo, durante três anos (não precisam ser consecutivos e nem na mesma empresa), e o dinheiro só pode ser utilizado na compra de imóveis residenciais de até R$ 500 mil. O imóvel deve ser destinado à moradia do trabalhador, sendo que ele não pode possuir casa própria na cidade, região limítrofe ou metropolitana. Para utilizar, costuma ser fácil. O procedimento é o mesmo de um financiamento habitacional e pode ser efetuado em toda a rede bancária que opera com financiamentos imobiliários. “Na CEF, leva em média cerca de 30 dias, após apresentação da documentação completa pelo cliente”, explica a gerente da Caixa Econômica Federal (CEF) Daiana Mabel da Silva. Para Avelino o trabalhador não reconhece o valor do FGTS “Para ele é apenas um desconto mensal de 8% de seu salário, já que ele não coloca o dinheiro no bolso todos os meses, só dá valor quando precisa utilizar está poupança forçada”, afirma.

Contudo, o dinheiro depositado pelo empregador na conta do funcionário rende um valor geralmente inferior à inflação. São 3% ao ano, mais TR, um rendimento menor até do que a caderneta de poupança (6,17% mais TR), por isso, a dica de Avelino é sacar o FGTS na primeira ocasião e fazer outro investimento. É importante que o trabalhador acompanhe seu saldo com frequencia. “A CEF envia o extrato a cada dois meses para o trabalhador que mantém seu endereço atualizado, mas ele pode acessar a qualquer tempo pela internet”, afirma Daiana.


Elevação do teto do FGTS mas regiões.

subir, o preço dos imóveis sobe ain-

governo federal a ampliação do uso

Para o presidente do Insti-

da mais. É uma realidade especula-

do saldo do FGTS do trabalhador na

tuto FGTS Fácil, Mario Avelino, his-

tiva e perversa”, opina, relembrando

compra da casa própria, para R$ 750

toricamente o preço dos imóveis de

que em 2009 o valor era de R$ 350

mil, justificando que o valor atual de

Classe Média e de Baixa Renda, são

mil, passando para R$ 500 mil, uma

R$ 500 mil restringe a compra de

pautados pelo teto estabelecido no

elevação de 42,86%, muito acima da

imóveis para classe média em algu-

financiamento com o FGTS, “Se ele

inflação.

Os bancos negociam com o

FGTS para a casa própria O trabalhador deve ter contribuído por pelo menos 3 anos.

8%

O valor máximo do imóvel é de

Todos os meses do salário do trabalhador é depositado para o FGTS, o que equivale a aproximadamente um salário, no final de um ano.

500 mil.

É possível sacar para: • Pagamento total da casa própria. • Pagamento parcial da casa própria financiado dentro ou fora do SFH. • Comprar imóvel na planta ou em fase de construção. Não é necessário ter financiamento bancário. Neste caso o FGTS será liberado em parcelas mensais, conforme a construção, fiscalizada pela CEF. • Pagar parte das prestações decorrentes de financiamento habitacional, pelo SFH. • Construir a casa própria, para quem já possui terreno, desde que haja algum tipo de financiamento, dentro ou fora do SFH. Neste caso o trabalhador não pode ser proprietário de outra habitação, e o imóvel deve estar localizado na região em que ele trabalha. • Liquidar ou amortizar o saldo devedor de financiamento pelo SFH, desde que haja intervalo mínimo de dois anos para cada saque, sem prejuízo de outras condições estabelecidas pelo Conselho Curador. • Dar lance no consórcio imobiliário. • Comprar um segundo imóvel, desde que o comprador não possua financiamento pelo SFH e o segundo imóvel seja para a moradia do trabalhador e não esteja na mesma localidade: município, região limítrofe ou metropolitana. SFH – Sistema Financeiro de Habitação Outras informações, regras e situações para o uso do FGTS: caixa.gov.br/fgts


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Marketing

Mariana Ferronato

Inovação no mercado imobiliário

Sim, é possível. O consumidor já não é mais o mesmo, está mais exigente, antenado de suas necessidades, e participativo no processo de compra. Impactá-lo com as mesmas técnicas habituais de nosso mercado, certamente não trará mais o mesmo retorno que trazia no passado. Enquanto a grande maioria das empresas segue fazendo as ações de sempre, algumas já saíram na frente, desenvolvendo ações inovadoras e diferenciadas. Em um cenário tão competitivo como o nosso, se diferenciar dos concorrentes tem relação direta com o sucesso nas vendas, e conquista do mercado. Confira abaixo uma seleção que ilustra alguma destas inovações ocorridas no mercado.

Em um cenário tão competitivo como o nosso, se diferenciar dos concorrentes tem relação direta com o sucesso nas vendas, e conquista do mercado

2. Redes sociais

Redes sociais podem não ser exatamente um tema novo, contudo o mercado imobiliário ainda está aprendendo a sua utilização e como obter resultados através das redes. A rede social do “momento” é o Facebook, considerada como uma rede capaz de não apenas estimular o relacionamento com clientes, mas também de gerar negócio, eis a sua importância. 3. Aplicativos mobile

O número de smarthphones e acesso a internet móvel cresce a cada dia. As imobiliárias estão atentas a esta realidade e ao potencial das ações mobiles no Brasil, por isso muitas empresas já estão investindo em aplicativos de celular. Ferramentas que não somente possibilitam a geração de negócios, mas também a interação com a marca.

1. Projetos colaborativos

Algumas empresas já estão aderindo o “crowdsourcing”, um modelo que utiliza a inteligência e o conhecimento coletivo para desenvolver novos projetos. Até mesmo um prédio está sendo completamente desenvolvido através da colaboração das pessoas com suas ideias e sugestões. Elas sugeriram o nome, o paisagismo, a comunicação, os itens de sustentabilidade, infraestrutura e tecnologia do empreendimento.

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4. Geolocalização

Ferramentas que utilizam a localização como mote principal da funcionalidade. No mercado imobiliário, a geolocalização é uma ferramenta com grande potencial. Algumas empresas utilizam este recurso demonstrando os imóveis que se encontram nas proximidades.


5. Interatividade em vídeos 3D

8. Projeção em prédios

Já existem ferramentas que unem os tradicionais vídeos 3D de empreendimentos, com a interatividade do vídeo game, permitindo assim interação com o ambiente do futuro imóvel. Nela é possível navegar pelo empreendimento de acordo com a sua vontade (semelhante a um game).

Projeção em prédios através de vídeos animados. Nesta ação o céu é o limite, o resultado fica espetacular.

6. Inovação em estandes de vendas

Foi-se o tempo que estandes de vendas eram desenvolvidos unicamente com o intuito de se sentar em uma mesa e ouvir um corretor. Hoje em dia, algumas empresas já tratam os seus estandes como verdadeiros “shows a parte”, investindo neles boa parte de sua verba de marketing.

7. QR-Code

Com a popularização dos smartphones e do acesso a internet móvel, as empresas do setor estão aderindo a tecnologia QR-Code (tecnologia semelhante a um código de barras, que ao ser lida por um aparelho celular com acesso a internet, acessa determinas informações contidas no código) inserindo em seus anúncios, placas e chaveiros de imóveis.

9. Arte em tapumes

Até mesmo os tradicionais tapumes de obras viram alvo de criatividade das empresas. Temos projetos que possuem verdadeiras obras de arte estampadas por artistas, embelezando a região e a ampliando o relacionamento com os clientes.

10. Reality Show para vender imóvel

Na Espanha, foi realizado um “reality show” imobiliário, onde o objetivo era vender luxuosos lofts em Madrid. A ação possibilitou assistir a venda ao vivo do empreendimento. As pessoas podiam enviar ofertas pela internet, e a qualquer hora o Emílio (corretor da ação) poderia vender o imóvel.

Mariana Ferronato é publicitária, gaúcha, com atuação no marketing de construtoras e imobiliárias. Atualmente é gerente de marketing na Imobiliária Ducati (empresa do grupo Lopes em Porto Alegre) e proprietária de um dos principais sites de marketing imobiliário, o marketingimob.com


Jurídico

Leonardo Papp

Alienação fiduciária Uma alternativa para venda de imóvel em prestações A compra e venda de um bem imóvel normalmente é uma operação que envolve valor econômico significativo. Merecem especial atenção as operações de compra e venda nas quais o adquirente do imóvel pagará o preço em prestações. Isso porque o comprador, por um lado, tem a intenção de receber o imóvel desde logo, ou seja, enquanto ainda pendente o pagamento de prestações. Já o vendedor certamente prefere transferir o imóvel apenas após ter recebido a integralidade do preço.

condominiais poderão ser cobrados diretamente do vendedor, eis que a matrícula imobiliária ainda estará registrada em seu nome. Além disso, caso o comprador deixe de pagar as parcelas assumidas, o vendedor terá extrema dificuldade em retomar a posse do imóvel. Alguns mecanismos jurídicos que podem minimizar os riscos de tais operações, entre os quais se destaca a chamada alienação fiduciária de bem imóvel, a qual pode ser definida como “o negócio jurídico pelo qual o devedor

O vendedor continua na posição de proprietário do bem, como forma de garantir o pagamento do preço, mas a posse direta do imóvel passa a ser exercida desde logo pelo comprador Esse conflito pode ser tão relevante na fase de negociação que, não raramente, acaba frustrando a própria concretização do negócio. Também não é incomum que o vendedor ceda à solicitação do comprador, transferindo-lhe desde logo a posse do imóvel, mas deixando para lavrar a escritura pública e registrá-la apenas após o pagamento de todas as parcelas. Trata-se de opção que pode se transformar em grande incômodo para o vendedor. Por exemplo, se o comprador não quitar os tributos ou as taxas condominiais relativas ao imóvel no período em que ainda estiver pagando as parcelas do preço, os débitos tributários ou

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(fiduciante), para garantir o pagamento da dívida, transmite ao credor (fiduciário) a propriedade de um bem, retendo-lhe a posse direta, sob a condição resolutiva de saldá-la” (TELLES, 1996). O bem “transmitido” ao vendedor/credor pode ser justamente o imóvel objeto da compra e venda com pagamento parcelado por parte do comprador/devedor. Na prática, o vendedor continua na posição de proprietário do bem, como forma de garantir o pagamento do preço, mas a posse direta do imóvel passa a ser exercida desde logo pelo comprador. A instituição da alienação fiduciária de bem imóvel permite a aplicação de uma série de regras especiais,

que podem minimizar os riscos do eventual inadimplemento do comprador. Por exemplo, mesmo que a propriedade do imóvel fique registrada em nome do vendedor, será o comprador quem responderá por todos os encargos que recaiam ou venham recair sobre o imóvel durante o prazo do parcelamento do preço. Além disso, no caso de falta de pagamento das parcelas, o vendedor poderá contar com procedimento simplificado e mais ágil para a retomada da posse do bem, já que a legislação determina que será concedida liminar para desocupação do imóvel em sessenta dias. Por fim, a utilização de tal mecanismo não é restrita a negociações envolvendo bancos já que a legislação determina que “a alienação fiduciária poderá ser contratada por pessoa física ou jurídica, não sendo privativa das entidades que operam no Sistema Financeiro Imobiliário”. Entretanto, para que se possa reduzir o máximo possível os riscos jurídicos envolvidos, a orientação de profissionais especializados é indispensável. Leonardo Papp é advogado, sócio da Papp Advocacia e Consultoria. É especialista em Direito Imobiliário, mestre em Direito Ambiental e doutorando em Direito Econômico e Socioambiental. Leciona as disciplinas de Direito Ambiental e de Direito Imobiliário na Católica de Santa Catarina. leonardo@papp.adv.br


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Registro de Incorporação no 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Balneário Camboriú sob o nº 38879.


Economia

Ricardo de Castro Guedes

Quem é esse tal de Mercado? Usar o mercado imobiliário para imobilizar o capital, na busca de proteção, pode ser uma das saídas Sistema de mercado é aquele que permite a coordenação social das atividades e empresas, sob a forma de transações. É inerente ao capital. Em termos puros, o livre mercado é um sistema no qual as decisões econômicas e as ações dos indivíduos são realizadas de forma voluntária. Não há restrições à livre movimentação de moeda, de bens e de serviços. Pelo menos não deveria haver de uma forma teórica. A economia é relativamente livre de interferência do governo, conforme Adam Smith pai da economia, que pratica o “laissez-faire”. A alocação da produção acontece pelas forças da oferta e da demanda. Acontece que, se funcionar de forma irrestrita, o sistema de mercado provoca falhas e concentra a renda. Daí a necessidade de interferência para corrigir essas falhas. A tal “mão invisível”.

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Acontece que em alguns governos, sem mencionar um especifico, essa prática vai além, extrapola a autoridade e acaba engessando o mercado não permitindo seu desenvolvimento. Então é obrigado a criar medidas de controle da moeda de forma incisiva para corrigir sua interferência de forma nefasta e não salutar. Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que nós devemos esperar nossa refeição, mas da busca de seu próprio interesse, é de interesse mútuo e o livre mercado é essencial para criar riqueza. Combate-se a pobreza com auto-ajuda, pela caridade e pelo, principalmente, crescimento econômico, e não por programas sociais do governo, políticas “Robin Hood”. A intervenção estatal é uma ameaça aos direitos de propriedade e à liberdade dos mercados,

claro, existe limites, os limites do que é visto como legítimo e não danoso ao próximo e a sociedade. O sistema de mercados depende do Estado para coibir práticas que inibem a geração dos benefícios do sistema, como os monopólios e cartéis, bem como para enfrentar os efeitos das influencias negativas, como é o caso da poluição. O Estado Nacional é uma gigantesca máquina de gerar riqueza. Nenhum outro sistema reduziu tanto a pobreza. Há 200 anos, 90% da população da Europa Ocidental e da América do Norte eram pobres. Hoje esse número é inferior a 10%. A adoção de princípios do sistema de mercado na China e em outros países da Ásia retirou da pobreza mais de 500 milhões de pessoas nos últimos 30 anos. Presidentes e ministros podem, levados a pressões políticas, optar pela


popularidade fácil promovendo políticas econômicas populistas. Serão, todavia, “punidos” pelo mercado cuja capacidade de antecipação dos efeitos do populismo provocará fuga de capitais em busca de portos seguros. O resultado desse processo será a instabilidade dos mercados, desvalorizações excessivas da moeda, quedas nas bolsas de valores e excessiva volatilidade nos mercados futuros. Essa dinâmica leva a uma crise de confiança que paralisa negócios, adia investimentos de consumo, gera pressões inflacionárias e reduz o ritmo da atividade econômica. O desemprego aumenta. A massa salarial cai pela corrosão inflacionária do salário médio real. Até aí alguma coincidência com governos que conhecemos? Bom, depois deste passeio pela economia clássica, o que os míseros mortais podem fazer para buscar um porto seguro? O mercado mais uma vez pode responder essa questão.

Um exemplo é o mercado imobiliário. Imobilizar o capital na busca de proteção pode ser uma das saídas. Porém, não basta somente investir e pronto, ganhou. Não! É necessária uma série de quesitos que devem ser levados em consideração. Localização: o Plano Diretor da cidade deve ser estudado, condições climáticas, infraestrutura em torno do investimento; o tempo em que se pretende deixar o investimento também é importante, em algumas condições o mercado financeiro dará um retorno igual ou maior. E aí se leva em conta a liquidez. Em algumas vezes o imóvel pode levar algum tempo para se tornar dinheiro de novo, em razão disso devemos levar tudo em consideração. Uma forma de ajudar na decisão é montar uma planilha de questões negativas e questões positivas para ajudar na opção do investimento, em qualquer situação. Com a planilha podere-

mos ter uma ideia mais clara da decisão que mais convier dentro de nossas possibilidades de investimento. O crescimento econômico é a síntese de todas as atividades. Depende de tudo que acontece em uma sociedade. E como as sociedades são diferem entre si, a chave para o desempenho econômico de cada uma está nas suas próprias características econômicas e culturais. Não são nossas habilidades que mostram o que realmente somos. São nossas escolhas.

Ricardo de Castro Guedes é Economista, Delegado do CORECON/SC na Região de Itajaí, Consultor Econômico, Perito Econômico e Professor na área de Economia. guedes@univali.br


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Capa

O jeitinho brasileiro

de morar

Espaços compactos, ambientes integrados, åreas de lazer: a forma do brasileiro morar e se relacionar com a casa não para de mudar

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Em 1808, quando a corte portuguesa mudou-se para o Rio de Janeiro acompanhada de mais de 10 mil pessoas, os nobres iniciaram aqui uma recriação do estilo de suas casas, com as grandes áreas sociais, salões de jantar e residências de empregados. Trouxeram na bagagem seus móveis robustos e objetos adaptando, no Brasil, a forma europeia de morar. Naquela época a maneira de construir e de morar foi aos poucos sendo copiada e o que os portugueses nem imaginavam é que com o passar dos anos eles e os tupiniquins moldariam suas casas e o seu jeito de habitar por conta do clima e das características da região, contando a história das gerações. E não iam parar nunca. Para o professor Luciano Torres Tricarico, doutor em arquitetura e urbanismo, “A arquitetura e o design são a expressão do morar e no Brasil sempre foi uma memória material, durante todos os tempos, de mostrar como se vive, dentro ou fora

das casas”, afirma. Em um país com dimensões continentais como o nosso, as diferenças arquitetônicas regionais são visíveis, mas em todo o território é possível perceber que culturalmente o brasileiro tem um jeitinho peculiar de morar. A relação do brasileiro com sua casa é uma relação mais afetiva do que material, ela não guarda só o mobiliário, mas abriga as memórias e as expressões dos seus moradores. Ao longo dos anos as memórias, expressões e principalmente a maneira de se relacionar dos brasileiros mudou, e continua mudando, assim o espaço de morar acompanha ininterruptamente essas transformações. Nos últimos anos a mudança da planta da casa começou a ser mais visível, além de espaços cada vez menores, os ambientes se integraram e ficaram mais úteis e também flexíveis na tentativa de se adaptar a famílias e pessoas de diferentes perfis, mas que querem a mesma coisa: conforto, liberdade e segurança.

Vivemos o ápice do pós-moderno Luciano Torres Tricarico, doutor em arquitetura e urbanismo.


Tendências do mercado imobiliário Acompanhar jeito de morar do brasileiro é tão importante para o mercado imobiliário porque impacta diretamente nas questão estruturais da moradia, e demonstra quais os principais atributos que estimulam as pessoas a comprarem um novo apartamento ou a buscarem um novo estilo de morar. “É essa mudança do hábito que faz com que as construtoras procurem, ininterruptamente, uma nova ideia imobiliária, com a concepção de um produto que atenda a estas novas necessidades”, afirma o advoagado e corretor de imóveis representante do Instituto Brasileiro de Estudos Imobiliarios (IBEI) Paulo Viana Cunha. “Na medida em acontece uma mudança cultural, surgem as necessidades de adaptações. Por exemplo, o poder de

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consumo aumentou e os closets começaram a aparecer com muita frenquencia”, completa. Os exemplos destas mudanças são claros, e muitos. A mudança da sociedade relativa à constituição da família é a principal propulsora das novas necessidades e anseios para a moradia. Além dos casais terem poucos (ou nenhum) filhos, quando eles chegam à vida adulta acabam não deixando a casa dos pais, onde, hoje, desfrutam de total liberdade para receber namorados e amigos. “Com a revolução sexual os

filhos começaram a ficar mais tempo dentro de casa, eles estudam mais e investem mais em suas carreiras, sem arcar com as responsabilidades e custos de uma outra casa”, afirma o professor Luciano Torres Tricarico. E o que todos querem é ter o seu próprio espaço, mesmo que seja dentro de uma casa cheia de gente. Assim, o lar se tornou uma constituição de pequenos mundos particulares, onde os quartos – por exemplo – conseguem se transformar em um escritório ou sala de TV em poucos segundos.

Design O design também descobriu o jeito dos brasileiros. A Poltrona Mole, de Sérgio Rodrigues é um exemplo. Criada em 1957 ela traduz a informalidade do nosso povo. Ela foi criada para ser um sofá a pedido do amigo e fotógrafo Otto Stupakoff. Como passava horas em seu estúdio, sonhava com um sofá onde pudesse se “esparramar” a poltrona ganhou também uma banqueta que traduz a vontade que o brasileiro tem de colocar os pés para cima.


Ambientes flexíves Ao contrário do que possa parecer, isso não significa isolamento. Pelo contrário, as áreas de uso comum, como sala de jantar, varanda e cozinha, que eram espaços para a rotina, estão cada vez mais integrados e preparados para receber os amigos e curtir momentos de lazer. Os imóveis estão em proporções menores, e a tendência é que a habitação não seja mais dividida em área social, íntima e de serviço. Os locais idealizados para uma única função, como a sala de TV, o escritório e o quarto de brinquedos estão desaparecendo. “Essa configuração tem que ser mais flexível, e os cômodos precisam se transformar ao longo das mudanças da família”, explica Tricarico. É preciso ter flexibilidade (e existe tecnologia de materiais para isso) para aumentar e diminuir espaços ou criar novos cômodos. “Isso é muito popular mesmo na arquitetura de alto padrão”, completa.

Dentro de casa, um dos cômodos que mais sofreu alterações foi a cozinha. A valorização da gastronomia no país e a ida do homem para o fogão, fez com que a cozinha tivesse uma importância que não tinha, em todos os segmentos sociais. Assim, as mudanças físicas e culturais ganharam espaço e a cozinha passou a ser um local de entretenimento,

afirmação de um estilo de vida e de status, onde os amigos são recebidos. É por isso que hoje os espaços gourmet e as varandas gourmet têm aparecido tanto nos empreendimentos. “Hoje cozinhar é um ritual para reunir os amigos, saborear a comida, degustar um vinho. Por isso os espaços que criam emoção são o desafio dos arquitetos e designers, diz Tricarico.

Revolução Eletroeletrônica Basta um clic. Com um único botão é preciso acionar a iluminação, ligar os equipamentos audivisuais, baixar a cortina, ligar a benheira, sem sair da cama. Aliás com o advendo dos Iphones, não precisa nem estar em casa. E é assim que o “corpo” vai perdendo a função dentro de casa. “Estamos vivendo uma revolução eletroeletrônica que faz com

que as pessoas não precisem mais de tanto espaço”, afirma o professor. Para ele, a revolução tecnológica é um dos principais fatores que, neste momento, influencia a mudança do comportamento, anseios e necessidades das pessoas. “Estamos vivendo o ápice do pós-moderno”, pensa. Apesar de ainda não ser acessí-

vel a todas as camadas da população, já se percebe, principalmente entre as classes mais elevadas, essa busca pela conveniência e pelas facilidades da automação. De acordo com a Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside) os custos dos sistemas automatizados reduziram 50% nos últimos cinco anos e a demanda tem crescido 40% anualmente.


Lazer, serviços e segurança A internet, os Iphones e a tecnologia dentro de casa, fazem com que algum tempo do dia seja economizado. É este tempo que sobra que é revertido em ócio e lazer. De preferência, sem sair de casa. Nos condomínios a estrutura de lazer e entretenimento é cada vez mais comum e pujante. Os ambientes de uso coletivo ganharam qualidade de estrutura. Piscinas, praias artificiais, academias, saunas, espaços gourmet, boates, cinemas, lan house, quadra de jogos... As opções são tantas, que fica difícil colocar tudo no papel. “As construtoras buscam nas áreas de lazer um diferencial que agrade o cliente e seja o causador do fechamento do negócio. Afirma o representante do

IBEI, Paulo Viana Cunha. Na intenção de agradar os clientes, as mulheres estão com tudo. A pesquisa realizada pelo Centro de Altos Estudos da Propaganda e Marketing (CAEPM/ESPM), em parceria com a Toledo & Associados mostra que em 70% dos casos, quem dá a palavra final na compra de um imóvel são as mulheres. Isso justifica o crescimento de espaços dedicados as mulheres dentro dos condomínios, como os SPAs. A criação de condomínios com o conceito de clube, também surgem para atender uma outra necessidade: a segurança. “Os pais querem sair de casa e ter certeza que seus filhos estão amparados”, afirma Cunha.

Circuitos de segurança, câmeras, elevadores com senha, fechaduras biométricas, entre outros, passam a ser cada vez mais importantes e comuns. As mudanças estão aí, transformando a arquitetura e o mercado imobiliário, e não param de acontecer. O que se sabe é que tanto a arquitetura e as novas tecnologias mudam o jeito de morar, quanto as mudanças culturais mudam a forma de construir. “O espaço por linguagem é dialético, se fosse um processo linear a gente teria na arquitetura e urbanismo uma ciência exata com uma fórmula e um caderno de consultas. Mas ela está ligada a humadidade, que não para de mudar”, finaliza o professor Tricarico.

Mudanças da última década No comportamento

Na casa

• As famílias diminuem e cresce o número de casais sem filhos; • Os filhos permanecem em casa por mais tempo; • A tecnologia permite que as pessoas tenham mais tempo para se ocupar com o lazer;

• Quartos compactos e espaços integrados, porém mais úteis; • As cozinhas passam a ser um espaço de lazer e entretenimento (aparecimento das cozinhas gourmet); • A casa passa a demonstrar um estilo de vida; • Crescimento das áreas de lazer e de prestação de serviços; • Fortalecimento da segurança; • Maior presença de animais nas casas e condomínios e a criação dos chamados “space dogs”; • Uso de tecnologia e itens de sustentabilidade; • Desaparecimento de corredores e de espaços com funções únicas como halls e salas de visita; • • Por conta das áreas integradas para receber visita, os lavabos são indispensáveis; • • Os lançamentos imobiliários têm praticamente uma garagem para cada quarto.

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Entrevista

Imóveis nas alturas O consultor imobiliário Plínio Neto faz com que do hobby da aviação seja mais um diferencial no relacionamento com seus clientes

É a bordo de um avião anfíbio para duas pessoas, e com autonomia de vôo para mais de 500 quilômetros, que o consultor de imóveis Plínio Neto une suas duas paixões: a aviação e os imóveis. Ele usa o hobby da aviação para estreitar ainda mais o relacionamento com os seus clientes, fazendo vôos panorâmicos que os levam literalmente para o ar. Amante da natureza o curitibano veio para o litoral catarinense atraído pelas belezas naturais. Com muita dis-

posição ele faz com que suas atividades de lazer estejam ligadas aos negócios. Além dos passeios aéreos, viagens de motocicleta estão entre os programas que costuma fazer com seus clientes. Formado em administração já era empresário e investidor e começou a prestar consultoria por acaso. A muito tempo Plínio já tinha o hábito de comprar pequenos imóveis e reformar para a venda. Quando comprou um apartamento de maior valor em Balneário Camboriú, atraiu mais qua-

tro amigos para o mesmo condomínio e foi convidado a trabalhar como consultor da Procave, na busca de novos investidores. Empreendedor, percebeu boas oportunidades e há cinco anos é consultor imobiliário e proprietário da Cosmos Corretora. Para esta entrevista, Neto nos levou até um de seus mais novos investimentos: o Condomínio Aeronáutico Costa Esmeralda, em Porto Belo, que em um dos hangares da propriedade hospeda seu avião.

RDI: Foi aqui que seu lazer virou negócio? Plínio: Sim. Um condomínio com pista de aviação só podia ser uma grande oportunidade. A aviação está em expansão no país então no início eu achei que era um negócio que ia alavancar a região e dar rentabilidade para as pessoas. Por isso acabei trazendo amigos para o negócio, hoje tenho um grupo de 13 investidores aqui e todos estão satisfeitos pois os terrenos estão valorizando. O condomínio será como uma casa de campo, além dos hangares o terreno tem espaço para construir uma boa casa

e o local terá várias áreas de lazer, e também estrutura para receber pessoas de fora que poderão pousar e até pernoitar aqui. Assim, daqui parto com meus clientes para os vôos e certamente farei novos contatos. RDI: Como o hobby da aviação virou trabalho? Neto: Está no sangue. Eu sou filho de piloto, meus tios são pilotos, então desde garoto eu já tenho essa paixão por aviação. Depois que comecei a voar, acabou sendo uma consequência. Você faz um vôo e conhece as maravilhas dessa região e quer que os amigos também conheçam.

Comecei a trazer amigos, parceiros e clientes para voar a uns dois anos e as pessoas ficam impressionadas. Assim, comecei a dar condições para o meu cliente ter uma noção do seu empreendimento como um todo e de tudo o que está em sua volta. É um diferencial do meu atendimento. O cliente fica lisonjeado, é mais uma forma de fidelização. E eu faço muita questão de trazê-los por causa desse contato com a natureza que temos aqui. O cliente vem estressado da selva de pedras em sua cidade e aqui consegue se sentir mais leve, com o espírito mais contente.


RDI: Qual é a diferença entre um consultor e um corretor de imóveis? Plínio: A consultoria é um trabalho diferenciado prestado ao cliente. Não basta saber comprar e vender, é preciso estar atento e indicar as melhores oportunidades. O consultor é aquela pessoa de confiança do investidor que precisa monitorar os imóveis da carteira do cliente, mantendo o investidor informado e preparado para comprar as melhores oportunidades ou vender no melhor momento. É quando você mostra rentabilidade para o seu cliente que você ganha crédito com ele, por isso é preciso mostrar que está atento ao mercado e ao negócio dele, pois a confiança nunca pode se quebrar. RDI: Quem são os seus clientes e de onde eles vêm? Plínio: Eu não atendo uma região específica, mas a grande maioria vem do Paraná: Curitiba, Maringá e Paranaguá – mas tenho muitos clientes em Jaraguá do Sul e Joinville. O perfil é de empresários, produtores rurais e profissionais da marinha.

RDI: O que eles buscam em você enquanto consultor? Plínio: Além de mostrar as boas oportunidades eles buscam o diferencial na pós-venda, a estrutura de atendimento que você dá para o cliente. Você auxilia na manutenção no imóvel, presta algum serviço e serve como um ponto de apoio para o investidor e sua família na região. Você sai com ele para jantar, mostra a cidade, os melhores lugares e as mudanças que estão acontecendo. É um processo de relacionamento que fideliza o investidor. Hoje não tenho só clientes eu tenho grandes amigos.

RDI: O que é mais importante para um consultor? Plínio: Eu prezo pela rede de contados, isso é fundamental para o dia a dia do meu trabalho. Além disso, você não pode esperar o cliente vir ate você. Sei que sou eu que

preciso ir até ele, por isso fico pouquíssimo tempo em meu escritório. Estou sempre viajando, visitando os clientes. Não tenho dúvidas que a propaganda do meu negocio é estar junto com o meu cliente e fazer um trabalho bem feito, pois é ele quem vai me aproximar do seu amigo que também vai querer fazer um bom investimento. Esta é a alma do meu negócio. RDI: Como sabe que está fazendo com que as pessoas invistam nos lugares certos? Plínio: É feeling e eu acredito nele. É preciso conhecer o mercado, absorver informação diária, ler, saber o que está acontecendo na região, e adquirir cada vez mais experiência, mas todo negócio tem um risco e tenho que estar atento a ele. RDI: Você tem clientes espalhados por outros estados. O que faz com que venham investir aqui? Plínio: Na verdade, geograficamente falando, a nossa região é um sonho. Aqui temos serra, praias maravilhosas, morros na

Hoje não tenho só clientes eu tenho grandes amigos

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beira do mar. Temos um privilégio muito grande de morar em uma região tão bonita e com tantos atrativos próximos uns aos outros. Vou sempre a São Paulo e ao Paraná e o sonho das pessoas é ter um pedacinho de terra, um apartamento por aqui, e estar nessa região. Poder curtir Santa Catarina é um sonho para todos. Além das belezas naturais temos a facilidade de acesso e a infraestrutura de serviços. Balneário Camboriú, por exemplo, tem lojas, bares e restaurantes de dar inveja em outras regiões do país. RDI: E quanto ao preço dos imóveis? Plínio: Tudo tem seu preço, ainda mais quando se tem uma região onde o mercado de luxo impera. Nós vemos na construção civil tecnologia de ponta, que está sendo usada na Europa e na Ásia, presente em Balneário Camboriú, e isso também tem um custo. Nosso metro quadrado ainda tem muito o que valorizar. Temos muito para expandir já que as pessoas desejam muito morar aqui. RDI: Mas além de Balneário Camboriú, onde estão as outras oportunidades? Plínio: Balneário Camboriú acaba levando seu entorno a se desenvolver, beneficiando a valorização dos imóveis da região, até porque toda a região turística da Costa Esmeralda, também é maravilhosa. Assim, Bombinhas, Itapema, Porto Belo que tem menor verticalização, são ótimas opções. Mas Itajaí é, sem dúvida, a bola da vez. Está em franca expansão e valorização imobiliária. É possível perceber pelos empreendimentos que estão saindo por lá. Na Praia Brava empreendimentos de altíssimo padrão com qualidade, conforto e segurança, possuem inúmeras e diferentes áreas de lazer, como o Brava Home Resort que tem até praia artificial. Empreendimentos desse porte são comentados nos grandes centros do país. RDI: E falta alguma coisa no mercado imobiliário da região? Plinio: Eu viajei muito para ver o que estava acontecendo no mercado nacional e no exterior. Hoje posso dizer que o que temos aqui é para ser mostrado para o mundo. A qualidade da construção civil e a tecnologia empregada não deixa a desejar em nada aos grandes centros.


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Sustentabilidade

Água, um recurso que merece cuidados Manter a permeabilidade do solo e o aproveitamento da água da chuva são características importantes em um projeto de arquitetura Dono do maior potencial hídrico do planeta, o Brasil corre o risco de chegar em 2015 com problemas de abastecimento de água em 55% dos municípios do país, um percentual que afetaria 71% da população urbana. O diagnóstico está no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, pela Agência Nacional de Águas (ANA). O aproveitamento da água da chuva e a manutenção da permeabilidade do solo são características importantes em um projeto de arquitetura, pois além do foco da sustentabilidade contri-

buiu de forma importante para atenuar um problema constante em nossa região que são as cheias e enxurradas. Em nossa região, com índices pluviométricos bastante privilegiados, dois seriam os principais fatores para efetuar o aproveitamento da água da chuva: 1. A acelerada urbanização e a impermeabilização de grande parte dos lotes e do seu entorno, fazem com que não sejam aproveitadas as propriedades de absorção de água do nosso solo, sendo despejadas diretamente nos rios con-

tribuindo para as constantes cheias. 2. A escassez da água, em um período relativamente pequeno, refletirá na elevação do custo deste recurso, antes tido como abundante. Isso fará com que tenhamos que utilizá-lo de maneira racional aproveitando o potencial pluviométrico de nossa região para aplicações menos nobres frente ao consumo humano. Esta ação, além de economia nos custos com água e tratamento de esgoto, também contribui para uma melhor drenagem urbana, atenuando problemas de enxurradas e enchentes.

Como fazer o aproveitamento da água da chuva 1 - Captação da água da chuva em telhados, através de calhas, que terão que ser direcionadas para o sistema de armazenamento. 2 - Separação de impurezas de maior tamanho, como folhas pedras e outros contaminantes macroscópicos, através de filtro específico. 3 - Armazenamento da água da chuva em cisternas, para posterior utilização. 4 - Bombeamento da água da chuva para utilização em lavagem de calçadas, pisos, carro e rega de jardim. Se a água da chuva for utilizada para descarga e lavação de roupas, este bombeamento deve seguir para caixa d’água, para posterior utilização.

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5 - Esterilização da água da chuva, eliminando microorganismos que possam trazer prejuízos a saúde dos usuários (somente para a necessidade da utilização da água da chuva para descargas e lavagem de roupas).

6 - Armazenamento da água da chuva em caixa d’água, para utilização geral, sem uso para consumo humano (beber, fazer comida, higiene pessoal).


Permeabilidade do solo

Pisos drenantes Pisos drenantes são revestimentos utilizados em áreas externas, que além das funções de estética e limpeza possibilitam a permeabilidade da água até o solo através dos microporos drenantes em sua base cimentícia. Podem ser utilizados em acessos, calçadas, passeios, garagens, etc.

Blocos intervalados - Paver Os blocos intertravados, mais popularmente conhecido como paver, são facilmente assentados, possibilitam reparos sem quebra-quebra e permitem a permeabilidade do solo. É um dos itens geralmente sugeridos pela administração pública para a pavimentação de calçadas. Quando necessitando manutenção são retiradas e recolocadas sem custo ao proprietário.

Concregrama O concregrama é uma opção de piso permeável, que pelo fato de possibilitar o cultivo de vegetação em áreas específicas de sua estrutura ainda diminui a formação das ilhas de calor tão prejudicais em áreas urbanas, pois aumentam a temperatura do ambiente e consequentemente geram mais custos para climatização.

Arquiteta Juliana Jagelski Daniel CREA 057.883-8 JJ Constuções Sustentáveis www.jjdesign.com.br


Inovação

relâmpago Imobiliária lança sistema de leilão privado que promete permitir a venda de imóveis em até 15 dias A ideia é vender o imóvel rápido sem precisar oferecer um grande desconto para atrair compradores. Este é o objetivo do leilão privado que a Century 21 Brasil está testando no país. Segundo a empresa, que faz parte da maior rede de imobiliárias do mundo, conseguir um comprador para um imóvel costuma levar 64 dias na média nacional. Com os leilões, será possível se desfazer da propriedade em apenas 15 dias. Diferente do sistema utilizado atualmente no Brasil – em que os imóveis disponíveis são retomados pelo banco ou penhorados pela Justiça e podem oferecer riscos ao comprador – os imóveis vendidos pelo leilão privado não podem possuir nenhuma pendência judicial, precisam ter toda a documentação em dia e no ato da venda já devem estar desocupados, inclusive pelo proprietário. “Estamos criando

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uma nova transação imobiliária no Brasil”, afirma o Presidente e CEO da Century no Brasil, Ernani Assis. Todo o trâmite de transferência dos documentos até a entrega das chaves ao comprador pode ser feito no mesmo dia em que o pagamento for realizado e o comprador já pode providenciar a mudança. “O método é ideal para quem precisa vender rápido ou comprar rápido, juntamos a urgência, a oferta e a demanda e encontramos uma solução que já faz sucesso no mundo”, explica Assis. Os leilões privados já acontecem normalmente em diversos países. Das 73 operações que a Century tem pelo mundo, mais da metade já trabalha com os sistemas de leilão privado. O modelo trazido para o Brasil é muito semelhante ao aplicada na Austrália onde, segundo Assis, praticamente 70% das transações imobiliárias já são feitas por leilões.

Funcionamento Os leilões privados serão realizados em um ambiente exclusivo. Para a execução a empresa escolheu a Zukerman Leilões. O catálogo de imóveis ficará disponível no site da Zukerman e os lances podem ser feitos na sede do leiloeiro ou pela internet. “Não terá restrição as áreas geográficas do país em que temos agência. Será possível comprar ou vender de qualquer lugar do Brasil”, explica Assis. Antes de o imóvel ir a leilão uma empresa fará a sua avaliação e ele será colocado a venda com o lance inicial do seu preço de mercado. O vendedor precisa estar ciente e concordar com o valor, já que depois que for vendido não há possibilidade de voltar atrás. De acordo com Assis, é possível obter um ágio médio de 25% sobre o valor mínimo a cada


leilão, contudo não há nenhuma garantia de que isso vá acontecer. O vendedor terá que abrir as portas do imóvel aos interessados ao menos durante um dia inteiro. O comprador, acompanhado de um corretor, poderá checar todo o estado do imóvel e definir o preço máximo que está disposto a pagar. Por isso não pode se empolgar durante o leilão e oferecer mais dinheiro do que o definido anteriormente. Caso dê o lance vencedor e desista do imóvel será preciso pagar uma pesada multa. Os leilões serão quinzenais e devem começar a partir de 1º de novembro. A imobiliária já realizou quatro vendas por meio do Private Leilões, nome do sistema que está em teste. De acordo com a Century já foram vendidos um apartamento no Itaim Bibi, leiloado com um ágio de 23% sobre o lance mínimo, uma chácara de aproximadamente um alquei-

re na região metropolitana de Belo Horizonte, um galpão comercial em Campo Grande e um apartamento em Maceió, arrematados por 34%, 18% e 29%, respectivamente, acima do valor de liquidez. Ao que parece o negócio vem dando certo. Os valores ainda não incluem os custos da transação. O vendedor terá que pagar a avaliação por uma empresa especializada – algo em torno de 400 reais e uma comissão 6% para a Century 21 (padrão em qualquer transação imobiliária). Para o comprador resta pagar a comissão do leiloeiro, que corresponde a 5% do preço pago pelo imóvel – um custo que não existe no modelo tradicional. O pagamento pode ser feito à vista, ou com um financiado por uma carta de crédito pré-aprovada e o pagamento deve ser entregue até 24 horas após o leilão.

CÂMARA MAIS CEDO E MAIS PERTO DE VOCÊ

Os trabalhos na Câmara de Vereadores começam agora mais cedo. As sessões semanais da Câmara iniciam às 18 horas, todas as terças e quintasfeiras, para facilitar a participação do cidadão. Exerça sua cidadania, acompanhando os trabalhos do Legislativo Municipal.

Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul 3371-2510 - www.cmjs.sc.gov.br


Piscinas

Fotos: Divulgação Marazul Piscinas

lazer e harmonia Fibra, vinil ou concreto, ainda dá tempo de deixar a piscina pronta para curtir a estação mais quente do ano

O calor está chegando e com ele aumenta a vontade das pessoas de terem uma piscina por perto: melhor ainda, no quintal de casa! Muito mais que apenas uma área de lazer e diversão para aproveitar os dias mais quentes, a piscina tem como funçao a integração da casa e das pessoas. Por isso, não importa o material, estilo e nem a cor da piscina: todas têm em comum a busca por harmonia. “Tem aumentado a procura das pessoas pelas piscinas, já que elas buscam cada vez mais o lazer e querem tê-lo sem sair de casa”, afirma Willian de Souza Dauer, gerente da Marazul Piscinas. O Brasil é o segundo maior mercado de piscinas do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. O setor cresce cerca de 6% ao ano e movimenta R$ 3,5 bilhões. Para quem ainda não entrou nestas estatísticas, a boa notícia é que com inúmeras opções no mercado, ainda é possível construir uma piscina que caiba no seu terreno, e no seu bolso, antes da chegada do verão.

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O preço vai depender do tipo e do tamanho da piscina que escolher. Com a evolução da tecnologia é possível encontrar materiais de altíssima qualidade, como o vinil e a fibra de vidro, que ganham força no mercado, com preços reduzidos. “Sem dúvida as de alvenaria revestidas com pastilha são as melhores, mas é possível diminuir até 80% dos custos, instalando uma piscina de fibra de qualidade, que reduz os custos com impermeabilizante, revestimento e mão-de-obra, por exemplo”, afirma Dauer. Na hora de escolher entre os tipos disponíveis, é preciso fazer uma avaliação no tipo de solo, localização e tamanho do terreno, para escolher o material ideal. Além disso, o ideal é observar a insolação, se vai sobrar espaço para uma área de lazer ao redor da piscina e escolher a profundidade ideal para a família.

Contudo, independente do material que o cliente escolher, o fundamental é contratar um bom arquiteto e uma empresa de qualidade, para que as instalações elétricas e hidráulicas sejam feitas corretamente garantindo a durabilidade do produto, além da diversão e segurança dos banhistas.


Além disso, optar por construir as piscinas no inverno costuma sair bem mais barato. De acordo com Dauer o custo pode chegar a ser 15% menor. Mas com o calor chegando, resta saber se vai valer à pena esperar até o inverno chegar.

Tecnologia e cuidados Tanto na produção das piscinas como na manutenção e instalação de acessórios, a tecnologia vem contribuindo. Em termos de iluminação, os LEDs ganharam vez, com eles é possível criar cores, cenários e desenvolver até projetos de cromoterapia. E ainda tem as cascatas, hidromassagens, SPAs, bares, aquecedores: praticamente tudo é possível. “As

vezes os acessórios saem mais caro que a própria piscina”, afirma Dauer. Para o tratamento da água existem sistemas com ultravioleta que automatizam a limpeza das piscinas, ou tratamentos com sal, um sistema que substitui em 100% o uso do cloro. “A manutenção é igual em todos os tipos de piscina, os produtos podem ser os mesmos, mas as de concreto costu-

mam dar mais trabalho por conta das fugas”, explica o consultor de vendas Hector Ribeiro, de Blumenau. Além da manutenção, é preciso lembrar que o ideal é que as piscinas permaneçam sempre cheias. Caso seja necessário esvaziá-las é preciso tomar os devidos cuidados. As de fibra, por exemplo precisam de escoras para não ceder ou trincar.


Concreto, vinil ou fibra de vidro?

Concreto

A imaginação pode ir longe. As piscinas de concreto podem ter a forma, tamanho, profundidade e acessórios

desejados e são um símbolo de luxo e requinte para a obra. Permite projetos exclusivos, tanto na paginação do revestimento, quanto na criação de bares, hidromassagens e etc. Contudo, são também as mais caras, chegam a custar 80% a mais, em relação à fibra. O preço pode valer à pena, pois se forem construídas com qualidade e a impermeabilização for bem feita, tem durabilidade indeterminada.

Divulgação Verde Vale Piscinas

Vinil

Elas possuem uma base de alvenaria, revestida com vinil (uma lona de PVC, que já serve como im-

permeabilizante). Também tem a vantagem de execução no formato e tamanho que o proprietário desejar, além de permitir a criação de saunas, bar, e inúmeras estampas no vinil (logotipos, nomes, etc). Contudo

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esse tipo de revestimento está sujeito a manchas ao longo dos anos e a cortes acidentais, causados por objetos pontiagudos, que podem ser remendados.


Fibra de vidro

São as mais baratas, fáceis e rápidas de instalar: a instalação pode ser concluida em ape-

nas três dias. Embora não seja possível personalizá-las, os fabricantes já dispõem de diversos modelos, tamanhos e profundidades para que o cliente tenha opções de escolha. São duráveis e resistentes não permitindo vazamentos, além de lisas, evitando o acumulo de sujeiras. Como elas já são prontas, sua instalação pode ser inviável em locais de difícil acesso e seu material sofre alteração de cor ao longo dos anos, sendo necessário refazer a pintura com um gel especial.

Preço Valor aproximado para uma piscina de 3x6 metros, sem acessórios: Concreto: R$20 mil | Fibra de vidro: R$12 mil | Vinil: R$17 mil


É um luxo!

duas rodas

Para os apaixonados por motocicletas São Paulo virou uma festa. O Salão Duas Rodas, que aconteceu no início de outubro, trouxe muitas novidades para encher os olhos dos brasileiros.

Exclusidade Harley Só a Harley-Davidson apresentou oito novas motocicletas. Entre as apostas da marca está o primeiro modelo da linha CVO, aquelas motos exclusivas customizadas pela própria Harley. A CVO Ultra Classic Electra Glide vem equipada com o maior motor em produção da Harley-Davidson de 1.800 centímetros cúbicos. Com um belo design, ganhou lanternas de LED, pintura premium personalizada e rodas de alumínio. Cheia de detalhes cromados e itens de conforto – como assentos aquecidos e carenagens ventiladas - a moto conta com sistema de áudio com entrada para Ipod e navegação GPS. Mas não é para qualquer um, são apenas 50 unidades disponíveis no Brasil por um custo que comprova sua exclusividade: cerca de R$ 105 mil.

Edição limitada homenageia Fittipaldi

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Como uma homenagem ao piloto bi-campeão Emerson Fittipaldi e uma comemoração aos 40 anos do primeiro título mundial da Fórmula 1, a Kawasaki lançou a Fittipaldi World Champion Edition. Ela é inspirada na Lotus 72 John Player Special com a qual ele ganhou o título. A moto possui as mesmas especificações técnicas da agressiva Ninja ZX-10R. Mas ficou dez quilos mais leve, o que deverá melhorar sua performance em circuito. Outro diferencial fica mesmo por conta da pintura especial, na lateral faixas douradas e a assinatura “Fittipaldi”. As pinças de freio pintadas em vermelho e o assento em couro bege dão a moto um ar retrô. Serão vendidas apenas 50 unidades que serão numeradas e assinadas por Fittipaldi.



Destaque social

Francine Mirele da Silva

A equipe Fenpar comemorou o sucesso do

coquetel de lançamento do Galaxy realizado para clientes, imprensa e amigos. O novo empreendimento da construtora jaraguaense conta com plantas flexíveis e áreas externas e de lazer como Espaço Gourmet e Spa. Na foto: Lucas, Régis, Daniel, Beatriz, Lucimar, Andréia, Simone, Debora, Adriana e Thais.

Com 61 ambientes e o tema “Arquitetura emocional: expressões do morar contemporâneo” está aberta até o dia 30 de outubro

Para pesquisar

tendências e novidades sobre revestimentos, o proprietário da Palazzo Pisos e Revestimentos, Antônio Bogo, esteve em Bologna na Itália visitando o Cersaie - Salão In-

Fotógrafo: Fernando Willadino

no Beiramar Shopping, em Florianópolis.

Foto: Cleverson Rita

ternacional da Cerâmica para a Arquitetura, no mês de setembro. Com referência

mundial

o

evento é uma das mais

Thiago Fortunato, DJ Maicon Rodrigues e o curador da mostra, Abreu Jr.

conceituadas feiras do segmento e traz o que há de mais inovador ao mercado. O empresário voltou animado ao constatar que os produtos da Palazzo estão no caminho certo.

Os arquitetos expositores, Giovani Bonetti e Tais Marchetti, do escritório Marchetti + Bonetti, de Florianópolis, e Marcelo Salum.

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Especial

nos revestimentos Tecnologia aliada ao design fazem dos revestimentos de piso e parede as vedetes da decoração

Escolher o melhor piso para os ambientes da casa não é tarefa fácil. Na hora da construção ou da reforma é preciso levar em consideração o tipo de uso em que o espaço terá, a durabilidade do produto além da praticidade para manutenção. A busca pela qualidade e os investimentos em tecnologia desen-

volvem cada vez mais o mercado de revestimentos no Brasil colocando as empresas brasileiras no mesmo patamar do segmento internacional e trazendo uma variedade cada vez maior de produtos. Hoje os revestimentos vão do piso ao telhado, dos porcelatos aos cimentícios, de produtos de base natural aos sintéticos, das estampas clássicas

às ousadas, um número de opções tão grande que fizeram com que os revestimentos deixassem de ser coadjuvantes na decoração passando a ocupar espaço de destaque, dando personalidade e estilo aos projetos, seja pela, cor, textura, e estampa em baixa ou alta definição. São tantas opções sensacionais, que fica difícil escolher!

Cimentícios Os pisos cimentícios levam em sua composição o concreto e diferentes agregados, como areia, rochas e celulose. Eles estão cada vez mais em alta, e reproduzem com fidelidade a textura e aparência de materiais como a madeira, pedra e concreto. Os produtos podem ser encontrados em diferentes tamanhos, para aplicação em áreas externas e internas, para pisos e paredes. Principalmente nas paredes, eles brincam com efeitos, formas geométricas e ousam no design. Dentro desta tendência de exclusividade a Palazzo Pisos e Revestimentos, de

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Corupá, no Norte de Santa Catarina, acaba de lançar uma nova linha de produtos específicos para revestir paredes e fachadas internas e externas, a Estilo Decor. “A linha inclue três diferentes opções de 60x60 centímetros com espessura de apenas 1,8 centímetros, o que resulta em um produto leve, de fácil manuseio, transporte e instalação. São peças com design inovador e criadas a partir das tendências”, explica o proprietário da Palazzo, Antônio Bogo.

Para parede: Dome, da Palazzo


Para parede: Modema, da Palazzo

Para parede: Strati, da Palazzo


Cerâmicas e Porcelanatos Assim como o piso cimentício, é difícil encontrar um ambiente em que a cerâmica e o percelanato não sejam bem-vindos. O porcelanato é uma evolução da cerâmica. É produzido com mais tecnologia a partir da mistura de materiais mais nobres e com temperatura mais elevada. O Brasil é o segundo produtor mundial de cerâmica do mundo, “Hoje temos um design próprio. Ainda buscamos algumas inspirações na cerâmica italiana, mas o Brasil já é lançador de tendências”, afirma o superintendente da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica (Anfacer), Antonio Carlos Kieling Resistente, bonitos e fáceis de manter os porcelanatos mudaram de tamanho. Em proporções cada vez maiores estão também mais finos chegando a mínimos três milímetros de espessura. Ficam mais leves, o que traz economia de matéria-prima, facilidade de transporte e também de colocação. Mas quem realmente mudou a era dos porcelanatos foi a impressão

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digital, com uso de nanotecnologia. Há tempos eles já apareciam imitando outros materiais. Mas a partir desta nova técnica passou a ser possível imprimir as estampas em alta definição. “A fidelidade na reprodução é muito grande, o porcelanato fica igual qualquer coisa: madeira, cimento queimado, tecido”, afirma Marcos, da Portobello Shop de Blumenau. Às vezes é preciso tocar, para ter certeza que a cerâmica ainda está ali. Assim, além da facilidade de manutenção e grande durabilidade, o consumidor tem à sua disposição uma grande variedade de modelos, texturas e cores.


Travertno Navona Crema, da Portobello

Patchwork by Callu Fontes, da Decortiles

Creta Gris da Porcelanosa, vendido na Metais Cia.

Neutra Animale Fume, da Decortiles


Pastilhas Cristal Colormix, vendidas na Decorpisos.

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Pastilhas Vidrepur Colormix, vendidas na Decorpisos.


Pastilhas Casca de coco, fibras naturais, cristais, vidro, marfim, cerâmica, madeira, fibra de carbono, metais, as pastilhas são um dos revestimentos que mais estão em alta e não deixam a desejar quando se fala de novidade e criatividade. As pastilhas são pequenas, vendidas em placas sob um papel aderente que facilita a aplicação. São revestimentos perfeitos para áreas molhadas, por isso são muito usadas em banheiros e piscinas. Aparecem também nos detalhes de fachadas e

atualmente vem ganhando espaço nos detalhes dos mais diversos ambientes, quartos, cozinhas e até salas. Sempre na moda, as pastilhas são duráveis e não desbotam, podem ser industrializadas ou artesanais e vem em tamanhos diversos. “Elas são bem versáteis e diminuiram de custos nos últimos anos”, afirma Cleiton Cirico da Decorpisos. De acordo com ele as mais sofisticadas do momento são as pastilhas de vidro e as translúcidas e a novidades são as pequenas pastilhas de 1x1 centímetro.

Pastilhas Cores Lisas Colormix, vendidas na Decorpisos.


Pedras Sofisticadas e elegantes as pedras são muito utilizadas em área de lazer e jardins, mas podem ser usadas em áreas internas também. Como são naturais, há a vantagem da exclusividade, beleza, durabilidade, além de nunca saírem da moda. Há vários tipos de pedras, com diferentes vantagens e indicações. De acordo com Bublitz, da Empório das Pedras, a mais recomendada para piscinas é a pedra São Tomé Caxambú por ser térmica e antiderrapante. Ela não pode ser impermeabilizada e está disponível em duas cores naturais: branco e amarelo. Para calçada recomenda-se a Pedra

Miracema com alguns detalhes da pedra Madeira rosa, amarela, verde ou branca. Muito além de beleza esta pedra resiste ao tráfego de carros e caminhonetes. Já para as paredes há uma grande variedade em telas como a Pedra Ferro, Pedra Canjiquinha, Tela Martyn, Tela Susy, Tela Italiana, “Temos hoje 63 tipos de pedras teladas, além de vários tipos de pedras rústicas com cores variadas, como a pedra ferrugem filetada e a Petit Pavê, conhecida como pedra portuguesa, a escolha depende do gosto do cliente”, afirma Mirna. “A natureza cria a matéria-prima, nós transformamos em arte”, finaliza.

Outros revestimentos

Ele não mancha, não descolore e apresenta várias opções de textura e acabamento. A prin-

cipal vantagem é o preço, já que é mais barato que a madeira e se assemelha a ela. A instalação é por encaixa então são fáceis de instalar e podem cobrir pisos já existentes e são colocados, geralmente, em salas e quartos.

é de fácil limpeza, térmico e anti-alérgico. É recomendado para hospitais, laboratórios, centros

cirúrgicos.

O toque agradável, a sensação de aconchego e a beleza fizeram com que a madeira

fosse copiada por vários tipos de revestimentos, como o porcelanato ou a madeira plástica. Atualmente, além de revestir pisos ecas são muito usadas para fazer detalhes nas paredes.

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Vitrine

Requinte dentro e fora de casa Artesanais, os móveis de fibras naturais ou sintéticas são uma opção elegante para quem busca conforto e praticidade dentro ou fora de casa. Fáceis de ambientar, eles deixaram de ser peças apenas para casas de campo ou praia. A tendência de misturar o rústico ao sofisticado faz com que os móveis de fibra apareçam cada vez mais em casas e apartamentos.

Fibras Sintéticas Versáteis e resistentes os móveis de fibras sintéticas são laváveis por isso podem ficar em áreas externas e totalmente abertas como em piscinas, decks, varandas entre outros. “As diferentes opções de modelos e cores possibilitam criar ambientes requintados em áreas externas ou mesmo internas”, afirma Melina Mondini, da Sulvimes Art’ Fibras. As fibras destes produtos são industrializadas e os móveis geralmente recebem estruturas de alumínio, mas podem ser feitos também em bases de ferro galvanizado ou madeira. “Leve, durável e bonito o alumínio oferece uma excepcional resistência a agentes externos e intempéries, proporcionando elevada durabilidade, inclusive quando usado na orla marítima”, diz.

Fibras Naturais Ao contrário das fibras sintéticas, as fibras naturais são indicadas somente para áreas internas ou cobertas. Rattan, fibra de banana, junco, apuí, são algumas das fibras utilizadas, “Essas fibras são autossustentáveis, algumas delas chegam a seu tamanho natural em apenas três anos, por isso sua extração não agride a natureza”, explica Melina. A principal vantagem dos móveis de fibras naturais é a grande durabilidade e resistência, além de transmitirem aconchego e conforto aos ambientes. A estrutura destes móveis pode ser feita com ferro galvanizado, madeira, apuí, alumínio e madeira de demolição.

Para áreas internas, ou externas – desde que sejam cobertas - a Chaise Victória Ratan e o Carrinho Chá de madeira com junco proporcionam praticidade e conforto.

Para áreas externas este é o Jogo de Sofá Max e Mesa com Bancos San James, feitos com alumínio e fibra sintética argila.

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Ideal para áreas externas e para curtir o dia perto da piscina ou no jardim, estas são a Espreguiçadeira Quadrada e a Mesa Lateral Mora, feitas de alumínio polido com fibra sintética argila.

Para áreas internas, estes três produtos formam uma combinação perfeita: Mesa Centro Caixote feita de junco natural, Poltrona Iris Giratória e Banqueta Faustão que levam junco natural e alumínio polido.

Belíssimas, feitas de junco e madeira, a Mesa Jurerê Madeira, a Cadeira Gláucia e a Cadeira Estoril com Braços são móveis perfeitos para área interna.

Na cor capuccino, esta é a Chaise Ninho Alumínio com Sintético e Ombrellone que possui haste lateral e floreira. Mede 3,5 metros de diâmetro e é um convite para relaxar.

Sulvimes Art’ Fibras Gaspar - 47 3332-1538 Itajaí - 47 3344-1538 www.sulvimes.com.br


Mostra

Nova Mostra traz diversidade de ambientes e conceitos em sua 10ª edição 68

Com o tema “Arquitetura emocional: expressões do morar contemporâneo” a 10ª edição da mostra Casa Nova traz 60 ambientes criados por decoradores, designers, arquitetos e paisagistas. Em cinco mil metros quadrados - com inúmeros espaços comerciais - estão os Apartamentos Modelo de construto-

ras da região, os Espaços Premium, decorados com luxo e sofisticação pelos arquitetos premiados do Núcleo Catarinense de Decoração e os Espaços-conceito. A exposição acontece até 30 de outubro, no piso G3 do Beiramar Shopping, no centro de Florianópolis.


Loft Cosmopolita O cubo composto por 45 metros quadrados foi o desafio das arquitetas Patricia Bossle e Thais Giusti. Para ganhar espaço o loft criado por elas foi desenvolvido com linhas na diagonal que otimizam o espaço (na foto é possível perceber a divisão pelo teto). De um lado o banheiro, do outro o closet, em forma de triangulo retângulo a sensação de espaço é

bem maior. “Seguimos os conceitos do desconstrutivismo, a ideia era fazer algo ‘torto’, trabalhando de forma angular para ganhar mais espaço”, afirma Thais. Com móveis da Formabella as arquitetas criaram também um escritório logo na entrada do loft e um móvel central ganhou uma peça giratória permitindo que a TV seja vira-

da para o ambiente de estar ou para a cama. “Conseguimos um bom espaço de circulação e criamos áreas mais reservadas embora exista a integração total do espaço”, afirma Patricia. Nas bancadas da cozinha, elas optaram pelo uso de Shell Stone uma pedra ecológica, fabricada a partir de cascas de ostras e mariscos.


Espaço Interativo Tecnologia é o ponto de partida do Espaço Interativo Tecsul, projetado pela arquiteta Francine Faraco. O ambiente se revela a partir da automação e da escolha dos materiais que compõe o ambiente, contando com o que há de mais moderno em som e imagem. A arquiteta desenhou três peças que foram executadas em Corian: a mesa de centro, com abertura para bebidas, a mesa de jantar, que contou com pés em estilo clássico e o destaque para a pista de dança feita com um tablado de Corian translúcido sobre fitas de LED. A tecnologia pode ser vista também nos móveis da marca catarinense Formaplas. Na Copa estão as portas guilhotina (com sistema de contrapeso) e puxador murano usinado no

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próprio vidro, além da prateleira iluminada. Já o Home ganhou abertura eletrônica chamada Aventos Tactus - não tem puxador, basta um único e leve toque para abrir as portas. O espelho na parede possui uma televisão embutida. A tecnologia alemã permite que a televisão fique escondida atrás do espelho, aparecendo apenas quando é ligada, quando está desligada não aparece nem sequer a sombra do aparelho. “Busquei trabalhar com a modernidade da tecnologia, mas trazendo outros elementos para não deixar o ambiente frio, como uma decoração mais clássica, como o formato da mesa e as peças de decoração assim como a cor e a tonalidade da iluminação”, destaca Francine.



Artista

Janete Fernandes

a obra e o artista

O escultor Emanuel Vasco Nunes é mestre em

fundição, uma das mais antigas e difíceis técnicas da escultura. Natural de Nampula, Mozambique, atualmente reside em Balneário Camboriú, onde tem seu ateliê.

Seu encontro com a escultura foi através da prá-

tica, durante anos, dentro de importantes ateliês de fundição na França e em Portugal, sob a orientação de mestres fundidores. Emanuel domina as mais variadas técnicas de escultura, que vão do aço ao vidro, do barro a pedra, ferro, cimento ou resina.

“Diamante Wall” a escultura da foto, possui 5 me-

tros de altura e 2,5 metros de largura, toda em alumínio e folhas de ouro, compõe a vida e a arquitetura de um belo edifício na Avenida Atlântica do Balneário de Camboriú.

O trabalho do artista nos remete a um momento

estruturalista - construtivista que ao fragmentar a linearidade, conduz ao senso comum da Unidade.

Mario Perniola, um dos grandes pensadores con-

temporâneos, defende que o significado da Arte se encontra na sombra que projeta e que escapa às instituições artísticas, a comunicação de massas e a filosofia dos meios de comunicação ou média.

Assim penso o trabalho de Emanuel Vasco Nunes.

Janete Fernandes é professora da Universidade Federal do Paraná, artista plástica e consultora de arte.

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Emanuel Nenes 47 8852-2380 | emanuelnunes01@yahoo.com.br



Urbanismo

“Calçada Legal” Voluntários se unem para conscientizar a comunidade sobre a correta construção e manutenção das calçadas Postes e árvores no meio do caminho, lajotas soltas, desníveis e muitos buracos. Basta caminhar por diferentes locais de Jaraguá do Sul (incluindo o centro da cidade) para constatar: é mais fácil andar no meio na rua do que nas calçadas. A situação se repete em muitas outras cidades, e se torna ainda mais difícil para quem precisa andar em cadeiras de rodas ou empurrar um carrinho de bebê. Quedas e tropeços são cenas cotidianas e é na tentativa de evitar futuros acidentes e tornar as calçadas

jaraguaenses espaços seguros para caminhadas, que um grupo de entidades e mais de 60 voluntários - entre arquitetos, engenheiros, advogados, educadores e outros profissionais - lançaram no mês de agosto o projeto Calçada Legal. O objetivo do grupo é conscientizar e ensinar a comunidade sobre a correta construção e manutenção das calçadas e a importância disto para toda a sociedade. “A grande ideia é fazer com que as pessoas olhem para a sua calçada e se conscientizem de que

tem responsabilidade por ela”, explica a coordenadora do projeto, Ruth Borgmann, que já foi vítima de uma calçada mal conservada. Contudo, não são apenas os cidadãos comuns que tem esta responsabilidade. “Arborização, placas indicativas e postes precisam ser colocados no lugar certo”, afirma Ruth, citando uma das responsabilidades da prefeitura. “As prestadoras de serviços de água, energia e telefone também têm a obrigação de reformar corretamente as calçadas que estragarem”, alerta.

1. Errado - O semáforo foi instalado no meio da calçada impedindo a passagem. 2. Correto - Placas e árvores com tamanhos ideais dispostas depois de um amplo espaço de circulação. 3. Errado – buracos e falta de pavimento na calçada de uma das principais ruas da cidade. 4 - Correto – A calçada foi revitalizada e contou com a instalação de pisos táteis.

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Leis Muitas pessoas desconhecem que é dever de cada cidadão cuidar da sua própria calçada. Embora não sejam colocadas em prática, em Jaraguá do Sul existem cinco leis municipais que regulamentam a construção das calçadas. “Estamos em contato direto com a prefeita, Cecília Konell, para que a prefeitura fiscalize e pavimente as calçadas regulares e cobre do contribuinte, por meio do IPTU, o valor investido”, afirma a advogada Silvana Passold. “Assim, o problema será resolvido”, completa. A prefeitura já determinou que todos os loteamentos construídos na cidade tenham pavimento e calçada para serem aprovados e também não está liberando habite-se para imóveis que não os possuam. Para Silvana, existem muitas alternativas. “Joinville, por exemplo, já possui um decreto em que quem regulariza sua calçada ganha um desconto no IPTU e quem não cumpre com a lei arca com um acréscimo tributário”, explica a advogada.


Primeiros passos Os voluntários do grupo sabem que estão trabalhando em um projeto de médio e longo prazo, mas os primeiros passos já foram dados. A equipe revisou e sugeriu alterações na cartilha das calçadas criando o Manual da Calçada Legal, um manual técnico, mas repleto de fotos e ilustrações que explicam de maneira simples, e com uma linguagem clara, como fazer uma calçada corretamente. Além de estar disponível na internet, serão impressos 36 mil exemplares distribuídos nas residências e escolas da cidade. Aliás, o projeto invadiu mesmo as escolas. Professores da disciplina de artes, ou regentes de turmas, estão sendo incentivados a trabalham o projeto com os seus alunos. “Conscientizando os alunos nós atingimos a família. Nós mostramos para eles que a calçada de casa é o seu cartão

de visitas. Se não pode construir uma nova, é possível limpar, tirar entulhos, tampar buracos”, afirma a professora de artes e voluntária do grupo de educação do projeto Calçada Legal, Cristina Pretty. Cristina fez diversos exercícios com alunos da 1º até a 4º série do ensino fundamental. Todos eles começam pela observação da calçada de sua casa e a dos seus vizinhos. A partir daí foram construídos jogos, desenhos

e até gibis. “Já encaminhamos um oficio para a secretaria de educação e pretendemos que todas as escolas da cidade desenvolvam o projeto. Isso que é educação, vivenciar na pratica um bom exemplo” afirma. Interessados em saber mais sobre o projeto devem acessar o blog do grupo calcadalegaljaragua.blogspot.com ou entrar em contato pelo e-mail calcadajaragua@gmail.com.

• Respeite as medidas de caminhabilidade. Uma calçada deve ter no mínimo 1,2 metros de espaço livre para a passagem sem obstáculos; • As lixeiras não podem ser um obstáculo nas calçadas, nem ficar sobre elas; • Cuidado com a arborização. Para plantar árvores de pequeno porte é preciso de uma calçada com no mínimo 1,5 metros; • O uso do piso podotátil alertivo vermelho é muito importante antes de obstáculos para alertar os cegos, por isso ele contornam os postes, telefones, desníveis do meio-fio e árvores; Saiba mais: calcadalegaljaragua.blogspot.com

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Apartamento Modelo

Ă beira-

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- mar

De frente para uma das orlas mais procuradas do país, o apartamento modelo do Sea’s Palace, da FG Empreendimentos, foi projetado pensando em uma família que usufrui de Balneário Camboriú durante a temporada. Pensando nisso, o projeto ganhou espaços funcionais que mesclam elementos descontraídos com peças e detalhes sofisticados, garantindo que o apartamento de praia, além de muito prático, seja elegante.

A sacada gourmet tem o objetivo de reunir a família, seja no momento do café

da manhã ou mesmo em um churrasco com os amigos. Por isso o uso de cores amadeiradas que garantem harmonia e aconchego para o espaço. As plantas permanentes da Malibu Decorações dão um toque especial ao ambiente. Contudo, a principal obra de arte fica por conta da natureza: a bela vista para o mar que esse ambiente proporciona.


A cozinha é equipada com eletrodomésticos que garantem a praticidade e a funcionalidade desse espaço.

Além disso, por estar totalmente integrada com a área social do apartamento, as cores claras predominam para que não choquem com a composição final dos outros ambientes.

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A suíte do casal destaca-se pelo predomínio da cor branca, com-

binando conforto com a neutralidade e o frescor buscados nesse projeto.

Os móveis planejados da Formaplas mesclam a lamina branca

com textura e o uso de espelhos que garante a reflexão da luz natural.

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As salas de banho foram projetadas reforçan-

do a sensação de praticidade, conforto e elegância, por isso também o predomínio do branco e o destaque para os objetos de decoração que dão personalidade aos espaços.

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No quarto da menina o toque de sutileza fica por conta dos

revestimentos. O papel de parede compõe com as cores das colchas e dos objetos de decoração. O armário espaçoso garante armazenar tudo que é necessário para uma jovem adolescente.

Arquiteta da FG Empreendimentos Vanessa Schmidt arquitetura@fgempreendimentos.com.br

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Vitrine

Formas e cores

As formas simples e muitas cores tomam cada

vez mais espaço nos mobiliários. Elas contribuem para uma decoração leve, mas cheia de elegância.

Criada pelo artista plástico

Heberth Sobral esta chaise imita a silhueta de um dos mais famosos pontos turísticos do Rio de Janeiro. A chaise Pão de Açucar é feita de junco málaca

Inspirado nas cores do pintor holandês Piet

e o revestimento laranja da espuma dá

Mondrian a designer Rô Shimitt criou o buffet Aquare-

ainda mais destaque à peça.

la, feito com acabamento em laca. As cores vibrantes e as linhas retas dão alegria e sofisticação à peça.

Lançada pela marca italiana DePa-

Assinada por Setsu &

dova as cadeiras Florinda são compostas

Shinobu Ito a estante Kaar tem

basicamente de madeira e plástico. Simples,

três módulos ligados por um en-

leve e versátil a peça foi desenhada pela

caixe rotatório garantindo a fle-

designer Monica Forster e é ideal para criar

xibilidade entre eles. Da italiana

ambientes descolados.

SpHaus a peça tem acabamento em laca disponível nas cores preta, vermelha e branca.

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Arquitetura Comercial

empada no ar

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Em meio à correria do dia a dia, nada melhor que dar uma pausa para um lanche, café ou até um chopp. No centro de Jaraguá do Sul, quando se passa pela Empada Brasil o desejo se une a um aroma delicioso e um espaço muito charmoso. Ao projetarmos este ambiente, imaginamos um lugar atraente e charmoso para todos os públicos. Como a loja é uma franquia foi preciso atender a alguns requisitos, como a paginação no forro em madeira e as cores das paredes em verde e amarelo. O diferencial dessa loja é que o pé-direito alto foi aproveitado com a pintura na parede de uma faixa verde dentro da parede amarela, emoldurada com madeira e, com isso foi amenizando a altura. No forro em madeira Itaúba e Angelim - da Madeira Flórida - foi feito uma paginação especial, dando um charme e elegância ao ambiente. O balcão foi desenvolvido sob medida, em MDF, em madeira escura, executado pela Marcenaria Gilmar - com iluminação indireta, e bancada em granito verde pérola, feito com o objetivo de ser prático, bonito e dar destaque ao produto. O tom amarelo do móvel é mais um dos elementos que torna o espaço convidativo.

A iluminação – fornecida pela Haveg - é difusa e foi projetada para proporcionar aconchego em harmonia com as luminárias pendentes que dão um ar romântico e completam o ambiente. A luz de facho, conhecida como “dicróicas”, vem sobre o balcão para valorizar os produtos (empadas).


O espaço ainda conta com climatização e som ambiente, proporcionando mais conforto. Nos banheiros, destaque para as portas feitas em vidro laminado. Elas receberam película jateada com desenho para identificar o local masculino e feminino – executadas pela Vidraçaria Wille. A porta frontal, também de vidro laminado, tem um tipo especial de abertura, aproveitando todo o vão.

Forncedores: Marcenaria Gilmar Comercial Haveg 47 3275.0668 47 3275.3462 marcenariagilmar@hotmail.com sac.haveg@terra.com.br Vidraçaria Ville 47 3371-0568 vidracariawille@terra.com.br

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Madereira Florida 47 3370.7550 mflorida@terra.com.br

Arquitetas Mirian Isabel Surdi e Catia Francener arquitetura.espacoaberto@gmail.com



Vitrine

Com as temperaturas aumentando, nada como encontrar

uma sombra para relaxar em uma cadeira de balanço. A Chaise loungue Vértebra é feita em madeira de demolição e pode ser utilizada tanto em áreas internas como externas. A peça pode ser individual ou dupla e confere um charme a mais para os ambientes. Só de olhar já dá vontade de ficar de pernas para o ar!

A bela luminária Troy faz de

uma linha composta por abajur e tocheiro. Com corpo de madeira a peça possui um leve tripé que sustenta a As cores dão um ar retrô. O Puff

cúpula de alumínio. O maior diferen-

patchwork faz sucesso na decoração.

cial está na cúpula em madeira freijó,

Ele é de espuma, revestido em tecido e

que tem a parte interna pintada de

pode ser feito em qualquer tamanho.

branco, e proporciona um agradável

efeito de luz.

Do designer Leif Jorgensen, fabricada pela Hay

a cadeira One é feita de materiais rígidos moldados em espuma e faz parte de uma coleção de móveis estofados que incorpora temas geométricos e orgânicos. As peças dessa coleção são ocas, esculturais e monolíticas.

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Design

Roberto Mannes Jr.

prateleiras e móveis A cor azul, em diversas variações, aparece com destaque nos últimos lançamentos de design, decoração e coleções de moda. Desde 2010, consultorias internacionais como o WGSN – o maior escritório de prospecção de tendências do mundo – apontam a cor e suas variações (índigo, jeans, tons pastéis) como grandes hits para a primavera verão 2011/2012. E, pelo jeito, acertaram nas suas previsões, sempre baseadas em mensagens de cor e estilo escondidas na arquitetura, em exposições de arte e nas ruas.

Cadeira Tip Ton, da fabricante suíça Vitra Home.

Luminária Orange Carbono, da paulistana Art Maison.

Arte, moda, design e decoração caminham juntos

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A tonalidade Índigo, escura, é uma das mais presentes nos produtos e remete ao jeans tradicional. A tonalidade é clássica, e foi criada a partir da extração dos pigmentos de plantas originárias da Índia. Até então, havia uma séria dificuldade em se obter esses pigmentos – a pedra semipreciosa lápis-lazúli era uma das fontes antes da chegada do ocidente às Índias, e seu preço chegou a ser semelhante ao do ouro. Hoje, graças a processos industriais, pode ser usada sem maior parcimônia. E o tom aparece tanto misturado ao violeta, na variação mais forte, submetido a diferentes lavagens que o deixam com um visual empoeirado, ou ainda misturado a traços de preto ou de branco. Outra tonalidade bastante usada é o “Azul Klein”, muito encontrado nos últimos desfiles de importantes grifes européias, como Jil Sander e Diane Von Fustenberg. Essa tonalidade vibrante criada pelo artista plástico francês Yves Klein na década de 60 é inspirada no azul do céu de Nice, terra natal do pintor, e aparece com muita força também em móveis e até em revestimentos de parede, mostrando como arte, moda, design e decoração caminham juntos. Além da origem po-

ética, a cor alegra naturalmente qualquer ambiente. Por fim, uma tonalidade que já aparece com destaque e que, segundo especialistas, tende a permanecer por mais tempo como uma das principais tendências é o azul-turquesa. Criado a partir da mistura entre ciano e verde, o azul-turquesa costuma ser associado ao frescor e ao relaxamento. A tonalidade apareceu como tendência no Salão de Design de Milão, o principal do mundo. Como design e moda andam juntos, foi também bastante usada nos desfiles do Verão 2012 em Nova York por Marc Jacobs, e em Milão, onde a cor apareceu em peças da Versace e Max Mara, por exemplo.

Cafeteira Bodum à venda na Mod.

Luminária da marca francesa La Chaise Longue.

Chaveiro criado pelo designer Karim Rashid para a marca alemã Koziol.

Escova de dentes assinada por Paul Smith.

Roberto Mannes Jr. é designer. Ainda criança passava as tardes na fábrica de estofados da família, onde gostava de observar a transformação de matéria-prima em peças. Aos 18 anos, deixou a faculdade de comércio exterior e foi viver em Nova Iorque, onde trabalhou por dois anos no Metropolitan Design Center. Voltou ao Brasil, trabalhou na área de Desenvolvimento de Produtos e abriu o próprio estúdio, o RMJ Design. É graduando em design pelo Istituto Europeo de Design (IED), e já foi finalista do prêmio IDEA/Brasil.


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