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NOVO ÁLBUM DA LADY GAGA “CHROMATICA” OUÇA NO

TUNEL DO TEMPO RELEMBRANDO GRANDES SUCESSOS DA MÚSICA, SERÁ QUE VOCÊ OS RECONHECE? Pág - 12 à13

RAIN ON ME ANÁLISE DO NOVO CLIPE DE LADY GAGA FT ARIANA GRANDE Pág - 6 à 7

ENTREVISTA COM O PROFESSOR

FERNANDO COELHO “EU SEMPRE AMEI A MÚSICA, E QUANDO VOCÊ AMA A MÚSICAELA NUNCA TE ABANDONA” (Pág - 14 à 21)

R$ 12,90


Carta ao Leitor Seja bem vindo a nossa primeira edição! Estamos orgulhosos de finalmente estar apresentando ao público o nosso trabalho, a nossa arte, que está sendo entregue a você com o maior carinho e satisfação do mundo, espero que a cada página lida, você consiga se identificar, e curtir com a gente esse grande mundo que nós chamamos de TRIB, faça uma boa viagem pelas páginas, e deixe a música fluir. Nessa edição, reunimos matérias diversas do universo da música, nesse momento de quarentena mundial, diversas sugestões de músicas para manter o foco nas atividades durante a pandemia, os hits e lançamentos, nessa virada de década, um túnel do tempo com as músicas que marcaram as passadas, entrevista com o musico e professor Fernando Coelho e muito mais, essa revista foi feita com dedicação para que você possa aproveitar o melhor da música sem sair de casa.

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edito rial

Quarentena Pág: 4 à 5 rain on me Pág: 6 à 7

o que será que toca no meu país?

editorial

Entrevista com:

Fernando Coelho 4 E é impressionante como as raízes que vêm de centenas atrás permeia no que a gente escuta hoje, de uma bem minuciosa as vezes, em outra muito expressiva, a música não é só o ritmo, é também a expressividade nos

túnel do tempo Pág: 12 à 13 O que toca no meu país Pág: 24 à 27

Brasil um país rico culturalmente, temos diversas regiões, lugares, comidas e festivais, o que acaba sendo o principal meio para atrairmos turistas, seja pelas nossas praias ou nossa grande flora e mata atlântica, e com toda essa riqueza em fauna e flora a gente tenta pensar nos ritmos que vivem nesse país desde um barulho de grilo como o rugido de um leão a pergunta é fácil, o que toca no meu país?

Através de uma pergunta simples, abrimos um leque de muitas possibilidades para conhecer cada pedacinho do Brasil, a variedade em termos de música é muito grande, porque se voltarmos na história antes mesmo da música se tornar algo popular, as tribos indígenas já praticavam cânticos e dançasPág: através 14 de ritmos que faziam, e onde foi a origem dos primeiros cultos brasileiros.

placebo Pág: 8 à 10

à 21

trilhas no cinema Pág: 28 à 30 super bowl 9 Pág: 32 à 34


começam a cativar o público, dentre os gêneros escutados e tocados pelo nordeste, vamos destacar nessa máteria apenas quatro, que são o forró, o maracatu, o axé e o frevo.

produzidos ao bater em tambores.

O Placebo Musical Nos últimos anos, o público em geral, tem sido bombardeado com conteúdos que remetem ao passado, na verdade, isso sempre ocorreu, com filmes , de guerra, livros, novelas e afins que se passam em épocas passadas, porém, nota-se um carinho especial pelas décadas de 80 e 90, principalmente se tratando de música, e com isso um comportamento de nostalgia por essa época. Mas por que isso ocorre? Por diversos motivos, culturalmente falando existe muito material ainda preservado de algumas décadas passadas, do que algo de 70 ou 100 anos atrás, é mais acessível revisitar esse período, além disso, muitas pessoas em cargos altos de hoje em dia, tiveram sua juventude nesses anos, e tentam trazer novamente aspectos dos seus anos dourados para a atualidade, afinal o conceito de moda é rotativo.

PLA CEBO

Muitas mídias recentes, as quais seus diretos ou realizadores, muitas vezes viveram na época, celebram os anos 80 como a série Stranger Things que traz uma trilha sonora cheia de signos oitentistas como sintetizadores, grupos e artistas como The Police, Ah-Ha, Duran Duran, Corey Hart e The Clash, para trazer toda a cena musical do período de volta à vida. Além disso tivemos filmes pseudo biográficos como Rocket-Man e Bohemian Rhapsody nos mostrando a vida conturbada de astros do passado. No cenário brasileiro tivemos obras como Cazuza O Tempo Não Para e Tim Maia, Raul Seixas: O Início, o Fim e o Meio representando alguns astros daqui. No cenário atual tivemos por exemplo um show realizado através de hologramas e efeitos especiais utilizando gravações do rapper Tupac, morto em 1996, trazendo uma apresentação do músico muitos anos após seu falecimento e em pleno 2020, a Música Blinding Lights do The Weeknd, trazendo fortes aspectos vaporwave. Gerações passadas influenciam culturalmente as posteriores, porém, é comum o jovem nascido após os anos 2000 ter esse sentimento nostálgico por algo que ele não viveu, ou pelo menos não integralmente. Deve-se validar a experiência de cada um, muitas pessoas tem influência musical vindo de parentes, tendo o primeiro contato com uma banda através dos pais por exemplo.


A matéria de Tom Barnes de 2014 para o site MIC.COM sobre o porquê de pessoas gostarem de músicas antigas, indica que geralmente as pessoas aceitam melhor algo que já é conhecido, alguém que escutou Elis Regina ou Alceu Valença quando criança provavelmente demonstra algum interesse se ouvir novamente anos mais tarde numa rádio. Com tanto estímulo externo é compreensível entender como aspectos de 40 anos atrás, não só influenciaram a geração atual, mas são tão presentes até hoje. Quem procura aprender a tocar um instrumento, acaba tendo contato com músicas e artistas do passado por serem ícones de alguma época, ou pelo nível de complexidade procurada pelo aluno, quem não aprendeu a tocar Asa Branca de Luiz Gonzaga ou alguma música de riffs mais simples como Come as You Are de Nirvana. Acompanhada da música vem as estéticas do passado, é comum ver tribos diferentes nas ruas do centro de São Paulo vestindo roupas como Jaquetas de Couro, Bandanas, Munhequeiras, ou roupas largas, camisas xadrez, cortes de cabelo que vão do Black Power ao Moicano. Vale lembrar que a pouco tempo tivemos o movimento Hipster ou similares que muitas vezes optam por polaroids as câmeras digitais ou discmans ou walkmans no lugar de um celular ou mp4.

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MÚSICAS DA QUARENTENA TWENTY ONE PILOTS – “LEVEL OF CONCERN” (CORONAVÍRUS, 2020) O twenty one pilots está entre os primeiros grandes nomes da mídia a lançar uma canção escrita durante os tempos de Coronavírus e tratando do tema de alguma forma. O duo formado por Tyler Joseph e Josh Dun aborda temas como a quarentena e tenta promover a união nesses tempos de crise. Mais do que isso, a canção foi um afago para os fãs da banda sofrendo com os efeitos do surto

QUARENTENA (MV BILL) O cantor e compositor, MV Bill, lançou na sexta-feira (27) o single Quarentena. O rap, que contém mensagens de conscientização sobre a pandemia de Covid-19, também critica autoridades que minimizam os efeitos do novo coronavírus e ainda dá dicas de prevenção.

LET YOUR LOVE BE KNOWN O cantor do U2 divulgou a canção “Let your love be known”. A menção que Bono faz no texto é aos milhares de italianos que nas últimas semanas usaram suas janelas para cantar, durante seu período de quarentena, e também, agradecer o trabalho dos profissionais de saúde, ato esse que se repetiu em outros países, como a Espanha e inclusive, no Brasil.

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CABELOS POR DIAS No clipe inteiro vemos mudança nos cabelos das duas, tem até a troca entre elas - Lady Gaga com o cabelo com rabo de cabelo (muito usado pela Ariana) e a Ariana com os cabelos soltos. Em uma parte do clipe vemos as duas artistas de mãos dadas com os cabelos gigantes. Isso, além de representar união, fala muito de liberdade.

3 LADY GAGA FT. ARIANA GRANDE

“CELEBRAÇÃO DE TODAS AS LÁGRIMAS” É o que disse Gaga sobre a música. As duas passaram por batalhas internas (publicamente). Lady Gaga teve problemas com depressão, com álcool, e consequências da doença que ela tem – fibromialgia (dores nos tecidos fibrosos e musculares em diferentes partes do corpo) – doença essa que tem tratamentos que ajudam mas não há cura.

“BORN THIS WAY”

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Na imagem inicial do clipe vemos Lady Gaga na posição da capa de “Chromatica”, e uma faca em sua coxa. O interessante é a localização da faca: em cima da tatuagem que a cantora fez de seu álbum “Born This Way”. Muito provavelmente representando não uma raiva pelo álbum, mas sim um fim as coisas sombrias que ela vivia naquela época.

Ariana também passou por problemas de depressão, principalmente após o atentado ao seu show, em Manchester e também depois de perder seu amigo e ex-namorado, Mac Miller.

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A CHUVA A chuva da música pode representar muitas coisas. Dentre elas: Lágrimas (pelas dores e sofrimentos que passaram), álcool (que Gaga teve problemas e consumiu muito para tentar ajudar na dor que ela tinha por causa da Fibrimialgia) e também a água que purifica e traz essa nova fase.

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Grandes sucessos do túnel do tempo Nirvana - Smell Like Teen Spirit (1991) Smell Like Teen Spirits é uma música sobre se sentir deslocado, foi um grande hino dos anos 90 da banda nirvana, o nome da música de deve a uma vez que uma amiga de Kurt cobain disse que ele cheirava igual teen spirits, um desodorante com cheiro ruim, como um Bozzano ou Axe.

The Rolling Stones - (I Can't Get No) Satisfaction (1965) Música da famosa banda britânica The Rolling Stones, sobre não conseguir se sentir satisfeito, pode ser integrada a diversos temas, tanto como não cansar de algo bom como música, pessoas ou algo especial, como também pode tratar sobre drogas, vícios ou a vida tumultuada dos músicos

Hey jude - Beatles (1968) Hey Jude é uma canção de apoio, tentando elevar o ânimo da personagem Jude, com frases como "não carregue o mundo inteiro na costas" ou "pegue uma música triste e torne-a melhor", a origem da canção se deve a Paul Mc Cartney que escreveu a letra para Julien o filho de John Lenon e a primeira esposa Cintya, durante o divórcio. David Bowie - Modern Love (1983) Modern love é uma faixa de David bowie de grande sucesso, apesar do ritmo animado, a letra da música é um tanto melancólica, o músico diz ter influência de um de seus ídolos Little Richard.

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Maestro da minha própria loucura Fernando Coelho nascido em São Paulo com descendência Baiana e Mineira. Raízeis musicais herdadas dos pais: Materna: Caetano, Chico Buarque Paterna: Música Clássica Meu contato com os outros estilos da música ocorreu após o segundo casamento da minha mãe, onde com meu padrasto teve contato com diversos outros gêneros, e conforme os anos 90 na adolescência o contato com os diversos estilos aumentou muito, pois agora eu frequentava shows e havia surgido a MTV, os outros estilos musicais passaram a atingir um todo, trazendo em seu principal a ascensão do grunge, com ícones como Nirvana e Pearl Jam. Na época eu odiei, o Nirvana fez um show horrível e na época eu estava estudando música, e como era modinha, eu vendi meu disco Nevermind. Aí eu passei a parar de ouvir essas bandas de rock que passavam na MTV, daí hoje eu sinto falta, porque na época eu reclamava do Oasis, Spicy Girls, Paralamas do Sucesso, mas hoje esses caras fazem bastante falta. Nessa minha vida de professor, eu continuo falando com a galera mais nova, e eu percebo que essa geração de vocês, manjam bastante de anos 80, mas não manjam os anos 90, porque não viverão essa época e acham a sonoridade dos anos 80 mais legais, mais interessantes.

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Mas o que você acha do Foo Fighters, banda dos anos 90 que faz um sucesso bacana até hoje, com essa galera mais nova, como eu? Então o Foo Fighters ele transforma em Mainstream o pós hit, assim como Pixies, Sonic Youth são bandas mais antigas que o Nirvana, só que o Nirvana era o mais podre dessa galera, e fez sucesso sem querer, e acaba que o Dave Ghrol não têm a mesma coragem do Kurt, ele não sofre o mesmo, o Kurt era revoltado, era ativista, tinha dor de estômago, tomava heroína. Então Foo Fighters pega essa onda do indie, e faz ficar pop, estilo pop mtv, o Foo Fighters começa a se vestir de mulher, faz aquele clipe do avião, lembra um pouco o I Want Break Free do Queen. Só que nessa época estava surgindo as raves no Brasil, então eu estava mais ligado em outros sons como Massive Attack, Quimical Brothers, até mesmo o Proppellerhead que depois virou o Properllerhead reason que virou software de MIDI, para começar a fazer músicas com controladores MIDI. Após isso eu começo a me ligar em trilhas sonoras, como Fight Club, que tem uma trilha pesada, semelhante a Quimical Brothers. e com eletrônico estava surgindo o pós rock, e depois dos anos 2000 começa a surgir uns instrumentais muito loucos.

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Anos 90 tinha a trama que distribuia, L Sebastian, Tortouise, e na época de MP3 eles lançam o trama virtual, onde as gravadoras passam a cair, e a internet começa assumir, porque antigamente a gente não tinha tanto dinheiro, então a gente ia comprar Disco, não ia investir em uma banda alternativa. Aí eu tinha um amigo onde o pai dele tinha uma enorme discoteca, e a gente afanava alguns discos para ouvir, e aí com um tempo surgiu o CD gravável, e aí surge a pirataria, onde um amigo que tinha um gravador, e quem comprava um CD, já conseguia gravar e distribuir para a galera. Eu tive banda desde os 16 anos na escola, estudei para caramba, aí passou um tempo arranjei um conflito com uma dupla sertaneja, eu tinha 19 anos, e foi tão traumático, que eu voltei a estudar, e aí fiz panamericana, fiz design gráfico, fiz publicidade, comecei a trampar em Agência e quase vendi minha guitarra, e aí um amigo me tirou essa ideia, e falou vai atrás do Nirson, que era um amigo meu e a gente acampava, tomava cachaça lá em minas gerais, ia para santomé, aí eu fui atrás dele e falei vamos montar uma banda, daí a gente ia para as Raves e sentia falta de música, e a música de rave era aquela onde estava todas as gatinhas, era todas as drogas a

parada era novidade, a sonoridade era muito louca, mas faltava, um solo de saxofone, um solo de guitarra, uma cantora negona, aí eu e o Nirson por volta de 2001 foi para a galeria Ouro Fino, que era ali na Augusta próximo ao Jardins e estavamos atrás de um Dj, e todo mundo lá era house, era tecno, trance, eu entrei numa loja de roupa neon, roupa glow, época do cyberpunk, aí o cara me disse vou te dar um telefone, mas não tenho caneta, aí eu fui numa loja de tênis e pedi uma caneta, aí o cara estava ouvindo Miles Davis, aí eu falei puta merda não aguento mais Drums and Bass, esse Miles Davis caiu bem, aí o cara falou essa música eletrônica é mó merda, aí conversando com esse cara a gente se entendeu e ele entrou para a minha banda como Dj no Mamacadela. E em todo projeto que a gente tocava o Ismael tava junto, e hoje a gente virou uma dupla de produção eletrônica, aí ele me emprestou o equipamento dele, só que era tudo vintage, e eu fiquei louco porque não entendo essas coisas mais vintages, daí montei meu kit de sintetizador. e aí é como se eu fosse um maestro, o maestro da minha própria loucura, uma nave especial.

me apresentei, depois a gente teve uma história, eu gravei guitarra e acabei entrando para a banda da ex-mulher dele, a Monique, aí eu vi que o negócio era ser cara de pau, então eu fazia os releases dos meus discos e ia atrás das rádios e mídias, procurava no google o nome dos jornalistas e falava que queria conversar com tal jornalista, e aí eu insisti em um cara da GuitarPlay para fazer uma pontinha do meu disco, e aí eu reparei que a persistência as vezes da certo. O músico precisa botar na agenda dele, que ele têm ir na casa de show, ir em show de banda nova, postar disco novo de banda conhecida sua, porque isso vai rotacionando e criando uma rede entre músicos, e você fica aquecido no cenário musical. A música envolve muita fantasia e se quebra esse mistério perde bastante envolvimento do fã.

Quando rolou essa coisa de cena independente, quando tinha orkut ainda, o primeiro cara com quem eu troquei ideia foi o Thunderbird da MTV, então eu fui lá no orkut dele e

Antigamente a galera via ensaiar aqui, agora que não ta dando para ensaiar devido a quarentena, eu entrei nessa de música eletrônica.

E eu fiz todo um kit analógico, sem usar software, tudo ligado por MIDI, sem computador. Aí essa cultura vêm lá do começo do Dub, onde a música é feita através do sintetizador, onde eu ligo as coisas pelos MIDI.

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O que você acha do cenário atual da música brasileira? Então a época que eu fui mais atuante foi em 2000 até agora, então 2000 já tinha essa coisa da internet, do MySpace e as gravadoras quebrando, ainda existia a MTV tinha o prêmio de banda independente do ano, daí fomentava uma cena, e aí começaram a abrir as casas de show, aqui em São Paulo tinha várias, como: WinHouse, Studio SP, Vegas,CB, Livraria da Vila, o Berlim. A internet deu a sensação de que era possível, no anos 90 a música era um sonho então você vê um Raimundos, a Pitty surgindo e era um absurdo, derrepente tornou viável estar lá no meio dessa turma, porque no digital todo mundo pode compor, pode postar na internet, aí a primeira geração dos anos 2000 a galera que não era boy, sofreu porque colocava coisa muito home studio, qualidade tosca para a internet, com o passar dos anos foram evoluindo, produzindo músicas com qualidades melhores, só que muitas bandas dos anos 2000, depois de um tempo acabavam terminando, porque o pessoal envelhecia, casava, tinha criança e esse tipo de cenário não paga a conta de ningúem, todo mundo que fazia, fazia por amor, aí depois a moda do Rock acabou, e aí voltou a ser uma parada mais dance, os eletrônicos voltaram, agora é o trap. É um reflexo tanto social assim econômico, porque não da para manter banda, e os selos também acabaram, com as gravadoras saindo do mercado. E o selo passou a ser só um catálogo, e o Artista teve que ir atrás de tudo sozinho. As bandas passaram a ir se separando, e você pode observar que na realidade atual, é bem mais fácil ver artista solo, poucas bandas sobraram. Hoje em dia a galera não vive mais de uma banda só, isso é aquele sonho anos 80 que aquela realiadade gravadora permitia isso. Eu tenho a teoria dos músicos que quando chegam aos 40 anos, e viram um porre, depois eles fazem 60 anos e voltam ser gênios, um exemplo é o Paul McCartney que lançou um disco e fez um sucesso. E têm as bandas que fazem sucesso com o primeiro disco e depois não mais.

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Show da Banda

Heroes

Sesc 24 de maio 17/01/2020

Que recado você gostaria de passar para quem está começando na música? Quando eu queria aprender a tocar violão, meu padrasto perguntava quantos anos eu tinha, e eu tinha 15 anos e para o meu padrastro eu já era velho, porque eu tinha que começar com 8 anos para ter um ouvido absoluto, aí eu comecei a pesquisar os guitarristas e eu vi que o Eric Clapton, começou com 15 anos, e aí comecei com o violão. E essa coisa de ser músico nunca foi minha intenção eu sempre amei a música, e quando você ama a música ela nunca te abandona, já tive aluno de 40 anos que está aprendendendo a tocar com 40 anos e que se frusta porque acha que está muito tarde, então o recardo que eu deixo é não importa a sua idade, você também não vai aprender de uma hora para outra, têm que ser por prazer, pois é uma coisa que você estuda a vida inteira e sempre terá de praticar.

“Eu sempre fui fã desse tipo de banda que sempre se reiventa, porque se olha e fala nossa, não esperava”

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Entrevista: André Pessoa Fotográfia: Victor Fachini

Assista o clipe da banda Elephant Run "Run Elephant"

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ASSINE COM 3 MESES GRÁTIS PARA APROVEITAR O MELHOR DA MÚSICA

PLAYLIST PARA JOGAR LOL

PLAYLIST PARA LAVAR AS MÃOS COM ALCÓOL EM GEL

PLAYLIST PARA FAZER UM LANCHE DE MADRUGADA

PLAYLIST PARA FALTAR NA FACULDADE


o que será que toca no meu país? Brasil um país rico culturalmente, temos diversas regiões, lugares, comidas e festivais, o que acaba sendo o principal meio para atrairmos turistas, seja pelas nossas praias ou nossa grande flora e mata atlântica, e com toda essa riqueza em fauna e flora a gente tenta pensar nos ritmos que vivem nesse país desde um barulho de grilo como o rugido de um leão a pergunta é fácil, o que toca no meu país? Através de uma pergunta simples, abrimos um leque de muitas possibilidades para conhecer cada pedacinho do Brasil, a variedade em termos de música é muito grande, porque se voltarmos na história antes mesmo da música se tornar algo popular, as tribos indígenas já praticavam cânticos e danças através de ritmos que faziam, e onde foi a origem dos primeiros cultos brasileiros. E é impressionante como as raízes que vêm de centenas atrás permeia no que a gente escuta hoje, de uma bem minuciosa as vezes, em outra muito expressiva, a música não é só o ritmo, é também a expressividade nos instrumentos e no corpo atuante que procura te passar uma mensagem subjetiva. E entrando nesse aspecto, falamos do nordeste, terra árida onde o calor é algo natural. No nordeste temos uma variedade diversa em termos de música, é muito comum ver a população festejando ao som de uma sanfona, instrumento popular da região, e com um sanfoneiro junto à um violeiro as músicas começam a cativar o público, dentre os gêneros escutados e tocados pelo nordeste, vamos destacar nessa máteria apenas quatro, que são o forró, o maracatu, o axé e o frevo.

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Maracatu no nordeste é sinônimo de festa, carnaval, pessoas na rua, roda e se divertindo, a música é definida através de ritmos produzidos ao bater em tambores.


O forró a gente já já conhece, conhece, já já foi foi muita muita febre febreem emanos anosatrás, atrás,eeainda aindahoje hoje dada sanfona quase toca em alguns alguns lugares lugareseecasas casaspopulares, populares,com como osom som sanfona quase ganham vida vida ee se se elencam elencam de de uma umaforma sempre predominante as músicas ganham forma interessante em de rodas de dança e até mesmo dança de casais. O interessante em rodas dança e até mesmo dança de casais. O axé como axé como minha diz é um de mexidão quase que têm a gente têm a minha sogra diz ésogra um mexidão quase de tudo quetudo a gente lá, nele lá, nelejuunta a gente um pouquinho do dançar trás, o gente umjuunta pouquinho do dançar colado colado que o que Forróo Forró trás, com com o Calypso e o Frevo. E claro porque dessa terra ainda Calypso e o Frevo. E claro porque não não falarfalar dessa terra queque ainda não não conheci, é a terra do Frevo, criado em pernambuco, eledifere se conheci, que éque a terra natalnatal do Frevo, criado em pernambuco, ele se difere dos outros seu ritmo acerelado sua dança quereferência têm dos outros atravésatravés do seudoritmo acerelado e sua edança que têm referência ritmos do Marxa, Maxixe e Capoeira. nos ritmos nos do Marxa, Maxixe e Capoeira.

E o norte? o que têm lá? Bem o norte, trás músicas um tanto mais aceleradas e para mim muito divertidas, em destaque a gente têm o carimbó que com seu ritmo ele parece conduzir duplas a rodopiarem em sequências de giros e palmas o que é bem divertido de assistir e até mesmo fazer. E claro que não podemos deixar de fora o Lundu, quase sempre acompanhado por um bandolin, ele faz coisas inimagináveis, é uma dança mais carnal com suas referências nos ritmos africanos.

Bem, o sertanejo que essa galera escuta, vêm de algum desses lugares?

Lá nas terras gélidas da nossa região sul do país, temos uma influência europeia muito forte na música, onde o Milonga e Fandango se destacam sobre os outros estilos musicais corriqueiramente populares, é natural lembrar que sempre vai haver influência de fora nas nossas músicas, mas o meu foco aqui hoje, é trazer para vocês estilos que são tocados no Brasil que nem todo mundo conhece.

E por fim a Sudeste E é muito esperado que vocês pensem agora é a vez do funk, e sim agora é a vez do funk, o funk se popularizou muito nas periferias da região sudeste, hoje ele já é popular em praticamente todas as regiões do Brasil, mas no Sudeste a gente busca destacar movimentos políticos e sociais em músicas, então o Indie têm muita força aqui, a galera independente que se arrisca é muito procurada no sudeste, e é nessa região que temos as primeiras raízes da Bossa Nova como o Samba que continuam muito populares no dia a dia de cada um. Então o que será que vou escutar agora quando pensar no meu Brasil, a resposta é clara, aquilo que você quiser ouvir e se sentir confortável para ouvir, esse país têm muita riqueza musical, e é sempre bom experimentar porque sempre existe a oportunidade de se apaixonar em um novo som, ou até mesmo um velho som.

O sertanejo de hoje em dia foi reinventado, misturaram um pop rock, com um pouco do que era o sertanejo de tempos atrás, que ainda é muito predominante na região central do Brasil, em principal no seu interior, na zona urbana, foi onde surgiram as primeiras bandas de rock que ficaram populares no país.

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A importância da música nos filmes Quando assistimos um filme, somos atingidos por diversos sentimentos, o cinema nos faz rir ou chorar com suas estorias, pela força de uma cena, pela direção dela, atuação, fotografia mas também por sua trilha. Na filosofia, Platão diz “A música imita a alma”, Schopenhauer concluir que a música é o estado mais puro da arte, fica claro que o poder da sonoridade influencia o sentimento humano.

TRILHAS NO CINEMA

Podemos destacar cenas célebres do cinema onde a influência da música, tanto original quanto trilha adaptada tornam a cena mais poderosa, como a tensão antes do monstro marinho aparecer em Tubarão (1975), a contemplação da vida tanto em Blade Runner quanto de forma diferente em Apocalipse Now, Jack Sparrow desembarcando em Port Royal em Piratas do Caribe (2001), a famosa cena do chuveiro em Psicose, ou a evolução da humanidade em 2001: Uma odisseia no espaço. Todas essas cenas têm um peso maior, trazendo sentimentos variados, reforçados por suas trilhas. Vangelis faz uma trilha extremamente diferenciada para Blade Runner que casa muito bem com o clima do filme, trazendo um estranhamento para a realidade a qual somos expostos junto de Deckard que vive em uma distopia cyberpunk misturando temas futuristas com Noir, assim como a trilha faz com elementos de Jazz e sintetizadores.. O compositor Danny Elfman nos trouxe a abertura de Os Simpsons e o tema de Batman de Tim Burton (1989), que foi a primeira interpretação do personagem de forma mais sombria nas telas, já que o imaginário cultural do personagem anteriormente era voltado a série cômica dos anos 60. Podemos destacar também músicas como “Who wants to live forever” da banda inglesa Queen,que marcou o filme Highlander sobre um imortal, e usada no filme biográfico da banda, Bohemian Rhapsody, quando Freddie Mercury descobre ser portador do Vírus da AIDS, formas ou intenções diferentes dadas a mesma música. Outra cena marcante é a interpretação de Heath Ledger em Dez Coisas que Odeio em Você da música “Can’t Take My Eyes of You”.

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Temos também o caso de Across The Universe (2008) que usa músicas famosas dos Beatles para construir uma trama coesa em um musical que lida não somente com a cena musical mas também política presente durante o período onde a banda existiu, dando ou destacando os multiplo sentidos das letras das músicas. Um filme que apresenta tão bem essa importancia da música nas cenas e os sentimentos que trazem, além de mostrar a evolução e legado da música através das gerações é o filme American Pop (1980), que acompanha uma família marcada pela música geração após geração, indo desde uma bela cena entre um soldado dos aliados e um soldado nazista partilhando de um momento de paz em um solo de piano durante a Segunda Guerra Mundial até o movimento Punk nos anos 70 com Sex Pistols ou Pat Benatar, tendo cada geração um foco em músicas de cada década da cultura americana.

Playlist de algumas trilhas

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apresentações icônicas:

super bowl Falar de apresentações icônicas e não falar do show de intervalo da final do Super Bowl é quase um crime, bem brincadeiras à parte, o Super Bowl têm uma história interessante, marcada por acontecimentos insanos, críticas e grande nomes da música dentro das suas fantásticas apresentações em um intervalo de 15 minutos. Ele é um evento gigantesco sendo um dos mais assistido em seu país, e se contarmos que hoje os EUA, têm uma população de aproximadamente 328 milhões, é bastante audiência. Mas afinal o que é o Super Bowl ? É a final dos jogos da NFL à principal Bowl? liga de futebol americano dos Estados Unidos, que têm como seu foco decidir o campeão da temporada, o ponto curioso é que nem todos que vão à final do Super Bowl, Bowl, vão pelo jogo, à grande sacada é o show de intervalo que dura aproximadamente 15 minutos. Agora falando um pouquinho sobre história dessa grande atração que nasceu de uma fusão entre as 2 maiories ligas de futebol americano em 1966, a sugestão inicial era para que se chamasse de "The Big One", One" e curiosamente Lamar Hunt sugeriu Super Bowl, Bowl, a inspiração surgiu de um dos brinquedos de seus filhos onde se chamará Super Ball e também porque os jogos universitários da época era popularmente conhecidos como Bowl Game. Anteriomente à 1990 os pequenos shows de intervalo eram realizados por bandas marciais, ou seja bandas universitárias e após isso tomou-se a acontecer shows mais variados e somente por volta dos seus 35 anos que começaram a introduzir mais artistas populares, com o objetivo voltado para audiência, e claramente alcançado. Um fato importante é que após o atentado de 11 de setembro a segurança do evento é garantida pelo S Serviço erviço Secreto dos Estados Unidos. Portanto não brinque com esses caras.

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Agora voltando a falar do motivo de estarmos aqui, o Super Bowl é INSANOOO. O trabalho exercido pela equipe de palco e cenário é de extrema qualidade, como eles conseguem fazer todo esse espetáculo e trabalhar aquelas performances em apenas 15 minutos. pois é, isso não ensinam na faculdade. Claro não quero enaltecer o super bowl minimzando outros eventos, aqui mesmo no Brasil, temos uma diversidade fantástica de shows e festivais maravilhosos, como o Rock in Rio, que merece um espacinho nessa matéria também, por ser a cidade do rock, não só pelas músicas e performances que trás, mas também em seu principal todo empenho e montagem do festival, quem foi na roda gigante nunca esquece. Mas claro que se colocarmos na balança de 15 minutos quem é o mais icônico, o Super Bowl sai na frente, o motivo é óbvio, você está preparado para esse show? Você sabe o que vai acontecer? E é exatemente isso que o torna impressionante, e ficamos com a expectativa de ver novamente em um futuro. E além de todo trabalho desempenhado pela equipe de produção a atração real são os artistas e suas performances, que pegam qualquer um de surpresa. Acho que todo esse misticismo de tentar descobrir o que será que acontecerá no intervalo, é o que o torna icônico. E vamos sempre além disso, quando misturamos um artista à algo sempre vai haver uma causa, e muitos artistas aproveitam o espaço dado para suas manifestações para fazerem uma provocação, uma crítica ou uma problemática, e isso enriquece muito o show, porque além de ser entretenimento é reflexivo, e num mundo onde cada vez menos somos reflexivos e escravos da mídia, essas divergências que os artistas criam nos salvam.

Não deixe de assistir essas apresentações incríveis!

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Beyonce

Katy Perry



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