Jiló, o primo africano do tomate

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Jiló, o primo africano do tomate O jiló é um fruto orginário da África Ocidental, que pertence a família das solanáceas como o tomate, e a berinjela e muito comum na região centro-sul do Brasil e na Nigéria. Com ele não há meio termo, graças ao seu amargor caracterítico é bastante rejeitado, porém seu sabor faz com que muitos além de adorá-lo, o considerem indispensável nas principais refeições, seja como prato principal, acompanhamento ou mesmo como ingrediente especial dentro do feijão. Para os que gostam ou desejam experimentar este vegetal rico em fósforo, cálcio, vitamina B5, carboidratos e proteínas, compartilhamos algumas maneiras de prepará-lo, alertando que antes de qualquer coisa se faz necessário um procedimento prévio que elimine boa parte de seu amargor. Eliminando o amargor Existem várias formas de eliminar o amargor do jiló, num processo mais lento, onde você poderá saborear mais intensamente o fruto, recomendamos deixa-lo submersso na água por 3 dias, trocando a água pelo menos duas vezes ao dia. Você ainda pode cortá-lo no meio, de forma que fique dividido em bandas, adicionar bastante sal, sumo de 1 limão e uma xícara de água deixando por volta de 30 minutos.

Refogado de jiló ao curry 6 a 7 jilós 3 colheres de sopa de azeite de oliva ou óleo de girassol 1cebola picadinha 1 colher de café de curry 3 colheres (sopa) de pimentão vermelho picadinho bem miudo sal a gosto


Lave, retire os cabinhos, corte os jilós, realize o processo de retirada do amargor e cozinhe-os no vapor. Em uma frigideira coloque o azeite e refogue o alho e a cebola. Adicione o curry e o pimentão deixe refogar por mais um pouco. Junte nesse refogado os jilós, coloque o sal e deixe no fogo por mais um pouco até os jilós pegar bem os temperos. Você também pode por o jiló direto no refogado sem cozinhá-lo no vapor, daí aconselhamos deixar um pouquinho de tempo mais no fogo até que fique macio. Eu gosto de cozinhar no vapor porque ele não perde a cor verdinha.

Antepasto de jiló 10 jilós frescos 1 dente de alho 1 punhado de cebolinho picada 1/2 limão 1 xícara de amendoím sal Depois de ter retirado o amargor do jiló, leve-o ao forno cortado ao meio, regado com bastante azeite ou óleo de girassol e deixe-o assar por cerca de 40 minutos. No liquidíficador bata por cerca de 4 minutos, uma xícara de amendoím, um punhado de cebolinho, um dente de alho, suco de meio limão, sal a gosto e uma xícara e meia de água, até obter um creme e reserve. Depois dos jilós assados, retire a polpa com uma colher e junte-as em um recipiente. Adicione o creme junto a polpa do jiló assada, misture bem e sirva como pasta para pães, torradas e biscoitos salgados, além de acompanhamento para massas e saladas.


Compota de Jiló 1kg de jilo 2 1/2kg de açucar 10 flores de cravo Retire o amargo do jilo, pelo processo mais lento, para que não necessite cortar o fruto antes de preparar o doce. Retire o talo do jiló, leve-o ao fogo para ferverua e guarde no congelador durante uma noite. No dia seguinte retire do congelador, deixe descongelar um poco para que fique bem fácil de remover a pele do jiló, leve ao fogo e adicione açucar aos poucos e depois o cravo, até virar uma calda. Este doce é muito saboroso e um sucesso absoluto na venda de dona Ana no interior de Goiais.

Na agroecológia temos a possibilidade de, ao conhecermos a biodiversidade do mundo, entender que as frutas, legumes e hortaliças também possuem seu ciclo natural. A disponibilidade de alguns vegetais durante todo o ano, custa muito caro a terra, aos rios e ao equilibrio ecológico do planeta. Respeitar a sazonalidade dos alimentos, permite que a nossa alimentação seja mais criativa, diversa e nutritiva. Fuja da colonização alimentar e desfrute do que as terras próximas de você tem a lhe oferecer. Conhecer novos alimentos é redescobir a vida


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COLETIVA VEGETARIANA ARTESANAL

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